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APOSTILA DE ESTABILIDADE
PARA CANDIDATO A CAPITÃO AMADOR
PRINCIPAIS DEFINIÇÕES
3- CALADO:
É a distância vertical medida entre o plano de base e o plano de flutuação. O calado é marcado em
escalas que são gravadas avante (Cav) e à ré (Car) em ambos os bordos do casco da embarcação. Nos
casos de embarcações de grande porte, como navios, existe também a gravação do calado a meio-
navio (Cmn).
Quando o calado à ré é maior que o calado a vante, diz-se que a embarcação está derrabada ou com
trim pela popa.
Quando os calados são iguais (Car = Cav) diz-se que a embarcação está sem trim ou compasso, ou que o
trim é zero, ou que está em águas parelhas.
6- BOCA:
É a largura da embarcação na seção transversal a que se referir. Quando não for especificada a seção,
refere-se à boca da seção mestra. Seção Mestra é o seccionamento transversal da embarcação na sua
boca moldada (boca máxima interna). Normalmente coincide com o ponto médio do comprimento
entre perpendiculares.
7- BOCA MOLDADA:
É a maior largura da embarcação entre as superfícies internas do chapeamento do casco.
8- BOCA MÁXIMA:
É mesmo que boca extrema ou externa e refere-se á maior largura da embarcação.
9- PONTAL (P):
É a distância vertical, medida a meio-navio, entre o plano de base (quilha) e o convés principal. É
também a soma do calado com a borda livre.
17- ARQUEAÇÃO:
É o volume interno de uma embarcação.
23- DENSIDADE:
É a relação entre o peso e o volume que determinado material ocupa, ou seja, é a divisão do peso sobre
o volume. Densidade = Peso/Volume.
26- DESLOCAMENTO ( ):
É o peso total da embarcação e pode ser expresso em toneladas métricas (1 TM = 1.000 kg) ou em
toneladas longas (1 TL = 1.016kg). Note-se que a tonelada longa (TL) é maior que a tonelada métrica
(TM). Uma tonelada longa também é igual a 2.240 libras.
Como sabemos, peso é igual a volume vezes densidade. O deslocamento de uma embarcação é igual
ao seu volume de carena multiplicado pela densidade, ou seja: quando a embarcação está na água
doce o seu deslocamento (peso) é igual ao seu volume de carena vezes 1. Exemplo: o volume de carena
da embarcação GOLF é igual a 45 m3, logo o seu deslocamento é igual 45 x 1 = 45 toneladas métricas
(TM). Para transformarmos 45 TM em toneladas longas (TL) basta dividirmos por 1,016, logo 45 TM =
44,29TL. Assim como, para transformarmos TL em TM basta multiplicarmos por 1,016, exemplo: 60 TL
corresponde a 60 x 1,016 = 60,96 TM.
O deslocamento (peso) de uma embarcação não se altera ao mudar de meio, o que se altera são o
calado e o volume de carena.
T – Tropical: linha de carregamento máximo para embarcação que estiver na zona tropical de água
salgada.
V – Verão: linha de carregamento máximo para embarcação que estiver na zona de verão de água
salgada.
I – Inverno: linha de carregamento máximo para embarcação que estiver na zona de inverno de água
salgada.
IAN – Inverno no Atlântico Norte: linha de carregamento máximo para embarcação menor que 100 m
de comprimento, que estiver na zona de inverno da parte norte do Oceano Atlântico.
As Linhas de Carga, por serem muito importantes para a segurança da navegação, são criteriosamente
observadas pelas companhias seguradoras e pelas sociedades classificadoras.
36- EMPUXO:
É a força que um meio líquido exerce, de baixo para cima, num corpo nele mergulhado.
38- FLUTUABILIDADE:
É a propriedade que um corpo tem de permanecer na superfície da água. Essa flutuabilidade vai
depender da igualdade entre o peso do corpo e o empuxo do líquido. Podemos dizer que a
flutuabilidade varia de acordo com a densidade (peso específico) do líquido, que é igual a peso/
volume.
40- ESTABILIDADE:
É a propriedade que tem a embarcação de retornar à sua posição inicial de equilíbrio, depois de
interrompida a força perturbadora que a tirou da posição inicial. Estas forças perturbadoras podem
ser as ondas, a velocidade da embarcação conjugada com o estado do mar e outras tantas, além do
embarque, desembarque e movimentação de pesos a bordo. Nesse nosso estudo de Estabilidade
Estática somente levaremos em consideração o embarque, o desembarque e a movimentação de pesos
a bordo e, trataremos da estabilidade transversal e da estabilidade longitudinal.
45- PONTO K:
Ponto extremo inferior, por onde passa o plano de base e, naturalmente, a quilha, e é o ponto de início
das contagens das alturas dos pontos notáveis ou seja, é o Ponto de Referência das cotas verticais. O
que significa dizer que podemos determinar a que altura estão os pontos notáveis em relação à quilha
do navio ou em relação aos demais pontos notáveis. Essas cotas são muito importantes para
determinarmos a qualidade da estabilidade da embarcação. As cotas são:
KG = COTA DO CENTRO DE GRAVIDADE;
KB = COTA DO CENTRO DE CARENA e
KM = COTA DO METACENTRO.
Exemplo: quais são as cotas do centro de gravidade, do centro de carena e do metacentro no desenho
abaixo?
No instante em que a boia próxima da mão, apresenta um peso e, na medida em que afastamos a boia
circular para a ponta do croque, verificamos que ela fica mais pesada. Na verdade, a boia não altera o
seu peso, o que ocorre é que quanto mais distante ela ficar da mão que sustenta o croque, mais
distante ficará o seu centro de gravidade da força necessária para neutralizar o seu peso, e mantê-la
erguida. Isto é momento de um peso. Tendo a boia 3 kg e o croque 2 m, qual é o momento do peso da
boia quando ele estiver na ponta do croque?
MOMENTO = PESO X DISTÂNCIA DO CENTRO DE GRAVIDADE, assim,
MOMENTO = 3 X 2 = 6
Isto significa dizer que teremos que imprimir uma força de 6kg para manter a boia erguida quando
ele estiver na ponta do croque.
No caso de uma embarcação, todo peso que recebe a bordo terá como ponto ou plano de aplicação
do seu momento o plano de base, ponto k, por onde passa a quilha.
Dessa forma, todo peso colocado a bordo será incorporado ao peso (deslocamento) da embarcação
que, consequentemente, irá alterar o seu centro de gravidade. Exemplo: uma embarcação foi
carregada com um peso de 100 toneladas, que ficou estivada na primeira coberta do porão. Sabendo-
se que a distância da coberta à quilha é de 3m, qual é o momento deste peso em relação ao plano de
base da embarcação?
47- BINÁRIO:
É um sistema de 2 forças paralelas, de mesma intensidade e sentidos contrários, aplicadas no mesmo
corpo.
No exemplo acima a força “A” é exercida para cima e a força “B” é exercida para baixo, e a distância
entre elas (b) nós chamamos de braço do binário. A tendência do binário é produzir uma rotação.
A importância do sistema binário na estabilidade: toda vez que uma embarcação produz um balanço
(adernamento ou inclinação) apresenta um sistema binário composto por 2 forças, a força de gravidade
(peso) que atua para baixo, e da força de empuxo que atua para cima.
Podemos observar no desenho acima, que o binário que se forma, quando do balanço da embarcação,
é a distância entre a força de gravidade (peso) e a força de empuxo, representado pela reta GZ, que
chamaremos de braço de estabilidade ou de adriçamento, cuja função é de adriçar a embarcação.
Ao momento desse binário, damos o nome de Momento de Adriçamento que corresponde à
intensidade da força que levará a embarcação de volta à sua posição de equilíbrio, adriçada.
O momento de estabilidade ou de adriçamento é igual ao produto do deslocamento (peso) pelo braço
de estabilidade ou adriçamento (distância).
MOMENTO = PESO X DISTÂNCIA logo, MOMENTO DE ADRIÇAMENTO OU DE ESTABILIDADE =
DESLOCAMENTO (PESO DA EMBARCAÇÃO) X BRAÇO DE ESTABILIDADE (DISTÂNCIA).
Temos que ter em mente que GZ (braço de estabilidade) é proporcional a GM (altura metacêntrica).
Portanto, quanto maior GZ, maior GM, e quanto menor GZ, menor GM. Conforme figura abaixo.
Para calcularmos a Altura Metacêntrica (GM), basta subtrair KG (cota do centro de gravidade) de KM
(cota do metacentro), ou seja: GM = KM – KG.
ou
Exemplo 1:
Qual é a cota do centro de gravidade (KG) de uma embarcação após ter carregado um peso de 1.000
toneladas na primeira coberta do porão?
1- o caderno de estabilidade nos fornece o deslocamento leve = 2.000 t, o KG correspondente = 5 m e
a distância da primeira coberta do porão ao plano de base (K) = 2m.
2- calculamos o momento do peso que irá influenciar no centro de gravidade:
Momento = peso x distância, logo, Momento = 1.000 x 2 = 2.000
3- aplicamos a fórmula:
KG final = 2.000 (desloc. Leve) x 5 (KG inicial) + 2.000 (soma dos momentos) = 12.000 = 4m
2.000 (desloc. Leve) + 1.000 (soma dos pesos) 3.000
KG FINAL = 4m
Exemplo 2:
Se ao invés de estivarmos a carga de 1.000t na primeira coberta estivássemos no convés principal,
sabendo que a distância do convés principal ao plano de base (K) é de 8m, qual seria o novo KG da
mesma embarcação?
1- calculamos o momento = peso x distância, logo, Momento = 1.000t x 8m = 8.000
2- aplicamos a fórmula:
KG final = 2.000 (desloc. Leve) x 5 (KG inicial) + 8.000 (soma dos momento) = 18.000 = 6m
2.000 (desloc. Leve) + 1.000 (soma dos pesos) 3.000
KG FINAL = 6m
Nos exemplos acima, observamos que quanto mais próximo do plano de base (K) um peso é
colocado, menor será a cota do centro de gravidade (KG) e maior será a altura metacêntrica (GM).
A bordo, os pesos são muitos e colocados em diversas partes da embarcação. Para uma quantidade
maior de pesos, deve-se proceder da mesma forma, somando-se os diversos momentos de cada
peso (numerador) e os inúmeros pesos (denominador).
Para obtermos GM, que é igual a KM – KG, precisamos determinar a cota do metacentro (KM), que
é fornecida na Tabela de Dados Hidrostáticos ou no Gráfico de Curvas Hidrostáticas, bastando para
isso entrarmos com o calado médio.
Esses exemplos restringem-se a pesos colocados na Linha de Centro.
Agora que temos KM e KG, basta aplicar a fórmula: GM = KM – KG = 6,4 – 5,7 = 0,7m.
Para sabermos se a altura metacêntrica encontrada (GM = 70 cm) dá à embarcação uma boa
estabilidade transversal é necessário confrontar com os diversos gráficos de carregamento
constantes do caderno de estabilidade da embarcação.
