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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
Sumário
3. Ciclo ovariano 11
Questão 01 12
6. O ciclo normal 18
1. Amenorreia 22
1.1 Definição ⚫ 22
2. Amenorreias primárias 23
3
Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
Sumário
3. Amenorreias Secundárias 29
Questão 02 32
3.2 Diagnósticos 32
Hiperprolactinemia 33
Síndrome de Asherman 33
Síndrome de Sheehan 34
4.1 Fisiopatologia 34
4.3 Diagnóstico ⚫ 37
4.4 Tratamento 38
Questão 03 38
4
Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
Sumário
Questão 04 43
1.4 Tratamento 45
2. Leiomioma uterino 46
2.3 Complicações 47
2.4 Diagnóstico 48
2.5 Conduta ⚫ 48
Conduta conservadora 49
Tratamento medicamentoso 49
3. Adenomiose 50
4. Pólipo endometrial 51
5. Endometriose 52
5
Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
Sumário
Questão 05 53
5.4 Conduta 54
6
Ciclo menstrual e seus distúrbios I:
Fisiologia do ciclo menstrual
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
Esse tema é estudado desde a época da escola, mas nem por isso é um assunto simples.
Pelo contrário! Vemos muitas pessoas que continuam com dúvidas, apesar de terem estudado
o tema uma, duas, três ou mais vezes... Afinal, o ciclo menstrual é um assunto bastante
complexo, muito dependente do domínio dos controles hormonais do nosso organismo.
Se esse for o seu caso, esperamos te ajudar a compreender esse belíssimo mecanismo
feminino de controle do ciclo menstrual de uma vez por todas. Se você já domina
o assunto, aproveite para relembrar os pontos-chave, e, assim, gabaritar a sua prova!
O período da vida em que a mulher menstrua é conhecido por menacme (que vai desde
a primeira menstruação até a última, ao entrar na menopausa), sendo que a primeira
menstruação é chamada de menarca. Normalmente, o ciclo menstrual possui uma média
de 28 dias (21 a 35 dias), e a primeira fase do ciclo (fase proliferativa ou folicular) possui
duração variável, enquanto a segunda fase do ciclo (fase lútea ou secretora) tem duração
relativamente fixa, durando 14 dias.
O controle do ciclo menstrual envolve múltiplos fatores, principalmente uma cascata de eventos
hormonais. Assim, é imprescindível dominar a endocrinologia ginecológica para poder solidificar os
conhecimentos sobre esse tema. Esse eixo hormonal envolve principalmente o hipotálamo, hipófise
e as gônadas (ovários) - e é justamente esse o ponto inicial para começarmos nossa discussão.
Hipotálamo Hipófise
GnRH FSH LH
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
Portanto, a secreção de GnRH estimula a liberação de FSH e LH, mas para isso ocorrer,
o GnRH precisa ser liberado de forma pulsátil. Conforme a amplitude e a frequência da
pulsatilidade, teremos um estímulo de secreção de FSH ou LH.
Quando liberado com ALTA frequência e BAIXA amplitude, teremos a secreção de FSH.
Quando liberado com BAIXA frequência e ALTA amplitude, teremos a secreção de LH.
Folicular Lútea
Ovulação
Pulsatilidade de secreção do GnRH:
fase folicular (alta frequência e baixa amplitude);
fase lútea (baixa frequência e alta amplitude com diminuição progressiva)
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
Teca
Colesterol
LH
Androstenediona Testosterona
Granulosa
Androstenediona Testosterona
FSH
Aromatização
Estrona Estradiol
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
Hipotálamo
GnRH
Hipófise anterior
FSH
LH
Ovário
Estrogênio
Progesterona
Útero
Eixo hipotálamo-hipófise-ovariano (HHO)
Entenda o porquê
Apenas as células da teca, externas no folículo, são vascularizadas, de maneira que são
as únicas com acesso ao colesterol plasmático, portanto, as únicas com capacidade
de produzir os primeiros esteroides da cascata. Sendo assim, cabe à teca produzir
progesterona e androgênios, que entram nas células da granulosa por difusão e, por ação
da enzima aromatase, se convertem em estradiol pela ação do FSH. A granulosa avascular
converte apenas os precursores que lhe são oferecidos pela teca.
3. Ciclo ovariano
O ciclo ovariano pode ser dividido em duas ou três fases, a depender da referência bibliográfica.
São elas:
• 2 fases: folicular e lútea; (a fase ovulatória, nessa divisão, fica incluída na fase folicular).
• 3 fases: folicular, ovulatória e lútea.
