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C E NSO

GIFE
São Paulo
2019
rodapé deverão ser mantidos inalterados. Alterações de cunho técnico-documental
não estão autorizadas. Para isto, entre em contato conosco.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(eDOC BRASIL, Belo Horizonte/MG)

Ferreti, Michelle.
F387c Censo GIFE 2018 / Michelle Ferreti, Marina Barros; organizadora
Graziela Santiago. – São Paulo, SP: GIFE, 2019.
160 p. : 19 x 26 cm

ISBN 978-85-88462-42-7

1. Empresas – Aspectos sociais. 2. Grupo de Institutos,


Fundações e Empresas. 3. Pesquisa quantitativa.
4.Responsabilidade social da empresa. 5. Terceiro setor
(Organizações). I. Barros, Marina. II. Santiago, Graziela. III. Título.

CDD 361.760981

Elaborado por Maurício Amormino Júnior – CRB6/2422

1ª reimpressão

Este material é disponibilizado sob a licença Creative © 2019 GIFE -


Commons Atribuição Não Comercial 4.0 Internacional. Grupo de Institutos
http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 Fundações e Empresas
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REAL I ZAÇÃO: PA RCE R I A :

CONHECIMENTO
SOCIAL
estratégia e gestão CONHECIMENTO
SOCIAL
estratégia
C 100 C 100 C 100 C 90 C 50
e gestão
M 70 M 50 M 00 M 50 M 00
Y 00 Y 00 Y 00 Y 100 Y 100
K 10 K 00 K 00 K 00 K 00

A POIO :
Pantone 287 C Pantone 300 C Pantone Cyan Pantone 349 C Pantone 376 C
GIFE

C ONSE LHO DE G O VERN AN ÇA


Americo Mattar – Fundação Telefônica Vivo
Atila Roque – Fundação Ford
Fábio Deboni – Instituto Sabin
Giuliana Ortega – Instituto C&A
Guilherme Coelho – Instituto República
Inês Lafer – Fundação Betty e Jacob Lafer
Leandro Pinheiro – Fundação Feac
Luis Fernando Guggenberger – Instituto Vedacit
Maria Alice Setubal – Fundação Tide Setubal (Presidente)
Maria de Lourdes Nunes – Fundação Grupo Boticário
Mônica Pinto – Fundação Roberto Marinho
Virgílio Viana – Fundação Amazonas Sustentável

C ONSE LHO FISCAL


Andrea dos Santos Regina – Serasa Experian
Cibele Demetrio Zdradek – Instituto Grupo Boticário
Odair Barros da Silva – Fundação Telefônica Vivo

SE C R E TÁRIO -G ERAL
José Marcelo Zacchi

E X P E D I EN TE
Coordenação: Graziela Santiago
Supervisão: José Marcelo Zacchi, Erika Sanchez Saez e Gustavo Bernardino
Parceiro técnico: Ana Lúcia D’Império Lima (Conhecimento Social)
Redação: Michelle Ferreti e Marina Barros (Uaná Consultoria e Assessoria)
Apoio de redação: Clara Carolina de Sá (Uaná Consultoria e Assessoria)
Processamento de dados: XTab Processamento de Dados
Apoio técnico: Larissa Laviano de Souza
Apoio de pesquisa: Carolina Magosso
Projeto gráfico e diagramação: Gabriel Calou e Carolina Scorsato
Revisão: Gleice Regina Guerra e Thais Spiezzi Rinaldi
Impressão: Max Editora e Impressões
AGRA D E C I M E N TO S

Agradecemos a toda a equipe GIFE pela cooperação durante


o processo de elaboração e lançamento do Censo.

Agradecemos aos parceiros que colaboraram na revisão do


questionário: Graciela Hopstein, Fábio Deboni, Celia Cruz,
Patrícia Lacerda, Fábio Riserio, Paula Perim
e Carolina Pasquali.

Agradecemos à equipe da pesquisa Benchmarking do


Investimento Social Corporativo (BISC) pela parceria: Anna
Peliano, Patrícia Loyola e Hugo Pedro Guornik de Oliveira.

Esta publicação não teria sido realizada sem a participação


de todos os associados do GIFE que se prontificaram
a responder ao questionário do Censo GIFE 2018.
Agradecemos a todos pela disposição e compromisso
com o fortalecimento do campo do investimento
social e da filantropia.

Agradecemos, especialmente, aos nossos apoiadores


institucionais que tornaram possível a realização deste
projeto: Fundação Ford, Fundação Lemann,
Instituto C&A e Instituto Unibanco.
SU M Á R I O

5
Como o investimento
social se articula com

3
outros atores e atua
de forma coletiva? 123

0
Como o investimento Parcerias e articulação
social está institucio- em redes 124
nalizado? 63 Coinvestimento 129
Introdução 7
Governança e Alinhamento com
transparência 64 políticas públicas 132

1
Gestão de pessoas 72 Negócio de
impacto social 139
Alinhamento com
Como o investimento o negócio 78

6
social se financia? 17 Gestão de riscos 82
Volume de Ambiente de atuação 87
investimento 18 Quais os focos de atuação

4
do investimento
Fontes de recursos 23
social? 147
Incentivos fiscais 33
Temas e foco
Como o investimento
de atuação 148

2
social inova, inspira
e contribui para a Abrangência territorial 166
ação pública? 93 Tipos de beneficiários 167
Como o investimento
social financia Sistematização de Alinhamento aos ODS 168
terceiros? 41 práticas e avaliação 94
Comunicação 110
Forma de atuação do Apêndices 173
investimento social 42 Inovação e escala 117

Distribuição de recursos
e repasses para
terceiros 45
Relação com OSC 54
0
IN TRO D U ÇÃO

O QUE É O CENSO GIFE?

Realizado desde 2001 empresariais, familia- atuação das organiza-


com periodicidade bienal, res e independentes ções e das empresas
o Censo GIFE é uma das que destinam recursos que desenvolvem ações
principais pesquisas privados para projetos de de investimento social.
sobre investimento finalidade pública. Assim, aponta caminhos
social privado no Brasil, Ao apresentar, a cada para fomentar o campo
abordando uma grande edição, as principais ten- do investimento social
variedade de temas e dências e variações nas e da filantropia no Brasil,
fornecendo um pano- práticas do investimento buscando, simultanea-
rama sobre estrutura, social privado, o Censo mente, promover o forta-
formas de atuação e es- GIFE presta suporte ao lecimento da democracia
tratégias de empresas, planejamento, estrutu- e da participação
institutos e fundações ração e qualificação da social no país.
UNIVERSO PESQUISADO

133
ORGANIZAÇÕES
RESPONDERAM AO
CENSO GIFE 2018,
o que corresponde a 84% da base associativa
do GIFE na época de coleta dos dados.

17 536 8
organizações é o crescimento de de crescimento anual
a mais do que o associados do GIFE médio dos associados
Censo GIFE 2016. entre 1995 e 2019. (1995–2019).

Total de 159
associados
do GIFE 138 138 129
125
123 143 150
109 135 132
Respondentes
124 133
do Censo GIFE (ano 83 109
de coleta de dados) 101 113 116
67
54 102 100
71 91
39 64
80
25 26 48
61
25 30
48
2003
2002
1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

 Gráfico 1: Associados GIFE e respondentes do Censo (1995 a 2019)

8 CENSO GIFE 2018


DIVERSIFICAÇÃO  Gráfico 2: Organizações por tipo de investidor

DE TIPOS DE
Inst./
Fund.
22% familiar
INVESTIDORES
Inst./Fund.
13% indepen-
52% dente
13%
Inst./Fund.
empresarial Empresa

TIPOS DE INSTITUTOS E FUNDAÇÕES

Empresarial: são organi- Familiar: são organiza- Independente: são


zações sem fins lucrati- ções sem fins lucrativos, organizações sem fins
vos, criadas e mantidas criadas e mantidas por lucrativos mantidas
por uma empresa ou uma família ou indivíduo geralmente por mais
seus acionistas. São que também se envolve de uma organização ou
geridas por pessoas na sua governança e/ indivíduo. Sua gestão e/
ligadas à empresa que ou gestão. São geridas ou governança podem
as mantêm. Nem sempre de forma independente assumir diversos e
todos esses fatores das empresas da famí- variados formatos, não
precisam existir simulta- lia. Nem sempre todos estando vinculadas ins-
neamente, mas enten- esses fatores precisam titucionalmente a uma
demos que, na maioria existir simultaneamente, única empresa, família
dos casos, a maior parte mas entendemos que, ou organização.
deles está presente. na maioria dos casos, a
maior parte deles está
presente.

Introdução 9
MAIS INSTITUTOS
 Gráfico 3: Associados e respondentes
por tipo de investidor (2008 e 2019) E FUNDAÇÕES
(A) (R) (A) (R)
FAMILIARES
16% 14% 15% 13%
Em pouco mais de uma década, a
7% 8% 22%
21% participação de institutos e funda-
54% 55% ções familiares respondentes cres-
52% ceu 14 pontos percentuais (de 8%
51%
para 22%)...

... enquanto a proporção de empresas


23% 24% respondentes caiu 11 pontos
13% 13% percentuais (de 24% para 13%)
2008 2019

Empresa Inst./Fund. empresarial Inst./Fund. familiar Inst./Fund. independente (A) Associados (R) Respondentes

IDADE DAS ORGANIZAÇÕES

22
ANOS É A MÉDIA DE IDADE
DAS ORGANIZAÇÕES
 Gráfico 4: Média de idade das organizações em anos

17 21 27 28

Inst./Fund. Inst./Fund. Inst./Fund. Empresa*


familiar empresarial independente

*Nota: Refere-se ao ano de início da atuação da empresa na área de investimento social.

10 CENSO GIFE 2018


QUAL A DIFERENÇA ENTRE ISP E OSC?

Investidores sociais privados (ISP) são organizações que praticam o repasse vo-
luntário de recursos privados de forma planejada, monitorada e sistemática para
projetos sociais, ambientais, culturais e científicos de interesse público. Abrangem
tanto organizações que captam recursos e os repassam para terceiros, como orga-
nizações que possuem recursos próprios e executam seus próprios projetos e/ou re-
passam recursos para terceiros. Incluem-se, nesse universo, empresas, fundações
e institutos de origem empresarial ou instituídos por famílias, comunidades ou indi-
víduos que protagonizam ações sociais que se diferenciam por: (a) sua preocupação
com planejamento, monitoramento e avaliação dos projetos; (b) sua estratégia vol-
tada para resultados sustentáveis de impacto e transformação social; (c) o envolvi-
mento da comunidade no desenvolvimento da ação. Juridicamente os institutos e
fundações se constituem como associações privadas e fundações privadas.

Organizações da sociedade civil (OSC)* são entidades nascidas da livre organiza-


ção e participação social da população que desenvolvem ações de interesse público.
As OSC tratam dos mais diversos temas e interesses, com variadas formas de atu-
ação, financiamento e mobilização. São organizações de natureza privada, sem fins
lucrativos, institucionalizadas, autoadministradas e de natureza voluntária, ou seja,
constituídas livremente por qualquer grupo de pessoas, sem nenhum impedimen-
to ou constrangimento legal. No Brasil, esses critérios correspondem a apenas três
figuras jurídicas no novo Código Civil: associações privadas, fundações privadas e
organizações religiosas. Ainda que todas as associações e fundações que praticam
o investimento social privado sejam OSC, nem todas as OSC atuam como investido-
res sociais.

*Fonte: IPEA. Mapa das organizações da sociedade civil. Disponível em:


<https://mapaosc.ipea.gov.br/glossario.html>. Acesso em: out. 2019.

Introdução 11
MAIORIA DOS A partir dos anos 2000,

INVESTIDORES
houve uma multiplicação de
OSC no Brasil, já que cerca

SOCIAIS FUNDADA
de metade (53%) das funda-
ções privadas e associações

21
NO SÉCULO
sem fins lucrativos e 60%
dos respondentes do Censo
GIFE foram constituídos
desde então.

 Gráfico 5: OSC brasileiras e respondentes


por ano de constituição
41%

Respondentes do OSC brasileiras (fundações privadas


Censo GIFE 2018 e associações sem fins lucrativos)* 34%

25%
19% 19%
15%
11% 11% 11%
9%
3% 3%

Até 1970 De 1971 a 1980 De 1981 a 1990 De 1991 a 2000 De 2001 a 2010 A partir de 2011

(1) (2) (1)

Os respondentes do Censo GIFE reúnem, proporcional- *Fonte: IPEA. Perfil das organizações
da sociedade civil no Brasil. IPEA:
mente, mais organizações constituídas nos períodos 2018, Brasília. 140p.
até 1970 e de 2001 a 2010 (1).

Já o conjunto das OSC brasileiras concentra uma par-


cela proporcionalmente maior de instituições fundadas
entre 1971 e 2000 (2).

12 CENSO GIFE 2018


TÍTULOS, REGISTROS E CERTIFICADOS

 Gráfico 6:

56
Os institutos e fundações podem Organizações por associações
ter natureza jurídica distinta, forma jurídica privadas
podendo ser classificados como

32
associação ou fundação privada, fundações
que somam 88% dos responden- privadas

13
tes do Censo GIFE 2018, sendo
empresas as demais organizações. empresas

CERTIFICAÇÃO COMO OSCIP PREVALECE


 Gráfico 7: Institutos e fundações por tipo de título, registro e certificado

17%
Nenhum
8% 6% 6% 5%
3% 3% 1%
38% 18% 18%
13%
OS* Outros
Outros CRIC*
certificados/
CEBAS* CEBAS*
Utilidade Utilidade títulos
Assistência Educação
Pública Pública estaduais
13%
Municipal Estadual ou municipais
CEBAS* N/A
OSCIP* CREPDH* Saúde

*OSCIP - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público; CEBAS - Certificado de Entidade Beneficente; OS - Organização Social;
CREPDH - Certificado de Reconhecimento de Entidade Promotora dos Direitos Humanos; CRIC - Certificado de Reconhecimento de
Instituição Cultural.

OBJETIVOS DOS TÍTULOS, REGISTROS E CERTIFICADOS

Regular as ati- Operar como mecanis- Padronizar o Uniformizar exigên-


vidades desen- mo de diferenciação tratamento cias específicas em
volvidas pelas entre entidades quali- legal das relação a benefícios
organizações. ficadas em um regime entidades. fiscais.
jurídico específico e
entidades comuns. Fonte: FIGUEIRÊDO LOPES, Laís de; SANTOS, Bianca
dos; ROLNIK XAVIER, Iara (orgs.). Marco Regulatório
das Organizações da Sociedade Civil: a construção
da agenda no governo federal – 2011 a 2014. Brasília:
Secretaria-Geral da Presidência da República, 2015.

Introdução 13
Em 4 anos, o percen- 17%

ORGANIZAÇÕES
tual de organizações
2018
sem qualquer título

SEM TÍTULOS OU
ou certificação qua-
se dobrou, passando

CERTIFICAÇÕES
de 9% em 2014 para
17% em 2018. 12%

DOBRAM EM 2016

QUATRO ANOS 9%
2014

Dentre institutos e fundações empresariais, mais da metade (52%) é reconhecida como organi-
zação da sociedade civil de interesse público (OSCIP), proporção que cai para cerca de um terço
(31%) dentre institutos e fundações familiares. Já dentre institutos e fundações independen-
tes ou comunitárias, as certificações mais comuns são de utilidade pública estadual (50%) e
municipal (44%).

 Tabela 1: Organizações por tipo de título, registro e certificado e por tipo de investidor

Inst./Fund. Inst./Fund. Inst./Fund.


empresarial familiar independente

Organização da Sociedade Civil de


Interesse Público (OSCIP)
52% 31% 33%

Utilidade Pública Municipal 13% 24% 44%

Utilidade Pública Estadual 14% 17% 50%


Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social
4% 7% 28%
(CEBAS Assistência)

Certificado de Reconhecimento de Entidade Promotora dos


4% 17% 0%
Direitos Humanos (CREPDH)

Outros certificados ou títulos estaduais ou municipais (Ex.: 4% 14% 6%


Cadastro Único das Entidades Parceiras do Terceiro Setor - CENTS,
Certificado de reconhecimento de entidade ambientalista)

Organização Social (OS) 4% 7% 6%

Certificado de Reconhecimento de Instituição Cultural (CRIC) 0% 10% 6%

Certificado de Entidade Beneficente de Educação (CEBAS 3% 7% 0%


Educação)

Certificado de Entidade Beneficente de Saúde (CEBAS Saúde) 0% 0% 6%

Outros 13% 21% 11%

Nenhum 22% 17% 11%

14 CENSO GIFE 2018


16 CENSO GIFE 2018
1
CO M O O I N V E ST IM ENTO
SO CI A L S E F I N A N C IA ?

Este capítulo lança um destacando diferenças Por fim, a terceira parte


olhar sobre as múltiplas e similitudes entre o coloca uma lupa sobre o
dimensões dos recur- orçamento dos distintos uso de incentivos fiscais
sos financeiros utiliza- perfis de investidores por investidores sociais
dos pelos investidores sociais. privados, buscando ma-
sociais. Procura reco- A seção seguinte abor- pear as potencialidades
nhecer e compreender da as principais fontes e os limites existentes
sua composição, suas de financiamento dos para a utilização desse
fontes de financiamento respondentes do Censo mecanismo para promo-
e suas oscilações diante GIFE 2018 e discorre ver a cidadania e fortale-
da conjuntura nacional e sobre oportunidades e cer a democracia no país.
internacional. desafios relacionados
A primeira seção propõe a suas estratégias de
uma análise do volume captação de recursos.
de investimentos so- Apresenta ainda uma
ciais dos respondentes avaliação das instâncias
do Censo GIFE em uma de decisão e dos crité-
perspectiva histórica e rios adotados por empre-
identifica como as ex- sas mantenedoras para
pectativas das organiza- definir montantes anuais
ções vêm se comportan- destinados à filantropia.
do em relação ao futuro,

Como o investimento social se financia? 17


VOLUME DE INVESTIMENTO

INVESTIMENTOS SOCIAIS
SUPERAM ORÇAMENTO
DE ALGUNS MINISTÉRIOS
R$

3,25
BILHÕES

1,1X 1,5X 2,5X


É o montante total investido o orçamento o orçamento o orçamento
pelas organizações em 2018. empenhado no empenhado no empenhado no
Isso corresponde, no mesmo Ministério do Ministério da Ministério do
período, a: Meio Ambiente; Cultura; Esporte.

R$ 3,59 bilhões é o valor de investimento total


O Benchmarking do Investimento Social
somando os valores coletados pelo Censo GIFE
Corporativo (BISC) é uma pesquisa anual,
e pelo BISC, excluindo as organizações que realizada pela Comunitas, que traça parâ-
responderam às duas pesquisas. metros e comparações sobre o perfil do
investimento social privado empresarial
no Brasil. Saiba mais em:
<https://bisc.org.br/>.

 Tabela 1: Orçamento total empenhado por Ministério (2018)

Posição em relação aos


orçamentos dos demais
Valor (R$) ministérios
Fonte: Valor orçamentário empenha-
Ministério do Meio Ambiente 2,9 bilhões 28ª lugar do em 2018, disponível em:
<https://www12.senado.leg.br/
Ministério da Cultura 2,1 bilhões 31ª lugar orcamento/sigabrasil>.
Ministério do Esporte 1,3 bilhões 34ª lugar

18 CENSO GIFE 2018


 Gráfico 1: Evolução do investimento total (2008 a 2018)*
Valor total investido
atualizado pelo IPCA
(R$ bilhões)

44,3
Valor médio investido
atualizado pelo IPCA
(R$ milhões)

36,2 35,7
33,6
32,5
31,6
28,5 28,5
25,9 26,3
25,4

3,54 3,22 3,16 3,24 3,73 3,56 3,82 2,99 2,90 3,31 3,25
2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018
-9% -2% 2% 15% -5% 7% -22% -3% 14% -2%
% de variação do total

*Nota: Para empresas, o volume de investimento se refere, sempre, aos recursos da área que coordena o investimento social.

INVESTIMENTO SE
A última década foi marcada por um contexto
desafiador, em função dos efeitos da crise

CONSOLIDA MAS
financeira internacional de 2008, somados a
um cenário interno de instabilidade política e

SOFRE IMPACTOS
econômica nos anos mais recentes no Brasil.
Apesar das oscilações decorrentes da conjun-

DA CONJUNTURA
tura desfavorável, as organizações sustentaram
um volume total médio de investimentos
da ordem de R$ 3,3 bilhões nesse período
 Gráfico 2: Investimento total, considerada a
amostra de 71 organizações que responderam (valores atualizados pelo IPCA), sendo os anos
de 2014 a 2018 de 2015 e 2016 os mais impactados, ainda que
considerem a inclusão de mais organizações no
universo total.
3,423
% de variação do total Valor total investido
atualizado pelo IPCA
2014 (R$ bilhões)

48,2 2,726 2,645


2,601 2,550
-20% 2%

2015 2018
2016 2017
Valor médio investido
38,4 -5%
atualizado pelo IPCA
36,6 37,3 -4%
(R$ milhões) 35,9

Cap 1. Como o investimento social se financia? 19


TENDÊNCIA DE
ESTABILIZAÇÃO
Se considerada a mesma amostra de organiza-
ções respondentes do Censo nos últimos cinco

DO VOLUME DE
anos, ainda é possível constatar diminuição nos
valores, com exceção de 2017, quando houve um

INVESTIMENTO A
leve incremento de 2%, o que indica uma redução
real dos volumes de investimento e não apenas

PARTIR DE 2015
uma possível oscilação em decorrência da varia-
ção da amostra de respondentes nesse período.

Os números indicam que a redução mais significativa atingiu seu ápice entre 2014 e 2015,
chegando a 20% no grupo de mesma amostra, seguida de uma desaceleração no ritmo da
queda dos investimentos a partir de 2015, passando a 5% de 2015 para 2016. No período
seguinte, houve um suave incremento de 2%, acompanhado de nova redução de 4% entre
2017 e 2018, tanto em termos de valor total como de valor médio investido, o que sugere uma
tendência de estabilização.

MAIOR PARTE DAS ORGANIZAÇÕES


AMPLIA VOLUME DE INVESTIMENTO
ENTRE 2017 E 2018
 Gráfico 3: Organizações por variação no total investido (2017 e 2018)

Aumento
superior a
20%

55
Aumento 31%
de até
10% Aumento
de mais de
18% 10% a 20%

% de
14% 14% das organizações
investidores
sociais 12% 10% aumentaram seu
volume total de
Redução Redução Redução investimentos entre
superior a de mais de de até
20% 10% a 20% 10% 2017 e 2018

20 CENSO GIFE 2018


A comparação individual do  Gráfico 4: Investimento total por tipo de investidor (2017 e 2018)*
volume de investimento de
2018 de cada organização
1.956,97 % de variação
em relação ao ano de 2017
1.917,87
mostra que o valor investi- 2017 (Valor total
do aumentou em 55% dos -2% investido atualizado pelo
IPCA, R$ milhões)
casos. Porém, mesmo assim,
houve uma leve queda no
2018 (Valor total
montante total nesse perío- investido, R$
do, já que a parcela menor de milhões)

respondentes que sofreu re- 666,49


633,54
dução orçamentária agrupa 426,99
organizações com maiores 386,00 260,15
-5%
295,17
investimentos e representa,
-10%
assim, um volume de recur- 13%
sos maior. Dessa forma, os
cortes são mais significati-
vos em termos de valores
Empresa Inst./Fund. Inst./Fund. Inst./Fund.
absolutos, o que acabou empresarial familiar independente
impactando a somatória final. *Nota: Base considerando apenas as organizações que informaram volume de
investimento nos dois anos, totalizando R$ 3,2 bilhões.

Investimentos de ins-
titutos e fundações in- Observando-se o volume de investimento total por tipo de
dependentes crescem, investidor entre 2017 e 2018, percebe-se que as empresas
mas de empresas e e os institutos e fundações familiares foram os que tiveram
institutos e fundações maiores reduções, enquanto os institutos e fundações inde-
familiares diminuem pendentes apresentaram crescimento.

OTIMISMO CRESCE LIGEIRAMENTE,


MAS AINDA CONVIVE COM INCERTEZAS
As previsões dos respondentes em relação aos próximos anos apontam para uma
perspectiva mais positiva se comparadas com as expectativas de anos anteriores.
Em 2015, 73% das organizações esperavam o crescimento ou a manutenção de seus
investimentos no próximo exercício. E, desde então, o otimismo em relação ao futuro
vem aumentando. Apesar disso, passou de 2% para 6% a parcela de organizações que
prevê redução significativa de seu investimento no exercício seguinte.

Cap 1. Como o investimento social se financia? 21


 Gráfico 5: Organizações por expectativa de variação
de volume de investimento no ano seguinte (2017 e 2019)

Crescimento Crescimento Sem variação Redução Redução


significativo moderado significativa moderada significativa

2019:
expectativa
de variação
10% 25% 49% 7% 6% 4%
de 2019
para 2020
Não sabe/
não informou

84
das organizações com perspectiva de manutenção
ou aumento do seu investimento no ano seguinte

2017:
expectativa
de variação
5% 22% 52% 11% 2% 9%
de 2017
para 2018

79
das organizações com perspectiva de manutenção
ou aumento do seu investimento no ano seguinte

PATAMAR DE  Gráfico 6: Organizações por valor total investido

VOLUME DE
INVESTIMENTOS
Mais de
R$ 100
milhões Não informou

5% 4%
É VARIADO Mais de R$ 50
milhões a R$
5%
100 milhões
Em relação ao montante total inves-
tido, percebe-se uma ampla hetero- 44%
15% Até 6 R$
geneidade entre os respondentes do Mais de R$ 20 milhões
milhões a R$ 50
Censo GIFE 2018. É possível encon- milhões
trar representantes de todos os tipos
de investidores sociais nas diferentes
faixas de investimentos, exceto acima
26%
de R$ 100 milhões, onde não constam Mais de R$ 6 milhões
a R$ 20 milhões
institutos e fundações independen-
tes, e no intervalo entre R$ 50 e 100
milhões, no qual não há empresas.

22 CENSO GIFE 2018


 Gráfico 7: Organizações por faixa de volume de investimento e tipo de investidor

Empresa

29% 35% 12% 12% 12% Institutos e funda-


ções empresariais e
Inst./Fund. empresarial 1%
familiares investem
51% 22% 14% 6% 6% mais na faixa até
Inst./Fund. familiar 3% 3% 3% R$ 6 milhões.
48% 28% 14%
Institutos e funda-
Inst./Fund. independente 0% ções independentes
28% 33% 22% 11% 6% e empresas investem
mais na faixa entre
Até 6 R$ Mais de R$ Mais de R$ Mais de R$ Mais de R$ Não R$ 6 e 20 milhões.
milhões 6 milhões R$ 20 milhões a 50 milhões a 100 milhões informou
a 20 milhões R$ 50 milhões R$ 100 milhões

 Tabela 2: Mediana e valor médio investido por tipo de investidor (2018)

Mediana (R$) Média (R$)

Empresa 10,3 milhões 42,4 milhões

Inst./Fund. empresarial 5,7 milhões 28,3 milhões

Inst./Fund. familiar 5,7 milhões 14,1 milhões

Inst./Fund. independente 10,5 milhões 17,4 milhões

FONTES DE RECURSOS

RECURSOS DE As empresas mantenedoras e a captação

EMPRESAS
junto a outras pessoas jurídicas seguem entre
as fontes de recursos mais acessadas pelos

MANTENEDORAS
investidores sociais. No entanto, em relação a
2016, cresceu significativamente a proporção

E OUTRAS PJ SÃO
de organizações que contam com rendimen-
tos financeiros (de 21% para 26%), receitas

AS FONTES MAIS
oriundas de fundo filantrópico/ patrimonial (de
16% para 20%), além de doações de pessoas

COMUNS
físicas (de 14% para 20%).

Cap 1. Como o investimento social se financia? 23


O QUE SÃO FUNDOS FILANTRÓPICOS?

Os fundos filantrópicos, também conhecidos como fundos patrimoniais ou endow-


ments, são uma ferramenta importante de financiamento da sociedade civil no Brasil.
São formados a partir de um montante inicial – proveniente de uma doação de recur-
sos ou bens – que é investido com o objetivo de financiar as atividades das organiza-
ções com seus rendimentos. Constituem-se, pois, como fonte de recurso de longo
prazo capazes de tornar as organizações mais independentes da captação por proje-
tos. Em geral, os fundos filantrópicos possuem regramentos próprios sobre a forma
de utilização de seus recursos e sua estrutura de gestão, visando garantir que os ren-
dimentos do fundo sejam aplicados apenas nas atividades finalísticas das OSC e que
sejam geridos de forma a assegurar sua preservação e capitalização.

A Lei 13.800/2019, promulgada recentemente, estabeleceu um regime específico


para estruturação de fundos patrimoniais, que pode ou não ser adotado pelas organi-
zações privadas. Para os fundos estruturados no molde dessa lei, exige-se a criação
de uma entidade própria para gestão dos recursos, que pode ser uma associação ou
fundação. A lei também prevê parâmetros mínimos de governança e uma série de
compromissos de transparência que devem ser adotados pelos fundos. A nova lei, no
entanto, não traz instrumentos que incentivem as doações, o que poderia favorecer a
atração de recursos privados para os fundos.

24 CENSO GIFE 2018


 Gráfico 8: Organizações por tipos de fontes de recurso utilizadas (2016 e 2018)

26% 20% 20% 2016 2018

21% 16% 14%


Rendimentos Outras
Outros rendimentos
financeiros (exceto de fundo pessoas 16% 17%
endowment) patrimonial físicas 7% 8%
(endowment) 3% 5%

14% 14%
Grupos Mensalidades Bens e
familiares/ ou contribui- direitos
8% 9% 7% indivíduos ções associa-
11% Venda de
27% mantenedores tivas*
28% Cooperação/
produtos e
Subvenções, serviços
filantropia
convênios,
67% Outras
termos de
internacional
69% pessoas 9% 3%
jurídicas fomento e
colaboração, 13% 1%
Empresa(s) contratos e Outros Não informou
mantenedora(s) outras parcerias
com repasse de
recursos públicos
(exceto incentivo
fiscal)
*Nota: Alternativa não válida para empresas.

Proporção de investidores sociais que acessam rendimentos


financeiros, receitas oriundas de fundo filantrópico/ patrimonial e
doações de pessoas físicas

Em relação a quanto essas fontes representam do montante total de


R$ 3,25 bilhões investido pelas organizações em 2018, os rendimentos de
fundos patrimoniais são os mais representativos (28%) depois dos repasses
de empresas mantenedoras (44%). Outros rendimentos financeiros vêm em
seguida, mas correspondem a apenas 6% do investimento total. Assim, é
importante atentar para o fato de que, apesar de algumas fontes de recursos
serem bastante utilizadas, elas podem ter menor relevância para as organiza-
ções em termos da composição de seu volume de investimento.

Cap 1. Como o investimento social se financia? 25


72
DOS RECURSOS TOTAIS DOS
INVESTIDORES SOCIAIS SÃO
ADVINDOS DE EMPRESAS
MANTENEDORAS E FUNDOS
PATRIMONIAIS
 Gráfico 9: Investimento total por fontes de recursos

Rendimentos de Venda de Grupos familiares/ Mensalidades ou Cooperação/ Outras


Empresa(s) fundo patrimonial produtos e indivíduos contribuições filantropia pessoas
mantenedora(s) (endowment) serviços mantenedores associativas internacional físicas
44% 28% 4% 3% 2% 2% 1%

6% 4% 2% 2% 1%
Outros rendimentos Outras pessoas Subvenções, convênios, termos de fomento Bens e Outros
financeiros (exceto jurídicas e colaboração, contratos e outras parcerias direitos
endowment) que envolvem repasse de recursos públicos
(exceto incentivo fiscal)

Esse padrão, contudo, tos e fundações familiares importância equivalente aos


apresenta variações confor- dependem, em segundo rendimentos provenientes
me os diferentes tipos de lugar, da receita gerada a de fundo patrimonial/ filan-
investidores sociais. Ainda partir da venda de produtos trópico (40%). Já institutos
que os rendimentos prove- e serviços (14%), enquan- e fundações independentes
nientes de fundo patrimonial to institutos e fundações sustentam 19% de seu
sejam a principal fonte de empresariais dispõem de volume de investimento com
recursos para todos os tipos repasses da empresa man- financiamento da coopera-
(exceto empresas), institu- tenedora (39%) em grau de ção internacional.

26 CENSO GIFE 2018


INSTITUTOS E
FUNDAÇÕES FAMILIARES
E INDEPENDENTES TÊM
FONTES DE RECURSOS MAIS
DIVERSIFICADAS

 Tabela 3: Participação das fontes de recursos no volume de investimento total por tipo de investidor (2018)

Empresa Inst./Fund. Inst./Fund. Inst./Fund.


empresarial familiar independente

Empresa(s) mantenedora(s) 98,0% 39,1% 12,1% 5,7%

Rendimentos de fundo patrimonial/


filantrópico (endowment)
0,0% 39,7% 20,7% 26,0%
Outros rendimentos financeiros
0,0% 7,8% 10,3% 1,6%
(exceto endowment)

Venda de produtos e serviços 0,0% 4,2% 13,9% 2,0%

Outras pessoas jurídicas 0,1% 4,1% 7,4% 9,8%

Grupos familiares/indivíduos mantenedores 0,0% 1,9% 11,0% 11,1%

Subvenções, convênios, termos de fomento


e colaboração, contratos e outras parcerias
0,0% 1,5% 4,3% 8,3%
que envolvem repasse de recursos públicos
(exceto incentivo fiscal)

Mensalidades ou contribuições
N/A 0,4% 12,4% 1,7%
associativas

Cooperação/filantropia internacional 0,0% 0,0% 0,4% 18,5%


Bens e direitos 0,0% 0,2% 5,0% 10,7%

Outras pessoas físicas 1,9% 0,2% 2,1% 3,7%

Outros 0,0% 1,0% 0,4% 0,5%

1ª fonte de recursos mais relevante 2ª fonte de recursos mais relevante

Cap 1. Como o investimento social se financia? 27


Vale destacar que, quando dos cálculos, os recursos Já entre os familiares, a
se exclui do cálculo algumas captados via cooperação retirada de uma única orga-
poucas organizações com internacional assumiram o nização impacta considera-
valores absolutos mais primeiro lugar em termos de velmente os percentuais de
significativos, os pesos relevância, representando recursos provenientes da
das fontes de recursos no 23% do investimento total venda de produtos e servi-
investimento total sofrem desse tipo de investidor. ços e de outros rendimentos
alterações consideráveis. Além disso, os recursos financeiros, que passam a
de rendimentos de fundos representar, cada um, 1%
Entre institutos e fundações filantrópicos cairiam para a do investimento total desse
independentes, se removi- quarta posição, com 10% tipo de investidor.
da uma única organização do investimento total.

