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Luanda, 2021
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
Luanda, 2021
Termo de aprovação
Eu, Victor Joaquim Cuvula, certifico que as informações contidas neste trabalho são
originais e de minha total e inteira responsabilidade____________________.
______________________________
______________________________
Presidente do Júri
______________________________
Arguente
Luanda, 2021
Dedicatória
A Deus todo – Poderoso, que nos concede a bênção da vida, o fôlego da vida todos os
dias, sem Ele nada somos.
A minha querida e amada esposa Florentina Francisco José Pedro Cuvula (in
memoriam), que partiu após o término dos quatro anos, que me deu todo o apoio
necessário nesta etapa difícil da minha vida, acredito que estará orgulhoso lá onde está.
O tempo que permanecemos juntos, pude mostrar – me a coragem e a dedicação de uma
esposa e que eu fosse um homem melhor todos os dias com mais amor, sabedoria,
responsabilidade, perseverança, respeito e humildade.
Obrigado, esposa por tudo que fizeste por mim, estarás sempre no meu coração.
Ao meu querido Fernando Joaquim Cuvula e Cristina Fernando Joaquim (in memorian)
por seu amor, dedicação e determinação que acompanhou – me durante os momentos
mais difíceis da minha vida, esteve sempre desempenhando o seu papel de pai. O meu
muito obrigado pelo vosso amor, carinho e ensinamentos que me tornaram nesta pessoa
que sou hoje.
Aos meus lindos filhos, Petrof Nicolau Cuvula, Risara Teixeira Cuvula, Ester Makiesse
Pedro Cuvula, Kezia da Graça Pedro Cuvula e Kiami Josias Pedro Cuvula, pela vontade
e apoio me deram durante esta etapa e pelo vosso amor e carinho incondicional, e a
todos que me ajudaram para pudesse terminar este trabalho com êxito.
V
Agradecimentos
O acto de agradecer é sempre sublime pelo gesto de não sermos capazes de fazer nada
sozinhos. Por esta razão agradeço a Deus Pai todo poderoso, pela vida, saúde e
respiração de graça e por ter permitido que este trabalho fosse realizado, dando-me a
oportunidade de materializar um dos meus desejos que passa por licenciar-me em
contabilidade.
Agradeço ao meu Tutor Orlando Gomes pela dedicação paciência e rigor que lhe foi
característico a quando das orientações que foi dando durante a elaboração do trabalho
que de forma incansável estava sempre disponível para ajudar-me, o meu muito
obrigado.
Aos docentes do INSUTEC, que ao longo dos quatro anos foram incansáveis em
compartilharem os seus conhecimentos e experiências durante o curso.
VI
RESUMO
VII
ABSTRACT
Accounting has long helped man to solve important issues, and is no different in the
case of today's companies, a company with well-organized accounting is more alert than
others. The financial statements assist the decision making process appropriate to the
actual situation of the company leading them to an efficient and effective management.
The main objective of this work is to describe the importance of accounting in the
Management of Organizations, the following question was raised: How does accounting
help managers to make decisions about the future of SJL-Madeira Lda? Its specific
objectives are to identify the main financial statements, to classify the most relevant
financial statements for the analysis and to relate the financial statements to the
decision-making. This is a case study done at the company SJL-Madeiras, to collect the
data an interview was made with one of the accountants of the same company, after
collecting the data underwent a process of analysis and interpretation. In order to reach
the objectives, descriptive and bibliographic research was used. The results of the
research clearly show that the managers of the company SJL-Madeira, use the financial
statements for decision-making in the management of the company.
VIII
ÍNDICE
Dedicatória
Agradecimentos
Resumo
Abstract
LISTA DE GRÁFICOS
INTRODUÇÃO.................................................................................................................1
Delimitação do Tema....................................................................................................1
Justificativa....................................................................................................................2
Formulação do Problema...............................................................................................3
Hipóteses.......................................................................................................................3
Objectivos de Estudo.....................................................................................................3
Procedimento Metodológico.........................................................................................3
Universo de Pesquisa.....................................................................................................4
IX
1.2.1.2.3 - A Contabilidade e Gestão.............................................................................9
1.3.3 – O Património...................................................................................................18
1.4.2 – Balanço............................................................................................................22
1.5 – Balancete............................................................................................................24
X
II CAPITULO - ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS. Erro! Indicador não
definido.
CONCLUSÃO.................................................................................................................48
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS...............................................................................49
ANEXO
XI
LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS
A - Activo
AC- Antes de Cristo
AF - Autonomia Financeira
CC- Código Comercial
DF – Demonstração Financeira
DR – Demostrações de Resultados
EC – Era Cristã
MPE – Micro e Pequenas Empresas
MPME - Micro, Pequenas e Medias Empresas.
P- Passivo
PCE – Plano de Conta Empresarial
PCGA – Princípios contabilísticos Geralmente Aceite
POC – Plano Oficial de Conta
PGC – Plano Geral de Contas
RLE – Resultado Líquido do Exercício
SC – Saldo Credor
SD – Saldo Devedor
SL – Situação Líquida
SLa – Situação Líquida activa
SLp – Situação Líquida passiva
RL – (Net income) Resultado Líquido
RLV – (Net Profit ability of Sales) Rentabilidade Líquida das Vendas
ROI – (Return on Investment) Retorno sobre o Investimento
ROV – (Sales Operational Profitability) Rentabilidade Operacional das Vendas
SF - Solvabilidade Financeira
SJL – Sequeira João Lourenço
VN - Volume de Negócios
XII
LISTA DE GRÁFICOS
XIII
INTRODUÇÃO
O mundo vive uma fase de intensa competitividade, facto que torna cada vez mais
difícil para os gestores sobreviverem nesse mercado competitivo. E para manter as
organizações no mercado é necessário que haja um planeamento eficiente. A
sobrevivência de uma empresa é demonstrada por meio de relatórios em qualquer
período a situação real da mesma. Pode-se dizer que a contabilidade é um provedor de
informações para o planeamento e controlo da gestão financeira e patrimonial de
qualquer empresa. Além de necessário, ela é obrigatória conforme é prescrito no artigo
31º do Código Comercial Angolano.
