Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. FICHA DE IDENTIFICAÇÃO....................................................................................... 03
1.1 Identificação e qualificação do interessado................................................................. 03
1.2 Identificação do Técnico responsável pela elaboração do PRAD................................03
2. JUSTIFICATIVA..............................................................................................................04
3. OBJETIVOS.....................................................................................................................04
4. CONTEXTUALIZAÇÃO.................................................................................................04
5. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA ÁREA OBJETO......................................................06
5.1 Caracterização Geral da Área.......................................................................................06
5.2 Características da Área de Intervenção........................................................................08
6. AÇÕES OPERACIONAIS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL...................................10
6.1 Cartografia.....................................................................................................................10
6.2 Pré-Plantio......................................................................................................................12
7. METODOLOGIA DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL..................................................15
8. EQUIPE MÍNIMA SUGERIDA.......................................................................................18
9. MEDIDAS ESPECÍFICAS PARA RESTAURAÇÃO FLORESTAL..............................18
9.1 Informações sobre as etapas e medidas.........................................................................18
8.2 Detalhamento das Medidas de Controle associadas ao Programa.................................19
10. CRONOGRAMAS DE EXECUÇÃO DO PROGRAMA................................................29
11. RELATÓRIOS DE EXECUÇÃO.....................................................................................30
12. REFERÊNCIAS................................................................................................................31
13. ANEXOS...........................................................................................................................32
2
1. FICHA DE IDENTIFICAÇÃO
3
2. JUSTIFICATIVA
3. OBJETIVOS
GERAL
ESPECIFICOS
4. CONTEXTUALIZAÇÃO
4
A Barragem de Serro Azul foi projetada para controlar a vazão do rio Una em eventos
pluviométricos mais fortes, o processo de licenciamento ambiental da Barragem foi elaborado
em 2011, com a utilização de um Estudo de Impacto Ambiental – EIA/RIMA, foram estudados a
fundo os efeitos da barragem nos meios físico, biótico e socioeconômico.
Tendo em vista a lacuna temporal para mitigação dos impactos, e que algumas das ações
previstas nas exigências do licenciamento ambiental ainda estão em realização, fez-se necessária
à atualização dos dados que embasaram o referido PRAD, visando representar as modificações
in loco que ocorreram na paisagem desde então.
Neste sentido, o entorno da Barragem Serro Azul, numa faixa de 100 metros a partir da
cota 203, representa a APP do presente reservatório, totalizando 366,20 ha, devendo, portanto,
estar florestada e protegida para que atinja sua funcionalidade plena. Entretanto, o presente
projeto de restauração florestal se concentra, nessa primeira fase, nas áreas com solo exposto e
em estágio inicial de degradação ambiental, totalizando 4,14 ha de área de preservação
permanente da barragem de Serro Azul.
5
destas áreas tiveram esse uso do solo desmobilizado e hoje se encontram em algum estágio de
regeneração natural. A área também apresenta histórico de ocupação por grandes propriedades
rurais e pequenos produtores de culturas de subsistências, havendo ainda algumas áreas de uso
agropecuário sem ou com baixa regeneração identificadas.
As informações aqui apresentadas sobre o meio físico da área onde será implantado o
presente estudo teve como foco as questões mais diretamente relacionadas às peculiaridades da
região com o objetivo de delinear a melhor metodologia a ser aplicada para implantação do
projeto.
- Solo
A área apresenta características de embasamento cristalino, representado por rochas
ígneas e metamórficas (RIMA, 2011). Os solos são caracterizados como predominantemente
argilosos, característica que favorece o surgimento de processos erosivos, devido à alta
capacidade de retenção de água e baixa permeabilidade; sem presença de pedregulhos e com
perfis topográficos íngremes (SOUZA, 2017).
