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II
A Norma Jurídicaz
1. A NORMA AUTORIZANTE
A que espécie determinada de normas pertencem as
normas jurídicas? Na multidão das normas, que traço as
distingue das demais?
Uma qualidade notabilíssima das normas jurídicas as
diferencia das normas não jurídicas. Essa qualidade, que
lhes é própria, e delas exclusiva, é a que designamos pelo
adjetivo autorizante.
A norma jurídica é um IMPERATIVO AUTORIZANTE.
Na definição da norma jurídica, o adjetivo autorizante
possui sentido estrito e peculiar.
A norma jurídica é autorizante porque ela autoriza
quem for lesado por violação dela a empregar, pelos
meios competentes, as sanções da lei, contra o violador
(violador efetivo ou provável), para fazer cessar ou obs-
tar a violação, ou para obter, do violador, reparação pelo
mal que a infringência causou; ou para forçar o violador
a repor as coisas no estado em que estavam antes da vio-
lação; ou, por último, nos casos de crime, para processar
3. AUTORIZAMENTO EAUTORIZACÃO
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4. UM ESCLARECIMENTO IMPORTANTE
Sobre a qualidade autorizante da norma jurídica, uma
observação importante precisa ser feita.
Em rigor, a sociedade é que é autorizante.
Aqui empregamos o termo sociedade para designar
tanto a coletividade toda como, também, os inúmeros
grupos sociais de que a sociedade global é composta.
É óbvio que a sociedade e os grupos sociais existem
para servir seus integrantes. Os seres humanos vivem
em sociedade e em grupos sociais a fim de atingir seus
objetivos, ou deles se aproximar.
Para poder servir-se da sociedade e dos grupos sociais
a que pertence, cada pessoa está autorizada a exigir do
próximo certas ações e certas abstenções, em seu próprio
benefício. Mas isto importa na obrigação, a que se acha
sujeita cada pessoa, de praticar certas ações e de abster-
se de outras, em benefício de seus semelhantes.
Numa sociedade, certas exigências e certas proibições
serão sempre permitidas. Isto decorre da função instru-
mental das sociedades humanas.
Essas exigências e proibições implicam interações ne-
cessárias ou úteis. Necessárias ou úteis, em verdade, por-
que constituem a condição para que a sociedade seja, efe-
tivamente, uma comunidade e, assim, atinja os fins para
os quais se constituiu.
De fato, a coletividade é que é autorizante, porque ela
é a entidade concessora, a entidade que concede a referida