Delimitação do Tema
Justificativa
Achei conveniente falar deste tema no sentido de adquirir melhor compreensão deste
assunto, é de grande relevância abordar sobre a contabilidade como ferramenta de apoio
1
ao gestor na tomada de decisão visto que, a contabilidade e a gestão estão interligados
ou relacionadas na gerência de uma determinada Organização.
Assim, sentimo-nos motivados a abordar sobre este tema pela grande importância que
engloba, atendendo aos factores patrimoniais observados diariamente, querendo
descobrir quais os métodos que as organizações utilizam para atraírem recursos e seus
clientes. Este trabalho visará incentivar gestores, profissionais da área de contabilidade
e também a académicos a adoptarem a contabilidade como provedora de informações
valiosas que auxiliam a tomada de decisão.
A nível social o estudo se torna relevante por despertar no gestor o interesse pela
contabilidade, em particular como uma ferramenta que ajuda a manter – se competitiva.
E que a sua ignorância leva muitas empresas a instabilidade financeira e algumas à
falência.
A nível académico, o estudo tem a intenção de, por meio do debate, chamar atenção dos
estudantes para que venham a rebater em trabalhos futuros.
Problema do estudo
Sempre que é preciso tomar uma decisão é necessário ter informações a respeito daquilo
que se quer fazer para que o resultado seja esperado. Este processo é tão útil para as
organizações e necessário para os seus proprietários, pois precisam se basear em alguma
fonte de informação que lhes permita determinar a capacidade da empresa face aos
compromissos; a inexistência desta informação permite o empresário definir o
planeamento de uma forma equivocada, na medida em que tende a valorizar o lucro no
2
tempo presente, em detrimento de longo prazo, especialmente relacionado com a
sustentabilidade do negócio.
Pergunta de partida
Hipótese
Objectivos de Estudo
Objectivo Geral
Mostrar a forma como a Contabilidade ajuda os gestores a tomar decisões sobre o futuro
da Empresa SJL-Madeiras, Lda.
Objectivos Específicos
Perceber o efeito das medidas adoptadas pela Empresa SJL – Madeiras, Lda, na tomada
de decisão no ano 2019
Procedimentos metodológicos
A presente pesquisa classifica – se, quanto à natureza, como básica, pois a mesma tem
como finalidade gerar conhecimento já existentes sem a intenção de criar novo
conhecimento, sobre um problema concreto vivido por uma empresa angolana, a
Empresa SJL – Madeiras, Lda, referente ao uso da contabilidade para ajudar os gestores
na tomada de decisões.
3
Quanto ao alcance dos objectivos optou-se por uma abordagem do tipo descritivo. O
problema foi abordado de maneira qualitativa. Como procedimentos, foram adoptados
os métodos teóricos dedutivo e também indutivo. Usou – se o método dedutivo, pois ela
faz uma abordagem geral, para se chegar às conclusões e, o indutivo, porque ela usa as
conclusões feitas na Empresa SJL – Madeiras, Lda.
Como técnica de colecta de dados foi usada a entrevista com questionário e fez-se
revisão bibliográfica, visita de campo e estudo de caso. Os dados foram colectados na
Empresa SJL – Madeiras, Lda, onde foram ouvidos o contabilista e o Director
financeiro.
Universo de Pesquisa
Amostra
Foi recolhida a Empresa SJL – Madeiras, Lda, onde foram entrevistados dois
trabalhadores: um contabilista e o Director Financeiro, dos 152 trabalhadores da
empresa.
Tipo de amostra
Estrutura da pesquisa
4
informações financeiras bem como dos instrumentos usados para a mesma análise, e por
fim, faz – se as conclusões do estudo.
Definições de conceito
Contabilidade – é uma ciência que tem como finalidade registar, colectar, resumir,
informar e interpretar dados e fenómenos que afectam as situações patrimoniais,
financeira e económica de qualquer entidade. Tem três requisitos para ser ciência: o
campo de actuação que são as entidades; o objecto de estudo que é o património; e o
método das partidas dobradas. (LOUSÃ, 2015, p.50).
Decisão – são escolhas tomadas com base em propósitos, são acções orientados para
determinado objectivo e o alcance deste objectivo determina a eficiência do processo de
tomada de decisão. (CAIADO, et al 2007, P. 5).
1
Dinis Barros- Fascículo de Introdução à Gestão, Faculdade de Ciências Sociais 2015.
5
Tomada de Decisão – é um processo de redução suficientemente de redução de
incerteza e dúvida sobre alternativas para permitir uma escolha razoável para ser feita,
(SANTANA, 2012; p.12).
Deste período os documentos mais antigos datam do século XII e referem-se, sobretudo
ao registo de transacções a crédito efectuada em feiras.
É deste período que nos vem o primeiro livro de registos contabilísticos conhecido: Um
Diário. Foi escriturado na república da Florença e é datado de 1211. Utiliza, no entanto,
o princípio da unigrafia ou das partidas simples. Neste livro o comerciante descrevia dia
a dia, as suas operações. Nele debitavam-se o registo referente às operações do
individuo que recebia bens para troca e a crédito o registo referente à operação de quem
entregava bens.
Daqui surge a frase que por muito tempo permaneceu como que sagrada em
contabilidade: “Quem recebe deve, quem paga tem haver”. Como o diário não fornecia
todos os elementos que o comerciante precisava. Apareceu, por necessidade, a conta
representada sob a forma de um “T”.
6
Com o desenvolvimento registado no século XII, as Repúblicas de Génova, Florença e
Veneza ditam leis. O comércio evolui de forma assombrosa, que obriga à reformulação
e aperfeiçoamento do modo de registar as operações realizadas.
A revolução Industrial foi outro marco que fez que a contabilidade florescesse, dando-
lhe novo impulso. Com o aumento dos negócios e do tamanho das empresas, novos
registos e controlos foram criados. Nesta época a contabilidade passou a ser um
instrumento sistematizado de informações úteis que auxiliam a gestão dos negócios.
Neste estágio nasce a contabilidade geral voltada para interesses internos, dando
condições de auxiliar os proprietários na tomada de decisões2. A contabilidade teve
vários períodos importantes que são:
Período Antigo ou Empírico – que iniciou com a civilização do homem e vai até 1202
da E.C. Conforme Drummond (1995, p.75) ”A contabilidade Empírica, praticada pelo
homem primitivo, já tinha como objecto o património, representado pelos rebanhos e
outros bens em seus aspectos quantitativos”. Este período também foi chamado época
empírica, que se caracterizou pela ausência de sistematização de registo e de estudos de
natureza científica ou metodológica.