Os solos dessa unidade geoambiental são representados pelos Latossolos nas superfícies
suave onduladas a onduladas, sendo profundos e bem drenados, ácidos a moderadamente ácidos
e fertilidade natural média; e pelos Podzólicos nas vertentes íngremes, sendo pouco a
mediamente profundos, textura argilosa, com e fertilidade natural média a alta (CPRM, 2005).
- Clima
O clima é do tipo Tropical Chuvoso com verão seco. O período chuvoso começa em
outubro/inverno com término em setembro. O clima da região é classificado em Af segundo a
Köppen e Geiger. A precipitação média anual é de 7.205 mm de forma geral para o munícipio de
Palmares (CPRM, 2005).
De forma geral, precipitação média de 1800 mm/ano, na bacia, sendo mais pronunciada
nos meses de junho e julho (LAMEPE/ITEP, 2008), variando de 800 mm no setor oeste a 2200
mm no setor leste. A estação chuvosa, ou seja, de maior precipitação, corresponde ao período de
abril a julho. Ainda de acordo com o Rima da Barragem Serro Azul, no município de Palmares,
os valores médios de temperatura correspondem a 25,09 °C.
6
- Relevo
- Geologia
- Hidrografia
O município de Palmares está inserido nos domínios das Bacias Hidrográficas dos Rios
Una. Seus principais tributários são: o Rio Una e Piranji, e os riachos: Limão e da Prata. O
principal corpo de acumulação é a Barragem da Usina Serro Azul. Os principais cursos d’água
do município têm regime de escoamento perene e o padrão de drenagem é o dendrítico.
- Flora
Com uma flora composta por restos da vegetação primitiva da Mata Atlântica, o
município de Palmares, apresenta algumas espécies arbóreas de alto valor econômico, sendo
testemunhas vegetacionais de uma florestal nativa passada. Entre outras, pode-se detectar a
presença da Laurus nobilis, Handroanthus serratifolius, Bowdichia virgilioides, Machaerium
vestitum, etc.
7
conservação da biodiversidade, o abrigo de espécies endêmicas e a sustentação do alto grau de
heterogeneidade biológica do bioma.
Na área como todo, foram identificadas quatro situações ambientais na Área de Preservação
Permanente da barragem, classificadas como áreas passíveis de ações de restauração florestal
(Tabela 1). Com o recorte de situações ambientais realizada, foram identificados 4,14 hectares
passíveis de ações de restauração imediata, representando cerca de 1,13% da área total de 366,20
hectares de APP de toda barragem de Serro Azul.
Tabela 1. Síntese das situações ambientais passíveis de restauração ambiental na APP da Barragem Serro Azul – PE.
Uso e Cobertura do Solo na APP Área (ha)
Área sem uso ativo do solo, com moderada/alta regeneração natural, não isolada na paisagem 0,638
Área sem uso ativo do solo, sem ou com baixa regeneração natural, não isolada na paisagem. 2,611
Solo exposto não isolado na paisagem 0,841
Área de solo com Erosão exposta 0,049
Total 4,14
Para tanto, segue uma caracterização ambiental (e suas variações) encontrada na área de
restauração florestal da área de preservação permanente da Barragem e Serro Azul, susceptíveis
a ações de recomposição florestal:
Áreas sem uso ativo do solo, com baixa ou alta regeneração natural, isoladas ou não
na paisagem
A maioria das áreas sem uso ativo do solo, tem característica na paisagem do entorno que
favorecem a regeneração natural, ou seja, presença de espécies arbustivas e arbóreas ao longo da
paisagem com densidade e/ou estrutura que indicam potencial de auto recuperação do banco
autóctone. Além de pequenos fragmentos florestais próximos, viabilizando a chegada de
propágulos, fauna e a condução da regeneração natural.
Em alguns trechos a APP apresenta, sem ou baixa regeneração natural. Nessas áreas a
uma densa ocupação de espécies exóticas invasoras, como a gramínea Brachiaria sp., inibindo
diretamente o banco de sementes de espécies nativas, dificultando a regeneração natural.
