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2. Resposta Dinâmica...................................................................................................... 4
2.1 – Propriedades ........................................................................................................... 4
2.2 – Degrau unitário ...................................................................................................... 5
2.3 – Resposta de um sistema de 1ª ordem a uma entrada em degrau unitário ............ 5
2.4 – Resposta de um sistema de 2ª ordem a uma entrada em degrau unitário ............ 6
2.4.1 – Sistema não amortecido(ζ = 0) ............................................................................ 7
2.4.2 – Sistema subamortecido (0< ζ <1)......................................................................... 7
2.4.3 – Sistema criticamente amortecido ( ζ = 1) e sistema superamortecido ( ζ > 1) ....... 8
2.5 – Análise de um circuito RLC série alimentado por CC ......................................... 8
2.6 – Análise de um sistema massa-mola-amortecedor.................................................. 9
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 20
1. Introdução aos Sistemas de Controle
Cada vez mais, tarefas que antes eram realizadas manualmente ou com o auxílio de um
operador vêm sendo automatizadas. Para tanto, o elemento humano vem sendo substituído por
uma tecnologia capaz de executar tais tarefas. Dentro desse contexto, os sistemas de controle
automático desempenham um papel fundamental.
O primeiro trabalho significativo em controle automático foi o trabalho de James Watt, que
construiu, no século XVIII, um controlador centrífugo para o controle de velocidade de uma
máquina a vapor. Desde então, diversos trabalhos teóricos e práticos foram desenvolvidos na
área.
Como exemplos de aplicações de sistemas de controle pode-se citar:
- veículos espaciais;
- mísseis guiados;
- pilotagem de aviões;
- robôs industriais;
- leitoras de discos;
- operações industriais: controle de temperatura, umidade, pressão, dentre outros.
Um sistema de controle é uma interconexão de componentes formando uma configuração de
sistema que produzirá uma resposta desejada do sistema. Um processo a ser controlado pode ser
representado por um bloco, como mostrado na Figura 1.1. A relação de entrada-saída representa
uma relação de causa e efeito do processo, que, por sua vez, representa um processamento de um
sinal de entrada para fornecer um sinal de saída.
Aqueles sistemas em que a saída não tem nenhum efeito sobre a ação de controle são
chamados sistemas de controle a malha aberta. Em outras palavras, em um sistema de controle a
malha aberta, a saída não é medida e nem realimentada para comparação com a entrada.
Pode-se citar, como exemplo, um sistema de controle de temperatura baseado em posições da
chave de um aquecedor, como mostrado na Figura 1.2.
1
Temperatura
Seletor Aquecedor Sala
O sistema mostrado na Figura 1.2 pode ser representado pelo diagrama de blocos da Figura
1.3, onde o seletor é a entrada de referência, o aquecedor é o atuador, a sala representa a planta e
a temperatura é a saída (ou variável de controle).
Outros exemplos de sistemas a malha aberta são o arremesso de uma bola de basquete em
direção à cesta, a máquina de lavar roupa e a torradeira.
Algumas características dos sistemas em malha aberta são:
- a entrada é escolhida baseada na experiência, de tal forma que o sistema dê o valor de saída
desejado;
- o sistema não reage às perturbações;
- os sistemas de controle a malha aberta são mais simples e requerem um menor número de
componentes quando comparados com os sistemas em malha fechada; conseqüentemente,
possuem um custo menor de implementação.
Em um sistema de controle a malha fechada, a variável que está sendo controlada é medida
através de um sensor e esta informação é realimentada no processo de forma a influenciar a
variável controlada.
Um exemplo típico de um sistema a malha fechada é quando alguém vai pegar um objeto.
Neste caso, até que a pessoa pegue o objeto, realiza-se um controle de posição. Os olhos
(sensores) enviam as informações para o cérebro (controlador) que mede a diferença de posição
entre o objeto e a mão. A partir daí, o cérebro envia um comando para o sistema motor de modo a
diminuir a distância entre a mão e o objeto a ser pego. Quando atinge a posição, tem-se então,
também, um controle de força, onde os sensores são o nosso tato.
Na Figura 1.4, apresenta-se um sistema de controle de temperatura a malha fechada.
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Entrada de
Comparador Temperatura
referência Aquecedor Sala
Controlador
Transdutor
de
temperatura
Figura 1.4 – Sistema de controle de temperatura a malha fechada
1.3.3 Controladores
De uma maneira resumida, pode-se dizer que os objetivos de um sistema de controle em
malha fechada são:
- estabilizar o sistema;
- obter um rastreamento da trajetória desejada no regime permanente e no regime transitório;
- ser robusto em relação a perturbações;
- diminuir o efeito das variações de parâmetros, dos erros de modelagem e do ruído nos
sensores.
