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A DIMENSÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA
Observa características
configurativas dos espaços quanto
a seus custos de produção
(gênese, implantação) e utilização
(manutenção, substituição).
CONSUMO DE RECURSOS
CUSTO X BENEFÍCIO
Espaços socialmente utilizados são bens e serviços gerados por investimentos que resultam em
benefícios. Neste sentido, esta dimensão define os sujeitos beneficiados direta ou indiretamente
pelos investimentos, assim como aqueles sobre os quais recaem ônus econômicos e financeiros.
PRODUÇÃO E CONSUMO
a 1) custos dos sistemas: define tais despesas a partir das funções dos sistemas (sanitário,
energético e de comunicações), de sua localização no espaço urbano (aéreos, de superfície do
terreno e subterrâneos) e de seus princípios de funcionamento (segundo dependam ou não da
força de gravidade para operarem). Estes três itens determinam o tipo de sistema; seus custos são
estabelecidos por unidade de área, através da quantidade de metros quadrados da superfície de
cada sistema e do preço unitário do mesmo, a saber:
- densidade construtiva: significa a proporção entre área livre pública e área privatizada,
acrescida da intensidade de utilização do solo privado. Trazem variações nos custos de redes:
predomínio de áreas privadas ou públicas;
taxas de ocupação dos lotes;
índices de aproveitamento dos lotes;
altura dos edifícios;
quantidade de unidades imobiliárias por edifício.
- configuração das microparcelas: trata da forma dos lotes, terrenos ou projeções em que se
divide o solo urbanizado. Trazem variações aos custos de infraestrutura:
tamanhos dos lotes pois, quanto menores, maior aproveitamento dos coletores tronco;
proporções das microparcelas que, se foram alongadas, possibilitam maior aproveitamento
dos coletores tronco, desde que se cumpra o próximo item;
tamanhos das faces dos lotes voltadas à área onde se localizam coletores tronco. Estes
terão maior aproveitamento sempre que abasteçam lotes por sua menor face;
b 1) relação entre quantidade de área livre pública e de área privada: analisa custos gerais de
urbanização através do predomínio de solo público (sob encargo direto do governo) ou privado (de
responsabilidade particular).
b 2) custos do edifício: aborda determinados custos dos edifícios e dos lotes onde se localizam,
na medida em que impliquem desempenho morfológico da área considerada para a dimensão
econômico-financeira:
taxas de ocupação dos lotes;
índices de aproveitamento dos lotes;
altura dos edifícios;
quantidade de unidades imobiliárias por edifício.
b 3) custos do sistema viário: examina custos dos espaços na área considerada destinados à
circulação veicular, pedestre e cicloviária, assim como a estacionamentos, a partir de certas
características morfológicas:
proporção entre superfície destinada ao sistema circulatório da área considerada e as
áreas privadas;
tipo de malha, observando-se a composição de linhas formada pelos eixos dos canais de
circulação (independentes da largura das vias). O custo da rede viária varia conforme
tamanho e a forma dos segmentos, a quantidade de nós e a quantidade de ângulos por nó
na malha;
perfil longitudinal das vias destinadas à circulação veicular, pedestre e cicloviária. Significa
a relação do sistema circulatório com a declividade natural do terreno; incidem em custos
da rede circulatória os movimentos de terra para receber a malha e para sua manutenção,
devendo-se observar os graus de declividade envolvidos ;
largura das vias destinadas à circulação veicular, pedestre e cicloviária;
quantidade de área destinada a estacionamentos na superfície do solo;
tipos de pavimentação das áreas veiculares, pedestres e cicloviárias, em termos de seus
tipos (flexíveis, semi-flexíveis e rígidos), espessura e capacidade do solo.
b 4) custos das demais áreas livres públicas: observa custos de praças, parques, largos, áreas
verdes e espaços residuais da área considerada, através de:
proporção entre áreas privadas e superfície destinada a praças, parques, largos, áreas
verdes etc. na área considerada;
configuração das áreas livres públicas (tamanho, tipos de relevo do solo, pavimentação,
vegetação, águas de superfície, mobiliário urbano etc;);
modelo de disposição das áreas livres públicas (unitário ou nucleado, concentrado ou
disperso, localização no tecido urbanizado em relação a densidades populacionais e
construtivas etc.).
Bibliografia