Para compreender melhor a contrarregulação do ciclo menstrual, preste atenção nos seguintes
conceitos: ⚫
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
• Inibina A: After ovulation (secretada pelas células do corpo lúteo sob controle do LH);
Questão 01
(SCMGO - GO - 2021) Em relação à produção de esteroides sexuais nos ovários, sabe-se que:
a) A inibina B, secretada pelas células tecais em resposta ao FSH, suprime a secreção de FSH
pela hipófise.
b) A produção de testosterona é realizada nas células da granulosa, sob ação do FSH, liberado
pela hipófise.
c) As células tecaluteínicas produzem progesterona, testosterona e estradiol em resposta à
ação do FSH.
d) A aromatização dos androgênios, induzida pelo FSH no ovário, é responsável pela produção
de estrógenos.
Lembre-se de que o GnRH estimula a hipófise a produzir FSH e LH, e essas duas
gonadotrofinas são responsáveis pela conhecida teoria das duas células. Nela,
o LH estimula as células da teca a produzirem androstenediona e testosterona
e o FSH estimula as células da granulosa a transformar, através da aromatização,
a androstenediona e testosterona (produzidos na teca) em estrona e estradiol.
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
Você sabia?
Estudos apontam que o folículo dominante é o que tem maior atividade da enzima
aromatase, que lhe permite maior produção de estradiol, maior número de receptores
de FSH e, paralelamente, faz com que passe a expressar receptores de LH também nas
células da granulosa.
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
FSH
LH
E2
P4
Tempo
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
R:
R:
R:
R:
R:
R:
Respostas: 1. Alta frequência e baixa amplitude; 2. Baixa frequência e alta amplitude; 3. FSH, estrogênio,
inibina B; 4. LH, progesterona, inibina A; 5. FSH; 6. LH.
• Média (esponjosa): é a camada mais espessa e a que mais responde aos hormônios;
• S
uperficial (compacta): inclui o colo das glândulas e parte mais superficial. Forma, junto à
camada média, a camada funcional.
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
Na fase lútea, regida pela progesterona, ele perde tais características e torna-se espesso e viscoso.
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
6. O ciclo normal
• Duração do ciclo: 21 a 35 dias;
• Duração do fluxo: 2 a 6 dias;
• Perda sanguínea: 20 ml - 60ml;
• Fases do ciclo uterino: menstrual, proliferativa e secretora;
• Fases do ciclo ovariano: folicular, ovulatória (alguns autores suprimem essa fase) e lútea.
“Doutor(a), estou preocupada, pois minha menstruação em cada mês vem em um dia
diferente. Em janeiro, ela veio dia 1º, logo na virada do ano. Em fevereiro, veio no dia 2.
Em março, veio só no dia 6. Todo mês eu fico preocupada com medo de estar grávida
devido a esses atrasos menstruais!”.
Você, com todo o seu conhecimento, avalia a situação e percebe que a duração do
ciclo da paciente está regular e normal: 32 dias entre cada menstruação. No entanto,
no entendimento da paciente, o ciclo seria considerado “sem atrasos” caso viesse no
mesmo dia em todos os meses (exemplo: dia 1º de cada mês). Porém, temos meses com
31 dias, 30 dias, 28 dias… Portanto, nesse caso, devemos apenas esclarecer as dúvidas e
tranquilizar a paciente.
Além das faixas de normalidade desse ciclo, existem conceitos que podem aparecer na sua
prova, mas alguns deles, muitas vezes, são usados de maneira equivocada, até mesmo entre
especialistas.
• O
ligomenorreia: pouca frequência das menstruações (intervalo > 35 dias, ou seja, ciclos
longos);
• P
olimenorreia: aumento da frequência das menstruações (intervalos de 15 dias, ou seja,
ciclos muito curtos);
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
• Amenorreia:
• C
limatério: período compreendido entre os primeiros indícios de falha ovariana
pré-menopausa até os 65 anos.
R:
R:
R:
Para finalizarmos, não deixe de utilizar o efeito-teste para estudar o ciclo menstrual através
da imagem a seguir.
Sugiro que você escreva as etapas do ciclo e faça revisões a partir da imagem, para ver
exatamente qual é o ponto que deve ser reestudado.
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
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Ciclo menstrual e seus distúrbios II:
Amenorreia
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
1. Amenorreia
Alterações menstruais estão entre as principais queixas das pacientes no ginecologista,
e a amenorreia corresponde a uma grande parcela dessas situações! Por esse motivo,
é um assunto recorrente nas provas. Também são frequentes nas provas as síndromes
relacionadas à amenorreia, mas, felizmente, no dia a dia, elas não são tão comuns assim.