CRESCE A PARCELA DE  Gráfico 10: Organizações que


contam apenas com fontes de

ORGANIZAÇÕES QUE
recursos próprias (2016 e 2018)

CONTAM APENAS COM


2018

RECURSOS PRÓPRIOS 52%


Ao classificar as fontes tanto, quando perguntadas
de recursos entre próprias se possuem estratégias de
e provenientes de capta- captação, algumas organi- +5 pontos
percentuais
ção externa (subvenções, zações que contam apenas
convênios e outras formas com fontes de recursos
de parceria com o poder próprias indicaram ter estra- 47%
público, venda de produtos tégias de captação, como
e serviços, captação junto por exemplo, via uso de leis 2016
à cooperação internacional/ de incentivo.
pessoas físicas/ pessoas
jurídicas), é possível ob- Dessa forma, um percentual fundações empresariais
servar que, entre 2016 e menor de organizações (58%). Esse percentual é
2018, aumentou em 10% o (47%) declarou não menos representativo entre
percentual de respondentes desenvolver estratégias, institutos e fundações
que utilizam apenas fontes com destaque para empre- familiares (38%) e indepen-
de recursos próprias. No en- sas (53%) e institutos e dentes (17%).

28 CENSO GIFE 2018


 Gráfico 11: Organizações por estratégias de captação de recursos

Elaboração de
Contato direto Participa
projetos de
com possíveis de editais e
financiamento Novos
doadores chamamentos
para processos mecanismos,
(PF ou PJ) Ferramenta de órgãos ou
seletivos e Eventos recursos e
online para fundos serviços
31% editais
doações públicos
beneficentes
financeiros para
ou de captação
20% 14% 14% o campo social
10%
4%

9% 3%
14% 14% 12% Contato Acessa
23% Convite a Campanhas e Cofinanciamento/ com recursos do
Leis de coinvestimento público BNDES
colaboradores comunicação
incentivo diverso diretamente
da organização para o público
fiscal para projetos
respondente geral, periódicas
sociais
ou da(s) ou contínuas
empresa(s)
mantenedora(s)

47% 3% 1%
Não faz captação/ Outros Não informou
não tem estratégias
estruturadas

O contato direto com pes- foram perguntadas pela Recursos incentivados


soas físicas e jurídicas é a primeira vez se utilizam no- também constituem estra-
estratégia de captação mais vos mecanismos, recursos tégias relevantes para 35%
adotada pelas organizações e serviços financeiros para dos institutos e fundações
(31%), seguida pelo uso de o campo social, tais como familiares, assim como a
leis de incentivo fiscal (23%) fundos de investimento, elaboração de projetos
e da elaboração de projetos crowdequity, crowdlending, para processos seletivos/
para processos seletivos e microcrédito e investimento editais e o uso de ferramen-
editais (20%). Essa pergun- de impacto, sendo que 4% tas online para doação, que
ta, em 2016, não foi feita responderam positivamente. aparecem com a mesma
para organizações que afir- representatividade. Insti-
maram contar apenas com Como esperado, institutos e tutos e fundações inde-
fontes de recursos próprias fundações familiares e inde- pendentes, além de contar
e, portanto, a modificação na pendentes têm estratégias com ferramentas de doação
metodologia influenciou os de captação mais diversi- online, também lançam mão
resultados, o que prejudica a ficadas do que empresas de campanhas de comunica-
comparação em uma pers- e seus respectivos institu- ção para o público em geral,
pectiva histórica. tos e e fundações, que se o que, em ambos os casos,
apoiam mais em fontes de aplica-se para 39% dessas
Além disso, nesta edição recursos próprias, bem como organizações.
do Censo, as organizações em leis de incentivo.

Cap 1. Como o investimento social se financia? 29


 Tabela 4: Organizações por estratégias de captação e tipo de investidor (2018)

Empresa Inst./Fund. Inst./Fund. Inst./Fund.


empresarial familiar independente

Não faz captação / não tem estratégias


52,9% 58% 37,9% 16,7%
estruturadas

Contato direto com possíveis


doadores (PF ou PJ)
5,9% 21,7% 41,4% 72,2%
Leis de incentivo fiscal 35,3% 15,9% 34,5% 22,2%

Elaboração de projetos de financiamento


para processos seletivos e editais
5,9% 15,9% 34,5% 27,8%

Convite a colaboradores da organização


respondente ou da(s) empresa(s) 11,8% 10,1% 13,8% 33,3%
mantenedora(s)

Ferramenta online para doações 0,0% 2,9% 34,5% 38,9%


Campanhas e comunicação para o público
geral, periódicas ou contínuas
11,8% 5,8% 20,7% 38,9%
Participa de editais e chamamentos de
5,9% 7,2% 27,6% 22,2%
órgãos ou fundos públicos

Cofinanciamento/ coinvestimento 5,9% 11,6% 17,2% 11,1%

Eventos beneficentes ou de captação 0,0% 4,3% 17,2% 27,8%

Contato com público diverso 5,9% 4,3% 13,8% 22,2%

Não tem estratégia(s) de captação de


0,0% 10,1% 0,0% 0,0%
recursos estruturada(s)

Novos mecanismos, recursos e serviços


0,0% 2,9% 3,4% 11,1%
financeiros para o campo social

Acessa recursos do BNDES


0,0% 4,3% 0,0% 5,6%
diretamente para projetos sociais

Outros 0,0% 5,8% 0,0% 0,0%

Não informou 5,9% 0,0% 0,0% 0,0%

1ª estratégia de captação mais relevante 2ª estratégia de captação mais relevante

Como visto, os repasses das empresas mantenedoras representam uma importante fonte de
financiamento para os respondentes do Censo GIFE 2018, já que as empresas e os institutos
e fundações empresariais têm predominância no investimento social privado brasileiro, apesar
da diversificação recente ocasionada pelo aumento dos institutos e fundações familiares. Por
isso, é importante compreender as instâncias empresariais de decisão e os critérios adotados
para definir montantes anuais destinados para a filantropia pelas empresas.

30 CENSO GIFE 2018


CRESCE O ENVOLVIMENTO
DE ACIONISTAS E DIRETORIA
FINANCEIRA NA DEFINIÇÃO
DE RECURSOS DO
INVESTIMENTO SOCIAL
 Gráfico 12: Organizações por instâncias de definição nas empresas
mantenedoras sobre o destino de recursos para investimento social (2016 e 2018)*

42%
34% 5% 23%
33% 6% 22%
Outros Não se aplica
35%
2016 2018

16% 16%
12% 16%
8%
9% 6% 5%
5% 5%
7% 7%
3% 3%

Conselho de CEO/ Diretoria/ Diretoria de Não Diretoria/ Diretoria/ Diretoria/ Comitê


administração/ Diretor- depto. responsabilidade destina(m) depto. de depto. de depto. de interdeparta-
Conselho de presidente financeiro social/ recursos marketing recursos relações mental de
acionistas/ sustentabilidade/ para a e/ou humanos institucionais/ responsabilida-
Assembleia investimento organização comunicação governamen- de social/
geral social respondente tais sustentabilida-
de/ investimen-
to social

*Nota: Essa pergunta não é válida para institutos/ fundações independentes e para institu-
tos/ fundações familiares sem relação com as empresas da família mantenedora.

O resultado encontrado pode ser comemorado por sugerir que o investimento social tem ga-
nhado um caráter cada vez mais estratégico nas empresas mantenedoras. Porém, ao mesmo
tempo, essa variação também pode significar que o investimento social está mais vulnerável
a modificações na alta liderança empresarial e mais sujeito à boa performance dos negócios,
o que é especialmente preocupante em um contexto de crise econômica, levando em conta
sua dimensão pública e sua importância para a promoção da cidadania e o fortalecimento da
democracia no país.

Cap 1. Como o investimento social se financia? 31


AUMENTOU O PESO DOS RESULTADOS
ECONÔMICOS DA MANTENEDORA PARA
DEFINIÇÃO DE RECURSOS DO ISP
 Gráfico 13: Organizações por critério principal adotado
pelas empresas mantenedoras para destinação de recursos

% de resultados Não destina(m) Volume fixo anual Rendimento Resultado


econômicos/ recursos para a corrigido pela de fundo de linha de
financeiros da(s) organização inflação ou algum filantrópico/ produtos/
mantenedora(s) respondente ou não outro indicador patrimonial campanhas
influencia a definição para evitar queda (endowment)/ específicas
de seus recursos real do orçamento aplicações
definido financeiras da(s)
mantenedora(s)

18% 16% 15% 7% 5% 4% 2% 2% 2% 2% 2%

Desempenho do
negócio da(s) Limites das
Volume de investimento Volume de investimento para empresa(s) porcentagens
da organização atender às demandas dos Decisão da(s) mantenedora(s) no definidas
respondente projetos/ programas em empresa(s) ano anterior, sem pelas leis de Aporte de recursos
(ano anterior com curso ou possibilitar a mantenedora(s), relação definida com incentivo em projetos
variações frente a execução do planejamento sem critérios algum indicador fiscal específicos*
demandas específicas) da organização respondente pré-definidos específico

Esse valor De 11% em De 28% em


passou de 9% 2016, subiu 2016, caiu 23% 2% 2% 1%
em 2016 para para 16% em para 15% em N/A** N/S Outros N/I
18% em 2018. 2018. 2018.

Notas: *Alternativa válida apenas para institutos/ fundações familiares com vínculo com as empresas da família mante-
nedora. **Pergunta não se aplica para institutos/ fundações independentes e para institutos/ fundações familiares sem
relação com as empresas da família mantenedora; N/A: Não se aplica; N/S: não sabe responder; N/I: não informou.

O principal critério para definição O critério de definição empresariais, também se es-


dos repasses da mantenedora dos recursos a partir tendeu para 7% de institu-
que, em 2016, era o atendimen- dos resultados econô- tos e fundações familiares,
to às demandas dos projetos/ micos e financeiros da cujo volume de investimento
programas em curso para pos- mantenedora cresceu tem sido impactado pela
sibilitar a execução do plane- de 11% para 16%, en- performance econômica ou
jamento (28%), passou a ser o tre 2016 e 2018. Esse financeira das empresas de
volume de investimento do ano critério, que se aplicava suas famílias mantenedoras.
anterior da organização respon- até 2016 exclusiva-
dente, com variações frente a mente a empresas ou
demandas específicas (18%). institutos e fundações

32 CENSO GIFE 2018


INCENTIVOS FISCAIS

R$

3,25 R$

457
BILHÕES
Montante total
investido pelas
organizações
em 2018 MILHÕES
Investimentos por meio
de incentivos fiscais

INCENTIVOS FISCAIS
14
MANTÊM SEU PESO Dos investimentos

NO VOLUME TOTAL
totais são oriundos de
incentivos fiscais

INVESTIDO
A proporção de investimentos por meio de
 Gráfico 14: Proporção de investimentos por
incentivos sofreu leve redução de 17% meio de incentivos fiscais no investimento total
para 14% entre 2014 e 2016, mantendo- (2014, 2016 e 2018)
se estável desde então. Em relação ao
volume de recursos incentivados, em 2016
foram utilizados R$ 427 milhões, atuali-
zados pelo IPCA, o que corresponde a um 17%
aumento de 7% em relação aos R$ 457 14%
14%
milhões utilizados em 2018.
2014
2016 2018

Cap 1. Como o investimento social se financia? 33


DIMINUI A  Gráfico 15: Organizações por uso
de incentivos fiscais (2014, 2016 e 2018)

PARCELA DE
ORGANIZAÇÕES 40%

QUE UTILIZAM 2014


37%

INCENTIVOS 2016
35%

FISCAIS 2018

Os recursos incentivados foram utilizados por uma proporção ligeiramente menor de


organizações, passando de 37% para 35% do total de respondentes, de 2016 para 2018.
Empresas e seus institutos e fundações continuam sendo os respondentes que mais
recorrem a esse mecanismo.

EMPRESAS UTILIZAM
MAIS INCENTIVOS
FISCAIS  Gráfico 16: Organizações por uso
de incentivos fiscais e tipo de investidor

17% 18%
35% 71% 39%
Enquanto 3 em cada
4 empresas utilizam
incentivos fiscais
Total Empresa Inst./Fund. Inst./Fund. Inst./Fund.
empresarial familiar indepen-
dente

somente 1 em cada
4 institutos/funda-
ções independentes
utiliza incentivos
fiscais.

34 CENSO GIFE 2018


Em relação ao montante  Gráfico 17: Proporção de investimentos por meio de
total investido, cerca de um incentivos fiscais no investimento total por tipo de investidor
quarto do valor aportado
pelas empresas (26%) é
oriundo de incentivo fiscal. 3% 1%
Esse valor cai para 3% entre 26% 14%
institutos e fundações
familiares e para 1% entre
institutos e fundações Inst./Fund. Inst./Fund. Inst./Fund.
independentes. Empresa empresarial familiar independente

 Gráfico 18: Organizações que usam incentivo


fiscal por proporção dos recursos incentivados
no volume de investimento total

De 26%
a 50%

Para

70
Até 10%

De 76%
a 99%
De 11%
a 25% De 51%
das organizações que a 75%
utilizam leis de incentivos,
os recursos incentivados Investe
Utiliza leis de
incentivo mas
representam menos da 100% não informou valor
metade do seu volume de
investimento total.

Cap 1. Como o investimento social se financia? 35


INSTITUTOS E FUNDAÇÕES  Gráfico 19:

INDEPENDENTES UTILIZAM NO
Organizações por
quantidade de leis
de incentivo fiscal

MÁXIMO UMA LEI DE INCENTIVO adotadas e tipo


de investidor

Total 12% 11% 12% 58% 6%

Empresa 6% 18% 47% 24%

Inst./Fund.
empresarial 13% 14% 12% 55% 6%

Inst./Fund.
familiar 10% 7% 72% 10%

Inst./Fund.
independente 17% 78% 6%

1 lei 2 a 5 leis 6 a 9 leis Não usou leis de incentivo Não sabe responder

Como esperado, institutos Dentre as organizações que Esses últimos utilizam, no


e fundações familiares e in- utilizaram seis ou mais leis máximo, uma lei de incentivo
dependentes acessam uma de incentivo, figuram 47% em apenas 17% dos casos.
quantidade menor de leis de das empresas e 12% dos Já entre institutos e fun-
incentivo em comparação institutos e fundações em- dações familiares, 7% das
com empresas e institutos e presariais, mas não constam organizações usam de duas
fundações empresariais, que institutos e fundações fami- a cinco leis.
apresentam uma tendência liares ou independentes.
de maior diversificação.

 Tabela 5: Proporção do valor utilizado por nível de incentivo em relação


ao montante total de investimento via incentivos fiscais (2016 e 2018)

2016 2018
Caiu a participação
Leis de incentivo federais 79% 76%  das leis federais e
Leis de incentivo estaduais 14% 10%  estaduais em relação
Leis de incentivo municipais 7% 14% 
ao montante total
incentivado.

36 CENSO GIFE 2018


 Gráfico 20: Proporção de investimentos por meio de leis de incentivo
de esfera federal no investimento incentivado total (2016 e 2018) Leis de incentivo federal
contribuem com parcela

2016 mais significativa do volume
39%

2018 de recursos incentivados.


36%

Fundo Nacional Doações para De forma geral, cresceu


Lei do para a Criança e entidades
Audio- o Adolescente caracterizadas a proporção de recursos
visual (FNCA) Pronon como OSC
incentivados voltados à
 cultura em nível municipal

8%

e federal, puxada principal-

13%
7%

7%


12%
 

5%
10%

mente pela Lei Rouanet.


9%

3%
0,3%

0,4%
2%

2%
1%

1%
1%
Lei Lei de Fundo Pronas Outras Ainda em nível federal,
Rouanet Incentivo Nacional leis
ao Esporte do Idoso federais
aumentou significativamen-
te a proporção de recursos
incentivados vinculados
 Gráfico 21: Proporção de investimentos por meio de leis de incentivo ao Programa Nacional de
de esfera estadual no investimento incentivado total (2016 e 2018) Apoio à Atenção Oncológi-
ca (Pronon) e ao Programa
2016 Nacional de Apoio à Atenção
2018 da Saúde da Pessoa com
9%

Deficiência (Pronas).
7%

3%
3%

2%
0,1%

Em relação a incentivos
ligados à infância, adoles-
Incentivo à cultura Incentivo ao esporte Fundos estaduais dos direitos
das crianças e adolescentes cência e idoso, nota-se um
incremento da proporção
de recursos destinada aos
fundos municipais e uma
 Gráfico 22: Proporção de investimentos por meio de leis de incentivo queda simultânea da parcela
de esfera municipal no investimento incentivado total (2016 e 2018) direcionada aos estaduais e
aos federais.
2016
2018
A proporção de recursos
incentivados destinados à
7,4%

5,9%

lei de incentivo ao esporte


3,2%

2,7%

manteve-se estável em
0,9%
0,6%

0,5%
0,2%

nível estadual, mas sofreu


0%

0%

Incentivo à Incentivo ao Fundos munici- Fundos Outras leis


uma leve diminuição, tanto
cultura esporte pais da criança municipais do municipais na esfera municipal quanto
e adolescente idoso
federal.

Cap 1. Como o investimento social se financia? 37


2016 2018

99,7
97,4
do valor total de recursos
incentivados oriundo de
pessoas jurídicas

RECURSOS
INCENTIVADOS
DE PF CRESCEM

2,6
do valor total de recursos
incentivados oriundo de
pessoas físicas

0,3
38 CENSO GIFE 2018
40 CENSO GIFE 2018
2
CO M O O I N V E ST IM ENTO SO C IA L
FIN AN C I A T E RCEIRO S?

Por entender que a forma Apresenta, assim, um


de atuação dos investi- panorama a respeito das
dores sociais está rela- estratégias existentes
cionada à maneira pela para a operação de proje-
qual as organizações tos ou programas, bus-
cumprem sua missão cando identificar como
e percebem o sentido investidores sociais
público de sua ação, este apoiam outras organiza-
capítulo se propõe a ções e contribuem para
explorar como os respon- fortalecer a sociedade
dentes do Censo GIFE civil brasileira, assim
2018 distribuem suas como para consolidar
iniciativas entre finan- espaços e instituições
ciamentos de iniciativas de interesse público
próprias e de terceiros. e reforçar o tecido de
cidadania e ação coletiva
no país.

Cap 2. Como o investimento social financia terceiros? 41


F O R M A D E AT UAÇÃO D O I N V E S T I M E N TO S O C I A L

EXECUÇÃO DE PROJETOS
PRÓPRIOS PREVALECE, MAS
APOIO INSTITUCIONAL A OSC AUMENTA
 Gráfico 1: Organizações por estratégias de atuação (2016 e 2018)
Os investidores sociais
adotam estratégias tanto
ESTRATÉGIAS DE APOIO A OSC 77% 74% de apoio a organizações da
sociedade civil (OSC) como
2016 2018 de operação de projetos pró-
prios, compondo um perfil
Apoia institucionalmente OSC (apoio 24%
financeiro desvinculado de projetos/ misto de atuação, com
programas) 30%
predominância da execu-
Apoia projetos/ programas de OSC, a
partir de linhas programáticas
58% ção de projetos próprios.
preestabelecidas e/ou processos de 54% Contudo, é interessante
seleção/ editais regulares
Apoia projetos/ programas de OSC notar que, enquanto quase
por meio de doação/ patrocínio 55%
todos os percentuais apre-
pontual e eventual 43%
sentam trajetória de queda
entre 2016 e 2018, cresce
a parcela de respondentes
ESTRATÉGIAS DE EXECUÇÃO 87% 80% que apoia institucional-
DE PROJETOS PRÓPRIOS
mente OSC, provendo
auxílio financeiro indepen-
2016 2018
dente de projetos/ progra-
Viabiliza projetos/ programas desenvolvi-
51% mas, passando de 24% para
dos pela organização respondente, mas
executados por terceiros, incluindo 43% 30% do total de investido-
contratação de OSC
res sociais. Esse aumento
Executa diretamente (com equipe própria)
72% foi puxado principalmente
projetos/ programas, desenvolvidos pela
própria organização respondente 61% pelos institutos e fundações
familiares, já que cerca de
Desenvolve projetos com outras metade desse grupo de
organizações, compartilhando N/A
organizações (48%) afirma
autoria, governança e processos 44%
de tomada de decisão praticar essa modalidade de
suporte a OSC.
2016 2018

42 CENSO GIFE 2018


 Tabela 1: Organizações por estratégias de atuação e tipo de investidor

Empresa Inst./Fund. Inst./Fund. Inst./Fund.


empresarial familiar independente

Estratégias de apoio a OSC

Apoia institucionalmente OSC (apoio financeiro


desvinculado de projetos/ programas)
29% 22% 48% 33%

Apoia projetos/ programas de OSC, a partir de


linhas programáticas preestabelecidas e/ou 82% 54% 45% 44%
processos de seleção/ editas regulares

Apoia projetos/ programas de OSC por meio de


doação/ patrocínio pontual e eventual
71% 39% 45% 28%

Estratégias de execução de projetos próprios

Viabiliza projetos/ programas desenvolvidos pela


organização respondente, mas executados por 53% 49% 31% 28%
terceiros, incluindo contratação de OSC

Executa diretamente (com equipe própria)


projetos/ programas, desenvolvidos pela 29% 64% 66% 72%
própria organização respondente

Desenvolve projetos com outras organizações,


compartilhando autoria, governança e processos 53% 43% 41% 44%
de tomada de decisão

1ª estratégia mais relevante 2ª estratégia mais relevante

No caso das empresas, o mais comum, em 82% dos casos, é o apoio a projetos ou programas
de OSC, a partir de linhas programáticas preestabelecidas e/ou processos de seleção/ editais
regulares. Em segundo lugar, 71% das empresas mencionam o apoio a OSC por meio de doa-
ção e/ou patrocínio pontual e eventual. São também as empresas as que mais desenvolvem
projetos com outras organizações, compartilhando autoria, governança e processos de toma-
da de decisão, situação que se aplica para mais da metade desse perfil de investidor (53%). A
execução direta de projetos ou programas com equipe própria é mais frequente para 72% dos
institutos e fundações independentes, 66% dos institutos e fundações familiares e 64% dos
institutos e fundações empresariais.

Cap 2. Como o investimento social financia terceiros? 43


 Gráfico 2: Projetos ou programas por forma de operação e tipo de investidor

32% 27%
35%
38%

66%
15% 11% 23%
14%
2% 0%
10% 14%

6%
52% 50%
39% 14% 39%

14%

Total Empresa Inst./Fund. empresarial Inst./Fund. familiar Inst./Fund. independente

Desenvolvido por terceiros Desenvolvido pela organização Desenvolvido pela organização Operado diretamente
e apoiado pela organização em conjunto com outras e executado em parceria com terceiros pela organização

Em linha com os achados Apenas 14% são desen- A análise por tipo de inves-
anteriores, a análise da volvidos em conjunto com tidor mostra que 66% dos
forma de operação dos outras organizações por projetos ou programas de
932 projetos ou programas meio do compartilhamento empresas são desenvolvi-
mapeados também mostra de autoria, planejamento, dos por terceiros, corrobo-
um perfil misto de atuação, governança e processo de rando seu perfil mais finan-
já que 39% são operados di- tomada de decisão. Outros ciador. No caso dos projetos
retamente pelos investido- 10% dos projetos ou pro- ou programas de institutos e
res sociais enquanto outros gramas são desenvolvidos fundações familiares e inde-
38% são desenvolvidos por pelos investidores sociais, pendentes, cerca de metade
terceiros e apoiados pelos porém executados em par- é operada diretamente pelos
respondentes. ceria com terceiros. próprios respondentes, res-
pectivamente 52% e 50%
do total em cada grupo.

44 CENSO GIFE 2018


DISTRIBUIÇÃO DE RECURSOS E REPASSES PARA TERCEIROS

CRESCE A PROPORÇÃO DE INVESTIMENTO


EM PROJETOS DE TERCEIROS
Ao investigar a distribuição giram a proporção mais que o aumento na proporção
orçamentária total dos alta da série histórica. Nos de recursos destinados para
respondentes do Censo valores direcionados para projetos de terceiros inde-
GIFE 2018, nota-se que, terceiros estão incluídos pende da mudança na base
apesar da execução di- tanto repasses para OSC, de respondentes do Censo,
reta de projetos próprios quanto para universidades pois, quando mantida a mes-
ainda ser preponderante e instituições acadêmicas, ma amostra de organizações
em volume financeiro, os órgãos da administração para os dois últimos Censos,
investimentos em projetos pública federal, estadual e também é observado um
de terceiros cresceram de municipal, além de negócios crescimento, chegando a
21% para 35% de 2016 de impacto, entre outros 33% em 2018.
para 2018, quando atin- atores. É importante pontuar

 Gráfico 3: Investimento total por tipo de despesa orçamentária (2011, 2014, 2016 e 2018)

60%
55% 54% R$

1,6
50%

BILHÃO
35%
R$
29%

1,1
25%
21%

BILHÃO
21% 19%
16% 16%
R$

530
2011 2014 2016 2018

Programas e ações Programas, ações sociais Despesas administrativas/


MILHÕES
sociais próprios ou gestão de terceiros infraestrutura

Cap 2. Como o investimento social financia terceiros? 45


T I PO S D E D E S P E SAS O RÇA M E N TÁ R I AS
DOS INVESTIDORES SOCIAIS

Programas e ações sociais próprios: recursos que são destinados para a exe-
cução dos projetos ou programas da organização. Os projetos ou programas pró-
prios são concebidos e elaborados pela organização, ainda que haja contratação
ou repasse de recursos para terceiros para sua execução/ implementação.

Programas, ações sociais ou gestão de terceiros: recursos que são destina-


dos a outras organizações por meio de doações, patrocínio e/ou apoio para exe-
cução de seus projetos ou programas ou para apoio institucional. Os projetos ou
programas de terceiros são concebidos e elaborados pela organização que está
recebendo recursos.

Despesas administrativas/ infraestrutura: são valores envolvidos nas ati-


vidades de planejamento e administração da organização, entendidos como
despesas para a atividade meio e não despesas para a atividade fim, ou seja,
gastos não ligados à execução direta dos projetos ou programas. Incluem gas-
tos com pessoal administrativo, consultorias e demais despesas operacionais,
tais como: infraestrutura, treinamento, tecnologia da informação, assessoria ju-
rídica, aluguéis e condomínios, água/ luz/ esgoto, correios/ malotes, telefones,
fretes e carretos, materiais de escritório, materiais de limpeza, brindes, bens de
natureza permanente, prêmios, impostos e despesas diversas.

46 CENSO GIFE 2018


EMPRESAS SÃO AS
ORGANIZAÇÕES QUE
MAIS INVESTEM EM
PROJETOS DE TERCEIROS
 Gráfico 4: Investimento total por tipo de despesa orçamentária e tipo de investidor

Empresas direcionam
3%
maior proporção de
19% 24% 20% recursos para projetos
26%
de terceiros.

42% Institutos e fundações


56% 53%
independentes equili-
71% bram mais as despesas
39% entre projetos próprios
25% 24% e de terceiros.
Empresa Inst./Fund. Inst./Fund. Inst./Fund.
empresarial familiar independente Institutos e fundações
empresariais e familia-
res direcionam maior
Despesas Programas e ações Programas, ações sociais proporção de recursos
administrativas/ sociais próprios ou gestão de terceiros
infraestrutura para projetos próprios.

Cap 2. Como o investimento social financia terceiros? 47


Combinando as perguntas sobre estratégia de atuação e sobre distribuição dos recursos, o GIFE
adota um critério de classificação dos respondentes que busca delimitar perfis ainda mais cla-
ros de investidores sociais quanto a possíveis estratégias de operação de projetos ou progra-
mas. A partir dessa combinação, são definidos três perfis de atuação para as organizações:

CRITÉRIO PARA DEFINIÇÃO DA FORMA DE


AT UAÇÃO D O S I N V E S T I D O R E S S O C I A I S

Distribuição

=
dos recursos Forma de
Tipo de atuação + (sem despesas
administrativas e
atuação

de infraestrutura)

Apoio a Apoia institucionalmente OSC por Acima de 90% de Essen-


OSC meio de repasse financeiro desvin- recursos para cialmente
culado de projetos/ programas ou terceiros financiador
destina recursos financeiros e/ ou
técnicos para projetos/ programas
de terceiros a partir de linhas progra-
máticas preestabelecidas, proces-
sos de seleção, editais regulares,
doação e/ ou patrocínio pontual e
eventual

Execução Viabiliza projetos/ programas Acima de 90% de Essen-


desenvolvidos pela organização recursos para cialmente
respondente, mas executados por projetos próprios executor
terceiros, ou executa diretamente
(com equipe própria) seus projetos/
programas

Apoio ou Qualquer uma das Entre 10% e 90% de Híbrido


execução alternativas acima recursos para projetos
próprios e doação

48 CENSO GIFE 2018


AUMENTAM OS INVESTIDORES
SOCIAIS COM PERFIL FINANCIADOR
 Gráfico 5: Organizações por forma de atuação (2011, 2014, 2016 e 2018)

Entre 2011 e 2018, houve


queda na parcela de investido-
52% res sociais com perfil híbrido
45% (de 52% para 38%) e simul-
43% tâneo aumento na proporção
de organizações essencial-
41% 40% mente financiadoras (de 15%
37% para 23%). Os respondentes
38%
32%
essencialmente executores
que, em 2011, correspondiam
23% a 32% do total de organiza-
18% ções, atingiram seu ápice em
16%
15% 2016, quando chegaram a
2011 2014 2016 2018 representar 43% dos investi-
dores sociais, mas, em 2018,
Essencialmente executor Híbrido Essencialmente financiador esse percentual caiu para
40%.

 Gráfico 6: Organizações por forma de atuação e tipo de investidor (2016 e 2018)

24%  12% 49% 43%


47% Empresas,
47% institutos e
fundações 
empresariais 41%
 tornam-se mais 46%
41% financiadores
29% e menos
executores.

5% 16%
2016 2018 2016 2018

Empresas Inst./Fund. empresariais

Essencialmente Híbrido Essencialmente Essencialmente Híbrido Essencialmente


executor financiador executor financiador

Cap 2. Como o investimento social financia terceiros? 49


41% 45% Institutos e 44% 44%
fundações familiares
tornam-se mais
 executores.

32% 
31% Institutos e 31% 28%
fundações
independentes 
27% tornam-se menos 25% 28%
24%
híbridos e mais
financiadores.
2016 2018 2016 2018

Inst./Fund. familiares Inst./Fund. independentes


Essencialmente Híbrido Essencialmente Essencialmente Híbrido Essencialmente
executor financiador executor financiador

As análises anteriores consideraram organizações com forte predominância (acima de 90%)


de financiamento ou execução. Entretanto, ao refazer o critério de divisão dos respondentes,
deixando em 70% a linha de corte para dividi-los por forma de atuação, obtém-se 50% de
organizações mais dedicadas à execução e 33% ao financiamento. Isso demonstra que, apesar
do incremento significativo de repasses para terceiros em 2018, o caráter de maior dedicação
à execução ainda prevalece em todos os perfis de investidores sociais, exceto empresas.

40% 12% 43% 45% 44%


6%

35%

10%
12% 7% 11%
18% 6%
14% 6%
19%
41% 11%
10% 10%
10% 28%
23% 24%
16%
 Gráfico 7:
Organizações por
Total Empresa Inst./Fund. Inst./Fund. Inst./Fund.
recursos repas- empresarial familiar independente
sados a projetos
próprios e de
terceiros e por entre 0% e 10% mais de 10% a mais de 30% a mais de 70% a mais de 90% a
para terceiros 30% para terceiros 70% para terceiros 90% para terceiros 100% para terceiros
tipo de investidor

50 CENSO GIFE 2018


RECURSOS SÃO REPASSADOS PARA
GRANDE DIVERSIDADE DE ORGANIZAÇÕES
 Gráfico 8: Organizações por tipos de terceiros para os quais repassam recursos (2016 e 2018)

2016 2018

64% 26% 24% 20%


59% 10% 19% 14%
OSC Negócios de impacto ou Instituições acadêmicas, centros Outros investidores
acelerados e organizações de pesquisa, universidades sociais
intermediárias

9% 29% 4%
7% 29% 2%
Outros Não repassa Não informou

11% 11%
9% 11% 10% 9% 8%
8% 6% 6%
4% 5% 3% 5%

Centros culturais Equipamentos Associações Indivíduos (ex.: Sistema S Associações Entes federativos,
ou museus sociais públicos ou fundações pesquisadores, patronais e órgãos da
(ex.: escolas, internacionais artistas, produtores) profissionais administração
hospitais) pública direta ou
indireta

Fundos
Movimentos
independentes,
11% locais e/ ou 11% sociais/ 10% Fundos públicos 4% Cooperativas 2018
coletivos/ redes
comunitários

Enquanto a ampla maioria relação a 2016. No mesmo conforme apontado anterior-


dos respondentes (64%) período, porém, caiu de 20% mente, a proporção de orça-
repassa recursos para OSC, para 14% a proporção de mento destinado a projetos
cerca de um quarto destina organizações que repassam de outras organizações
seus investimentos sociais recursos a outros investi- cresceu significativamente,
para negócios de impacto dores sociais e manteve-se o que indica que os investi-
(26%) e para instituições estável em 29% a parcela dores sociais que já tinham
acadêmicas, centros de de investidores sociais que o hábito de apoiar projetos
pesquisa e universidades não repassa recursos para de terceiros destinaram uma
(24%). Nos três casos, os programas ou gestão de fatia maior de seus orça-
percentuais indicam um terceiros. Mesmo assim, mentos para essa finalidade.
aumento importante em

Cap 2. Como o investimento social financia terceiros? 51


RELAÇÃO COM OSC

dos investidores indicam ter OSC apontam o fortaleci- têm OSC como
sociais repassam locais como parcei- mento institucional principais bene-
recursos para ras em seus proje- de OSC como um ficiárias de seus
OSC tos ou programas foco de sua atuação projetos ou progra-
mas prioritários

PREVISÃO DE REPASSES
FUTUROS A OSC É MAIS
CONSERVADORA EM
RELAÇÃO A 2018
 Gráfico 9: Organizações por intenção de repasse de recursos a OSC (2016 e 2018)

49%
 Sobe de 7% para 10% a 2016 2018

39% parcela de organizações


que pretende diminuir o
33%
apoio a OSC nos
24% próximos anos.