7
fim de se evitar os lapsos de memória, como relatório de trocas de bens e serviços.
Posteriormente, os registos combinavam as figuras com as numerações.
Período Mediaval – foi outro importante período da contabilidade. De 1202 da E.C. até
1494. Conforme Drummond (1995, p.76) “foi um período importante na história do
mundo, especialmente na história da contabilidade”. Estudavam-se na época, técnicas
matemáticas, câmbios, pesos e medidas, tornando o homem mais evoluído em
conhecimentos comerciais e financeiros. O comércio exterior incrementou-se por
intermédio dos venezianos, surgindo, conforme a necessidade daquela época o livro-
caixa, que fazia registo de recebimento e pagamentos em dinheiro. Já se utilizava (de
forma antiga) o débito e o crédito que originou da relação entre direitos e obrigações.
Período Moderno – também foi outro período importante da contabilidade sendo a fase
da pré-ciência, acontecimentos importantes foram marcados como a publicação do livro
de Frei Lucas Paccioli, segundo Iudícibus (1997, P. 4) “Lucas Paccioli publica, em
Veneza a Summa de Arithmetica Geometrica, Proportoni et Proportinalità (colecção de
conhecimento de Arimétria, Geometria, proporção proporcionalidade).
8
É neste contexto que a informática aplicada à contabilidade surge como aliada de
inestimável valor, pois tarefas contabilísticas que demoravam horas, dias a realizar são
com o auxílio da informática realizada em minutos.
Finalmente o acesso à informação permite que terceiros possam consultar dados sobre a
empresa, podendo se assim o desejar, efectuar investimentos nela. Deste modo, a
informação e a comunicação são uma poderosa ferramenta de gestão que a
contabilidade utiliza. No entanto não existe nenhum equipamento ou sistema
contabilístico que permiti substituir o ser humano, pois só o contabilista possui o
conhecimento e competência que lhe permite dominar toda a tecnologia de modo a
apresentar uma informação de qualidade e com eficiência.
Diante da elevada mortalidade das empresas nos seus primeiros anos de vida, será
analisada alguns aspectos que contribuem para tornar esses empreendimentos inviáveis
logo nos primeiros anos de vida. Um dos principais aspectos que contribuem para o
insucesso destes negócios é a falta de gerenciamento, embaçado em informações
apresentadas em demonstrações contabilísticas, bem analisadas e principalmente bem
colhidas. Muitas vezes a contabilidade destes estabelecimentos é feita à distância, ou
seja, os serviços de contabilidade são realizados em escritórios contratados pela empresa
sem que o profissional visite, presencie e observe a realidade da mesma, dificultando,
portanto uma maior e melhor contribuição com ideias que ajudem na resolução de
problemas.
9
Ainda há poucos estudos que evidenciem a relevância do conhecimento da
contabilidade fato revelado por (Cestare apud kassay, 1996) ao constatar que apesar das
MPE exercerem papel relevante na economia, havia à época de seu trabalho, poucas
pesquisas sobre o sector que contribuíssem para demonstrar a utilidade e a importância
da contabilidade para a gestão das empresas de menor porte.
Este fato, apesar do tempo ainda permanece inalterado, percebe-se que a contabilidade
ainda não é tratada como instrumento de gestão, em especial pelas MPE, ou seja,
economizam neste sector, muitas vezes por não possuírem informação ao considerarem
a contabilidade apenas como um “mal necessário”. A busca pela maior qualidade a um
menor custo exige que, o administrador da empresa esteja munido de informações
fidedignas, para melhor embaçamento de suas decisões, e é na área contabilística que se
encontram todos os registos da vida das empresas, registos esses importantíssimos para
a tomada de decisão.
Segundo Cestare (Apud Ferreira Neto, 2002, p.81) área da contabilidade apesar de ser
capaz de oferecer as coordenadas para uma melhor decisão, ainda não é tratada como
um aspecto de grande relevância quando se trata de micro empresas. Normalmente a
Contabilidade é realizada para atender às exigências fiscais e não como um instrumento
útil para assessorar o pequeno empresário em suas decisões. Nem sempre a
Contabilidade reflecte a realidade económico-financeira da empresa, normalmente, o
pequeno empresário conhece bem a parte industrial (produção) de sua empresa,
confessando-se pouco entendido em administração financeira. Dificilmente possui
assessores para auxiliá-los na administração e tem muita dificuldade em interpretar os
balancetes e outros relatórios contabilístico, apresentados pelos escritórios de
contabilidade.
Percebe – se que contabilidade precisa ser vista, pelos empresários, não como factor
solucionador de problemas, como não é, mas um subsídio importantíssimo para a
tomada de decisões, já que sua ausência é factor de fracasso certo. São diversos os
factores que contribuem para o fracasso de uma empresa, mas o conhecimento da
contabilidade de qualidade pode eliminar qualquer risco de falência.
10
profissionalismo para que os poucos recursos disponíveis sejam utilizados
racionalmente e assim garantirem retorno. É por isso que aos poucos essa visão
equivocada a respeito da contabilidade precisa está sendo substituída, já existem alguns
empresários que perceberam a relevância da mesma, não em relação às demonstrações,
mas em relação mesmo ao profissional que ao se valorizar e prestar um bom serviço
contribui de maneira significativa para o sucesso da empresa.
A informação passou a ser um recurso vital nas organizações. Conforme Costa (1994)
enfrenta-se uma transição de uma economia industrial para uma economia de
informação. Os autores também tratam a informação como um activo da organização,
um activo reutilizável que não se deteriora nem se deprecia4.
4
Carlos Costa - Contabilidade Financeira 4ª Edição, 1994.
11
sistema. Ela tem um objectivo básico, que é fornecer informações, e ela tem elementos
claros e bem definidos na forma de pessoas e equipamentos.
A Contabilidade não deve ser confundida com um mero instrumento para gerar
informações, pois ela permite explicar os fenómenos patrimoniais, construir modelos de
análises, fazer previsões para exercícios seguintes, entre outras funções. Segundo
Horngren (1986, p. 4), “um sistema contabilístico é um meio formal de se reunirem
dados para ajudar e coordenar decisões colectivas à luz das metas ou objectivos gerais
de uma organização”.
