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O ESPINHO NA CARNE DE PAULO

TEXTO BÍBLICO INDICADO:


E, para que não me exaltasse pela excelência das
revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber,
um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim
de não me exaltar (2 Coríntios 12.7 – ACF).

Paulo viveu experiê ncias espirituais extraordiná rias,


poré m nã o se vangloriava delas. Na verdade, ele lutou
contra seu desejo de usar essas experiê ncias para
prevalecer sobre os outros apó stolos, especialmente
quando contestado. Em meio a essa tensã o, ganhou
um espinho na carne, que passou a incomodá -lo.

O apó stolo nã o explica que espinho era esse; mas, diz


que ele foi enviado por Sataná s, com a finalidade de
atormentá -lo.
Entende, poré m, que Deus age soberanamente acima
dessas coisas, e nada escapa ou vence ao Senhor.
E reconhece que, ao final, tudo isso faz com que se
aproxime mais da graça de Deus (Tg 1.12).

1. QUATRO PRINCIPAIS TIPOS DE


INTERPRETAÇÃO:
(1) Desejos carnais persistentes ou tentaçõ es da carne;
(2) O surgimento de sentimento de culpa por ter
perseguido a igreja;
(3) Algum tipo de enfermidade de natureza física ou
nervosa; ou
(4) Um inimigo pessoal que procurou caluniá -lo e fazê -
lo cair em descrédito.

Quanto à primeira hipó tese mencionada acima, no


apó stolo foi vencedor atravé s do Espírito do Senhor
que nele habitava (Rm 8.5-13).

Quanto à segunda, ele sabia que a graça de Jesus Cristo o


havia absolvido completamente dos crimes que havia
cometido no passado (1 Tm 1.1316),

Qualquer que tenha sido a natureza de seu espinho,


este nã o fez com que Paulo deixasse de desempenhar
seu ministé rio, que era extremamente ativo, e que
incluía até mesmo longas viagens a pé .

2. VÁRIAS SUGESTÕES
Vá rias doenças foram sugeridas, como epilepsia,
oftalmia aguda ou algum problema nos olhos, febre
devido à malá ria, histeria ou melancolia, dor de
cabeça contínua, ou exaustã o nervosa.
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3. O ESPINHO NA CARNE À LUZ DO CONTEXTO
Um estudo da frase “espinho na carne” (Gr, skolops te
sarki), e de seu contexto em defesa de Paulo e de seu
apostolado (2 Co 1013), indica que ela
provavelmente refere-se a uma pessoa e nã o a uma
enfermidade.

No Antigo Testamento, um “espinho” era


uma expressão um tanto comum para um
inimigo humano. Consideremos, por
exemplo, a seguinte passagem.
“Se não lançardes fora os moradores da terra [os
cananeus] de diante de vós, então, os que deixardes ficar
deles vos serão por espinhos [na Septuaginta, skolops]
nos vossos olhos e por aguilhões nas vossas costas”

(Nm 33.55; Js 23.13).

Ezequiel refere-se aos inimigos de Israel utilizando a


expressã o “espinho que a pique” (na Septuaginta,
skolops pikrias) e “espinho que cause dor”
(28.24; 2.6; Mq 7.4).

4. UM MENSAGEIRO DE SATANÁS
Em 2 Coríntios 12,7, Paulo caracterizou seu espinho
como um mensageiro de Sataná s (angelos satana).
O termo grego angelos ocorre 188 vezes no Novo
Testamento, e é traduzido 181 vezes na versã o KJY em
inglê s como “aiyo”, e sete vezes como “mensageiro”.
Em nenhum outro versículo o termo angelos refere-se
a algo alé m de um ser terreno ou espiritual.
Por esta razã o, é mais prová vel que o termo
“mensageiro” em 2 Coríntios 12.7 refira-se a um ser
humano, ou a um espírito opressor operando atravé s
de tal pessoa.

5. O ESPINHO NA CARNE DE PAULO NA VISÃO DE


LUTERO
Para Lutero, se tratava das constantes perseguiçõ es;
especialmente por parte dos judeus, seus pró prios
irmã os, aos quais Paulo dedicava tanto amor (Rm 9.3).
De fato, nos textos hebraicos do Antigo Testamento, o
termo “espinhos” pode significar també m “inimigos”
(Nm 33.55; Js 23.13). Por outro lado, esse fora o
“espinho na carne” do pró prio Lutero em sua luta pela
Reforma.