1.1 Definição ⚫
Primeiramente devemos entender a classificação e definição das amenorreias:
• Amenorreia primária:
Ausência de menstruação aos 13/14 anos sem caracteres sexuais secundários, ou aos
15/16 anos com caracteres sexuais secundários. Aqui, temos divergência de literatura,
sendo 13 e 15 a idade preconizada para a definição de amenorreia pela FEBRASGO.
• Amenorreia secundária:
Seriam eles:
• I (uterovaginal): endométrio;
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
Proliferação
Uterovaginal Secreção Compartimento I
Menstruação
Compartimentos da amenorreia
2. Amenorreias primárias
Em geral, são resultados de alguma anormalidade genética ou anatômica. Entretanto, muitas
causas de amenorreia secundária também podem se apresentar como amenorreia primária.
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
R:
R:
Respostas: 1. Dosagem de LH e FSH (obs.: se LH e FSH estiverem elevados, solicitar cariótipo. Se LH e FSH
estiverem baixos, solicitar teste de GnRH); 2. Avaliar anatomia (exame físico + exame de imagem, por exemplo,
ultrassonografia).
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
Entenda o porquê
Relembrando a embriologia normal…
→ Até a 6ª semana de gestação, o embrião tem gônadas e genitais externos indiferenciados
e bipotenciais, assim como dois conjuntos de ductos genitais internos: os ductos de Wolff e os
ductos de Müller.
→ Na 7ª semana do desenvolvimento embrionário, o gene SRY do cromossomo Y vai determinar
a diferenciação das gônadas em testículos e a produção de células de Sertoli e Leydig.
→ A partir da 8ª semana de gestação, nos embriões masculinos, o gene dos receptores de
androgênios começa a ser expresso.
→ Na 9ª semana, os testículos começam a segregar testosterona, através das células de
Leydig fetais, que levam à diferenciação dos ductos de Wolff em epidídimos, canais deferentes
e vesículas seminais.
→ A 5-alfa-redutase tipo 2 produz um poderoso androgênio a partir da testosterona,
a diidrotestosterona, que atua nos receptores de androgênio e estimula a diferenciação dos
primórdios dos genitais masculinos externos.
→ Simultaneamente, as células de Sertoli produzem o hormônio antimülleriano, resultando
na regressão dos órgãos reprodutores femininos, que formariam o útero, trompas de Falópio
e terço superior da vagina.
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
Para fixar: é uma doença genética congênita caracterizada por hipogonadismo hipogonadotrófico
por deficiência de GnRH. Cursa com amenorreia, anosmia e cegueira para cores.
R:
R:
R:
R:
Respostas: 1. 46, XX; 2. 46, XY; 3. 45, X0; 4. Enzima 21-hidroxilase (21OH).
3. Amenorreias Secundárias
3.1 Investigação das amenorreias secundárias
O primeiro exame a ser solicitado é o beta-hCG para afastar gestação, sendo essa a causa
mais comum de amenorreia secundária.
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
Se o resultado for negativo, seguimos para tentar descartar causas secundárias de amenorreia.
Para isso, devem ser solicitados TSH (doenças tireoidianas) e prolactina (hiperprolactinemia/
prolactinoma) - sempre os dois ao mesmo tempo, pois um hipotireoidismo, por exemplo, pode levar
a um aumento da prolactina. É preciso avaliar os dois concomitantemente.
Descartadas gestação e causas secundárias, deve ser realizado o teste da progesterona,
que consiste na administração de 5 mg a 10 mg de acetato de medroxiprogesterona durante
7 a 10 dias. Decorridos 2 a 7 dias do fim da administração, se ocorrer hemorragia de privação, o
teste será considerado positivo e temos como diagnóstico anovulação, sendo a síndrome dos
ovários policísticos a causa mais comum de amenorreia secundária quando excluída a gestação.
Podemos concluir também que existem níveis adequados de estrogênios endógenos para estimular
a proliferação endometrial, e que o trato genital é competente - o que faltava era a progesterona.
Caso não ocorra hemorragia de privação, o teste é considerado negativo (o problema não
é falta de progesterona, pois demos esse hormônio e mesmo assim a paciente não sangrou)
e vamos para o próximo passo da investigação.
Podemos então realizar o teste de estrogênio + progesterona, administrando estrogênio por
21 dias para induzir proliferação endometrial, com adição de progesterona nos últimos 5 dias.
Se der negativo (ausência de sangramento), define-se a causa como anatômica/ uterina/ problema
no trato de saída, pois, ao fornecer estrogênio + progesterona, a paciente está suprindo os hormônios
e tem que sangrar! Se não sangrou, então percebemos que o problema não era deficiência de
hormônio. Trata-se, provavelmente, de um problema anatômico (alterações no compartimento I).