12
contabilidade financeira pode e deve se transformar em gerencial, sendo um dos papéis
do contabilista aproveitar as informações fornecidas pela contabilidade financeira para
gerar conhecimento ao administrador (PADOVEZE, 2006, p 28).
Ainda não foi inventado um sistema de registo, controlo e análise patrimonial para a
gestão do património das entidades que seja mais eficiente do que a Contabilidade. A
carga tributária, a falta de conhecimentos gerenciais e toda a burocracia do negócio
muitas vezes dificultam a sustentabilidade dos negócios. Para muitos, a Contabilidade é
burocracia, instrumento de administração do lucro e tributos a pagar. Pelo contrário, a
Contabilidade é considerada a linguagem dos negócios. Para que o administrador possa
gerir com eficiência a organização, é necessário que compreenda a importância da
contabilidade na gestão. A contabilidade ocupar um lugar considerável dentro das
esferas decisórias das organizações, pois ela traz informações gerenciais que são
estratégicas na tomada de decisão.
Actualmente a contabilidade já não é só uma fonte de recolha de dados, mas sim uma
técnica de gestão bastante útil para o conhecimento económico-financeiro de uma
empresa para o estabelecimento de objectivos e para o planeamento e controlo de
gestão. As funções básicas da contabilidade são: a do registo dos factos patrimoniais, a
do controlo de todas actividades desenvolvida pela empresa, a da avaliação dos bens por
ela produzida e a da previsão.
Função de Registo
Função de Controlo
13
Deve permitir o exame e a crítica das operações realizadas pela empresa. Através do
controlo dos registos, podemos apreciar se a situação económica e financeira é boa ou
má, fazer comparações entre os valores previstos e a realidade conseguida, dando assim
a possibilidade à administração de pedir explicações aos responsáveis por quaisquer
desvios observado.
Função de Avaliação
Esta função permite conhecer, com exactidão possível, os custos, determinar com base
nos preços de custo, os preços de venda dos produtos.
Função de Previsão
Podemos entender que a contabilidade por meio de estudo do património das empresas
visa fornecer aos seus usuários informações que possam ajuda-los na tomada de
decisão, desta forma o objectivo principal é de permitir que os seus usuários a avaliação
económica e financeira da empresa no sentido estático bem como fazer previsão sobre
as tendenciais futuras.
14
A aplicabilidade da contabilidade é fornecer informações sobre a composição do
património e suas variações, informações, essas de ordem económica e financeira, que
facilitam e tornam eficientes as tomadas de decisões, tanto por parte dos
administradores ou proprietários, como também por parte daqueles que pretendem
investir na empresa. Assim compreendemos alguns tipos de informações:
Todos estes utentes necessitam de informação financeira que lhe seja útil na tomada de
decisões económica como, por exemplo:5
5
Plano Geral de contabilidade pág. 16
15
Regular a actividade da empresa6
Usuários Internos
Nem todas as pessoas da organização podem ter acesso a todas as informações geradas
pela contabilidade. Muitas destas informações são confidenciais e a alta administração
restringe seu uso a determinados níveis hierárquicos. Além disso, muitas informações só
podem ser divulgadas após determinadas datas (as datas de fechamento do balanço
trimestral e anuais), com a finalidade, por exemplo, de proteger os accionistas e de não
criarem informantes privilegiados.
Usuários Externos
6
Manuel Gonçalves - Contabilidade Financeira 4ª Edição (2001 pág. 37-38)
16
- Investidores: são os proprietários da empresa, sócios e accionistas, e os detentores de
títulos emitidos pela empresa, se interessam em avaliar o retorno do investimento,
auxiliar a tomada de decisões (comprar, deter ou vender) e determinar a capacidade da
empresa de pagar dividendos;
- Concorrentes: tem interesse especial nas demonstrações publicadas, elas podem dar
bons indicativos da estrutura dos activos e de capital;
17
1.3.1.2 – Outros Utentes da informação Contabilística
Os analistas usam a informação fazendo análise de rácios para mensurar o grau de risco
que acarreta o negócio. Esta análise financeira consiste fundamentalmente no
estabelecimento de uma série de relações entre diferentes rubricas da DF. Análise dos
rácios permite ao empresário medir quais as fraquezas e as forças financeiras existentes
no negócio de modo a tomar medidas apropriadas. Os consultores também têm a
informação contabilística como ferramenta que lhes permita dar um parecer útil a
problemas relativamente a compras, vendas, e que permite a rentabilidade da
organização.
Os valores das empresas que são alterados quando há movimentações que estabelecem
as contas de resultado, custo e proveitos.
18
1.3.3 – O Património
Para Aire Lousã (2015, p. 29) património é o conjunto de bens, direitos e obrigações
pertencente a uma pessoa física ou jurídica (empresa); ou seja, tudo aquilo que a
empresa possui e adquire para o seu desenvolvimento.
Divisão do Património
VP=B + D – O
Onde:
VP - É o valor do Património
B- Bens
D- Direitos
19
O- Obrigações
Direitos (D): São os créditos da empresa, ou seja, as dividas que a empresa tem a
receber de terceiros. (São os bens sobre os quais exercemos domínio, mas que estão sob
posse de terceiros). Ex: Divida do Cliente João etc.
Obrigações (O): São os débitos da empresa, ou seja, as dividas a pagar aos terceiros.
São os bens que se encontram sob nossa posse, mas o domínio sobre eles é exercido por
terceiros. Ex: Imposto a pagar, empréstimos obtidos etc.
Quando os Bens mais os Direitos forem maior que as obrigações, significa dizer que a
empresa está financeiramente saudável e capaz de continuar o seu exercício económico:
(B + D ˃ O) Situação líquida positiva.
Quando os Bens mais os Direitos forem iguais às Obrigações, diz-se que a situação
líquida é nula: (B + D = O) Situação líquida nula.
Quando os Bens mais os Direitos forem menores que as obrigações, diz-se que a
situação líquida é negativa: (B + D ˂ O) Situação líquida é negativa.
Activo: São recursos (bens e direitos) controlados por uma entidade, como resultado de
acontecimentos passados e dos quais se espera que fluam para a entidade benefícios
económicos futuros. O Activo divide-se em duas Categorias:
20
Activo não Corrente ou Fixo: É constituído por bens e direitos que se destinam a
permanecer na empresa por longos períodos de tempo; isto é, num período superior a
um ano.
