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Universidade de Évora

Escola Superior de Enfermagem São João de Deus

Curso de Licenciatura em Enfermagem – Bolonha

3º Ano – 2º Semestre

Unidade Curricular: Ensino Clínico V - Obstetrícia

RELATÓRI
O DE “Prestar cuidados de enfermagem na vertente
científica, técnica e relacional, tendo em conta a
ESTÁGIO dignidade humana, o bem-estar do doente e respectiva
família ou pessoa significativa, adoptando todas as
medidas que visem melhorar a qualidade dos
cuidados”.

Docente: Prof.ª Ana Frias

Preceptora: Enfermeira Elsa Salgueiro

Discente: Paulo Vaz nº20080111


Portalegre, Maio de 2011

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UNIVERSIDADE DE ÉVORA

ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM S. JOÃO DE DEUS

Departamento de Enfermagem da Mulher, da Criança e do Adolescente

Curso de Licenciatura em Enfermagem – Bolonha

3.º Ano - 2º semestre

Hospital Espírito Santo – Évora

Serviço de Pediatria

RELATÓRIO DO ENSINO CLÍNICO V

Campo de estágio: Hospital Doutor José Maria Grande

Serviço: Obstetrícia

Orientadora Pedagógica:

Prof.ª Ana Maria Aguiar Frias

Preceptora:

Enf.ª. Elsa Salgueiro

Discente:

Paulo Vaz, n.º20080111

Portalegre, Maio de 2011

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

A.P.A – Associação de Psicologia Americana

CTG – Cardiotocografia

Enf.º/ª – Enfermeiro/a

EPS – Educação para a saúde

ESESJD – Escola Superior de Enfermagem de São João de Deus

HDJMG – Hospital Doutor José Maria Grande

IVG- Interrupção Voluntária da Gravidez

OMS – Organização Mundial de Saúde

P. – Página

Prof.ª. – Professora

R.N. – Recém-nascido

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INDICE

INTRODUÇÃO.....................................................................................................6

ENFERMAGEM OBSTÉTRICA..........................................................................7

AVALIAÇÃO SOBRE AS EXPECTATIVAS INICIAIS EM RELAÇÃO AO


ENSINO CLINICO V...........................................................................................8

ANÁLISE E AVALIAÇÃO DOS OBJECTIVOS PESSOAIS ...........................8

3.1. AVALIAÇÃO DO OBJECTIVO PESSOAL Nº1 .................................9


3.2. AVALIAÇÃO DO OBJECTIVO PESSOAL Nº2 ..............................10
3.3.AVALIAÇÃO DO OBJECTIVO PESSOAL Nº3.................................11
3.4. AVALIAÇÃO DO OBJECTIVO PESSOAL Nº4................................12
3.5. AVALIAÇÃO DO OBJECTIVO PESSOAL Nº5................................13
3.6. AVALIAÇÃO DO OBJECTIVO PESSOAL Nº6................................14
3.7. AVALIAÇÃO DO OBJECTIVO PESSOAL Nº7................................14
3.8. AVALIAÇÃO DO OBJECTIVO PESSOAL Nº8................................16
Embora as frases em cima espelhem a importância que tem o
aleitamento materno, este foi claramente o objectivo em que o meu
desempenho foi mais deficitário. Consegui desenvolver algumas
das acções que estavam expostas no projecto inicial, mas tenho
claramente consciência que além de não ter desenvolvido todas
que estavam delineadas, fui um pouco limitado na tentativa de
perceber as necessidades individuais de cada parturiente. Posto
isto este foi o objectivo em que me avalio com pior desempenho.
........................................................................................................16
3.9. AVALIAÇÃO DO OBJECTIVO PESSOAL Nº9...............................16
3.10. AVALIAÇÃO DO OBJECTIVO PESSOAL Nº10............................17
OUTRAS ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS...............................................18

CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................19

REFERÊNCIAS .................................................................................................21

6.1. BIBLIOGRÁFICAS......................................................................21
6.2. ELECTRÓNICAS.........................................................................21
1.APÊNDICES....................................................................................................23

7.1. OBJECTIVOS E ACÇÕES PROPOSTAS.........................................23


5
7.2 REFLEXÕES SEMANAIS .............................................................30

INTRODUÇÃO

No âmbito do Ensino Clínico V- Enfermagem de Saúde Materna e


Obstétrica, incluído no plano curricular do Curso de Licenciatura em
Enfermagem – Bolonha, da Escola Superior de Enfermagem São João de Deus
em Évora, do 3º ano, 2º semestre, foi sob a orientação da Professora Ana Frias
proposta a realização do relatório referente ao Ensino Clínico. Têm como base o
mesmo, os objectivos propostos inicialmente no projecto, assim como na sua
fundamentação as actividades que se desenvolveram ao longo deste estágio.

O relatório terá essencialmente o propósito de avaliar os objectivos


propostos, pelo modo como decorreram, assim como descrever as actividades
mais pertinentes para a realização dos mesmos. Serve também para enunciar as
acções mais importantes que foram efectuadas durante o ensino clínico, que
inicialmente não foram descritas como objectivos, mas que ocorreram.

Será realizada inicialmente uma breve síntese no que respeita à


Enfermagem Obstétrica, e logo de seguida uma avaliação referente às minhas
expectativas face a este Ensino Clínico. Por último irei tecer as considerações
finais, em que analisarei a importância deste relatório e deste ensino clínico.
Posto isso tem como finalidade principal este relatório, descrever e reflectir todo
o percurso efectuado e respectiva avaliação das acções que me propus.

Este projecto foi realizado de acordo com as normas da APA (Associação


Americana de Psicologia).

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ENFERMAGEM OBSTÉTRICA

Não sendo excepção a enfermagem obstétrica é uma das disciplinas


vigentes na prática de enfermagem. Dela fazem parte a especificidade dos
cuidados à mulher grávida, assim como à referente família, ao longo de todos os
estádios da gravidez, não descurando também o 4º estádio que corresponde às
diversas fases do puerpério. Segundo Shannon Perry citado por Bobak (1999),
“a Enfermagem Materna focaliza-se nos cuidados a ter com à mulher grávida e
à sua família ao longo de todos os estádios da gravidez e nascimento, assim
como nas quatro primeiras semanas pós-parto”. A mesma passa por diversas
temáticas, desde situações clínicas respeitante às grávidas ou puérperas,
passando por sessões de educação para a saúde e preparação para a maternidade,
nunca excluindo a família que nos dias de hoje assume cada vez mais um papel
de destaque. Com isto referir que a obstetrícia, não pode ser delimitada apenas
pelos cuidados directos, mas também pela multiplicidade de áreas patológicas
que engloba, e questões que abrangem um vasto leque de dúvidas no que
respeita à situação da maternidade. É claramente uma área de grande
complexidade e abrangência.
Referenciando Kitty Cashion citado por Bobak (2002) “o período pós-parto
é o intervalo de seis semanas, entre o nascimento e o retorno dos órgãos
reprodutores ao seu estado normal”. Este período é designado por puerpério. As
mudanças fisiológicas que ocorrem são distintas, embora normais, à medida que
os processos relacionados com a gravidez regridem. Muitos factores, incluindo o
nível de energia, grau de conforto, saúde do recém-nascido, e o cuidado e apoio
dado pelos profissionais de saúde, contribuem para a resposta da mãe à criança
durante este período. Para proporcionar cuidados apropriados, à mãe, criança e
família, a enfermeira/o, deve ter conhecimentos, sistematizados sobre a anatomia
e fisiologia materna, período de recuperação, características físicas e
comportamentais do RN, cuidados ao RN e reacção da família no nascimento da
criança. São estas algumas das características que movem o cuidado nesta área e
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que claramente demonstram um grande sentido de humanização por parte do
cuidador, e que o enfermeira/o deve ter em conta numa associação entre
múltiplas vertentes do cuidar.