50- EQUILÍBRIO
Equilíbrio na estabilidade transversal está diretamente ligado ao sistema binário composto pela força
de gravidade (peso) e pela força de empuxo.
Os 3 tipos de equilíbrio de uma embarcação são:
a- EQUILÍBRIO ESTÁVEL
b- EQUILÍBRIO INSTÁVEL e
c- EQUILÍBRIO INDIFERENTE.
No caso da curva de estabilidade acima, a faixa de estabilidade é de zero até 60°, exclusive. Em
outras palavras, a faixa de estabilidade traduz o equilíbrio estável da embarcação.
b- Limite de estabilidade: lê-se no eixo horizontal e é determinado pelos pontos onde o braço de
estabilidade é nulo, igual a zero. Normalmente temos 02 pontos, o primeiro é quando o ângulo de
banda é zero, nesse caso não há braço de adriçamento nem inclinação, e o segundo é quando a
curva corta o eixo horizontal no seu maior ângulo de inclinação, no limite da faixa de estabilidade.
No caso da curva de estabilidade acima, os limites de estabilidade são zero e 60°. Isto significa que
a embarcação poderá sofrer banda, para ambos os bordos, de até 60°, exclusive, que haverá um
braço de adriçamento atuando para trazer a embarcação à posição de equilíbrio inicial, adriçada.
Podemos dizer que quando a embarcação estiver com 60° de banda estará com o seu equilíbrio
indiferente. Podemos, também, afirmar que quando a inclinação for maior que 60° a embarcação
estará com o seu equilíbrio instável.
c- Braço de adriçamento máximo: lê-se no eixo vertical e é o maior valor do braço de adriçamento
para uma determinada inclinação. Significa dizer, também, que nessa inclinação o balanço será
mais brusco ou mais rápido que nas demais bandas.
No caso da curva de estabilidade acima, o braço de adriçamento máximo é de 30°.
2- Quando embarcamos pesos acima do centro de gravidade, o novo centro de gravidade (G’) fica
acima do G inicial, portanto, aumenta-se a cota do centro de gravidade (KG) e,
consequentemente, diminui-se a altura metacêntrica (GM). O mesmo ocorre quando
desembarcamos pesos abaixo do centro de gravidade.
Um dos pontos mais importantes para se ter uma boa estabilidade em qualquer embarcação
é a correta distribuição de pesos entre os bordos.
Exemplo 2:
Em uma embarcação de 2.000 t de deslocamento e com uma cota do centro de gravidade de 8 m,
movimentou-se um peso de 100 t do convés para a primeira coberta do porão, havendo uma
distância vertical entre estes pontos de 5 m. Calcular o movimento do centro de gravidade (GG’) e a
nova cota do centro de gravidade (KG).
GG’ = 100 X 5 = 500 = 0,25 m = 25 cm
2.000 2.000
KG inicial = 8,0 m; GG’ = 0,25 m, logo, KG’ = KG – GG’ = 8,0 – 0,25 = 7,75 m
Exemplo 3:
Em uma embarcação de 1.000 t de deslocamento, um peso de 200 t foi movimentado de um bordo
para o outro percorrendo 5 m. Qual foi o movimento do centro de gravidade decorrente dessa
operação?
GG’ = PESO X DISTÂNCIA = 200 x 5 = 1.000 = 1,0 m
DESLOCAMENTO 1.000 1.000
Observamos no desenho abaixo, que o novo centro de gravidade (G’) movimentou-se para o
mesmo bordo que o peso foi transferido. Nesse caso, a embarcação ficará com uma banda
permanente para o mesmo bordo do novo centro de gravidade G’.
Exemplo 2:
Uma embarcação com deslocamento de 3.150 t e com uma cota do centro de gravidade KG = 5,5
m, foi desembarcado um peso de 150 t que estava estivado a 2,5 m do plano K. Qual o movimento
do centro de gravidade?
Este caso é praticamente idêntico ao anterior, porém trata-se de desembarque.
Peso = 150 t; distância do peso ao G = 5,5 – 2,5 = 3 m; novo deslocamento = 3.150 – 150 = 3.000 t.
Se o peso está abaixo de G e é desembarcado, logo, o G’ ficará mais alto em relação a K. Assim,
aumentará a cota do centro de gravidade (KG) e diminuirá a altura metacêntrica (GM), diminuindo
a estabilidade. KG era igual a 5,5, após esta operação KG’ = 5,5 + 0,15 = 5,65 m.
GG’ = 150 X 3 = 450 = 0,15 m = 15 cm
3.000 3.000
Exemplo 2:
Em uma embarcação de 3.000 t de deslocamento, com KM = 6 m e KG = 4 m, embarcou-se uma carga
de 320 t, que será estivada na segunda coberta que está a 2,0 m do plano de base K. Calcular o
movimento que sofrerá o novo centro de gravidade e a nova condição de estabilidade da embarcação.
GM = KM – KG = 6 – 4 = 2 m; peso 320 t: novo deslocamento = 3.000 + 320 = 3.320 t; distância = 2,0 m
do plano de base, logo, a 2,0 m de G.
GG’ = peso x distância = 320 x 2 = 640 = 0,19 m = 19 cm
Exemplo 3:
Em uma embarcação com deslocamento de 1.200 t e com GM = 0,80 m, um peso de 200 t foi
descarregado da primeira coberta, em uma posição situada a 50 centímetros acima do centro de
gravidade G. calcular o movimento sofrido pelo centro de gravidade e a nova condição de estabilidade
da embarcação. Como o peso desembarcado estava acima do G, logo, o G desceu, diminuindo a cota do
centro de gravidade KG’ e aumentando a altura metacêntrica G’M, logo, melhorando a estabilidade.
Peso = 200 t; novo deslocamento = 1.200 – 200 = 1.000 t; distância ao G = 0,5 m.
GG’ = PESO X DISTÂNCIA = 200 X 0,5 = 100 = 0,1 m
NOVO DESLOCAMENTO 1.000 1.000
G’M = GM + GG’ = 0,80 + 0,10 = 0,90 m
As principais causa que levam uma embarcação a ficar com uma banda permanente são:
a- Má distribuição de pesos a bordo: isso ocorre quando há mais peso em um bordo do que no outro,
o que fará com que o centro de gravidade se desloque para o bordo com maior peso. Para evitar
este tipo de situação devemos dividir os pesos de forma equitativa em ambos os bordos.
b- Centro de gravidade muito elevado: esta condição ocorre quando a concentração dos pesos
encontra-se acima do centro de gravidade da embarcação, ocasionando a elevação exagerada da
cota do centro de gravidade KG, que por sua vez ficará muito próximo da cota do metacentro KM,
causando uma condição de equilíbrio indiferente (KM = KG), ou mesmo de equilíbrio instável (KG >
KM). Para evitar tal situação, devem-se estivar as cargas mais pesadas o mais próximo possível do
plano de base K, abaixo do centro de gravidade.
d- Superfície livre: o efeito da superfície livre ocorre quando um ou mais tanques estiverem
parcialmente cheios. Com o balanço da embarcação, o líquido corre para um dos bordos, mudando
o centro de gravidade da embarcação, podendo causar uma banda permanente. A pior condição é
quando os tanques estão com 50% de sua capacidade. Para evitar este tipo de ocorrência devemos
manter os tanques totalmente cheios ou totalmente vazios.
ou
Exemplo 1:
Uma embarcação com 2.000 t de deslocamento e uma altura metacêntrica de 1,5 m apresenta uma
banda permanente de 5 graus para bombordo. Sabendo-se que existe um peso de 100 t estivado a
bombordo que pode ser movimentado para boreste para corrigir a banda permanente, qual é a
distância necessária a que este peso deve ser movimentado?
1- Transformar o ângulo de banda (graus) para radianos: 5/57,3 = 0,087 rd
2- Aplicar a fórmula:
d = 2.000 x 1,5 x 0,087 = 2,61 m
100
Exemplo 2:
Uma embarcação com 1.000 t de deslocamento e com uma altura metacêntrica de 0,5 m apresenta
uma banda permanente de 10 graus para boreste. Sabendo-se que existe a possibilidade movimentar
um peso de 25 t, que está estivado neste bordo (boreste) para o bordo oposto (bombordo), qual é a
distância correta para esta remoção, a fim de corrigir a banda?
1- Transformar o ângulo de inclinação de graus para radianos: 10/57,3 = 0,174
2- Aplicar a fórmula:
d = 1.000 x 0,5 x 0,174 = 3,49 m
25
Para que a embarcação fique adriçada, para que o centro de gravidade volte à Linha de Centro, é
necessário movimentar o peso de 25 t para bombordo, a uma distância de 3,49 m a partir do ponto em
que o peso está estivado.
Se o centro de gravidade passar a ocupar a posição G’, trará para a estabilidade um efeito igual, como
se estivesse na posição Gv (centro de gravidade virtual). Isto é, como uma projeção de G’ na Linha de
Centro da embarcação.
Observando a figura abaixo, podemos concluir que o efeito da superfície livre consiste em deslocar o
centro de gravidade G para fora da Linha de Centro G’, que por sua vez irá atuar como se estivesse bem
acima da posição anterior, ou seja, da posição G para a posição Gv, trazendo um efeito adverso à
estabilidade, que é expresso como uma perda de altura metacêntrica, que passa a ser GvM, portanto,
bem menor que altura metacêntrica anterior GM.
As principais causas que levam uma embarcação a sofrer o efeito da superfície livre são:
a- Tanques parcialmente cheios: os tanques que transportam líquidos devem estar totalmente cheios
ou totalmente vazios. Os tanques que ficam acima do centro de gravidade tornam o efeito da
superfície livre ainda mais grave do que os tanques que ficam no duplo fundo, abaixo do centro de
gravidade, portanto, esses tanques, que geralmente são de serviço, devem ser completados
constantemente.
b- Embarque de água ou água aberta: Esta situação ocorre quando não há estanqueidade no convés
ou no casco. A água que vai entrando, seja pelo convés ou pelo casco, irá se acumulando no porão
e, dependendo da quantidade poderá gerar o efeito da superfície livre. Nas embarcações de pesca
a quantidade de gelo para conservação do pescado é considerável, e este gelo se transforma em
água, o que pode causar o efeito da superfície livre e comprometer a estabilidade da embarcação.
Para evitar esta situação, devemos ter certeza da estanqueidade do convés e do casco, manter as
saídas de água, como embornais e portinholas, livres e desobstruídas, e esgotar diariamente os
ESTABILIDADE – 2017 – MARÇO – V. 1.0.1 - FÉLIX
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pocetos e os porões, conforme seja o caso. Nas embarcações de pesca este procedimento deve ser
feito 2 vezes ao dia.
Para atenuar este efeito, o estaleiro construtor instala anteparas longitudinais dentro dos tanques,
pois a largura é a dimensão do tanque que mais influencia no efeito da superfície livre.