16%
7% 6% 11%
4%
6% 5%
2%

Aumentará Aumentará Não terá Diminuirá Diminuirá Não sabe


significativa- moderada- variação moderada- significativa- responder
mente mente significativa mente mente

 Cai de 39% para 31% a parcela de organizações que pretende aumentar o apoio a OSC nos
próximos anos, ainda que em 2016 a pergunta se referisse aos próximos cinco anos e em
2018, aos próximos dois anos.

52 CENSO GIFE 2018


INSTITUTOS E Cerca de metade dos respon-

FUNDAÇÕES FAMILIARES
dentes que apoiam OSC (54%)
repassa recursos para até 10

PULVERIZAM MENOS
OSC. No entanto, no caso de
institutos e fundações familia-

AS ORGANIZAÇÕES
res, essa parcela cresce para
63%. Por outro lado, nenhuma

APOIADAS
organização desse perfil de
investidor apoia mais do que 50
OSC. Entre os demais respon-
dentes, o percentual de orga-
 Gráfico 10: Organizações que apoiam OSC pela quantidade nizações que apoia mais de 50
de OSC para as quais repassam recursos e tipo de investidor OSC varia entre 7% e 14%.

0%
1% 0% 2% 0% 0%
6% 8% 7% 37% 14%
39% 39% 33%
86%
2%

63% 0%
59%
54% 54% 39%

Não informou
quantidade

Acima de 50

De 11 a 50

0% Até 10

Total Empresa Inst./Fund. Inst./Fund. Inst./Fund.


empresarial familiar independente

Cap 2. Como o investimento social financia terceiros? 53


 Gráfico 11: Proporção de recursos
repassados a OSC por tipo de investidor R$

27% 43% 9% 21% 511,3


MILHÕES
Empresa Inst./Fund. empresarial Inst./Fund. Inst./Fund. repassados para OSC. Quase
familiar independente
metade (43%) desse total é
destinados por institutos e
fundações empresariais.

Grande variação no volume de recursos repassados a OSC

Mínimo Mediana Média Máximo


R$ 36 mil R$ 1,4 milhão R$ 6,2 milhões R$ 97 milhões

 Gráfico 12: Proporção de recursos repassados a OSC via novos


mecanismos ou serviços financeiros para o campo social
24% das organizações
2% 2% Total 3% utilizam novos mecanis-
20% 47% 26% mos ou serviços finan-
ceiros para o campo
Empresa
social – tais como
6% 12% 65% 6% 12% fundos de investimento,
3% Inst./Fund. empresarial 4% matching, crowdfun-
ding, crowdequity,
20% 51% 22%
crowdlending, micro-
Inst./Fund. familiar crédito, investimento
de impacto – para o
31% 38% 31% repasse de pelo menos
6% 6% Inst./Fund. independente uma parte dos recursos
destinados a OSC.
11% 33% 44%

A totalidade A maioria Uma parcela Nenhum Não sabe Não apoia


dos recursos dos recursos dos recursos recurso responder OSC

1 em cada 3
Empresas e institutos e fundações independentes concen- institutos e fun-
tram o maior percentual de respondentes que utilizam novos dações familiares
mecanismos para repassar a maioria ou a totalidade de seus repassam recursos
recursos, o que representa, respectivamente, 6% e 12% do para OSC via novos
total de cada grupo. mecanismos.

54 CENSO GIFE 2018


EXEMPLOS DE NOVOS MECANISMOS, RECURSOS
OU SERVIÇOS FINANCEIROS PARA O CAMPO SOCIAL

Investimento de impacto: trata-se do uso de recursos privados e públicos por meio


de instrumentos financeiros, novos e existentes, em atividades que visam produ-
zir impacto socioambiental com sustentabilidade financeira, podendo ou não gerar
retorno financeiro sobre o capital investido. Os investimentos de impacto buscam
atrair recursos oferecendo (a quem doa ou investe) a medição do impacto socioam-
biental gerado.
Fonte: ALIANÇA pelos Investimentos e Négocios de Impacto. O que são investimentos de impacto. Disponível em: <https://
aliancapeloimpacto.org.br/o-que-sao-financas-sociais/>. Acesso em: out. 2019.

Matching: no âmbito do Censo GIFE, trata-se de um conceito em que diversas orga-


nizações aportam um mesmo valor para um projeto, programa ou iniciativa ou valores
definidos por regras pré-determinadas.

Crowdfunding: é o financiamento para iniciativas de interesse coletivo por meio da


colaboração de um grupo, que pode ser pequeno ou muito grande, geralmente com-
posto de pessoas físicas. O termo vem sendo usado para ações, executadas pela
internet, para arrecadar dinheiro para diferentes tipos de projetos, a partir de plata-
formas específicas como o site Catarse (https://www.catarse.me/).
Fonte: CROWDFUNDING BRASIL. Crowdfunding no terceiro setor: significado. Disponível em:
<https://crowdfundingbr.tumblr.com/post/11672069985/crowdfunding-no-terceiro-setor>. Acesso em: out. 2019.

Crowdequity: também conhecido como equity crowdfunding, é uma forma de finan-


ciamento coletivo para investir em start ups, por meio de uma oferta pública, dispo-
nibilizada na internet para um grupo específico de investidores. Diferente do crowd-
funding tradicional, que oferece brindes ou o próprio produto como recompensa pelo
financiamento, no crowdequity o financiador recebe como contrapartida participa-
ção acionária na empresa, tornando-se, então, sócio do novo negócio.
Fonte: PROJETO DRAFT. Verbete Draft: o que é equity crowdfunding. Disponível em:
<https://projetodraft.com/verbete-draft-o-que-e-equity-crowdfunding/>. Acesso em: out. 2019.

Crowdlending: é um sistema em que os financiadores emprestam uma parcela do


valor necessário para micro ou pequenos empresários, executando funções simila-
res às dos bancos, incluindo avaliação de risco e procedimentos de recuperação em
caso de inadimplência.
Fonte: FRAU, Marc. Crowdlending de 0 a 100. eBook Kindle: ago. 2019.

Cap 2. Como o investimento social financia terceiros? 55


CONFIABILIDADE, TRANSPARÊNCIA E
EXPERTISE SÃO CRITÉRIOS CENTRAIS
NA SELEÇÃO DAS OSC APOIADAS
 Gráfico 13: Organizações por critérios utilizados para selecionar OSC apoiadas

Conhecimento e
expertise dos temas
e causas/ ser uma Eficiência e alcance Indicação da
Capacidade de
referência na área de resultados/ equipe ou de
gestão (financeira, Capacidade
impacto membros do
programática etc.) de inovação/
comprovados conselho
ter projetos
inovadores deliberativo,
mantenedores Outros
ou parceiros
62%

53%

50%

44%

44%

41%

31%

29%

28%

17%

11%

26%
Representa-
tividade/
diversidade Não apoia
Processos de Trajetória ou
na equipe OSC
monitoramento antiguidade
Capilaridade, e avaliação bem da OSC
Capacidade de capacidade de definidos
articulação com diálogo e influência
Confiabilidade e
redes e outros da OSC sobre
transparência
atores públicos
da OSC ou de
seus líderes específicos

CRESCE A
É interessante notar que cri-
térios de representatividade

COMPREENSÃO DE QUE
e diversidade na equipe das
OSC são considerados por

O FORTALECIMENTO
apenas 11% dos investido-
res sociais para definir seu

DA SOCIEDADE CIVIL
apoio, enquanto a confia-
bilidade e a transparência

BRASILEIRA É PARTE
das OSC e de seus líderes, o
conhecimento e a expertise

DA FINALIDADE DO
nos temas e causas e sua
capacidade de articulação

INVESTIMENTO SOCIAL
com redes e outros atores
são critérios preponderan-
tes para mais da metade
dos respondentes.

56 CENSO GIFE 2018


 Gráfico 14: Organizações por dois principais motivos para apoiar OSC (2014, 2016 e 2018)

É parte da estratégia apoiar OSC


que têm legitimidade para atuar 2014 2016 2018
nos temas ou junto a grupos
sociais de seu interesse
67%

65%
É parte da estratégia apoiar OSC
que defendem causas ou grupos
sociais que outros atores não
51%

47% estão dispostos a apoiar


41%

26%
39%

23%
36%
35%

18%

11%
10%
10%

10%
21%

4%

N/A
A realização dos projetos/ É parte da finalidade do É parte da estratégia Não apoia OSC
programas conta com OSC capazes investimento social privado apoiar OSC que
de operacionalizá-los e executá-los contribuir para o fortalecimento influenciam políticas
em contextos/ territórios/ causas da sociedade civil no Brasil e para públicas ou realizam
prioritários a sustentabilidade de OSC controle social
*pp - pontos percentuais.

51 36
Metade dos respondentes apoia Um terço dos respondentes Caiu a parcela de investidores
OSC por sua capacidade de ope- acredita que é parte da finalidade sociais que tem como estratégia
racionalizar projetos ou progra- do ISP contribuir para o fortaleci- apoiar OSC que influenciam
mas em contextos, territórios e mento da sociedade civil e para a políticas públicas e realizam
causas de seu interesse sustentabilidade das OSC controle social

Em relação aos motivos implementá-los nos contex- sua estratégia apoiar orga-
para apoiar OSC, a parcela tos e territórios prioritários. nizações que influenciam
de investidores sociais Chama a atenção o fato de políticas públicas ou reali-
que reconhece como parte que o percentual de respon- zam controle social diminuiu
de sua estratégia o apoio dentes que compreende de 18%, em 2016, para 10%
a organizações que têm que é parte da finalidade do em 2018, enquanto man-
legitimidade para atuar com investimento social contri- teve-se estável em 10% a
temas ou grupos sociais de buir para o fortalecimento e proporção de respondentes
seu interesse diminuiu de a sustentabilidade das OSC cuja estratégia incorpora o
65%, em 2014, para 39%, cresceu de 21%, em 2014, apoio a OSC que defendem
em 2018. Mais da metade para 36%, em 2018. causas ou grupos sociais
dos respondentes (51%) que outros não estão dis-
aponta que seus projetos ou Por outro lado, o percentual postos a apoiar.
programas contam com OSC de investidores sociais que
para operacionalizá-los e reconhecem como parte de

Cap 2. Como o investimento social financia terceiros? 57


Em relação ao tipo de maior entre empresas (47%) estratégia apoiar organiza-
investidor, ao contrário e institutos e fundações ções que influenciam polí-
de 2016, o percentual de empresariais (36%) e menor ticas públicas ou realizam
respondentes que considera entre institutos e fundações controle social diminuiu de
como parte da finalidade do independentes (33%) e 23% para 6%. Essa tendên-
investimento social contri- familiares (31%). Também cia de queda nesse motivo
buir para o fortalecimento da em comparação com 2016, – ainda que menos acentu-
sociedade civil no Brasil e a a parcela de empresas que ada – pode ser observada
sustentabilidade de OSC é acredita que é parte de sua também nos demais perfis
de investidores.

MONITORAMENTO,
AVALIAÇÃO E MENSURAÇÃO
DE IMPACTO SÃO AS
DIFICULDADES MAIS
MENCIONADAS PARA
APOIAR OSC

58 CENSO GIFE 2018


 Gráfico 15: Organizações por duas principais dificuldades para apoiar OSC

36% 22% 14% 13% 13%

Dificuldade de Fragilidade na Dificuldade de Excessiva Restrições


mensurar impacto dos gestão/ baixa monitorar e dependência orçamentárias
projetos/ programas eficiência avaliar as
desenvolvidos iniciativas

Falta de capacidade Dificuldade de encontrar Riscos Apoio não é Inadequação ou


ou tempo da equipe OSC que atuam nos relacionados percebido como alta complexidade
interna da organização contextos/ territórios/ ao perfil e/ou relevante pela dos mecanismos
respondente para a causas apoiados às causas sociedade de incentivos
gestão do apoio defendidas fiscais para
repasse de
recursos

Dificuldade de Entraves Perda de Resistência da alta Ausência de Dificuldade de Outros


estabelecer jurídicos eficiência direção/ conselho demanda/ encontrar OSC
relações de relacionados ao deliberativo ou dos demanda pouco confiáveis e
confiança e boa repasse de mantenedores qualificada transparentes
comunicação recursos

11% 26%
Não enfrenta Não apoia
nenhuma dificuldade OSC

Cap 2. Como o investimento social financia terceiros? 59


Cerca de 11% dos investi- programas desenvolvidos os projetos ou programas
dores sociais não enfrentam por OSC chega a 65%; apresentam maior eficiência
dificuldades para apoiar OSC. entre institutos e funda- se executados diretamente,
No entanto, a mensuração ções independentes e 11% sinalizam restrições
do impacto dos projetos familiares, esse percentual orçamentárias e 5% mencio-
ou programas foi apontada corresponde a 28%. nam dificuldades de men-
como barreira por 36% dos surar o impacto das ações
respondentes, a fragilidade É possível perceber simila- realizadas.
na gestão e a baixa eficiência ridades entre a percepção
de OSC, por 22%, e a dificul- de dificuldades em apoiar Uma parcela relevante
dade de monitorar e avaliar e os motivos indicados de respondentes (11%)
iniciativas de OSC, por 14%. para não apoiar OSC. Para aponta outras motivações,
as organizações que não principalmente razões mais
Entre empresas, o percen- apoiam, foi perguntado por conectadas ao fato de não
tual de investidores sociais quais motivos e 14% dos ser parte de sua estratégia
com dificuldades de mensu- respondentes afirmam que apoiar OSC.
rar o impacto de projetos ou

60 CENSO GIFE 2018


 Gráfico 16: Organizações por dois principais motivos para não apoiar OSC

14% 11% 5% 2%

Resistência da alta
Dificuldade de mensurar o direção/ conselho
Maior eficiência quando os Restrições impacto dos projetos/ deliberativo ou dos
projetos/ programas são orçamentárias programas desenvolvidos mantenedores
executados diretamente

1% 1%
2% 2%

DIficuldade de encontrar Entraves jurídicos Riscos relacionados ao Inadequação ou alta


OSC que atuam nos relacionados ao repasse repasse de recursos complexidade dos
contextos/ causas/ de recursos para OSC para OSC mecanismos de
territórios apoiados incentivos fiscais para
doações a OSC

1% 1% 1% 0%

Pouca confiança Dificuldade de encontrar Dificuldade de monitorar Fragilidade na gestão/ baixa


em OSC OSC confiáveis e e avaliar as iniciativas de eficiência de OSC que
transparentes OSC apoiadas buscam apoio

0% 0% 0%
Ausência de demanda/ Apoio a OSC não é Apoio a OSC não é
demanda pouco percebido como percebido como 11%
qualificada relevante pela relevante pela
sociedade organização
respondente
Outros

26%

A confiabilidade e a transparência das OSC são


questionadas por uma parcela pequena
Não apoiam OSC de investidores sociais.

Cap 2. Como o investimento social financia terceiros? 61


62 CENSO GIFE 2018
3
CO M O O I N V E ST IM ENTO SO C IA L
ES TÁ I N S T I T U C IO N A LIZA DO ?

Diante do desafio de grupos que compõem Além disso, o capítulo


fomentar um investi- a sociedade brasileira. traça um panorama
mento social mais insti- Investiga também parâ- sobre a problemática
tucionalizado, alinhado metros de transparência da gestão de riscos
com o sentido público e questões voltadas à nas organizações e sua
de sua ação e com boas gestão de pessoas, na relação com esse tema
práticas de governança, tentativa de aprofundar nas respectivas empre-
transparência e gestão, o entendimento acerca sas mantenedoras, de
este capítulo busca das características do modo a verificar suas
conhecer melhor as quadro de colaboradores condições de contribuir
múltiplas dimensões que operam o investi- para produzir respostas
que definem a insti- mento social nas a crises e situações de
tucionalidade dos organizações. emergência com qualida-
investidores sociais. Identifica, ainda, os de e agilidade.
Apresenta, em primeiro diversos caminhos Por fim, aborda a percep-
lugar, uma análise dos percorridos pelos res- ção dos respondentes
distintos aspectos rela- pondentes para alinhar em relação a seu ambien-
cionados ao modelo de o investimento social te de atuação e à manei-
governança das organi- privado ao negócio das ra pela qual lidam com
zações e seu potencial empresas mantenedo- os diferentes entraves
para promover equilíbrio ras, apontando tensões e dilemas apresentados
entre interesses públi- e oportunidades de pelo contexto no qual
cos e privados, em diá- fortalecimento mútuo. estão inseridos.
logo com os diferentes

Como o investimento social está institucionalizado? 63


GOVERNANÇA E TRANSPARÊNCIA

Uma primeira dimensão da governança investigada pelo Censo GIFE 2018 diz
respeito à existência de um conselho deliberativo que supervisione e oriente as
relações das organizações com suas partes interessadas, dando direcionamento
estratégico para as políticas institucionais e conferindo maior equilíbrio ao processo
de tomada de decisão e transparência na prestação de contas junto à sociedade.

CONCEITO DE GOVERNANÇA

Por governança, o GIFE entende o sistema pelo qual as organizações são dirigidas,
incentivadas e monitoradas, envolvendo o relacionamento entre conselho, equipe
executiva e demais órgãos de controle. Boas práticas de governança convertem prin-
cípios em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preser-
var a reputação da organização e otimizar seu valor social, facilitando seu acesso a
recursos e contribuindo para sua longevidade.
Fonte: GIFE & IBGC. Guia das melhores práticas de governança para fundações e institutos empresariais. 2014. Disponível
em: <https://sinapse.gife.org.br/download/guia-das-melhores-praticas-de-governanca-para-institutos-e-fundacoes-empresa-
riais >. Acesso em: 12 out. 2019.

GRANDE MAIORIA DAS ORGANIZAÇÕES


CONTA COM CONSELHO
ESTRUTURADO  Gráfico 1: Institutos e fundações* por existência
de conselho deliberativo e tipo de investidor

89% 88% 86% 94%


11% 12% 14% 6%

Total* Inst./Fund. Inst./Fund. Inst./Fund.


empresarial familiar independente

Sim Não
*Nota: Abrange 116 organizações, excluindo as 17 empresas.

64 CENSO GIFE 2018


Em linha com a tendên- a 94% do total, seguido Considerando que a com-
cia observada no Censo por institutos e fundações posição do conselho pode
2016, a ampla maioria das empresariais (88%) e insti- variar em função das carac-
organizações (89%) conta tutos e fundações familiares terísticas e especificida-
com conselho deliberativo (86%). No entanto, entre des de cada organização,
estruturado, com destaque 2016 e 2018, cresceu de buscou-se compreender os
para institutos e fundações 9% para 11% a proporção tipos de membros que con-
independentes, nos quais de respondentes sem con- formam esse colegiado, bem
essa parcela corresponde selho deliberativo. como seu perfil em termos
de gênero e raça.

TIPOS DE CONSELHEIROS

Conselheiros internos: fazem parte da estrutura de gestão da organização, com vín-


culo empregatício. Por exemplo: diretores ou funcionários da organização, voluntários.
Não inclui colaboradores dos mantenedores.

Conselheiros externos: não têm vínculo atual com a organização, mas não são inde-
pendentes: apresentam alguma ligação com a organização ou com seus mantenedo-
res. Por exemplo: associados, ex-diretores e ex-funcionários nos últimos três anos,
profissionais que prestam serviços à organização ou aos seus mantenedores, sócios
ou funcionários dos mantenedores, parentes próximos de acionistas ou de diretores
da organização ou de seus mantenedores.

Conselheiros independentes: não têm vínculo atual ou nos últimos três anos com
a organização, com seus mantenedores ou com seus funcionários e parceiros. Por
exemplo: não integram nem têm participação relevante no mantenedor da organiza-
ção; não são nem foram empregados da organização, de seus mantenedores ou sub-
sidiárias; não recebem remuneração nem oferecem serviços para a organização ou
sua mantenedora; não são dirigentes nem beneficiários de entidades que recebam
recursos financeiros da organização; não são cônjuges nem parentes de qualquer
pessoa que esteja em qualquer uma das situações mencionadas.

Cap 3. Como o investimento social está institucionalizado? 65


METADE DAS ORGANIZAÇÕES NÃO TÊM
CONSELHEIROS INDEPENDENTES
 Gráfico 2: Institutos e fundações* por composição do conselho deliberativo e tipo de investidor

7%
55% 30% 12% 3%

Inst./Fund. empresarial

Total 30% 45% 14% 24% 14% 3%


49%
Inst./Fund. familiar

33% 22% 39% 6%


11%
Inst./Fund. independente

3% *Nota: Abrange 116 organizações, excluindo as 17 empresas.

Sem conselheiros Apenas com conselheiros Com conselheiros Não tem conselho Não informou tipo
independentes independentes independentes, externos deliberativo de conselheiro
e/ou internos

Ainda que o modelo de governança da ampla


maioria das organizações (89%) contemple a
existência de um conselho deliberativo – o que

COMPOSIÇÃO
por si só já é considerada boa prática –, 49%
delas não contam com conselheiros indepen-

DOS CONSELHOS
dentes em sua estrutura, proporção que sobe
para 55% quando se observa apenas institutos

GANHA CARÁTER
e fundações empresariais.

MAIS PLURAL
EM TERMOS DE
GÊNERO E RAÇA

66 CENSO GIFE 2018


 Gráfico 3: Institutos e fundações* por
A parcela que conta somente com con- presença exclusiva de homens no conselho
selheiros homens diminuiu em todos os deliberativo e tipo de investidor (2016 e 2018)
tipos de organizações, com destaque para
2016 2018
uma queda mais acentuada em institutos
e fundações familiares e independentes.
A exclusividade da presença masculina em
conselhos deliberativos que, em 2016, era
uma realidade para 18% dos institutos e 25%
fundações familiares, passou a valer para
apenas 3% deles em 2018. Em institutos 21% 18%
e fundações independentes, o percentual
caiu de 13% para 6% do total. 13%

2018 2016
APESAR DOS 3%
6%

AVANÇOS, 12%

17%
-15pp
-7pp
POPULAÇÃO Inst./Fund.
familiar
Inst./Fund.

FEMININA E NEGRA
independente
-9pp

AINDA PERMANECE Total


-8pp Notas: *Abrange
116 organizações,

SUB-REPRESENTADA
excluindo as 17
Inst./Fund. empresas;
empresarial **pp - pontos
percentuais.

 Gráfico 4: Proporção de conselheiros(as) por


gênero nos conselhos deliberativos (2016 e 2018)
No montante total de
membros dos conselhos, a
2016 2018
proporção de mulheres cres-
ceu 3 pontos percentuais,
subindo de 24% em 2016
para 27% em 2018, o que
indica que, apesar da
24% 76%
27% melhoria recente, ainda
73% há oportunidade para
tornar os conselhos
mais plurais. 

Conselheiras mulheres Conselheiros homens

Cap 3. Como o investimento social está institucionalizado? 67


 As conclusões são as mesmas quando considerados parâmetros de diversidade racial. Por
um lado, a parcela de organizações que conta exclusivamente com pessoas brancas caiu de
71% para 58% entre 2016 e 2018, e a proporção de investidores sociais com conselheiros de
diferentes cores/ raças subiu de 20% para 31%.

 Gráfico 5: Institutos e fundações* por composição racial do conselho deliberativo (2016 e 2018)

Com conselheiros de Não tem


Apenas com conselheiros brancos várias cores/ raças conselho
2016

58% 31% 11%


2018

71% 20% 9%

+ -
*Nota: Abrange 116 organizações, excluindo as 17 empresas.

Por outro lado, apesar de a maior parcela da população brasileira ser


composta por pessoas pretas e parda*, somente 8% das organi-
zações contam com negros em seu conselho deliberativo e 19%
delas têm conselheiros pardos. Assim, nota-se uma melhora dos in-
dicadores em relação a 2016, quando esses valores correspondiam
*Fonte: IBGE. A Síntese dos
respectivamente a 3% e 16% do total de respondentes. No entan- Indicadores Sociais 2015 - Uma
Análise das Condições de Vida
to, no caso da população indígena, sua presença nessas instâncias, da População Brasileira. Rio de
que já era pequena em 2016, caiu de 2% para 1% em 2018. Janeiro: IBGE, 2016.

 Gráfico 6: Institutos e fundações*


89% por detalhamento da composição racial Além de enfocar os conselhos,
do conselho deliberativo (2016 e 2018) o Censo GIFE se propôs a com-
preender como se dá a partici-
pação de diferentes stakehol-
19% ders no processo de tomada
11% 8% 11% de decisão das organizações,
2018

1% ainda que apenas com aconse-


lhamentos e sugestões, tendo
em vista a dimensão pública
2016

3% 2% do investimento social privado


7% Pretos/ Indígenas 9%
16% Amarelos
negros Não tem e a importância de diferentes
conselho
Pardos perspectivas e visões acerca
de suas múltiplas atuações.
*Nota: Abrange 116 organizações,
excluindo as 17 empresas.

91%
2016 2018
Brancos

68 CENSO GIFE 2018


ATORES EXTERNOS TÊM MENOR
PARTICIPAÇÃO EM INSTÂNCIAS DE
DECISÃO MAIS PERENES, EFETIVAS E
INSTITUCIONALIZADAS
 Gráfico 7: Organizações por participação de stakeholders nas instâncias de tomada de decisão
72%

Membros Acionistas da(s) Colaboradores Representantes Representantes


da família empresa(s) da(s) empresa(s) de empresas, de outras OSC (exceto
mantenedora* mantenedora(s) mantenedora(s) institutos e beneficiárias ou
fundações parceiras)**
parceiros ou
coinvestidores** Conselho
deliberativo/
conselho
curador/ órgãos
38%

38%
35%
deliberativos

32%
29%

29%
28%

28%

Conselho
23%

23%

23%

consultivo/
22%

21%
19%

outros grupos
17%

17%

17%
17%
16%

formalmente

12%
10%
estruturados
10%
7%

Grupos de
4%

trabalho ou
outras instâncias
informais

Não participam
de processos
Especialistas ou Representantes Representantes Beneficiários Voluntários da decisórios
indivíduos de OSC beneficiá- de órgãos da diretos** organização ou
atuantes em rias ou parceiras** administração da(s) empresa(s) Não se aplica
causas e temas pública** mantenedora(s) (não há
relacionados com stakeholders
a missão da desse tipo)
organização**
46%
39%

39%

37%
35%

35%

35%
34%

32%

32%
30%
22%

20%
17%

Notas: *Alternativa
16%

15%

13%

válida somente
para institutos e
9%

7%

fundações familiares.
5%

5%
5%

3%
3%

2%

** Stakeholders
externos.

Os dados revelam que, quanto mais alta a instância decisória, maior a participação de membros
da família mantenedora (no caso de institutos e fundações familiares) e de acionistas das
empresas mantenedoras (no caso de organizações com mantenedores empresariais). 

Cap 3. Como o investimento social está institucionalizado? 69


 A título de exemplo, os estruturas, respectivamen- deliberativos. O que pode
membros da família mante- te, de 38%, 16% e 4%. ser observado em relação a
nedora participam de órgãos representantes de empre-
deliberativos em 72% das Simultaneamente, há uma sas, institutos e fundações
organizações, de conselhos tendência oposta no caso parceiras, coinvestidores,
consultivos em 28% e de de stakeholders externos, especialistas em causas
grupos de trabalho em 17% cuja presença tende a ser relacionadas com a missão
dos casos. Já os acionistas maior justamente em con- da organização, além de
das empresas mantenedo- selhos consultivos e instân- representantes de OSC e
ras têm presença nessas cias informais de decisão de órgãos da administração
em detrimento de órgãos pública.

ORGANIZAÇÕES AVANÇAM NA ADOÇÃO DE


BOAS PRÁTICAS DE CONTROLE FINANCEIRO
E USO DE DADOS
 Gráfico 8: Organizações por práticas e políticas de controle financeiro e uso de dados (2016 e 2018)

2016 2018

68% 73% 73% 74% 63% 67%

Práticas e políticas que garantem


Demonstrações contábeis auditadas a coleta e o uso ético de dados
Conselho fiscal por organização independente contratada (informações sensíveis,
estabelecido pelo conselho deliberativo sujeitas a sigilo)

Em 2018, a existência de um A existência de auditoria Em seguida, estão


conselho fiscal era realidade independente das demons- institutos e fundações
em 73% das organizações, trações contábeis cresceu empresariais (86%) e
sendo que, no caso de insti- de 73% para 74% dos familiares (76%).
tutos e fundações empresa- respondentes, com desta-
riais e familiares, esse valor que para institutos e funda- Em relação à coleta e ao
chegou a 86%, enquanto no ções independentes, cuja uso ético de dados, 94%
grupo de institutos e funda- totalidade de organizações de institutos e fundações
ções independentes esse incorpora essa prática. independentes têm prá-
percentual equivalia a 72%. ticas e políticas em vigor,
bem como 80% de empre-
 SAIBA MAIS: Acesse os Indicadores GIFE de Governança: sariais e 59% de familiares.
https://gife.org.br/indicadores-gife-de-governanca

70 CENSO GIFE 2018


PROJETOS E PROGRAMAS SÃO
DIFUNDIDOS AMPLAMENTE, MAS
RELATÓRIOS DE AVALIAÇÃO DAS
INICIATIVAS SÃO MENOS DIVULGADOS
 Tabela 1: Organizações por divulgação de informações e tipo de público

Divulga no site ou Divulga apenas Não Não tem/


outros veículos para públicos divulga não se
de acesso público específicos aplica

Principais projetos, programas,


94% 6% 0% 0%
ações e atividades

Informações de contato 89% 6% 4% 1%

Missão e visão 86% 1% 0% 14%

Relatórios de atividades/ balanço social 74% 17% 6% 2%

Composição da equipe executiva 60% 20% 6% 14%

Demonstrações contábeis 55% 32% 13% 1%

Composição do conselho deliberativo 53% 20% 5% 23%

Critérios utilizados na seleção de


48% 19% 14% 20%
projetos ou programas apoiados

Editais para a seleção de projetos,


47% 12% 5% 36%
programas ou organizações a apoiar

Editais de processos seletivos para


41% 26% 5% 28%
colaboradores ou prestadores de serviço

Relatório de auditores independentes


sobre demonstrações contábeis
40% 26% 17% 17%

Estatuto 35% 35% 16% 14%

Informações sobre planejamento/ diretrizes


estratégicas
32% 52% 15% 1%

Relatórios de avaliação de projetos,


programas ou organização
23% 38% 23% 15%

Outros 4% 1% 0% 95%

Cap 3. Como o investimento social está institucionalizado? 71


Informações sobre pro- Mais da metade das organiza-

94 52
jetos, programas, ações ções divulga informações sobre
e atividades são as mais seu planejamento estratégico
difundidas pela maioria apenas para alguns públicos
absoluta das organizações. específicos.

divulga mais estatuto, relatórios

<40
1 em cada 4 de avaliação e demonstrações

23
organizações não contábeis parcialmente
divulga relatórios
de avaliação.
das organizações divulgam do-

40
cumentos de auditores indepen-
 SAIBA MAIS: Acesse o dentes sobre demonstrações
Painel GIFE de Transparência: financeiras publicamente, ape-
http://gife.org.br/painel-gife-de-
transparencia sar de 74% delas terem esses
relatórios.

G E S TÃO D E P E S S OAS

INSTITUTOS E FUNDAÇÕES
INDEPENDENTES CONTAM
COM EQUIPES MAIORES
Do ponto de vista do número de funcionários, os respondentes
do Censo GIFE 2018 são majoritariamente de pequeno porte.

72 CENSO GIFE 2018


 Gráfico 9: Organizações por número de funcionários e tipo de investidor

Empresa

65% 18% 12% 6%


23%
Inst./Fund. empresarial 3% 3%
13% 42% 25% 13% 9% 6%
42% Total
Inst./Fund. familiar
13%
12%
45% 14% 21% 14% 7%
6%
Inst./Fund. independente
2% 2%
17% 39% 28% 11% 6%

Até 10 De 11 a 25 De 26 a 50 De 51 a 100 De 101 a 500 De 501 a 1.000 Mais de 1.000

das organizações das organizações das empresas têm dos institutos e


têm até 25 têm mais de 100 até 25 funcionários fundações indepen-
colaboradores. colaboradores. na área que coorde- dentes têm mais de
na o investimento 100 colaboradores.
social.

Entre as empresas, 65% que repassam mais recursos tam com equipes maiores,
contam com até 10 funcio- para iniciativas de terceiros, sendo que 39% têm de 11 a
nários na área que coorde- além de parte das ativida- 25 funcionários, 39%, de 51
na o investimento social, des (de caráter jurídico ou a 100 funcionários e 17%
mantendo a tendência das administrativo, por exemplo) contam com mais de 100
três últimas edições do ser absorvida por outros pessoas na equipe. Essa di-
Censo GIFE. Esse tamanho departamentos ou setores ferença guarda relação com
de equipe reduzido pode da empresa. Já institutos e o perfil mais executor desse
estar associado ao perfil fundações independentes tipo de investidor social, que
mais doador das empresas, são organizações que con- implementa mais projetos ou
programas diretamente.

Cap 3. Como o investimento social está institucionalizado? 73


PREDOMINAM MULHERES
NAS EQUIPES DAS
ORGANIZAÇÕES
Se, por um lado, as mulheres
ainda são sub-representa-
das nos conselhos delibe-
 Gráfico 10: Proporção de colaboradores rativos, por outro um olhar
por gênero e tipo de investidor atento sobre as equipes de
trabalho revela que elas são
Total = 55% colaboradores 45% colaboradores a maioria dos colaborado-
mulheres homens res em todos os perfis de
investidores sociais, o que
denota uma oportunidade de
fortalecer iniciativas inter-
29% 47% 28% 44% nas de promoção de diversi-
71% 53% 72% 56% dade e inclusão nos diferen-
tes níveis hierárquicos da
estrutura organizacional dos
Empresa Inst./Fund. Inst./Fund. Inst./Fund. respondentes.
empresarial familiar independente

Nesse sentido, o GIFE realiza bienalmente uma pesquisa organizacional, complementar ao


Censo, que aborda práticas e políticas salariais, de benefícios e gestão de pessoas dos investi-
dores sociais, além de pontos específicos relacionados à governança. A pesquisa realizada em
2019 foi estendida a todos os associados GIFE pela primeira vez e contou com a participação
de 64 organizações. Os resultados revelam que ainda é pequena a parcela de investidores
sociais que conta com políticas internas de promoção da diversidade e inclusão ou que tem
metas para contratação de públicos específicos.

