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MINDFULNESS E SÍNDROME DE BURNOUT
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Resumo
O presente trabalho tem como objetivo perceber qual a relação entre a redução da síndrome
despersonalização, e baixa realização profissional. O burnout é uma condição cada vez mais
presente na vida das pessoas, sendo ao longo dos anos desenvolvidas várias técnicas que
procuram reduzir a mesma, estando entre elas, o mindfulness. Esta prática permite ao
indivíduo lidar com os obstáculos que lhe são colocados diariamente, desenvolvendo
estratégias que lhe permitem focar a atenção no momento presente. O burnout tem obtido um
sido associado a situações no meio laboral e académico. Esta revisão da literatura apresenta
uma reflexão sobre o estado e a prática de mindfulness através de uma revisão bibliográfica
Abstract
The present study aims to understand the relationship between the reduction of burnout
syndrome and the practice of mindfulness. This syndrome consists in the exhaustion resulting
lives, and over the years several techniques have been developed to reduce it, including
mindfulness. This practice allows individuals to deal with the obstacles they face on a daily
basis, by developing strategies that allow them to focus their attention on the present moment.
Burnout has received a significant amount of attention in research, mostly in clinical studies,
and recently it has been associated with situations in the workplace and in academic
environments. This literature review presents a reflection on the state and practice of
mindfulness through a literature review on recent articles related to the context of burnout.
O presente trabalho trata-se de uma revisão de literatura que visa perceber qual a
precedido à pesquisa bibliográfica relativa ao tema. Para isso, utilizamos bases de dados tais
uma leitura e análise dos mesmos. Como strings de pesquisa, utilizamos principalmente:
burnout no emprego.
conscientes dos nossos pensamentos, emoções e ações, perante situações de stress, como nas
relações interpessoais em contexto laboral (Demarzo & Garcia-Campayo, 2017). Esta prática
Assim, esta revisão visa entender de que maneira o mindfulness pode ser utilizado
é que se entende por mindfulness e quais são os seus benefícios?; O que é que se entende por
Mindfulness
Definição
páli (língua antiga indiana, próxima daquela falada pelo Buda). Esta, há muitos anos atrás, era
a língua falada na Psicologia Budista em que o mindfulness era por sua vez o ensinamento
central dessa tradição. Segundo Germer (2016), Sati significa estar atento (awareness).
estarmos conscientes dos nossos pensamentos, emoções e ações perante situações stressantes
do nosso dia-a-dia, como por exemplo, nas relações interpessoais em contexto laboral, que
na atitude de estar presente nas situações que a vida condiciona (Pereira & Machado, 2017).
Ou seja, refere-se ao oposto de estar em “piloto automático” pois prestamos apenas atenção
entanto, o mais comum entre a população é ser conhecido como “atenção plena”.
Assim, a atenção plena é descrita por Bishop e colaboradores (2004), como não-
elaborativa na medida em que, além de se ficar pelo aquilo que se descobre, continua-se a
observação.
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Segundo Donna Sudak (2012), citada pelos autores Lopes e colaboradores (2012, p.
71), “Mindfulness pode ser aprendido, desenvolvido e treinado como técnica, sem estar
premissa fulcral vem da aceitação, ou seja, na medida em que não devemos gastar energia a
queixar-nos daquilo que não nos é possível mudar no momento (Pereira & Machado, 2017).
cada momento no presente, sem debater acerca da realidade (Pereira & Machado, 2017).
