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Djulie stephany da silva

A Pessoa com Surdocegueira e Deficiência Múltipla: Necessidades e


Papel do Professor;
Deficiências Múltiplas e Surdocegueira

O trabalho com crianças surdocega e com deficiências múltiplas é uma


atividade que requer muita dedicação por parte dos professores e uma busca
constante por informações para adequar a prática em sala de aula com a
realidade da criança atendida. Pois as crianças, apresenta muitas dificuldades
para ter iniciativa e começar uma brincadeira ou usar o brinquedo na sua real
função, muitas vezes eles utilizam os brinquedos de forma aleatória ou para
estimular os sentidos remanescentes.
Este artigo consiste na abordagem referente as necessidades da criança
surdocega e com deficiência múltipla e as principais dificuldades presente no
âmbito escolar. A pesquisa partiu da necessidade de compreender como
realizar um trabalho que atenda às necessidades especificas da criança
que está relacionado a problemas de ordem psicopedagógica ou socioculturais,
ou seja, o problema este que não está centrado apenas na criança, mas
também familiar que muitas vezes apresentam dificuldade de se comunicar
com ela.
A temática tem como tema “as necessidades da criança surdocega e
com deficiência múltipla” Considerando que uma criança com Surdocegueira e
com Deficiência Múltipla apresenta várias necessidades especifica,
principalmente quando se referem ao brincar, atividade esta que se torna
quase que inexistente no dia a dia da criança com sudocegueira, dificuldade
que são enfrentadas pelas limitações das deficiências e dos problemas de
saúde que apresentam constantemente.
A criança surdocega não é uma criança surda que não pode ver e nem
um cego que não pode ouvir. Não se trata de simples somatória de surdez e
cegueira, nem é só um problema de comunicação e percepção, ainda que
englobe todos esses fatores e alguns mais (Mcinnes & Treffy, 1991).
Nesse processo, é essencial a cooperação entre profissionais e
familiares, integrando uma mesma equipe para a realização do programa
educacional tendo como objetivo geral de; analisar a importância da
estimulação precoce e do acompanhamento especializado, para melhor
compreender o desenvolvimento, a interação, a aprendizagem os conceitos e
as adaptações necessárias para se inserir o aluno com deficiência utilizando
estratégias que favoreçam o desenvolvimento dos mesmos em sala de aula.
Para alcançar os objetivos propostos, utilizou-se como recurso
metodológico, a pesquisa bibliográfica, realizada a partir da análise
pormenorizada de materiais já publicados na literatura e artigos científicos
divulgados no meio eletrônico.
Para Maia (2004), a Surdocegueira é uma deficiência única
que apresenta as deficiências auditiva e visual, juntas, mas em diferentes
graus, a combinação das duas deficiências impossibilita o uso dos sentidos de
distância, cria necessidades especiais de comunicação, causa extrema
dificuldade na conquista de metas educacionais, vocacionais, recreativas,
sociais, para acessar informações e compreender o mundo que o cerca.
Mesmo assim a pessoa surdocega pode desenvolver diferentes formas de
comunicação para entender e interagir com as outras pessoas, tendo acesso
as informações e a uma vida social. 
Nascimento; Maia, (2006), coloca que a criança surdocega tem uma
das deficiências menos entendidas, mas: “Não é uma criança cega que não
pode ouvir, ou uma surda que não consegue ver. É uma criança com privações
multissensoriais, a quem foi efetivamente negado o uso simultâneo dos dois
sentidos distais” (NASCIMENTO; MAIA, 2006).
O papel do professor, intérprete ou guia-intérprete junto à criança
surdocega será o de suprir sua carência de funcionamento sensorial com
estímulos organizados e significativos, promovendo a construção de sua
consciência e imagem corporal, seu desenvolvimento motor e afetivo, e
também sua autonomia (ERIKSON, 2002).
As informações do mundo deverão chegar à criança de forma
organizada, para que possa a construir seu mundo. Esse procedimento a
auxiliará na construção do conhecimento como um todo, uma vez que as
carências de informações sensoriais são tão básicas como a visão e a audição,
fazendo com que cada criança, quando exposta a um estímulo, consiga
absorver apenas parte dessa informação. Apenas a repetição de estímulos em
contextos significativos poderá assegurar que ela venha a ser capaz de
assimilar a estimulação como um todo.
A deficiência auditiva e a surdez apresentam características bem
diferentes, porém ambas ocasionam uma limitação para o desenvolvimento
do indivíduo. 
O papel da família é da máxima importância em todo o processo educacional
da criança surdocega. 
Segundo Freeman (1991), o avanço no processo de aprendizagem das
crianças surdocegas depende em grande parte da participação dos pais, por
serem eles, as pessoas, mas próxima e com grande influência no cotidiano da
criança. Assim quando acontece essa participação no processo educacional,
entre família e escola, a criança surdocega aprende a amenizar os obstáculos
que enfrenta. Sem a participação da família é impossível realizar o trabalho
com base na transdisciplinaridade, necessário ao adequado desenvolvimento
da criança. 
É muito importante que a criança surdocega participa dos diversos
meios da sociedade (shoppings, restaurantes, parques, clubes, zoológicos,
museus e outros) para que conheçam outras pessoas e explorem novos
ambientes. fazendo-se necessário a estimulação, e a comunicação com outras
pessoas. Os pais, ao acompanharem os filhos na exploração de novos
ambientes, ampliam as condições de comunicação.
É por isso que os pais e a família como um todo precisam de um apoio
mais intensivo no início da caminhada como pais de surdocegos.
 Diante das pesquisas para fundamentação do trabalho “as necessidades da
criança surdocega e com deficiência múltipla”, foram de
fundamental importância para que possamos entender melhor o dia a dia de
uma criança com surdocegueira e com deficiência múltipla, pois muitas vez não
estamos capacitadas para trabalhar com a dificuldade da criança e julgamos a
mesma, mas dificilmente colocamos no lugar da criança para pode entender o
que se passa com ela.
Nesse sentido, a pesquisa buscou focar a situação da criança dentro
do ambiente escolar e familiar, e os principais aspectos e distúrbios de
desenvolvimento e aprendizagem, focando as dificuldades da criança
surdocega, sendo eles os maiores prejudicados e ainda alertar profissionais da
área da educação, no intuito de evitar situações de discriminação e
combatendo o insucesso escolar, preservando assim o papel da criança.
Pois os professores e profissionais do ensino devem sempre está
buscando aperfeiçoamento e métodos adequados e inovadores para se
trabalhar com as crianças. Conhecendo o histórico, as características, suas
necessidades e habilidades. Apresentar possibilidades que minimizem as
problemáticas, bem como, alternativas pedagógicas, diminuindo ansiedades e
ampliando o rol de ações didáticas.
É preciso compreender o diferencial de cada um, acreditar nas
potencialidades humanas, oferecendo condições para que a criança cresça
dentro do seu processo de aprendizagem. 

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