INVESTIDORES SOCIAIS AINDA


PODEM AVANÇAR NAS INICIATIVAS
INTERNAS DE PROMOÇÃO DA
DIVERSIDADE E INCLUSÃO

74 CENSO GIFE 2018


 Gráfico 11: Organizações por política de promoção da diversidade e inclusão (2019)

59%
31% 30% 30% 22% 11% 8% Não tem política
de promoção
da diversidade
e inclusão

Pessoas com Raça Gênero LGBTQI+ Pessoas de


deficiência periferia
Etária/
geracional

 Gráfico 12: Organizações por metas ou cotas para contratação de públicos específicos (2019)

30% 9% 9% 5% 5% 0% 70%
Não tem metas
ou cotas para
contratação de
públicos
específicos
Pessoas Pessoas Etária/
com deficiência Raça Gênero LGBTQI+ de periferia geracional

A maioria das organizações (59%) não têm com políticas para inclusão de públicos específicos
e apenas 3 em cada 10 organizações contam com metas ou cotas para sua contratação, com
destaque para aquelas relacionadas a pessoas com deficiência. Enquanto 30% das organiza-
ções dizem ter políticas para a inclusão de mulheres ou o aumento da diversidade de raças,
apenas 9% têm metas para contratar de colaboradores que atendam a esses perfis.

 Gráfico 13: Organizações por


iniciativas de formação em temas
de diversidade e inclusão (2019) Além disso, o tema da diversi-
dade ainda é pouco trabalhado
junto aos colaboradores. Contu-
do, a grande maioria dos inves-
tidores sociais prevê outras
70% Não
Apenas 1 em cada 3 respon- iniciativas de capacitação para
Sim
dentes tem iniciativas de seus colaboradores, sendo que
formação dos colaboradores uma pequena parcela (6%) não
em temas voltados à diversi- tem práticas de capacitação
dade e inclusão. preestabelecidas.

Cap 3. Como o investimento social está institucionalizado? 75


 Gráfico 14: Organizações por iniciativas de capacitação de seus colaboradores (2019)

Oferece pontualmen-
te momentos de
capacitação interna
de acordo com as
prioridades da
organização
Assegura um
conjunto de
48% 47%
Vincula capacitações
capacitações que
ao plano de
são pré-requisito
desenvolvimento
42% pessoal dos
para todos os
Negocia descontos
colaboradores ou
colaboradores ou isenção em
para determinadas
cursos de
funções
instituições de
31% ensino parceiras
27% 27%
25%
23%

6%
Financia participação Aporta recursos Aporta recursos Atende pontualmen- Não tem
da equipe em financeiros para que financeiros para que te demandas de práticas de
conferências/ o colaborador se o colaborador se colaboradores, capacitação
seminários densenvolva em densenvolva em liberando-os em preestabele-
(nacionais e temas definidos pela temas escolhidos horário de trabalho cidas
internacionais) organização pelo colaborador para cursos ou
capacitações, sem
aporte financeiro

Em relação às políticas de remuneração, 33% dos investidores sociais têm programa


próprio de remuneração variável, além do previsto na convenção coletiva da categoria e,
em 86% desses casos, a remuneração variável se aplica a todos os níveis hierárquicos.
Em 10% desses 33% que têm remuneração variável, abrange somente diretores(as) e o
mesmo percentual oferece remuneração variável apenas para os níveis de coordenação
ou supervisão.

 Gráfico 15: Organizações por


programa próprio de remuneração
variável (2019)
67% Não
Sim

76 CENSO GIFE 2018


 Gráfico 16: Organizações com programa próprio de
remuneração variável por abrangência do programa (2019)

86% 10% 10% 5% 5%

Todos os níveis Diretoria Coordenação/ Gerência Outros níveis


supervisão

Os respondentes que oferecem remuneração variável a vinculam principalmente a indicadores


de resultados gerais da organização (em 86% dos casos). Em segundo lugar, aparecem empa-
tados o vínculo a indicadores de projetos ou programas ou de áreas ou departamentos especí-
ficos e a indicadores de desempenho individual (52%). Indicadores de resultados da empresa
mantenedora e indicadores comportamentais são menos comuns e correspondem, respectiva-
mente, a 33% e 24% do total.

 Gráfico 17: Organizações com programa próprio de remuneração variável por critério para pagamento (2019)

86% 52% 52% 33% 24%

Indicadores de resultados Desempenho/ alcance Indicadores de resultados Indicadores


Indicadores de resultados de projetos/ programas/ de metas individuais da(s) empresa(s) comportamentais
gerais da organização áreas/ departamentos mantenedora(s)
específicos

 Gráfico 18: Organizações


71% Na maioria das organizações
com programa próprio de
Gratificação (71%), a remuneração variável é
remuneração variável por
29% forma de pagamento (2019) paga por meio de gratificações;
PLR* apenas 29% das organizações
adotam o pagamento por partici-
pação nos lucros e resultados.
*PLR - Participação nos lucros e resultados

Cap 3. Como o investimento social está institucionalizado? 77


ALINHAMENTO COM O NEGÓCIO

O alinhamento entre o investimento social e o negócio vem sendo percebido


pelo setor como uma tendência, aproximando o diálogo entre os movimentos de
sustentabilidade e responsabilidade social empresarial da atuação de institutos
e fundações de origem principalmente empresarial, ainda que esse deslocamento
possa também impactar institutos e fundações familiares que tenham vínculos com
empresas das famílias mantenedoras. Os caminhos percorridos por empresas e seus
institutos e fundações, nesse sentido, não têm sido homogêneos, na medida em que
apresentam tensões, desafios e contornos diversos, ao mesmo tempo que expõem
oportunidades de fortalecimento mútuo.

21% O alinhamento

ORGANIZAÇÕES
permaneceu igual

O alinhamento
2% diminuiu
PERCEBEM MAIOR 9%

ALINHAMENTO
Não há alinhamento
entre o ISP e a(s)
Total empresa(s)

ENTRE O
mantenedora(s)

2%

INVESTIMENTO
Não sabe
44% responder
O alinhamento
aumentou
23%
SOCIAL E O Empresa
Não se aplica

NEGÓCIO 71% 24% 6%


Inst./Fund. empresarial 1%
 Gráfico 19: Organizações por 65% 25% 9%
percepção de alinhamento entre
ISP e o negócio das empresas Inst./Fund. familiar
mantenedoras nos últimos
dois anos* 24% 17% 10% 41%
3% 3%
Quando perguntadas a Inst./Fund. independente
respeito de sua percepção 100%
sobre o alinhamento entre
o investimento social e *Nota: Pergunta não se aplica para institutos/ fundações independentes e para insti-
o negócio da empresa tutos/ fundações familiares sem relação com empresas da família mantenedora.
mantenedora nos últimos
dois anos, 44% das orga- Como esperado, esse valor é influenciado principalmente por
nizações apontaram um empresas, nas quais a percepção de aumento prevalece para
movimento de ampliação. 71% dos respondentes, e por institutos e fundações 

78 CENSO GIFE 2018


 empresariais, dos quais Ainda que 43% dos res- do entendimento de que o
apenas 3% indicaram pondentes orientem seu investimento social favore-
diminuição do alinhamento planejamento e atuação ce e qualifica a aproximação
no último biênio. No último pela percepção de que há de empresas com causas
caso, predomina a impres- um aumento de cobrança na e demandas da sociedade,
são de que o alinhamento sociedade sobre o papel e influenciando decisões
permaneceu igual em 25% atuação das empresas, uma de negócio; outros 20%
das organizações. parcela menor de organiza- discutem essa pauta apenas
ções (39%) o faz a partir pontualmente.

 Gráfico 20: Organizações por pautas relativas ao *Nota: Pergunta não se aplica para institu-
tos/ fundações independentes e para ins-
alinhamento entre o ISP e o negócio das empresas mantenedoras*
titutos/ fundações familiares sem relação
com empresas da família mantenedora.
Aumento da cobrança da sociedade sobre a atuação e papel ocupado por empresas
Não
2% 8% 15% 34% 9% 10% 23% considera
relevante/
Não aceitação de que a mitigação de impacto seja considerada como forma de ISP
não
concorda
8% 17% 14% 13% 5% 20% 23%
Não está
Visão de que empresas precisam ter uma atuação vinculada às agendas públicas,
discutindo
eliminando incoerências entre a atuação social e o negócio
essa pauta
2% 11% 22% 25% 6% 12% 23% Discute
essa pauta
Entendimento de que a articulação do ISP com as áreas de RH de empresas tem potencial de forma
para estimular políticas internas inclusivas e o interesse social dos colaboradores pontual
0% 5% 23% 31% 10% 8% 23% Considera
essa pauta
Demanda para que o ISP favoreça e qualifique a aproximação de empresas com causas
no plane-
e demandas da sociedade, influenciando decisões de negócio
jamento de
suas ações
1% 8% 20% 20% 19% 10% 23%
Orienta sua
Visão de que é preciso desenvolver formas transparentes e éticas de associar evidências de resultado
atuação por
positivos da atuação do ISP à marca da empresa
essa pauta
1% 8% 11% 26% 22% 11% 23% Não sabe
responder
Aumento da cobrança para que empresas se engajem em modelos que incorporem de forma mais contundente as di-
mensões e o impacto socioambiental nos negócios, como Sistema B**, negócios de impacto, valor compartilhado etc. Não se
aplica
1% 17% 17% 20% 9% 14% 23%

**Nota: Sistema B é um movimento global que tem o objetivo de apoiar e certificar empresas que criam produtos e serviços voltados para
resolver problemas socioambientais. Fonte: NOSSA CAUSA. Sistema B o que é isso?.2019. Disponível em:
<https://nossacausa.com/sistema-b-o-que-e-isso/>. Acesso em: out/2019.

das organizações apenas dos respondentes orien- dos respondentes consideram


discutem de forma pontual a tam seu planejamento ou em seu planejamento ou orien-
percepção de que o inves- atuação pela percepção tam sua atuação pela visão de
timento social favorece e de que o investimento que é preciso desenvolver for-
qualifica a aproximação de social favorece e qua- mas transparentes e éticas de
empresas com causas e lifica a aproximação de associar evidências de resulta-
demandas da sociedade. empresas com causas e dos positivos da atuação do ISP
demandas da sociedade. à marca da empresa.

Cap 3. Como o investimento social está institucionalizado? 79


Contudo, cerca de metade do ISP à marca da empresa. com a empresa, 41% das
(48%) dos respondentes O tema menos presente nas organizações orientam seu
considera em seu plane- organizações (25%) é a ideia planejamento e atuação
jamento ou orienta sua de que a mitigação de impac- pelo entendimento de que
atuação pela visão de que é to não é aceita como uma a articulação do ISP com as
preciso desenvolver formas forma de investimento social. áreas de recursos humanos
transparentes e éticas de de empresas tem potencial
associar evidências de resul- Na visão de como o para estimular políticas in-
tados positivos da atuação alinhamento pode contribuir ternas inclusivas e interesse
social dos colaboradores.

O Q U E SÃO I N V E S T I M E N TO S N ÃO V O LU N TÁ R I O S ?

São aqueles decorrentes de exigências contratuais, legais e/ ou decisões judiciais,


ou seja, não realizados por deliberalidade única da organização. Por exemplo: licen-
ciamento ambiental e/ ou urbanístico (estudos de impacto, compensações ou condi-
cionantes), Termos de Ajustamento de Conduta (TAC), contrapartidas, condições exi-
gidas pelo financiador (como subcrédito social do BNDES), entre outras obrigações.

Em relação à participa- algumas atividades relacio- É mais comum que as áreas


ção dos respondentes no nadas, enquanto somente que realizam investimentos
investimento não voluntário 2% indicam ser diretamente sociais nas empresas con-
realizado pelas respectivas responsáveis pelas inicia- tribuam com os investimen-
empresas mantenedoras, tivas. Interessante notar tos sociais compulsórios,
5% afirmam contribuir com que esses percentuais seja zelando por aspectos
aspectos estratégicos, ou- eram bastante próximos em estratégicos ou como
tros 4% revelam executar 2016 e, portanto, mantive- responsáveis por algumas
ram-se estáveis. atividades (24% dos casos).

80 CENSO GIFE 2018


 Gráfico 21: Organizações por influência no ISP não voluntário realizado pelas empresas mantenedoras*

Não sabe se empresa Empresa mantenedora Empresa mantenedora


46%

mantenedora realiza realiza investimento realiza investimento


investimento não não voluntário e não voluntário e Total
voluntário respondente não respondente contribui
participa da gestão com aspectos
35%
35%

desses recursos estratégicos Empresa


31%

Inst./Fund.
22%
21%
empresarial
18%

18%
18%

17%

6%
5%
12%

12%
3%

3%
Inst./Fund.
familiar
0%

0%

0%

0%
Empresa mantenedora Inst./Fund.
não realiza investimen- independente
to não voluntário

Empresa mantenedora Empresa mantenedora Não se


41% Não informou
realiza investimento não realiza investimento não aplica
voluntário e respondente voluntário e respondente
contribui com algumas é responsável pelas
atividades ações implementadas 100%
23%

com esses recursos


35%

6%
4%

4%
12%

2%

1%
0%
0%

0%

0%
0%

0%
0%

0%
0%
0%
*Nota: Pergunta não se aplica para institutos/ fundações independentes e para institutos/
fundações familiares sem relação com empresas da família mantenedora.

Os indicadores analisados uma decisão deliberada das pelos investimentos sociais


podem sugerir a existência empresas de manter a sepa- nas empresas tenha se
de outra institucionalidade, ração entre investimentos declarado como diretamente
que dificulta a influência dos voluntários e não voluntá- responsável pelas ações
respondentes nos inves- rios. Nesse sentido, chama implementadas em decor-
timentos não voluntários a atenção o fato de que rência de investimentos não
das empresas, ou indicar nenhuma área responsável voluntários.

Cap 3. Como o investimento social está institucionalizado? 81


G E S TÃO D E R I S C O S

Uma das importantes dimensões da governança das organizações


diz respeito à gestão de riscos e ao gerenciamento de crises, que
contribuem de maneira importante para a sustentabilidade e a longevida-
de institucional. Os riscos podem ser de natureza operacional, financeira,
regulatória, estratégica, tecnológica, sistêmica, social e ambiental e
devem ser gerenciados para subsidiar a tomada de decisão pelos admi-
nistradores. A gestão de riscos constitui, portanto, princípio fundamental
para a sustentabilidade das organizações*.

*Fonte: IBGC. Código das melhores práticas de governança corporativa. 5.ed.


Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. São Paulo, SP: IBGC, 2015, p. 91.

CONCEITOS DE CRISE E RISCO

Crise: qualquer evento ou percepção negativa que possa trazer danos à imagem da
organização ou prejudicar seu relacionamento com sociedade, clientes, acionistas,
investidores, parceiros, órgãos reguladores, poder público e demais stakeholders,
com potencial de provocar prejuízos significativos.

Fonte: DELOITTE & IBRI. Manual para gestão de crises e relacionamento com investidores da Deloitte. 2015, p. 5. Disponí-
vel em: <https://www2.deloitte.com/content/dam/Deloitte/br/Documents/risk/Manual-Gestao-Crises-para-RI.pdf>.
Acesso em: out. 2019.

Risco: efeito da incerteza nos objetivos definidos em diferentes níveis (tais como es-
tratégico, em toda a organização, de projeto, de produto e de processo). Um efeito é
um desvio em relação ao esperado – positivo e/ou negativo. O risco é muitas vezes
expresso em termos de uma combinação de consequências de um evento (incluindo
mudanças nas circunstâncias) e sua probabilidade de ocorrência associada.

Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISO 31000 - Gestão de Riscos,
Princípios e Diretrizes. 2009.

82 CENSO GIFE 2018


GESTÃO DE RISCOS PODE
SER MAIS BEM TRABALHADA
POR INVESTIDORES SOCIAIS
Pela primeira vez, o Censo dos respondentes afirmaram contar com diretrizes e políti-
GIFE abordou o tema de cas que orientam o processo de tomada de decisão e 44%
gestão de riscos. Quando mencionaram identificar periodicamente riscos potenciais e
perguntados a respeito da utilizar ocasionalmente esse conhecimento em processos
estrutura para a gestão de de tomada de decisão, o que sinaliza uma oportunidade de
riscos oriundos de sua pró- aprofundamento dessa agenda junto às organizações.
pria atuação, apenas 36%

 Gráfico 22: Organizações por práticas de gestão de risco

Não tem Identifica periodicamente Comunica as áreas Não sabe


procedimentos riscos potenciais e utiliza internas sobre etapas do responder/
relacionados à esse conhecimento em processo de gestão de desconhece como
gestão de processo de tomada de riscos, monitorado por a gestão de riscos
riscos decisão ocasionalmente meio de indicadores ocorre na
organização

9%
14% 44% 36% 19% 30%
2%

Atua junto aos fornecedores,


parceiros ou outros
Identifica apenas Tem diretrizes e políticas de stakeholders para que
esporadicamente gestão de riscos que orientam extingam, mitiguem ou reduzam
riscos potenciais o processo de tomada de riscos que as atividades
decisão que realizam possam causar

A proporção de respondentes que desconhece a estratégia de gerenciamento de riscos na


empresa mantenedora corresponde a 23%, sendo superior à parcela de organizações que se
envolve nessa agenda junto às empresas mantenedoras (20%). Outros 6% não sabem res-
ponder sobre a relação da organização com a estratégia de gestão de risco das respectivas
empresas mantenedoras.

Cap 3. Como o investimento social está institucionalizado? 83


 Gráfico 23: Organizações por envolvimento nas práti-
cas de gestão de riscos nas empresas mantenedoras*

Tem conhecimento sobre


estratégia de gestão de riscos nas
empresas mantenedoras, mas não Somente 1 em cada 5
se envolve na definição de
políticas ou processos
respondentes se envolve na
gestão de riscos da empresa
38% mantenedora
*Nota: Pergunta não se aplica para
institutos/ fundações independentes.
Não sabe
responder
23%
20%
14%
6%
Não tem conhecimento sobre Envolve-se na definição de Não se
a estratégia de gestão de políticas ou processos e aplica
riscos da(s) empresa(s) participa, em alguma medida,
mantenedora(s) das etapas do processo de
gestão de riscos da(s)
empresa(s) mantenedora(s)

Quando o assunto é gestão  Gráfico 24: Organizações por práticas de gerenciamento de crises
de crises, quase metade
das organizações (44%) Formaliza princípios Atualiza Não sabe
e diretrizes constantemente responder/
adota medidas de mitigação relacionados com a seu plano de desconhe-
aplicação e
quanto aos danos causados execução de
gestão de crises e
se assegura que o
ce como o
gerencia-
por uma situação de crise de processos de conteúdo seja mento de
prevenção e conhecido pelos crise
forma reativa, sem um plano gerenciamento de colaboradores ocorre
crises
formal. Outros 27% contam
com princípios e diretrizes
formais relacionadas a
44% 27% 16% 10% 12% 17%
processos de prevenção e
gerenciamento de crises.
Apenas 16% têm um plano
Adota medidas de Tem um plano de Contempla
de gerenciamento de crises mitigação quanto aos gerenciamento fornecedores,
danos causados por de crises parceiros ou outros
estruturado. uma situação de crise stakeholders em seu
de forma reativa, não plano de gestão de
formalmente definidas crise
em um plano de
gerenciamento de
crises

84 CENSO GIFE 2018


INVESTIDORES SOCIAIS Enquanto apenas 20% dos

SÃO MAIS ENVOLVIDOS


respondentes se envolve na
gestão de riscos das em-

NO GERENCIAMENTO DE
presas mantenedoras, uma
proporção maior de organi-

CRISES DO QUE NA GESTÃO


zações (33%) participa de
alguma forma do gerencia-

DE RISCOS DAS EMPRESAS


mento de crises e emer-
gências ligadas ao negócio

MANTENEDORAS
dessas empresas.

 Gráfico 25: Organizações por envolvimento no gerenciamento de crises das empresas mantenedoras*

Não tem conhecimento Envolve-se nas Tem papel previsto no Não sabe
sobre a existência ou sobre o etapas de desenho e processo de gerencia- responder
conteúdo da estratégia de planejamento de mento de crises da(s)
gerenciamento de crises políticas ou empresa(s) mantenedo-
da(s) empresa(s) processos de ra(s) para atuar junto a
mantenedora(s) gerenciamento de seus próprios parceiros,
crises da(s) beneficiários e opinião *Nota: Pergunta não se
31% empresa(s) pública aplica para institutos/
mantenedora(s) fundações independentes.

23%

14%
13%
8% 8% 9% 8%

Não se
Tem conhecimento sobre Envolve-se nas etapas de Tem papel previsto no aplica
a estratégia, mas não se implementação e/ ou processo de gerenciamento
envolve nos processos monitoramento de políticas de crises da(s) empresa(s)
de gerenciamento de ou processos de gerencia- mantenedora(s) para atuar
crises da(s) empresa(s) mento de crises da(s) junto a fornecedores,
mantenedora(s) empresa(s) mantenedora(s) clientes e outras relações
de negócio

33
dos respondentes têm Esses dados podem sugerir que os investidores sociais são
algum envolvimento no mais convocados a participar da construção de soluções para
gerenciamento de crises nas lidar com situações de emergência do que para prevenir sua
empresas mantenedoras. ocorrência de forma mais estruturada. 

Cap 3. Como o investimento social está institucionalizado? 85


 Poucos investidores serviço na opinião pública, (5 casos), sendo a maior
sociais tiveram que lidar especialmente nas redes parte delas sem repercus-
com alguma situação de sociais (15 casos); impactos são pública ou apenas com
crise oriunda de sua própria de iniciativas, produtos ou repercussão local. As situa-
atuação nos últimos anos. serviços (10 casos); falhas ções de crise nas empresas
Do conjunto de 133 respon- de segurança em TI ou ata- mantenedoras foram um
dentes, as ocorrências mais ques cibernéticos (6 casos); pouco mais comuns, sendo
comuns dizem respeito a e má conduta/ conduta mais recorrente a reper-
repercussões negativas de antiética de funcionários, cussão negativa de alguma
alguma iniciativa, ação ou colaboradores ou parceiros iniciativa, ação ou serviço na
opinião pública (16 casos).

 Gráfico 26: Organizações por tipos de crises originadas de


sua atuação e das empresas mantenedoras nos últimos três anos*

Crises Impacto de Ilicitudes ou


originadas iniciativas, conflitos de
de sua produtos ou 15 interesse na
atuação serviços relação com
agentes
públicos,
10 Descontrole órgãos da Outra
Desastres financeiro Condições ou administração natureza
naturais ou exploração de pública ou
acidentes
ambientais
trabalho partidos 6
5 políticos

3
2 2 2
1 1 1

3 3
4 4
5
6
7 7 7
Condições ou
exploração de Falha de
trabalho de segurança em
Outros tipos
parceiros e TI** ou ataques
de acidente
12 fornecedores cibernéticos

Repercussão negativa de alguma


Má conduta/ conduta
inciativa, ação ou serviço com a 16 antiética de funcioná-
opinião pública, especialmente Crises originadas da
rios, colaboradores ou
nas redes sociais atuação da(s) empresa(s)
parceiros
mantenedora(s)

Notas: *Institutos/ fundações independentes não foram questionados sobre o gerenciamento


de crises das empresas mantenedoras; ** TI - tecnologia da informação.

86 CENSO GIFE 2018


A M B I E N T E D E AT UAÇÃO

Buscando entender a influência do contexto para planejamento e atuação dos


investidores sociais, o Censo GIFE 2018 procurou investigar a percepção dos
respondentes em relação ao ambiente em que estão inseridos nos últimos dois
anos e sua perspectiva para o futuro.

PERCEPÇÃO DE QUE O AMBIENTE DE


ATUAÇÃO SE DETERIOROU MAIS PARA
ORGANIZAÇÕES PARCEIRAS E PARA O
CAMPO EM GERAL DO QUE PARA OS
INVESTIDORES SOCIAIS  Gráfico 27: Organizações por
percepção do ambiente de atuação
nos últimos dois anos

O ambiente de atuação:

38 28
Não sabe Melhorou Melho- Perma- Se Se deteriorou
responder significati- rou neceu o deterio- significativa-
vamente mesmo rou mente
apontam melhorias percebem melhoria
no ambiente de do campo de forma
atuação para sua 7% 15% 14% geral
atuação 12%
6%
8%
26% 22%

25
17%

indicam um con-
texto mais favorá- 23% 20%
36
indicam um contexto
37%
vel para organiza- menos favorável para
ções apoiadas ou organizações apoia-
parceiras das ou parceiras
27% 31%

39
19
apontam algum grau
15% percebem uma
deterioração do
4% 9% 8% campo de forma
de piora no ambiente
de atuação para sua Para a Para as organiza- Para o campo geral
organização ções apoiadas ou em geral
organização
respondente parceiras

Cap 3. Como o investimento social está institucionalizado? 87


AMBIENTE DE ATUAÇÃO
INFLUENCIA O PLANEJAMENTO
DOS INVESTIDORES SOCIAIS
Quando perguntadas em que medida consideraram as características do ambiente de atuação
para o planejamento de suas ações no último biênio, 36% das organizações indicaram que as
levaram muito em conta. Quanto aos próximos dois anos, uma parcela ainda maior de respon-
dentes (43%) indicou que pretende considerar muito o contexto de atuação no seu planeja-
mento futuro.

 Gráfico 28: Organizações por consideração do ambiente de atuação no planejamento de suas ações

5% 4%

Nos últimos
dois anos 9% 25% 22% 36%

0% 5%

Nos próximos
dois anos 6% 14% 32% 43%

Nada (1) 2 3 4 Muito (5) Não sabe responder

Quanto ao envolvimento que 30% dos respondentes acompanhado por 41%


com agendas específicas afirmaram ter se engajado dos respondentes há mais
relacionadas à sustentabili- na pauta do MROSC nos tempo. A pauta com menor
dade das OSC, os temas que últimos dois anos e 33% envolvimento das organiza-
surgem como alvo de maior estavam vinculados a esse ções (42%) são os incenti-
interesse dos investidores debate desde antes dis- vos fiscais para doações de
sociais são seu marco regu- so. O ITCMD, por sua vez, pessoas físicas.
latório (MROSC) e o Imposto contou com o envolvimento
sobre Transmissão Causa de 21% das organizações
Mortis e Doação (ITCMD), já no último biênio e tem sido

88 CENSO GIFE 2018


ITCMD E MROSC

ITCMD: o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação é um tributo de compe-


tência dos estados e do Distrito Federal, cujo fato gerador é a transmissão causa mor-
tis de imóveis e a doação de quaisquer bens ou direitos. O ITCMD regula, assim, tanto
herança e doações privadas quanto doações para OSC.

MROSC: o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil refere-se à Lei


13.019/2014 e ao Decreto 8.726/16, que uniformizam e simplificam as regras para
parcerias entre poder público e sociedade civil, além de garantirem maior transparên-
cia e segurança no repasse de recursos públicos para as organizações.

ITCMD E MROSC SÃO AGENDAS


DE MAIOR ENVOLVIMENTO DOS
INVESTIDORES SOCIAIS
 Gráfico 29: Organizações por envolvimento com diferentes agendas de sustentabilidade das OSC

Tributação da
doação (ITCMD) 15% 23% 21% 41% 1%

Fundos 62%
filantrópicos/
patrimoniais 17% 31% 30% 22% 1%
(endowment)

52%
MROSC 7% 29% 30% 33% 1%

Incentivos
63%
fiscais para
doação de 9% 42% 27% 21% 1%
pessoa física
48%

Não conhece Não tem interesse sobre Passou a se envolver Já está envolvida Não informou
a agenda a agenda ou tem apenas com a agenda nos com a agenda há
informações superficiais últimos dois anos mais de dois anos

Cap 3. Como o investimento social está institucionalizado? 89


Esta é a segunda edição do Censo GIFE que traz dados a respeito das percepções das organi-
zações sobre a atual legislação brasileira e as possibilidades de ampliação de recursos priva-
dos para causas de interesse público, considerando os temas prioritários de atuação do GIFE
na agenda de sustentabilidade econômica das OSC. O Censo avaliou quais são os entraves
jurídicos e tributários que têm sido enfrentados pelas organizações em sua estratégia, planeja-
mento e operação.

 SAIBA MAIS: Projeto Sustentabilidade Econômica das OSC - https://gife.org.br/osc/

 Gráfico 30: Organizações por entraves jurídicos e tributários


enfrentados em sua estratégia, planejamento e operação

Total Empresa Inst./Fund. Inst./Fund. Inst./Fund.


empresarial familiar independente
38%
34%

33%

33%
29%

29%
28%

28%
24%

24%

24%

24%
23%
22%
21%

21%

20%
17%
12%
12%

Tributação da Fundos filantrópicos/ MROSC Incentivos fiscais para


doação (ITCMD) patrimoniais (endowment) doação de pessoa física

O ITCMD aparece como barreira principal para todos os perfis de investidores sociais, com
destaque para institutos e fundações familiares (38%). 

90 CENSO GIFE 2018


 Em segundo lugar, 24% 22% de institutos e fun-
das organizações assi- dações empresariais, 21%
nalaram o MROSC, valor de institutos e fundações
influenciado principalmente familiares e apenas 12% de
por institutos e fundações empresas.
empresariais e familiares.
Em relação ao ITCMD, os
Os incentivos fiscais para principais entraves mencio-
doações de pessoas nados foram burocracia e au-
físicas foram assinalados sência de padrão no sistema
por 23% dos respondentes, de isenção e imunidade do
com destaque para 28% ITCMD. Já sobre o MROSC,
de institutos e fundações foi apontado por uma maior
independentes, 24% de quantidade de organizações
empresas, de institutos e a burocracia e a falta de
fundações familiares e 20% regras claras na celebração
de institutos e fundações de parcerias com o poder
empresariais. público que não envolvam
transferência de recursos.
Já os fundos filantrópicos/ Esses dados ofertam um
patrimoniais (endowment) importante diagnóstico e
são considerados obstácu- sinalizam oportunidades de
los por 21% dos investido- aprimoramento do ambiente
res sociais, com destaque público, regulatório e tributá-
para 28% de institutos e rio do setor.
fundações independentes,

Cap 3. Como o investimento social está institucionalizado? 91


92 CENSO GIFE 2018
4
CO M O O I N V E ST IM ENTO SO C IA L
IN OVA , I N S P I RA E C O N T RIBUI
PA RA A AÇÃO P ÚBLICA ?

O monitoramento, a ava- permanentes acerca do e comunicação pelos


liação e a comunicação papel dos investidores respondentes do Censo
são bases importantes sociais como agentes GIFE. Aborda também,
para o fortalecimento de transformação social. pela primeira vez em
da filantropia no país. De forma complementar, 2018, as dimensões de
Adotar e aprimorar essas estratégias de comu- inovação e de potencial
práticas regularmente nicação estruturadas de escala de projetos ou
pode potencializar os mobilizam e engajam programas sociais, em
resultados alcançados mais pessoas nos temas conexão com a lógica de
pelos investidores so- e causas defendidas e ampliação do impacto
ciais, além de favorecer a possibilitam que o cam- gerado. Assim, esta se-
disseminação e a am- po do investimento so- ção pretende compreen-
pliação do repertório de cial seja mais inspirador, der como o investimento
análise e conhecimento ao permitir o comparti- social vem contribuindo
sobre o setor. lhamento de métodos e para o acúmulo de expe-
O emprego de estraté- aprendizados. riências e para a disse-
gias equilibradas e ade- Diante desse cenário, o minação de iniciativas e
quadas de monitoramen- presente capítulo apre- modelos que favoreçam
to e avaliação representa senta um diagnóstico a a construção de solu-
uma fonte efetiva e con- respeito da adoção e sis- ções para os problemas
sistente de aprendizado, tematização de práticas públicos brasileiros.
além de gerar reflexões da agenda de avaliação

Cap 4. Como o investimento social inova, inspira e contribui para a ação pública? 93
S I S T E M AT I Z AÇÃO D E P RÁT I CAS E AVA L I AÇÃO

O Censo GIFE busca entender como os investidores sociais desenvolvem pro-


cessos de reflexão e sistematização para os projetos ou programas desenvol-
vidos. Os 133 respondentes indicaram 369 projetos ou programas mais repre-
sentativos e, para cada um deles, indicaram se, e em que etapa, desenvolvem
processos de sistematização.

 Gráfico 1: Projetos ou programas mais representativos


por processos de reflexão e sistematização de dados

25% 20% 27% 41% 7%


Processo de Processo de
sistematiza- 8% sistematização
ção mais utili- menos adota-
zado utilizado 10% 70% do pelos 369
durante a fase 9% 14% projetos ou
de desenho/ programas mais
elaboração 21% 37% representativos
6% 22%
28%

17% Processo de
sistematização
mais utilizado
utilizado
43% 29% 25% 18% 12% durante a fase
de execução
Diagnóstico Matriz de Quadro lógico/ Teoria da Relatórios
inicial/ marco indicadores marco de mudança periódicos de
zero/ linha resultados andamento do
de base projeto/ programa

Realizado durante Realizado durante Será realizado Não sabe Não será
o desenho do a execução do ao final do projeto/ se será realizado
projeto/ programa projeto/ programa programa realizado

94 CENSO GIFE 2018


90 70
Os processos mais
comuns de reflexão
e sistematização de Relatórios periódicos de Matriz de
dados nas diferentes andamento do projeto indicadores
etapas dos 369 proje- ou programa
tos ou programas mais
representativos são:

66 59 37
Diagnóstico inicial/ marco Quadro lógico/ Teoria da mudança**
zero/ linha de base marco de resultados*

*Nota: O quadro lógico é uma ferramenta que resume os aspectos da lógica causal, das suposições e
da forma de medição de desempenho de um projeto. Fonte: USAID. CDCS to project linkages. 2019. Disponível em:
<https://www.usaid.gov/project-starter/program-cycle/project-design/cdcs-to-project-linkages>. Acesso em: out. 2019.).