AVALIAÇÃO SOBRE AS EXPECTATIVAS INICIAIS EM RELAÇÃO


AO ENSINO CLINICO V

Como descrevi no projecto as minhas expectativas iniciais, tiveram


sempre presente em mente a adopção de uma postura que permitisse recolher o
máximo de proveito deste estágio, assim como desempenhar da melhor forma os
objectivos propostos. Posto isto, foram estas as expectativas que serviram de
base o meu desempenho. Em primeiro lugar foram ao encontro do que esperava.
Ou seja apreender o máximo de conhecimento numa área desconhecida para
mim, e que me permitisse também o acumular de conhecimentos para
resolucionar os objectivos gerais que me propus.
Outro dos pontos que me suscitavam algum receio era o facto de ser esta
uma área um pouco delicada, ou pelo menos assim o idealizava. Vim de facto a
comprovar que é sem duvida uma área delicada, mas com a existência de
segurança naquilo que fazemos, torna-se uma prestação de cuidados
normalizada. Foi pois também do ponto de vista anímico ultrapassado essa fase
demonstrado inúmeras vezes pelo meu bom desempenho.
Claramente, posso afirmar que todo o conhecimento ganho ao longo
deste estágio, foi um período de aprendizagem extremamente importante, que
contribuirá para o meu curriculum pedagógico e humano como futuro
profissional de saúde, nomeadamente na área da enfermagem.

ANÁLISE E AVALIAÇÃO DOS OBJECTIVOS PESSOAIS

Na tentativa de uma maior objectividade na realização do relatório, bem


como viabilizar de uma forma mais coerente o processo de desenvolvimento de
competências e avaliação nos diferentes domínios, será efectuada uma
apreciação pormenorizada dos objectivos pessoais propostos e algumas
8
actividades desenvolvidas que sejam necessárias para que se entendam as
respectivas avaliações.

Depois de uma verificação do planeamento em vigor que foi realizado


pelas docentes responsáveis pelo presente Ensino Clínico – Ensino Clínico V
propus-me inicialmente a atingir os objectivos pessoais descritos em baixo,
sendo que alguns não surgiram numa fase inicial, ou seja, não constaram no
projecto. Embora não fossem parte englobante do projecto, serão relatados,
assim como avaliados de igual modo. É então a finalidade principal desta
avaliação descrever o modo como consegui alcançar os objectivos propostos,
assim como as actividades mais pertinentes sempre que haja necessidade para a
avaliação dos mesmos.

3.1. AVALIAÇÃO DO OBJECTIVO PESSOAL Nº1

Obter capacidade de integração gradual na equipa e no Serviço de


Obstetrícia/Ginecologia.

Avaliação e análise do objectivo

Este objectivo foi de extrema importância pois a integração no serviço foi


fundamental, sendo-nos facilitada uma posterior realização de cuidados em
articulação com outros membros da equipa. Vasconcelos (1992:p.28) afirma que
“os estágios destinam-se a complementar a formação teórico-prática, nas condições
concretas do posto de trabalho de uma organização, que se compromete a facultar a
informação em condições para isso, necessárias”. Nessa linha, considerei pertinente ter
uma correcta integração na equipa e no serviço como meu primeiro objectivo. Penso
que sem uma boa integração não seria possível a complementação da formação, tal
como é citado por este mesmo autor.

Em cada Ensino Clinico persiste um período de integração, período que,


representa geralmente uma fase de adaptação e que pode ser algo prejudicial no
respectivo processo, pois corresponde a experiências novas, com as quais
enquanto aluno nunca tive contacto. Nesse sentido e seguindo ao encontro das

9
actividades que me propus realizar para alcançar o objectivo, penso ter
conseguido de um modo bastante claro obtido o mesmo. Não se veio a revelar
um processo complicado pois existe uma clara acessibilidade de todos os
membros da equipa presente no hospital.

3.2. AVALIAÇÃO DO OBJECTIVO PESSOAL Nº2

Conhecer o espaço físico e funcional do serviço de Obstetrícia.

Avaliação e análise do objectivo

Segundo KEMP & RICHARDSON (1995: 51), “a avaliação da


estrutura física de uma unidade de saúde, consiste na valorização dos meios
para a prestação de cuidados, incluindo as instalações, o equipamento, a
qualificação do pessoal e o seu funcionamento”. Este foi um objectivo
desenvolvido e atingido em primeiro lugar pelos esclarecimentos junto da
Enfermeira Elsa. Em segundo mais ligado à funcionalidade do serviço, a leitura
dos protocolos vigentes, serviram para me orientar especialmente no processo de
reconhecimento das rotinas.

Neste objectivo senti alguma dificuldade principalmente na interiorização


de algumas rotinas funcionais, o que ainda assim considero terem sido
alcançadas de uma forma razoável, pois tentei sempre quando me surgiam
dúvidas corrigi-las tendo em conta uma melhoria. Ainda assim tenho em mente
que de futuro terei de assimilar estes conhecimentos respeitante aos serviços por
onde passe, para que o meu desempenho possa ser realizado de um modo mais
fluído.

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3.3.AVALIAÇÃO DO OBJECTIVO PESSOAL Nº3

Desenvolver competências na prestação de cuidados de enfermagem no


momento de admissão da grávida e posterior internamento do RN e parturiente
no serviço

Avaliação e análise do objectivo

Este objectivo foi traçado pois considerei ser fulcral um bom


acolhimento no hospital e posterior internamento. É muito importante para que
as puérperas se sintam aptas a adquirir os ensinos que lhes são proporcionados,
dando também continuidade aos que lhes são transmitidos nas aulas de
preparação para o parto. Segundo Pedro (2004) “a informação fornecida pelo
enfermeiro, no período pré-natal, vai influenciar não só a experiência do casal
que espera um filho, mas também a da família, o próprio filho, a comunidade e
os profissionais que o irão acompanhar no parto e puerpério”.

É também importante percebermos a especificidade dos cuidados a ter no


processo de admissão que pode ser um momento fulcral para que o restante
internamento funcione bem. Referenciando Lautern (2006:96) “o processo de
admissão de pacientes: inclui a aceitação de pacientes para assistência médica
ou de enfermagem num hospital ou outra instituição de saúde”. O objectivo da
admissão foi promover uma boa relação e adaptação da puérpera ao seu novo
papel, de modo a manter condições ambientais favoráveis à manutenção do seu
bem-estar físico, emocional e comportamental, bem como promover uma boa
relação Mãe – RN. Tive oportunidade para desenvolver as actividades que
propus para este objectivo, acompanhando por várias vezes a enfermeira Elsa,
assim como outras enfermeiras, no momento de admissão das grávidas, e assim

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ficar por dentro da forma correcta de o efectuar. No que diz respeito à
transferência e acolhimento de puérperas e do RN do bloco de partos para a
enfermaria (Serviço de Obstetrícia), também este inicialmente passou por ser um
objectivo baseado em observação e explicações que me dariam o suporte para
mais tarde realizar a admissão das mesmas.

