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Conceitos Básicos
F
F SENa
a
X
F COSa
Efeitos causados pela ação de uma força que
atua sobre um corpo:
Movimento do corpo.
Deformação do corpo (se ele estiver impedido
de deslocar-se por algum tipo de fixação com o
meio externo).
F3 R
F2
X X
O O
n
R = ∑
Fi
i =1
F4
Princípio da igualdade da ação e reação:
A toda ação corresponde uma reação igual e
contrária (lembrando que as forças de ação e
reação atuam em corpos diferentes).
P
P
P
Classsificação das forças:
Forças externas: representam as ações sobre o
corpo considerado e são responsáveis pelo seu
comportamento.
• Forças externas ativas: são aquelas aplicadas
diretamente sobre o corpo considerado.
• Forças externas reativas (reações): são
aquelas que se originam nos vínculos e que
só aparecem quando atuam as forças ativas,
de tal forma que qualquer modificação nas
forças ativas provoca uma modificação nas
forças reativas.
Forças internas: são as que atuam no interior
do corpo e mantém unidas as suas partes.
2.2 - Momento
Representa a tendência de rotação provocada
por uma força em torno de um ponto. Também
pode ser representada por um vetor.
Unidades: kgf m, N m, kN m, t m.
Representação de um momento através de suas
componentes escalares:
Y
M
M SENa
a
X
M COSa
Momento: o produto vetorial da força pelo vetor
posição.
M
M M
O X O X
o
90
d F d
M = d × F
MR
M3
M2
X X
O O
n
MR = ∑
Mi
i =1
M4
2.3 - Translação de uma força
Uma força pode ser transladada a um ponto
localizado fora de sua linha de ação,
substituindo-a pelo sistema equivalente formado
pela mesma força e o momento que ela provoca
no ponto considerado quando está na sua
posição original.
M
O X O X
o
90
d F
M = d × F
2.4 - Equações de equilíbrio da
Mecânica
Para que um corpo submetido à ação de um
sistema de forças e momentos esteja em
equilíbrio é necessário que este conjunto de
forças e momentos não provoque nenhuma
tendência de translação nem de rotação.
Como a tendência de translação é causada pela
resultante das forças e a tendência de rotação
com relação a um ponto qualquer é causada pela
resultante dos momentos com relação a esse
ponto, para que o corpo esteja em equilíbrio é
necessário que estas resultantes sejam nulas.
Assim, a condição necessária e suficiente para
que um corpo esteja em equilíbrio, quando está
submetido à ação de um sistema de forças e
momentos, é que este sistema satisfaça as
seguintes equações, escritas em forma vetorial:
R=0
MR = 0
onde:
R : resultante das forças
M R : resultante dos momentos com relação a um ponto
Para o caso mais geral, no espaço tridimensional,
e em termos das componentes escalares das
forças e dos momentos, as expressões anteriores
conduzem a:
∑F = 0
X
∑F = 0
Y
∑F = 0
Z
∑M = 0 X
∑M = 0 Y
∑M = 0 Z
Para o caso bidimensional, considerando o plano
X-Y, as expressões anteriores se reduzem a:
∑F = 0
X
∑F = 0
Y
∑M = 0 Z
2.5 - Graus de liberdade
Conforme foi visto, no caso tridimensional tem-
se seis equações de equilíbrio que estão
relacionadas com as três componentes de forças
e as três componentes de momentos, que por
sua vez estão relacionadas com os três
movimentos de translação possíveis e os três
movimentos de rotação possíveis,
respectivamente.
Isto define os seis graus de liberdade do corpo
no espaço, que são os seis movimentos
possíveis que ele pode ter.
Assim, resumindo, tem-se:
6 equações de equilíbrio
3 forças + 3 momentos
3 translações + 3 rotações
6 graus de liberdade
Número de reações
Classe do vínculo
Para o caso mais geral, no espaço tridimensional,
tem-se seis classes de vínculos.
Para o caso bidimensional, quando a estrutura
está contida em um plano e recebe cargas
também contidas nesse plano, tem-se 3 classes
de vínculos.