**Nota: Teoria de mudança é a tese que articula a cadeia lógica de uma intervenção, concatenando os resultados de longo prazo, os ca-
minhos para alcança-los, as relações causais existentes, os resultados intermediários, bem como as premissas ou condicionantes que
anteparam a viabilidade daquilo que se espera. Fonte: ANDERSON, A. The community builder’s approach to the theory of change: a practi-
cal guide to theory development. The Aspen Institute, 2005. In: BRANDÃO, Daniel; RIBEIRO, Antônio. Teoria de mudança. Move, 2017.
Disponível em: http://www.move.social/publicacao/teoria-de-mudanca/. Acesso em: out. 2019.).

86 41
Em relação à avaliação,
entre projetos ou progra-
mas mais representativos
do Censo GIFE 2018:
foram ou serão avaliados foram ou serão avaliados
por equipe própria da por consultoria externa
organização

AVALIAÇÃO DE PROJETOS
A avaliação institucional
permite que investidores

OU PROGRAMAS É MAIS
sociais reflitam e repensem
sua missão, estruturação e

FREQUENTE DO QUE
estratégias de atuação, ge-
rando análises aprofundadas

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
que vão além da efetividade
de projetos ou programas. 

Cap 4. Como o investimento social inova, inspira e contribui para a ação pública? 95
 Por isso, em 2018, o Cen- Em linha com a tendência
so GIFE buscou diferenciar observada em 2016, o
a avaliação institucional da- patamar de organizações
quela realizada em projetos que avaliam seus projetos
ou programas e qualificar as ou programas manteve-se
respostas negativas, inves- estável em 80%. E 62%
tigando se a organização das organizações também
teria ou não interesse em costumam realizar avaliação
realizar avaliação no curto institucional.
prazo.
tem

ão  Gráfico 2: Organizações por realização de


avaliação institucional e de projetos ou programas

Um baixo índice de organi-


62% zações que não realizam
34%
nenhum tipo de avaliação
e nem têm intenção de
18% fazê-lo em breve sugere
4% 2%
80% que os investidores sociais
reconhecem a importância
dessa prática e aponta
para uma oportunidade
Avaliação institucional Avaliação de programas/ projetos de universalização futura
dessa agenda no campo da
Avalia Não avalia, mas tem intenção Não avalia e não tem intenção
de avaliar em breve de avaliar em breve filantropia no Brasil.

Dentre os diferentes perfis Por outro lado, a avaliação


de investidores, institutos institucional é menos
e fundações independen- comum entre institutos e
tes são os que mais costu- fundações independentes,
mam avaliar seus projetos já que pouco mais da meta-
ou programas (89%), se- de deles (56%) a adotam,
guidos por empresas (82%) e mais frequente entre em-
e institutos e fundações presas (76%), institutos e
familiares (79%), sendo fundações familiares (62%)
essa prática menos adotada e institutos e fundações
por institutos e fundações empresariais (61%).
empresarias (78%).

96 CENSO GIFE 2018


ORGANIZAÇÕES COM MAIOR VOLUME
DE RECURSOS TENDEM A AVALIAR MAIS
SEUS PROJETOS OU PROGRAMAS
 Gráfico 3: Organizações por avaliação de projetos ou programas e faixa de investimento

O percentual de responden-
tes que avalia seus proje-
75% 83% 95% 86% tos ou programas cresce
conforme aumenta a faixa
de investimentos realizados.
Enquanto 75% das organi-
zações que investem até R$
Até R$ Mais de R$ 6 milhões Mais de R$ 20 milhões Mais de
6 milhões a R$ 20 milhões a R$ 50 milhões R$ 50 milhões 6 milhões avaliam seus pro-
jetos ou programas, essas
são quase 95% entre as que

APRENDER SOBRE O
investem na faixa entre R$
20 e 50 milhões. No entanto,

PROJETO OU PROGRAMA
há uma pequena queda na
faixa superior (86%).

É O OBJETIVO PRIORITÁRIO
DA AVALIAÇÃO
Quando os investidores so- prestar contas para con-
ciais são perguntados sobre selheiros e mantenedores,
a finalidade das avaliações, ambos com 80%, também
quatro itens aparecem em aparecem objetivos re-
destaque, tendo sido indi- lacionados a processos
cados como importantes ou de aprendizagem para a
muito importantes. Além de organização (79%) e para
identificar as contribuições melhorar o próprio projeto
do projeto ou programa e ou programa (80%). 

Cap 4. Como o investimento social inova, inspira e contribui para a ação pública? 97
 A hierarquização desses a comunicação externa ou Vale mencionar que esta
objetivos fica mais clara com outros stakeholders edição apresentou duas
quando se observa que específicos. novas opções de objetivos
31% das organizações de avaliação (identificar as
indicaram a aprendizagem Em relação ao Censo GIFE contribuições do projeto ou
para orientar a tomada 2016, chama a atenção programa e gerar aprendi-
de decisão a respeito do a redução dos objetivos zagem para a organização
projeto ou programa como relacionados à interlocução respondente) que figuraram
objetivo prioritário, seguida com o poder público, seja entre as muito importantes
da identificação das con- para influenciar políticas ou importantes para 80%
tribuições do projeto ou públicas (advocacy), que e 79% das organizações
programa (22%). Assim, apresentou queda de 12 respondentes, respectiva-
objetivos mais relacionados pontos percentuais, ou mente, o que pode impactar
ao próprio projeto ou progra- para demonstrar resultados a comparação com 2016;
ma e à prestação de contas a parceiros na execução ainda assim, as demais alter-
aos principais tomadores dos projetos ou programas nativas não apresentaram
de decisão da organização (diminuição de 18 pontos variações tão significativas.
têm maior relevância do que percentuais).

98 CENSO GIFE 2018


 Gráfico 4: Organizações por tipo de objetivo de avaliações de projetos ou programas

31% 80% Aprender sobre o projeto/ programa e orientar a


tomada de decisão sobre sua gestão para gerar
transformações sustentáveis e significativas

22% 80% Identificar claramente as contribuições


do projeto/ programa

8% 80% Demonstrar resultados para o conselho


deliberativo, mantenedores,
cofinanciadores etc.

5% 79% Gerar aprendizagem para a organização


respondente como um todo

5% 70%
Dar visibilidade sobre o projeto/ programa
a outros públicos de relacionamento

5% 68%
Mobilizar e fortalecer a relação com
beneficiários e/ ou comunidades envolvidas

2% 62% Demonstrar resultados


para conseguir novas parcerias

Em 2016, esse
2% 47%
Subsidiar a interlocução com o poder público valor era de 59%
para influenciar políticas públicas (advocacy)

1% 69%
Comunicar e disseminar publicamente
os resultados do projeto/ programa

1% 44%
Subsidiar processos de captação 20%

1% 43% Não avalia


Atender demandas de relatórios e projetos/
indicadores (ex.: ISE*, GRI*, Ethos) programas

0% 60% Objetivos prioritários


Compartilhar resultados com parceiros
executores não mencionados
Objetivos importantes
anteriormente
e muito importantes
0% 48%
Demonstrar resultados para órgãos
da administração pública parceiros
do projeto/ programa
Em 2016,
esse valor
*ISE - Índice de Sustentabilidade Empresarial; GRI - Global Reporting Initiative. era de 66%

Cap 4. Como o investimento social inova, inspira e contribui para a ação pública? 99
POTENCIAL DE ESCALA É O
CRITÉRIO MAIS UTILIZADO
PARA DECIDIR AVALIAR
O Censo GIFE 2018 apre- escala, mencionada por política avaliar todos os
sentou em seu questionário 49% dos respondentes. A seus projetos ou programas
duas novas alternativas segunda alternativa nova, e 30% dos respondentes
para as organizações referente ao grau de inova- têm o compromisso de
dimensionarem os critérios ção do projeto ou programa, prestar contas à sociedade.
utilizados para decidir se o foi indicada por 23% dos A importância desses dois
projeto ou programa deve respondentes. Além dis- critérios se manteve está-
ser avaliado. Uma delas foi so, 44% dos investidores vel em relação a 2016.
o potencial para alcançar sociais seguem tendo como

MAIS ORGANIZAÇÕES
ESTÃO AVALIANDO
SEUS PROJETOS
OU PROGRAMAS
PRIORITÁRIOS

100 CENSO GIFE 2018


 Gráfico 5: Organizações por critérios para decidir avaliar um projeto ou programa (2016 e 2018)

44% Política de avaliação de


todos os projetos/ 2016
44% programas

2018
30% Compromisso de prestar
30% contas à sociedade

35% Volume de investimento


alocado
28% Critérios
mencionados
44% Fase de execução
por uma parcela
23% menor de
Demanda do conselho organizações
22% deliberativo ou de em 2018
23% mantenedores

4% Disponibilidade de recursos 2018


10% para realizar avaliação

20% Grau de risco/ incertezas


49%
8%

10% Exigências de
Potencial
parceiros
7% para escala

12% Outro
6% 23%
47% Projetos/ programas
Grau de
prioritários não foram/
17% não serão avaliados inovação

Entre 2016 e 2018, houve Entre os diferentes tipos de investidores sociais, o potencial
uma queda significativa de escala é o critério mais utilizado por institutos e fundações
(de 47% para 17%) na empresariais (59%) e familiares (52%). A maioria de institu-
proporção de responden- tos e fundações independentes (61%) indicou que é política
tes que sinalizaram que da organização avaliar todos os projetos ou programas. Cerca
projetos ou programas de metade das empresas (47%) considera o critério de com-
prioritários não foram ou promisso de prestação de contas à sociedade.
não serão submetidos à
avaliação.

Cap 4. Como o investimento social inova, inspira e contribui para a ação pública? 101
 Gráfico 6: Organizações por principais critérios para
decidir avaliar um projeto ou programa e tipo de investidor

59% 61%
52% 47%
43% 41% 39%
29% 29% 28% Critérios mais
22% 21% usados por tipo
de investidor
Potencial Política de avaliação de Compromisso de prestar
para escala todos os projetos/ contas à sociedade
programas

Empresa Inst./ Fund. empresarial Inst./ Fund. familiar Inst./ Fund. independente

CUSTOS, MÉTODOS E RECURSOS


HUMANOS SÃO AS PRINCIPAIS BARREIRAS
PARA AVALIAR PROJETOS OU PROGRAMAS
O Censo GIFE 2018 inves- mensurar o impacto (46%), dos diversos públicos
tigou, pela primeira vez, seguida de falta de tempo envolvidos na execução
obstáculos e dificuldades (38%) ou habilidade das da avaliação foram menos
encontradas por investi- equipes (25%). assinalados.
dores sociais para avaliar
projetos ou programas. Enquanto questões rela- Apenas 11% das organi-
Nesse sentido, os altos cionadas aos métodos de zações respondentes não
custos de desenvolvimento avaliação e aos recursos identificaram barreiras
de uma boa avaliação foram humanos disponíveis foram para o desenvolvimento de
indicados como barreiras mencionadas por uma par- avaliações de projetos ou
por metade dos respon- cela relevante das organi- programas.
dentes (50%). Em segundo zações, aspectos relativos
lugar, surgiu a dificuldade de a uma possível resistência

102 CENSO GIFE 2018


 Gráfico 7: Organizações por barreiras identificadas para avaliar projetos ou programas

Altos custos de
50% desenvolver uma boa
avaliação

Dificuldade para definir/


46% mensurar os resultados
ou impactos

Falta de tempo da equipe


38%

Deficiência de habilidades/
25% experiência da equipe

Incerteza sobre a precisão


22% dos dados obtidos nas
avaliações

Pouco conhecimento sobre


21% mecanismos e ferramentas
de avaliação

Falta de consenso no
21% campo social sobre como
desenvolver avaliações
Necessidade de
Ausência de tecnologia aporte de recursos
15% necessária financeiros

Resistência ou desinteresse de
8% parceiros ou cofinanciadores
Tempo e habilidade/
experiência das
Preocupação em violar confidencia- equipes (RH)
5% lidade de beneficiários ou outros
stakeholders

Resistência ou desinteresse da alta


4% direção/ conselho deliberativo ou dos
Dificuldade de
mantenedores
mensurar, baixa
Resistência ou qualidade de dados e
4% desinteresse da equipe métodos

3% Outros
Resistência dos
atores envolvidos no
Não identifica barreiras para o
11% desenvolvimento de avaliações processo

Cap 4. Como o investimento social inova, inspira e contribui para a ação pública? 103
PRÁTICAS E POLÍTICAS DE AVALIAÇÃO
DE PROJETOS OU PROGRAMAS FOCAM
PRINCIPALMENTE O PÚBLICO INTERNO
Entre as práticas e políticas indicada por 55% dos investidores sociais, seguida pela di-
de avaliação adotadas pelos vulgação dos resultados das avaliações para o público interno
respondentes do Censo (45%) e pela sistematização de experiências e boas práti-
GIFE 2018, as mais frequen- cas em avaliação para serem compartilhadas internamente
tes são o estabelecimento (40%), o que sugere maior ênfase no público interno. Políticas
de critérios para definir a de avaliação alinhadas às metas e indicadores dos Objetivos
periodicidade de avaliação de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são as menos fre-
de projetos ou programas, quentes, citadas por apenas 17% dos investidores sociais.

 Gráfico 8: Organizações por tipo de prática e política de avaliação de projetos ou programas

Tem critérios Sistematiza Tem práticas e Tem processo Tem práticas ou


estabelecidos para experiências e boas políticas de sistemático para políticas de avaliação
definir a periodicidade práticas em avaliação divulgação dos seleção de alinhadas às metas e
de avaliação para serem resultados de fornecedores a indicadores dos ODS
compartilhadas avaliações para a partir de
internamente sociedade em geral especificações
55% (práticas de do contexto de
transparência) avaliação
(ex.: edital) 20%
45%
Não
40% 38% 38% avalia

32%
23%
20%
17%
5%

Tem práticas e Tem práticas e Tem critérios Sistematiza Nenhuma das


políticas de políticas de estabelecidos experiências e boas anteriores
divulgação dos divulgação dos para definir o práticas em avaliação
resultados de resultados de orçamento para serem comparti-
avaliações para avaliações para destinado à lhadas com o campo
público interno parceiros avaliação do investimento social

Critérios ou processos Divulgação de resultados Sistematização de


estabelecidos experiências e boas práticas

104 CENSO GIFE 2018


ORGANIZAÇÕES COM
MAIOR VOLUME DE
De modo geral, existe
maior incidência de práti-

RECURSOS APRESENTAM
cas e políticas de avaliação
de projetos ou programas

MAIOR DIVERSIDADE DE
em organizações com
orçamento superior a R$

PRÁTICAS E POLÍTICAS DE
20 milhões, especialmen-
te quando sua adoção

AVALIAÇÃO
depende mais de recursos
financeiros e humanos.

 Gráfico 9: Organizações por tipo de prática e política


de avaliação de projetos ou programas e faixa de investimento
64%

65%
60%
60%
57%

55%
49%

50%

50%

50%
50%

49%
46%

40%
37%

35%
37%
34%
25%

22%
Tem política para Tem política para Tem política para Tem critérios Tem critérios
divulgação de divulgação de resultados divulgação de estabelecidos para estabelecidos para
resultados para para parceiros resultados para definir periodicidade definir orçamento
público interno sociedade em geral
50%
50%

Até R$ 6
43%

43%

milhões
40%

37%
36%

30%
23%

21%

Mais de R$ 6
20%
19%

17%
15%
15%

milhões a
12%

R$ 20 milhões

Mais de R$ 20
milhões a R$ 50
Tem critérios Sistemtatiza Tem práticas ou politicas milhões
Sistematiza experiências
estabelecidos para experiências e boas alinhadas aos ODS
e boas práticas para
selecionar práticas para uso Mais de R$50
compartilhar com o
fornecedores interno milhões
campo do investimento
social

Embora sejam menos adotadas pelos respondentes,


iniciativas de sistematização de experiências e boas
práticas apresentam variação menor entre as
organizações por faixa de investimento.

Cap 4. Como o investimento social inova, inspira e contribui para a ação pública? 105
CONTRATAÇÃO DE CONSULTORIA
EXTERNA PARA MONITORAR E
AVALIAR PREVALECE EM RELAÇÃO A
EQUIPES PRÓPRIAS ESPECÍFICAS DE
AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO
Quando perguntados a res- Censo, os percentuais Ainda são poucos os inves-
peito de sua estrutura para mantiveram-se praticamen- tidores sociais (11%) que
monitoramento e avaliação te estáveis: a contratação combinam diferentes estru-
para projetos ou programas, de consultorias externas turas para monitorar proje-
76% dos respondentes cresceu 2 pontos percentu- tos ou programas, contando
afirmaram refletir sistema- ais, passando de 61% para simultaneamente com equi-
ticamente sobre os proces- 63%, e a parcela de organi- pe, orçamento, contratação
sos de monitoramento e zações com equipe própria de terceiros, investimento
avaliação para aprimorá-los específica manteve-se a em formação e desenvolvi-
e aplicá-los nos próximos mesma (55%). Esse dado mento de reflexão sistemá-
ciclos. Há também uma gran- chama a atenção conside- tica sobre o processo. Essa
de parcela de respondentes rando que, como apontado mesma combinação é ainda
(71%) que prevê recursos anteriormente, a maior parte mais rara para avaliar proje-
para isso. dos projetos ou programas tos ou programas, estando
foram ou serão avaliados presente em somente 7%
A maior parte dos investido- por equipes internas (86%), das organizações. Por outro
res sociais (63%) recorre à enquanto 41% foram ou lado, apenas 1% das organi-
contratação de consultorias serão avaliados por equipes zações conta somente com
externas para estruturar pro- externas. O que pode indicar cursos para formação da
cessos e executar serviços que as equipes internas que equipe, ou seja, não dispõe
de monitoramento e avalia- desenvolvem avaliações de de nenhuma outra estrutura
ção, já que apenas pouco projetos ou programas não para o desenvolvimento
mais da metade (55%) con- são equipes específicas de dessas atividades.
ta com equipe própria para monitoramento ou avaliação.
desempenhar essa função.
Comparativamente ao último

106 CENSO GIFE 2018


 Gráfico 10: Organizações por estrutura para monitorar e avaliar projetos ou programas

Tem recurso previsto Conta com área ou Tem equipe, recurso previsto no
no projeto/ programa profissional específico projeto/ programa ou no orçamento
ou no orçamento geral para a função geral, contrata terceiros, investe em
formação e reflete sistematicamente
sobre avaliação

1%
76% 71% 63% 55% 11% 7%

Investe apenas em cursos,


seminários e materiais para
formação da equipe interna
Reflete sistematicamente
(ou realiza meta-avaliações) Contrata consultorias Tem equipe, recurso previsto no
sobre os processos de externas especializadas projeto/ programa ou no orçamento 8%
monitoramento e avaliação para estruturar geral, contrata terceiros, investe em Não tem/
para serem aprimorados e processos e executar formação e reflete sistematicamente não faz
aplicados em próximos ciclos serviços regularmente sobre monitoramento

Uma parcela maior de organizações recorre a


consultorias externas em comparação com as que
contam com equipes próprias para monitorar e avaliar
projetos ou programas.

INVESTIDORES SOCIAIS CONTAM COM


MAIS ESTRUTURA DE MONITORAMENTO
DO QUE DE AVALIAÇÃO DE PROJETOS OU
PROGRAMAS
De forma geral, as organiza- externas são contratadas ças entre monitoramento
ções estão mais estrutura- para estruturar processos e avaliação em termos de
das para desenvolver ativi- ou para executar serviços regularidade da atividade,
dades de monitoramento do regularmente. Esses resul- conhecimento técnico espe-
que de avaliação de projetos tados possivelmente se cífico, custos etc.
ou programas, exceto no justificam em função das
caso em que consultorias particularidades e diferen-

Cap 4. Como o investimento social inova, inspira e contribui para a ação pública? 107
 Gráfico 11: Organizações por estrutura desagrupada para monitorar e avaliar projetos ou programas

Monitoramento Avaliação

Investe em cursos, Tem recurso regular previsto Contrata consultorias


seminários e materiais para diretamente no orçamento externas especializadas
formação da equipe interna do projeto/ programa para estruturar processos
70% 68%
59%
54% 53% 52% 52%
45% 44% 44%
38% 37% 38%
25%

Reflete sistematicamente (ou Tem recurso alocado regularmente Conta com área ou Contrata consultorias
realiza meta-avaliações) sobre os em seu orçamento geral destinado profissional específico externas especializadas
processos de monitoramento e a projetos/ programas específicos para a função para executar serviços
avaliação para serem aprimorados conforme prioridades do ano regularmente
e aplicados em próximos ciclos

COLETA DE DADOS DE MONITORAMENTO


DE PROJETOS OU PROGRAMAS É
CONDUZIDA PELA EQUIPE INTERNA DE
INVESTIDORES SOCIAIS
A equipe interna é a principal Apenas em cerca de metade externa ganha relevância
responsável pela coleta de das organizações (51%) a (15%). O envolvimento
informações para monitorar equipe interna tem a atribui- da equipe da organização
projetos ou programas, com ção de coletar dados para responsável pela execução
destaque para o controle de monitorar a percepção ou a do projeto ou programa se
atividades financeiras (pres- satisfação de beneficiários dá principalmente na coleta
tação de contas), conduzido ou outros stakeholders, já de dados para controle de
pelos próprios funcionários que, nessa atividade especí- atividades operacionais,
em 82% das organizações. fica, a contratação de equipe o que ocorre em 33% dos
investidores sociais.

108 CENSO GIFE 2018


 Gráfico 12: Organizações por área ou equipe responsável pela coleta de informações de monitoramento

Controle de atividades financeiras (prestação de contas) 2%

82% 14%

Acompanhamento de indicadores (ex.: evasão, desempenho, matérias divulgadas, número de atores engajados etc.) 3%

68% 23%

Controle de atividades operacionais (ex.: oficinas, entregas de materiais, visitas, encontros etc.) 3%

62% 33%

Percepção ou satisfação de beneficiários ou outros stakeholders

51% 21% 15% 13%

Equipe interna da organização Equipe da organização responsável Equipe externa contratada Não monitora esse tipo de
respondente pela execução do projeto/ programa para esse fim informação

Cap 4. Como o investimento social inova, inspira e contribui para a ação pública? 109
COMUNICAÇÃO

No âmbito do investimento social privado, a comunicação contribui para dar visi-


bilidade ao trabalho realizado pelos investidores sociais e fortalecer sua reputa-
ção e legitimidade junto à sociedade, ao mesmo tempo em que representa uma
grande oportunidade de ampliar o debate público em torno de causas defendidas.
Nesse sentido, a comunicação se mostra uma ferramenta estratégica para sen-
sibilizar pessoas, mobilizar cidadãos, disseminar métodos e influenciar decisões
para gerar transformações.

Quando perguntadas sobre os objetivos almejados com suas ações de comunica-


ção, as organizações apresentam grande multiplicidade de respostas. A visibilidade
de projetos ou programas aparece em primeiro lugar, tendo sido assinalada por
92% dos respondentes, seguida da garantia de maior transparência das ações,
destacada por 89% das organizações. O objetivo de sensibilizar para temas e
causas, que havia sido indicado por 67% dos respondentes em 2016, cresceu para
79% em 2018. No mesmo período, passou de 66% para 74% a preocupação com o
fortalecimento da legitimidade organizacional por meio da comunicação. A cons-
trução de redes e relacionamentos, que aparecia em segunda posição em 2016,
caiu para o sexto lugar em 2018. Vale destacar que essa comparação pode ter sido
afetada pelo fato de essa pergunta ter, em 2018, duas novas alternativas.

110 CENSO GIFE 2018


CRESCE A IMPORTÂNCIA DE SENSIBILIZAR
PARA CAUSAS, GARANTIR TRANSPARÊNCIA
E FORTALECER LEGITIMIDADE COMO
OBJETIVOS DE COMUNICAÇÃO

 Gráfico 13: Organizações por objetivos de comunicação (2016 e 2018)

Dar visibilidade aos 87%


projetos/ programas 92% +5pp*

Garantir maior 75%


transparência às ações 89% +14pp*
Sensibilizar para as 67%
causas/ temas foco
79% +12pp*
Informar, mobilizar e engajar
beneficiários e/ou comunidades
72%
envolvidas 75% +3pp*

Fortalecer a legitimidade 66%


institucional da organização 74% +8pp*
*pp - pontos
percentuais.
Construir redes e relacionamentos 77%
(mobilizar parceiros) 74%
1%
Informar e engajar a 55% 3%
equipe interna 60% +5pp* Não realiza
ações de
Realizar prestação de 47% comunicação
contas a stakeholders 55% +8pp*
2%
Fortalecer a legitimidade institucional
da(s) empresa(s) mantenedora(s)
52% 1%
(gerar valor para a marca) 50% Outros

Mobilizar voluntários
47%
42% 2018

Potencializar a captação 41%


de recursos 41%
35% 23%
2016
Atender a 17%
exigências legais 2018
26% +9pp* Apoiar ou Qualificar/ esclarecer
desenvolver eventuais notícias/
ações de informações pouco
advocacy claras/ fake news

Cap 4. Como o investimento social inova, inspira e contribui para a ação pública? 111
Em relação aos objetivos maior transparência às visibilidade aos projetos ou
prioritários de comunicação, ações da organização, que programas e fortalecer a
a visibilidade de projetos ou aparecem empatados, em legitimidade institucional
programas foi citada pela terceiro lugar, com 23% de da organização (29%). Por
maior parte dos responden- menções cada. outro lado, mais da me-
tes (47%) e a sensibilização tade (52%) de institutos
para suas causas/ temas A análise dos objetivos e fundações familiares
recebeu a segunda maior prioritário em relação aos priorizam a sensibilização
quantidade de citações diferentes tipos de inves- para causas/ tema foco da
(33%), superando o objetivo tidores sociais indica que organização, objetivo que
de fortalecer a legitimidade parcela significativa (59%) também é priorizado por
institucional dos investido- de institutos e fundações 39% dos institutos e funda-
res sociais e o de garantir empresariais priorizam dar ções independentes.

 Gráfico 14: Organizações por objetivos de comunicação indicados como prioritários e tipo de investidor

47% Total Empresa Inst./ Fund. Inst./ Fund. Inst./ Fund.


empresarial familiar independente

33%

23% 23%

15% 15%
10%
34%
35%
59%
34%
33%

35%
23%
52%
39%

29%
17%
33%

24%
25%
14%
28%

18%
13%
17%
17%

35%
20%

12%

21%
17%
0%

0%
0%

3%

Dar visibilidade Sensibilizar para Fortalecer a Garantir maior Informar, Fortalecer a Potencializar
aos projetos/ as causas/ legitimidade transparência mobilizar e legitimidade a captação de
programas temas foco institucional da às ações engajar institucional recursos
organização beneficiários da(s) empresa(s)
e/ou comunida- mantenedora(s)
des envolvidas (gerar valor para
a marca)

Principais objetivos prioritários por tipo de investidor

112 CENSO GIFE 2018


CANAIS PRÓPRIOS NA INTERNET SÃO
ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO
MAIS UTILIZADAS DO QUE VEÍCULOS
DE MÍDIA TRADICIONAL
Das diferentes estratégias boas práticas e cases pró- Como estratégias menos
de comunicação utilizadas prios ou de terceiros (71%) citadas aparecem segmen-
pelas organizações, as mais e produção de conteúdos tação de públicos (32%),
citadas foram as de canais audiovisuais (68%). Inte- ações de mobilização (23%),
próprios de comunicação ressante notar que pautar utilização de mídias pagas
como sites, blogs e redes a mídia surge somente em para veicular campanhas
sociais (86%), elaboração quinto lugar, com 53% publicitárias (22%) e desen-
de textos, matérias e publi- de menções. volvimento de iniciativas de
cações (85%), visibilidade a advocacy (17%).

 Gráfico 15: Organizações por estratégias de comunicação

Produzir/ elaborar Produzir Repercutir conteúdo Desenvolver ações Desenvolver


textos/ matérias/ conteúdos de terceiros em seus de mobilização ações de
publicações audiovisuais canais/ redes advocacy

86% 85% 71% 68% 53% 38% 32% 23% 22% 17%

Segmentar Fazer campanha


Ter canais próprios Dar visibilidade a boas Pautar a mídia diferentes públicos publicitária/ utilizar
de comunicação práticas/ cases próprios para diferentes mídia paga
(sites, blogs, redes e/ou de terceiros ações/ conteúdos
sociais etc.)

2% 1% 1%
Outros Não tem estratégias Não realiza
de comunicação ações de comunicação

Cap 4. Como o investimento social inova, inspira e contribui para a ação pública? 113
BENEFICIÁRIOS E Embora a comparação com os

SOCIEDADE EM GERAL
resultados do Censo GIFE 2016
seja afetada pela maior quanti-

SÃO OS PÚBLICOS
dade de categorias de públicos
almejados presentes na edição

PRIORIZADOS PELA
de 2018, beneficiários e comu-
nidades envolvidas nos projetos

COMUNICAÇÃO
ou programas superaram todos
os demais públicos, tendo sido
mencionados por 78% das
organizações. Em segundo lugar,
aparece a sociedade em geral,
com 74% das menções.

 Gráfico 16: Organizações por públicos almejados pela comunicação (2016 e 2018)

Beneficiários e/ou comunidades 79% 2016


envolvidas nos projetos/ programas 78% 2018
83%
Sociedade em geral
74%
Parceiros e redes vinculadas 73%
aos projetos/ programas 68% 2%
49% 2%
Colaboradores da organização Não há
62%
público
Colaboradores da(s) empresa(s) 55% definido
mantenedora(s) 56%
Membros do conselho deliberativo 44% 2%
da organização 47% 6%
46% Outros
Acionistas, conselheiros, gestores
da(s) empresa(s) mantenedora(s) 44%
31% 1%
Potenciais doadores
38% 3%
Não realiza
Parceiros de negócio 34% ações de
da(s) empresa(s) mantenedora(s) 35% comunicação
26%
Órgãos reguladores
20%
2018

58% 56% 52% 46% 45% 31% 20%

Formadores Lideranças da Segmentos de Lideranças Lideranças Outro(s) público(s) Outros órgãos


de opinião sociedade civil interesse da causa/ do setor do setor específico(s) da administra-
organizada tema da organização privado público relacionado(s) às ção pública
causas/ temas da
organização

114 CENSO GIFE 2018


AUMENTA O USO DE REDES SOCIAIS
ENTRE OS INVESTIDORES SOCIAIS
Redes sociais, sites e blogs de organizações que utilizam como canal de comunicação.
continuam sendo os canais redes sociais cresceu 7 pon- Em linha com a tendência
prioritários de comunicação tos percentuais, passando observada nas estratégias
de organizações de inves- de 81% para 88%. Chama a de comunicação, esses da-
timento social privado no atenção também que 23% dos reforçam a importância
Brasil. Na comparação com o dos respondentes usam da internet e de espaços vir-
Censo GIFE 2016, a parcela webinars e debates online tuais para efetivar a comuni-
cação das organizações.

 Gráfico 17: Organizações por meios ou canais de comunicação utilizados (2016 e 2018)

88% 88% 46%


81% 86% 41%
Redes sociais ou outros Sites/ blogs Meios de comunicação de massa
espaços virtuais abertos (ex.: TV, rádio, jornais, revistas)

28%
32% 35%
37%
44% 41%
53%
61%

Plataforma de
Veículos setoriais comunicação exclusiva
especializados no para participantes
Informativo terceiro setor ou no das iniciativas da
impresso segmento de organização
(ex.: convite, flyer, negócios da(s)
periódico etc.) empresa(s)
E-mail marketing mantenedora(s)

2016 2018

23%
14% 3%
13% 1% 53% 53%
Outros Não realiza ações Boletim online/ Webinar/
de comunicação newsletter debate online

Cerca de 1 em cada 5 organizações


utiliza webinars e debates online
como canal de comunicação

Cap 4. Como o investimento social inova, inspira e contribui para a ação pública? 115
AUMENTO DE Pouco mais da metade dos investidores so-

TERCEIRIZAÇÃO
ciais (58%) conta com equipe de comunicação
própria dedicada exclusivamente à organização,

DA COMUNICAÇÃO
percentual que em 2016 era de 53%. Ainda as-
sim, 41% das organizações contam com equipe

DOS INVESTI-
compartilhada com a empresa mantenedora e
47%, com equipe de comunicação terceirizada

DORES SOCIAIS
contratada diretamente. Em 2016, a proporção
de respondentes que terceirizava sua comuni-
cação correspondia a 35%, o que significa um
 Gráfico 18: Organizações por estrutura aumento de 12 pontos percentuais no período.
de comunicação existente (2016 e 2018)

2016 2018

58%
53% Ou seja, 42% das organizações
47% não contam com equipe
42% 41% própria de comunicação
35%

4% 3%
Equipe interna dedicada Equipe da(s) empresa(s) Equipe terceirizada Não conta com Não realiza ações
exclusivamente à mantenedora(s) contratada diretamente nenhuma estrutura de comunicação e
organização compartilhada pela organização de comunicação divulgação
com a organização

Como esperado, empresas são as organizações que mais  Gráfico 19: Organizações
compartilham sua equipe de comunicação com a mantenedora, por estrutura de comunicação
seguidas de institutos e fundações empresariais. existente e tipo de investidor

Empresa Inst./ Fund. empresarial Inst./ Fund. familiar Inst./ Fund. independente
94%

76%
Já a contratação de
equipes de comunica-
62% 62% ção terceirizada é mais
58% 56%
51% comum entre institutos
45% e fundações familiares
e independentes.

21%
18% 18%
12% 4% 3%
0% 0%
Equipe interna dedicada Equipe da(s) empresa(s) Equipe terceirizada contratada Não conta com nenhuma
exclusivamente à mantenedora(s) compartilhada diretamente pela organização estrutura de comunicação
organização com a organização

116 CENSO GIFE 2018


INOVAÇÃO E ESCALA

INOVAÇÃO É AMPLAMENTE
INCORPORADA PELOS
INVESTIDORES SOCIAIS dos respondentes têm
práticas inovadoras na
Pela primeira vez, o Censo GIFE investigou a relação sua atuação ou gestão
dos respondentes com o tema da inovação.