Previsão de consumo total: para calcularmos o consumo total da embarcação basta sabermos o
consumo diário de água e combustível e multiplicarmos pelo tempo de viagem. Lembrando sempre que
a água tem densidade 1 e o combustível tem outra densidade, portanto é preciso levar em
consideração a densidade do combustível para sabermos o peso desembarcado (consumido).
Exemplo 1:
Uma embarcação de pesca de alto-mar irá empreender uma faina de 45 dias. Sabe-se que o seu
consumo de água doce é de 1 t e o de combustível de 2t. Qual o consumo total para essa faina de
pesca?
Observe-se que o consumo de combustível já está em toneladas, portanto não precisamos da
densidade para calcular este peso.
Consumo diário = 1 + 2 = 3 t; tempo de viagem = 45 dias; consumo total = 3 x 45 = 135 t.
Podemos concluir que ao chegar no porto de destino a embarcação estará com menos 135 t em seu
deslocamento.
Exemplo 2:
Um rebocador irá empreender uma viagem do porto do Rio de Janeiro para o porto de Natal rebocando
uma plataforma. Estima-se que o tempo de viagem seja de 20 dias. Sabe-se que o consumo diário de
água seja de 5 t e o de combustível seja de 15 t. Qual é a previsão do consumo total?
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Note-se, mais uma vez, que o consumo do combustível foi dado em toneladas, portanto, não
precisamos da densidade para fazer a transformação de m3 para t.
Consumo diário de água = 5 t; consumo diário de combustível = 15 t; tempo de viagem = 20 dias.
Consumo total = (5 + 15) x 20 = 400 t.
Podemos concluir que o rebocador estará, no porto de chegada, com menos 400 t em seu
deslocamento.
Exemplo 1:
Uma embarcação com deslocamento de 2.000 t e com o centro de gravidade de 1,5 m (1,5 m =
ALTURA METACÊNTRICA) irá empreender uma viagem de 20 dias. Sabe-se que o consumo diário de
água é de 3 t e o de combustível é de 5 t, sendo que a água está estivada no tanque 1, a 2 m abaixo do
centro de gravidade, e o combustível no tanque 2, também 2 m abaixo de G. qual será a condição de
estabilidade ao termina da viagem?
1- Calcular o consumo total:
(3 t de água x 20 dias) + (5 t de combustível x 20 dias) = 60 t +100 t = 160 t
2- Calcular o novo deslocamento:
Deslocamento inicial – consumo total = 2.000 t – 160 t = 1.840 t
3- Calcular os momentos de cada peso (água e combustível): momento = peso x distância
Água = 60 t x 2m = 120
Combustível = 100 x 2 = 200
4- Calcular a soma dos momentos:
Soma dos momentos = 120 + 200 = 320
5- Calcular GG’ = soma dos momentos dos pesos / novo deslocamento = 320 / 1840 = 0,17 m
6- Calcular G’M = GM – GG’ = 1,5 m – 0,17 m = 1,33 m.
Podemos concluir que a estabilidade da embarcação (ALTURA METACÊNTRICA) diminuiu de 1,5
para 1,33.
O trim é negativo se o calado a ré for menos que o calado avante, ou se o calado avante for maior que
o calado a ré (pela própria fórmula). Neste caso, diz-se que o navio está com trim pela proa, abicado,
embicado ou afocinhado.
Quando o calado a ré é igual ao calado avante o trim é zero, ou seja, não há trim ou compasso. Neste
caso o navio está em águas parelhas. Alguns autores dizem que o navio está “trimado”.
Exemplo 1:
Uma embarcação está com calado a ré de 2,30 m e calado avante de 1,80m. Qual o trim ou compasso?
T = Car – Cav = 2,30 – 1,80 = + 0,50 m
Podemos dizer que o trim é positivo, que o navio está derrabado ou com trim pela popa.
Exemplo 2:
Em uma embarcação foram lidos os calados: avante = 2,50 m e a ré = 1,70 m. Qual o trim ou compasso?
T = Car – Cav = 1,70 – 2,50 = - 0,80 m.
Podemos dizer que o trim ou compasso é negativo, que o navio está abicado ou com trim pela proa.
Quando calculamos o trim e o calado avante é maior que o calado a ré, o trim é negativo.
A lógica é que, quando o navio está abicado ou com trim pela proa, tudo tende a ficar ruim, negativo. É
como se o hélice quisesse mergulhar a embarcação, ou seja, cria dificuldade de governo e perda de
velocidade.
Exemplo 3:
Uma embarcação está com calado avante de 2,10 m e calado a ré de 2,10 m. Qual o trim?
T = Car – Cav = 2,10 – 2,10 = 0 (zero).
Podemos dizer que a embarcação está sem trim ou sem compasso, ou está em águas parelhas ou está
trimada.
ou
VT = p x d
MCC
Exemplo 1:
Uma embarcação, num determinado porto, realizou diversas operações de carga e descarga. Antes das
operações seu trim era de 2,0 m pela popa, e ao final das operações o compasso era de 1,20 m também
pela popa. Qual a variação de compasso?
VT = Tf – Ti = 1,20 – 2,00 = - 0,80 m.
Quando a variação do trim (VT) é negativa, significa dizer que a variação foi para a proa, isto é, o trim
variou 0,80 m para vante.
Quando calculamos o trim e o calado avante é maior que o calado a ré, o trim é negativo. O raciocínio
para a variação de compasso é o mesmo, ou seja: se a variação de trim é negativa, o trim varia para
vante.
Exemplo 2:
Uma embarcação estava com trim pela popa de 0,10 m e, após lastrar o tanque de colisão avante, o
trim passou a ser de - 0,10 m. Qual foi a variação de compasso?
VT = Tf – Ti = -0,10 – (+0,10) = - 0,20 m.
Neste exemplo, a embarcação estava derrabada em 10 cm e, após a operação de lastro passou a ficar
abicada em 10 cm. Lógico que a variação de trim foi de 20 cm para vante.
O plano de compasso ou de trim é confeccionado pelo estaleiro que construiu a embarcação e, via de
regra, somente é realizado para embarcações de grande porte, como navios.
No plano é mostrado o perfil do navio, em escala reduzida, com seus diversos compartimentos de
carga, de lastro e outros. Abaixo do perfil é apresentada uma tabela com as variações dos calados
avante e a ré, em centímetros, para cada calado médio (coluna da esquerda). Além disso, na parte
superior esquerda, há um texto onde á definida a variação em função do peso embarcado (neste caso,
para cada 100 t).
Nos navios de carga geral, ao invés dos tanques, os compartimentos são definidos por suas cavernas.
Em cada quadrículo existe um número, este número significa a variação em centímetros da variação do
calado, avante ou a ré, para embarque do peso determinado na parte superior esquerda. Aso se trate
de desembarque, o sinal deverá ser trocado. E, no caso de transferência de peso, devemos fazer 02
operações: a primeira de desembarque, com sinal invertido, e a segunda de embarque.
Exemplo 1:
No navio acima, que está com calado médio de 9,0 m, irá embarcar 100 t no tanque, 97 – tanque de
esgoto – localizado a ré da embarcação. Qual será a variação dos calados avante e a ré após este
embarque?
Ao analisarmos o Plano de Compasso verificamos que para um calado médio de 9,0 metros, a variação
do calado avante é de -3,8 cm e a variação do calado a ré é de + 7,1 cm. O que significa dizer que: o
calado avante, após o embarque de 100 t no tanque de esgoto, diminuirá 3,8 cm e aumentará o calado
a ré em 7,1 cm.
Exemplo 2:
O mesmo navio, agora com calado médio de 13,0 m, irá desembarcar um peso de 100 t que está
localizado no porão n° 4, por ante avante da embarcação. Qual será a variação de cada calado após o
desembarque?
Ao verificarmos o Diagrama de trim do navio, identificamos que para o calado médio de 13,0 m, as
variações avante e a ré são, respectivamente, + 1,9 cm e + 1,0 cm. Como se trata de desembarque,
devemos inverter os sinais, passando a ser: - 1,9 e – 1,0 cm. Portanto, os calados avante e a ré serão
decrescidos daqueles valores.
Exemplo 2:
O navio acima desembarcou uma carga de 420 t, estando inicialmente com Cav = 12,3 m e Car = 11,9
m. Sabendo-se que a carga encontrava-se no tanque de colisão avante, quais serão os novos calados
avante e a ré, o novo calado médio e o novo trim, após o desembarque?
1- Calcular o calado médio: CM = (Car + Cav) / 2 = (11,9 + 12,3) / 2 = 24,2 / 2 = 12,1 m
2- Observar no Plano de Compasso, para o CM = 12,1 m, as variações de calado correspondentes a
100 t.
Var Cav = + 6,3 cm (0,063 m) e Var Car = - 3,4 cm (0,034 m), como se trata de desembarque,
devemos inverter os sinais: Var Cav = - 6,3 cm e Var Car = + 3,4 cm.
3- Calcular as variações de calado correspondentes a uma carga de 420 t.
Para Cav: 100 t corresponde a – 6,3 cm, 420 t corresponde a x; x = 420 x (-6,3)/100 = - 26,46 cm
Para Car: 100 t corresponde a 3,4 cm, 420 t corresponde a y; y = 420 x (+3,4)/100 = + 14,28 cm
4- Aplicar as variações calculadas nos respectivos calados:
Novo Cav = Cav + Var Cav = 12,3 + (-0,26 m) = 12,04 m
Novo Car = Car + Var Car = 11,9 + (+0,14 m) = 11,76 m
5- Calcular o novo calado médio, CM:
CM = (Car + Cav) / 2 = (12,04 + 11,76) / 2 = 23,80 / 2 = 11,90 m
6- Calcular o novo compasso:
Novo Compasso = T = Novo Car – Novo Cav = 11,76 – 12,04 = - 0,28 cm = - 0,3 m
Note-se que o navio iniciou a operação abicado e, após a descarga, continuou com trim pela proa.
Neste caso o comandante terá que remover mais peso da proa, embarcar peso na popa ou
transferir peso da proa para a popa, de modo que o navio fique derrabado ou em águas parelhas.
Exemplo 3:
Diante da situação acima, o comandante resolveu transferir do tanque de colisão avante para o tanque
de colisão a ré, uma carga de 250 m3 de óleo diesel, sabendo-se que a densidade deste produto é de
0,853kg/l. Depois desta operação, quais serão os novos calados avante e a ré, o novo calado médio e o
novo trim?
A principal finalidade do cálculo do trim é evitar um efeito prejudicial na estabilidade e ter noção de
toda a estabilidade longitudinal da embarcação.
Exemplo:
Exemplo 2:
Utilizando a tabela acima, qual é a TPC para um calado médio de 2,50 m? R: 3,00 t, ou seja, para cada 3
t embarcada ou desembarcada, o caldo médio aumentará ou diminuirá 1 cm.
Exemplo 3:
Utilizando a tabela acima: estando a embarcação com um calado médio de 1,9 m e embarcando uma
carga de 10 t, qual será o novo calado médio?
Temos que: para um calado médio de 1,9 m, a TPC é de 2,7 t, ou seja:
2,7 t aumenta o calado médio em 1 cm, 10 t aumenta o calado médio em x; x = 10 x 1 /2,7 = 3,7 cm.