Se o teste der positivo (sangramento) entendemos que há falta de oxigênio (pois, ao dar
oxigênio, a paciente sangrou) e patência do trato uterovaginal, então seguimos para o próximo
passo, já que é preciso saber se a paciente tem um deficit de estrogênio por não produzir
o hormônio nos ovários ou se esse deficit é causado pela não estimulação do eixo central.
A dosagem do FSH é o exame seguinte para avaliação dos compartimentos II, III e IV. Dosagens
elevadas de FSH (> 20 mUI/mL) indicam que há integridade do eixo hipotálamo-hipofisário e
que o problema está na produção dos hormônios ovarianos (gônadas) - é o que chamamos de
hipogonadismo hipergonadotrófico. As principais causas são a menopausa e a falência ovariana
precoce.
A falência ovariana precoce ocorre quando a paciente possui < 40 anos e apresenta
esgotamento folicular. Sempre que estivermos diante de uma paciente com < 40 anos
e apresentando FSH bastante aumentado (> 40 mUI/mL), devemos suspeitar de falência
ovariana precoce. Um diagnóstico diferencial que as bancas podem cobrar é a síndrome
de Savage, que é quando a paciente possui os folículos, porém, apresenta uma resistência
às gonadotrofinas. Como o tratamento é o mesmo da falência ovariana precoce (reposição
hormonal), na prática, dificilmente confirmamos esse diagnóstico. Para o diagnóstico definitivo,
seria necessário realizar biópsia.
Caso o FSH venha diminuído (< 5 mUI/mL), entendemos que existe uma alteração a nível central
(hipófise ou hipotálamo), por isso, não está ocorrendo adequada produção ovariana, ou seja,
há hipogonadismo hipogonadotrófico.
Para definirmos se a causa é hipotalâmica ou hipofisária, devemos realizar o teste do GnRH, assim
como vimos anteriormente em amenorreias primárias com caracteres sexuais ausentes.
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
Se o teste vier positivo (aumento do LH e do FSH após administrar GnRH), temos um problema
hipotalâmico, que pode ser causado por exercícios extenuantes, tumores, síndrome de
Kallmann ou iatrogenia. Se o teste do GnRH for negativo (dosagem de LH e FSH continuar
baixa mesmo após administração de GnRH), temos um problema hipofisário, como adenomas
hipofisários, síndrome de Sheehan e síndrome da sela vazia.
Portanto, a ordem dos exames a serem solicitados para a investigação de amenorreia secundária
será: ⚫
1. B-hCG (excluir gestação);
2. TSH + prolactina;
3. Teste da progesterona;
4. Teste do estrogênio;
5. FSH;
6. Teste do GnRH.
Após exclusão da gravidez
TSH
PRL
Positivo Negativo
Positivo Negativo
Alto Baixo
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
Questão 02
(IPSEMG - MG - 2021) Paciente procura atendimento especializado com relato de não
menstruar há 1 ano. Tem 30 anos e está preocupada, pois deseja engravidar.
Exame físico sem alterações. Resultado de exames apresentado no retorno, após teste
da progesterona negativo e resposta satisfatória com uso de estrogênio e progesterona:
elevação dos níveis de FSH e LH.
Ultrassom transvaginal evidenciando volume uterino de 25cm³, endométrio de 4,5mm,
ovário direito com volume de 2,5cm³ e esquerdo com volume de 2,9cm³.
Considerando o caso descrito, a PRINCIPAL hipótese diagnóstica é:
a) Amenorreia hipotalâmica.
Amenorreia é uma queixa frequente na ginecologia, tendo casos parecidos como o dessa
paciente de 30 anos, com amenorreia há 1 ano - ou seja, é secundária. Inicialmente
é feito o teste da progesterona, que nesse caso foi negativo, indicando que não se trata de
causa anovulatória (exemplo: SOP) – por falta de progesterona para manter o corpo lúteo.
Então, avançamos para o teste de estrogênio e progesterona, que foi positivo, excluindo
causas uterovaginais obstrutivas e apontando para um hipoestrogenismo.
O próximo passo, então, é a dosagem das gonadotrofinas para diferenciar causas ovarianas
de causas centrais. FSH e LH elevados confirmam que se trata de falência ovariana,
denominada precoce - pois a paciente tem idade inferior a 40 anos. Para corroborar com
tal hipótese, ainda temos, ao ultrassom, ovários de tamanhos reduzidos. Caso tivessem
diminuídos, nossa etiologia seria central (hipotalâmica ou hipofisária)!
Gabarito: alternativa C.