 Gráfico 20: Organizações por práticas inovadoras incorporadas na atuação

32%
1 em cada 3 organizações
53% 22% apoia, desenvolve ou testa
Tem como objetivo soluções inovadoras.
apoiar, desenvolver ou
testar soluções Promove o tema da
Cria ou apoia soluções inovadoras inovação como uma
inovadoras paraum problema/ área de atuação da
temática foco da organização organização
1 em cada 5 organizações
promove o tema da inovação
1 em cada 2 organizações cria ou apoia como uma área de atuação.
inovações para um problema/ temática.

CONCEITO DE INOVAÇÃO

O GIFE entende o conceito de inovação no seu sentido mais amplo: tudo que pode
ser incorporado como novos formatos para resolver desafios sociais presentes na
sociedade e que dialoga com temas diversos da agenda pública.

A 1ª Mostra GIFE de Inovação Social <https://mostra.gife.org.br/>, realizada em


setembro de 2019, buscou evidenciar contribuições e soluções que a filantropia, o
investimento social privado e a sociedade civil ajudam a fomentar em cooperação
com outros atores. Na ocasião, foram expostas quase 300 soluções desenvolvidas
nas mais diversas partes do país.

Cap 4. Como o investimento social inova, inspira e contribui para a ação pública? 117
 Gráfico 21: Organizações por práticas inovadoras incorporadas na gestão

Busca formatos, ferramentas ou


instrumentos inovadores de
mobilização de recursos,
Adota processos, procedimen- financiamento de iniciativas e
tos, ferramentas ou instrumen- 48% 35% sustentabilidade financeira dos
tos inovadores no que diz projetos/ programas
respeito a práticas internas:
governança, gestão de pessoas,
gestão financeira etc.
7%
Inova de outra
maneira

Inovação Inovação nas 18%


nas práticas práticas de Não incorpora
práticas
internas de mobilização
inovadoras
gestão de recursos

RECURSOS TECNOLÓGICOS SÃO


ADOTADOS DE DIFERENTES FORMAS
Embora a inovação social Verificou-se que a adoção que adotam a inovação nas
prescinda do componente de recursos tecnológicos ou práticas internas. Dentre os
tecnológico ou digital para digitais está disseminada respondentes que inovam
acontecer, é notório que es- entre as organizações que no tema de mobilização de
sas ferramentas têm apoia- incorporam práticas de ino- recursos e financiamento
do processos inovadores em vação, estando presente em de iniciativas, 62% contam
instituições públicas e pri- 86% dos respondentes que com recursos tecnológicos
vadas mundo afora. O Censo entendem a inovação como ou digitais para fazê-lo. O
GIFE 2018 buscou apurar se uma de suas áreas de atu- mesmo vale para 61% das
recursos tecnológicos ou di- ação, em 67% dos investi- organizações que inovam
gitais – por exemplo big data, dores sociais que têm como na construção de soluções
inteligência artificial, appli- objetivo apoiar, desenvolver para os problemas por elas
cation programming interfa- ou testar soluções inova- enfocados.
ce (API), internet das coisas, doras e em 64% daqueles
robótica – são incorporados
na inovação realizada
pelas organizações.

118 CENSO GIFE 2018


 Gráfico 22: Organizações que incorporam práticas inovadoras por utilização de recursos tecnológicos

Utilizam recursos tecnológicos Não utilizam recursos tecnológicos

61% 67% 86% 62% 64%


39% 33% 14% 38% 36%

Cria ou apoia soluções Tem como objetivo Promove o tema da Busca formatos, Adota processos,
inovadoras para um apoiar, desenvolver ou inovação como uma área ferramentas ou procedimentos,
problema/ temática testar soluções de atuação da organização instrumentos inovadores ferramentas ou
foco da organização inovadoras de mobilização de recursos, instrumentos
financiamento de inovadores no que diz
iniciativas e sustentabilida- respeito a práticas
de financeira dos projetos/ internas: governança,
programas gestão de pessoas,
gestão financeira etc.

Inovação na
Inovação na atuação gestão com uso
com uso de tecnologia de tecnologia

O potencial de escala dos de pessoas. Segundo Larry três pontos importantes:


projetos ou programas é Cooley e Richard Kohl*, o que tipo de esfera o proje-
outra dimensão fundamen- ganho de escala não de- to ou programa pretende
tal do investimento social pende apenas do aporte de alcançar (municipal, estadu-
privado, pois garante que recursos financeiros, mas al ou federal); quais metas
experiências bem-sucedi- de um planejamento que devem ser perseguidas
das realizadas numa escala deve partir desde o esboço (alcance, impacto, custo
menor sejam ampliadas para do projeto ou programa, etc.); e quais são as condi-
beneficiar um maior número considerando ao menos ções de ampliar o projeto ou
programa e operá-lo.
*Fonte: COOLEY, L.; KOHL, R. 2006. Scaling up: from vision to large-scale change.
Disponível em: https://www.strategyandscale.com/library. Acesso em: out. 2019.

O Censo GIFE trouxe a questão da escala do investimento social em suas edições anteriores
nas questões sobre alinhamento às políticas públicas, parcerias realizadas e alinhamento às
agendas dos ODS. Nesta edição, as organizações respondentes tiveram a oportunidade de
refletir sobre a presença da visão de escala em seus projetos ou programas.

Cap 4. Como o investimento social inova, inspira e contribui para a ação pública? 119
ORGANIZAÇÕES BUSCAM ESCALA
DA MAIORIA DE SEUS PROJETOS
OU PROGRAMAS DESDE A FASE DE
PLANEJAMENTO

 Gráfico 23: Organizações por presença de visão de escala para maioria dos projetos ou programas

Elabora e planeja a Não planeja a maioria Não busca escala Outra visão
maioria de seus de seus projetos/ da maioria de seus
projetos/ programas programas para projetos/ programas,
para que possam ganhar escala, mas a dado que essa não é
ganhar escala buscam a partir da uma possibilidade ou
observação de seu prioridade
45% êxito

15%
9%
4%

Verifica-se que 45% das Para 9% dos investidores


organizações elaboram e sociais, a escala da maioria
planejam a maioria de seus de seus projetos ou progra-
projetos ou programas para mas não é uma possibilidade
ganharem escala, enquanto ou prioridade. Apenas quatro
15% delas busca escala a organizações indicaram não
partir da observação de buscar escala de nenhum de
seu êxito. seus projetos ou programas.

120 CENSO GIFE 2018


INSTITUTOS E FUNDAÇÕES
INDEPENDENTES E FAMILIARES
INCORPORAM MAIS A VISÃO DE ESCALA
NO PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DA
MAIORIA DOS PROJETOS OU PROGRAMAS
A visão de escala na fase de elaboração e planejamento do projeto ou programa está presente
em todos os perfis de investidores, com destaque para institutos e fundações independentes.
Enquanto apenas 36% dos institutos e fundações empresariais elaboram e planejam a maioria
de seus projetos ou programas para que possam ganhar escala, 61% dos institutos e funda-
ções independentes adotam essa prática.

 Gráfico 24: Organizações por presença de visão de escala desde o


planejamento e elaboração do projeto ou programa e tipo de investidor

Para a maioria dos projetos/ programas

47% 36% 55% 61%

Inst./ Fund.
Empresa empresarial
Inst./ Fund.
Inst./ Fund.
familiar
independente

Cap 4. Como o investimento social inova, inspira e contribui para a ação pública? 121
122 CENSO GIFE 2018
5
CO M O O I N V E ST IM ENTO
SO CI A L S E A RT IC ULA C O M
OU TRO S ATO R ES E AT UA DE
FORM A C O LE T I VA ?

Este capítulo se propõe Posteriormente, busca e joga luz à maneira


a compreender diferen- investigar a evolução de como os respondentes
tes dimensões da ação iniciativas de coinvesti- do Censo GIFE 2018 se
coletiva do investimento mento, nas quais inves- relacionam com iniciati-
social privado. Começa tidores sociais somam vas estatais, tanto em
discutindo como ocorre esforços e recursos esfera municipal quanto
o processo de articula- financeiros em prol estadual e federal.
ção de investidores so- de objetivos comuns, Por fim, é abordado o
ciais com outros atores compartilhando riscos envolvimento de orga-
do campo, seja por meio e alavancando oportuni- nizações no campo dos
de parcerias específicas dades, na tentativa de negócios de impacto
em projetos ou progra- otimizar resultados. social, ainda marcado por
mas ou de participação O capítulo analisa ainda debates relacionados a
em redes e alianças a convergência de inves- conceitos, questões jurí-
mais amplas. timento social privado dicas e diferentes mode-
com políticas públicas los de investimento.

Como o investimento social se articula? 123


PARCERIAS E ARTICULAÇÃO EM REDES

DOS INVESTIDORES SOCIAIS


INTEGRAM REDES OU GRUPOS
Enquanto metade das organizações (50%) participa regularmente
de projetos, programas ou grupos de trabalho de pelo menos uma
rede, cerca de um terço (36%) delas assume papel de governança
nessas estruturas e outro terço (35%) tem participação esporá-
dica nessas alianças. Além disso, um em cada três respondentes
(32%) aporta recursos financeiros ou materiais para viabilizar pro-
jetos ou programas da(s) rede(s) que compõe e 29% investem no
fortalecimento institucional ou na gestão desses grupos. Apenas
um em cada quatro respondentes (23%) participa de redes por
meio de apoio à comunicação ou divulgação.

CONCEITO DE REDES OU GRUPOS

Para o GIFE, redes ou grupos são um conjunto de organizações ou indivíduos que se


conectam colaborativamente de forma voluntária a partir de objetivos e princípios co-
muns, dispostos a cooperar entre si, e que valorizam a complementaridade das com-
petências de seus membros. Têm planejamento e governança definidos e acordados
entre seus membros.

124 CENSO GIFE 2018


 Gráfico 1: Organizações por forma de participação em redes ou grupos

Integra uma ou mais redes ou Aporta recursos financeiros ou Integra uma ou mais redes
grupos, assumindo papéis em sua materiais para viabilizar projetos/ ou grupos, apoiando na
estrutura de governança programas de redes ou grupos divulgação/ comunicação

8%
50% 36% 35% 32% 29% 23% Não integra
redes ou
grupos

Integra uma ou mais redes ou Integra uma ou mais redes Aporta recursos financeiros ou materiais 1%
grupos, participando regularmente ou grupos, com para assegurar o fortalecimento Outros
de projetos/ programas, grupos de participação esporádica institucional/ gestão de redes ou grupos
trabalho etc.

Metade das organizações participa regular- 1 em cada 4 organizações integra


mente de iniciativas de uma ou mais redes redes por meio de apoio à
comunicação

Quanto menor a faixa de investimento, maior a parcela de organizações que não se articula em
redes ou grupos. Todos os respondentes que investem mais de R$ 20 milhões fazem parte de
redes ou grupos. Nas organizações da faixa de investimentos entre R$ 6 e 20 milhões, esse
percentual cai para 91% e, para aquelas que destinam até R$ 6 milhões, essa proporção
diminui para 86%.

 Gráfico 2: Organizações por participação em redes ou grupos e tipo de investidor

94% 90% 97% 89%

Empresa Inst./Fund. Inst./Fund. Inst./Fund.


empresarial familiar independente

Institutos e fundações independentes são o tipo


de investidor que menos integra redes ou gru-
pos, mas a participação, ainda assim, é alta.

Cap 5. Como o investimento social se articula? 125


Em todos os tipos de investidores, é mais frequente a presença em redes ou grupos por
meio da participação regular em projetos, programas ou grupos de trabalho, exceto no caso
de empresas, no qual é mais comum (41%) o aporte de recursos financeiros ou materiais
para viabilizar projetos ou programas ou para assegurar o fortalecimento ou gestão dos
grupos ou redes.

 Gráfico 3: Organizações por forma de participação em redes ou grupos e tipo de investidor

Empresa Inst./ Fund. empresarial


Integra uma ou mais redes
29% 39% ou grupos, assumindo
papéis em sua estrutura
35% 46% de governança

29% 35% Integra uma ou mais redes


ou grupos, participando
regularmente de projetos/
41% 30% programas, grupos de
trabalho etc.
41% 28%
Integra uma ou mais redes
18% 29% ou grupos, com participação
esporádica
6% 10%
Aporta recursos financeiros
ou materiais para assegurar
Inst./Fund. familiar Inst./Fund. independente o fortalecimento
institucional/ gestão
31% 39% de redes ou grupos

55% 72% Aporta recursos financeiros


ou materiais para viabilizar
48% 22% projetos/ programas
de redes ou grupos
24% 17%
Integra uma ou mais redes
Tipo de participa-
38% 28% ção em rede mais
ou grupos, apoiando na
divulgação/ comunicação
21% 6% comum em cada
tipo de investidor Não integra redes ou grupos

3% 11%

TROCA DE
CONHECIMENTO
E INFORMAÇÕES
Quando perguntados a respeito do que mais
valorizam na atuação em redes ou grupos,

É ATRIBUTO MAIS
mais da metade dos respondentes (52%)
mencionou a troca de informações e/ ou

VALORIZADO EM
conhecimento. Por outro lado, em último lugar
está a oportunidade de conexão com organi-

REDES OU GRUPOS
zações de diferentes perfis, destacada pela
menor parcela (6%).

126 CENSO GIFE 2018


 Gráfico 4: Organizações por atributos valorizados na participação em redes ou grupos

Crença na atuação Oportunidade de desenvolver Fortalecimento e Oportunidade


compartilhada para o alcance iniciativas ou projetos/ programas disseminação de de conexão com
de objetivos comuns com outras organizações causas da organização organizações de
diferentes
perfis

52% 47% 46% 44% 34% 26% 16% 6%

Ampliação da possibilidade
de incidência em ações
de advocacy
Articulação com outros
atores e conexão com Qualificação e
Troca de informações possíveis parceiros fortalecimento da
ou conhecimento (networking) atuação da organização 8%
Não integra
redes ou
grupos

+ atributo mais valorizado atributo menos valorizado -

Dentre os respondentes que não atuam em redes ou grupos, 45% seguem diretrizes institu-
cionais para agir dessa forma, enquanto 36% não contam com disponibilidade de equipe para
desempenhar essa atividade. Além disso, 9% apontam restrições de recursos e outros 9%
afirmam não ter encontrado oportunidade para se articular em alianças desse tipo.

 Gráfico 5: Organizações que não atuam em redes ou grupos por principal motivo

Falta de disponibilidade Falta de


da equipe oportunidades

45% 36% 9% 9%

Diretriz institucional Restrições


de recursos

Cap 5. Como o investimento social se articula? 127


OSC SÃO AS INSTITUIÇÕES
PARCEIRAS MAIS COMUNS DOS
INVESTIDORES SOCIAIS
Em relação às parcerias estabelecidas, mais da metade dos respondentes apontam OSC
locais (62%) e OSC nacionais ou regionais (56%) como parceiras de seus três projetos ou
programas mais representativos. O segundo principal tipo de parceiro são organizações do
poder público. Parceiros locais são priorizados de forma geral, com exceção dos coinves-
tidores nacionais/ regionais, que foram citados por um percentual maior de organizações
(22%) do que os locais (14%).
 Gráfico 6: Organizações por tipos de parcerias estabelecidas
nos três projetos ou programas mais representativos

20% 17% 2%
Não conta* Outros Desconhece**

*Não conta com organizações parceiras.


**Desconhece a informação já que os parceiros
são determinados pela organização apoiada.
62%
57% 56%
45%

29%
23% 22%
14%
17%
10%

OSC locais Outras OSC ou Poder Poder Poder Fundos Coinvesti-


Coinvesti- Associações
instituições outras público público público públicos dores dores ou fundações
locais instituições municipal estadual federal municipais e nacionais/locais internacionais,
regionais
nacionais/ outros bancos e
regionais instituições
de fomento,
agências de
cooperação
Organizações Parcerias com governos Parceria é mais recorrente internacional
ou organismos
com parcerias municipais prevalecem em institutos e fundações
internacionais
com OSC (45%) em relação às ins- independentes (33%) e
tâncias estaduais (29%) familiares (21%) e menos
e federal (23%) comum entre empresas
(6%) e seus institutos e
fundações (14%)

128 CENSO GIFE 2018


COINVESTIMENTO

Há três edições, o Censo GIFE investiga o desenvolvimento de iniciativas de coin-


vestimento, ou seja, o aporte de recursos, financeiros ou não, entre investidores
sociais para a execução de um projeto conjunto. A cada biênio, a proporção de
organizações que aderiu a essa prática teve um pequeno incremento de um
ponto percentual.

 Gráfico 7: Organizações por realização de coinvestimento (2014, 2016 e 2018)

Quando perguntados sobre


os tipos de parcerias es-
tabelecidas em seus três
projetos ou programas
71% prioritários:

22
2018
70%

dos respondentes indicam


69% 2016 coinvestidores nacionais/
regionais;

14
2014

dos respondentes indicam


coinvestidores locais.

À medida que potencializam A forma mais comum de ce aporte ou recebimento


impactos e, simultaneamen- iniciativa de coinvestimen- de know-how, métodos e
te, compartilham riscos de to, adotada por 44% das experiências (40%), seguido
intervenções realizadas, organizações, é a promoção por participação de redes de
as parcerias promovem de networking ou de outras investidores privados que
sinergias importantes entre atividades de articulação. contam com agenda
investidores sociais, que Em segundo lugar, apare- própria (38%).
passam a unir esforços em
uma mesma direção.

Cap 5. Como o investimento social se articula? 129


 Gráfico 8: Organizações por tipo de coinvestimento

29% 2%
Não De outra
realizou maneira

44%
40%
38%
33%

23% 22% 20%


18%
15%
11%

Promove Aporta Participa de Aporta Intermedeia/ Recebe Contribui Aporta Aporta ou Cede ou
networking ou recebe rede de recursos facilita acesso recursos com ações recursos recebe recebe
ou outras know-how, investidores financeiros a meios de financeiros de advocacy financeiros recursos equipamentos/
atividades métodos e/ ou sociais em estra- comunicação para sem critérios humanos recursos
de articu- experiências privados tégias de para dar projetos/ específicos tecnológicos/
lação que contam matching visibilidade programas para definir o produtos
com agenda ao projeto/ ou para valor
própria de programa causas em
atividades comum

56 29
1 em cada 3 organizações de institutos e fundações de empresas aportam ou
aporta recursos financeiros independentes recebem re- recebem recursos humanos,
em estratégias de matching, cursos financeiros, enquan- mas esse percentual é nulo
sendo essa proporção maior to esse percentual equivale entre institutos e fundações
entre institutos e fundações a zero entre empresas. independentes.
independentes (44%) e me-
nor entre empresas (18%).

EMPRESAS E INSTITUTOS E FUNDAÇÕES


INDEPENDENTES SÃO MAIS PROPENSOS
A REALIZAR COINVESTIMENTO

130 CENSO GIFE 2018


As ações de coinvestimento são mais recorrentes entre empresas (82%) e institutos e funda-
ções independentes (78%), mas também alcançam uma proporção expressiva de institutos e
fundações familiares (72%) e empresariais (65%). Enquanto 80% das organizações classifi-
cadas como essencialmente financiadoras realizam coinvestimento, o mesmo se aplica a 57%
das consideradas essencialmente executoras.

 Tabela 1: Organizações por iniciativas de coinvestimento e tipo de investidor

Empresa Inst./Fund. Inst./Fund. Inst./Fund.


empresarial familiar independente

Promove networking ou outras


atividades de articulação
47% 42% 48% 44%

Aporta ou recebe know-how, métodos


e/ou experiências
53% 41% 41% 22%

Participa de redes de investidores


sociais privados que contam com 47% 39% 38% 22%
agenda própria de atividades

Aporta recursos financeiros em


18% 32% 38% 44%
estratégias de matching

Intermedeia/ facilita acesso a meios de


comunicação para dar visibilidade ao 29% 20% 28% 17%
projeto/ programa

Recebe recursos financeiros 0% 13% 34% 56%


Contribui com ações de advocacy para
projetos/ programas ou para causas 24% 16% 28% 22%
em comum

Aporta recursos financeiros sem


29% 14% 21% 17%
critérios específicos para definir o valor

Aporta ou recebe recursos humanos 29% 17% 10% 0%


Cede ou recebe equipamentos/
recursos tecnológicos/ produtos
18% 10% 10% 6%

Não realiza coinvestimento 18% 35% 28% 22%

Iniciativa de coinvestimento mais frequente Iniciativa de coinvestimento menos frequente

Cap 5. Como o investimento social se articula? 131


ALINHAMENTO COM POLÍTICAS PÚBLICAS

Os investidores sociais operam uma ampla diversidade de estratégias para alinha-


mento com políticas públicas. No entanto, comparativamente a 2016, a proporção
de respondentes que adota estratégias de aproximação com políticas públicas
caiu 6 pontos percentuais, passando de 86% para 80%.

DIMINUI A PARCELA DE
ORGANIZAÇÕES QUE ADOTA
ESTRATÉGIAS DE APROXIMAÇÃO
COM POLÍTICAS PÚBLICAS
Entre 2016 e 2018, as mobilização de atores para
únicas estratégias de elaborar, executar e moni-
alinhamento com políticas torar políticas públicas (de
públicas que apresentaram 25% para 31%). As demais
crescimento foram: desen- estratégias passaram a ser
volvimento de métodos/ menos utilizadas pelo con-
tecnologias sociais para junto de investidores sociais
serem incorporados às respondentes. Vale destacar
políticas públicas (de 41% que duas novas alternativas
para 43%), produção de foram inseridas no Censo
conhecimento para auxiliar GIFE 2018, o que pode com-
a elaboração de políticas ou prometer a comparação com
a gestão pública (de 31% a edição anterior.
para 38%) e articulação e

132 CENSO GIFE 2018


 Gráfico 9: Organizações por tipo de estratégia de aproximação com políticas públicas

Desenvolve ações de Desenvolve métodos/ 2016 2018


formação/ capacitação tecnologias sociais para
de gestores ou serem incorporados às
servidores públicos políticas públicas Contribui com a Dá apoio técnico Realiza
sensibilização e especializado para diretamente
disseminação de políticas elaboração, execução ações de
47%

46% e dados produzidos pela e monitoramento de advocacy para


45%
44%

44% gestão pública projetos/ programas influenciar

43%
41%
governamentais políticas
públicas

38%

35%

33%
32%
31%

31%

28%
27%

27%
25%

23%
22%
N/A

Executa projetos sociais Considera políticas Contribui com a produção Articula e mobiliza Atua diretamente
ou financia OSC que públicas setoriais ou de conhecimento para atores para elaboração, em conselhos ou
complementam o dirigidas a segmentos auxiliar a elaboração de execução e monitora- outros órgãos
desenvolvimento de populacionais específicos políticas ou a gestão mento de políticas colegiados de
políticas públicas como referência para a pública públicas participação
estruturação de projetos/ social
programas

Contribui com a Oferece equipamen- Disponibiliza Dá apoio Outros


avaliação de tos e infraestrutura plataformas digitais e/ financeiro direto a
políticas para execução de ou aplicativos de gestão equipamentos
públicas políticas públicas da informação a órgãos públicos
ou equipamentos
sociais da administra-
22%

ção pública
19%

18%

15%
14%

7%
13%

6%

5%
12%

4%
4%
10%

3%
9%

9%

2%
8%

8%
N/A

Prioriza o desenvolvi- Faz doação de Faz gestão e execução Atua no controle Faz a gestão direta
mento de iniciativas equipamentos de projetos sociais de social de políticas de equipamentos
inovadoras com foco na ou materiais iniciativa do poder públicas públicos
solução de desafios de público
políticas públicas
20%

Estratégias de aproximação Entre 2016 e 2018, subiu de


com políticas públicas cuja 14% para 20% a parcela de
14%

adoção apresentou cresci- organizações que não adota


mento entre 2016 e 2018 estratégias de aproximação
com políticas públicas

Cap 5. Como o investimento social se articula? 133


ALINHAMENTO COM
Conforme visto, parcerias com
governos municipais (45%)

POLÍTICAS PÚBLICAS
prevalecem nos três projetos
ou programas mais represen-

OCORRE MAIS EM NÍVEL


tativos desenvolvidos por
investidores sociais em relação

MUNICIPAL DO QUE
a parcerias com instâncias go-
vernamentais estaduais (29%)

ESTADUAL OU FEDERAL
e federal (23%).

Em linha com essa tendência,


as estratégias de alinhamento
com políticas públicas ocorrem
prioritariamente em nível muni-
cipal, com exceção das ações
de advocacy, cuja incidência na
esfera federal se dá por uma
parcela maior de organizações
(10%) em comparação com as
outras esferas.

134 CENSO GIFE 2018


 Tabela 2: Organizações por tipo de *Nota: 20% dos respondentes disseram não adotar
estratégia de aproximação com políticas estratégias de alinhamento, os percentuais da tabela
públicas e por nível da federação* não foram recalculados para excluí-los.

Sem Não
distinção Federal Estadual Municipal adota

Considera políticas públicas setoriais ou dirigidas a


segmentos populacionais específicos como referência 20% 13% 12% 19% 36%
para a estruturação de projetos/ programas

Contribui com a produção de conhecimento para


auxiliar a elaboração de políticas ou a gestão pública
22% 9% 5% 13% 42%

Contribui com a sensibilização e disseminação


de políticas e dados produzidos pela gestão pública
20% 7% 6% 10% 48%

Contribui com a avaliação de políticas públicas 8% 4% 2% 6% 66%

Desenvolve ações de formação/ capacitação


de gestores ou servidores públicos
13% 3% 9% 28% 37%

Desenvolve métodos/ tecnologias sociais


para serem incorporados às políticas públicas
16% 8% 12% 23% 38%

Executa projetos sociais ou financia OSC que


complementam o desenvolvimento de políticas públicas
21% 11% 8% 20% 33%

Dá apoio técnico especializado para elaboração, execução


e monitoramento de projetos/ programas governamentais
8% 5% 8% 17% 53%

Articula e mobiliza atores para elaboração,


execução e monitoramento de políticas públicas
11% 10% 8% 15% 50%

Atua diretamente em conselhos ou outros órgãos colegiados


de participação social (conferências, audiências, consultas 8% 8% 8% 12% 53%
públicas etc.)

Prioriza o desenvolvimento de iniciativas inovadoras com


foco na solução de desafios de políticas públicas (escala, 7% 5% 5% 10% 62%
redução de custo etc.)

Faz doação de equipamentos ou materiais 4% 2% 5% 9% 68%

Oferece equipamentos e infraestrutura para execução


de políticas públicas (disponibiliza transporte, local para 2% 1% 4% 7% 71%
encontros etc.)

Disponibiliza plataformas digitais e/ ou aplicativos de


gestão da informação a órgãos ou equipamentos sociais da 3% 2% 2% 4% 72%
administração pública

Faz gestão e execução de projetos


sociais de iniciativa do poder público
1% 2% 3% 6% 72%

Atua no controle social de políticas públicas 2% 2% 2% 4% 74%

Dá apoio financeiro direto a equipamentos públicos 2% 0% 3% 3% 75%

Faz a gestão direta de equipamentos públicos 0% 0% 0% 4% 77%

Realiza diretamente ações de advocacy


para influenciar políticas públicas
8% 10% 8% 8% 59%

Outros 0% 1% 1% 1% 78%

Cap 5. Como o investimento social se articula? 135


Quando examinadas as características centrais para que a
aproximação com políticas públicas seja benéfica para todos os
envolvidos (incluindo a população-alvo da ação), atributos como
clareza sobre o papel das partes, transparência e convergência
de propósitos foram mencionados como importantes ou muito
importantes pelo maior percentual de respondentes. Chama a
atenção que a garantia de gestão compartilhada foi destacada
como muito importante ou importante por uma parcela menor de
respondentes, ainda que por um percentual alto (62%).

 Gráfico 10: Organizações por importância de características


para que a aproximação com políticas públicas seja benéfica

Clareza sobre o papel de cada parte 80% 1% 20%

Transparência das partes envolvidas 79% 2% 20%

Convergência de propósitos 78% 2% 20%

Imparcialidade/ isenção/ posição


apartidária das partes envolvidas
77% 3% 20%

Disposição do investidor social privado em


reconhecer e respeitar especificidades do 77% 3% 20%
trabalho no setor público
Garantia de monitoramento
e avaliação do projeto/ programa 76% 5% 20%

Disposição do poder público para


aproximação com atores privados 76% 5% 20%

Reputação do governo parceiro 75% 5% 20%

Formalização de parceria e compromissos 74% 7% 20%

Adequação das atividades desenvolvidas pelo


investidor social privado às demandas locais
73% 8% 20%

Garantia de gestão compartilhada 62% 18% 20%

Muito importante e importante Pouco importante e nada importante Não adota estratégias de alinhamento com políticas públicas

136 CENSO GIFE 2018


MOROSIDADE, DESCONTINUIDADE DE
AÇÕES E EXCESSO DE BUROCRACIA
SÃO AS PRINCIPAIS BARREIRAS DE
APROXIMAÇÃO COM POLÍTICAS PÚBLICAS
Quanto às principais dificuldades para aproximação com políticas públicas, 32% das organiza-
ções se queixam de morosidade, 30% reclamam de descontinuidade de iniciativas devido a mu-
danças políticas e 21% indicam excesso de burocracia na execução de projetos ou programas.

 Gráfico 11: Organizações por duas principais dificuldades na aproximação com políticas públicas

9%
Maior descontinuidade 20% Não enfrenta 4%
em projetos/ programas Não adota nenhuma Outros
devido a mudanças estratégias dificuldade
políticas

Dificuldade de
concretizar parcerias e
executar projetos/
programas devido à
forma de funciona- Baixa compa-
mento do setor público Dificuldade do poder tibilidade das
público de inovar ou demandas,
incorporar novas estratégias Dificuldade de
32% 30% técnicas/ processos ou temas
governamentais
acesso às
informações do
21% com as linhas poder público
de atuação da
17% organização
(deficiências em
relação à
12% 11%
transparência)

5% 4% 4% 4%

Morosidade da gestão Excesso de burocracia Impactos negativos de Perda de autonomia Desalinhamento de


pública/ diferença nos na execução de imagem ao se associar da organização já que ideias, princípios e
tempos de execução projetos/ programas a governos/ gestões projetos/ programas valores entre a
entre setor público e públicas ficam sujeitos a organização e as
setor privado maior controle pela instâncias da
sociedade e governo gestão pública

Cap 5. Como o investimento social se articula? 137


ORGANIZAÇÕES SEM ESTRATÉGIAS DE
APROXIMAÇÃO COM POLÍTICAS PÚBLICAS
TEMEM DANOS À IMAGEM, DIFICULDADES
COM O FUNCIONAMENTO DO SETOR
PÚBLICO E DESCONTINUIDADE POR
MUDANÇAS POLÍTICAS
Dentre os dois principais na pública, 23% destacam decorrência de mudanças
motivos para não se ali- dificuldade de concretizar políticas. A descontinuidade
nhar a políticas públicas, parcerias e executar pro- de iniciativas também apa-
38% das organizações que jetos ou programas devido rece entre as três principais
não o fazem mencionam à forma de funcionamento dificuldades apontadas por
evitar impactos negativos do setor público e outros aqueles que têm estratégias
de imagem por conta de 23% temem pela descon- de alinhamento com políti-
envolvimento com a máqui- tinuidade de iniciativas em cas públicas.

 Gráfico 12: Organizações que não adotam estratégias de


aproximação com políticas públicas por dois principais motivos

12% 12% 8%
4% 4%
38% 23% 23% 19% 19%
Dificuldade
de acesso às
Morosidade informações
da gestão do poder
Intenção de não se Receio de maior Crença de que a pública/ público
envolver com a descontinuidade em ação privada tem diferença (deficiências
máquina pública, projetos/ programas maior possibilidade nos tempos em relação à
evitando possíveis devido a mudanças de inovação de execução trans-
impactos negativos políticas entre setor parência)
de imagem Dificuldade de público e
concretizar parcerias e setor privado
executar projetos/
programas devido à
forma de funcionamen- Inexistência de
to do setor público demandas, estratégias Receio de diminuir
Excesso de Falta de a autonomia da
ou temas governamen-
burocracia no alinhamento de organização já que
tais alinhados às linhas
desenho e ideias, princípios e projetos/ programas
de atuação da
execução de valores entre a ficarão sujeitos a
organização
38% projetos/ organização e as maior controle pela
Outros programas instâncias da sociedade e
gestão pública governo

138 CENSO GIFE 2018


NEGÓCIO DE IMPACTO SOCIAL

DIMINUI A PROPORÇÃO DE
ORGANIZAÇÕES ENGAJADAS
COM NEGÓCIOS DE IMPACTO,
MAS AUMENTA A PARCELA DE
RECURSOS DESTINADOS AO TEMA

117
R$
foram aportados para

4
o tema de negócios de
impacto social em 2018, do volume total
MILHÕES o que corresponde a de investimento
de R$ 3,2 bilhões.

2016
Caiu a proporção de organizações
com envolvimento em negócios de
2018 impacto social entre 2016 e 2018.

 Gráfico 13: Volume de recursos aportados no tema de negócios de impacto social (2017 e 2018)

R$ R$
2% do montante
de R$ 3,3 bilhões
81 +44% 117 4% do montante
investidos milhões milhões de R$ 3,2 bilhões
investidos
Investimento em negócios de impacto (R$ milhões)

2017
(Atualizado pelo IPCA) 2018

Cap 5. Como o investimento social se articula? 139


O QUE SÃO NEGÓCIOS DE IMPACTO SOCIAL?

São empreendimentos Negócios de impacto: 4) têm uma gover-


com a missão explí- nança que leva em
cita de gerar impacto 1) têm um propósito de consideração os
socioambiental ao gerar impacto socioam- interesses de inves-
mesmo tempo em biental positivo explícito tidores, clientes e
que geram resultado na sua missão; comunidade.
financeiro positivo e de
forma sustentável. Há 2) conhecem, mensuram e Os negócios de impac-
quatro princípios que di- avaliam o seu impacto to podem assumir dife-
ferenciam negócios de periodicamente; rentes formatos legais,
impacto de OSC ou de como associações,
negócios tradicionais 3) têm uma lógica econô- fundações, cooperati-
(independentemente mica que permite gerar vas ou empresas.
da constituição jurídica receita própria;
da organização).

2) O seu objetivo principal é resolver 1) Qual o formato jurídico


alguma questão socioambiental?
de sua organização?