No plano X-Y, tem-se então:
Vínculo de 1a Classe:
Restringe 1 movimento.
Faz surgir 1 reação.
Tem 2 graus de liberdade livres.
Exemplo: apoio simples (restringe uma
translação, faz surgir uma reação força e deixa
livres uma translação e uma rotação).
Pino
Rolo Rolos
X
RY RY RY
Também constituem vínculos de 1a Classe ou
podem ser considerados como tais,
estruturalmente, os seguintes casos:
Placa de
Borracha
RY
Articulação Articulação
R
RY
RX
Pino
X
RY RY
Também constituem vínculos de 2a Classe os
seguintes casos:
Rótula
Interna
Barra Barra
Articulação Articulação
Articulação
RX
Tirante
Articulação Tirante
Tirante Tirante
R1 R2
RY
Porta de
Correr
Trilho
RX RX
Mz Mz
X
RY RY
Também constitui vínculo de 3a Classe o seguinte
caso:
Articulação Articulação
Tirante Tirante
Tirante
Articulação
Articulação
R1 R3
R2
A B
HA d
VA
VB
P1
A B
HA
VA
VB
Neste caso, o número de reações de apoio a
determinar (incógnitas) é igual ao número de
equações de equilíbrio disponíveis, obtendo-se
um sistema de equações determinado (tem
solução e é única).
A estrutura se denomina isostática e o equilíbrio
é estável.
Um estado de equilíbrio estável é aquele no qual
o sistema pode se adaptar a mudanças nas
condições que o afetam, mantendo-se em
equilíbrio.
b) Os vínculos são em número e tipo inferior
ao necessário para restringir todos os graus
de liberdade da estrutura.
P2
P1
A B
VA VB
Neste caso, o número de reações de apoio a
determinar (incógnitas) é inferior ao número de
equações de equilíbrio disponíveis, obtendo-se
um sistema de equações imposível (sem
solução).
A estrutura se denomina hipostática e o
equilíbrio em geral não existe, mas se existir é
instável.
Um estado de equilíbrio instável é aquele no qual
pequenas mudanças nas condições que afetam o
sistema afastam definitivamente o sistema da
sua condição inicial de equilíbrio.
c) Os vínculos são em número e tipo
superior ao necessário para restringir todos
os graus de liberdade da estrutura.
P2
P1
A
B
HA
MA
VA VB
Neste caso, o número de reações de apoio a
determinar (incógnitas) é superior ao número de
equações de equilíbrio disponíveis, obtendo-se
um sistema de equações indeterminado (tem
solução e é única, mas faltam equações para
poder resolver o sistema; em geral se completa o
sistema com equações de compatibilidade de
deformações).
A estrutura se denomina hiperestática e o
equilíbrio é estável.
Um estado de equilíbrio estável é aquele no qual
o sistema pode se adaptar a mudanças nas
condições que o afetam, mantendo-se em
equilíbrio.
Observação:
É importante salientar que não basta uma
quantidade adequada de vínculos mas também a
sua correta distribuição, como mostra o seguinte
exemplo.
P2
P1
A B C
VA
VC
VB
Exemplos:
a << l
A B A B
l l
Unidades: kgf, N, kN, t. (1 kgf = 9,8 N)
Exemplos: uma viga apoiada sobre outra viga,
uma viga apoiada em um pilar.
2.8.2 – Cargas distribuídas
Se o trecho de distribuição da carga não for
desprezível em relação à dimensão da estrutura,
ela pode ser considerada distribuída.
Uma carga distribuída é caracterizada pela taxa
de carga q(x) definida por:
Linha de
Carga
dp
X
dx
dp
q( x) =
dx
onde dp é a carga que atua no trecho
infinitesimal dx.
Unidades: kgf/m, N/m, kN/m, t/m.
Exemplos: uma parede construída sobre uma
viga, a força do vento atuando ao longo da altura
de um prédio alto.