Exemplo 4:
Qual é a variação do calado médio de 2,5 m ao desembarcar uma carga de 6 t?
Na tabela de deadweight temos, para um calado médio de 2,5 m, uma TPC de 3,0 t.
Desembarcando 3 t o CM diminuirá 1 cm, desembarcado 6 t o CM diminuirá x; x= 6 x 1 / 3 = 2 cm.
Exemplo 5:
Qual é a carga a ser embarcada a fim de variar o calado médio de 2,50 para 2,53 m?
Na tabela acima temos para um calado médio de 2,50 m, uma TPC de 3,0 t, então:
Se 3 t varia 1 cm, x ton varia 3 cm; x veze 1 = 3 x 3; x = 9 t.
Exemplo 6:
Para sairmos de um calado médio de 2,0 m e irmos para um calado médio de 2,50 m, qual o peso a ser
desembarcado?
Com CM = 2,0 m temos uma TPC = 2,75 t.
Se 1 cm varia 2,75 t, 50 cm varia x; 1 x = 50 x 2,75; x = 137,5 t.
Por isso, a estrutura de uma embarcação deve ser de tal forma, que possa suportar as forças
deformadoras, não só pela resistência e qualidade do material que a compões, mas também pelas
dimensões das peças e dos reforços estruturais.
São 03 os tipos de esforços produzidos pelas forças deformadoras:
1- ESFORÇOS LONGITUDINAIS: consistem em esforços de flexão, no sentido longitudinal, no sentido
do comprimento da embarcação, que tendem a estabelecer no casco deformações chamadas de
alquebramento e contra alquebramento ou tosamento.
a- Alquebramento: diz-se que uma embarcação está sofrendo alquebramento, ou está
alquebrada, quando a viga longitudinal, a quilha, as chapas do fundo do navio, estão apoiadas,
sofrendo compressão, a meio navio, enquanto que as chapas do convés, as extremidades da
embarcação, estão sofrendo tensão ou tração. Neste caso, o calado a meio navio é menor que
o calado médio ou, o calado médio é maior que o calado a meio navio.
3- ESFORÇOS LOCAIS: são esforços que tendem a deformar um local específico como, por exemplo, a
concentração de excesso de peso num determinado ponto da embarcação.
C- ESCALA DE PORTE
F- GRÁFICO DE DESLOCAMENTO
30- Quando a embarcação sai da água doce para a água salgada, o volume de carena e o calado
diminuem, mas o deslocamento (peso) da embarcação permanece constante;
31- Quanto maior a borda livre, maior a reserva de flutuabilidade;
32- Quanto menor a borda livre, menor a reserva de flutuabilidade;
33- Pontal é igual à soma do calado com a borda livre;
34- TPC (toneladas por centímetro de imersão) refere-se a um determinado peso cujo calado médio
varia 1,0 centímetro, logo, para um peso diferente devemos fazer uma regra de três simples para
determinarmos a variação do calado médio;
35- TPC (toneladas por centímetro de imersão) refere-se a um determinado peso cujo calado médio
varia 1,0 centímetro, logo, para uma variação de calado médio diferente, devemos fazer uma regra
de três simples, para determinarmos o peso correspondente;
36- Quando a embarcação está com equilíbrio instável, o binário tende a emborcar a embarcação;
37- Sempre que o calado médio for positivo, o calado a ré é maior que o calado avante, porque CM =
Car – Cav e, nesse caso, a embarcação está derrabada ou com trim ou compasso pela popa;
38- Sempre que o calado médio for negativo, o calado a ré é menor que o calado avante, porque CM =
Car – Cav e, nesse caso, a embarcação está abicada, embicada ou afocinhada;
39- Quando o trim ou compasso é zero, nulo ou inexistente, a embarcação está em águas parelhas ou
trimada;
40- A melhor alternativa para corrigir a banda permanente é transferir pesos para uma posição abaixo
do centro de gravidade; outras correções: desembarcar pesos acima do centro de gravidade,
transferir pesos para o bordo oposto, lastrar os tanques de duplo fundo;
41- Nos cálculos de mudança de estabilidade em uma viagem, não se esquecer de transformar os
dados de volume em peso (densidade x volume) e de multiplicar o consumo diário pelo número de
dias da viagem;
42- Altura metacêntrica é igual à cota metacêntrica menos a cota do centro de gravidade: GM = KM –
KG e, quando a cota do centro de gravidade é maior que a cota do metacentro, a altura
metacêntrica é negativa logo, a embarcação está com equilíbrio instável;
43- Sempre que a elevação virtual do centro de gravidade for mencionada, devemos soma-la à cota do
centro de gravidade e, isso ocorre quando a embarcação sofre o efeito da superfície livre;
44- A pior condição de superfície livre é quando um tanque de líquido está com sua carga pela metade;
45- Os tanques elevados, normalmente de serviço, são mais prejudiciais que os tanques de fundo, no
que se refere ao efeito da superfície livre, portanto, estes tanques elevados devem ser
completados diariamente;
46- Quando um tanque de líquido está completamente cheio ou completamente vazio, o seu centro de
gravidade não se altera quando da inclinação da embarcação, portanto não causa o efeito da
superfície livre;
47- Para calcular a nova altura metacêntrica (G’M) devemos usar a fórmula: G’M = GM – GG’ e, para
evitar erros ou esquecimento da fórmula devemos desenhar o “calunga”;
48- Para calcularmos o deslocamento do centro de gravidade devemos utilizar a fórmula: GG’ = peso x
distância / deslocamento (para pesos existentes a bordo) e, para pesos embarcados ou
desembarcados utilizamos a fórmula: GG’ = peso (embarcado ou desembarcado) x distância do
peso ao centro de gravidade / novo deslocamento;
49- Quando embarcamos, desembarcamos ou transferimos peso a bordo, o centro de gravidade se
move;
50- Quando o navio aderna, ou sofre uma inclinação, o que se move é o centro de carena, e não o
centro de gravidade;
51- Quando uma embarcação está com banda permanente a cota do centro de gravidade é igual à cota
do metacentro (KG = KM) e a altura metacêntrica é igual a zero (GM = 0);
52- Quanto maior for a cota do centro de gravidade (KG), menor será altura metacêntrica (GM) e,
consequentemente, a embarcação terá menos estabilidade;
53- MTC (momento trimador de compasso) é o produto do peso pela distância para vante ou para ré
do meio navio, da seção mestra ou do ponto aranha, nunca pela distância ao centro de gravidade,
quando do embarque ou desembarque de pesos;
54- MTC (momento trimador de compasso) é o produto do peso pela distância que o peso percorreu,
para vante ou para ré, quando da transferência de peso já existente a bordo;
55- A elevação virtual do centro de gravidade, normalmente causada pelo efeito da superfície livre, é
igual à altura metacêntrica (GM);
56- Deslocamento leve de uma embarcação é igual ao seu peso quando do término de sua construção;
57- A medida de estabilidade transversal inicial é chamada de altura metacêntrica;
58- No binário existem 02 forças que atuam em sentidos opostos, gravidade e empuxo, sendo a menor
distância entre elas chamada de braço de estabilidade, de adriçamento ou endireitamento (GZ);
59- O trim, os calados, a boca, a forma do casco e o comprimento não influenciam na estabilidade
longitudinal da embarcação;
60- Não existe efeito de Arquimedes e sim Princípio de Arquimedes;
61- Quando navegando em água doce, o deslocamento de uma embarcação (peso) é igual ao volume
de carena (m3) porque a densidade da água doce é 1,0 (P= v x d = v x 1 = v);
62- O centro de carena se altera devido à alteração de calado, do volume da carena, da forma do
volume da carena e, também quando altera a densidade da água.
63- Momento de estabilidade de uma embarcação = peso (deslocamento) x distância (braço de
estabilidade) = deslocamento x GZ.
64- O centro de gravidade movimenta-se paralelamente ao peso transferido a bordo; o centro de
gravidade move-se em direção ao peso embarcado; o centro de gravidade movimenta-se em
direção contrária ao peso desembarcado; quando uma carga é içada, temos a mesma situação da
remoção de carga, onde o centro de gravidade se move paralelamente ao movimento da carga;
65- Quando o calado diminui, diminui o volume de carena, aumenta a borda livre, logo, aumenta a
reserva de flutuabilidade.
66- A fórmula para calcular a nova cota do centro de gravidade (KG’) é igual ao somatório de todos os
momentos (momento = peso x distância) de todos os pesos, dividido pelo deslocamento final
(somatório de todos os pesos).
67- A fórmula para calcular o deslocamento do centro de centro de gravidade (novo G = G’) é o produto
do peso pela distância que se deslocou (quando for remoção de peso), dividido pelo deslocamento
final.
68- A fórmula para calcular o deslocamento do centro de centro de gravidade (novo G = G’) é o produto
do peso pela distância do peso ao aranha (quando for embarque ou desembarque de peso),
dividido pelo deslocamento final.
69- A fórmula para calcular a variação de trim ou compasso (VT) é igual ao produto do peso pela
distância, dividido por MCC (momento trimador de compasso) e, também, igual à diferença entre o
trim final menos o trim inicial. Quando a VT é positiva o trim variou para ré, e quando a VT é
negativa o trim variou para vante.
70- Não contribuem como forças deformadoras comprimentos (boca, comprimento, calado, trim,
pontal, borda livre, alturas etc.) nem as formas (da carena, das obras mortas, da superestrutura, do
leme, dos tanques etc.).
veleiros estabilidade.pdf
APOSTILA DE ESTABILIDADE
A movimentação de pesos para cima do metacentro não evita a banda permanente, muito pelo
contrário, só contribui para elevar o centro de gravidade e tornar o equilíbrio instával.
O aumento do calado médio não melhora o trim, apenas diminui a borda livre e, também, a reserva
de flutuabilidade, além de aumentar o volume de carena, alterando o seu centro.
O braço de estabilidade em seu maior valor positivo, significa dizer que é a situação onde a
estabilidade da embarcação é maior e que este ponto é o ponto de balanço mais veloz.
Reserva de flutuação mínima é a condição de carga máxima, ou com a maior capacidade de carga da
carena, ou com a menor borda livre. Portanto, não tem nada a ver com limite de estabilidade.
Porte bruto máximo é a condição de carga máxima que a embarcação pode transportar. É a mesma
condição do item anterior: menor borda livre, e não tem nada a ver com limite de estabilidade.
A embarcação está com equilíbrio estável quando a altura metacêntrica é maior que zero (GM > 0),
logo, o braço de adriçamento (GZ) também é positivo e tende a trazer a embarcação para a posição de
adriçada.
O ASSUNTO DESTA QUESTÃO NÃO CONSTA DAS “INSTRUÇÕES GERAIS PARA AS CATEGORIAS DE
AMADORES”: A) ESTABILIDADE BÁSICA – DIRETORIA DE PORTOS E COSTAS e B) ESTABILIDADE PARA
EMBARCAÇÕES ATÉ 300 AB de GERALDO LUIZ DE MIRANDA DE BARROS.