Sim  Associação
Não
 Fundação OK
 Cooperativa
3) Monitora e reporta periodicamente  Empresa
seu impacto socioambiental?

Sim Não
Empresa
4) Gera algum tipo de receita própria? ou OSC

Sim Não

5) As suas decisões consideram


todas as partes interessadas? &
Impacto Retorno
social financeiro
Sim Não
NEGÓCIO DE IMPACTO

Fonte: ALIANÇA PELOS INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS DE IMPACTO. O que são negócios de impacto. 2019.
Disponível em: <https://aliancapeloimpacto.org.br/o-que-sao-financas-sociais/>. Acesso em: 30 out. 2019.

140 CENSO GIFE 2018


A análise mais individualizada dos respondentes demonstra grande variação no montante de
recursos destinados a negócios de impacto social, com algumas empresas e institutos e fun-
dações fazendo aportes expressivos nesse campo.

Variação no volume de recursos repassados para o tema negócios de impacto social

Mínimo Mediana Média Máximo


R$ 50 mil R$ 350 mil R$ 3,1 milhões R$ 80,9 milhões

 Gráfico 14: Organizações por volume de recursos para


o tema de negócios de impacto social em relação ao investimento total

Não repassa recursos


8%
4%
Mais de 30%

5%
Mais de 5% a 30%

9% 60%
Mais de 1% a 5% Não tem envolvimento
com negócios de
impacto
2%
Até 1%

13%
Não informou

11
repassam até 5% do volume
de investimento total

Cap 5. Como o investimento social se articula? 141


INSTITUTOS E FUNDAÇÕES
INDEPENDENTES SÃO O TIPO DE
INVESTIDOR QUE MAIS SE ENVOLVE
COM NEGÓCIOS DE IMPACTO SOCIAL
 Gráfico 15: Organizações por envolvimento
com o tema de impacto social e tipo de investidor

Proporcionalmente, institutos Empresa 6%


e fundações independentes
apresentam maior envolvi- 24% 59% 12%
mento com negócios de im-
pacto social (33%), seguidos
Inst./Fund. empresarial
por empresas e seus institu-
tos e fundações (30% e 29%,
respectivamente), ficando
20% 9% 62% 9%
institutos e fundações familia-
res em último lugar (17%). Inst./Fund. familiar

10% 7% 62% 21%

Inst./Fund. independente

3 em cada 10 institutos e
22% 11% 50% 17%
fundações independentes se
envolvem com negócios de
impacto social, mas o envolvi-
mento de 1 em cada 10 não Repassa Tem envolvimento mas Não tem envolvimento Não informou
prevê repasse de recursos. recursos não repassa recursos com negócios de impacto

 Gráfico 16: Proporção do volume de recursos para o


tema de negócios de impacto social por tipo de investidor
DOS R$

117
1%
71% 10% 17%
MILHÕES
aportados para o tema de Empresa Inst./Fund. Inst./Fund. Inst./Fund.
negócios, 71% são prove- empresarial familiar independente

nientes de empresas.

142 CENSO GIFE 2018


CRESCE O REPASSE DE RECURSOS PARA
INTERMEDIÁRIOS E NEGÓCIOS DE IMPACTO
Dentre os investidores sociais, 40% afirmaram ter atuado com negócios de impacto social
nas mais diversas formas, especialmente por estratégias de formação, informação e rede de
relacionamento. Ademais, aumentaram significativamente as organizações que repassaram
recursos para intermediários e negócios de impacto (de 6% em 2016 para 16% em 2018 e de
8% para 14%, respectivamente), passando a figurar entre as principais formas de atuação de
investidores sociais nesse campo.

 Gráfico 17: Organizações por formas de envolvimento com o tema de negócios de impacto social

Apoia negócios de Repassa recursos Desenvolve/ Repassa recursos via


impacto com formação, para organizações financia produção fundos, plataformas
informação, rede de intermediárias do de conhecimento ou outros mecanis-
relacionamento (sem ecossistema de negócios na área de Faz interface mos financeiros que
expectativa de retorno) de impacto (sem negócios de com investimen- destinam recursos
expectativa de retorno, ex.: impacto tos em negócios para negócios de
aceleradoras, incubadoras) de impacto impacto (sem
apoiados pela(s)
21% 20% empresa(s)
expectativa de
retorno)
mantenedora(s)
16%
14% 14% 14%
11% 10%
8%

Apoia organizações Repassa recursos Desenvolve/ financia Fomenta o movimento


intermediárias com formação, para negócios de fóruns e espaços de dos chamados
informação, rede de impacto (sem troca sobre negócios "negócios de impacto
relacionamento (sem expectativa de de impacto periféricos"
expectativa de retorno) retorno)

Desenvolve advocacy e Apoia o desenvolvi- Investe em negócios de Faz interface De outra


sensibilização de pares mento de avaliações impacto (pressupõe entre negócios de maneira
para que atuem no tema de impacto retorno financeiro) impacto e poder
público

8% 8% 8% 7% 7% 2% 2%
5% 5%

Desenvolve diretamente Prioriza a compra de


negócios de impacto produtos/ serviços de Investe via fundos,
negócios de impacto plataformas ou outros
mecanismos financeiros Investe em organizações
que destinam recursos intermediárias do
para negócios de impacto ecossistema de negócios
60% Não tem envolvimento com negócios de impacto (pressupõe retorno de impacto (pressupõe
financeiro) retorno financeiro)

Formação, articulação Repasse de Via investimentos Via interface


de redes e produção de recursos
conhecimento

Cap 5. Como o investimento social se articula? 143


Dentre 60% de organizações que não se engajam com negócios de impacto, 30% têm pouca
ou nenhuma familiaridade com o tema, sendo que 10% não pretendem se informar sobre o as-
sunto nos próximos três anos. Ainda assim, 23% estão se aprofundando no tema para decidir
se irão apoiá-lo nos próximos anos.

 Gráfico 18: Organizações por tipo de relação com o tema de negócios de impacto social

Tem pouca/ nenhuma


familiaridade com negócios Está se aprofundando no
de impacto, mas pretende tema de negócios de impacto
se informar nos próximos para decidir se irá apoiá-lo
três anos nos próximos três anos

20% 23%
10% 8%
40%

Tem pouca/ nenhuma Tem familiaridade com Envolve-se com


familiaridade com negócios de impacto negócios de
negócios de impacto e não apoia nem tem impacto
e não pretende se intenção de apoiar nos
aprofundar nos próximos três anos
próximos três anos

60 não se envolvem
com negócios de
impacto

18 não pretendem se
informar sobre o tema ou
apoiá-lo nos próximos três anos

144 CENSO GIFE 2018


DECISÃO INSTITUCIONAL E RESTRIÇÕES
ORÇAMENTÁRIAS SÃO OS PRINCIPAIS
DESAFIOS PARA ENVOLVIMENTO
COM NEGÓCIOS DE IMPACTO

41
dos respondentes não
enfrentam desafios para se
engajar com negócios de 1 EM CADA 4
impacto social respondentes não se
engaja no tema por
decisão institucional

 Gráfico 19: Organizações por principal desafio para atuar com o tema de negócios de impacto social

Restrições
orçamentárias

Decisão 14% Questões técnicas (não tem na


institucional
25% equipe profissionais com habilidades
que o campo requer/ não tem
6% conjunto de parceiros nessa área)

Jurídicos/
contábeis
5%
2% Convicções, crenças e/
ou valores da organização
não estão alinhados com
7% conceito/ Não sabe se o
ISP deveria apoiar
negócios de impacto
Outros

41%
Não houve desafios
ou os desafios estão
sendo solucionados

Cap 5. Como o investimento social se articula? 145


146 CENSO GIFE 2018
6
QUAI S O S F O C OS DE AT UAÇÃO
DO IN V E S T I M E N TO SO C IA L?

Este capítulo apresenta edições anteriores ao casos, foram analisadas


informações a respeito investigar além da abran- as estratégias adotadas,
das características dos gência territorial e área bem como o perfil de
projetos ou programas temática de atuação de beneficiários.
apoiados e/ou execu- cada um dos projetos ou Por fim, esta seção dis-
tados por investidores programas, também o re- cute o alinhamento dos
sociais. Aborda análises corte de público de cada investidores sociais aos
sobre temas de atuação uma dessas iniciativas, ODS e à Agenda 2030.
das organizações em buscando compreendê- Traz, portanto, elemen-
seus projetos ou progra- -las entre prioritárias e tos que permitem aferir
mas e busca compreen- complementares, o que as distintas perspecti-
der se foram executados possibilitou uma análise vas acerca da atuação
diretamente ou por multidimensional. do investimento social
terceiros. Além disso, Adicionalmente, os res- privado, propõe reflexões
discorre sobre a quan- pondentes foram solici- sobre sua conexão com
tidade de projetos ou tados a indicar os seus os múltiplos desafios da
programas que compõe três projetos ou progra- agenda pública e verifica
a carteira das organiza- mas mais representa- suas contribuições para
ções, detalhando focos tivos em 2018, sobre a promoção do desen-
de atuação. os quais foi lançado um volvimento mais justo,
O Censo GIFE 2018 olhar mais direcionado inclusivo e sustentável.
inovou em relação à e aprofundado. Nesses

Cap 6. Quais os focos de atuação do investimento social? 147


T E M AS E F O C O D E AT UAÇÃO

EDUCAÇÃO SEGUE
COMO PRINCIPAL
ÁREA DE ATUAÇÃO DOS
INVESTIDORES SOCIAIS
Antes de perguntar dire- volvimento social e combate pesquisa. Seguindo uma ten-
tamente sobre focos de à pobreza e fome (24%), dência histórica, educação
atuação de projetos ou pro- comunicação de causas continua sendo a principal
gramas mencionados pelas (23%) e ciência e tecnolo- área de atuação de investi-
organizações, o Censo GIFE gia (19%), enquanto, nas dores sociais, com 80% das
2018 pediu aos investidores demais temáticas, prevalece menções. Mais da metade
sociais que indicassem em o apoio a projetos ou progra- das organizações indicaram
que áreas temáticas atuam mas de terceiros. também as áreas de traba-
e, em cada uma delas, apon- lho, empreendedorismo e
tassem se realizam projetos Ainda que esta edição tenha geração de renda (66%), cul-
ou programas próprios e/ ou alterado a nomenclatura das tura e artes (56%), fortaleci-
apoiam iniciativas de ter- áreas temáticas do Censo, mento institucional de OSC
ceiros. Em uma perspectiva utilizadas desde 2001, (55%) e desenvolvimento
comparada, é interessante para atualizá-las frente local, territorial, comunitário
notar que a maior parte das às compreensões atuais e/ ou de base (54%), que
organizações tende a realizar das dinâmicas e desafios também guardam correla-
projetos ou programas pró- socioeconômicos, é possível ção com as principais áreas
prios nas áreas de educação perceber alguns padrões temáticas de 2016.
(61%), assistência, desen- com edições anteriores da

148 CENSO GIFE 2018


 Tabela 1: Organizações por áreas temáticas de atuação
(independente de projetos ou programas indicados)

2016 2018

Área temática Atua na Área temática Atua na Realiza Apoia


área área projetos/ projetos/
programas programas
próprios de terceiros

Educação 84% Educação 80% 61% 39%

Formação de
jovens para o traba- 60%
lho e cidadania Trabalho, empreendedorismo
e geração de renda
66% 38% 40%
Geração de
46%
trabalho e renda

Cultura e artes 51% Cultura e artes 56% 31% 32%


Apoio à gestão de Fortalecimento institucional
OSC
50%
de OSC
55% 34% 36%
Desenvolvimento Desenvolvimento local,
local, comunitário, 48% territorial, comunitário e/ou 54% 32% 33%
de base de base

Esporte e
recreação
45% Esporte e lazer 50% 14% 38%
Defesa de direitos, cultura
Defesa de direitos 43%
de paz e democracia
49% 27% 31%
Ambiente urbano e
sustentabilidade
47% 26% 31%
Meio ambiente 47%
Ambiente natural e
sustentabilidade
42% 26% 28%

Saúde 37% Saúde e bem-estar 42% 20% 29%


Assistência e desenvolvi-
Assistência social 41% mento social/ combate à 41% 24% 20%
pobreza e fome

Comunicação 27% Comunicação de causas 36% 23% 20%

Fortalecimento institucional
da gestão pública
35% 22% 23%

Ciência e tecnologia 30% 19% 16%

Maior % de organizações que desenvolvem projetos próprios


Apesar de estar entre as últimas
Maior % de organizações que apoiam projetos ou programas de terceiros posições, comunicação aumentou 9
pontos percentuais em relação a 2016

Cap 6. Quais os focos de atuação do investimento social? 149


MAIORIA DAS ORGANIZAÇÕES CONCENTRA
SEUS INVESTIMENTOS EM ATÉ CINCO
PROJETOS OU PROGRAMAS
Ao listarem todos os seus Apenas 5% dos investidores (3%). Já a totalidade de
projetos ou programas, as sociais afirmam contar com institutos e fundações inde-
133 organizações reporta- mais de 20 projetos ou pro- pendentes tem, no máximo,
ram um total de 932 iniciati- gramas em carteira, com des- 20 programas ou projetos, o
vas, sendo que mais da meta- taque para empresas (18%), que pode ser explicado por
de (56%) dos respondentes institutos e fundações seu perfil mais executor e
apoia ou executa no máximo familiares (7%) e institutos menos financiador.
cinco projetos ou programas. e fundações empresariais

 Gráfico 1: Organizações por quantidade de projetos ou programas e tipo de investidor

39% 5% 18% 2% 31% 3% 44% 0%


42%
35%

56% 47% 55% 62% 56%


Total Empresa Inst./Fund. Inst./Fund. Inst./Fund.
empresarial familiar independente

1a5 6 a 20 Mais de 20

INVESTIDORES SOCIAIS
DE PERFIL MAIS EXECUTOR
TÊM CARTEIRA DE PROJETOS
OU PROGRAMAS MENOR

150 CENSO GIFE 2018


Os dados sugerem uma correlação entre forma de atuação das organizações e quan-
tidade de iniciativas executadas ou apoiadas. Dentre os associados com perfil essen-
cialmente executor, não constam organizações envolvidas com mais de 20 projetos
ou programas. Contudo, 7% das organizações com perfil essencialmente financiador
apoiam ou executam mais de 25 projetos ou programas.

 Gráfico 2: Organizações por quantidade de projetos ou programas e forma de atuação*

7% 8% 3%
5% 4%
5% 14%

12% 17%
58% 46% 58%
26%
14%
25%

Essencialmente Híbrido Essencialmente


financiador executor

1a5 6 a 10 11 a 15 16 a 20 21 a 25 Mais de 25

*Nota: Forma de atuação é uma classificação dos respondentes adotada pelo GIFE que busca delimitar perfis claros de investidores sociais
quanto a possíveis estratégias de operação de programas ou projetos a partir da combinação de algumas perguntas. Os essencialmente
financiadores são aqueles que atuam principalmente apoiando terceiros, seja institucionalmente, seja via projetos (destinando mais de 90%
do volume total de investimento para apoio). Os essencialmente executores operam, principalmente, seus próprios projetos ou programas
(destinando mais de 90% do volume total de investimento para projetos próprios). Já os híbridos tanto apoiam terceiros quanto operam
seus próprios projetos.

Organizações podem ter múltiplos focos de atuação, que nem sempre se restringem a uma
área temática. As organizações podem entender que seus projetos ou programas têm como
objetivo principal não atuar em determinada questão temática, mas transformar territórios
específicos e/ou impactar determinados recortes de público. 

Cap 6. Quais os focos de atuação do investimento social? 151


 Dessa forma, o Censo GIFE 2018 trouxe uma novidade ao permitir que as 133 organizações
respondentes pudessem indicar o foco de seus 932 projetos ou programas em operação a
partir de uma perspectiva tridimensional que considera a área temática, o perfil do público
impactado e as características dos territórios onde as iniciativas são desenvolvidas.

 Quadro 1: Abordagem tridimensional do foco dos projetos ou programas em operação

FOCO DOS PROJETOS OU PROGRAMAS

PERFIL
Á R E A T E M ÁT I CA DO PÚBLICO TERRITÓRIO
h Ambiente natural e h Condição econômica/ h Áreas de preservação
sustentabilidade vulnerabilidade social ambiental
h Ambiente urbano e h Condição física ou mental h Áreas rurais, de produção
sustentabilidade agropecuária e/ou
h Faixa etária
extrativista
h Assistência e
h Raça, origem ou
desenvolvimento social/ h Áreas urbanas
comunidades tradicionais
combate à pobreza e fome
h Assentamentos precários
h Sexo, gênero ou
h Ciência e tecnologia e/ou comunidades
orientação sexual
vulneráveis
h Comunicação de causas
h Outras características
h Biomas específicos
h Cultura e artes
h OSC
h Comunidade(s) do
h Defesa de direitos, cultura
h Órgãos, serviços e/ entorno das unidades de
de paz e democracia
ou programas da negócio da(s) empresa(s)
h Desenvolvimento local, administração pública mantenedora(s)
territorial, comunitário
h Negócios de impacto h Território de atuação de
e/ou de base
ou acelerados e parceiros
h Educação intermediárias do campo
h Territórios com
de negócios de impacto
h Esporte e lazer determinados indicadores
h Outros tipos de socioeconômicos
h Fortalecimento institucional
organizações
da gestão pública h Tipos de territórios
diversos sem foco
h Fortalecimento institucional
específico/ nenhum
de OSC
h Outro tipo de território
h Saúde e bem-estar
h Trabalho, empreendedorismo
e geração de renda
h Outras áreas temáticas

152 CENSO GIFE 2018


A partir desse modelo esquemático, os respondentes indicaram o foco prioritário e complemen-
tar de cada um dos seus projetos ou programas em operação, considerando que as organiza-
ções podem ter mais de um foco de atuação e que, assim, é necessário observar não só o que é
prioritário, mas também com que outras agendas os projetos ou programas querem contribuir.

 Quadro 2: Abordagem tridimensional do foco dos projetos


ou programas em operação por foco prioritário ou complementar

FOCO DOS PROJETOS OU PROGRAMAS

FOCO PRIORITÁRIO
uma única opção

PERFIL
Á R E A T E M ÁT I CA DO PÚBLICO TERRITÓRIO

FOCO COMPLEMENTAR
múltiplas opções

PERFIL
Á R E A T E M ÁT I CA DO PÚBLICO TERRITÓRIO

Cap 6. Quais os focos de atuação do investimento social? 153


A ÁREA TEMÁTICA É MAIS PRIORIZADA
PELAS ORGANIZAÇÕES DO QUE O
PERFIL DO PÚBLICO OU O TERRITÓRIO
COMO FOCO DE ATUAÇÃO DOS
PROJETOS OU PROGRAMAS
Considerando os focos
de atuação prioritários
e complementares dos
932 projetos ou progra-
mas em operação pelas
133 organizações:
DOS RESPONDENTES MENCIONARAM
U M A Á R E A T E M ÁT I CA E S P E C Í F I CA ,

sendo o tema educação indicado pela maior parte (75%),


enquanto comunicação de causas foi o tema com a menor
parcela (17%) de menções. Em segundo lugar, aparece o
tema trabalho, empreendedorismo e geração de renda, assi-
nalado por 50% dos investidores sociais, seguido por cultura
e artes, indicado por 46% das organizações. Chama a atenção
que o fortalecimento institucional de OSC aparece apenas em
quinto lugar, mencionado por 37% dos associados.

86 das organizações têm alguma área


temática como foco prioritário de
ao menos um de seus projetos ou
programas

154 CENSO GIFE 2018


 Gráfico 3: Organizações por áreas temáticas específicas indicadas nos projetos ou programas

Trabalho,
empreende- Desenv.
dorismo local,
e geração territorial,
de renda comunitário Defesa
e/ ou de de direitos,
base Saúde e cultura de
Ambiente
bem-estar paz e
Esporte urbano e
democracia
e lazer sustentabilidade
Comunicação
de causas

75% 50% 46% 40% 37% 32% 29% 29% 29% 28% 26% 24% 18% 17%

Ciência
e tecnologia
Ambiente
Assistência Fortalecimento natural e
e desenv. institucional sustentabilidade
Fortalecimento
social/ da gestão
institucional
Cultura combate pública
de OSC
e artes à pobreza
e fome
30%
Educação Outras áreas
temáticas

sendo que a maioria (73%) indica o recorte por faixa etária,


enquanto metade (49%) considera parâmetros de vulne-
rabilidade social ou condição econômica. Apenas 20% dos
investidores sociais leva em conta o recorte de gênero ou
orientação sexual e outros 14% enfocam critérios raciais
DOS ou comunidades tradicionais em seus projetos ou pro-
RESPONDENTES gramas. Em relação aos tipos de organizações que fazem
MENCIONARAM UM parte do público dos projetos ou programas, 35% dos res-
PERFIL DE PÚBLICO pondentes indicaram OSC em seus projetos ou programas,
ESPECÍFICO, 23% disseram órgãos, serviços e/ou programas da admi-
nistração pública e apenas 14%, negócios de impacto.

50 das organizações têm algum perfil de


público como foco prioritário de ao menos
um de seus projetos ou programas

Cap 6. Quais os focos de atuação do investimento social? 155


PROMOÇÃO DE IGUALDADE DE GÊNERO
E RAÇA AINDA NÃO FIGURA COMO FOCO
DE PROJETOS OU PROGRAMAS
 Gráfico 4: Organizações por perfil de público específico indicado nos projetos ou programas

Faixa etária Sexo, gênero Raça, origem ou OSC Órgãos,


ou orientação comunidades serviços e/ou
sexual tradicionais programas da
administração
pública
19%

73% 49% 20% 12% 35% 26% 23% 14%

14%
Condição Negócios de
Condição econômica/ física ou impacto ou
vulnerabilidade social mental acelerados e
intermediárias
Outras do campo de
características Outros tipos de negócios de
organizações impacto

Mulheres
ou meninas Homens
ou meninos
5% 3% 2% 2% 13%

19% 5%
Vítimas de População Ativistas Dependentes Outros
violência carcerária, de causas toxicológicos
crianças e diversas/
adolescentes defensores
5% em conflito de direitos
com a lei e/ou humanos
seus
LGBTI+ familiares

Esse percentual cai para 5%


das organizações enfocam
se forem consideradas as orga-
mulheres ou meninas em nizações que têm mulheres ou
seus projetos ou programas meninas como foco prioritário

156 CENSO GIFE 2018


Crianças de Adolescentes de Jovens Idosos
4 a 5 anos 11 a 14 anos (18 a 29 anos) (mais de 65 anos)

26% 35% 44% 47% 62% 47% 32% 23%

Crianças de Crianças de Adolescentes de Adultos


0 a 3 anos 6 a 10 anos 15 a 17 anos (30 a 64 anos)

10% 7% das organizações enfocam


a população negra em seus
projetos ou programas e 5%
enfocam as comunidades
Negros/ afrodescendentes Imigrantes/ refugiados indígenas e quilombolas, que
ficam atrás de imigrantes e
refugiados, priorizados pelos
projetos ou programas de
5% 5% 7% dos respondentes
Esse percentual cai para 2%
se forem consideradas as
organizações que têm
Indígenas Quilombolas como foco prioritário a
população negra

81 86 95
dos respondentes não têm dos respondentes não têm dos respondentes não têm
projetos ou programas com projetos ou programas com projetos ou programas com
foco em mulheres foco em raça foco na população LGBTI+

Cap 6. Quais os focos de atuação do investimento social? 157


83 DOS RESPONDENTES MENCIONARAM UM
TIPO DE TERRITÓRIO ESPECÍFICO,

sendo que quase metade (43%) indicou comunidades do


entorno das unidades de negócio da empresa mantenedora.
Territórios com determinados indicadores socioeconômicos
aparecem em segundo lugar, tendo sido mencionados por
26% dos respondentes.

34 das organizações têm algum tipo de


território como foco prioritário de ao
menos um de seus projetos ou programas

 Gráfico 5: Organizações por territórios específicos indicados nos projetos ou programas

19%
Outros tipos
de território

43%

26% 25%
17%
14% 13% 10%
5%
Comunidade(s) Territórios com Áreas Território Assentamentos Áreas de Áreas rurais, de Biomas
do entorno das determinados urbanas de atuação precários e/ou preservação produção específicos
unidades de negócio indicadores de parceiros comunidades ambiental agropecuária
da(s) empresa(s) socioeconômicos vulneráveis e/ou extrativista
mantenedora(s)

Além de compartilhar informações sobre os focos de todos os seus projetos ou programas


em operação, os respondentes também indicaram até três projetos ou programas mais repre-
sentativos de sua atuação em 2018, compondo outro universo de 369 projetos ou programas,
sobre o qual foi possível aprofundar as análises.

158 CENSO GIFE 2018


EMPRESAS ADOTAM UMA QUANTIDADE
MENOR DE ESTRATÉGIAS EM SEUS
PROJETOS OU PROGRAMAS MAIS
REPRESENTATIVOS EM COMPARAÇÃO
COM INSTITUTOS E FUNDAÇÕES
FAMILIARES E INDEPENDENTES
Investidores sociais adotam uma diversidade de estratégias para  Gráfico 6: Organiza-
o conjunto de seus projetos ou programas. Quando perguntados ções por quantidade de
estratégias adotadas nos
sobre estratégias aplicadas em seus projetos ou programas mais
projetos ou programas
representativos, 40% das organizações apontaram de 10 a 15 mais representativos por
estratégias diferentes. tipo de investidor*

2%
5% Empresa 41% 24% 24% 12%
17% 3% 3%
23% Inst./ Fund.
22% 13% 49% 10%
empresarial
Total
Inst./ Fund.
14% familiar 7% 21% 10% 31% 31%
40%
6%
Inst./ Fund.
independente 11% 11% 17% 33% 22%

1a3 4a6 7a9 10 a 15 16 a 21 22 a 25

A maior parte das organi- A maioria de empre- Institutos e fundações familiares


zações (40%) mencionou sas (65%) adota até e independentes concentram uma
entre 10 e 15 estratégias nove estratégias multiplicidade maior de estratégias
em seus projetos ou programas
*Nota: Os respondentes podiam indicar
até 25 estratégias por projeto a partir
de uma listagem preestabelecida com
34 estratégias.

Cap 6. Quais os focos de atuação do investimento social? 159


ESTRATÉGIAS DE Dentre as estratégias adotadas

ARTICULAÇÃO E
pelas organizações para projetos ou
programas mais representativos,

FORMAÇÃO SÃO AS
são priorizadas ações de mobiliza-
ção, conscientização e/ou articu-

MAIS ADOTADAS PELOS


lação (74%), de fortalecimento de
redes (70%) e de fortalecimento de

INVESTIDORES SOCIAIS
organizações, grupos e/ou comuni-
dades (70%).

 Gráfico 7: Organizações por tipos de estratégias adotadas para projetos ou programas mais representativos

Articulação e Promoção
fortalecimen- Apoio ao Desenvolvi-
de eventos,
to de redes desenvolvi- mento e Comunicação
palestras,
mento de transferência a serviço de
seminários
74%

políticas de tecnologia, causas ou


Formação de Apoio/
70%

70%

públicas metodologia e grupos


populacionais profissionais financiamento
inovação do serviço para organi- Formação de
59%

específicos
público zações ou profissionais
54%

indivíduos
50%

de OSC
47%

45%

45%

44%

41%

40%

39%

36%

34%

34%

29%
Ações de Fortale- Ensino e Elaboração de Atendimento Formação de Promoção Apoio a pesquisas
mobilização, cimento de capacitação publicações e/ direto ao lideranças e fortale- ou produção e divul-
conscientiza- organizações, de crianças, ou confecção público-alvo cimento do gação de conheci-
ção e grupos e jovens, de materiais do projeto/ empreende- mento científico
articulação comunidades membros da com foco na programa dorismo
comunidade temática do Apoio à produção
projeto/ intelectual e
programa cultural
Estudo e Conservação
Patrocínio/ Controle mitigação de espaços e Gestão direta
apoio a ações social/ de impactos patrimônio de equipa-
culturais ou monitora- (ambien- público, mentos
esportivas Construção Obtenção de mento do tais e/ou histórico, públicos ou
(com ou sem de espaços, certificação poder público socioeco- cultural e unidades de
Advocacy incentivo realização de nômicos) biológico conservação
fiscal) obras/
15%

15%

14%

14%

13%

13%
28%

12%

reformas
11%
24%

24%

23%

22%

8%
18%

17%

3%

Voluntariado Assessoria Assessoria Doação de Prêmios Desenvolvi- Bolsas de Assistência Outros


técnica ou de técnica ou de alimentos/ mento e estudo social/
gestão para gestão para materiais/ apoio a jurídica
OSC órgãos ou equipamentos negócios de
equipamentos impacto
sociais da
administração
pública

Estratégias relacionadas mais diretamente ao campo de educação e formação também recebem destaque

160 CENSO GIFE 2018


O Censo também buscou Quanto à área de educação, tes em seus projetos ou
aprofundar as análises a res- enquanto a maior parte programas mais represen-
peito de algumas áreas de dos respondentes (39%) tativos, a menor parte dos
atuação específicas, explo- mencionou as subáreas de investidores sociais (2%)
rando como os investidores educação não formal e de indicou escolas próprias,
sociais nelas operam. educação em temas especí- bem como a educação
ficos como as mais frequen- indígena e quilombola.

 Gráfico 8: Organizações por subáreas dos projetos


ou programas mais representativos relacionadas à educação

Educação Desenvolvimen-
não formal to de habilidades
pessoais Relação Leitura e
escola-família escrita
39%
39%

38%

Educação Material Educação


profissionali- didático/ integral
zante paradidático
33%

para
29%

29%

estudantes e
educadores
27%

27%

24%

24%

21%

17%

16%

12%
Educação Educação Ações Profissionais da Educação Modelos Infraes-
em temas formal socioeducativas educação/ gestão extracurricular/ de escola/ trutura da
específicos da rede escolar/ contraturno práticas escola
secretários e pedagógicas
suas equipes inovadoras

Não tem foco em educação em nenhum dos


29% projetos/ programas mais representativos

Complementa-
ção/ reforço
Educação à Aceleração da Conhecimento Educação Educação Outros
escolar
distância aprendizagem tradicional especial indígena
12%

12%

12%
11%

10%

9%

9%

2%

2%

2%
8%

8%
8%

1%

Base Nacional Plano Nacional/ Currículo Educação Escolas Educação Não


Comum Estadual/ escolar do campo próprias quilombola informou
Municipal de
Educação

Cap 6. Quais os focos de atuação do investimento social? 161


Em relação ao trabalho e à geração de renda, enquanto a maior parte dos respondentes (26%)
mencionou o empreendedorismo como tema mais frequente em seus projetos ou programas
mais representativos, a menor parte dos investidores sociais (4%) indicou o microcrédito e a
equiparação salarial entre homens e mulheres.

 Gráfico 9: Organizações por subáreas dos projetos ou programas mais


representativos relacionadas ao trabalho, empreendedorismo e geração de renda

Inserção profissional/
orientação para o
trabalho
26%
24% Educação
Economia
financeira/ inclusão
criativa
financeira Economia
solidária
17%
14%
13% 13% 12%
11% 11%

Empreendedorismo/ Educação profissionali- Programas de Tecnologia e


Setor
microempreendedores zante/ qualificação primeiro emprego/ inovação
econômico
profissional aprendizagem específico

Equiparação
Cooperativas salarial entre
Combate ao homens e
trabalho infantil mulheres
9% 9% 9% Outros

5% 5% 4% 4% 4%
1%

Microcrédito Não informou


Trabalho digno/ combate Negócios Micro e
ao trabalho forçado e de impacto pequenas
formas análogas ao empresas
trabalho escravo

Não tem foco em trabalho, empreendedo-


59% rismo e geração de renda em nenhum dos
projetos/ programas mais representativos

162 CENSO GIFE 2018


Dentre as subáreas relacionadas à defesa de direitos, cultura de paz e democracia, enquanto a
maior parte dos respondentes (12%) mencionou o direito das crianças e adolescentes como
tema mais frequente em seus projetos ou programas mais representativos, a menor parte dos
investidores sociais (2%) indicou a inovação política e os direitos da população carcerária e de
jovens em conflito com a lei.

 Gráfico 10: Organizações por subáreas dos projetos ou programas mais


representativos relacionadas à defesa de direitos, cultura de paz e democracia
12%

Segurança
pública, cultura
Direitos Direitos das de paz e
Direitos das Direitos de
LGBTI+ mulheres combate à
pessoas com comunidades e
deficiência violência povos tradicionais
7%

7%
7%

6%

6%

6%

6%

6%

5%
Direitos das crianças Cidadania e Direitos dos Preconceito, Diversidade e
e adolescentes participação idosos discriminação, multicultura-
política racismo e/ ou lismo
equidade racial

Liberdade de
expressão e
Liberdade
opinião
religiosa e de
crença Liberdade de
associação e
5%

5%

5%

5%
manifestação Inovação Outros
4%

política
3%

3%
3%

3%
2%

2%

Inclusão e Direitos dos Conselhos e Direito à Direitos da população Não


cidadania digital imigrantes e espaços de justiça carcerária e de jovens infromou
refugiados participação igualitária em conflito com a lei
social

Não tem foco em defesa de direitos, cultura


81% de paz e democracia em nenhum dos projetos/
programas mais representativos

Cap 6. Quais os focos de atuação do investimento social? 163


Para subáreas relacionadas ao ambiente natural e à sustentabilidade, enquanto a maior parte
dos respondentes (11%) mencionou a biodiversidade e o uso eficiente de recursos como te-
mas mais frequentes em seus projetos ou programas mais representativos, a menor parte dos
investidores sociais (4%) destacou o tema da energia. Vale destacar que nenhuma organização
indicou a pauta de desastres naturais.

 Gráfico 11: Organizações por subáreas dos projetos ou programas


mais representativos relacionadas ao ambiente natural e à sustentabilidade

11% 11%
10%
9% 9%
8% 8% 8%

Biodiversidade Uso eficiente Unidades de Florestas Mudanças Cultura para a Água Manejo
(flora e fauna) dos recursos conservação/ climáticas sustentabili- sustentável
áreas dade
protegidas

8% 8%
7%
6%

4%
1% 1%
0%

Uso e Desenvolvi- Resíduos Conhecimento Energia Desastres Outros Não informou


ocupação mento rural/ sólidos tradicional naturais
do solo agricultura
familiar

Não tem foco em ambiente natural


e sustentabilidade em nenhum
82% dos projetos/ programas mais
representativos

164 CENSO GIFE 2018


Dentre as subáreas relacionadas ao ambiente urbano e à sustentabilidade, enquanto a maior
parte dos respondentes (11%) mencionou o tema de cidades sustentáveis como mais fre-
quente em seus projetos ou programas mais representativos, a menor parte dos investidores
sociais (5%) destacou os temas de direito à cidade, energia, mobilidade urbana, trânsito e
transporte público e poluição.