Paulo teve muitos sofrimentos físicos, padeceu de


malá ria (Gl 4.13), de uma doença que muito lhe
prejudicara a visã o (Gl 4.15) e de fortes enxaquecas.
Isso, sem falar, de todas as lutas espirituais e
psicoló gicas que um servo de Deus da estatura de
Paulo certamente enfrentou.

CONCLUSÃO
O “espinho” de Paulo pode ter sido o líder do grupo
que lhe fazia oposiçã o em Corinto ou É feso.
Quanto ao seu espinho na carne, Paulo expressou uma
resposta cristã adequada para a frustraçã o, a
despeito da forma que ela possa ter tomado.
Depois de orar insistentemente para que este espinho
fosse removido, o apó stolo o aceitou e agiu da melhor
maneira possível com o auxílio da graça de Cristo
(2 Co 12.8-10).

O espinho mantinha Paulo humilde, lembrava-lhe de


sua necessidade de contato constante com Deus e
beneficiava -aqueles que estavam ao seu redor, pois
viam Deus trabalhando em sua vida.
Artigo: Ev. Jair Alves
Referências:
- Bíblia Brasileira de Estudo – Hagnos
- Bíblia King James Atualizada: Ediçã o de Estudo – Press Abba
- Bíblia de Estudo Aplicaçã o Pessoal - CPAD
- Dicioná rio Bíblico Wycliffe - CPAD
O QUE É “FIZ-ME COMO FRACO?”

Uma vez que Paulo diz que fez

de tudo para levar a Salvaçã o a alguns (1 Co 9.19-23),


todos os mé todos sã o lícitos na evangelizaçã o?
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Em 1 Coríntios 6.12, apóstolo Paulo diz: “Todas as
coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas me
convêm”. Aqui, ele demonstra prudê ncia quanto ao
procedimento.

O “fiz-me de tudo” de Paulo nã o deve ser generalizado.


Essa expressã o fala do respeito à s pessoas.
Ele nã o impunha aos gregos, por exemplo, a
circuncisã o da Lei. Tito foi um desses gregos.
Prová vel filho na fé de Paulo (Tt 1.4), nã o foi
constrangido a esse rito (Gl 2.3).
Neste caso, o apó stolo fez-se gentio com ele.

A interpretaçã o é o carro-chefe da verdade. Se ela


falha, adeus edificaçã o só lida. Sem entendimento, o
comboio do bem cai no abismo.
Nã o basta só a leitura. Estudar é preciso. Biblicamente,
entã o, é preciso mais: o discernimento do Espírito.

Aliá s, Deus sempre se preocupou com isso.


Ele inspirou a Pedro: “Como também nosso amado
irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe
foi dada; falando disto em todas as suas cartas, entre as
quais há pontos difíceis de entender, que ignorantes e
instáveis deturpam, como também deturpam as demais
Escrituras, para a própria perdição deles”,
II Pd 3.15-16.

Certa vez, vi um crente, ao ser advertido, apelar: “Ora,


faço-me como tolo para ganhar os tolos! Paulo não agia
assim?” Esse “irmão” nã o era fá cil. Aprontava. Fingia-
se doente. Boca-suja. Olhar malicioso. Mulherengo,
dava de cotovelo: “Olha, que mulheraça!”, dizia,
mesmo entre os crentes. Mas, em sua igreja (sabe-se lá
como), ele tinha cré dito.
Tocava violã o e cantava. Pregava també m. Texto
preferido? 1 Coríntios 9.19-23. O versículo 22,
principalmente: “Fiz-me como fraco para os fracos,
para ganhar os fracos...”.

Ora, O “Fiz-me como fraco de Paulo não é ser como ou imitar”.


É ser sá bio para com o pecador.
Igual a ele, nunca! Porventura, é preciso drogar-se para
ganhar o viciado?
Ou se prostituir, para salvar o adú ltero?
Ou namorar o incré dulo, para convertê -lo? Claro que
nã o!

Aliá s, o pró prio Paulo disse: “Mas agora vos


escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se
irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou
maldizente, ou beberrão, ou ladrão; com o tal nem
ainda comais”, 1 Co 5.11.