Área em uso agropecuário sem ou com baixa regeneração natural, não isolado na
paisagem
Outros fatores de degradação identificados deverão ser controlados ou isolados nas áreas
indicadas para restauração. São eles:
9
florestal, com os dizeres: área de preservação permanente; proibido a caça, queima e extração
de madeira; área protegida por lei e etc., conforme padrão visual da Compesa;
Presença de infraestrutura urbana (estradas), fator que potencializa as ações antrópicas nas
áreas, sendo importante evitar a expansão nas Áreas Diretamente Afetadas da Barragem
Serro Azul, na medida do possível, aquelas já existentes deverão ser abandonadas ao longo
do tempo e substituídas por vegetação natural.
6.1. Cartografia
Compatibilização de Altitudes entre o projeto da barragem e os valores vinculados ao Sistema
Geodésico Brasileiro (SGB)
Para esta etapa, foi necessária a compatibilização entre as altitudes (cotas) obtidas no projeto da
Barragem de Serro Azul e os valores reais vinculados ao Sistema Geodésico Brasileiro,
utilizando como referencial o marco geodésico instalado próximo à casa de operação da
Barragem de Serro Azul.
10
Para tal, foi identificado que a cota do marco no projeto tinha valor 205 metros, e seu valor
obtido vinculado ao SGB era 204,26. Assim, foram compatibilizados os valores de cotas da
barragem para os cálculos das áreas de APP.
6.2. Pré-Plantio
Essa ação de restauração florestal na área, se torna preponderante para alcançar o sucesso
da restauração florestal da APP, pois, o isolamento e/ou a retirada do(s) fator(es) de degradação
(fogo, invasão pelo gado, extração seletiva, desmatamento, erosão, entre outros) é de suma
importância para desenvolvimento do plantio. Considerando essa etapa como chave dentro do
processo de restauração, evita-se o desperdício de recursos, uma vez que muitas das ações
realizadas para a restauração florestal podem ser totalmente perdidas em função do grau de
perturbação ocasionado por tais fatores identificados no local. Além disso, a partir do isolamento
desses fatores, a vegetação nativa tem melhores condições para se desenvolver, aumentando a
eficiência das ações de restauração e, consequentemente, reduzindo os maximizando custos
associados a atividade.
Para o isolamento e retirada deste fator de degradação, a principal medida que deve ser
adotada é o emprego de procedimentos de queima que impeçam que o fogo atinja as APPs, como
a construção e manutenção de aceiros, com 3 metros e largura para a prevenção de queimadas e
alastramento do fogo, bem como deve-se investir na fiscalização das áreas em processo de
intervenção.
Em vistoria in loco, a presença de gramíneas exóticas tem sido responsável pelo atraso ou
redução/minimização do potencial de regeneração natural, pois, as gramíneas apresentam
11
estratégias agressivas de ocupação do solo devido à capacidade de adaptação a condições
microclimáticas adversas e alta capacidade de estabelecimento em solos degradados,
competindo, portanto, com as espécies nativas e prejudicando o desenvolvimento destas.
Nas situações em que espécies de gramíneas invasoras são identificadas, como as
braquiárias (B. decumbens e B. brizantha, que apresentam processo alelopático, inibindo a
germinação e crescimento de outras espécies), o capim-colonião (Panicum sp.) e o capim-
gengibre (Paspalum maritimum), faz-se necessário o controle dessas competidoras, com o
objetivo de facilitar a trajetória natural de sucessão ecológica nas áreas com potencial de auto
recuperação. Esta ação pode ser realizada por meio de controle manual, utilizando enxadas e
semi-mecanizado, utilizando moto-roçadeiras costais.
Para espécies exóticas invasoras de porte arbóreo, recomenda-se o controle desses
indivíduos por meio de técnicas como o anelamento, ou seja, o corte e remoção de parte da casca
do caule (anelamento mecânico), na região do floema, diminuindo assim gradativamente o
transporte de seiva para as raízes da árvore, e conseguintemente sendo eliminado da área. Em
paralelamente, o indivíduo florestal servirá de poleiro natural, incrementando a regeneração
natural.