Passivo não Corrente: São as obrigações (dividas) que devem ser pagos num período
superior a um ano.
Passivo Corrente: São as obrigações que devem ser liquidadas pela entidade num
período até um ano.
O código comercial angolano obriga no seu artigo 31º que todos e qualquer comerciante
possuam os seguintes livros de escrituração7:
Diário
Razão
Balanço
Tal obrigação tem como objectivo dar a conhecer com facilidade, clareza e precisão o
desenvolvimento da sua actividade comercial e sua situação económica e financeira.
21
Diário é um livro no qual as empresas registam dia – a – dia por ordem de datas, em
acentos separados, cada um dos actos que modifiquem a sua riqueza, ou seja, o Diário
serve para registar, por ordem cronológica, os factos que provocam alterações no
património da empresa. (ver Anexo nº 1)
No Razão se registam todas as operações em relação a cada uma das respectivas contas
a fim de se conhecer o estado e a situação de cada uma delas. Isto é, o Razão é um
classificador de todo o movimento de gestão da empresa, por contas. Enquanto o Diário
é escriturado por ordem cronológica de realização das operações, no Razão estas
mesmas operações são classificadas de acordo com a sua natureza e por contas.
O Razão geral é escriturado em fólio. Um fólio é constituído por duas páginas, esquerda
e direita, devido a este facto, o traçado da página esquerda é igual ao da direita. Na
página da esquerda fazem-se os registos a débito e na direita os registos a crédito.
1.4.2 – Balanço
Ainda pode ser definida como uma demonstração financeira, referida numa determinada
data, dos bens Activos, Passiva e do Capital próprio da entidade, devidamente
valorizado.
Sabemos que o activo de uma empresa é constituído pelos bens e direitos que a mesma é
titular, e o passivo pelas obrigações que tem com terceiros. A situação líquida resulta da
diferença entre o activo e o passivo, num dado momento, evidenciando a respectiva
situação liquida. O Balanço é representado graficamente em quadris ou mapas. (ver
Anexo nº 2).
88
Aire Lousã - A contabilidade e a Gestão Diária, pág. 48.
22
Dispositivo horizontal – num mapa com duas colunas em que, a coluna da esquerda se
apresenta o activo e a coluna da direita se insere o passivo e a situação líquida. Podemos
definir o Balanço em duas ópticas9:
- Balanço Inicial elaborado no início do ano, cuja sua situação líquida é designada por
situação líquida. Isto é, 1/1 de cada ano.
- Balanço Final – elaborado em 31/12 e o capital próprio obtido nesta data é designado
por capital final ou situação líquida final.
Assim, ao espaço de tempo decorrente entre o balanço inicial e o balanço final chama-se
“Exercício Económico”. Em geral o exercício económico coincide com o ano civil desta
forma, o balanço final de um ano é sempre o inicial do ano seguinte10.
9
Fernando Gonçalves, Contabilidade Financeira pág. 241.
10
Dorivaldo Adão, Fascículo de contabilidade Geral, IMAG-V 2013
23
1.5 – Balancete
O Balancete de verificação do razão geral inclui as contas do 1º grau aberta e serve para
verificar e corrigir os registos realizados, ele permite-nos: Conferir a passagem do diário
ao razão; Analisar a situação da Empresa; Testar se o método das partidas dobradas foi
respeitado, evidenciando as contas de acordo com os seus respectivos saldos e verificar
a igualdade entre a soma dos saldos; Actua com base na hora da preparação para a
elaboração das contas anuais; (ver Anexo nº 3).
Esses relatórios contábeis são muito úteis para auxiliar uma empresa a organizar o
orçamento e tomar decisões de gestão.
É com base nas demonstrações financeiras que é possível apurar impostos, controlar o
fluxo de caixa, realizar investimentos mais rentáveis e gerenciar melhor o negócio como
um todo. É através das demonstrações financeiras de uma empresa que a equipe de
finanças, um investidor em potencial e os sócios podem tomar decisões mais seguras.
24
Existem vários tipos de demonstrações financeiras: Balanço Patrimonial, Demonstração
de Resultados do Exercício (DRE), Demonstração dos Lucros ou Prejuízos
Acumulados, Fluxo de Caixa e a Demonstração do Valor Adicionado.
Custos
Segundo Costa e Alves (2001, p.105-106), “os custos são diminuições nos benefícios
económicos futuros, durante o período contabilístico, de redução de activos, ou
incoerência do passivo que resultam em diminuição do capital próprio, que não seja as
relacionadas com as distribuições aos sócios”. Em resumo, podemos classificar o custo
como sendo a diminuição de capital próprio resultante do desenvolvimento da
actividade produtiva da organização.
Proveitos
25
classificar proveito como sendo o aumento de capital próprio resultante da venda ou
prestação de serviço pela empresa.11
11
Alves Correia - Contabilidade Financeira 2001, 4ª Edição
26
(acompanhamento da actividade e comparação entre as previsões e o desempenho real).
Quanto à avaliação externa, consiste como instrumento de decisão para os agentes
económicos externos ligados a empresa, tais como instituições de crédito, investidores,
governos, fornecedores e clientes (REIS; P.26, 2003).
Este indicador tem a ver com a aptidão da empresa para produzir resultados positivos
(lucros). De modo geral, este rácio relaciona o resultado (lucro ou prejuízo) com os
capitais que o congregam. Neste grupo de indicadores encontram-se: a rentabilidade
líquida das vendas (RLV), rentabilidade operacional das vendas (ROV), a rentabilidade
dos capitais próprios (RCP) e o retorno sobre o investimento (ROI).
Rentabilidade líquida das vendas ou margem líquida: este índice compara o lucro
líquido em relação as venda líquidas do período, fornecendo o percentual de lucro que a
empresa está obtendo em relação as suas vendas. Segundo Pinho e Tavares (2005),
‘‘este indicador visa informar o que se denomina de ganho ou lucro da entidade após a
dedução de todos os gastos da entidade’’. Este é um indicador que relaciona o resultado
líquido (RL) e o volume de negócios (VN), pelo que quanto maior melhor.