Neste sentido e pela realização das actividades que me propus, o


objectivo foi alcançado sem dificuldades acrescidas. Quero por último apenas
referir que umas das actividades por mim planeada no projecto que dizia respeito
à monitorização via CTG, não foi desenvolvida de um modo autónomo, pois
veio-se a revelar um processo um pouco complexo e que requeria conhecimentos
mais profundos na área. Ainda assim fiquei elucidado face ao modo funcional e
qual a utilidade do mesmo.

3.4. AVALIAÇÃO DO OBJECTIVO PESSOAL Nº4

Observar e apoiar na realização de partos e acolhimento do recém-nascido

Avaliação e análise do objectivo

O período em que a mulher se encontra antes de realizar o parto, pode ser


um período marcado por alguma ansiedade. A relação que se estabelece entre o
enfermeiro e a parturiente deve ser mantida através de uma relação empática.
Mais do que prestar assistência física à mulher, o enfermeiro deve também não
desconsiderar, tal como defende Benner e Wrubel (1989) através do seu modelo
de relação de ajuda, que claramente facilita-nos a compreensão da experiência
do parto, que se deve ter em consideração não só as características físicas, mas
também psicológicas de cada parturiente, de um modo individualizado. No que
concerne a medidas de conforto o Enfermeiro torna-se responsável por preservar
a privacidade em presença de sofrimento e enfraquecimento extremo.

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No que diz respeito às acções determinadas por mim, todas estas
correspondem a um conjunto de normas que existem de acordo com os
protocolos de serviço. Neste objectivo traçado uma das acções fundamentais
passou pela observação completa do RN. Segundo Wong (1999), “o RN requer
uma observação completa e especializada para garantir uma adaptação
satisfatória à vida extra uterina”. É também de referir a utilização do índice de
APGAR outras das acções propostas. É esse o índice que permite orientar o
enfermeiro no que podem ser as medidas a tomar, e que foi por mim utilizado
sem dificuldades. Neste objectivo as explicações iniciais da enfermeira
juntamente com o suporte teórico que possuía foram muito importantes e penso
ter ultrapassado o objectivo sem dificuldade. Foi um objectivo que me agradou
bastante assim como todas as actividades que efectuei para o desenvolver.

3.5. AVALIAÇÃO DO OBJECTIVO PESSOAL Nº5

Adquirir conhecimentos nos cuidados à mulher no puerpério imediato


(quarto estádio do trabalho de parto).

Avaliação e análise do objectivo

“O período pós-parto é o intervalo de seis semanas entre o nascimento e


o retorno dos órgãos reprodutores ao seu estado normal”. (BOBAK, 1999:457)

Este período pode também ser classicamente designado por puerpério.


Divide-se em três fases: puerpério imediato as primeiras 6 horas após o parto;
puerpério precoce a primeira semana; puerpério tardio até à 6ª/8ª semana.

Os cuidados no puerpério imediato reflectiram-se na observação de sinais


vitais (num padrão de 30/30 minutos, num total de 4 avaliações), palpação
regular do útero (para observação do globo de segurança de Pinard e expressão
uterina para expulsar possíveis coágulos), observação de perdas e características
(lóquios devem ser moderados e ter em atenção ao penso operatório, se for
puérpera submetida a cesariana), entre outras. Estas foram, de um modo geral a

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actividade que desempenhei durante este estágio, no que diz respeito ao cuidado
à puérpera.

Este objectivo foi atingido através da aquisição de conhecimentos


baseados numa pesquisa bibliográfica de suporte antes do inicio do estágio, e
pela aquisição em sala de aulas. Sendo estas as principais acções no que refere
ao puerpério e que servem para assegurar uma boa continuidade do mesmo,
atribui-lhes uma atenção espacial, pelo que foi para mim o objectivo mais
exigente. Posso claramente afirmar que foi este o objectivo que desenvolvi de
um modo mais autónomo e que de certa forma me deixou mais satisfeito. Todas
as actividades propostas foram realizadas pelo que foi um objectivo cumprido na
totalidade face ao que tinha proposto inicialmente.

3.6. AVALIAÇÃO DO OBJECTIVO PESSOAL Nº6

Presenciar cirurgias ginecológicas efectuadas no âmbito de marcação prévia.

Avaliação e análise do objectivo

Este objectivo passou principalmente por puder aprender mais sobre uma
área que não pudemos em contexto teórico, ter contacto. Penso que ao assistir a
cirurgias do âmbito ginecológico, enriqueceu os meus conhecimentos. Tive
oportunidade de observar duas histeroscopias, realizadas ambas na mesma
manhã. No que diz respeita às histerectomias, não tive oportunidade de
presenciar nenhuma, pois como as datas de realização eram variáveis nunca
coincidiram com os turnos que realizei. De qualquer forma não sendo as
histeroscopias uma cirurgia mas sim um exame, tive contacto com um plano de
visualização bastante interessante do corpo humano e que desconhecia.

3.7. AVALIAÇÃO DO OBJECTIVO PESSOAL Nº7

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Desenvolver competências na prestação de cuidados de enfermagem globais e
individualizados ao recém-nascido e à parturiente.

Avaliação e análise do objectivo

Os profissionais de enfermagem assumem um papel crucial, com suporte


teórico sobre estas adaptações, capacitados em avaliar a paciente com mais
eficiência e tomar as decisões baseadas em dados científicos e assim facilitando
o retorno da paciente ao seu estado de saúde ideal.
O cuidado e atenção à saúde da mulher e ao recém-nascido no pós-parto
imediato, bem como nas primeiras semanas após o nascimento, torna-se
fundamental para a saúde materna e neonatal, pelo que as acções que me propus
penso terem abrangido todas as necessidades. De qualquer forma este objectivo
foi mais baseado no cuidado ao RN, pois por várias vezes noutros objectivos tive
oportunidade de designar os cuidados à puérpera.
Foi sempre necessário adaptar os cuidados consoante as necessidades d
RN e, para isso, segundo Bobak (1999:457) é necessário “a(o) enfermeira(o) ter
conhecimentos sistematizados sobre anatomia e fisiologia materna, período de
recuperação, características físicas e comportamentais do recém-nascido e
reacção da família ao nascimento da criança”,.
Este objectivo foi baseado no cuidado individualizado ao RN no qual tive
alguma dificuldade. A dificuldade na realização deste objectivo não surgiu nos
procedimentos práticos, mas sim por vezes nas necessidades específicas de cada
recém-nascido. Ou seja por vezes tive dificuldade em adequar os cuidados de um
modo individualizado.

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3.8. AVALIAÇÃO DO OBJECTIVO PESSOAL Nº8

Sensibilização grávida/puérpera para o aleitamento materno

Avaliação e análise do objectivo

“Uma adequada nutrição na infância fomenta uma boa saúde, óptimo


crescimento e desenvolvimento, durante os primeiros meses de vida,
estabelecendo também as bases para bons e permanentes hábitos alimentares.”
Bobak (1999:425). Esta é uma das muitas citações que espelha a importância do
aleitamento materno. Segundo Lowdermilk (2002:555) é ”por meio da
orientação pré-concepcional e pré-natal, e do aconselhamento que as
enfermeiras desempenham um papel instrumental na assistência aos pais sobre
a escolha de um método de alimentação para o bebé. Elas devem saber que esta
decisão recebe influência de uma série de factores físicos, psicológicos, sociais,
culturais e económicos. (…) A orientação dos pais baseia-se, necessariamente,
nos achados das pesquisas recentes e nos padrões da prática”.