A abertura dos berços, deverá ser realizado empregando, sempre que possível, técnicas
que reduzam o revolvimento do solo na área a ser restaurada, bem como outras técnicas de
12
conservação de solo (plantio em nível, terraços e etc.). Para abertura dos berços pode ser
realizada de forma manual, utilizando enxadão ou cavadeira (ferramenta que auxilia na
descompactação de camadas mais profundas do solo), com dimensões de 30 cm de diâmetro x 40
cm de profundidade. Porém, em casos em que o solo seja compactado ou pedregoso, as
dimensões podem ser aumentadas para 50 cm ou outra dimensão técnica mais apropriada.
6.2.2.2. Coroamento
As atividades de adubação de base, sempre que possível, devem ser planejadas a partir de
uma análise prévia da fertilidade do solo, otimizando os custos e proporcionando melhores
resultados à prática realizada. Em termos gerais, a adubação se divide entre:
13
Química: O fertilizante químico deve ser misturado previamente ao solo antes do plantio,
de forma a evitar a queima do sistema radicular das mudas devido ao contato com os
grãos de fertilizante. Normalmente, são utilizados cerca de 200 g/berço do fertilizante
N:P:K 6:30:6 ou outro equivalente com elevado teor de fósforo (P). Entretanto,
recomenda-se realizar uma análise de solo (química, física e enzimática), antes de efetuar
a implantação das mudas florestais, devido a varias nutricional que o solo poder sofrer
com o intemperismos.
Orgânica: Utiliza-se 2 a 5 litros de esterco de curral bem curtido, com terra vegetal (cerca
de 1 kg), que deve ser misturado com a terra que vai preencher o berço. No caso de
utilização de esterco de granja (frango), essa dosagem deve ser reduzida a 1/3.
14
7. METODOLOGIA DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL
Essa técnica de restauração florestal tem sua efetivação associada ao isolamento dos
fatores de perturbação e na adoção de ações posteriores e sequenciais de manejo para
potencializar a auto recuperação dessas áreas. Para tal, deve-se ser realizado o controle de
competidores, adubação dos indivíduos regenerantes, isolamento da área, melhorias nas
condições do solo, tutoramento dos indivíduos, controle de predadores (formigas cortadeiras),
construção de aceiros, adubação de cobertura nos indivíduos regenerantes, coroamento dos
regenerantes e cercamento das áreas para controle de entrada de animais.
Embora essa técnica seja mais simples de executar, o acompanhamento técnico se torna
essencial para o desenvolvimento e condução da regeneração natural ao longo do tempo, no
sentido de monitorar a trajetória de sucessão esperada e possíveis medidas necessárias para a
manutenção.
7.2. Adensamento
Essa ação consiste no preenchimento dos espaços vazios não ocupados naturalmente pela
regeneração natural, representando o aumento da densidade da regeneração para uma cobertura
mais homogênea de uma determinada área em restauração florestal. Nesse sentido, são utilizadas
espécies que já se expressaram na regeneração natural, ou mesmo outras espécies mais iniciais
de sucessão de forma a ocupar rapidamente toda área de restauração florestal. Essa rápida
estruturação de habitat é inibi o estabelecimento de espécies competidoras na área, favorecendo,
portanto, o surgimento de outros indivíduos do banco autóctone.
7.3. Enriquecimento
Essa técnica se aplica em área com estágio intermediário de degradação, ou seja, em área
ocupada com vegetação nativa, porém, apresenta baixa diversidade de espécies. Essas condições
adversas de baixa diversidade pode ser ocasionada por histórico de extrativismo seletivo intenso,
perturbações antrópicas, áreas com histórico de uso agrícola ou pastoril próximas a fragmentos
florestais perturbados, além ações anteriores de plantio de baixa diversidade. Devido a estas
condições de perturbação, os fragmentos podem se encontrar em processo de homogeneização
biótica da comunidade florestal, tornando-se fundamental a introdução de novas espécies nessas
áreas (enriquecimento) de forma a favorecer o restabelecimento dos processos ecológicos e,
portanto, a sua perpetuação.
