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N-2396 REV. B AGO / 2002

ENSAIO NÃO-DESTRUTIVO INSPEÇÃO


AUTOMATIZADA DE TUBOS DE
PERFURAÇÃO E PRODUÇÃO

Procedimento
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.
Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação
do texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o
responsável pela adoção e aplicação dos seus itens.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


CONTEC deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
eventual resolução de não segui-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve
Comissão de Normas ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo
Técnicas Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da
PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“recomendar”, “poder”, “sugerir” e “aconselhar” (verbos de caráter
não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].
Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 27 CONTEC - Subcomissão Autora.

Ensaios Não-Destrutivos
As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o
item a ser revisado, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica.
As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. – PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização
da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente,
através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A
circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e
Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelas
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias, são aprovadas pelas Subcomissões Autoras - SCs
(formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as Unidades da Companhia e
as suas Subsidiárias) e homologadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS está sujeita a
revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada 5 anos para
ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas em
conformidade com a norma PETROBRAS N - 1. Para informações completas sobre as Normas
Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 10 páginas e Índice de Revisões


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N-2396 REV. B AGO / 2002

PREFÁCIO

Esta Norma PETROBRAS N-2396 REV. B AGO/2002 é a Revalidação da norma


PETROBRAS N-2396 REV. A SET/92, não tendo sido alterado o seu conteúdo.

1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma fixa as condições mínimas exigíveis para a realização de ensaio
não-destrutivo através de inspeção automatizada, verificação de espessura e grau do
material em tubos sem costura de perfuração, de revestimento e produção (“drill pipe”,
“casing”, “tubing”) e hastes de bombeio.

1.2 Esta Norma se aplica à detecção de descontinuidades transversais e/ou longitudinais,


verificação de espessura de parede, verificação de grau do material ou cada uma dessas
separadamente.

1.3 Esta Norma se aplica a procedimentos iniciados a partir da data de sua edição.

1.4 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas


para a presente Norma.

PETROBRAS N-1594 - Ensaio Não-Destrutivo - Ultra-Som;


PETROBRAS N-1598 - Ensaio Não-Destrutivo - Partículas Magnéticas;
PETROBRAS N-2294 - Inspeção de Tubo - Qualificação de Pessoal;
API RP 5A5 - Recommended Practice for Field Inspection of New
Casing, Tubing and Plain End Drill Pipe;
API RP 5C1 - Recommended Practice for Care and Use of Casing
And Tubing;
API RP 7G - Recommended Practice for Drill Stem Design and
Operating Limits;
API Spec 5CT - Specification for Casing and Tubing;
API Spec 5D - Specification for Frill Pipe.

3 DEFINIÇÕES

Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições indicadas nos itens 3.1 a 3.5.

3.1 Inspeção Eletromagnética

Técnica de inspeção utilizada, para detecção mediante magnetização e registro gráfico, de


campos de fuga proporcionados por descontinuidades existentes ao longo do tubo.

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3.2 Verificação de Espessura de Parede por Raios Gama

Técnica de inspeção utilizada para verificação da regularidade da espessura de parede


existente ao longo do tubo, por meio de raios gama com equipamento automatizado.

3.3 Verificação da Espessura de Parede por Ultra-Som

Técnica de inspeção utilizada para verificação da espessura de parede existente ao longo


do tubo, através de ultra-som com equipamento automatizado.

3.4 Comparação do Grau do Material

Técnica de inspeção utilizada para comparação, através de correntes parasitas com


equipamento automatizado, do grau do material inspecionado.

3.5 Dispositivo de Excitação de Sapata (“Pulser”)

Dispositivo eletrônico que simula a existência de um campo de fuga padronizado, com vistas
à equalização da resposta das sapatas.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Qualificação do Inspetor

Deve ser qualificado conforme a norma PETROBRAS N-2294.

4.2 Procedimento de Inspeção da Executante

4.2.1 Devem constar, na seqüência indicada, no mínimo, os seguintes itens:

a) objetivo;
b) normas de referência;
c) material a ser inspecionado: tipo, diâmetros e espessuras especificadas
no API (exemplo: tubo de revestimento, API 5CT);
d) aparelhagem, citando funções, fabricante e modelo;
e) técnica de inspeção, tipo e intensidade de corrente de magnetização;
f) ajuste de sensibilidade, método e periodicidade de calibração;
g) velocidade de deslocamento do carro ou do tubo;
h) velocidade de rotação da bobina de magnetização transversal, quando
aplicável;
i) velocidade de rotação do dispositivo de verificação de espessura quando
aplicável;
j) velocidade de deslocamento do papel de registro dos resultados;
k) estado das superfícies para inspeção;
l) método e/ou ferramentas para a preparação e limpeza da superfície, quando
necessário;
m) descrição do ensaio;
n) desmagnetização, citando método, quando necessário;
o) sistemática de identificação e rastreabilidade;
q) critérios de aceitação;
r) registro de resultados.