O estar presente sem juízo de valor pode ter várias vantagens, como nos fundamentos
(Mannion & Andersen, 2015). Os praticantes mantêm-se abertos, curiosos e recetivos, em vez
O relaxamento e o mindfulness não são por si só a mesma coisa, embora que um seja o
resultado do outro, o mindfulness não abrange a avaliação dos pensamentos como racionais
forma a perceberem que estes tão depressa surgem como se desvanecem, que têm uma vida
própria, que são apenas pensamentos, não tendo o sujeito de orientar a vida por eles, dado
como geramos o nosso próprio sofrimento. Este tipo de mindfulness consiste em olharmos
para dentro e vermos as coisas de acordo com as nossas perceções e reações. Da sabedoria
surge, de uma forma natural, a compaixão, que se caracteriza pela capacidade de nos abrirmos
algum treino para que ocorra de uma forma espontânea diariamente. Entende-se como prática
formal a meditação, ou seja, o mindfulness num nível mais profundo, focado na atenção. Por
outro lado, a prática informal ocorre diariamente, sempre que sejam aplicados exercícios de
sentada meditação, mas sim objetivam treinar e cultivar o estado psicológico de mindfulness
vipassana (Demarzo, 2017), sendo que, a partir destas, surgem outras práticas como a
mindfulness. No fundo, qualquer atividade pode ser feita em atenção plena, e termos a
Andersen, 2015).
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confortável deve-se respirar suave e lentamente, com elevada atenção às sensações corporais
retorna-se a atenção para a respiração, sem julgamento ou crítica pelo sucedido (Mesquita &
Furtado, 2019).
Uma outra prática conhecida é a Monitorização Aberto, que procura chamar a atenção
estímulos internos, como pensamentos, sensações e emoções; e de seguida por externos como
sons, cheiros, ou outros que surjam. A mudança do primeiro para o segundo nível acontece
quando o indivíduo se apercebe daquilo que desvia a sua atenção focada, refletindo sobre ele,
sem apenas retornar para o objeto inicial (Mesquita & Furtado, 2019).
Já no caso do mindfulness de Emoção no corpo, este inicia-se com postura ereta, com
a atenção focada na respiração, observando-se onde se sente a respiração mais forte, passando
mentalmente para essa região, permitindo sentir essa emoção. Por fim, volta a observar a
vivenciada para que assim seja possível conhecê-la. O autor defende também que, a prática
apresenta vários graus de intensidade, e que por isso, durante as atividades do dia-a-dia é
definições, é importante conhecer, também um pouco, aqueles que são os seus grandes
objetivos.
Objetivos
Numa fase inicial, pode ser necessário reunir condições especiais, como por exemplo um
espaço calmo e sem distrações, para a prática do mesmo, no entanto, após isso, o objetivo é
2004).
práticas de atenção plena devidamente estruturadas. Estas têm como objetivo principal o
durante oito semanas, decorrendo uma sessão semanal de aproximadamente 2 horas, onde são
ensinados aos praticantes exercícios que procuram controlar o stress em situações do dia-a-
com as suas experiências internas, ou seja, fazer com que não as ignorem e critiquem, mas
Esta prática visa treinar a mente através da meditação de modo a desenvolver uma
capacidade de estar presente e reconhecer a experiência como um todo, com uma atitude
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amigável e de compaixão, para assim responder de forma mais assertiva. Além disso, esta
pretende uma consciência da conexão entre o corpo e a mente (Tang e colaboradores, 2012).
Benefícios
indivíduo estabelece a sua relação com os seus pensamentos, de forma a descobrir habilidades
para focalizar a atenção num determinado instante da sua vida. Com isto, o indivíduo irá
aperceber-se das suas sensações corporais perante situações específicas (Lima & Sene, 2017).
desconsiderando a sua ocupação, idade, educação, bem como outros fatores. Estes melhoram
a saúde física e psicológica do sujeito, o que por consequência, resulta de uma melhor
satisfação e bem-estar, tal como uma melhor performance, redução de stress e melhoria nas
representando vários tipos de abordagens (Pereira & Machado, 2017). Posto isto, a sua prática
relaciona-se com benefícios tanto cognitivos como emocionais. De acordo com um estudo de
da satisfação no trabalho são influenciados por uma atuação superficial (surface acting),
suas emoções para um melhor desempenho. Os resultados indicam que o mindfulness pode
acting, bem como proporcionar estratégias para lidar com as emoções durante o trabalho. No
que concerne às abordagens cognitivas, estas podem incluir a forma de pensar de cada
Esta prática ajuda o indivíduo a desafiar-se a si próprio, gerando uma melhor perceção
menos positivos, nomeadamente na maneira de como este perceciona as situações à sua volta
e as altera.