Os controladores são normalmente implementados através de circuitos analógicos e digitais.
Nos últimos anos, houve um aumento dos controladores implementados utilizando-se
processadores digitais.
Os controladores são projetados de acordo com o modelo matemático da planta. Este modelo
matemático é um conjunto de equações que descrevem o comportamento do sistema. Tal modelo,
nem sempre é de simples obtenção e, muitas vezes, os parâmetros do sistema são de difícil
determinação e/ou variam durante o funcionamento. As técnicas de controle adaptativo e de
controle robusto são duas técnicas bastante utilizadas para tratar com incertezas na parte
estrutural do modelo e com as incertezas nos parâmetros do sistema.
De um modo geral, pode-se dizer que, no caso de um controlador robusto, projeta-se o
controlador de modo que, se houver perturbações e incertezas dentro de limites estabelecidos, os
critérios de desempenho serão obtidos. Já no caso do controle adaptativo, os parâmetros do
controlador variam de acordo com a variação dos parâmetros do sistema.
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1.4 Competência e habilidades
Competência:
- utilizar sistemas de controle analógicos e digitais básicos.
Habilidades:
- caracterizar sistemas de controle a malha aberta e a malha fechada;
- aplicar o princípio da superposição nos sistemas lineares;
- identificar os tipos de respostas de sistemas;
- caracterizar erro de regime permanente, rejeição às perturbações, sensibilidade e
rastreamento dinâmico em sistemas de controle a malha fechada;
- caracterizar e aplicar as ações de controle básicas: proporcional, integral e derivativa;
- implementar os controladores com as ações básicas com eletrônica analógica;
- identificar sinais contínuos e discretos no tempo e em amplitude;
- implementar os controladores com as ações básicas com um sistema microcontrolado.
2. Resposta Dinâmica
2.1 Propriedades
Nesta etapa do curso, estudar-se-á a resposta dinâmica dos sistemas lineares de 1ª ordem e 2ª
ordem a uma entrada em degrau. Normalmente, este estudo é feito a partir das equações
diferenciais que representam os sistemas físicos, contudo, por razões teóricas, limitar-se-á, aqui, a
descrever as características das respostas de tais sistemas.
Um sistema linear é aquele em que se aplica o princípio da superposição: propriedade da
aditividade e propriedade da homogeneidade.
Propriedade da homogeneidade:
Propriedade da aditividade:
Se u1 → y1 e u2 → y2, então u1 + u2 → y1 + y2
Circuitos elétricos operando dentro da faixa linear são exemplos de sistemas lineares, sendo
assim, é comum o uso do princípio da superposição para cálculos de tensões e correntes em
circuitos com fontes de CC e de CA.
Sistemas não lineares são sistemas para os quais o princípio da superposição não se aplica.
São exemplos de não linearidades típicas (Figura 2.1): saturação (amplificadores, fim de curso de
atuadores etc.), zona-morta (válvulas hidráulicas), atrito, dentre outras.
y y y
u u u
Um degrau unitário é mostrado na Figura 2.2. Sua representação matemática é dada por
0, t < 0
u ( t ) ou 1(t) =
1, t ≥ 0
Tradicionalmente, os livros usam u(t) para representar o degrau unitário. Contudo, alguns
livros de controle têm utilizado a notação 1(t) para representar o degrau unitário para não
confundir com a entrada de controle do sistema, que normalmente é representada pela letra “u” na
literatura de sistemas de controle.
Dentre outros sinais, o degrau da Figura 2.2 poderia estar representando, por exemplo, uma
fonte de tensão contínua conectada a um circuito elétrico no instante t = 0, como mostrado na
Figura 2.3.
v( t ) = V.1( t )
−t
y( t ) = y reg .1 − e τ t ≥ 0
(2.1)
onde τ é a constante de tempo do sistema e yreg é o valor da saída y em regime permanente. Este
valor de regime é muitas vezes referido como yss (steady-state).
O gráfico, relacionando a saída y em relação ao tempo de acordo com a equação (2.1), é
mostrado na Figura 2.5.
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Figura 2.5 – Resposta ao degrau de um sistema de 1ª ordem
A Figura 2.7 apresenta um sistema de 2ª ordem, onde u é a entrada e y é a saída. Uma forma
de representar um sistema de segunda ordem é dada por
ω 2n
G (s) = , (2.2)
s 2 + 2ζω n s + ω 2n
onde “s” é a variável de Laplace, G(s) é a função de transferência, ωn é a freqüência natural não
amortecida e ζ é o fator de amortecimento do sistema. A equação (2.2) é apenas ilustrativa, visto
que o uso da transformada de Laplace não faz parte deste curso.