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4.2.2 O procedimento deve ter o nome do emitente (órgão da PETROBRAS ou firma


executante), ter número e ter indicação da revisão.

4.2.3 Qualificação do Procedimento de Inspeção da Executante

O procedimento de inspeção é considerado qualificado quando a aplicação de seus


requisitos apresentarem desempenho satisfatório em testes simulados nas condições de
trabalho.

4.2.4 Revisão e/ou Requalificação do Procedimento de Inspeção da Executante

4.2.4.1 Sempre que qualquer uma das variáveis citadas no item 4.2.1 for alterada, deve ser
emitida uma revisão do procedimento.

4.2.4.2 Sempre que qualquer uma das variáveis citadas nas alíneas b), c), d), e), f), g), h),
i), j) e o) do item 4.2.1 for alterada, o procedimento deve ser requalificado.

4.3 Tipos de Corrente

Os tipos de corrente a serem utilizados para cada técnica de detecção devem ser
especificados.

4.4 Método de Calibração

4.4.1 Descontinuidades Longitudinais e Transversais

4.4.1.1 Deve ser feita a equalização das amplitudes geradas pelas bobinas das sapatas de
inspeção através do ajuste dos ganhos.

4.4.1.2 A calibração deve ser feita utilizando padrões contendo, no mínimo,


descontinuidades conforme as normas API Spec 5CT e 5D referentes às funções do
equipamento utilizado. Na ausência destes padrões pode ser utilizado o padrão que atenda
a FIGURA A-1.

4.4.1.3 Não é permitida a calibração por meio de dispositivos de excitação de sapata


(“pulser”).

4.4.1.4 Para calibração do sistema de detecção de descontinuidades longitudinais em


equipamentos, utilizando pólo rotativo, posiciona-se o entalhe longitudinal no interior do
conjunto, de modo a obter a máxima amplitude do sinal.

4.4.1.5 Para calibração do sistema de detecção de descontinuidades transversais


posiciona-se o entalhe transversal e/ou furo de diâmetro 1/16” no centro de cada sapata,
ajustando-se simultaneamente, o ganho individual e a corrente de magnetização de modo a
se obter uma amplitude de altura padrão.

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4.4.1.6 A amplitude máxima do ruído (grama) não deve interferir no resultado final da
inspeção. A relação mínima sinal/ruído deve ser de 3:1.

4.4.1.7 A calibração deve ser executada ao início de cada jornada de trabalho ou sempre
que houver troca de componentes do equipamento.

4.4.1.8 A verificação da calibração deve ser executada após cada 26 tubos inspecionados,
sempre que houver suspeita de mau funcionamento do equipamento, e no final da jornada
de trabalho. No caso de ser constatada a descalibração, o último lote de 26 tubos
inspecionados, desde a última verificação satisfatória, deve ser reinspecionado.

4.4.1.9 O padrão de calibração deve ser passado no sistema de inspeção na velocidade de


ensaio até obtenção de uma calibração satisfatória. O registro gráfico equivalente à
descontinuidade detectada no padrão não deve diferir mais do que 30 % da altura
previamente estabelecida.

4.4.2 Verificação de Espessura de Parede

Pode ser efetuada através de raios gama ou ultra-som automático. [Prática Recomendada]

4.4.2.1 A calibração pode ser efetuada no corpo do tubo ou utilizando-se padrão que
apresente, pelo menos, 2 espessuras diferentes. A variação da espessura permitida ao
longo do perímetro do padrão é de ± 1 mm.

4.4.2.2 A cada 26 tubos inspecionados selecionar aquele que apresentar a menor


espessura que deve ser medida com medidor portátil de espessura por ultra-som, para
verificar a adequação da calibração efetuada.

4.4.2.3 A calibração deve ser efetuada conforme item 4.4.1.7 e verificada segundo o
item 4.4.1.8.

4.4.3 Comparação de Grau

4.4.3.1 A calibração pode ser efetuada no corpo do tubo ou utilizando um padrão que
garanta a similaridade de grau com os tubos em inspeção ou selecionando, pelo menos, os
5 primeiros tubos do lote a ser inspecionado, os quais devem ser empregados para calibrar
o sistema de inspeção.

4.4.3.2 Para se verificar a capacidade de seleção do sistema, pode ser usado um tubo de
grau diferente do grau dos tubos inspecionados mas de características dimensionais
idênticas.