VIU?
CRISTÃO NÃO AGE
COMO PECADOR.
DE JEITO NENHUM.
FORA COM A HERESIA!
PR. Vilmar Salema de Oliveirar
Por que Paulo rebatizou crentes de Éfeso?
"Em Atos 19, lemos que mesmo os crentes de Éfeso já tendo
sido batizados nas águas, o foram novamente por Paulo. Por
que esse rebatismo?"
Atos 19 narra a passagem de Paulo em É feso por
ocasiã o de sua terceira viagem missioná ria, e també m
trata de um caso novo na histó ria da Igreja: o
rebatismo de um grupo de discípulos que conhecia
apenas o batismo de Joã o.
Para que possamos tratar desse assunto, é preciso
delimitar o significado do batismo praticado por Joã o, sua
diferença em relaçã o ao batismo em nome de Jesus e a
intençã o do apó stolo Paulo ao batizar aqueles crentes.
O batismo de João era ministrado para demonstraçã o
de arrependimento por parte daqueles que ouviam
suas palavras, de que o Reino de Deus estava pró ximo
e que ninguém que nã o tivesse um coraçã o
arrependido de seus pecados entraria nele (Mt 3.1-12).
Essa advertê ncia foi dada até para a liderança
religiosa instituída em Israel, composta de fariseus e
saduceus, que deveriam mudar suas atitudes.
Arrependimento, no grego "metanoia", indica uma
decisã o de caminhar na direçã o contrá ria, voltar-se
para outro caminho, uma forma consciente de
abandonar as prá ticas costumeiras e voltar-se a um
novo estilo de vida.

As pessoas que ouviam Joã o nã o eram cobradas


apenas a se arrependerem, mas també m a crer que
Deus estava enviando o Seu Escolhido, muito maior
que Joã o Batista, para trazer mudanças sé rias nã o
apenas em Israel, mas em todo o mundo.

Alguns doutrinadores bíblicos indicam a ideia de que


quando um prosé lito era admitido na fé judaica, fazia
a circuncisã o e era batizado, como uma referê ncia aos
banhos rituais do Antigo Testamento que eram
administrados para a purificaçã o.
A diferença é que quem era batizado por Joã o deveria
esperar nã o apenas Jesus, chamado por Joã o de
Cordeiro de Deus e sobre o qual dizia "é maior do que
eu", mas esperar da parte de Jesus o Batismo no
Espírito Santo.

Para o cristã o, o batismo nã o representa


arrependimento para entrar no Reino que está por vir,
nem a espera para que Jesus se manifeste e cumpra
Seu ministé rio de Salvaçã o e nos batize com o Espírito
Santo. Essa esperança já aconteceu, pois o Senhor já
veio, morreu na cruz e batiza seus servos com Seu
Santo Espírito. Neste instante, aguardamos Jesus
manifestar-se para arrebatar Seus fié is.

Para o cristão, o batismo é o ato pelo qual somos


identificados com Cristo em sua morte, sepultamento e
ressurreiçã o. Para se identificar com os pecadores e
cumprir toda a justiça, Jesus foi batizado por Joã o, e
apó s a Sua manifestaçã o e ministé rio, que foi
completado com Seu sacrifício na cruz, o batismo de
Joã o deixou de ter validade, sendo substituído pelo
batismo em nome de Jesus(cuja Fórmula
batismal é como o próprio Jesus ensinou,
"Em nome do Pai, do Filho e do Espírito
Santo").
Esse batismo foi adotado pelos cristã os, pelo fato de
que Jesus já havia se manifestado.
Mais precisamente, o caso dos discípulos efé sios
deve nos chamar a atençã o també m pelo fato de
que a terceira viagem missionária de Paulo
aconteceu 25 anos depois do Dia de
Pentecostes em Jerusalém, ocasiã o em que os
discípulos no cená culo foram cheios do Espírito
Santo.
Com base no exposto, o batismo de Joã o era
um sinal indicativo para aqueles que ouviam
sua mensagem de que o Messias estava
chegando, “e o batismo que Paulo administrou
nos discípulos efésios, segundo o ensino de
Jesus, mostrava que Jesus já tinha vindo e
completado Sua obra.”
Esse foi o motivo pelo qual Paulo batizou
aquelas pessoas "em nome de Jesus".
O batismo de Joã o mostra o que haveria de
vir, e o batismo em nome de Jesus apresenta o
que já aconteceu, e o indicativo da aprovaçã o
divina foi à recepçã o do batismo com o
Espírito Santo a seguir.
A intençã o paulina, intrínseca no ato, foi de
demonstrar essa realidade aos efé sios.

Por: Pr. Alexandre Coelho

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