De acordo com Tang e colaboradores (2015), existem três fatores que se influenciam
mental.
dos estados corporais e psicológicos gerados pelas experiências do dia-a-dia e, num segundo
qualidade de vida e diminuindo o impacto das vivências na sua vida (Eid, 2011).
consciência, mostra-se vantajoso a nível físico e psicológico (Teixeira & Palmeira, 2013).
expectativas dos seus treinadores e os atletas medalhados afirmaram que o treino os ajudou a
volta de 2000. Normalmente, o treino das habilidades psicológicas (PST), na área em questão
ligadas a um bom desempenho. Ainda assim, estas intervenções foram postas em causa, com
reexaminadas (Gardner & Moore, 2004). Por fim, concluíram que o foco nas mudanças destas
desempenho. Neste sentido foi proposta assim uma abordagem capaz de melhorar a
cognições, em vez de as negarem ou esconderem; são instruídos para dar atenção às sugestões
relevantes para a execução das tarefas e a manterem o comportamento adequado (Mannion &
Andersen, 2015).
psicológicas (PST).
Desta forma, também Vealey (2007) teve um contributo importante, após sugerir a
existência de uma hierarquia dentro das diferentes aptidões psicológicas, ou seja, as aptidões
História
Percurso Histórico
O termo mindfulness é uma palavra inglesa que tem origem na tradução da palavra
A tradução para a língua portuguesa não é consensual, visto que o termo mindfulness é
geralmente traduzido para atenção plena ou consciência plena, entre outros. No entanto, estas
culturas é tipicamente entendida como uma prática que se pratica com o objetivo de aliviar e
De acordo com Roeser (2013) este tem sido amplamente enquadrado nas últimas
décadas num discurso entre o budismo, e também em outras tradições contemplativas, assim
Remetendo a sua origem às antigas tradições religiosas orientais (Baer, 2003), dentro
desta tradição, bem como das suas variantes que surgiram em sociedades ocidentais, a
formação da consciência é entendida como uma prática que tem como objetivo aliviar e
conceito surgiu no Nepal, sendo liderado por Siddhartha Gautama ou Buda, defensor do
estilo de vida mindfull, há cerca de 2.500 anos. No budismo, o termo mindfulness inclui um
“dukkha”, em páli, (língua nativa do subcontinente indiano), que significa com mais exatidão
prazer prolongado leva à monotonia. Tanto a efemeridade das experiências como a visão
desinteressada da realidade podem ser negativas ou positivas (Mannion & Andersen, 2015).