A resposta de um sistema linear de 2ª ordem a uma entrada em degrau pode, dependendo dos
parâmetros do sistema, ser:
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- não amortecida (ζ = 0);
- subamortecida (0< ζ <1);
- criticamente amortecida (ζ = 1);
- superamortecida (ζ > 1).
Na Figura 2.8, mostra-se um gráfico da saída y(t) em função de ωn.t para diferentes valores
de ζ.
tr (tempo de subida – rise time) – É o tempo necessário para que a saída do sistema passe de
10% a 90%, de 5% a 95% ou de 0% a 100% do seu valor final. Neste gráfico, tr está representado
de 0 a 100%.
td (tempo de atraso – delay time) – É o tempo necessário para que a resposta alcance, pela
primeira vez, a metade do valor final.
tp (instante de pico – peak time) – É o tempo necessário para que a resposta alcance o seu
máximo valor de ultrapassagem.
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Mp (máxima ultrapassagem – overshoot) – É o máximo valor da saída menos o valor final
divididos pelo seu valor final. Normalmente expresso em porcentagem:
y( tp) − yreg
Mp% = x100% (2.3)
yreg
ts (tempo de acomodação – settling time) – É o tempo necessário para que a curva de resposta
alcance valores dentro de uma faixa em torno do valor final e aí permaneça.
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ts = (critério de 2%) (2.4)
ζω n
3
ts = (critério de 5%) (2.5)
ζω n
i( t ) R L C
+ - + - + -
v R (t) v L (t ) v C (t)
+ -
v i (t)
Figura 2.10 – Circuito RLC série
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2.6 – Análise de um sistema massa-mola-amortecedor
k
F
m
EXERCÍCIOS:
Exercício 2.1: Monte um circuito RC com uma constante de tempo de 500µs. Utilizando um
gerador de funções e um osciloscópio, verifique se o valor da constante de tempo do circuito
experimental corresponde à constante de tempo esperada.
Exercício 2.2: Projete um circuito RLC série de modo que o mesmo apresente um
comportamento subamortecido com overshoot de 50%. Simule o sistema e verifique se os valores
obtidos correspondem aos projetados.
Entrada Saída
Etapa de
de Ganho Motor
Potência
Referência
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Entrada
+ Controlador Etapa de Saída
de Motor
Referência (ganho) Potência
-
Transdutor
de
velocidade
Figura 3.2 – Sistema de controle de velocidade a malha fechada
3.1 Erro de regime permanente ou erro de estado estacionário (steady state error)
É a diferença entre o valor de referência “yr(t)” e o valor medido “y(t)” (valor real) em
regime permanente, ou seja, o erro depois que a resposta transitória desapareceu:
e ss = lim(y r ( t ) − y( t ) ) (3.1)
t →∞
3.3 Sensibilidade
Um processo, qualquer que seja a sua natureza, está sujeito a mudanças das condições
ambientais, envelhecimento, ignorância dos valores exatos dos parâmetros do processo e a outros
fatores naturais que afetam um procedimento de controle. Nos sistemas a malha aberta, todos
esses erros e alterações resultam em modificações e inexatidão da saída. Contudo, um sistema a
malha fechada sente a modificação na saída devido às mudanças no processo e tenta corrigir a
saída. A sensibilidade de um sistema de controle a variações de parâmetros é de fundamental
importância. Uma das vantagens dos sistemas de controle a malha fechada é sua capacidade de
reduzir a sensibilidade do sistema.
Uma das características mais importantes dos sistemas de controle é a sua resposta
transitória. A resposta transitória é a resposta de um sistema como uma função do tempo. Como o
objetivo dos sistemas de controle é fornecer uma resposta desejada, a resposta transitória de um
sistema de controle deve ser ajustada até que esteja satisfatória. Em um sistema a malha aberta, se
a resposta transitória não é satisfatória, não é possível alterá-la através do ganho. No caso de um
sistema a malha fechada, pode-se alterar a resposta transitória através dos ganhos do sistema.
EXERCÍCIOS:
Exercício 3.1: Faça o levantamento em regime permanente das curvas do motor e do tacômetro.