4.4.3.3 A calibração deve ser executada conforme o item 4.4.1.7 e verificada conforme o
item 4.4.1.8.

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4.5 Velocidade de Deslocamento do Carro ou do Tubo

4.5.1 A velocidade de inspeção deve ser a mesma da calibração.

4.5.2 A velocidade deve ser verificada sempre que houver calibração ou recalibração.

4.6 Velocidade de Rotação da Bobina de Desmagnetização Transversal

A velocidade de rotação da bobina de magnetização transversal deve ser igual ou inferior ao


valor indicado pela fórmula abaixo:

η − V1
N=
L

Onde:

N = velocidade de rotação da bobina de magnetização transversal em rpm;


η = número de sapatas para detecção de defeitos longitudinais;
V1 = velocidade de deslocamento do carro ou do tubo em m/min;
L = comprimento do sensor de detecção de defeitos longitudinais em m.

4.7 Velocidade de Rotação do Dispositivo de Verificação da Espessura

Deve ser verificada quando aplicável conforme item 4.6, onde L passa a ser o comprimento
do sensor para raios gama ou o diâmetro do cabeçote de ultra-som.

4.8 Velocidade de Deslocamennto do Papel de Registro dos Resultados

A relação de velocidades entre carro ou tubo e deslocamento do papel deve ser igual ou
inferior a 15.

4.9 Estado das Superfícies para Inspeção

4.9.1 Tubos Novos

O estado das superfícies para inspeção é o bruto de laminação.

4.9.2 Tubos Usados

As superfícies devem, no mínimo, estar isentas de parafina, produtos de corrosão severa,


cimento, oleosidade e outros produtos que possam interferir no resultado da inspeção.

4.10 Método e/ou Ferramentas para a Preparação e Limpeza da Superfície

Deve ser empregado um método adequado para remoção dos produtos que possam
interferir no resultado da inspeção.

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4.11 Descrição do Ensaio

A seqüência de execução do ensaio deve ser descrita, incluindo desde a verificação do


estado da superfície e da calibração do aparelho, até o registro de resultados.

4.12 Desmagnetização

A desmagnetização quando necessária, deve ser realizada após a inspeção, e o


magnetismo residual deve estar compreendido na faixa de 0 Gauss a 10 Gauss.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Os instrumentos elétricos do equipamento do sistema de inspeção devem ser aferidos


anualmente ou após a ocorrência de qualquer reparo elétrico.

5.2 Deve ser definida no Procedimento, a área das extremidades, por tipos de tubo, que
não são inspecionadas na inspeção automatizada (Zona Morta).

5.3 Para assegurar que a área do tubo foi totalmente inspecionada, deve ser prevista uma
sobreposição entre a inspeção automatizada e a inspeção manual.

5.4 Devem ser utilizadas partículas magnéticas pela técnica do Yoke, do condutor central
ou bobina, de acordo com a norma PETROBRAS N-1598, com a finalidade de completar a
inspeção eletromagnética nas áreas não ensaiadas, e para avaliar e/ou facilitar a localização
de determinadas descontinuidades no corpo e extremidade do tubo.

5.5 Nos cacos de indicação da redução de espessura de parede ou no caso de pesquisa de


descontinuidades internas, estas devem ser comprovadas através de medição de espessura
por ultra-som conforme a norma PETROBRAS N-1594.

6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO E ACEITAÇÃO

Os critérios de avaliação e aceitação devem atender aos requisitos das normas API RP 5A5
e API RP 5C1, API RP 7G, e normas API Spec 5CT e API Spec D.

7 REGISTRO DE RESULTADOS

7.1 Os resultados do ensaio devem ser registrados por meio de um sistema de identificação
e rastreabilidade que permita correlacionar o local ensaiado com o relatório e vice-versa.

Nota: O sistema de identificação deve ser conforme as normas API RP 5C1, API RP 7G
e norma API Spec 5CT.

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7.2 A descrição da sistemática de registro de resultados pode ser dispensada de constar no


procedimento de inspeção, a critério da PETROBRAS, se o executante (órgão da
PETROBRAS ou firma executante) apresentar em seu Sistema da Qualidade uma
sistemática que atenda ao item 7.1.

7.3 Deve ser emitido um relatório contendo, no mínimo, as seguintes informações:

a) nome do emitente (órgão da PETROBRAS ou firma executante);


b) identificação numérica;
c) identificação da peça, tipo, grau, diâmetro, espessura e peso por unidade de
comprimento;
d) número e revisão do procedimento;
e) aparelho utilizado;
f) registro de resultados;
g) normas e/ou valores de referência para interpretação dos resultados;
h) laudo indicando aceitação, rejeição ou recomendação de ensaio
complementar;
i) data;
j) identificação e assinatura do inspetor responsável.

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/ANEXO A

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A
Não existe índice de revisões.

REV. B
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Revalidação

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IR 1/1

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