ocidental, a ausência de desejo seria a apatia, contudo, na conceção budista, a apatia não
como “vinculação” ou “ânsia”, isto é, apegarmo-nos ao que temos e ansiar o que não temos
conceção está relacionada com o “eu” (“ego”), que se torna refém desta vinculação e deste
desejo, no entanto deve ter-se em consideração que este “ego” não é intrinsecamente real. O
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mesmo é reduzido e, por consequência, os indivíduos tornam-se mais ligados a ele. Os pontos
de realização de exercício, por exemplo, são exemplos desta ânsia e defesa do ego, ou seja, é
física da pessoa que treina ao seu lado, ou sentir-se ameaçado quando entra num novo
ginásio. Estes exemplos irão refletir a fragilidade do ego do indivíduo, demonstrando de que
estão libertos de objetivos impossíveis e estão aptos para experimentar aquilo que está ao seu
estabeleceu para defender a ilusão abstrata do ego, fazendo com que os indivíduos se tornem
premissas pertencem às normas que suspendem o dukkha e dão origem à libertação. O “Nobre
Caminho Óctuplo” representa o rumo para romper com o sofrimento. O caminho óctuplo
caracteriza-se por uma cartografia da busca, uma topografia do árduo percurso que o budista
compreensão correta; intenção ou vontade correta; fala correta; ação correta; vida correta;
estes oito passos são reagrupados em três conjuntos de membros idênticos: virtude (que inclui
a fala correta, a ação correta e a vida correta); concentração (que inclui o esforço correto, a
seus textos, intitulado “The Relaxation Response”, onde descrevia os benefícios fisiológicos e
Estas três psicoterapias compõem o surgimento de uma uma terceira onda de terapias
indivíduos. O senão desta visão não diz respeito à relação ao conteúdo, mas sim à tendência
para nos fundirmos com o conteúdo e interpretarmos os pensamentos e emoções como factos
literais que acabam por guiar o nosso comportamento e as nossas escolhas (Hayes e
colaboradores, 1996).
propício a erros, dor e cursos de vida predeterminados. A falta de consciência é referida como
sensação da intercalação entre a ansiedade e o tédio, que podem ser considerados condições
Síndrome de burnout
Definição
O termo burnout foi definido por Freudenber (1974). Segundo o autor, esta condição
relaciona-se com o esgotamento e o desgaste provocado pelo excesso de força e/ou o aumento
da procura de energia.
Para Maslach e Jackson (1996), a síndrome de burnout ocorre em indivíduos que são
empregues por outros, criando esta relação alguma tensão. Segundo Edelwich e Brodsky
(1980), esta síndrome consiste numa perda progressiva de energia e vontade de atingir
necessidade de evitamento para com contexto laboral e as pessoas associadas a este (Pocinho
Na maioria das vezes, são as pessoas mais idealistas, que possuem expectativas que
ultrapassam a realidade e que dificilmente se realizarão, que mais sofrem desta síndrome
(Lyra, 2015).
Esta síndrome foi identificada como um risco para profissões relacionadas com o
trabalho com indivíduos, tais como educação, saúde e recursos humanos (Rodríguez e
colaboradores, 2017).
Diagnóstico
deve ser assim realizado com a consciência de que estes sintomas podem-se confundir com
outros distúrbios, o que significa que a orientação é feita individualmente a cada caso em
colaboradores, 2011).
Esta é uma doença sem diagnóstico clínico preciso dado ter sinais e sintomas de
visão intensiva tendo como objetivo o diagnóstico, utilizando ferramentas e observações que
No entanto, está a ser realizado um diagnóstico na prática, como ponto de partida para
denominada de Maslach Burnout Inventory (MBI- figura 1), criada por Christina Maslach e
Susan Jackson, que consiste num questionário com 22 itens para detetar os sintomas e causas
da patologia. A análise permite identificar três fatores principais como: Exaustão Emocional
colaboradores, 2011).
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Com destaque por exemplo para a questão 3 “Eu sinto-me cansado ao acordar de
manhã e tenho que enfrentar um outro dia no trabalho” e a 13 “Eu sinto-me frustrado com o
meu trabalho”.
Figura 1.
Fonte:https://www.semanticscholar.org/paper/TESTING-FOR-THE-DIMENSIONALITY-OF-THE-
MASLACH-(-MBI-Faraci/c8b83c81190024144c72571a26dbd7378d0f4f9e
de burnout para a política de saúde pública, visto que para o diagnóstico diferencial o único
O diagnóstico diferencial, por sua vez, aparece muitas vezes associado à depressão, ao
trabalho e afetam a sua relação com o mesmo. Assim, para um diagnóstico com margem de
2011).