Resultado líquido
RLV = × 100
Vendas
Rentabilidade dos capitais próprios: segundo Nabais (2011, p. 103), ‘‘este indicador
relaciona o nível de resultados líquidos gerados pela entidade em função do montante
investido pelos sócios ou capitais próprios (CP) ’’. Afirma, ainda que este indicador é
muito utilizado pelos bancos e pelos investidores. Este é um dos indicadores mais
utilizados para medir a rentabilidade da entidade, sendo que quanto maior melhor.
Resultadolíquido
RCP= ×100
Capitais próprios
27
Resultado Operacional
ROV = ×100
Vendas
Retorno sobre o investimento: indica os lucros obtidos pela empresa em relação a toda a
sua aplicação. O índice de retorno sobre o investimento é importante para medir a
lucractividades do empreendimento como um todo, independente das fontes de
financiamento, somente admitindo as aplicações realizadas.
Indicador é a relação entre um grupo de contas das demonstrações financeiras que busca
informar sobre a situação económico-financeira da empresa (TAVARES, 2005).
Passivo total
E= ×100
Activo total
28
Solvabilidade financeira - este indicador indica o percentual do capital próprio em
relação ao capital de terceiros, retractando a dependência da empresa em relação aos
recursos externos. A solvabilidade financeira relaciona as duas grandes fontes de
recursos da empresa, ou seja, capitais próprios e capitais de terceiros, quanto maior for
este índice, melhor, porque menor será a dependência da empresa em relação a terceiros
e maior a capacidade financeira da empresa para desenvolver as suas actividades.
Capital próprio
SF= × 100
Passivo total
1. 8 - Indicadores de Liquidez
De acordo com Tavares Apud Nabais (2011, p. 166), liquidez é a capacidade que a
entidade possui de fazer face aos compromissos com terceiros, indica ainda o risco
corrido pelos credores em resultado da concessão de créditos a entidade.
Liquidez geral: mostra a relação entre activo corrente (AC) e o passivo corrente (PC).
Este indicador representa o quanto foi aplicado em bens e direitos e quanto a entidade
deve a curto prazo.
Activo corrente
LG=
Passivo corrente
Liquidez imediata: Segundo Pinho e Tavares (P. 15, 2010), ‘‘Este indicador mede a
capacidade financeira da empresa em pagar ou assumir as suas dívidas imediatamente
usando as disponibilidades sem ter em consideração os outros elementos do activo
corrente’’. Este indicador relaciona as disponibilidades com o passivo corrente.
Disponibilidades
LI =
Passivo corrente
29
1. 9 - Processos de Tomada de Decisão
A decisão é o processo que determina o rumo quer da sociedade, quer do individuo e/ou
principalmente de uma organização.
O processo de tomada de decisão não é mais do que fazer escolhas dentre várias
alternativas, é escolher entre o sim e o não, entre fazer e não fazer, entre ir e não ir, e no
campo financeiro é escolher entre investir e desinvestir, entre vender e comprar, entre
financiar-se com capitais próprios ou com capitais alheios. Tomam-se decisões para
atingirmos os nossos objectivos.
Para SANTANA ( p. 44, 2011), ‘‘as decisões são actos de poder uma vez que definem
estratégias, deslocam recursos, conduz o destino de organizações e de pessoas, o que
significa que os decisores assumem uma dimensão política semelhante à de um
Governo. “Este papel exige liderança, comunicação efectiva, partilha de objectivos e
habilidade de negociação constante para contornar os diversos conflitos de interesses
que surgem ao longo do processo”.
30
erram, mas também na maioria das vezes tomarão óptimas decisões. Como é lugar-
comum observar – se: mais vale uma decisão mal tomada do que uma decisão não
tomada.
Para Souza (p.30, 2011),‘‘sempre que se fala em decisão empresarial, vem à mente a
figura dos gestores que são pagos para tomarem decisões e se forem sempre acertadas
melhor; tomar decisão significa correr riscos e os gestores têm que saber conviver com
isto mesmo sabendo que podem cometer erros a qualquer momento”.
e informações são necessárias para o processo; e deve acima de tudo ter a capacidade de
processar as informações que tem na sua posse.
31
II CAPITULO – APRESENTAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
2. 1 - Apresentações da Empresa
Visão
Missão
Valores
32
Integridade: respeitamos os mais valores éticos.
Orientação: procuramos satisfazer e solucionar as necessidades dos nossos
clientes.
Rigor: cumprimos com rigor os prazos de entrega de obras e prestamos
contas de forma regular.
Qualidade: primarmos pela qualidade.
Segurança: a segurança é prioritária.
Formação: o homem é base do desenvolvimento sustentado.
Exercício
Descrição Nota
2019 2018
ACTIVO
Investimentos financeiros
33
TOTAL DOS ACTIVOS NÃO CORRENTES 11 392 464,00 7 825 249,00
ACTIVOS CORRENTES
II Existências
III Terceiros
IV Meios monetários
Capital próprio
34
PASSIVO CORRENTE
Financiamento Obtidos
35
Impostos sobre o rendimento 1 081 684,05 213 803,85
RESULTADOS LÍQUIDOS DOS EXERCÍCIOS 5 026 522,05 -2 546 045,15
Fonte: Empresa SJL - Madeiras, Lda
Exercícios
Descrição Fórmula
2019 2018
36
Gráfico nº 02 Rentabilidade dos Capitais Próprios
0.66%
0.64%
0.64%
0.63%
2019 2018
F
onte: Elaboração Própria
Este indicador relaciona o nível dos resultados líquidos gerados pela entidade em função
do montante investido pelos sócios ou accionistas. Conforme a análise, em 2018 a
empresa teve um retorno sobre o património líquido de 0,66%, sendo que em 2019
decresceu para 0,64%. Este indicativo serve para determinar os investidores medirem a
rentabilidade da empresa, quanto maior fôr melhor para a empresa, no nosso caso, os
resultados líquidos baixaram 0,02% o que para uma empresa é um investimento
perdido, o que quer dizer, que os sócios prejuízo no exercício em causa.