OUTUBRO 2016
3ª Questão – (Valor: 0,25 ponto cada item – Valor total: 5,0 pontos)
Assinale o que se pede nas questões a seguir. OBS.: Não será considerada a opção com
rasura.
3.1) Quando uma embarcação passa da água salgada para a água doce, ela sofre:
- A densidade da água doce é 1,0 e da água salgada é 1,025, portanto a água doce é menos
densa. Assim, a água doce oferece menos resistência à flutuabilidade da embarcação, o que significa
dizer que na água doce a embarcação afunda mais que na água salgada. Portanto o seu calado
aumenta ao passar da água salgada para a água doce.
- Ao aumentar o calado, o volume da carena também aumenta.
- Ao aumentar o volume da carena e o calado, diminui a reserva de flutuabilidade e a borada livre.
- O deslocamento da embarcação não sofre qualquer alteração ao passar da água salgada para a água
doce e vice-versa.
- O momento trimador de compasso (MTC) é o momento necessário para variar o trim em 1 cm que é
dado nas tabelas de “deadweight” e de curvas hidrostáticas, e é utilizado para calcular a variação de
compasso. É o produto do peso embarcado, desembarcado ou movimentado longitudinalmente pela
distância a meio-navio para vante ou para ré. Portanto, se não embarcamos, desembarcamos ou
movimentamos peso, não há que se falar em MTC.
A) aumento de deslocamento.
B) aumento do volume de carena.
C) aumento do Momento Trimador de Compasso.
D) diminuição de deslocamento.
E) diminuição do calado.
3.2) Quando a embarcação está com banda permanente, porém em equilíbrio, no ângulo de
banda:
- quando a embarcação está com banda permanente é porque a altura metacêntrica é nula ou zero
(GM = zero), logo KG = KM e GZ também é nulo.
A) o GZ é negativo.
B) o Centro de Carena coincide com o Centro de Gravidade.
C) o seu equilíbrio é instável.
D) a estabilidade é positiva ou negativa, dependendo do bordo da anda.
E) o KM é igual ao KG.
3.3) Ao longo de uma da viagem, consumindo gêneros, óleo e água localizados abaixo do
Centro de Gravidade, a estabilidade da embarcação diminui. Em relação à Reserva de
Flutuabilidade:
- quando há consumo de pesos acima do centro de gravidade podemos concluir:
- a estabilidade diminui; o centro de gravidade sobe; a altura metacêntrica (GM) diminui; a cota do
centro de gravidade (KG) aumenta; o calado diminui; a borda livre aumenta; a reserva de
flutuabilidade aumenta.
A) também diminui, pois a estabilidade é medida por essa reserva.
B) manteve-se constante, pois a Reserva de Estabilidade independe da posição do Centro de
Gravidade.
C) Aumenta, com o aumento da Borda-livre.
D) aumenta, pois o Centro de Gravidade abaixou ao longo da viagem.
E) também diminui com o aumento da força de empuxo.
A) 2.938 toneladas.
B) 2.725 toneladas.
C) 2.500 toneladas.
D) 2.700 toneladas.
E) 3.000 toneladas.
ABRIL 2016
3ª Questão – (Valor: 0,25 ponto cada item – Valor total: 5,0
pontos) Assinale o que se pede nas questões a seguir.
3.1) Um veleiro possui um deslocamento de 12.500 Kg com um calado médio de 1,85 metro na
água salgada e 250 Kg por centímetro de variação de calado (TPC) nesta condição de
carregamento. O seu calado na água doce será:
- A densidade da água doce é 1,0 e da água salgada é 1,025, portanto a água doce é menos densa.
Assim, a água doce oferece menos resistência à flutuabilidade da embarcação, o que significa dizer
que na água doce a embarcação afunda mais que na água salgada. Portanto o seu calado aumenta ao
passar da água salgada para a água doce.
- A diminuição do calado é proporcional ao aumento da densidade, assim como o aumento do calado
é proporcional à diminuição da densidade. Para calcularmos a variação de calado na mudança de
água doce para água salgada, ou vice-versa, basta multiplicarmos o calado médio pela diferença de
densidade que é de 0,025. Portanto, se o calado médio é 1,85m, ao multiplicarmos por 0,025
encontramos 0,046 (aprox. 0,05m). Se a embarcação saiu da água salgada para a água doce, o seu
calado aumentou. Portanto, temos que somar o resultado encontrado (0,05m) ao calado médio
(1,85m) e obtermos o novo calado igual a 1,90m.
- Ao aumentar o calado, o volume da carena também aumenta.
- Ao aumentar o volume da carena e o calado, diminui a reserva de flutuabilidade/borada livre.
Nesta questão, mesmo sem fazer qualquer cálculo ou utilizar qualquer tabela, a única alternativa cujo
calado é maior que 1,85m é a opção “b”.
(a) 1,80 m.
(b) 1,90 m.
(c) 1,82 m.
(d) 1,78 m;.
(e) 1,85 m.
Em uma embarcação, quanto maior for a cota do Centro de Gravidade (KG), ______________.
- quanto maior for a cota do centro de gravidade (KG) menor será a altura metacêntrica (GM); menor
será a estabilidade; menor será o braço de estabilidade (GZ); mais lento será o balanço; menor será a
tendência de a embarcação voltar à posição de adriçada;
(a) maior será a tendência da embarcação regressar à condição inicial, depois de adernada.
(b) maior será o Braço de Estabilidade dessa embarcação
(c) mais rápido será o balanço dessa embarcação.
(d) menos estabilidade terá essa embarcação.
(e) maior será a Altura Metacêntrica dessa embarcação
OUTUBRO 2015
3.1) Uma embarcação está com o calado avante (Cav) igual a 2,5 metros e um compasso de 1,5
metro. Considerando-se os valores conhecidos, o seu calado à ré (CAR) será igual a:
Compasso é a diferença entre o calado a ré e o calado a vante. O compasso é positivo quando o
calado a ré é maior que o calado a vante, como neste caso. Logo, compasso (+1,5) = calado a ré –
calado a vante (2,5m), donde podemos concluir que o calado a ré será igual a 1,5 + 2,5 = 4,0 m.
(a) 2,5 m.
(b) 1,5 m.
(c) 1,0 m.
(d) Zero.
(e) 4,0 m.
- deslocamento leve de uma embarcação é o próprio peso da embarcação sem nenhum peso a bordo,
ou seja, é o peso ao final da construção.
- deslocamento máximo é igual à soma do deslocamento leve mais o porte bruto máximo; logo,
quando a embarcação está em deslocamento leve, o porte bruto é igual a zero.
- a cota do centro de gravidade (KG) é igual á cota do metacentro (KM); o braço de estabilidade (GZ) é
nulo; a altura metacêntrica (GM) é zero; o centro de carena (B), o centro de gravidade (G) e o
metacentro (M) encontram-se na mesma vertical, o centro de gravidade (G) coincide com o metacentro
(M);
- equilíbrio estável: GM>0; equilíbrio instável: GM<0; equilíbrio indiferente: GM=0.
ABRIL 2015
3ª Questão – (Valor: 0,25 pontos cada item – Valor Total: 5,0
pontos) Assinale a opção CORRETA.
- calado = distância vertical, medida no costado, desde o plano de base (quilha) até a linha de
flutuação;
- borda livre = distância vertical, medida no costado, da linha de flutuação (superfície da água) até o
convés principal;
Pontal = soma do calado com a borda livre.
( a ) horizontal medida no costado, entre a superfície da água e o convés principal.
( b ) vertical entre o convés principal e o plano de base.
( c ) vertical entre o disco de Plimsoll e o convés principal.
( d ) vertical medida no costado, entre a superfície da água e o convés principal.
( e ) vertical medida entre duas linhas de flutuação, considerando a embarcação com o máximo de
carga e totalmente vazia.
3.3) Uma embarcação chegou a um terminal de carga com os calados moldados: a vante=2,50
m e à ré = 3,50 m. Sendo seu pontal moldado de 5 m, a sua borda livre é de:
Pontal é a distância vertical, medida a meio navio, entre o convés e a quilha. É, também, a soma do
calado médio (calado a vante + calado a ré dividido por 2) e a borda livre. O calado vai do plano de
base (quilha) até o plano de flutuação, e a borda livre vai do plano de flutuação até o convés. Logo, a
borda livre é igual ao pontal menos o calado médio. Neste caso: borda livre = pontal (5m) – calado
médio (2,5 + 3,5 = 6/2= 3m) = 2 metros.
ESTABILIDADE – 2017 – MARÇO – V. 1.0.1 - FÉLIX
70/115
(a) 1 metro.
(b) 2 metros.
(c) 4 metros.
(d) 3 metros.
(e) 5 metros.
3.4) Uma embarcação, ao sair do terminal porto de Macaé, apresentava as seguintes cotas dos
pontos notáveis G e M, respectivamente 2,50 m e 2,50 m. O valor da elevação virtual do centro
de gravidade era 0,5 m. A condição de equilíbrio dessa embarcação será:
OUTUBRO 2014
3ª Questão – (Valor: 0,25 ponto cada item – Valor total: 5,0
pontos) Assinale a opção CORRETA
3.1) A prática de armazenar equipamentos no convés das embarcações, tais como motores de
popa dos botes de apoio, eleva o centro de gravidade, ocasionando
3.2) Todo peso movimentado a bordo no sentido longitudinal gera uma variação de calado à
vante (AV) e a ré (AR). Essa variação de calado é gerada por um momento conhecido como
Momento Trimador de Compasso (MTC), que é
3.3) Qual é a providência que deve ser tomada caso uma embarcação fique com banda
permanente?
ANULADA
AGOSTO 2014
3.1) No balanço de uma embarcação, a força de gravidade atua de cima para baixo em “G” e a força
de empuxo de baixo para cima em “B”, formando um binário (conjugado). A este binário ou
conjugado (menor distância entre as duas forças), dá-se o nome de:
( a ) banda permanente.
( b ) cota do centro de gravidade.
( c ) braço de estabilidade.
( d ) cota do centro de carena.
( e ) braço de equilíbrio.
3.2) Quando uma embarcação que navega em um rio, ao chegar em mar aberto, em relação ao seu
calado, haverá uma diminuição:
- A densidade da água doce é 1,0 e da água salgada é 1,025, portanto a água doce é menos densa.
Assim, a água salgada oferece mais resistência à flutuabilidade da embarcação, o que significa dizer
que na água salgada a embarcação afunda menos que na água doce. Portanto o seu calado diminui
ao passar da água doce para a água salgada.
- Ao diminuir o calado, o volume da carena também diminui.
- Ao diminuir o volume da carena e o calado, aumenta a reserva de flutuabilidade/borda livre.
- O deslocamento (peso) não se altera quando se navega em água salgada ou em água doce.