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LEVANTAMENTO DA CURVA DE REGIME PERMANENTE DO MOTOR
TENSÃO ROTAÇÃO
(V) (rpm)
-10
-9
-8
-7
-6
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
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4. Controladores Clássicos
4.1 – Controlador Proporcional (P)
u = K P .e (4.1)
onde KP é o ganho proporcional. Esta lei de controle pode ser implementada com amplificadores
operacionais, como mostrado na Figura 4.1, onde KP = R2/R1.
Um sistema com controle proporcional é mostrado na Figura 4.2. O sistema com controle
proporcional pode ter um erro de regime permanente em resposta a uma entrada de referência
constante, podendo não ser completamente capaz de rejeitar uma perturbação constante.
Conforme já comentado, para sistemas de ordem mais alta, grandes valores de realimentação
proporcional levarão tipicamente à instabilidade. Para a maioria dos sistemas existe um limite no
ganho de realimentação proporcional, de maneira a obter uma resposta estável com
amortecimento adequado. Este limite pode ainda ter um erro de regime permanente.
Uma maneira de melhorar a precisão da resposta em regime permanente, sem ter que usar
ganhos proporcionais altos, é introduzir o controle integral.
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4.2 Controlador Proporcional-Integral (PI)
u = K I ∫ e.dt (4.2)
onde KI é o ganho integral. Esta lei de controle pode ser implementada com amplificadores
operacionais como mostrado na Figura 4.3, onde KI = 1/(Ri.Ci).
Note-se da equação (4.2) que o sinal de controle é proporcional a integral do erro, onde a
integral é a área sob a curva do sinal de erro e(t) até aquele momento. A realimentação integral
tem como principal virtude o fato de fornecer um valor finito de sinal de controle sem sinal de
erro na entrada. Isto acontece porque “u” é uma função de todos os valores anteriores de “e”, ao
invés de apenas do valor corrente de “e” como no caso do controlador proporcional. Portanto,
valores anteriores de “e” carregam o integrador para algum valor que permanecerá, mesmo se o
erro tornar-se zero e aí permanecer.
Dependendo do sistema, se o projetista deseja aumentar a velocidade dinâmica da resposta
com um valor de ganho integral alto, então a resposta torna-se muito oscilatória. Uma maneira de
evitar este comportamento é usar o controle integral e o controle proporcional juntos (PI),
resultando no sistema mostrado na Figura 4.4. A lei de controle do sistema da Figura 4.4 é dada
por
u = K P .e + K I ∫ e.dt (4.3)
K I ∫ (.)dt
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4.3 Controlador Proporcional-Derivativo (PD)
de
u = KD. (4.4)
dt
onde KD é o ganho derivativo. Esta lei de controle pode ser implementada com amplificadores
operacionais, como mostrado na Figura 4.3, onde KD = (Rd.Cd). O resistor R1 em série com o
capacitor Cd é utilizado para tornar o circuito prático menos sensível aos ruídos de alta-
freqüência.
d
KD (.)
dt
Para controlar o regime permanente e o regime transitório, pode-se combinar todas as três
estratégias até aqui discutidas para obter um controle proporcional-integral-derivativo. Neste
caso, o sinal de controle é uma combinação linear do erro, da integral do erro e da taxa de
variação do erro. Todos os três ganhos constantes são ajustáveis (KP, KI e KD). Esta combinação
(PID) é algumas vezes capaz de fornecer um grau aceitável de redução de erro, simultaneamente
com amortecimento e estabilidade. Os controladores PID são tão efetivos que o controle PID é
padrão nas indústrias de processos, como refinarias de petróleo, fábricas de papel, metalúrgicas
etc.
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O projeto de um controlador PID (Figura 4.7) requer o ajuste dos ganhos KP, KI e KD, de
modo a conseguir-se o desempenho desejado. Este processo de ajuste é chamado de sintonia do
controlador.
K I ∫ (.)dt
d
KD (.)
dt
EXERCÍCIOS:
Exercício 4.1: Supondo-se que o sinal de erro e(t) seja um degrau unitário, esboce a curva do
sinal de controle u(t) considerando um controlador proporcional com KP = 4.
Exercício 4.3: Supondo-se que o sinal de erro e(t) seja um degrau unitário, esboce a curva do
sinal de controle u(t) considerando um controlador integral com KI = 2.
Exercício 4.4: Supondo-se que o sinal de erro e(t) seja um degrau unitário, esboce a curva do
sinal de controle u(t) considerando um controlador proporcional-integral com KP = 4 e KI = 2.
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Um outro fator que tem contribuído bastante para o uso do controle digital de sistemas
dinâmicos é o desenvolvimento dos programas para implementação dos controladores. Muitos
fabricantes de placas têm desenvolvido equipamentos de aquisição e controle de modo que a
pessoa possa projetar o controlador no domínio contínuo e simplesmente escolher o algoritmo de
integração e o período de amostragem. Na seqüência, o próprio sistema gera o algoritmo de
controle discreto e faz a execução diretamente na placa.