Exercícios
Descrição Fórmula
2019 2018
Rentabilidade Resultado Operacional 3.944 .838 −2.759.849
Operacional ROV = X 100
6.620.787 5.002.582
Volume de Negócios
das Vendas
Resultados 0,60% 0,55%
Retorno sobre o
Resultadolíquido 5.817.195,05 −2.836 .537,70
Investimento ROI= X 100 17.339.779,50 14.866 .219
Activo Total
37
Rentabilidade Operacional do Volume de
Negócios
0.60%
Rentabilidade Operacional do
0.60% Volume de Negócios
0.58% 0.55%
0.56%
0.54%
0.52%
2019 2018
Fon
te: Elaboração Própria
0.20%
0.10%
0.00%
2019 2018
Font
e: Elaboração Própria
38
mostra a empresa está a progredir na sua actividade comercial, e que a empresa está
recebendo o retorno de investimento que foi posto a disposição da empresa na sua
criação.
Exercícios
Descrição Fórmula
2019 2018
Liquidez Geral
1.06%
1.50% Liquidez Geral
1.00% 0.49%
0.50%
0.00%
2019 2018
O índice de liquidez geral no ano de 2018 demonstra que para cada Akz 1,00 de dívida
no passivo corrente a empresa possuía Akz 0,49 de activos não correntes e em 2019 teve
uma melhoria significativa e aumentou para Akz 1,06. Na contabilidade este indicador
nos mostra como a empresa honra com os seus compromissos de curto prazo, quando o
seu valor fôr superior a 1, a empresa cumpre com as suas obrigações de curto prazo. No
39
nosso caso, no exercício de 2019, o índice subiu para 1,06% o que quer dizer a empresa
neste ano está cumprindo com o pagamento da sua dívida com os terceiros.
Liquidez Imediata
0.65%
0.80%
Liquidez Imediata
0.60%
0.25%
0.40%
0.20%
0.00%
2019 2018
Fon
te: Elaboração Própria
Esse indicador continua a ser baixo para a actividade da empresa, embora que a empresa
tenha aumentado a sua liquidez de uma maneira satisfatória, ainda continua com pouca
capacidade para saldar as suas dívidas a curto prazo.
Exercícios
Descrição Fórmula
2019 2018
40
Gráfico nº 07 Endividamento
Endividamento
0.89%
1.00% 0.45%
endividamento
0.50%
0.00%
2019 2018
F
onte: Elaboração Própria
Solvabilidade Financeira
1.18%
1.50%
1.00% 0.33% Solvabilidade Financeira
0.50%
0.00%
2019 2018
41
em condições de se autofinanciar, porque o seu capital superou o índice 1, fruto de
vários investimentos dos sócios e accionistas.
Vendas
5 002 586,00 6 620 787,00 32,35
Prestação de serviços 3 075 092,00 4 190 219,00 36,26
Outros proveitos
operacionais 2 252 645,00 1 505 201,00 -33,18
Proveitos
10 330 323,00 12 316 207,00 19,22
Custos das mercadorias
vendidas e das matérias
consumíveis 4 519 349,00 2 157 921,00 -52,25
Fornecimento e serviços a
terceiros 3 386 912,00 1 646 332,00 -51,39
Analise Horizontal
14,000,000.00
12,000,000.00
10,000,000.00
8,000,000.00
6,000,000.00
4,000,000.00
2,000,000.00
0.00
2018 2019
42
Os cálculos dos rácios e da análise horizontal, representados no gráfico, mostra-nos a
melhoria que a empresa teve na rubrica dos proveitos (vendas), tendo em conta os
relatórios contabilísticos, que continham as informações acima demonstradas, que
permitiram a direcção da empresa tomar as melhores decisões. Uma vez que só
utilizavam a contabilidade externa, e por conseguinte estar fora da realidade actual da
empresa. A empresa começou a expandir – se logo após terem constituído a
contabilidade interna na empresa para o controlo e gerência dos meios financeiros e
económicos. Fruto disto no exercício de 2019 a empresa teve um aproveitamento
positivo, porque para os gastos e investimentos o departamento financeiro foi levando
os relatórios da vida financeira da empresa e por isso, os gastos eram mais controlados,
e que cada movimento tinha que ter uma justificação plausível para a sua efectivação.
Com o uso da contabilidade externa, as contas estavam a extrapolar os princípios
contabilísticos e económicos da criação da empresa.
43
sua ascensão. Ela é essencial para a manutenção de uma empresa no mercado, para a
tomada de decisões e para uma boa saúde financeira.
Contabilista sénior: Para a Empresa SJL – Madeiras, Lda, a contabilidade tem uma
importância enorme, ela tem sido levada em consideração na tomada de muitas decisões
por parte da Direcção Geral, uma vez que fornecemos os dados que são discutidos em
assembleia e com os parceiros para os futuros investimentos. O departamento está com
todo pessoal formado em contabilidade e totalmente informatizado.
44
Director Financeiro: Tem – se beneficiado sim. Com o nosso carácter, seria impossível
pensar no seu funcionamento sem a contabilidade, é com este meio nos comunicamos
com os nossos credores e sócios no sentido de estarem informados da real situação
económica e financeira da empresa. Ela tem nos ajudado a prever o futuro e nos ajuda a
encarar a concorrência no mercado angolano com óptimo.
Contabilista sénior: È claro que a contabilidade tem trazido benefícios para a Empresa
SJL – Madeiras, Lda, uma vez que ela faz o controlo e registo de toda a actividade
económica que a empresa realiza, tem o registo de todo o património e conhece os
gastos de toda a empresa. Ajuda no planeamento dos orçamentos, das actividades
produtivas, de investimento, de assistência social e outras.
Contabilista sénior: Tem sim. Porque temos nos esforçados em manter as informações
actualizadas para a sua consulta a qualquer momento em que a Direcção da Empresa
queira consultar, assim sendo, são levadas em conta antes de qualquer concessão de
projecto na empresa consultar a contabilidade para a sua viabilidade.
Director Financeiro: Sim. Porque muitas decisões tomadas pelos gestores precisam ter
em conta actual situação económica e financeira da empresa e só a contabilidade pode
fornecer tais informações através de documentos como: balanço, rácios, demonstração
de resultados. Então o gestor com o conhecimento real da empresa pode tomar as
decisões mais correctas para ela evitando qualquer transtorno económico e financeiro da
empresa.
7º Que medidas foram adoptadas pela Empresa SJL – Madeiras, Lda, uma vez que
não tinha uma contabilidade interna em 2018 e os resultados financeiros estiveram
aquém da expectativa?