Embora as frases em cima espelhem a importância que tem o aleitamento


materno, este foi claramente o objectivo em que o meu desempenho foi mais
deficitário. Consegui desenvolver algumas das acções que estavam expostas no
projecto inicial, mas tenho claramente consciência que além de não ter
desenvolvido todas que estavam delineadas, fui um pouco limitado na tentativa
de perceber as necessidades individuais de cada parturiente. Posto isto este foi o
objectivo em que me avalio com pior desempenho.

3.9. AVALIAÇÃO DO OBJECTIVO PESSOAL Nº9

Desenvolver e colaborar em actividades no âmbito da educação para a saúde,


junto da utente com patologia ginecológica.

Avaliação e análise do objectivo

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Este foi o objectivo que exigiu um pouco mais de tempo do que
inicialmente esperava. Sendo a primeira vez que iria ser realizado um trabalho
direccionado para a temática, houve da minha parte inúmeras dúvidas na
informação que deveria colocar no folheto. Este teve de possuir apenas
informação que me era facultada pela enfermeira, pois deveria respeitar a
especificidade dos cuidados para a área inseridos no serviço. Devido a esse facto
o folheto foi realizado mas senti sempre algumas dificuldades, pois deparei-me
com inúmeras alterações de informação praticamente até ao último dia de
estágio. Ainda assim, penso ter realizado algo que terá bastante utilidade para o
serviço, e principalmente para as mulheres que o utilizem com essa finalidade.

Foi também realizado um poster, ao qual correspondeu a mesma


informação que estava no folheto. Apesar de inúmeras alterações o objectivo foi
alcançado e a finalidade com o qual o realizei foi aplicada.

3.10. AVALIAÇÃO DO OBJECTIVO PESSOAL Nº10

Integrar a consulta de acompanhamento da interrupção voluntária da gravidez.

Avaliação e análise do objectivo

No inicio do estágio não tinha claramente ideia do que iria encontrar no


serviço, além do que seria prestar cuidados à puérpera e ao RN. Nesse sentido
fiquei bastante agradado com a possibilidade de acompanhar outras funções do
que aquelas que inicialmente idealizava. Foi então com entusiasmo que me
propus a realizar este objectivo.
Tive a oportunidade da assistir por duas vezes às consultas para o efeito.
Posso afirmar que foi uma realidade um pouco diferente, que por diversas vezes
tive possibilidade de expressar nas reflexões semanais. Mais importante foi o
facto de ter adquirido os conhecimentos que são necessários para o desenrolar de

17
uma consulta de acompanhamento de IVG, assim como o modo como o
enfermeiro deve desempenhar as tarefas que lhe são respeitantes.

OUTRAS ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS

Como já tinha anteriormente referido surgiram oportunidades de desenvolver


actividades que inicialmente não constaram no projecto de estágio. Nesse
sentido houve duas que realizei. A primeira diz respeito às aulas de preparação
para o parto. Apesar de ter expressado o meu interesse em assistir a uma destas
aulas, nunca houve possibilidade devido ao desencontro de horários. Foi na
última semana que junto com a Enfermeira Paula observei uma dessas aulas.
Com um número grande de grávidas, é uma actividade que é utilizada para
apoiar e que serve de suporte a dúvidas e às dificuldades existentes, assim como
explicitar o modo como as futuras mães deverão encarar a maternidade. Foi
claramente uma aula que decorreu num ambiente bastante salutar entre as
utilizadoras.

Outras das experiencias que tive e que não estava definida inicialmente foi a
observação de um parto por cesariana. Este aconteceu no período da manha logo
após a passagem de turno. Devo dizer que foi um experiencia que me
impressionou um pouco. Em primeiro lugar por tratar de uma cirurgia que requer
bastantes procedimentos evasivos. Depois porque não se estabelece logo
inicialmente uma relação entre a mãe e o filho/a o que cria alguma ansiedade na
mãe, pois são necessários procedimentos acrescidos junto do RN que não
acontecem geralmente num parto eutócico. Ainda assim foi mais uma
experiência pela qual passei, que me serviu para enriquecer os meus
conhecimentos.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio é sempre um momento único que se vivenciam experiências de


extrema importância para o nosso desenvolvimento pessoal e profissional. Isto
porque nos permite adquirir e desenvolver competências, reflectindo as nossas
acções e procedimentos, compreendendo os nossos erros, de modo a estabelecer
uma prestação de cuidados mais eficaz.
O início de estágio, foi algo marcado por uma insegurança
principalmente pela experiencia mais negativa no estágio anterior. De qualquer
forma, foram sentimentos que rapidamente foram ultrapassados. Posso
claramente afirmar que este foi um período marcado positivamente por todas as
experienciais que me foram proporcionadas.
No que diz respeito à preceptora que me foi atribuída, foi sempre alguém
bastante disponível, que teve o cuidado em me transmitir sempre os seus
conhecimentos, com o objectivo de apoiar a minha prestação. Foi
simultaneamente uma enfermeira, que me motivou a aprender e a aperfeiçoar as
técnicas, bem como desenvolver técnicas autónomas e interdependentes ser
necessário a sua presença constante. Essa questão torna-se bastante importante
para o aluno, pois assim o aluno cria um raciocínio clínico mais eficiente o que
se torna mais vantajoso para actividade futura. Também permite desenvolver
uma maior segurança, no exercício da prática profissional.
Por outro lado, em termos de equipa profissional, existiu sempre uma
disponibilidade presente por parte dos enfermeiros. De acordo com o tempo que
me mantive neste contexto de Ensino Clínico, tornou-se perceptível um
ambiente agradável entre toda a equipa profissional, o que também nos ajuda a
nós, alunos, quando nos encontramos sobre este regime. No entanto, esta equipa
soube manter acima de tudo o profissionalismo que deve ser estabelecido neste
Serviço.
Relativamente ao corpo docente, mais especificamente a Prof. Ana Frias,
foi uma professora que se manteve sempre disponível, mesmo perante momentos
em que manter o contacto seria difícil. A professora, sempre acompanhou o
estágio da melhor forma possível, pois manteve sempre o feedback sobre as

19
correcções e aspectos que deveria melhor ou investir mais de forma a contribuir
positivamente para o contexto Ensino Clínico. Desta forma, tenho a referir que o
facto de persistir sempre a comunicação entre “aluno - docente” manteve um
forte contributo positivo para o estágio.
Por último, relativamente ao Serviço e às doentes que se encontraram
naquele serviço ao longo destas 6 semanas, não tenho nada a referir de
pejorativo, antes pelo contrário, pois tivera um forte contributo para a minha
aprendizagem e desenvolvimento profissionais.
Desta forma, de uma forma sucinta tenho a referir que este estágio
permitiu-me um forte desenvolvimento, não só profissional, com de raciocínio
que deve ser exercido, que contribui fortemente para a aquisição de
conhecimento a colocar em prática. Penso que cada elemento, se tornou
essencial, pois a junção de cada um desenvolveu, a meu ver, um estágio bastante
positivo com experiencias e uma forte aquisição de conhecimentos.