Sinais discretos no tempo surgem naturalmente em situações que são inerentemente discretas
no tempo, tais como estudos populacionais, problemas de amortização, modelos da renda
nacional e rastreamento por radar. Eles também podem surgir como resultado da amostragem de
um sinal contínuo no tempo em sistemas amostrados, filtragem digital, e assim por diante.
A filtragem digital é uma aplicação particularmente interessante na qual sinais contínuos são
processados por sistemas discretos no tempo, usando interfaces na entrada e na saída, como
mostrado na Figura 5.1. Note que um sinal contínuo f(t) é inicialmente amostrado para ser
convertido em um sinal f[k], o qual é então processado por um sistema discreto no tempo
produzindo uma saída y[k]. Um sinal y(t) é finalmente construído a partir de y[k].
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5.2 Conversão de sinais
resolução% =
tamanho de degrau
x100% ⇒ resolução% =
(
2n −1 )
x100%
Vfs Vfs
1
resolução% = (5.3)
(2 − 1) x100
n
Esta segunda equação mostra que é somente o número de bits que determina a resolução
percentual. Por essa razão, os fabricantes de conversores D/A normalmente especificam a
resolução de um conversor como o número de bits.
Além da resolução, existem outros aspectos importantes nos conversores D/A, tais como:
precisão, erro de offset, tempo de estabilização, dentre outros.
Os dois modos mais comuns de se especificar a precisão dos conversores D/A pelos
fabricantes são o erro de fundo de escala e o erro de linearidade, que, normalmente, são expressos
como uma percentagem da saída de fundo de escala.
Normalmente, a velocidade de operação de um conversor D/A é especificada fornecendo-se
o seu tempo de estabilização.
Um conversor D/A não pode produzir uma faixa contínua de valores de saída e, portanto,
estritamente falando, sua saída não é verdadeiramente analógica. É interessante citar que existem
conversores D/A que são projetados para produzir valores positivos e negativos, tais como –10V
a 10V, seja trabalhando com um número binário sinalizado ou trabalhando com a forma de sinal e
magnitude.
O processo de conversão A/D geralmente é mais complexo e consome mais tempo do que o
processo D/A. Além das especificações citadas para os conversores D/A, os conversores A/D
apresentam um erro de quantização. Este erro de quantização ocorre pela tensão analógica de
entrada poder assumir um número infinito de valores entre “0” e o valor de fundo de escala,
enquanto que o valor binário tem um número finito de bits que produz um número finito de
valores.
Um esquema básico de um sistema de controle digital é mostrado na Figura 5.4.
5.3.1 – Controlador P
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Exemplo de um algoritmo:
LER y,r
e=r-y
u = Kp.e
SAÍDA u
up = u
ep = e
retorna para LER após Ta segundos depois do último LER
5.3.2 – Controlador D
de
A lei de controle derivativo é dada por u D = K D .e& , onde e& = . Pelo método de Euler, tem-
dt
x[k ] − x[k − 1]
se x& ≅ . Assim, utilizando-se o método de Euler, a lei de controle derivativa é dada
Ta
por uD[k]=KD.(e[k]-e[k-1])/Ta, onde Ta é o período de amostragem.
5.3.3 – Controlador I
t t
A lei de controle integral é dada por u I = K I ∫ e( t ).dt . A equação ∫ e( t).dt representa a área
0 0
do sinal de erro entre “0” e “t”. Esta área pode ser aproximada utilizando-se retângulos com lados
iguais a Ta e e[k]. Assim, o sinal de controle integral pode ser calculado pela integração
retangular avançada como uI[k]=uI[k-1]+KI.e[k].Ta.
EXERCÍCIOS:
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Bibliografia
DORF, R.C. e BISHOP, R.H. Sistemas de Controle Modernos. Rio de Janeiro: LTC, 8ª ed., 2001.
LATHI, B.P. Signal Processing & Linear Systems. Carmichael: Berkeley-Cambridge Press,
1a ed., 1998.
OGATA, K. Discrete-Time Control Systems . Englewood Cliffs: Prentice Hall, 2a ed., 1995.
OGATA, K. Engenharia de Controle Moderno . São Paulo: Pearson - Prentice Hall, 4a ed., 2003.
TOCCI, R.J. e WIDMER, N.S. Sistemas Digitais – Princípios e Aplicações. Rio de Janeiro: LTC,
7ª ed., 2000.
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