3.2 Diagnósticos
Agora vamos detalhar alguns diagnósticos possíveis que as bancas gostam de cobrar:
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
Hiperprolactinemia
Caso a dosagem de prolactina venha aumentada, devemos solicitar uma ressonância magnética
de sela túrcica para a investigação da existência de tumores, sendo o prolactinoma o mais
comum, responsável por 50% dos adenomas hipofisários.
Inicialmente o tratamento é clínico com agonista dopaminérgico, sendo a cabergolina a mais
usada. A cirurgia fica reservada para casos refratários ou com sintomas mecânicos do tumor
mesmo após o uso de agonistas dopaminérgicos.
Tumor hipofisário
Síndrome de Asherman
A Síndrome de Asherman, também referida como adesões intrauterinas (AIU), é uma condição
uterina adquirida que ocorre na presença de cicatrizes (adesões/sinéquias) dentro do
útero e/ou do colo. Pode ser causa de distúrbios menstruais, infertilidade e anormalidades
placentárias. Os fatores de risco para a síndrome de Asherman podem incluir miomectomia,
curetagens, cesárea, dentre outros - ou seja, deve ser lembrada principalmente em
mulheres que realizaram manipulação uterina, como, a curetagem (principal quadro clínico
cobrado nas provas sobre essa síndrome!). O tratamento é feito com histeroscopia com
lise de aderências.
Sinéquias uterinas
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
Síndrome de Sheehan
Resultante da necrose hipofisária decorrente de hemorragias importantes no parto, a síndrome
de Sheehan, também conhecida como necrose pituitária pós-parto, refere-se ao desenvolvimento
de hipopituitarismo em consequência da necrose da hipófise. Este evento é, habitualmente,
precipitado por hemorragia uterina maciça durante o parto e/ou no período pós-parto.
Devido a relações anatômicas, a hipófise anterior é mais frequentemente lesada, resultando
em deficit do hormônio de crescimento, hipoadrenalismo, hipotireoidismo, hipoprolactinemia
e hipogonadismo secundário.
A clínica mais sugestiva consiste na história de hemorragia pós-parto e subsequente agalactia
e amenorreia.
4.1 Fisiopatologia
Existem diversas teorias que provavelmente contribuem para a gênese da doença e são
cobradas em provas. As duas principais são:
• R
esistência à insulina: provoca um aumento na concentração do hormônio pancreático,
o que inibe a produção hepática de SHBG. Esta é uma globulina carreadora de hormônios
sexuais e sua inibição provoca um aumento da fração livre de andrógenos e estrogênio,
repercutindo em hiperandrogenismo sistêmico. Especificamente no ovário, a insulina em
altas concentrações é capaz de aumentar a resposta tecal androgênica ao LH, permitindo
a dominância androgênica e a anovulação.
• A
umento da sensibilidade da hipófise ao GnRH, levando a um aumento na frequência
e amplitude dos pulsos de LH. Este hormônio age especificamente nas células da teca,
aumentando a produção de andrógenos. Tais hormônios são posteriormente convertidos
em estrógenos no tecido adiposo (principalmente estrona), o que gera o hiperestrogenismo
típico da síndrome e inibição da liberação de FSH (relação LH/FSH aumentada).
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
Além disso, devido à resistência insulínica, podemos observar sinais como a acantose nigricans.
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
Escala de Ferriman
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
4.3 Diagnóstico ⚫
Os critérios de Rotterdam são os mais usados para o diagnóstico da SOP. Eles consistem nos
3 pontos abaixo, sendo que a presença de 2 deles já fecha o diagnóstico:
• Oligo ou anovulação;
• Hiperandrogenismo clínico ou laboratorial;
• O
vários policísticos à USG: 12 ou mais folículos medindo 2 mm a 9 mm de diâmetro
ou volume ovariano maior que 10 cm³.
É importante notar que a presença de ovários policísticos na USG não é obrigatória para
o diagnóstico da síndrome dos ovários policísticos, apesar do nome antigo da doença.
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
4.4 Tratamento
A SOP é uma doença multissistêmica, estreitamente relacionada com a obesidade e resistência
insulínica, o que faz com que tais pacientes possuam maior risco cardiovascular global.
Nesse cenário, é fundamental orientar mudanças de estilo de vida, estimular a perda ponderal,
além do tratamento de possíveis comorbidades, como diabetes e hipertensão arterial.
O tratamento bem-sucedido da obesidade, muitas vezes, é suficiente para a reversão do
quadro de SOP.
Para o tratamento específico do hirsutismo, podemos indicar o uso de anticoncepcionais
orais (contendo acetato de ciproterona ou drospirenona), finasterida ou/e espironolactona.