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REFERÊNCIAS

6.1. BIBLIOGRÁFICAS

• BENNER, Patrícia – From Novice to Expert – “American Journal of


Nursing”, nº82, Marco 1982. Tradução de António Manuel V. A. da
Silva;

• BOBAK, Irene; LOWDERMILK, Deitra; JENSEN, Margarete; PERRY,


Shannon; Enfermagem na Maternidade, 4ª Edição, Lusociência, 1999;

• KEMP, N. & RICHARDSON, E., - A garantia de qualidade no exercício


da Enfermagem, Lisboa: Artes Gráficas, 1995;

• LAUTERN, Liana, Programa de Atendimento de Enfermagem e Alta


Hospitalar – Revista Gancha de Enfermagem, Março de 2006, São Paulo;

• LOWDERMILK, Deitra; PERRY, Shannon; BOBAK, Irene, O cuidado


em Enfermagem Materna, 5ªEdição, Artmed Editora, 2002;

• PEDRO, Sandra Ferreira – Da gravidez ao nascimento:


informação expressa como necessária pela mulher; In: Revista
da Associação Portuguesa dos Enfermeiros Obstetras, Porto N.º
5 , 2004

• QUEIRÓS, Ana Albuquerque; Projecto e Relatório de estágio – Alguns


Aspectos Orientadores; Outubro 2003;

• VASCONCELOS, Eduardo - Receba bem o estagiário. Formar. Nº 7


(Ago./Set./Out.1992), p.28-31.

6.2. ELECTRÓNICAS

• http://www.dgidc.min-edu.pt/saude/Paginas/default.aspx , [acedido a
10/04/2011 às 18:00h]

21
22
1. APÊNDICES

7.1. OBJECTIVOS E ACÇÕES PROPOSTAS

ENSINO CLÍNICO V- OBSTETRICIA

Objectivos Acções/Intervenções Avaliação


• Interacção com a equipa
multidisciplinar;
Nº1 • Esclarecimento de dúvidas
e discussão de situações
Obter capacidade de
clínicas, junto da preceptora
integração gradual na
(Enf.ª Elsa);
equipa e no Serviço de
• Demonstração de
Obstetrícia/Ginecologia
assiduidade e pontualidade;
• Demonstração de empatia,
disponibilidade e
responsabilidade, para com
todos os intervenientes no
serviço.
• Apresentação do espaço
físico do serviço de
Nº2 Obstetrícia, por parte da
enfermeira preceptora.
Conhecer o espaço
• Observação da prestação de
físico e funcional do
cuidados aos recém-
serviço de Obstetrícia
nascidos e apoio fornecido
às famílias pelos
enfermeiros do serviço;
• Realização da leitura de

23
alguns dos protocolos do
serviço mais pertinentes

• Esclarecimento de dúvidas,
inerentes ao espaço físico
assim como ao
funcionamento do serviço.

• Apresentação individual e
da equipa de saúde;
• Descrição da situação
clínica e respectivos
procedimentos à grávida e
Nº3 familiar;

Desenvolver • Descrição à grávida e à

competências na família relativamente às

prestação de cuidados normativas vigentes no

de enfermagem no serviço a cumprir;

momento de admissão • Confirmação do processo


da grávida e posterior clínico (boletim da grávida);
internamento do RN e • Arrumação e identificação
parturiente no serviço. de objectos pessoais da
grávida e RN;
• Acompanhamento de
acordo com o diagnóstico
da situação clínica indicada;
• Avaliação de sinais vitais.
• Monitorização via CTG.
• Canalização de veia
periférica.
• Abertura e realização do
processo de enfermagem da
24
grávida

À grávida
• Acomodação na sala de
partos e explicação dos
procedimentos que serão
efectuados;
• Administração de
medicação prescrita à
grávida.
• Ensino de controlo
respiratório como forma de
facilitação do processo de
contracções uterinas.
• Assistir ao parto e
transporte do recém-nascido
Nº4
para unidade de
Observar e apoiar na
acolhimento do RN
realização de partos e
acolhimento do recém-
Ao Recém-Nascido
nascido
• Providenciar
antecipadamente todo o
material necessário para a
recepção do recém-nascido;
• Aspiração de secreções se
necessário;
• Avaliação do índice de
APGAR ao 1º e 5º minuto;
• Limpar e estimular
tactilmente o recém-
nascido;
• Avaliação de sistemas e
25
malformações físicas;
• Administração de
profilaxia de acordo com as
normas vigentes no serviço;
• Vestir recém-nascido com
roupa previamente aquecida
e preparada;
• Identificação do recém-
nascido e da respectiva mãe;
• Assegurar contacto com a
mãe logo que possível.

Nº5 (Exame objectivo da grávida)


• Avaliação e registo dos
Adquirir sinais vitais;
conhecimentos nos • Avaliação uterina (palpação
cuidados à mulher no do globo de segurança de
puerpério imediato Pinard, perdas hemáticas –
(quarto estádio do penso higiénico absorvente,
trabalho de parto). expressão uterina) e
mamária (mamas, mamilos,
colostro);
• Avaliação do períneo;
• Avaliação do penso (se
cesariana) ou episiorrafia
(se parto por via baixa);
Exame alvo do RN
• Despiste de malformações;
• Observação do coto
umbilical;
• Avaliação dos reflexos do
RN;
26
• Apoiar no processo de
adaptação da parturiente ao
RN
Nº6 • Perceber a dinâmica do
circuito das intervenções
Presenciar cirurgias
cirúrgicas;
ginecológicas
• Observação das cirurgias
efectuadas no âmbito de
ginecológicas definidas
marcação prévia.
previamente pela equipa de
cirurgia.
• Planeamento de cuidados
de enfermagem, definindo
prioridades, de acordo com
Nº7
as necessidades do recém-
Desenvolver
nascido e parturiente;
competências na
• Execução de cuidados de
prestação de cuidados
enfermagem inter e
de enfermagem globais
independentes (avaliação de
e individualizados ao
sinais vitais, colheita de
recém-nascido e à
espécimes; administração de
parturiente.
terapêutica; avaliação de
sinais vitais; realização de
ensinos; realização de
pensos, vigilâncias de
suturas e perdas hemáticas;
entre outros);
• Avaliação do impacto dos
ensinos realizados
comparando os resultados
reais com os esperados.
• Esclarecer se a puérpera
tem alergias ou patologias,
que afectem ou
27
condicionem o aleitamento
materno;
Nº8 • Ensino à grávida/puérpera
sobre as vantagens e prática
Sensibilização
do aleitamento materno, e
grávida/puérpera para o
cuidados da higiene
aleitamento materno
mamária, após a mamada;
• Esclarecer sobre a
importância do aleitamento
precoce no estabelecimento
do vínculo afectivo e
assegurar a ingestão
nutricional necessária ao
RN (início da amamentação
na primeira meia hora de
vida do RN)
• Explicação à grávida sobre
a técnica de amamentação
correcta;
• Ensino sobre posição do
RN, posição da mãe,
sucção, vigilância da
mamada (frequência e
duração das mamadas);
• Ensino à grávida/puérpera
sobre os cuidados a ter com
as mamãs para evitar a
fissura dos mamilos (técnica
da “boa pega”; início das
próximas mamadas
alternando de mama;
massagem do mamilo com o
28
próprio leite/ colostro, para
hidratação e prevenção de
gretas; uso correcto da
técnica de interrupção das
mamadas (introduzindo o
quinto dedo na boca do RN,
abrindo os maxilares);
secagem dos mamilos após
banho; restrição do uso da
mamã vazia como chupeta
do RN e da utilização
prolongada da bomba
manual ou eléctrica);
• Incentivo à grávida e
puérpera para realizarem
uma alimentação saudável e
equilibrada com o reforço
de líquidos.
Nº9 • Elaboração de folheto
Desenvolver e explicativo referente à
colaborar em temática da mulher
actividades no âmbito submetida a cirurgia
da educação para a ginecológica;
saúde, junto de mulher • Elaboração de cartaz
com patologia expositivo alusivo às
ginecológica. diferentes cirurgias
ginecológicas e referentes
procedimentos.
Nº10 • Observação das acções
desenvolvidas no âmbito da
Integrar a consulta de consulta respeitante à
acompanhamento da interrupção voluntária da
interrupção voluntária gravidez durante o turno.
29
da gravidez.

