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UNIVERSIDADE SAVE

ACTIVIDADE 1: EXPERIMENTAÇÃO AGRÁRIA


Licenciatura em Agropecuária

VIRIATO JAIME CUCO

MASSINGA
2021
VIRIATO JAIME CUCO

ACTIVIDADE 1: EXPERIMENTAÇÃO AGRÁRIA

O presente trabalho a ser


apresentado ao Departamento de
Ciências Agrárias, da cadeira de
Experimentação agrária para efeitos
avaliativos, sob a orientação do.

O DOCENTE:
Eng: NELSON MUBAI

MASSINGA
2021
Índice

Introdução .................................................................................................................................. 4
Objectivo geral ........................................................................................................................... 4
Objectivos especificos ............................................................................................................... 4
Estatística Descritiva .................................................................................................................. 5
Medidas Descritivas ................................................................................................................... 5
Medidas de Tendência Central................................................................................................... 5
Média aritmética ........................................................................................................................ 5
Medidas de Dispersão ................................................................................................................ 6
Variância e desvio padrão .......................................................................................................... 6
Desvio padrão ............................................................................................................................ 6
Coeficiente de Variação ............................................................................................................. 6
Formulação e teste de hipóteses ................................................................................................. 6
Conceitos fundamentais em testes de hipóteses......................................................................... 6
Parâmetro ................................................................................................................................... 6
Estimador ................................................................................................................................... 7
Conceitos básicos e importância da experimentação ................................................................. 7
Importância da Experimentação ................................................................................................ 8
Princípios básicos da experimentação agraria ........................................................................... 8
Princípio da repetição ................................................................................................................ 8
Princípio da casualização ........................................................................................................... 9
Princípio do controle local ......................................................................................................... 9
Delineamento Completamente Casualizado (DCC) ................................................................ 10
Vantagens ................................................................................................................................. 10
Desvantagens ........................................................................................................................... 11
Casualização e modelo estatístico ............................................................................................ 11
Conclusão................................................................................................................................. 12
Bibliografia .............................................................................................................................. 13
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Introdução

Segundo Kerlinger (1973), uma experiência é "um tipo de pesquisa científica no qual o
pesquisador manipula e controla uma ou mais variáveis independentes e observa a variação nas
variáveis dependentes concomitantemente à manipulação das variáveis independentes.”

O propósito de manipular e medir as variáveis numa experiência é captar causalidade (relação


entre causa e efeito). As variáveis independentes são responsáveis pelas possíveis causas, e as
variáveis dependentes sinalizam os efeitos. Duas variáveis podem ter altíssima correlação, mas
não necessariamente uma é causa da outra.

Objectivo geral

 Descrever alguns conteúdos referentes a estatística descritiva e experimentação agrária

Objectivos especificos

 Definir alguns parâmetros da estatistica descritiva e experimentação agrária,


 Conhecer a importancia da experimentacao agraria,
 Indicar os princípios básicos da experimentação agrária,
 Mencionar algumas vantagens e desvantagens do delineamento completamente
casualizado
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Estatística Descritiva

A Estatística é uma ciência cujo campo de aplicação estende-se a muitas áreas do conhecimento
humano.

A Estatística subdivide-se em três áreas: descritiva, probabilística e inferencial.

A estatística descritiva, se preocupa em descrever os dados. A estatística inferencial,


fundamentada na teoria das probabilidades, se preocupa com a análise destes dados e sua
interpretação.

A palavra estatística tem mais de um sentido. No singular se refere à teoria estatística e ao


método pelo qual os dados são analisados enquanto que, no plural, se refere às estatísticas
descritivas que são medidas obtidas de dados selecionados.

Martins et al (s/d) afirma que a estatística descritiva tem como objetivo básico o de sintetizar
uma série de valores de mesma natureza, permitindo dessa forma que se tenha uma visão global
da variação desses valores, organiza e descreve os dados de três maneiras: por meio de tabelas,
de gráficos e de medidas descritivas.

Medidas Descritivas

Uma outra maneira de se resumir os dados de uma variável quantitativa, além de tabelas e
gráficos, é apresentá-los na forma de valores numéricos, denominados medidas descritivas.
Estas medidas, se calculadas a partir de dados populacionais, são denominadas parâmetros e se
calculadas a partir de dados amostrais são denominadas estimadores ou estatísticas.