Mas, para determinarmos a conduta geral, é fundamental dividirmos as pacientes a partir da
seguinte pergunta:
Questão 03
(SCMBH - MG - 2020) A síndrome do ovário policístico (SOP), ou anovulação hiperandrogênica,
é uma afecção comum entre as mulheres com ciclos menstruais irregulares. Sobre essa
patologia, é correto afirmar:
a) Na fisiopatologia da doença, há um aumento do hormônio folículo estimulante (FSH) em
relação ao hormônio luteinizante (LH), com uma relação de 2:1 em mais da metade dos
casos.
b) O diabetes tipo I, a hiperprolactinemia e a síndrome de Cushing podem ter sintomas
parecidos com os da SOP.
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
A SOP é recorrente nas provas de residência e na prática clínica. Trata-se de uma das
principais causas de irregularidade menstrual e atinge 5-10% das mulheres na menacme.
Em relação à fisiopatologia, o hiperandrogenismo da SOP altera o padrão de secreção
hipotalâmica de GnRH. Pequenas variações na pulsatilidade desse hormônio geram
estímulo inadequado para a hipófise, que, na SOP, produz níveis aumentados de LH.
O LH geralmente está mais aumentado que o FSH na SOP, pois os vários folículos ovarianos
produzem níveis maiores de Inibina B, que diminui o FSH circulante.
Além disso, vale lembrar que a SOP é um diagnóstico de exclusão, tendo diagnósticos diferenciais
como Diabetes Mellitus tipo II (devido à resistência insulínica típica da SOP), hiperprolactinemia
(pois 5 a 30% das mulheres com SOP podem ter aumento de prolactina) e síndrome de Cushing,
que cursa com níveis aumentados de cortisol e também androgênios.
A SOP tem o tratamento indicado de acordo com os sintomas apresentados, e é importante
realizá-lo, visto que mulheres com SOP e níveis hormonais desregulados têm maior
risco gestacional, tanto de abortamentos quanto de diabetes gestacional, síndromes
hipertensivas, macrossomia fetal, prematuridade, entre outros.
Gabarito: alternativa D.
R:
R:
R:
Respostas: 1. Oligo ou anovulação, hiperandrogenismo, ovários policísticos ao ultrassom; 2. Maior ou igual a
8; 3. Resistência à insulina.
39
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Ciclo menstrual e seus distúrbios III:
Sangramento uterino anormal
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
Existem diversos nomes utilizados para cada tipo de alteração, como menorragia, metrorragia,
hipermenorreia, etc., porém, essas definições não são unificadas e geram muita confusão.
Por isso, vamos deixar uma tabela abaixo para consulta - mas atualmente esses termos não
são mais recomendados, e o ideal é que as alterações sejam descritas para evitar qualquer
confusão com nomenclaturas diferentes. Ex.: fluxo menstrual aumentado, com duração
e intervalo normais.
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
Então, anote aí: SUD consiste em um sangramento anormal causado por uma ação anormal
hormonal no endométrio, na maioria das vezes relacionada à anovulação, portanto, por
um estímulo constante de estrogênio sem contraposição da progesterona. O diagnóstico
de SUD é de exclusão, caso não seja encontrada nenhuma causa orgânica para o
sangramento. Se houver uma causa orgânica, por exemplo, um mioma, não podemos
chamar de SUD, mas sim de sangramento uterino anormal (SUA). Ou seja, todo SUD é um
SUA, mas nem todo SUA é SUD.
• Infância: corpo estranho, infecções, puberdade precoce, abuso sexual, sarcoma botrioide
(massa “em cacho de uva”), tumor ovariano produtor de hormônios, etc.
Porém, a causa mais importante, por ser a mais grave, é o câncer de endométrio. Por isso,
toda mulher após a menopausa com sangramento ginecológico deve ser investigada com
USG-TV para avaliação da espessura endometrial. ⚫
Endométrio espesso (> 4-5 mm em mulher que não está em uso de TRH, ou > 8 mm em
usuárias de TRH) = indicação de histeroscopia com biópsia dirigida.
Caso a suspeita de câncer de endométrio seja forte (múltiplos fatores de risco), a histeroscopia
pode ser indicada, sem necessidade da ultrassonografia. Memorize isso!
Existe uma forma bem fácil de lembrar das causas de SUA, por meio da classificação
“PALM-COEIN”, veja só:
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
Vamos ver algumas questões sobre esse assunto para entendermos como ele é cobrado.
Questão 04
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Ciclo menstrual e seus distúrbios I, II, III
a) Histerectomia total.
b) Biópsia ambulatorial.
c) Citologia cervical.
d) Terapêutica progestagênica.