7.2 REFLEXÕES SEMANAIS

Reflexão Semanal nº 1

Começo esta reflexão, uma das seis a realizar durante o ensino clínico,
referindo que este tipo de trabalho académico é muito benéfico. As reflexões,
como já tive oportunidade de experienciar noutros estágios, são momentos ideais
para evidenciar mais do que o executamos num contexto prático, referir todos os
sentimentos relativos ao que experienciamos e evidenciamos, que como em tudo
na nossa vida, seja ela académica ou pessoal tem altos e baixos típico da
essência humana.

Começo em primeiro lugar por dizer que este estágio a nível de relação
pessoal com todos os intervenientes no serviço, está a ser bastante diferente de
outros por onde já passei. Não existe uma linha recta que tenha que ser
percorrida correspondente apenas ao binómio estudante - preceptor. Ficou bem
expresso desde o dia da apresentação que todas as enfermeiras estão de um
modo correcto e amistoso, dispostas ajudar os alunos, mesmo que por vezes
possa interferir com o trabalho que tem que desempenhar, mostrando uma
entrega e apoio fantástico. Com isto dizer que todos participam no processo de
aprendizagem do aluno, pois sabem que assim estão claramente a contribuir
para uma formação mais eficaz.

No que respeita à preceptora, os poucos turnos que tive contacto com a


enfermeira Elsa, foram por demais positivos. Aparenta em primeiro lugar ser
uma pessoa que está disponível para ensinar não, explicando apenas como se
30
faz, mas na minha perspectiva o mais importante referindo sempre o porquê.
Dotada de grande conhecimento apoia tanto a mim como os meus colegas de
estágio, pelo que posso claramente dizer que estou bastante satisfeito com a
pessoa que me irá acompanhar durante seis semanas intensivas, e que a relação
senão amistosa não seria um estágio de certo salutar.

Respectivamente aos turnos em concreto o primeiro dia posso dizer


claramente, foi um dia que superou todas as expectativas. Em primeiro lugar
pela disponibilidade e simpatia presente em todos os profissionais do serviço,
desde os enfermeiros até aos auxiliares e equipa médica, como já anteriormente
tinha referido. Em segundo lugar o facto de logo após uma breve apresentação
do serviço, ter tido a possibilidade de observar um parto. Acabaram por dois em
simultâneo o que ainda mais enriqueceu a experiência.

Confesso que estava um pouco reticente, pois era algo novo para mim.
Reticente, principalmente devido ao facto do desconhecido. Devo dizer que
sendo o meu primeiro parto me pudesse causar alguma sensibilidade, face ao
procedimento em causa. O mesmo felizmente não aconteceu, e após o receio
inicial ter sido dissipado, pude observar de um modo mais objectivo. Serviu o
mesmo para esclarecer inúmeras dúvidas que possuía, tanto no que diz respeito
ao parto, assim como no tratamento inicial do recém-nascido e a sua
mobilização, não descurando claro a parturiente. Posso claramente dizer que foi
uma manha única que me enriqueceu de um modo singular.

Os restantes turnos foram divididos entre tarde e uma noite, o que foi
bom, pois deu para conhecer as rotinas dos serviços, um dos objectivos a que me
propus, e penso que assimilei as receptivas. São rotinas que variam um pouco no
modo de execução nas diferentes enfermeiras, mas que também me foi
explicado, pela preceptora de modo a não causar alguma estranheza os diferentes
modos de actuar. No respeitante aos procedimentos por mim desempenhado, não
considerando relevante enumerar todos eles, posso dizer que embora tenha
necessário como é normal de algumas explicativas, os desempenhei de um modo
sempre correcto e objectivo, procurando sempre entender o porque de serem de

31
determinada forma adaptando por vezes à situação clínica da parturiente. Em
geral os procedimentos tanto junto das utentes como de preparação de
medicação foram sempre executados de forma correcta.

De um modo geral estes primeiros, turnos embora um pouco cansativos,


pois por inúmeros factores e principalmente pela distância geográfica
relativamente a Évora, foram turnos que serviram para puder entender as
dinâmicas assim como os locais respeitantes ao serviço. Foi claramente uma
semana positiva de grande aprendizagem, o que se será fundamental para que o
restante ensino clínico decorra de uma forma positiva. Para terminar espero que
as semanas que antecedem esta primeira, sejam ricas em no processo de
conhecimento e cheias de trabalho.

Reflexão nº 2

Embora pela lógica devesse respeitar a ordem cronológica dos


acontecimentos relativos ao estágio, pretendo iniciar esta reflexão pelos mais
recentes, até porque foram os que mais me marcaram. Devo dizer que estes dias
de férias foram algo constrangedores para mim. Sentia que a Professora não
estava claramente satisfeita com o meu desempenho, sendo bem expresso pelos
e-mails, o que me deixava também reticente quando voltasse ao serviço, pois o
meu desempenho poderia ficar algo debilitado. Felizmente não aconteceu,
principalmente devido à nossa conversa telefónica. A mesma serviu de tónico
para compreender alguns erros que devem de ser corrigidos, e também porque
senti no seu discurso um apoio rectificativo. Ou seja ao mesmo tempo que me
corrigiu enquanto docente, teve aquilo que por vezes é suficiente para que nós
aceitemos e nos deixe tranquilos enquanto alunos que foram benevolência.

Bom apenas quero agradecer pela nossa conversa ter tido, pelo menos
assim o senti, um carácter correctivo, mas ao mesmo tempo também espero que
não tenha sido conotada com um negativismo que possa ser arrastado ou
32
influencie o meu desempenho ao longo deste estágio. Isto claramente tudo
depende da minha capacidade para inverter os pontos mais negativos.

No que respeita ao estágio, mais concretamente o pertencente ao serviço,


não poderia estar mais satisfeito. Ao contrário do que ouvia os meus colegas por
várias vezes a referir, o período em que tenho permanecido neste ensino clínico,
tem sido sempre rico em experiências e em número de puérperas, assim como
em mulheres com necessidades na área ginecológica. O número elevado de
utilização permitiu-me sempre puder prestar os mais variados cuidados, pelo que
posso claramente afirmar que já consigo interiorizar principalmente as rotinas do
serviço, assim como a melhor forma de as desempenhar. Embora não tenha
ainda falado directamente com a enfermeira Elsa sobre este assunto, penso que
tenho conseguido adaptar-me aos procedimentos que são necessários
desempenhar, procurando sempre corrigi-los para que possa melhora-los. Posso
afirmar que até ao momento está no meu ponto de vista a ser um estágio bastante
positivo em todas as vertentes.