- Porte bruto ou “deadweight” é a soma de todos os pesos que podem ser embarcados sem afetar a
segurança da embarcação. É igual á diferença entre o deslocamento máximo (navio totalmente
carregado) e o deslocamento leve (navio sem qualquer carga, conforme o término da construção). É
igual à soma do porte líquido mais o porte operacional.
- Porte líquido é a soma de todos os pesos que a embarcação pode transportar e que geram lucro.
- Porte operacional é a soma de todos os pesos necessários à operação da embarcação: pessoas,
combustível, materiais, gêneros, água etc.
( a ) do seu deslocamento.
( b ) da sua borda livre.
( c ) do seu porte bruto.
( d ) do seu volume de carena.
( e ) do seu porte líquido.
3.3) Os esforços longitudinais podem ser críticos, devido ao mau estado do mar ou,
acidentalmente, por estar o barco parcialmente preso por encalhe. Quando as chapas do
fundo ficam comprimidas e as chapas do convés tracionadas, o barco está sob o efeito de:
( a ) tosamento.
( b ) alquebramento.
( c ) um momento trimador de compasso.
( d ) contra-tosamento.
( e ) contra-alquebramento.
3.4) Um Capitão Amador resolveu instalar uma televisão em seu veleiro, colocando a antena do
aparelho próxima da cruzeta do mastro, a 5 metros acima do convés. Neste momento a
estabilidade transversal do seu barco:
ABRIL 2014
3a Questão – (Valor: 0,25 pontos cada item – Valor total: 5,0
se seguem.
3.1) A Curva de Estabilidade Estática de uma embarcação classificada para navegação em mar
aberto é a principal fonte de informações para um Capitão ter noções de como seu barco
responderá aos fortes balanços transversais, quando estiver enfrentando severas condições de mar.
retorno à posição de adriçamento; quando o balanço está muito rápido e tornando difícil a
governabilidade e reduzindo o conforto, deve-se diminuir o braço de endireitamento (GZ);
- quando emborcados, braço de endireitamento negativo, a embarcação Malo 39 tem o braço de
adriçamento negativo menor que a embarcação Malo 42, o que significa dizer que a probabilidade do
Malo 39 voltar à posição de adriçamento é maior.
3.4) Uma embarcação, inicialmente aprumada e deslocando 100 toneladas, movimentou um peso
de cinco toneladas, já embarcado, na distância transversal de 4 metros. Qual é a distância, em
metros, que se locomoveu transversalmente o centro de gravidade (G) dessa embarcação?
(a) 1 metro
(b) 0,5 metro
(c) 0,4 metro
(d) 0,2 metro
(e) 0,1 metro
OUTUBRO 2013
Disciplina: ESTABILIDADE
Baseado na situação geral descrita, responda as questões que se seguem assinalando a opção
correta:
1) Ao se preparar para a viagem, o Capitão precisou acondicionar parte de sua carga acima do
centro de gravidade do barco. Este procedimento ocasionou:
Sempre que se embarca um peso acima do centro de gravidade diminui-se a estabilidade,
porque o centro de gravidade sobe e a altura metacêntrica (GM) é reduzida, bem como a cota
do centro de gravidade (KG) é aumentada. O centro de gravidade se movimenta no mesmo
sentido do peso embarcado e no sentido contrário ao peso desembarcado. Sempre que a altura
metacêntrica (GM) é diminuída, também é diminuído o braço de adriçamento ou braço de
estabilidade (GZ) quando a embarcação sofre um balanço, banda ou inclinação. Assim, o binário
(GZ), cuja função é trazer a embarcação para o adriçamento, que é formado pela força de
gravidade (peso “G”) e pela força de empuxo (B) é reduzido.
2) Quando o barco chegou ao mar após suspender do Iate Clube de Aracaju e navegar no rio
Sergipe, seu volume de carena:
- A densidade da água doce é 1,0 e da água salgada é 1,025, portanto a água doce é menos densa.
Assim, a água salgada oferece mais resistência à flutuabilidade da embarcação, o que significa dizer
que na água salgada a embarcação afunda menos que na água doce. Portanto o seu calado diminui
ao passar da água doce para a água salgada.
- Ao diminuir o calado, o volume da carena também diminui.
- Ao diminuir o volume da carena e o calado, aumenta a reserva de flutuabilidade/borda livre.
- O deslocamento (peso) não se altera quando se navega em água salgada ou em água doce.
3) Nas curvas hidrostáticas do iate em deslocamento máximo, tira-se que o calado de 1,8 metros
corresponde a um deslocamento de 8,70 toneladas longas. A quanto corresponde esse valor
em toneladas decimais?
1 tonelada ou 1 tonelada métrica = 1.000 kg e 1 tonelada longa = 1.016 kg. Logo, 8,70 toneladas
longas são iguais a 8,7 vezes 1.016 kg = 8.839 kg = 8,84 toneladas
A) 8,84 toneladas.
B) 8,56 toneladas.
C) 9,0 toneladas.
D) 8,48 toneladas.
E) 8,35 toneladas.
4) Em seus estudos de estabilidade para empreender a viagem, o Capitão observou que quando
uma embarcação aderna, seu se movimenta para o bordo da banda criando
um binário restaurador. Este binário cresce até chegar a um ponto máximo a partir do qual vai
diminuindo até tornar-se igual a zero, quando dizemos que foi alcançado __________________.
O centro de carena sempre se altera quando há mudança de: calado, adernamento (ângulo de
inclinação), densidade da água, borda livre, volume de carena, forma do volume de carena,
deslocamento (peso). O movimento do centro de carena sempre é para o mesmo bordo do
adernamento ou da banda ou da inclinação.
As estabilidades são: equilíbrio estável (GM maior que zero ou positiva); equilíbrio instável (GM
menor que zero ou negativa) e equilíbrio indiferente (GM igual a zero).
Há dois pontos em que se atinge o limite de estabilidade positiva: um ponto é quando a embarcação
está adriçada (ângulo de inclinação igual a zero) e o outro é quando o braço de estabilidade ou de
adriçamento é igual a zero e a inclinação é máxima de acordo com a curva de estabilidade. Neste
ponto GM é igual a zero, GZ também é igual a zero e a estabilidade é indiferente. A partir deste
último ponto a estabilidade passa a ser instável com a altura metacêntrica (GM) negativa, e o
binário tendendo a emborcar a embarcação.
ABRIL 2013
ESTABILIDADE
- TPC (tonelada por centímetro de imersão) = 0,2t; isto significa que a cada 0,2 tonelada, embarcada ou
desembarcada, o calado varia em 1cm; as tabelas de “deadweight” apresentam a correlação entre o calado
médio e o peso da embarcação;
- portanto, se a cada 0,2 t a variação do calado é de 1 cm = 0,01m, ao desembarcarmos 2.000 kg = 2,0 t
variaremos 10cm = 0,1m;
- se o calado médio é igual a soma dos calados a vante e a ré, dividida por 2, temos: CM = (2,3 + 2,2)/2 = 4,5/2 =
2,25m;
- como o peso está desembarcando, o calado está diminuindo;
- portanto, temos que diminuir o calado médio em 0,1m, ou seja: o novo calado médio = 2,25 – 0,1 = 2,15m.
(a) 1,90 m
(b) 1,85 m
(c) 2,00 m.
(d) 2,15m
(e) 2,10m.
3.2) As curvas de Estabilidade Estática do veleiro são as principais fontes de informações para
o Capitão ter noções de como seu barco responderá aos fortes balanços, quando estiver
enfrentando condições de mar severas. Nessas curvas observa-se, entre outros dados:
3.3) Quando a embarcação está com banda permanente, porém em equilíbrio, no ângulo de
banda
(a) o GZ é negativo.
(b) o Centro de Carena coincide com o Centro de Gravidade.
(c) o seu equilíbrio é instável.
(d) a estabilidade é positiva ou negativa dependendo do bordo da banda.
(e) o KM é igual ao KG.
3.4) Todo peso embarcado, desembarcado ou movimentado a bordo no sentido longitudinal gera
um "Momento Trimador de Compasso". Tal momento, por sua vez, gera uma variação de compasso
(VT) e de calado, importantes para a estabilidade longitudinal da embarcação. Dentre as afirmativas
abaixo, indique qual é a VERDADEIRA.
Todo o peso embarcado, desembarcado ou movimentado a bordo no sentido longitudinal gera uma
variação de calado Essa variação de calado é gerada por um momento conhecido como MOMENTO
TRIMADORT DE COMPASSO (MTC), que é o produto do peso embarcado ou desembarcado pela
distancia a vante ou a ré do meio do navio, ou para pesos já existentes a bordo, como o produto do
peso movimentado pela distancia percorrida para vante ou para ré. Momento Trimador de Compasso
é o momento necessário para variar o Trim em 1 cm, representado por MTC nas tabelas
deadweight e curvas hidrostáticas e é utilizado a bordo para fins de calculo de variação de
compasso
VT = P x d
MTC
d = distancia em metros
3.5) Quando o Capitão atracou em Durban, foi solicitado pela Guarda Costeira da África do Sul a
informar, além de outros dados, o deslocamento de seu veleiro em Toneladas Longas (unidade
inglesa de deslocamento correspondente a 2.240 libras). Observando que o calado médio de seu
barco, naquele momento, era de 1,9 metros, qual foi o valor em toneladas longas informado pelo
Capitão, ao utilizar sua curva Calado/Deslocamento expressa em toneladas decimais (figura abaixo).
- na tabela apresentada temos na coluna da esquerda o calado médio em metros e na parte direita da
tabela a curva correspondente ao deadweight;
- ao entrarmos com o calado médio de 1,9 m encontramos um deadweight correspondente a 433 x
0,01 toneladas métrica = 4,33 TM;
-como 01 tonelada longa corresponde a 1.016 kg e 01 tonelada métrica corresponde a 1.000kg, logo:
Observação: para que o resultado seja igual a 4,43 é necessário que seja
encontrado um deadweight igual a 4,5 TM com o calado médio de 1,9m.
OUTUBRO 2012
3ºQuestão - (Valor: 0,2 ponto cada item - Valor total: 1,0 ponto) Baseado na situação geral descrita,
assinale a opção CORRETA.
3.1) Após atravessar os molhes de Rio Grande e passar a navegar em mar aberto, o calado do
veleiro foi alterado de 5 centímetros devido à permissividade para água doce. No caso em questão,
houve
- A densidade da água doce é 1,0 e da água salgada é 1,025, portanto a água doce é menos densa.
Assim, a água salgada oferece mais resistência à flutuabilidade da embarcação, o que significa dizer
que na água salgada a embarcação afunda menos que na água doce. Portanto o seu calado diminui
ao passar da água doce para a água salgada.
- Ao diminuir o calado, o volume da carena também diminui.
- Ao diminuir o volume da carena e o calado, aumenta a reserva de flutuabilidade/borda livre.
- O deslocamento (peso) não se altera quando se navega em água salgada ou em água doce.
3.2) Ao atracar em Salvador, o Capitão verificou que o calado avante do veleiro era 1,75 metros e à
ré de 1,85 metros. Sabendo-se que a TPC do veleiro para o calado médio ao final dessa travessia
era 0,3 toneladas, de quanto foi a diferença no deslocamento da embarcação ao consumir água,
óleo e gêneros desde a saída de Porto Alegre?