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1.4 Tratamento
A conduta no SUA envolve, obviamente, o tratamento da causa-base, variando desde
o uso de anticoncepcionais orais (ACO), na SOP, até a quimioterapia/radioterapia, no
câncer de colo invasivo.
Porém, nem sempre o tratamento da causa é 100% eficaz, restando ao ginecologista o controle
do sintoma, que, muitas vezes, é um sangramento moderado/intenso, podendo causar
anemia ou até mesmo constituir uma emergência médica com instabilidade hemodinâmica.
Para controle sintomático, existem as seguintes opções:
• H
ormonais: ACO, progestágenos cíclicos, DIU hormonal (Mirena) e, nos casos graves,
estrogênio conjugado em altas doses.
Nos casos refratários e graves, há a opção da realização de procedimentos invasivos, como
a ablação endometrial, curetagem e até a histerectomia.
Na prática, qual o tratamento para SUA (de uma forma geral) que comumente vamos
utilizar?
Se o sangramento é de baixa a moderada intensidade, o uso de AINE por 3 a 5 dias
costuma trazer bons resultados. E, para isso, qualquer AINE pode ser utilizado. Geralmente
é prescrito ibuprofeno ou diclofenaco, pela facilidade de acesso e pelo baixo custo dessas
drogas. Além desses, um outro anti-inflamatório que é queridinho dos ginecologistas para
o tratamento de SUA é o ácido mefenâmico (famoso Ponstan).
No entanto, se a paciente apresenta sangramentos recorrentes, é comum instituir
o tratamento com anticoncepcional hormonal combinado, visto que o uso frequente de AINE
pode levar a complicações gástricas e renais. No caso de sangramento uterino de forte
intensidade, o ácido tranexâmico endovenoso é a principal droga que vai te ajudar, pois
é facilmente disponível nas emergências.
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2. Leiomioma uterino
Os leiomiomas, ou miomas, são tumores benignos monoclonais do músculo liso (miométrio),
contendo também tecido conjuntivo. São as neoplasias mais comuns nas mulheres, atingindo
cerca de ⅓ da população feminina. Na maioria das vezes são assintomáticos, sendo
diagnosticados como “incidentalomas” em exames de imagem. Porém, também podem ter
diversas manifestações clínicas, e são a principal causa de histerectomia no Brasil.
Podem ser classificados em subseroso, intramural e submucoso, de acordo com sua
localização, o que modifica a sintomatologia e também alguns métodos terapêuticos,
como veremos à frente.
Hipertensão arterial
Uso de álcool
Obesidade
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2.3 Complicações
Degenerações ⚫
São alterações histológicas que os miomas podem sofrer, modificando muitas vezes sua
história clínica. Para as provas, você deve saber que a degeneração hialina é mais comum,
a degeneração rubra é a mais comum na gestação, e a degeneração sarcomatosa
(transformação em neoplasia maligna, leiomiossarcoma) é a mais grave, ocorrendo em 0,5%
dos casos, e, normalmente, no pós-menopausa.
Mioma parido
Um tipo especial de leiomiomas são os pediculados, que podem se originar das camadas
submucosa ou subserosa.
Os submucosos com crescimento exagerado do pedículo podem ser expelidos pelo canal
cervical, sendo então chamados de miomas paridos.
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Mioma parido
2.4 Diagnóstico
O primeiro exame de imagem a ser solicitado é a USG-TV, sendo a ressonância magnética
(RM) melhor para avaliação da localização exata do tumor. O achado na USG-TV é de um
nódulo hipoecoico (imagem).
Mioma uterino
2.5 Conduta ⚫
Tópico importantíssimo para as provas, muitas vezes com questões polêmicas, já que não
há um protocolo exato de conduta para os miomas. A conduta pode ser conservadora,
medicamentosa ou cirúrgica, e a escolha deve considerar as manifestações clínicas
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(existem? São graves?), a idade da paciente (está próxima à menopausa?), o desejo reprodutivo,
o risco cirúrgico e a vontade da mulher.
Conduta conservadora
Indicada em pacientes assintomáticas na perimenopausa ou com tumores pequenos, leve a
moderadamente sintomáticos. Isso ocorre porque os miomas costumam reduzir muito com a
diminuição drástica dos níveis de estrogênio após a menopausa.