Resultante e ponto de aplicação da
resultante de cargas distribuídas
Uma carga distribuída pode ser reduzida a uma
resultante única cujo módulo é a soma dos
módulos das forças que a compõem.
q(x)
A B X
dx
a
x
b
l
b
R = ∫ q( x) dx
a
O valor numérico da resultante é a área da
superfície delimitada pela linha de carga e pelo
eixo longitudinal da estrutura. Esta superfície é
denominada superfície de carga.
O ponto de aplicação da resultante pode ser
determinado aplicando-se o teorema de
Varignon, que estabelece que o momento da
resultante de um sistema de forças em relação a
um ponto qualquer é igual à soma dos momentos
de cada uma das forças em relação ao mesmo
ponto. R
q(x)
X G
A B X
dx
a
x
d
b
l
Sendo:
b
R = ∫ q( x) dx
a
e lembrando que pelo Teorema de Varignon, o
momento da resultante é igual à soma dos
momentos das forças:
Rd = ∑ [ q( x) dx] x
b b
∫ q( x) dx d = ∫ q( x) x dx
a a
b
∫ q( x) x dx
d = a
b
∫ q( x) dx
a
A resultante da carga distribuída é igual à área
da superfície de carga e está localizada sobre a
vertical que passa pelo centro de gravidade desta
superfície.
Tipos de cargas distribuídas
Carga uniformemente distribuída: quando a
taxa de carga é constante, ou seja q(x) = q =
cte, a carga é uniformemente distribuída e a
linha de carga é paralela ao eixo longitudinal da
estrutura onde ela atua.
q
A
B X
A
B X
d = l/2
l
R = ql
l
d =
2
Sendo:
b
R = ∫ q( x) dx
a
l l
R = ∫ q dx
0
= q ∫ dx = q l
0
R = ql
e:
b
∫ q( x) x dx
d = a
b
∫ q( x) dx
a
l
l l
x
2
2
∫0 q x dx q ∫0 x dx q 2 0 q 2 l
l
d = l = = = =
q [ x ]0
l l
ql 2
∫ q dx
0
q ∫ dx
0
l
d =
2
Carga distribuída triangular: quando a taxa de
carga é uma função linear de x, ou seja q(x) =
f(x) linear, a carga é distribuída triangular e a
linha de carga forma um triângulo com o eixo
longitudinal da estrutura onde ela atua.
q
t
A
B X
A
B X
x
d=2l/3
l
qt l
R =
2
2l
d =
3
Sendo:
q( x) qt
=
x l
qt x
q( x) =
l
então:
b
R = ∫ q( x) dx
a
l
qt x
l l
qt x
2
qt qt l 2 qt l
R = ∫ dx = ∫0 x dx = l 2 = l 2 = 2
0
l l 0
qt l
R =
2
e:
b
∫ q( x) x dx
d = a
b
∫ q( x) dx
a
l
l
qt x qt
l
qt x 3
l3
∫0 l x dx l ∫0 x dx qt
2
l 3 0
d = l = l
= = l 3
2 l l2
qt x qt qt x qt
∫0 l dx l ∫0 x dx
l 2 0 l 2
2l
d =
3
Outros tipos de cargas distribuídas: parabólica,
cargas distribuídas quaisquer descritas por uma
função.
q(x)
A
B X
q(x)
A
B X
Unidades: kgf m, N m, kN m, t m.
2.9 - Princípio da
superposição de efeitos
O princípio da superposição de efeitos decorre
do princípio da independência da ação das
cargas, segundo o qual cada carga age
independentemente da ação das outras.
Ele estabelece que o efeito produzido por todas
as cargas que agem sobre uma estrutura é igual
à soma dos efeitos de cada uma das cargas
agindo isoladamente.
O princípio da superposição de efeitos não pode
ser aplicado quando há efeitos de segunda
ordem. Os efeitos de segunda ordem não são
estudados nesta disciplina.
Exemplos:
P1 P1
P2 P2
= +
a1 a1
a2 a2
l l l
q2
q1 q1 q2 - q1
= +
l l l
Exemplos (cont.):
q 1+ q 2
q1
q2
= +
l q2 l l
q q
q
= +
l l l
Exemplos (cont.):
P P
q q q
M=Pa
= = +
l a l l
P
M=Pa
+ +
l l