No dia 20 de setembro de 2012, o veleiro suspendeu de seu clube náutico em Porto Alegre (lat
30° 05.7’S e long 051º 15,4'W) na condição máxima de carregamento (calado médio de 2,05
metros em águas parelhas), passando a navegar no Rio Guaiba / Lagoa dos Patos, antes de
alcançar os molhes da barra de Rio Grande, quando se fez ao mar aberto com ventos
moderados de SW.
- calado médio atual = (calado a ré + calado a vante) / 2 = (1,85 + 1,75) /2 =3,6 / 2 = 1,8m;
- calado médio de saída de Porto Alegre = 2,05m em água doce;
- para transformar o calado de água doce para água salgada temos: densidade da água doce = 1,0 e
densidade da água salgada = 1,025, logo: a variação = 0,025; então;
2,05 x (1,025 – 1,0) = 2,05 x 0,025 = 0,05m = 5 cm = variação (diminuindo);
- calado na água salgada = 2,05 – 0,05 = 2,0 m
- a embarcação saiu com calado = 2,0 m e chegou com calado = 1,80 m, portanto, durante a viagem o
calado variou em 20 cm = 0,2m;
- se o TPC (tonelada por centímetro de imersão) = 0,3 tonelada, ou seja; a cada 0,3 tonelada o calado
varia em 01 centímetro, portanto:
1 cm = 0,3 ton
20 cm = x
X = 6 toneladas.
ESTABILIDADE – 2017 – MARÇO – V. 1.0.1 - FÉLIX
84/115
a) 4.000 Kg.
b) 6 toneladas.
c) 1 tonelada.
d) 3.000 Kg.
e) 5 toneladas.
3.3) Após verificar a variação do deslocamento e do trim nessa primeira fase da travessia (de Porto
Alegre até Salvador) e ter constatado pela Tabela de Deadweight que o MTC tinha sido igual a 3
(ton x metro), o Capitão pôde estimar qual seria a variação de trim (VT) até a escala seguinte, em
Femando de Noronha.
Sabendo que os tanques e os paióis de gêneros estavam posicionados 5 metros à ré do Centro de
Trimagem (meia-nau) e estimando o consumo total de água, óleo e gêneros nessa nova pernada
da travessia em 3 toneladas, qual foi esse valor da variação de compasso estimado pelo Capitão,
considerando que, em Salvador, atopetou novamente os tanques e paióis e suspendeu em águas
parelhas?
Todo peso embarcado, desembarcado ou movimentado a bordo no sentido longitudinal gera uma
variação de calado. Essa variação de calado é gerada por um momento conhecido como Momento
Trimador de Compasso (MTC), que é o produto do peso embarcado ou desembarcado pela distância
a vante ou a ré do meio-navio; ou para pesos já existentes a bordo, como o produto do peso
movimentado pela distância percorrida para vante ou para ré.
O momento necessário para variar o Trim de 1 cm, representado por MTC nas tabelas de
"deadweight" e curvas hidrostáticas é utilizado a bordo para fins de cálculo da variação de compasso.
VT = P x d
MTC
onde:
VT = variação total de compasso, em cm.
P = peso, em toneladas métricas.
d = distância em metros.
- Peso embarcado: positivo (+)
- Peso desembarcado: negativo (-)
- d (movimento p/vante): negativo (-)
- d (movimento p/ré): positivo (+)
-variação do compasso positiva (+) aumenta o calado AR e diminui AV
-variação do compasso negativa (-) diminui o calado AR e aumenta AV
ESTABILIDADE – 2017 – MARÇO – V. 1.0.1 - FÉLIX
85/115
MTC = 3ton/m
D = 5m
P = 3tom
VT = P x d = 3ton x 5m = 15 = 5cm
MTC 3ton/m 3
a) 5 cm.
b) 10 cm.
c) 20 em.
d) 2 cm.
e) 15 cm.
3.4) Estando os tanques e os paióis do veleiro abaixo do centro de gravidade, ao final de cada
pernada da travessia, a situação das várias alturas e cotas relativas à estabilidade do barco é
a seguinte:
Observação :como que num veleiro podemos colocar os tanques e paióis abaixo do centro
de gravidade?
3.5) A totalidade das embarcações é construída de materiais elásticos até certos níveis de
esforço. Isto faz com que os barcos sofram deformações no sentido longitudinal em razão
Trim é diferença do calado a ré com calado a vante e não tem nada a haver com esforço do casco
Questões descartadas: a; c; e.
Loa e´o comprimento total da embarcação , que também não tem nada a haver com
esforço estrutural, d) descartada tambem
Portanto sobra a b)
ABRIL 2012
3.1) Para um determinado calado, o deslocamento de um iate é de 11.900 Kg, de acordo com sua
curva deslocamento/calado. Quando flutuando em água doce de densidade padrão, o volume da
carena será:
3.2) Quando uma carga é içada a bordo utilizando um turco fixado no convés da embarcação, é
necessário que se tenha especial atenção à perda de estabilidade pelo deslocamento do centro de
gravidade dessa embarcação. Dentre as afirmativas abaixo , indique qual está correta.
3.3) A Curva de Estabilidade Estática de uma embarcação classificada para navegação em mar
aberto é a principal fonte de informações para um Comandante ter noções de como seu barco
responderá aos fortes balanços transversais, quando enfrentando condições de mar severas. Nesta
curva o “Limite de estabilidade” de um veleiro oceânico se dá quando:
Isto significa que a embarcação poderá sofrer inclinações de 0º a 60º graus exclusive,
para ambos os bordos, e que haverá um braço de adriçamento (GZ) atuando para traze-la à
posição de equilíbrio inicial.
e) A inclinação for maior que 60° (GM < zero; G está acima de M)
3.4) Toda embarcação é solicitada em cada ponto pelo excesso de peso ou pelo excesso de empuxo
e pode haver, em uma grande extensão no sentido longitudinal um desequilíbrio entre o peso da
embarcação e o empuxo da água deslocada.
Quando a força de empuxo a meia nau é maior que a força peso, conclui-se que a embarcação está
O momento necessário para variar o Trim em 1 cm representado por MTC nas tabelas de
“deadweight” e curvas 89idrostáticas, é utilizado abordo para fins de cálculo de Variação de
compasso. (VT)
3.5) Muito recentemente o transatlântico Costa Concórdia naufragou na costa ocidental italiana,
devido ao choque com rochas abaixo da linha de flutuação. Após o choque, o navio fez “água
aberta” e teria submergido completamente se não tivesse se deslocado para profundidades mais
rasas no momento do naufrágio. O afundamento total teria ocorrido por perda de flutuabilidade,
porém outro efeito poderia ter feito o navio emborcar (perda da estabilidade), antes de afundar,
pelo embarque de grande quantidade de água na praça de máquinas, que se estendia de borda
a borda sem nenhuma antepara estanque. Este efeito seria:
água aberta – ocorrência de abertura nas obras vivas que permita o ingresso descontrolado de água
nos espaços internos, ou a descarga de líquidos dos tanques, por rombo no chapeamento, falhas no
calafeto, ou nas costuras, por válvulas de fundo abertas ou mal vedadas, por defeitos nos
engaxetamentos dos eixos, ou qualquer falha ou avaria que comprometa a estanqueidade da
embarcação;
OUTUBRO 2011
Esta prova contém cinco itens valendo, cada um, 0,2 ponto. (Valor
total: 1,0 ponto)
2) Os dois veleiros quando atingem seus respectivos Limites de Estabilidade, pode-se concluir
que estão
d) com KG máximo
- não; a cota do centro de gravidade (KG) quando uma embarcação atinge seu limite de estabilidade
é igual á cota metacêntrica (KM); KG máximo significa dizer que KG é maior que KM e,
consequentemente, a altura metacêntrica (GM) é menor que zero.
e) em equilíbrio instável
- não; quando uma embarcação está em equilíbrio instável a cota do centro de gravidade (KG) é
maior que a cota do metacentro (KM) e, portanto, a altura metacêntrica (GM) é menor que zero; GZ
é negativo e deixa de ser braço de adriçamento, passando a ser braço de emborcamento.
3) Ao atracar em Praia, o Capitão verificou que estava bem mais leve que quando suspendeu de
Marseille, pois seu calado em águas parelhas era agora de 1,6 metros. Ao consultar a Tabela de
“Deadweight” do seu veleiro obteve, para esse novo calado médio, uma TPC de 0,05 toneladas.
Em função do consumo de água, óleo e gêneros, de quanto foi a alteração do deslocamento
durante a travessia?
a) 0,05 tonelada b)
1000 Kg
c) 0,5 tonelada
d) 200 Kg
e) 0,1 tonelada
b) Braço de estabilidade
- ao diminuir a altura metacêntrica (GM), diminui, também, o braço de estabilidade (GZ).
c) Raio metacêntrico
- raio metacêntrico (MB) diminui quando diminui o calado, mas não devido ao efeito da superfície
livre.
d) Volume de Carena
- o volume de carena diminui quando o calado diminui, porém não devido ao efeito da superfície
livre.
e) Cota do Centro de Carena
- a cota do centro de carena (KB) diminui quando diminui o calado, porém não devido ao efeito da
superfície livre.
- quando os pesos se concentram nas extremidades (proa e popa), estas tracionam ou tensionam
a quilha, e a meia nau é comprimida (alquebramento)
- quando os pesos se concentram a meia nau, esta traciona ou tensiona a quilha enquando que as
extremidades ficam comprimidas (contra-alquebramento ou tosamento)
=============================================================
===================================================
SETEMBRO 2011
Esta prova contém uma questão com cinco itens (Valor total: 1,0 ponto)
1.1) Num iate, o volume de carena é de 470 m3 . Quando estiver flutuando em água doce de
densidade padrão, o seu deslocamento será
(A) 493,8 t.
(B) 481,7t.
(C) 470,0 t.
(D) 488,5 t.
(E) 458, 5 t.
1.2) Um Capitão Amador, em viagem para o Caribe, tinha atracado em Georgetown, nas Guianas,
quando lhe foi solicitado pela Guarda Costeira informar, além de outros dados, o deslocamento de
seu veleiro em Toneladas Longas (unidade inglesa de deslocamento correspondente a 2.240
libras). Observando que o calado médio de seu barco, naquele momento, era de 1,4 metro, qual
foi o valor informado pelo Capitão, ao utilizar sua curva Calado/Deslocamento, em toneladas
decimais (figura abaixo)? Temos que:
De acordo com a curva hidrostática abaixo temos um deslocamento de 300t para um calado médio
de 1,4 m. Portanto:
1,016 TM = 1,0 TL
300 TM = x TL
Logo: 300 x 1,0 = 1,016x; x = 300/1.016 = 295,28
1.3) A curva de Estabilidade Estática de uma embarcação classificada para navegação em mar
aberto é a principal fonte de informações para um comandante ter noções de como seu barco
responderá aos fortes balanços transversais, quando estiver enfrentando condições de mar
severas. Tal curva é expressa em
O deslocamento é o peso da embarcação mais todos os pesos que nela estiverem embarcados.