Tratamento medicamentoso
O principal objetivo é o alívio dos sintomas em mulheres que não podem ou não desejam ser
submetidas a procedimentos cirúrgicos. Além disso, são utilizados em mulheres sintomáticas
na perimenopausa (em breve irá melhorar naturalmente) ou para reduzir o tamanho tumoral
e o sangramento no pré-operatório. Nesse caso, os enunciados trazem, normalmente,
mulheres com sangramento importante e com anemia, estando indicado o uso de
medicamentos antes da cirurgia.
Tratamento cirúrgico
Indicado para as mulheres com boas condições cirúrgicas e sintomas moderados/intensos,
especialmente quando não estão na perimenopausa.
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3. Adenomiose
Consiste na presença de tecido endometrial no miométrio, sendo considerada uma
“endometriose do miométrio”. No quadro clínico, destaca-se a dismenorreia grave e
progressiva, mas também é causa de SUA e até de infertilidade.
Adenomiose
Como você pode perceber, clinicamente, pode ser confundida com um mioma, ou até um
pólipo, sendo os exames de imagem fundamentais para o diagnóstico. A USG-TV mostra
imagens hipoecoicas heterogêneas no miométrio e a RM (melhor exame não invasivo)
evidencia a zona juncional mioendometrial (transição entre as camadas) irregular, com
espessura aumentada (> 12 mm).
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4. Pólipo endometrial
Consiste em lesões em relevo na cavidade endometrial, e seu quadro clínico é basicamente
o sangramento uterino anormal, com aumento de fluxo/duração da menstruação.
Mais raramente, pode causar infertilidade e dismenorreia.
O diagnóstico é feito com a USG-TV e o tratamento é quase sempre histeroscópico, com
visualização direta e polipectomia.
Pólipo endometrial
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5. Endometriose
Consiste na presença de tecido endometrial fora do útero, atingindo de 5% a 10% das
mulheres em idade fértil (a minoria é sintomática). Os principais locais atingidos são, em
ordem decrescente, os ovários, ligamentos uterossacros e fundo de saco posterior, mas
pode atingir praticamente todos os órgãos, inclusive olhos, SNC e intestino (principal
localização extrapélvica).
Você sabia?
A fisiopatologia da endometriose ainda é tema de discussão e apresenta várias teorias
baseadas em evidências clínicas e experimentais.
• Teoria de Sampson ou da menstruação retrógrada: foi observado que 90% das
mulheres apresentam líquido livre na pelve em época menstrual, sugerindo, assim,
que certo grau de refluxo tubário ocorra. Células endometriais, então, se implantarão
no peritônio e nos demais órgãos pélvicos, iniciando a doença. Como somente 10%
das mulheres apresentam endometriose, os implantes ocorreriam pela influência de
um ambiente hormonal favorável e de fatores imunológicos que não eliminariam essas
células desse local impróprio.
• T
eoria da metaplasia celômica: lesões de endometriose poderiam se originar diretamente
de tecidos normais mediante um processo de diferenciação metaplásica.
• T
eoria genética: predisposição genética ou alterações epigenéticas associadas
a modificações no ambiente peritoneal (fatores inflamatórios, imunológicos,
hormonais, estresse oxidativo) poderiam iniciar a doença nas suas diversas formas.
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Questão 05
(FAMEMA - SP - 2021) Acerca de endometriose, assinale a opção correta.
a) Um bom marcador para o diagnóstico de endometriose é a dosagem de CA 125, que está
indicada para todas as mulheres que tenham dor pélvica crônica associada ao período
menstrual.
b) Endometriose deve ser considerada para todas as mulheres no menacme que apresentam
dismenorreia importante associada, ou não, a dispareunia de profundidade.
c) A endometriose caracteriza-se pela associação clínico-radiológica: muitas lesões
à ressonância magnética compatíveis com endometriose estão associadas a sintomas
mais intensos.
d) Histerectomia isolada é considerada tratamento de endometriose.
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5.4 Conduta
Assim como no tratamento dos leiomiomas, a endometriose também possui uma conduta
variável, sem protocolos absolutos. Para as provas, divida as pacientes nos seguintes grupos:
Obs.: fique atento! Outro tópico abordado nas provas é a prescrição de terapia de reposição
hormonal (TRH) em pacientes com antecedente pessoal de endometriose. Nesses casos,
devemos prescrever estrogênio + progesterona, mesmo que elas sejam histerectomizadas.
A estrogenoterapia isolada é capaz de ativar focos antigos de endometriose, fazendo retornar
a sintomatologia álgica.
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Respostas: 1. 4 mm em mulheres sem TRH e 8 mm em mulheres com TRH; 2. Atrofia endometrial (mulheres
sem TRH) e uso de TRH; 3. Câncer de endométrio; 4. Expectante; 5. Dismenorreia, dispareunia, dor pélvica
crônica e infertilidade.
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