Figura 01. Representação esquemática de um plantio de enriquecimento, com introdução de mudas de espécies do
grupo de diversidade em área com clareira, usando espaçamento 6,0 x 3,0 m.
6m
Grupo de Diversidade
3m Vegetação existente
Essa técnica será empregada em áreas cuja formação florestal original foi substituída por
alguma atividade agropastoril, que tenha solo exposto por causa de algum fator degradante
intrínseco ou extrínseco a área, comprometendo, com isso, o potencial regenerante dela. Nesse
sistema, as espécies florestais devem ser introduzidas na área selecionada em sua totalidade,
utilizando espécies nativas de ocorrência regional. As espécies devem ser combinadas de acordo
com suas características sucessionais, de forma que as espécies iniciais promovam a rápida
ocupação da área, mudando as características ambientais, criando as condições necessárias para
o estabelecimento das espécies clímax. Estas, gradualmente, vão ocupando o lugar deixado pelas
secundário iniciais e tardias no processo de sucessão ecológica. A escolha do melhor método
deve levar em conta o histórico de uso atual e pretérito, bem como características da paisagem no
entorno.
Recomenda-se o plantio sucessional em linha com várias espécies florestais, ou seja,
combinação de grupos de pioneiras e de não pioneiras, tendo como vantagem a formação de uma
floresta ciliar com maior diversidade. Neste sentido, esse modelo de restauração florestal
2
proporciona maior proteção ao solo e ao curso d'água, além de a longo prazo apresentar menor
custo de manutenção.
A distribuição das espécies pioneiras, secundárias (iniciais e tardias) e climáx devem ser
alternadas entre linhas ou dentro das linhas, ou seja, e conforme condições do ambiente in loco,
realizar o plantio em linha com espécies pioneiras, alternada com linhas de espécies não
pioneiras (secundárias). Também se recomenda o plantio de espécies pioneiras e não pioneiras
alternadas na linha de plantio, atendo-se para não coincidir espécies de um mesmo grupo
ecológico entre linhas (figura 02).
Figura 02. Representação esquemática de um plantio total, com mudas de espécies dos grupos sucessionais, usando
espaçamento 3,0 x 2,0 m.
2m
2m
Pioneiras
3m 3m
Secundárias
Iniciais e Tardias
Pioneiras
Salienta-se que essa técnica requer um tempo para estabilização da área, ou seja, não
haverá estabilização imediata do talude, pois, a vegetação necessita de um tempo para seu
estabelecimento pleno in loco.
4
velocidade para o novo direcionamento da água, de forma a não gerar desagregação e arraste de
material, iniciando um novo processo erosivo.
5
Figura 2. Figura ilustrativa/esquemática de forma de aplicação da técnica de paliçada.
8. EQUIPE SUGERIDA
Para execução dos serviços, recomenda-se a equipe técnica conforme descrito no quadro abaixo:
PROFISSIONAL QUANTIDADE PERÍODO
Engenheiro Florestal Pleno 1 6
Auxiliar Técnico / Assistente de Engenharia
1 6
(Mensalista)
Almoxarife com Encargos Complementares 1 6
Técnico em Segurança do Trabalho com
1 6
Encargos Complementares
Servente de Obras com Encargos
5 6
Complementares
Medida 2- Aceiros
Procedimentos Serão efetuadas faixas ao longo das cercas cuja vegetação herbácea deverá ser
completamente removida da superfície do solo. Os aceiros deverão ter no
mínimo 3 (três) metros de largura. Quando a cerca estiver adjacente a
fragmentos e área de conservação, o mesmo será facultativo mediante parecer
técnico.