Outras das situações que me tocou de alguma forma, foi o


acompanhamento nas consultas de interrupção voluntária da gravidez. Embora
para mim tenha tido um carácter meramente de observação, foi sem dúvida uma
experiência única. Todas as mulheres com que tive oportunidade de acompanhar
possuíam algo em comum. Em primeiro lugar esteve presente algum embaraço
por estarem numa situação que na nossa sociedade é muito melindrosa. Mas o
que realmente me deixou algo perplexo não foi o facto de estarem a passar por
um processo deveras complexo. Coincidente às quatro mulheres que estiveram
nesse dia na consulta foi o facto de já terem filhos. Não pude deixar de reparar
que embora entrassem com um semblante algo carregado para o gabinete de
enfermagem para darem inicio à consulta, aquando da recolha inicial de dados
quando referiam que tinham já filhos, todas sem excepção esboçaram um
sorriso. Não passa pelo enfermeiro fazer juízos de valor relativamente à temática
ou até mesmo no que respeita às razões pelas quais as mulheres optam por
querer fazer uma IVG, mas é um facto que naquele sorriso parecia existir algo
que contradizia todos os seus discursos e principalmente a sua vontade. Foi mais

33
uma prova de quanto o ser humano pode ser complexo, e que me deixou bastante
pensativa no que diz respeito à temática.

Não posso também deixar de referir alguns aspectos menos positivos, no


que respeita ao estágio. A realçar em primeiro lugar a paragem devido às férias.
Após ter feito oito turnos, em que passei pelos três horários diferentes, já sentia
segurança e interiorização necessária face ao que é proposto como alguns dos
objectivos de devemos atingir. Esta pausa foi um pouco prejudicial para mim,
pois terei que adaptar-me novamente face a algumas lacunas que possam surgir.
Decerto não será um problema de maior.

Outro dos pontos menos positivo é o facto de ter que trocar de enfermeira
preceptora em alguns turnos, devido ao calendário de férias existente no serviço.
Com isto não me refiro à possibilidade de a mudança não ser positiva, pois com
outra enfermeira algo será diferente e será um novo momento de aprendizagem
que servirá para enriquecer. Falo do facto da singularidade do modo de cada
profissional de saúde trabalhar, poder me induzir a alguns erros. Neste sentido
embora os procedimentos sejam comuns a todas pois existem normas no serviço
pelos quais as enfermeiras se devem reger, pode haver sempre algumas
mudanças no modo de actuar. Espero que sejam apenas receios
infundamentados.

Expressas as minhas principais preocupações e experiências, não


encontro necessidade de explanar mais nenhuma situação concreta relativamente
ao estágio. Apenas expressar que consiga ir ao encontro daquilo que é esperado
e que acima de tudo toda esta experiência seja sempre enriquecedora e
motivadora, pelo que são esses os meus votos mais sinceros.

Reflexão nº 3

Nesta semana após regressar do período de férias, deparei-me no serviço


com uma taxa de ocupação menor do que aquela com que tinha tomado contacto
34
em semanas anteriores. Nos turnos respectivos foram apenas quatro a cinco
puérperas que encontravam no internamento. O que à retirar de positivo foi o
facto de ter podido prestar cuidados a todas elas em alguns dos turnos. Ou seja,
embora a distribuição dite que sejam dividas as utentes pelas enfermeiras que se
encontram a fazer turno, devido ao número reduzido deram-me a oportunidade
de prestar cuidados a todas elas. Para mim foi um facto lisonjeante, pois senti
que de alguma forma tanto a enfermeira Elsa como as suas colegas depositavam
alguma confiança em mim para puder desempenhar as suas acções, o que
acarretava uma responsabilidade acrescida para mim.

Outros dos factores positivos que denotei, foi uma melhoria na minha
capacidade de comunicação. Após alguns esclarecimentos de dúvidas
principalmente nos ensinos, e fruto também de alguma pesquisa senti que a parte
relacional, tanto com as puérperas como com as respectivas famílias foi
melhorada. Penso que também é efeito de um maior à vontade relativamente à
envolvência no serviço. No que diz respeito ao serviço sinto que as pessoas me
tratam como parte integrante e embora esteja ligeiramente a metade do estágio já
me sinto parte integrante do grupo, o que me deixa mais à vontade.

Esta semana embora não tenha sido tão rica em experiências


relativamente às que antecederam, houve uma que me marcou particularmente.
Recaiu sobre o facto de ter prestado cuidados a uma puérpera de etnia cigana.
Tendo uma cultura específica e mais singular relativamente aquela onde nos
inserimos, prestar cuidados requereu inúmeras peculiaridades. Em primeiro
lugar existia um deficit na higiene pessoal e embora por diversas vezes o tenha
tentado não foi fácil moderar a situação para que conseguisse o objectivo. Por
outro lado também foi difícil gerir a parte relacional entre puérpera e respectiva
família, e o meu desempenho. Principalmente devido ao facto de alguns dos
membros da sua família terem dificuldades no cumprimento das regras vigentes
no serviço. Ainda assim o desfecho foi bom, sem incidências por demais a
apontar, sendo que consegui lidar sempre da melhor forma com a situação e por
mim mesmo. O que há a retirar de ilações é o facto de enquanto enfermeiros
termos de adaptar os cuidados tendo em conta um padrão multicultural, para que

35
os mesmos sejam prestados da melhor forma, assim como a componente humana
deve ser sempre adaptada para que consigamos estar em harmonia com todas as
partes.

Nesta semana e após as principais incidências expostas resta-me apenas


referir que devido a impossibilidade da enfermeira Elsa fazer um turno, fiquei a
fazer o mesmo com a Enfermeira Dulce. Foi um turno que mais uma vez deu
para entender as diversas formas de trabalhar entre os enfermeiros, o que para
mim é importante pois servirá também de lição para uma futura vida
profissional, e que acima de tudo correu bastante bem sem nenhum problema a
apontar.

Resta-me apenas dizer que continua tudo a correr segundo as minhas


expectativas e penso que acima de tudo, tenho progredido bastante o que me
deixa satisfeito com a minha prestação, assim como com todos aqueles com
quem tenho tido contacto no serviço. De qualquer forma sinto necessidade de
falar com a enfermeira para junto dela tentar perceber principalmente
quantitativamente como está a ser o meu desempenho, para que depois sejam
corrigidos os pontos que estejam menos favoráveis. Quero também agradecer
pelas alterações que efectuou na reflexão anterior e que de alguma forma a
presente demonstre algumas melhorias.

Reflexão nº 4

Esta semana fica marcada negativamente pela minha situação de saúde.