Medidas de Tendência Central

Média aritmética

A média aritmética (X) é a soma de todos os valores observados da variável dividida pelo
número total de observações. Sob uma visão geométrica a média de uma distribuição é o centro
de gravidade, representa o ponto de equilíbrio de um conjunto de dados. É a medida de
tendência central mais utilizada para representar a massa de dados.

∑𝑛
𝑖=0 𝑥𝑖
X=
𝑛
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Medidas de Dispersão

Variância e desvio padrão

Enquanto não há nada conceitualmente errado em se considerar o desvio médio, segundo


Pagano (2004), esta medida não tem certas propriedades importantes e não é muito utilizada.
O mais comum é considerar o quadrado dos desvios em relação à média e então calcular a
média. Obtém-se, assim a variância que é definida por:

∑(𝑋𝑖−𝑥)2
S2 = 𝑛−1

Desvio padrão

S = √S 2

Coeficiente de Variação
𝑺
CV = 𝑿 . 𝟏𝟎𝟎%

O coeficiente de variação é uma medida de dispersão relativa definida como a razão entre o
desvio padrão e a média.

Formulação e teste de hipóteses

De acordo com o Universidade Federal de Viçosa (2010), os testes de hipóteses fazem parte de
um conjunto de procedimentos inferenciais usados em estatística. O uso de tais procedimentos
permite ao pesquisador fazer inferências a respeito de uma população a partir de uma ou mais
amostras representativas da população da qual as amostras foram retiradas.

Conceitos fundamentais em testes de hipóteses

Parâmetro

Parâmetro é uma medida usada para caracterizar uma população. Assim sendo para se obter o
valor de um parâmetro é necessário coletar a informação a respeito de uma ou mais variáveis
em todos os indivíduos dessa população, ou seja, realizar um censo da mesma. É possível
caracterizar uma população por meio de duas medidas principais: posição e dispersão. As
medidas de posição são também conhecidas como medidas de tendência central, pois elas
indicam em que posição, a distribuição dos valores de uma população tendem a se concentrar.
Alguns exemplos de medidas de posição são a média aritmética ( ) X(Em =µ= ), a mediana
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(Md) e a moda (Mo). As medidas de dispersão indicam quanto os valores de uma população
estão dispersos em torno de sua média. Como exemplo de medidas de dispersão temos a
variância ( ) X(V2 =σ ) e o desvio-padrão (σ).

Estimador

Na grande maioria das situações, não é possível realizar o censo de uma população, porque ou
a população é muito grande ou é de tamanho infinito. Para contornar este problema, o
pesquisador pode retirar uma amostra da população e a partir desta amostra caracterizar a
população de onde a amostra foi retirada sem nenhum viés. Para alcançar este objetivo deve-
se usar fórmulas estatísticas, conhecidas como estimadores, que apresentem características
estatísticas desejáveis, tais como não tendenciosidade, variância mínima, fornecer estimativas
que se aproximem do valor paramétrico à medida que o tamanho da amostra aumenta, e etc..
Exemplos de estimadores são a média aritmética amostral, m ˆ , que é usada para estimar a
média populacional; e a variância amostral, 2s , que é usada para estimar a variância
populacional.

Conceitos básicos e importância da experimentação

Definições de alguns conceitos usados na experimentação agricola de acordo com Filho et al


(2009).

Experimentação é uma parte da estatística probabilística que estuda o planejamento,


execução, coleta dos dados, análise e interpretação dos resultados dos experimentos.

Experimento é um procedimento planejado à partir de uma hipótese, que visa provocar


fenômenos em condições controladas, observar e analisar os seus resultados e/ou efeitos.

Tratamento - em experimentação, a denominação “tratamento” se refere a cada uma das


alternativas de um fator em estudo para resolver um dado problema.

Unidade Experimental - é a menor unidade de um experimento na qual é aplicado um


tratamento.

Experimentos de campo: unidades experimentais = parcelas

A unidade experimental (UE) poderá ser uma área de campo, um vaso com solo, um animal ou
um grupo de animais, uma sementeira, uma "placa de Petri", um tubo de ensaio, uma planta,
uma folha da planta, uma máquina, etc.
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Importância da Experimentação

Este estudo é importante para todo profissional pesquisador e/ou usuário dos resultados da
pesquisa.