Resultados Esperados Prevenir a passagem do fogo para a área delimitada.
2
D) Cercamento: Com estaca de madeira de sabiá, espaçadas de 2,00 m,
espaçadas de 1,80 m, altura útil 1,60 m, com cinco fios de arame farpado e a
instalação de dois balancins entre estacadas. É importante cercar o limite entre
o fragmento a ser recuperado da área de atividade agrícola, pecuária ou
urbana.
E) Irrigação: Será empregado o sistema por gotejamento por ser mais eficiente
na entrega das quantidades ideais de água, respeitando as sazonalidades
hídricas, fases de desenvolvimento do plantio e distribuição uniforme do
bulbo molhado. A cinta de gotejamento será distribuída na área, com os
gotejadores na parede do tubo, equidistância entre 10 a 60 cm, de forma a
direcionar a saída de água para raízes das plantas. Também será instalado um
temporizador automático na perspectiva de melhor utilizar/distribuir a água
dentro do sistema de irrigação. A distribuição dos tubos gotejadores seguirá o
dimensionamento máximo de comprimento, em metros, para lateral de nível,
de forma a não superestimar ou subestimar a pressão de entrada de cada tudo
gotejador em relação a pressão versos vazão.
O manejo da água na área de reflorestamento seguirá duas fases macros, ou
seja, à aplicação de água no solo através do sistema de irrigação (gotejamento)
e o monitoramento da água no volume de solo explorado pelas raízes da
planta. Na primeira fase, no período de pré-plantio a irrigação deve ser
iniciado logo após o preparo definitivo da cova, e o transplantio das mudas só
pode será realizado, quando o bulbo ou faixa molhada estiver formado e a
matéria orgânica aplicada estiver completamente levedado. Para o período de
plantio e de desenvolvimento inicial, ou seja, os primeiros dias após o
transplante das mudas, será realizado irrigações diárias com um tempo de
irrigação de cerca de 20 a 30% do tempo máximo de rega por dia, para as
características de dimensionamento aplicado para o sistema. De forma a
otimizar, as linhas de gotejadores serão posicionadas paralelamente as plantas,
de modo que o emissor coincida com o indivíduo plantado.
Cálculo do tempo de irrigação:
3
hídrico.
Prazo execução 6 meses
Forma de comprovação da Relatório com Cronograma Físico, Atividades Realizadas, Anexos, Mapas,
realização da medida. Elementos gráficos, etc.
4
Prazo execução 2 meses
Forma de comprovação da Relatório com Cronograma Físico, Atividades Realizadas, Anexos, Mapas,
realização da medida. Elementos gráficos, etc.
5
A Manutenção posterior a implantação da área de compensação, será realizada
pelo operador administrativo e logístico da Barragem de Serro Azul.
Resultados Esperados A) Permitir bons resultados em relação aos índices utilizados no monitoramento:
mortalidade, porcentagem de cobertura do solo das espécies, regeneração
natural, principais ameaças (perturbações), abundância e freqüência das
espécies, desenvolvimento do plantio, crescimento em altura e verificação da
eficiência dos métodos de condução.
DESENHO AMOSTRAL
Procedimentos
O Desenho Amostral para a coleta de dados será a amostragem sistemática -
O processo de amostragem sistemática consiste em estabelecer a
aleatoriedade apenas da primeira unidade amostral, sendo que,
posteriormente, as demais unidades amostrais serão locadas segundo um
padrão sistemático de distribuição espacial.
6
ocorrerem mortalidade igual ou superior a 20%.
Parâmetro A regeneração pode ser avaliada por meio da frequência, da densidade e das
categorias de tamanho (indivíduos são avaliados por classes de tamanho),
sendo considerado que quanto maior for o indivíduo, maior também será sua
possibilidade de permanecer na área.