Devido principalmente ao meu estado febril, foram dois os turnos que ficaram
afectados e respectivamente o meu desempenho. Embora tenha sempre tentado
desempenhar todas as tarefas da melhor forma, a minha condição física não me
permitia executar as mesmas com a vivacidade habitual. Esta situação decorreu

36
no primeiro turno em que estava com o enfermeiro Sérgio. O mesmo deu-me
dispensa quando faltava pouco mais de uma hora para o finalizar. A falta que
referi à professora no e-mail foi no turno que correspondeu ao dia seguinte.
Quero também frisar que a enfermeira Elsa teve conhecimento de todo este
processo.

Apesar de ter estado um pouco debilitado nem tudo foi negativo, até
porque à semana descrita na reflexão não corresponderam apenas estes dois
turnos. Após as primeiras duas semanas com um uma taxa de partos elevado,
ocorreu um período na terceira semana que não tive possibilidade de assistir a
nenhum nascimento. Nesta semana que decorre surgiu novamente essa
oportunidade. Embora tenha havido no serviço apenas duas puérpera durante os
turnos que efectuei, coincidiu num deles com o momento do parto, de uma das
grávidas. Devido ao facto de não ter sido o primeiro parto o conhecimento
anterior permitiu-me desempenhar as funções que me foram atribuídas na sala de
partos de uma melhor forma. A mesma passava principalmente por receber e
aplicar as medidas imediatas necessárias ao recém-nascido, como administração
de terapêutica profiláctica, pesar, estimulação táctil ou até mesmo os registos
referentes à identificação do recém-nascido, assim como o índice de APGAR,
entre outros. Foi o nascimento de um menino que decorreu sem problemas. A
família, com quem criei uma relação bastante sadia, serviu também para que de
alguma forma me sentisse menos pressionado nas funções também do puerpério
imediato. Em suma foi uma boa experiência com a tríade que me deixou
satisfeito e realizado.

Sendo esta a reflexão respectiva à quarta semana e que coincide com o


período que corresponde ao meio do estágio, penso ser propício fazer uma auto-
avaliação formativa. No que respeita ao meu desempenho a nível de
procedimentos práticos, penso que está a ser bom. Embora por duas vezes tenha
recorrido à enfermeira para me ajudar a puncionar visto não ter sido capaz, nas
restantes intervenções as mesmas tem sido feitas de acordo com as normas
instituídas no serviço, assim como respeitando sempre a assepsia e integridade
pessoal da utente/grávida/puérpera. Num nível global não tenho tido

37
dificuldades e o meu desempenho tem sido do meu ponto de vista positivo. A
nível de conhecimentos de Diagnóstico/Apreciação têm sido algumas as lacunas,
sendo fruto de alguma falta de estudo em áreas mais específicas. Por último as
competências referentes ao planeamento também tem sido desenvolvidas de uma
forma positiva, sempre com o avalo e apreciação da enfermeira que por vezes
quando necessário as corrige. Penso que de um modo geral tenho realizado um
bom estágio e que as melhorias relativamente ao período inicial têm sido
visíveis.

Por último quero apenas referir à semelhança do que já aconteceu


anteriormente, que o turno com o enfermeiro Sérgio decorreu da melhor forma,
pelo que o mesmo deu-me sempre autonomia para desempenhar as acções
relativas ao estágio, o que julgo demonstrar ser um voto de confiança também
por parte dos outros profissionais que trabalham no internamento.

Por esta semana estão expostas as principais situações que dizem respeito
ao estágio e que penso serem as mais relevantes.

Reflexão nº 5

Nesta quinta semana de estágio tudo decorreu ligeiramente diferente


daquilo que costuma ser habitual no serviço. Em primeiro lugar esta foi a
semana que coincidiu com a realização dos meus turnos com a Enfermeira
Arménia. Habitualmente a enfermeira fica destacada para as consultas de
interrupção voluntária da gravidez e consultas de acompanhamento à gravidez.
38
Tendo sido um dos meus objectivos de estágio o acompanhamento das
respectivas consultas, foi bastante positivo poder observar de novo as mesmas,
pois pude ter contacto com uma realidade com a qual possivelmente não voltarei
a ter enquanto aluno. São consultas com uma grande carga emocional, e por isso
um momento de aprendizagem que me enriqueceu a nível de relação humana
enquanto futuro profissional de saúde.

Outro dos pontos que divergiu daquilo que costuma ser usual nas últimas
duas semanas, foi o facto de terem iniciado estágio cinco novas alunas da escola
de enfermagem de Portalegre. Em primeiro lugar e sendo este um serviço que
não tem tido uma grande taxa de ocupação, o facto de existirem sempre dois ou
três alunos pode tornar ainda mais pequena a possibilidade de desenvolver um
trabalho mais alargado. Embora todos tenhamos uma relação salutar é obvio que
havendo turnos que têm três alunos e mais quatro enfermeiros, gera sempre um
pouco de dificuldades na execução de tarefas comuns a todos, assim como o
número de utentes atribuídas será sempre mais reduzido. Ainda assim tem
havido sempre uma coordenação entre nós alunos, que nos permite distribuir
tarefas dentro do possível para que todos tenhamos a possibilidade de as
desempenhar.

De qualquer forma embora os turnos possam ter sido pouco produtivos a


nível quantitativo, todas as situações relativas as puérperas e mulheres
submetidas a cirurgia ginecológica foram sempre positivas. No que diz respeito
às puérperas, fiquei novamente com uma senhora de etnia cigana, tendo
decorrido uma situação caricata. Após ter tido o parto cerca das sete horas da
manhã, a senhora pouco depois expressava o desejo de abandonar o
internamento. Depois de uma longa conversa com a puérpera e também com a
intervenção do médico, a senhora acedeu em permanecer mais um dia no
internamento. O que ficou provado foi que apesar da etnia ou raça, o diálogo
consegue quase sempre, dissuadir o ser humano daquelas que são as acções
menos correctas. Foi de facto uma situação que exigiu alguma maturidade e
capacidade de diálogo para lidar com a mesma, mas penso que me saí bem.

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Outra das situações que gratificantes passou-se com uma senhora no
internamento de ginecologia. Tendo coincidindo sempre ficar a meu cargo,
criamos uma relação de empatia bastante agradável. Foi mais uma das
experiências positivas com pessoas que possuem alguma idade e que nos
transmitem sempre uma figura mais maternal ou paternal, sendo também por ai
que quase sempre se cria uma relação especial.

Numa semana marcada principalmente pelas situações que em cima


descrevi houve também uma que marcou pela negativa. Após a conversa
telefónica com a professora posso pela primeira vez afirmar que me senti
desmotivado. Aceito que os meus conhecimentos possam não ser os suficientes
para o desenrolar do estágio, mas no que diz respeito ao termo utilizado
nomeadamente de “baldas” não posso concordar com essa apreciação por parte
da enfermeira. Em primeiro lugar porque tenho todos os turnos efectuados, ou
seja os vinte e quatro, à excepção de um que faltei com o comprovativo médico.
O de dia sete de Maio não foi uma falta mas sim uma troca, pelo que não deve
ser considerado uma falta injustificada. Tenho pois todos os turnos efectuados.
De qualquer forma toda a gente tem direito a ter um juízo próprio, mas continuo
a afirmar que de faltar não me podem acusar, pois não corresponde à realidade.
De qualquer forma será um assunto que decerto será debatido na reunião final de
estágio.

Por esta semana estão relatados as principais incidências querendo


apenas também referenciar o excelente trabalho que a enfermeira Arménia
comigo efectuou durante esta semana e por todo o apoio prestado sempre que
necessitei.

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