A técnica da experimentação é uma ciência que oferece suporte probabilístico ao pesquisador


e permite fazer inferências sobre o comportamento de diferentes fenômenos da natureza, com
grau de incerteza (margem de erro) conhecido.

O pesquisador necessita dos conhecimentos da técnica experimental para: planejar, executar,


avaliar, analisar e interpretar os resultados dos experimentos. Por outro lado, o técnico, usuário
dos resultados da pesquisa, deve conhecer a experimentação para entender o experimento e
avaliar a confiabilidade dos resultados bem como, permitir melhorias na troca de idéias com
os pesquisadores, pelo uso de uma linguagem técnica adequada.

Diversos fatores do manejo das culturas interferem na quantidade e qualidade do produto final.
Para se comprovar na prática um hipótese formulada sobre a superioridade de algum fator de
produção, deve-se utilizar a experimentação. Logo, somente através da experimentação uma
nova técnica poderá ser divulgada aos produtores, com embasamento científico e sem
desperdício de tempo e recursos financeiros, sem comprometimento da credibilidade do
pesquisador junto aos produtores.

Princípios básicos da experimentação agraria

A pesquisa científica está constantemente se utilizando de experimentos para provar suas


hipóteses. É claro que os experimentos variam de uma pesquisa para outra, porém todos eles
são regidos por alguns princípios básicos, necessários para que as conclusões que venham a ser
obtidas se tornem válidas (Banzatto & Kronka, 1989).

Princípio da repetição

Ao compararmos dois tipos de pré-tratamentos para posterior hidrólise enzimática da fração


fibrosa de um resíduo agroindustrial, por exemplo: pré-tratamento ácido/base (A) e peróxido
de hidrogênio 1% (B), aplicados a duas parcelas perfeitamente iguais, apenas o fato do pré-
tratamento peróxido de hidrogênio 1% ter apresentado melhor resultado quanto a preservação
da fibra original, não é suficiente para que possamos concluir que o mesmo é mais eficiente,
pois esse seu melhor resultado poderá ter ocorrido por simples acaso ou ter sido influenciado
por fatores estranhos. Porém, se os dois pré-tratamentos forem aplicados a várias parcelas e,
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ainda assim, verificarmos que o pré-tratamento peróxido de hidrogênio 1% apresenta, em


média, melhor resultado, existe um indício de que ele seja mais eficiente como pré-tratamento
da fibra vegetal.

O princípio da repetição consiste na reprodução do experimento básico e tem por finalidade


propiciar a obtenção de uma estimativa do erro experimental.

Princípio da casualização

Mesmo repetindo o experimento básico, poderá ocorrer que o pré-tratamento com peróxido de
hidrogênio 1% possa ter sido favorecido por qualquer outro fator, como por exemplo, ter sido
testado em amostras mais finas (moídas) do que as selecionadas para o outro tratamento.

Para evitar que um dos pré-tratamentos seja sistematicamente favorecido por qualquer fator
externo, procedemos a casualização dos pré-tratamentos às parcelas, isto é, eles são designados
às unidades experimentais de forma totalmente casual.

O princípio da casualização tem por finalidade propiciar a todos os tratamentos a mesma


probabilidade de serem designados a qualquer uma das unidades experimentais.

Se ainda o pré-tratamento peróxido de hidrogênio 1% apresentar melhor resultado, é de se


esperar que essa conclusão seja realmente válida.

Princípio do controle local

Este princípio é frequentemente utilizado, mas não é obrigatório, pois podemos realizar
experimentos sem utilizá-lo. Ele consiste em aplicar os tratamentos em pares de parcelas o mais
homogêneas possível em relação ao ambiente, podendo haver, inclusive, variação acentuada
de um par para outro. A cada par de parcelas denominamos de bloco.

Quando tivermos diversos tratamentos a comparar, cada bloco será constituído por um grupo
de parcelas que deve ser múltiplo do número de tratamentos. Isso porque, cada bloco deverá
receber pelo menos um de cada um dos tratamentos.