7
Procedimentos - Impedimento de acesso dos animais exóticos por meio do cercamento;
- Realização da análise de solos (se necessária, a correção), para evitar
deficiência nutricional nas mudas, e seguindo a metodologia do Manejo
Integrado de Pragas, evitar o ataque de pragas e doenças;
- Combate a vegetação herbácea e subarbustiva (ervas daninhas), pois essas
podem competir com as mudas das espécies arbóreas em busca de luz, água e
nutrientes;
- Minimização do processo de erosão;
- Impedimento da passagem do fogo para a área delimitada para plantio;
- Irrigação nos meses com pouca precipitação pluviométrica;
- Realização do replantio. Caso ocorra mortalidade das mudas superior a 20%.
Abundância
Abundância absoluta: relação do número total de indivíduos de uma espécie
por área, obtida pela divisão do número total de indivíduos da espécie (ni)
encontrados na área amostral (A), por unidade de área (1 ha).
AbAbsi = ni x 1ha/A
Frequência
Freqüência Absoluta (FrAb): porcentagem de amostras em que foi registrado
um dado táxon i, ou a probabilidade de uma parcela aleatoriamente sorteada
conter o táxon i. Expressa pela porcentagem do número de unidades
amostrais em que i ocorre (Oci) dividido pelo número total de unidades
amostrais:
– Índice de Shannon
Fórmula: H'= −Σ pi ln pi
onde:
pi = ni/N, ou seja, densidade relativa da i-ésima espécie por área
ni = número de indivíduos da espécie i
N = número total de indivíduos
– Índice de Simpson
Fórmula: D= Σ ni (ni – 1)
9
-----------------
N (N – 1)
onde:
ni = número de indivíduos da espécie i
N = número total de indivíduos
Parâmetro O desenvolvimento das mudas plantadas pode ser monitorado por meio de
medições do crescimento em altura e em diâmetro.
10
10. CRONOGRAMAS DE EXECUÇÃO DO PROGRAMA
Análises de solo
1
2 Aceiros
A) Preparo do terreno
B) Abertura de covas
3 C) Adubação
D) Cercamento
E) Irrigação
4 Seleção das espécies
5 Aquisição de mudas
6 Plantio de mudas nativas
A) Manutenção
7 B) Replantio
C) Controle de pragas
18
11. RELATÓRIOS DE EXECUÇÃO
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
ENTREGA DOS
RELATÓRIOS
2
12. REFERÊNCIAS
ARAUJO FILHO, J.C. Agência de Informação Embrapa: uma aplicação para a organização da
informação e gestão do conhecimento. Árvore do Conhecimento (AC) Território da Mata Sul
Pernambucana. 2013.
BERTONI, J. & LOMBARDI NETO, F. Conservação do solo. Ícone Editora, São Paulo, 1990. p.248-267.
COUTO et al. Técnicas de Bioengenharia para revegetação de Taludes no Brasil – boletim técnico CBCN
n001 – centro brasileiro de conservação da natureza e desenvolvimento sustentável – Viçosa/MG, 2010.
CPRM - Serviço Geológico do Brasil - Projeto cadastro de fontes de abastecimento por água
subterrânea. Projeto cadastro de fontes de abastecimento por água subterrânea. Diagnóstico do município
de Palmares, estado de Pernambuco / Organizado [por] João de Castro Mascarenhas, Breno Augusto
Beltrão, Luiz Carlos de Souza Junior, Manoel Julio da Trindade G. Galvão, Simeones Neri Pereira, Jorge
Luiz Fortunato de Miranda. Recife: CPRM/PRODEEM, 2005. 11 p.
IBGE. 2012. Manual Técnico da Vegetação Brasileira. Série Manuais Técnicos em Geociências 1, 2ª
edição revista e ampliada. IBGE, Rio de Janeiro.
SOUZA et al. (2017). Análise dos processos erosivos em áreas suscetíveis a instabilidade de encostas na
barragem de Serro Azul, Palmares – Pernambuco. Disponível em:
https://periodicos.ufpe.br/revistas/rbgfe/article/view/233896.
13. ANEXOS