Portanto, quando a embarcação estiver sem nenhum peso a bordo, isto é, sem água, combustível,
tripulação, rancho ou qualquer carga, dizemos que está com deslocamento leve.
Caso contrário, quando a embarcação estiver com todos os pesos possíveis de serem embarcados,
ou seja, com toda a água, combustível, tripulação, rancho e carga, dizemos que está com
deslocamento máximo.
É denominado de Porte Bruto a total capacidade de carga de uma embarcação, isto é, a soma de
todos os pesos que podem ser embarcados sem afetar a segurança;
assim, podemos dizer que Porte Bruto é a diferença entre o deslocamento máximo e o
deslocamento leve.
1.5) Toda embarcação é solicitada em cada ponto pelo excesso de peso ou pelo excesso de
empuxo e pode haver, em uma grande extensão no sentido do comprimento, um desequilíbrio
entre o peso da embarcação e o empuxo da água deslocada. Esses esforços de flexão no
sentido do comprimento podem ser críticos devido a
1-o peso do próprio casco, das máquinas, da carga, do combustível, enfim, todos
os pesos existentes a bordo.
2-A pressão da água sobre a carena - Empuxo.
Esforços longitudinais
Por eliminação:
(A) má distribuição de pesos, mau estado do mar e encalhe.
(B) caturro, boca estreita e má distribuição da carga.
(C) forma afilada do casco, mau estado do mar e boca estreita.
(D) boca estreita, encalhe e má distribuição de pesos.
(E) caturro, forma afilada do casco e encalhe.
ABRIL 2011
Esta prova contém uma questão com cinco itens (Valor total: 1,0 ponto)
1.2) Estando uma embarcação em banda permanente, o valor do momento de estabilidade para
o ângulo de banda é
MA = Deslocamento x GZ
No caso GZ =0 e o
MA momento de estabilidade =0
( A ) negativo.
( B ) positivo.
( C ) zero.
( D ) positivo ·ou negativo dependendo do bordo da banda.
( E ) máximo.
Situação
Um Capitão Amador, com seu iate de 35 toneladas de deslocamento (já carregado) com
calado de 2,2 metros em águas parelhas, ao sair do Rio de Janeiro para uma viagem de 20
dias com destino a Manaus, no rio Amazonas, estimou seu consumo diário de água em 250
litros, de gêneros em quantidades não expressivas e de óleo em 120 litros/dia.
Sabendo que o KG de seu iate, ao largar as espias no Rio de Janeiro, era de 1,2 metro e
que os tanques de aguada e de óleo estavam aproximadamente à meia nau e a 1 metro abaixo
do Centro de gravidade, o Capitão fez alguns cálculos preliminares para saber as condições de
estabilidade no início, durante e no final da travessia, pois sabia que tais condições poderiam se
deteriorar no decorrer da viagem.
Baseado na situação acima descrita e de acordo com a Curva Hidrostática apresentada abaixo,
responda as três perguntas que se seguem.
Janeiro?
Observe a Figura abaixo e verifique que:. Se conhecermos KM e KG, com uma simples
subtração determinaremos a altura metacêntrica: GM.
GM = KM -KG
embarcação adriçada
embarcação adernada
Observe, portanto, que, entrando com o calado médio = 2,2 metros , podemos obter a
1.4) Levando-se em conta que a densidade do óleo é de 0,833 Kg/dm3, em quanto ficará a
Altura Metacêntrica Transversal na chegada ao destino, sabendo-se que o calado médio ficou
em 1,9 metros?
GG’ = 7 ton x 1m
28 ton
GG’ = 0,25 m para cima
a)O gasto diário de água era 250 litros, em 20 dias gastaremos 5.000 litros
Como a densidade da água é “1” (um) podemos dizer que gastamos 5 ton de água em 20
dias.
b) O gasto diário de combustível era 120 L/ dia portando em 20 dias gastamos 2400 litros de
combustível.
Se GM inicial era 1,4 ( problema anterior) o único valor menor seria 1,15m
( A ) 1,65 metros.
( B ) 1,15 metros.
( C ) 0,25 metros.
( D ) 1,55 metros.
( E ) Não se alterará, pois o metacentro não mudará de posição.
III - Ao perder peso a meia nau pelo consumo de água e óleo, o iate chegará a
Manaus ligeiramente contra-alquebrado.
Errado- pois quando se perde peso na meia nau o esforço se chama alquebramento
Certo – Pois ele está evitando águas soltas no porão e nos tanques.
V - Se a perda de peso for apenas à meia nau, o iate continuará trimado (trim
igual a zero).
( A ) I e lI
( B ) I, III e V
( C ) lI e V
( D ) lI e III
( E ) lI e IV
OUTUBRO 2010
Esta prova contém uma questão com cinco itens. (Valor total: 1,0 ponto)
1.2) Um barco em Banda Permanente está com sua estabilidade transversal crítica
porque
(A) o balanço toma-se muito rápido, ocasionando um ângulo de encosto que
dá origem à banda permanente.
(B) a Força de Empuxo é maior que a Força de Gravidade.
(C) o Equilíbrio é indiferente (GM = O) com um determinado ângulo de
inclinação e, facilmente, pode tomar-se instável (GM < O).
(D) o Equilíbrio é instável (GM < O) com um determinado ângulo de inclinação,
e a Altura Metacêntrica é máxima.
(A) uma crista de onda se posiciona a meia-nau, fazendo com que as chapas
do fundo fiquem comprimidas.
(B) uma crista de onda se posiciona a meia-nau e o melhor a fazer é alterar o
rumo para diminuir o sincronismo do caturra.
(C) duas cristas de ondas atingem simultaneamente a proa e a popa do barco,
fazendo com que as chapas do convés fiquem tracionadas ou tensionadas.
(D) duas cristas de ondas atingem simultaneamente a proa e a popa do
barco, fazendo com que a meia-nau fique sem sustentação pelo excesso
de peso em relação ao empuxo.
1.4) Após uma avaria séria no motor do barco, foi decidido retirá-lo de bordo para
reparo, utilizando um turco giratório (pau-de-carga) instalado no convés, com o moitão de
içamento localizado na extremidade superior do turco. Essa manobra requereu cuidados
especiais quanto à estabilidade do barco porque
(A) assim que o motor saiu de seu berço, foi como tivesse sido
transferido, imediatamente, para o ponto de içamento.
(B) quando o motor foi içado através do turco da embarcação, a Altura
Metacêntrica aumentou significativamente.
(C) nas cavernas abaixo do berço, a Força de Empuxo ficou menor que a
Força de Gravidade.
(D) quando o motor foi içado através do turco da embarcação, o novo
Deslocamento alterou a distribuição de forças.
============================================================
============================================================
ABRIL 2010
Esta prova contém uma questão com cinco itens. (Valor total: 1,0 ponto)
1,2
Nessa ocasião, seu calado avante era de 1,6 m e o calado a ré era de 1,4m.
A curva de deslocamento / calado do seu iate era a seguinte:
1.1) Imediatamente antes de entrar no rio Pará, seu calado médio em metros era
(A) 1,0 m.
(B) 1,2 m.
(C) 1,5 m.
(D) 1,4 m.
1.2) Quando entrou no rio, ao passar da água salgada para a água doce, o seu
calado médio
(A) era de 1, 0 m.
(B) diminuiu, pois a água do rio Pará é mais densa.
(C) manteve-se o mesmo, pois o deslocamento do barco não se alterou.
(D) aumentou, pois a densidade da água diminuiu.
1.4) Quando saiu para a viagem, considerando o sentido longitudinal, o barco não
estava nas melhores condições de estabilidade porque
compasso = Calado de ré – calado de vante = 1,4 – 1,6 = - 0,2 (negativo)
(A) o compasso ficou negativo.
(B) o trim ficou positivo.
(C) estava derrabado.
(D) estava com o calado médio de 1,5 m e, portanto, em "águas parelhas".
OUTUBRO 2009
Esta prova contem uma questão com cinco itens. (Valor total: 1,0 ponto)
( a ) em águas seguras.
( b ) afocinhada.
( c ) em águas parelhas.
( d ) com momenta de estabilidade nulo.
1.4) Ao demandar Natal, no interior do rio Potengi, podemos concluir que seu
ABRIL 2009
Esta prova contém uma questão com cinco itens. (Valor total: 1,0 ponto)
1.1) Durante a viagem, a embarcação sofre variações em sua estabilidade, devido ao consumo
de água, provisões e combustível, que ocasionam a mudança da cota do metacentro. Um equilíbrio
estável significa
( A ) GM > O. ( B ) GM
< O.
( C ) GM = O. ( D )
KM=KG.
( A ) balanços lentos.
( B ) balanços rápidos.
( C ) caturros sincronizados. ( D )
equilíbrio indiferente.
1.4) O mau estado do mar fará com que a embarcação sofra maiores esforços
longitudinais. O esforço quando a embarcação estiver numa crista de onda, é denominado de
( A ) trim.
( B ) tosamento.
( C ) contra-alquebramento. ( D )
alquebramento.
OUTUBRO 2008
Esta prova contém uma questão com cinco itens. (Valor total: 1,0 ponto)
( A ) Lpp.
( B ) LL.
( C ) LOA.
( D ) CPP.
( E ) Cpr.
Boca
2-56. Boca - E a largura da seção transversal a que se referir; a palavra boca,
sem referência à seção em que foi tomada, significa a maior largura do casco e, por isto mesmo, é
medida na seção mestra. Meia-boca é a metade da boca.
2-58. Boca máxima (fig. 2-57) - E a maior largura do casco medida entre as superfícies
externas do forro exterior, da couraça ou do verdugo.
( A ) boca moldada
( B ) boca máxima
( C ) boca mínima
( D ) meia nau
( E ) vaus
bordo, isto é, sem água, combustível, tripulação, rancho ou qualquer carga, dizemos que está com
deslocamento leve. Caso contrário, quando a embarcação estiver com todos
os pesos possíveis de serem embarcados, ou seja, com toda a água, combustível, tripulação,
rancho e carga, dizemos que está com deslocamento máximo.
( A ) peso bruto.
( B ) porte bruto.
( C ) deslocamento.
( D ) deslocamento leve.
( E ) deslocamento máximo.
1.4) É a distância vertical medida no costado, entre a superfície da água e o convés principal:
( A ) borda livre.
( B ) calado.
( C ) calado aéreo.
( D ) ponta!.
( E ) cota do metacentro.
1.5) Sua embarcação saiu para uma viagem com os tanques de água e combustível completos.
Depois de navegar mais da metade da sua autonomia, esses tanques
poderão gerar um efeito negativo na estabilidade denominado de
( A ) aumento do GM.
( B ) momento de emborcamento.
( C ) diminuição da cota de G.
( D ) momento de adriçamento.
( E ) superfície livre.