A finalidade do controle local é dividir um ambiente heterogêneo em sub-ambientes


homogêneos e tornar o delineamento experimental mais eficiente, pela redução do erro
experimental. Por esta razão, este princípio é frequentemente aplicado na experimentação
agrícola, onde as parcelas são montadas no campo.
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Ao fazer planeiamento de experimentos, deve-se buscar controlar todos os fatores possíveis de


serem controlados, para reduzir ao mínimo o efeito dos fatores não controlados.

Delineamento Completamente Casualizado (DCC)

Delineamento experimental pode ser definido como o plano que é dado na experimentação e
também a forma como são organizadas as unidades experimentais (U.E.). Delineamento pode
se referir também a maneira como o tratamentos são oferecidos às unidades experimentais.

O Delineamento completamente casualizado é considerado o delineamento mais simples


dentro da estatistica. No DIC as unidades experimentais são destinadas a cada tratamento de
uma forma inteiramente casual (sorteio). Os experimentos formulados com este delineamento
são denominados “experimentos inteiramente ao acaso”.

O DCC apresenta as seguintes características:

Leva em conta apenas os princípios de repetição e casulização;

Os tratamentos são divididos em parcelas de forma inteiramente casual;

Exige que o material experimental seja semelhante e que as condições de estudo sejam
completamentes uniformes;

Os aspectos que devem ser considerados na semelhança entre as U.E. são aqueles que
interferem nas respostas das mesmas aos tratamentos;

Ele geralmente é mais utilizado em experimentos nos quais as condições experimentais podem
ser bastante controladas (por exemplo em laboratórios);

Esse delineamento também é recomendado em situações onde se corre risco de perder


repetições durante o experimento.

Vantagens

Qualquer número de tratamentos ou de repetições pode ser usado. O número de repetições


também pode variar de um tratamento para outro, intencionalmente (pela falta de UE ou de
material) ou por acidente (morte de animal, planta = perda de parcela), sem que isso dificulte
a análise. No entanto, deve-se preferir usar o mesmo número de repetições para todos os
tratamentos.
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O número de graus de liberdade do erro experimental (resíduo) é o maior possível. Este fato
implica em maior precisão do experimento quando as UE são uniformes.

Desvantagens

Exige que o material experimental seja semelhante e que as condições de estudo sejam
completamentes uniformes;

Casualização e modelo estatístico

Usa se o modelo matemático e pressupostos

Yij = m + ti + eij Yij = valor observado referente à variável Y na unidade experimental que
recebeu o tratamento i (i=1,2,...,I) na repetição j (j=1,2, ..., J);

m = constante; ti = efeito do tratamento i (pode ser fixo ou aleatório); eij = contribuição da


variação não controlada referente à observação Yij.

a) Aditividade - os diversos efeitos são aditivos, isto é, tem-se uma soma de efeitos e estes
efeitos são independentes;

b) Aleatoriedade - os erros ou desvios são conjuntamente independentes, isto é, não são


correlacionados;

c) Homogeneidade de variâncias - todos os erros tem a mesma variância σ²;

d) Normalidade dos erros - os erros tem distribuição normal.


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Conclusão

Os experimentos podem ser realizados em laboratório ou em campo. Nos experimentos de


campo, o pesquisador não consegue ter controle absoluto sobre as variáveis, pois são projectos
conduzidos em uma situação real, Nas situações reais há presença de muitos factores que
interferem na pesquisa e que podem fugir do controle do pesquisador, pois o ambiente real não
é criado por ele. Por essa razão, o pesquisador precisa se adequar ao ambiente utilizando
técnicas para atenuar os efeitos de factores que podem atrapalhar as experiências.
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Bibliografia

Departamento de Estatística. (2010). EST 220 – Estatística Experimental – 2010 / II.


UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA.

Filho, A. C., Lúcio, A. D. & Lopes, S. J. (2009). EXPERIMENTAÇÃO AGRÍCOLA E


FLORESTAL. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA.

MARTINS, A. B. T., ACORSI C. R. L. & Vanderly J. (S/D). ESTATISTICA DESCRITIVA.

PAGANO, Marcello ; GAUVREAU, Kimberlee. Princípios de Bioestatística. Tradução da 2ª


edição norte-americana. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.

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