Director Financeiro: Ajudou sim, uma decisão sábia foi introduzir um departamento
de contabilidade vocacionado para área somente de contas e todo movimento financeiro
46
da empresa e a introdução de um representante na direcção da empresa de forma que as
informações sejam rápidas e consisas. Isso fez com que toda e qualquer decisão da
Direcção da empresa no que concerne a investimentos, negócios futuros e novos
produtos tinham que ter em conta o relatório financeiro para saber se vale ou não o novo
desafio. Ajudou a organizar as contas e as finanças e a liquidar as dividas com os
fornecedores e a ter uma determinação na cobrança aos clientes e assim corrigiu – se
muita coisa que estava deixando a empresa quase a falência.
Contabilista Senior: È claro que ajudou, pois antes quando não tínhamos recorríamos a
indivíduos singulares que não sabiam nada da empresa e comete – se muitos erros. Mas
depois de introduzida na empresa, a contabilidade ajudou na tomada de decisões
importantes na vida da empresa pois tinham a real situação da empresa em termos
financeiros em todos momentos do ano. Daí em diante antes de qualquer decisão os
gestores tinham que ter em conta a opinião e os relatórios da contabilidade e a partir do
momento em que deram conta de que a contabilidade é uma área vital para a empresa
começaram a ter outras cautelas no que concerne aos investimentos e aos gastos.
CONCLUSÃO
Apresentado o trabalho concluiu – se que o objectivo geral foi mostrar a forma como a
Contabilidade ajuda os gestores a tomar decisões sobre o futuro da Empresa SJL-
Madeiras, Lda, com base na recolha de dados na unidade em estudo, o mesmo foi
alcançado, uma vez que as decisões tomadas pelos gestores da empresa eram com base
nas informações recolhidas a partir dos relatórios financeiros, no ano de 2019, foi
possível inverter a situação financeira da empresa uma vez que apresentava uma
situação negativa. Quanto aos objectivos específicos, também foram alcançados,
primeiro, descreveu – se os conceitos e benefícios do uso da contabilidade para as
organizações, o benefício do uso da contabilidade é de fornecer informações da real
situação da empresa em qualquer momento do ano. Segundo, evidenciou – se a
importância da contabilidade no processo de tomada de decisão, na Empresa SJL –
Madeiras, Lda, pois sem uma contabilidade interna organizada, qualquer empresa estará
condenada ao fracasso, ela auxilia os gestores a acompanhar o crescimento da empresa,
como também auxilia na identificação de pontos fortes e fracos. Terceiro percebeu – se
o efeito das medidas adoptadas pela Empresa SJL – Madeiras, Lda, na tomada de
decisão no ano 2019, com as medidas adoptadas pela direcção da empresa em constituir
47
um departamento de contabilidade interna com maior rigor e responsabilidade, fez com
que podessem sair de saldo negativo para o positivo, daí o êxito total desta medida uma
vez que sem contabilidade a empresa fica sem rumo, pois não saberá se está tendo lucro
ou não. Quanto aos gestores, passaram a basear as suas decisões nos relatórios
financeiros, a empresa começou a mostrar mudanças na sua gestão e nas finanças,
porque tomavam decisões com conhecimento da real situação da empresa
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS
48
FISCAL Legislação, 1ª edição, edições plural.
GIL, António Carlos, Como elaborar projectos de pesquisa, 4ª Edição, São Paulo,
Atlas, 2009.
LAKATOS Eva Maria, Metodologia de trabalhos científicos, 4ª Ed, São Paulo, 1994.
MARION, José Carlos. Contabilidade básica, 10ª edição, ed. 2009, São Paulo, Atlas,
269 p.
RICHARDSON, Roberto Jarry, Pesquisa social, métodos e técnicas, 3 ed., São Paulo,
Atlas, 1999.
49
SALAS, O, A Análises económico-financeiro (interpretación de estados financeiros),
19ª ed., Barcelona, Gestión, 2005.
SILVA, K. R., SOUZA, P.C. Análise das demonstrações financeiras como instrumento
para a tomada de decisões, Vol. 3, INGEPRO, 2011.
ANEXO
50
1 – Representação gráfica do Diário
A B C D E F
51
2- Modelo de Balanço
Exercícios
Designação
Notas Ano – Ano -
N N+1
Activo
Activo não corrente
Imobilizações corpóreas...................................
Imobilizações Incorpoóreas.............................. 4
Investimentos em subsidiárias..........................
Outros Activos financeiros............................... 5
52
Contas a receber................................................. 9
Disponibilidades.................................................
Outros activos coreentes....................................
TOTAL DO ACTIVO..........................................
Capital Próprio e Passivo
Capital Próprio
Capital.................................................................
8
Reservas..............................................................
Resultados transitados........................................ 9
Resultados do exercício......................................
10
Total do capital .................................................
Passivo não corrente 11
Empréstimo de médio e longo prazo..................
Impostos deferidos..............................................
Provisões para pensões................................ .......
Provisões para outros riscos e encargos.............
Outros passivos não correntes...........................
Total do passivo não corrente............................
Passivo corrente
Contas a pagar..................................................... 12
Empréstimo de curto prazo.................................
13
Outros passivos correntes....................................
14
Total do passivo corrente.....................................
15
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
16
17
18
19
53
19
20
21
Contas do Activo
54
com carácter de rendimento
Contas do Passivo
Exercícios
Designação
Notas Ano- Ano-
N N+1
Proveitos
55
Vendas.................................................................
Prestação de serviços..........................................
Outros proveitos operacionais............................ 22
Trabalho para a própria empresa........................
23
25
TOTAL DOS PROVEITOS...................................
Custos 33
Custo das mercadorias vendidas e das matérias-primas e
31
subsidiarias consumidas........................
Custo com o Pessoal................................................. 34
Amortizações...........................................................
Outros custos e perdas operacionais........................
Outros custos e perdas não operacionais..................
Custos Financeiros...................................................
Custos extraordinarios.....................................
TOTAL DOS CUSTOS............................................
Resultados Operacionais........................................
Resultados não Operacionais.................................
Resultados Financeiros...........................................
Resultados Extraordinários...................................
Impostos....................................................................
27
Liquidação de Impostos..........................................
28
56
29
30
31
34
33
31
34
35
APÊNDICE
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
7º Que medidas foram adoptadas pela Empresa SJL – Madeiras, Lda, uma vez que não
tinha uma contabilidade interna em 2018 e os resultados financeiros estiveram aquém da
expectativa?
58
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
59