da síndrome de burnout, pois a maior parte dos estudos tem pouca evidência. Ainda assim,
Tratamento
consideração a sua gravidade. Se for leve, devem ser tomadas medidas tais como mudança de
de burnout, as principais medidas são as que estão associadas à promoção da saúde no local
possam ser avaliados num alto nível de evidências. Tendo em conta a atual falta de
conhecimento sobre o que é chamado de "esgotamento", o conceito não deve ser utilizado
origem advém do indivíduo, e não do possível contexto de trabalho disfuncional. Neste caso é
melhorar sua resiliência e envolvimento com a sua profissão (Lima & Dolabela, 2021).
trabalham com estratégias não farmacológicas, tais como psicoterapias e práticas alternativas
Para o tratamento do burnout são consideradas diversas técnicas que visam a sua
psicoterapia em grupo ou individual; treino de competências; coesão entre os pares; luz forte;
método holístico; acupuntura; arte terapia; cursos de treino que visam a mudança de atitudes
níveis de stress e burnout em pais de crianças com doenças crónicas (Lima & Dolabela,
2021).
Estratégias de grupo: apoio social no trabalho por parte dos colegas e dos superiores;
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25
organização.
Outra das estratégias para o tratamento do burnout é o mindfulness. A razão pela qual
o mindfulness pode provocar alterações no burnout pode ser explicada pelo sistema de
emoções negativas e acalma o sistema de alarme (Lima & Dolabela, 2021). Para além da
É crucial avaliar tanto aspetos pessoais como laborais do indivíduo que possua esta
para a síndrome de burnout (Leiter e colaboradores, 2014). Ademais, nos dias de hoje, a
trabalho.
burnout prendem-se por um cariz protetor e que impede o seu aumento (Vibe e
colaboradores, 2013).
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A sua crescente eficácia diz respeito a alguns factos: ao uso como técnica de
atenuação do burnout.
ansiedade e stress. Esta prática no que se refere ao trabalho prepara a pessoa para os desafios
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por meio de sessões telefónicas em grupo. Além deste, um estudo por Goodman e Schorling
estudantes universitários.
referencia-se como uma estratégia que contribui para a performance no trabalho, para uma
estruturação emocional e uma diminuição da exaustão emocional e burnout, assim como para
situação.
característica situacional sofre alguma alteração. Estes indivíduos que são orientados para o
presente possuem uma maior atenção para a situação imediata (Markus & Lisboa, 2015)
relaxamento que diminuem o cansaço, com a aquisição de estratégias de cooping focadas nas
emoções e com o treino da atenção sem julgamentos, que irá evitar sentimentos de cinismo
o envolvimento nos trabalhos e funções académicas. A dimensão que sofre mais impacto é a
absorção, isto é, o prazer na realização das atividades académicas, sendo este impacto
Outros fatores que também poderão contribuir para a redução da síndrome de burnout
nos estudantes é o facto de ter um trabalho remunerado, ter filhos e morar sozinho (Rodrigues
e colaboradores, 2020).
Pode, então, afirmar-se que o mindfulness é eficaz nos estudantes, promovendo o bem-
estar e atenuar o burnout, no entanto, as alterações não são significativas, o que leva a crer
que este tipo de intervenção é protetora, podendo impedir o seu aumento (Leal & Pimenta,
2018).
Conclusão
síndrome.
mindfulness atua como intervenção psicológica na síndrome de burnout, até à data, estes
Assim, com a realização deste trabalho, podemos concluir que existem vários métodos
que atuam com base no mindfulness, sendo estes também utilizados como um tipo de
colaboradores, 2003).
excesso de força e/ou o aumento da procura de energia (Maslach & Pines, 1977).
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mindfulness uma boa solução para esta problemática. Não só neste contexto, o mindfulness
pouco do que ele nos ensina, seria mais fácil ultrapassarmos alguns obstáculos. Seria útil
implementar esta prática, ao inseri-la por exemplo em workshops e ações de dinamização nas
escolas e universidades.
significativamente o burnout e podem ser eficazes para diminuir os níveis de stress e burnout
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