 Gráfico 12: Organizações por subáreas dos projetos ou programas


mais representativos relacionadas ao ambiente urbano e à sustentabilidade

Uso eficiente
11% dos recursos
Mudanças
climáticas Resíduos
sólidos/
9% saneamento
8% 8% Energia
Poluição

6% 6%
5% 5% 5% 5%

2%

Cidades Cultura para a Água Direito à Mobilidade, trânsito Não


sustentáveis sustentabili- cidade e transporte público informou
dade

Não tem foco em ambiente urbano e


sustentabilidade em nenhum dos
88% projetos/ programas mais
representativos

Cap 6. Quais os focos de atuação do investimento social? 165


ABRANGÊNCIA TERRITORIAL

ESTADOS DO SUDESTE CONCENTRAM A


MAIORIA DOS PROJETOS OU PROGRAMAS
DOS INVESTIDORES SOCIAIS
de 932 projetos ou programas realizados pelos 133 investidores
sociais são desenvolvidos sem localidade geográfica definida, já que
incluem ações que podem atingir todo o país, tais como publicações,
campanhas ou iniciativas de advocacy
 Mapa 1: Projetos

6
ou programas por
abrangência territorial de 932 projetos ou progra-
mas realizados pelos 133
investidores sociais ocorrem
1% territorialmente em todas
1%
as unidades da federação

5% 6% 4% 5% 3%
3%
3% 7%
1% 2% 2%
2%
2%
10%
4%
20 a 40%

16 a 20% 4% Destaque
7% para a Bahia
11 a 15% no Nordeste
15%
6 a 10%
4% 5%
1 a 5%
40%
*pp - pontos percentuais. 19% Rio de Janeiro:
7% maior crescimento:
+4pp*
1% 1% 7%
localidade definida Não São Paulo e Rio
pela organização informou Grande do Sul: Poucas
apoiada 8%
maior queda: variações
(desconhece a
informação) -3pp* em relação
a 2016

166 CENSO GIFE 2018


TIPOS DE BENEFICIÁRIOS

Além de analisar públicos os ou grupos de indivíduos tutos e fundações indepen-


específicos que são foco de como beneficiários de seus dentes (11%).
projetos ou programas – os 369 projetos ou programas
impactados por atividades mais representativos, 26% Dentre os diferentes tipos
ainda que não sejam o alvo delas indicaram a socieda- de investidores, institutos
delas –, o Censo explorou de em geral. Outros 22% e fundações independentes
também beneficiários de assinalaram profissionais são os que mais direcionam
projetos ou programas com de categorias específicas e seus projetos ou programas
os quais as organizações 17% destacaram OSC. Ape- mais representativos para
lidam diretamente. Ou seja, nas 10% dos respondentes OSC (22%), seguidos de
públicos que se configuram indicaram órgãos, serviços empresas (18%), institutos
como alvo de intervenções e programas da administra- e fundações empresariais
de projetos ou programas. ção pública, com destaque (16%) e institutos e funda-
para institutos e fundações ções familiares (14%).
Enquanto 71% das organiza- familiares (17%), seguidos
ções mencionaram indivídu- de empresas (12%) e insti-

 Gráfico 13: Organizações por beneficiários dos projetos ou programas mais representativos e tipo de investidor

Empresa Inst./ Fund. empresarial Inst./ Fund. familiar Inst./ Fund. independente

76% 78% 55% 61%


35% 20% 38% 17%
18% 23% 38% 11%

12% 16% 14% 22%


12% 10% 3% 17%
6% 6% 17% 11%
4% 3% 6%
Total 12% 22%

71% 26% 22% 17%


8% 10% 5% 11%

Indivíduos/ Sociedade Profissionais de OSC Outros Órgãos, serviços Profissionais Outros


grupos de em geral categorias específicas tipos de e programas de categorias
indivíduos da administração organizações da administração específicas
pública pública de OSC

em relação ao Censo 2016, quando OSC


eram o segundo principal tipo de beneficiário *pp - pontos percentuais.

Cap 6. Quais os focos de atuação do investimento social? 167


ALINHAMENTO AOS ODS

O QUE SÃO OS OBJETIVOS DE


D E S E N V O LV I M E N TO S U S T E N TÁV E L ?

Os ODS são uma agenda mundial, adotada durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o
Desenvolvimento Sustentável em setembro de 2015, composta por 17 objetivos e 169
metas a serem atingidas até 2030.

Na agenda estão previstas ações mundiais nas áreas de erradicação da pobreza, segu-
rança alimentar, agricultura, saúde, educação, igualdade de gênero, redução das desi-
gualdades, energia, água e saneamento, padrões sustentáveis de produção e consumo,
clima, cidades sustentáveis, proteção e uso sustentável dos oceanos e dos ecossis-
temas terrestres, crescimento econômico inclusivo, infraestrutura e industrialização,
entre outros.

Os ODS foram construídos em um processo de negociação mundial, que teve início em


2013, e contou com a participação do Brasil nas discussões e definições a respeito de
sua agenda, tendo o país se posicionado de forma firme a favor de contemplar a erra-
dicação da pobreza como prioridade entre as iniciativas voltadas ao desenvolvimento
sustentável.

Fonte: ESTRATÉGIA ODS. O que são os ODS? 2019. Disponível em:


<www.estrategiaods.org.br/o-que-sao-os-ods>. Acesso em: out. 2019.

168 CENSO GIFE 2018


INSTITUTOS E FUNDAÇÕES
INDEPENDENTES SÃO OS QUE
MAIS INCORPORAM OS ODS
EM SUAS ESTRATÉGIAS

30
O Censo GIFE 2018 per- de institutos e fundações
guntou se as organizações independentes consideram
consideram os ODS como os ODS como referência para das organizações não
referência para a definição suas estratégias, apenas incorporam a perspectiva
de estratégias de atuação e 34% de institutos e fun- dos ODS em suas estratégias
mais da metade das organi- dações familiares afirmam de atuação, mas, entre elas...
zações (55%) responderam o mesmo. É importante
positivamente. Contudo, destacar que apenas 1%

20
esse comportamento varia dos respondentes não tem
significativamente entre di- familiaridade com os ODS, o
ferentes tipos de investido- que indica que essa é uma indicam que há interesse em
res sociais. Enquanto 72% agenda bastante difundida explorar as possibilidades de
entre investidores sociais. fazê-lo.

 Gráfico 14: Organizações por incorporação dos ODS em sua estratégia de atuação e tipo de investidor

Empresa

59% 18% 24%

Inst./ Fund. empresarial 1% 1% 15%


58% 17% 19% 3%

Inst./ Fund. familiar 3% 55% Total


20%
34% 17% 21% 24%

Inst./ Fund. independente


7%
72% 22% 6%

2% 1%

Incorpora Está incorporando Não incorpora, Não incorpora Não tem Não sabe
em 2019 mas há interesse e não há interesse familiaridade responder
em explorar as de incorporar com os ODS
possibilidades
de incorporar
futuramente

Cap 6. Quais os focos de atuação do investimento social? 169


Os ODS mais incorporados pelas organizações em seus projetos ou programas são:

Educação de Trabalho decen- Redução das


qualidade te e crescimento desigualdades
econômico

Os ODS menos incorporados pelas organizações em seus projetos ou programas são:

Energia limpa
e acessível Vida na água Vida terrestre

 Gráfico 15: Organizações por ODS relacionados com a atuação da organização

*pp – pontos
55%

53% percentuais.
44%

38%
38%
36%

35%

35%
29%

27%

17%
14%
23%
22%

20%

18%
17%

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
-4pp -2pp +5pp -14pp +1pp +1pp +1pp +2pp +3pp +3pp -1pp +1pp +6pp +5pp +5pp +11pp +10pp

Maiores variações em relação a 2016

170 CENSO GIFE 2018


APÊNDICES

C O L E TA E
O questionário do Censo  público com característi-
PROCESSAMENTO
GIFE 2018 foi estruturado cas específicas, profissio-
DOS DADOS
em sete blocos temáticos, nais, organizações etc.);
O Censo GIFE é uma pes- que abordaram: 1. Dados  tipo de território (áreas
quisa bienal, quantitativa, gerais da organização; 2. de conservação ambien-
autodeclatória e voluntária, Governança e gestão; 3. tal, biomas específicos,
respondida pelos associa- Recursos financeiros; 4. comunidades vulneráveis,
dos GIFE e coletada por meio Estratégias de atuação; 5. entorno dos negócios etc.).
de questionário on-line. Rea- Projetos e programas; 6.
lizada desde 2001, a pesqui- Monitoramento e avaliação; Além disso, novos temas
sa está em sua 9ª edição e 7. Comunicação. Também foram incluídos na pesqui-
teve os dados coletados havia um último bloco para sa, como inovação, gestão
em 2019, fazendo checagem de dados e coleta de riscos e gerenciamento
referência a 2018. de percepções dos respon- de crise, atuação em rede,
dentes sobre a pesquisa. influência do ambiente de
Como o grupo de associados atuação nas estratégias das
GIFE varia periodicamente e, Nesta edição, houve um es- organizações, bem como
ainda que todos os asso- forço para aprofundar ainda temas regulares passaram
ciados sejam convidados a mais o conhecimento sobre por aprimoramento, com
responder ao Censo, nem projetos e programas das destaque para comunicação,
todos participam, o universo organizações respondentes, avaliação e relação com OSC.
de respondentes da pesqui- ampliando o entendimento
sa varia a cada edição. Este sobre os focos de atuação. A preocupação em dialogar
ano, o Censo alcançou a par- Para tanto, as organizações com diferentes perfis de
ticipação de 84% da base puderam informar os focos investidores sociais, já pre-
associativa total no período prioritários e complementa- sente na pesquisa anterior,
de coleta (159 associa- res de todos os seus proje- manteve-se nesta edição a
dos), o que representa 133 tos e programas, indicando partir da revisão e utilização
respondentes, 17 a mais do como se estruturavam e de cinco tipos diferentes de
que no Censo GIFE 2016. Os quais suas principais contri- questionários, adaptados
dados foram colhidos por buições considerando três para cada tipo de investi-
meio de questionário on-line dimensões: dor. Nos questionários, a
entre maio e junho de 2019. abordagem das questões
Todos os dados, a não ser  área temática (educação, foi ajustada, permitindo a
quando indicado explicita- saúde e bem-estar, cultura adequação de cada pergunta
mente, referem-se a 2018. e artes etc.); às características 

Apêndices 173
 específicas daquele tipo que impossibilitou que orga- longo da publicação estão
de respondente. Além disso, nizações não respondessem contidas neste item.
não foram incluídas pergun- a questões relevantes e
tas inapropriadas à realidade ampliou a base de respostas Tipos de gráficos
dos diferentes perfis das perguntas individual- Os gráficos em barras ou
de investidor. mente, contribuindo para a colunas foram usados, priori-
melhoria da qualidade dos tariamente, para representar
Os cinco tipos de investido- dados e facilitando análises dados independentes, ou
res foram assim definidos: e comparações. seja, sem correlação entre si,
em que mais de uma alterna-
 empresas; Foi realizada análise de tiva poderia ser selecionada
 institutos e fundações consistência das respos- pelas organizações.
empresariais; tas e, quando necessário,
 institutos e fundações fa- os respondentes foram Os gráficos em pizza ou bar-
miliares sem vínculos com procurados para confirmar ras empilhadas, ao contrário,
a(s) empresa(s) da família as opções escolhidas ou foram utilizados para mostrar
mantenedora; alterá-las, se fosse o caso, como um todo é dividido
 institutos e fundações fa- garantindo a coerência em partes, estabelecendo
miliares com vínculos com necessária. Como parte do relação de proporcionalidade
a(s) empresa(s) da família processamento dos dados, entre os valores, e corres-
mantenedora; também foram realizados pondem a perguntas em que
 institutos e fundações cruzamentos entre algumas as organizações poderiam
independentes. questões, buscando produzir escolher somente uma al-
uma visão integrada, o que ternativa. A mesma lógica se
Os questionários para cada permitiu a análise dos resul- aplica aos demais gráficos
tipo de investidor foram tados para além dos blocos circulares/ esféricos.
elaborados de modo a temáticos do questionário.
permitir a consolidação das Os gráficos de linha demons-
LEITURA
respostas em uma base de tram o comportamento e
DOS DADOS
dados única, possibilitando as transformações de um
o tratamento unificado das Esta edição do Censo GIFE determinado dado no perío-
informações e comparação foi produzida para ser mais do analisado, apresentando
entre diferentes tipos de concisa e dinâmica que as evoluções de valores e facili-
investidores. Para fins de anteriores, dando mais foco tando a comparação históri-
análise, os resultados dos à apresentação dos dados ca de informações. Além das
investidores familiares com e facilitando o acesso e a linhas, os gráficos de barra
e sem vínculos com a(s) compreensão das informa- também foram utilizados
empresa(s) da família man- ções pelos leitores. Por essa nesta publicação para reali-
tenedora foram agregados. razão, notas e parâmetros zar comparações entre anos
Além disso, as perguntas técnicos de auxílio à leitu- da pesquisa em questões
do questionário eram, em ra das tabelas, quadros e com muitas alternativas a
grande parte, obrigatórias, o gráficos apresentados ao serem comparadas.

174 CENSO GIFE 2018


Ao longo da publicação, outras representações gráficas que se assemelham às apresentadas
aqui, foram usadas, cada qual com uma lógica específica para o tipo de dado ilustrado.

Notas gerais Os gráficos estão ilustrados pondentes do Censo GIFE


Questões com respostas nas proporções corretas, 2018 se referem à área que
únicas foram representadas porém nem sempre repre- coordena o investimento
prioritariamente por gráficos sentam a escala de 100%. social da organização;
em barras empilhadas e em
pizza, enquanto gráficos Algumas abreviações foram  para institutos e funda-
de barras ou coluna e as utilizadas em gráficos: ções familiares, todas as
demais representações grá- menções aos recursos
ficas foram utilizadas para  N/A - não se aplica; da(s) empresa(s) man-
exemplificar questões com  N/I - não informou; tenedora(s) devem ser
respostas múltiplas.  N/S - não soube entendidas como refe-
responder; rentes a recursos da(s)
As questões com respostas  pp - pontos percentuais. empresa(s) da família man-
únicas podem ser identi- tenedora da organização.
ficadas a partir da soma Quando determinada ques- Os institutos e fundações
dos valores, que são muito tão não se aplica a deter- sem relação com a(s) em-
próximos a 100% (acima ou minado tipo de investidor presa(s) da família mante-
abaixo), considerando que social, essa informação nedora não responderam
sofreram arredondamentos, foi apontada no gráfico ou a uma série de perguntas
enquanto as respostas múl- tabela, porém alguns pontos relacionadas a empresas
tiplas apresentam soma de merecem destaque: da família mantenedora;
valores consideravelmente
acima de 100% nos diver-  todas as menções rea-
sos tipos de gráficos. lizadas a empresas res-

Apêndices 175
 questões relacionadas proporcionar formas mais Infográficos: correspon-
a empresas mantedoras autônomas e diversificadas dem a leituras temáticas de
foram, em geral, adap- de acesso e utilização de dados do Censo GIFE 2018 e
tadas ao conjunto dos dados do Censo GIFE, da outras pesquisas publicadas
mantenedores no caso de Pesquisa Organizacional e de periodicamente no portal
institutos e fundações in- bases de dados e pesquisas Mosaico ao longo de 2020.
dependentes; ainda assim, de outras organizações, pro- Os infográficos podem,
esse tipo de investidor não porcionando segmentação e eventualmente, combinar
respondeu a uma série de personalização na apresen- dados do Censo com outras
perguntas relacionadas tação das informações. pesquisas e bases de dados
especificamente ao man- relevantes para discussão
tenedor empresarial. Base de Projetos: o Censo de cada tema.
GIFE 2018 também alimen-
A P R E S E N TAÇÃO tou a primeira versão da Relatórios de comparação:
D E R E S U LTA D O S Base de Projetos, ferramen- relatórios individuais para
ta digital de acesso público cada um dos respondentes,
Além desta publicação, que disponibiliza informa- apresentando suas respos-
composta pela análise geral ções e dados sobre projetos tas em uma perspectiva
dos resultados, os dados e programas de investidores comparada com o resultado
da pesquisa originam, ainda, sociais em forma de listas, geral e com setores/ tipos
outros produtos, detalhados tabelas e gráficos, além de de investidores específicos.
a seguir. apresentar as iniciativas Esse produto tem por obje-
mapeadas pelo território tivo fornecer a cada respon-
Plataforma de dados: a nacional e detalhadas em dente um panorama de como
partir desta edição, o Censo um em um perfil específico ele se encontra em relação
tem uma plataforma on-line de cada projeto ou progra- aos demais e, assim, poder
que permite acesso não só ma. A Base de Projetos, que contribuir para a definição
às leituras de dados conti- também está hospedada de estratégias organizacio-
das nesta publicação, em no portal Mosaico, busca nais e de investimento. Para
formato digital, mas também facilitar parcerias, conexões garantir a confidencialidade
aos resultados das per- e coinvestimentos entre dos dados, cada relatório
guntas originais do Censo, investidores sociais, auxiliar é enviado apenas para os
permitindo cruzamentos as organizações em seus respectivos respondentes.
a partir dos dados brutos processos de tomada de
agregados. Essa plataforma decisão e dar visibilidade a
está hospedada no Mosaico suas ações e a cases
– portal de dados do inves- do campo.
timento social criado para

176 CENSO GIFE 2018


L I S TA D E S I G L AS CRIC – Certificado de OS – Organização social
Reconhecimento de
API – Application OSC – Organização da
Instituição Cultural
programming interface sociedade civil
FNCA – Fundo Nacional para
BISC – Benchmarking do OSCIP – Organização
a Criança e o Adolescente
investimento social corporativo da sociedade civil de
GRI – Global Reporting Initiative interesse público
BNDES – Banco Nacional
de Desenvolvimento IPCA – Índice Nacional de PF – Pessoa física
Econômico e Social Preços ao Consumidor Amplo
PJ – Pessoa jurídica
ISE – Índice de Sustentabilidade
CEBAS Assistência – Certificado PLR – Participação nos
Empresarial
de Entidade Beneficente lucros e resultados
de Assistência Social ISP – Investimento/
pp – Ponto percentual
investidor social privado
CEBAS Educação –
Pronas – Programa Nacional
Certificado de Entidade ITCMD – Imposto sobre
de Apoio à Atenção da Saúde
Beneficente de Educação Transmissão Causa
da Pessoa com Deficiência
Mortis e Doação
CEBAS Saúde – Certificado de Pronon – Programa Nacional de
Entidade Beneficente de Saúde LGBTI+ – População lésbica,
Apoio à Atenção Oncológica
gay, bissexual, travesti,
CENTS – Cadastro Único transexual, intersexual e outras RH – Recursos humanos
das Entidades Parceiras orientações sexuais, identidades
do Terceiro Setor TAC – Termo de ajustamento
e expressões de gênero
de conduta
CEO – Chief executive officer MROSC – Marco Regulatório das
TI – Tecnologia da informação
Organizações da Sociedade Civil
CREPDH – Certificado de
Reconhecimento de Entidade ODS – Objetivos de
Promotora dos Direitos Humanos Desenvolvimento Sustentável

L I S TA D E G RÁ F I C O S Gráfico 6: Organizações por Gráfico 4: Investimento total


forma jurídica . . . . . . . . . . . . 13 por tipo de investidor
(2017 e 2018) . . . . . . . . . . . 21
Gráfico 7: Institutos e fundações
Introdução por tipo de título, registro e Gráfico 5: Organizações por ex-
Gráfico 1: Associados GIFE certificado . . . . . . . . . . . . . . 13 pectativa de variação de volume
e respondentes do Censo de investimento no ano seguinte
(1995 a 2019) . . . . . . . . . . . . 8 (2017 e 2019) . . . . . . . . . . . 22
Capítulo 1
Gráfico 2: Organizações por tipo Gráfico 6: Organizações por valor
Gráfico 1: Evolução do investi-
de investidor . . . . . . . . . . . . . 9 total investido . . . . . . . . . . . 22
mento total (2008 a 2018) . . . 19
Gráfico 3: Associados e respon- Gráfico 7: Organizações por faixa
Gráfico 2: Investimento total,
dentes por tipo de investidor de volume de investimento e tipo
considerada a amostra de 71
(2008 e 2019) . . . . . . . . . . . 10 de investidor . . . . . . . . . . . . 23
organizações que responderam
Gráfico 4: Média de idade das de 2014 a 2018 . . . . . . . . . . 19 Gráfico 8: Organizações por tipos
organizações em anos . . . . . . 10 de fontes de recurso utilizadas
Gráfico 3: Organizações por
(2016 e 2018) . . . . . . . . . . . 25
Gráfico 5: OSC brasileiras e variação no total investido
respondentes por ano de (2017 e 2018) . . . . . . . . . . . 20 Gráfico 9: Investimento total
constituição . . . . . . . . . . . . 12 por fontes de recursos . . . . . . 26

Apêndices 177
Gráfico 10: Organizações que Gráfico 21: Proporção de Gráfico 11: Proporção de recur-
contam apenas com fontes de investimentos por meio de leis de sos repassados a OSC por tipo de
recursos próprias incentivo de esfera estadual no investidor . . . . . . . . . . . . . . 54
(2016 e 2018) . . . . . . . . . . . 28 investimento incentivado total
Gráfico 12: Proporção de recur-
(2016 e 2018) . . . . . . . . . . . 37
Gráfico 11: Organizações por sos repassados a OSC via novos
estratégias de captação de Gráfico 22: Proporção de mecanismos ou serviços finan-
recursos . . . . . . . . . . . . . . . 29 investimentos por meio de leis de ceiros para o campo social . . . 54
incentivo de esfera municipal no
Gráfico 12: Organizações por ins- Gráfico 13: Organizações por
investimento incentivado total
tâncias de definição nas empre- critérios utilizados para selecio-
(2016 e 2018) . . . . . . . . . . . 37
sas mantenedoras sobre o desti- nar OSC apoiadas . . . . . . . . . 56
no de recursos para investimento
Gráfico 14: Organizações por
social (2016 e 2018) . . . . . . . 31 Capítulo 2 dois principais motivos para
Gráfico 13: Organizações por Gráfico 1: Organizações por apoiar OSC (2014,
critério principal adotado pelas estratégias de atuação 2016 e 2018) . . . . . . . . . . . . 57
empresas mantenedoras para (2016 e 2018) . . . . . . . . . . . 42
Gráfico 15: Organizações por
destinação de recursos . . . . . 32
Gráfico 2: Projetos ou programas duas principais dificuldades para
Gráfico 14: Proporção de inves- por forma de operação e tipo de apoiar OSC . . . . . . . . . . . . . . 59
timentos por meio de incentivos investidor . . . . . . . . . . . . . . 44
Gráfico 16: Organizações por
fiscais no investimento total
Gráfico 3: Investimento total dois principais motivos para
(2014, 2016 e 2018) . . . . . . . 33
por tipo de despesa orçamentária não apoiar OSC . . . . . . . . . . . 61
Gráfico 15: Organizações por (2011, 2014, 2016
uso de incentivos fiscais e 2018) . . . . . . . . . . . . . . . . 45 Capítulo 3
(2014, 2016 e 2018) . . . . . . . 34
Gráfico 4: Investimento total por Gráfico 1: Institutos e fundações
Gráfico 16: Organizações por uso tipo de despesa orçamentária por existência de conselho
de incentivos fiscais e tipo de e tipo de investidor . . . . . . . . 47 deliberativo e tipo de
investidor . . . . . . . . . . . . . . 34 investidor . . . . . . . . . . . . . . 64
Gráfico 5: Organizações por
Gráfico 17: Proporção de inves- forma de atuação (2011, 2014, Gráfico 2: Institutos e fundações
timentos por meio de incentivos 2016 e 2018) . . . . . . . . . . . . 49 por composição do conselho
fiscais no investimento total deliberativo e tipo de
por tipo de investidor . . . . . . . 35 Gráfico 6: Organizações por investidor . . . . . . . . . . . . . . 66
forma de atuação e tipo de
Gráfico 18: Organizações investidor (2016 e 2018) . . . . 49 Gráfico 3: Institutos e funda-
que usam incentivo fiscal por ções por presença exclusiva de
proporção dos recursos incenti- Gráfico 7: Organizações por homens no conselho deliberativo
vados no volume de investimento recursos repassados a projetos e tipo de investidor
total . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 próprios e de terceiros e por (2016 e 2018) . . . . . . . . . . . 67
tipo de investidor . . . . . . . . . 50
Gráfico 19: Organizações por Gráfico 4: Proporção de con-
quantidade de leis de incentivo Gráfico 8: Organizações por selheiros(as) por gênero nos
fiscal adotadas e tipo de tipos de terceiros para os quais conselhos deliberativos
investidor . . . . . . . . . . . . . . 36 repassam recursos (2016 e (2016 e 2018) . . . . . . . . . . . 67
2018) . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Gráfico 20: Proporção de Gráfico 5: Institutos e funda-
investimentos por meio de leis Gráfico 9: Organizações por ções por composição racial do
de incentivo de esfera federal no intenção de repasse de recursos conselho deliberativo (2016 e
investimento incentivado total a OSC (2016 e 2018) . . . . . . . 52 2018) . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
(2016 e 2018) . . . . . . . . . . . 37 Gráfico 10: Organizações que Gráfico 6: Institutos e fundações
apoiam OSC pela quantidade de por detalhamento da composição
OSC para as quais repassam re- racial do conselho deliberativo
cursos e tipo de investidor . . . 53 (2016 e 2018) . . . . . . . . . . . 68

178 CENSO GIFE 2018


Gráfico 7: Organizações por Gráfico 20: Organizações por Gráfico 2: Organizações por reali-
participação de stakeholders pautas relativas ao alinhamen- zação de avaliação institucional e
nas instâncias de tomada de to entre o ISP e o negócio das de projetos ou programas . . . . 96
decisão . . . . . . . . . . . . . . . . 69 empresas mantenedoras . . . . 79
Gráfico 3: Organizações por ava-
Gráfico 8: Organizações por Gráfico 21: Organizações por liação de projetos ou programas e
práticas e políticas de controle influência no ISP não voluntário faixa de investimento . . . . . . 97
financeiro e uso de dados (2016 realizado pelas empresas mante-
Gráfico 4: Organizações por tipo
e 2018) . . . . . . . . . . . . . . . . 70 nedoras . . . . . . . . . . . . . . . . 81
de objetivo de avaliações de
Gráfico 9: Organizações por Gráfico 22: Organizações por projetos ou programas . . . . . . 99
número de funcionários e práticas de gestão de risco . . . 83
Gráfico 5: Organizações por
tipo de investidor . . . . . . . . . 73
Gráfico 23: Organizações por critérios para decidir avaliar um
Gráfico 10: Proporção de cola- envolvimento nas práticas de projeto ou programa
boradores por gênero e tipo de gestão de riscos nas empresas (2016 e 2018) . . . . . . . . . . 101
investidor . . . . . . . . . . . . . . 74 mantenedoras . . . . . . . . . . . 84
Gráfico 6: Organizações por prin-
Gráfico 11: Organizações por po- Gráfico 24: Organizações por cipais critérios para decidir avaliar
lítica de promoção da diversidade práticas de gerenciamento um projeto ou programa e
e inclusão (2019) . . . . . . . . . 75 de crises . . . . . . . . . . . . . . . 84 tipo de investidor . . . . . . . . 102
Gráfico 12: Organizações por Gráfico 25: Organizações por Gráfico 7: Organizações por bar-
metas ou cotas para contra- envolvimento no gerenciamento reiras identificadas para avaliar
tação de públicos específicos de crises das empresas mante- projetos ou programas . . . . . 103
(2019) . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 nedoras . . . . . . . . . . . . . . . . 85
Gráfico 8: Organizações por tipo
Gráfico 13: Organizações por Gráfico 26: Organizações por de prática e política de avaliação
iniciativas de formação em tipos de crises originadas de sua de projetos ou programas . . . 104
temas de diversidade e atuação e das empresas
Gráfico 9: Organizações por tipo
inclusão (2019) . . . . . . . . . . 75 mantenedoras nos últimos
de prática e política de avaliação
três anos . . . . . . . . . . . . . . . 86
Gráfico 14: Organizações por ini- de projetos ou programas
ciativas de capacitação de seus Gráfico 27: Organizações por e faixa de investimento . . . . 105
colaboradores (2019) . . . . . . 76 percepção do ambiente de atua-
Gráfico 10: Organizações por
ção nos últimos dois anos . . . 87
Gráfico 15: Organizações por estrutura para monitorar e avaliar
programa próprio de remuneração Gráfico 28: Organizações por projetos ou programas . . . . . 107
variável (2019) . . . . . . . . . . . 76 consideração do ambiente de
Gráfico 11: Organizações por
atuação no planejamento de
Gráfico 16: Organizações com estrutura desagrupada para
suas ações . . . . . . . . . . . . . 88
programa próprio de remunera- monitorar e avaliar projetos ou
ção variável por abrangência do Gráfico 29: Organizações por programas . . . . . . . . . . . . . 108
programa (2019) . . . . . . . . . . 77 envolvimento com diferentes
Gráfico 12: Organizações por
agendas de sustentabilidade
Gráfico 17: Organizações com área ou equipe responsável pela
das OSC . . . . . . . . . . . . . . . . 89
programa próprio de remuneração coleta de informações de
variável por critério para paga- Gráfico 30: Organizações por monitoramento . . . . . . . . . . 109
mento (2019) . . . . . . . . . . . . 77 entraves jurídicos e tributários
Gráfico 13: Organizações por
enfrentados em sua estratégia,
Gráfico 18: Organizações com objetivos de comunicação
planejamento e operação . . . . 90
programa próprio de remuneração (2016 e 2018) . . . . . . . . . . 111
variável por forma de pagamento
Gráfico 14: Organizações por
(2019) . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 Capítulo 4 objetivos de comunicação indi-
Gráfico 19: Organizações por Gráfico 1: Projetos ou programas cados como prioritários e tipo de
percepção de alinhamento entre mais representativos por proces- investidor . . . . . . . . . . . . . 112
ISP e o negócio das empresas sos de reflexão e sistematização
Gráfico 15: Organizações por es-
mantenedoras nos últimos de dados . . . . . . . . . . . . . . . 94
tratégias de comunicação . . 113
dois anos . . . . . . . . . . . . . . . 78

Apêndices 179
Gráfico 16: Organizações por Gráfico 5: Organizações que não Gráfico 17: Organizações por
públicos almejados pela comuni- atuam em redes ou grupos formas de envolvimento com o
cação (2016 e 2018) . . . . . . 114 por principal motivo . . . . . . . 127 tema de negócios de impacto
social . . . . . . . . . . . . . . . . 143
Gráfico 17: Organizações por Gráfico 6: Organizações por tipos
meios ou canais de comunicação de parcerias estabelecidas nos Gráfico 18: Organizações por
utilizados (2016 e 2018) . . . 115 três projetos ou programas tipo de relação com o tema
mais representativos . . . . . . 128 de negócios de impacto
Gráfico 18: Organizações por
social . . . . . . . . . . . . . . . . 144
estrutura de comunicação exis- Gráfico 7: Organizações por
tente (2016 e 2018) . . . . . . 116 realização de coinvestimento Gráfico 19: Organizações por
(2014, 2016 e 2018) . . . . . . 129 principal desafio para atuar com
Gráfico 19: Organizações por
o tema de negócios de impacto
estrutura de comunicação exis- Gráfico 8: Organizações por
social . . . . . . . . . . . . . . . . 145
tente e tipo de investidor . . . 116 tipo de coinvestimento . . . . 130
Gráfico 20: Organizações por Gráfico 9: Organizações por tipo
práticas inovadoras incorporadas de estratégia de aproximação Capítulo 6
na atuação . . . . . . . . . . . . . 117 com políticas públicas . . . . . 133 Gráfico 1: Organizações por
Gráfico 21: Organizações por Gráfico 10: Organizações por im- quantidade de projetos ou progra-
práticas inovadoras incorporadas portância de características para mas e tipo de investidor . . . . 150
na gestão . . . . . . . . . . . . . . 118 que a aproximação com políticas Gráfico 2: Organizações por
públicas seja benéfica . . . . . 136 quantidade de projetos ou progra-
Gráfico 22: Organizações que
incorporam práticas inovadoras Gráfico 11: Organizações por mas e forma de atuação . . . . 151
por utilização de recursos duas principais dificuldades na Gráfico 3: Organizações por
tecnológicos . . . . . . . . . . . 119 aproximação com políticas áreas temáticas específicas
públicas . . . . . . . . . . . . . . . 137 indicadas nos projetos ou
Gráfico 23: Organizações por
presença de visão de escala para Gráfico 12: Organizações que programas . . . . . . . . . . . . . 155
maioria dos projetos ou não adotam estratégias de Gráfico 4: Organizações por
programas . . . . . . . . . . . . . 120 aproximação com políticas perfil de público específico
públicas por dois principais indicado nos projetos ou
Gráfico 24: Organizações por
motivos . . . . . . . . . . . . . . . 138 programas . . . . . . . . . . . . . 156
presença de visão de escala des-
de o planejamento e elaboração Gráfico 13: Volume de recursos Gráfico 5: Organizações por
do projeto ou programa e aportados no tema de negócios territórios específicos
tipo de investidor . . . . . . . . 121 de impacto social indicados nos projetos ou
(2017 e 2018) . . . . . . . . . . 139 programas . . . . . . . . . . . . . 158
Capítulo 5 Gráfico 14: Organizações por Gráfico 6: Organizações por
Gráfico 1: Organizações por volume de recursos para o tema quantidade de estratégias ado-
forma de participação em de negócios de impacto social tadas nos projetos ou programas
redes ou grupos . . . . . . . . . 125 em relação ao investimento mais representativos por tipo
total . . . . . . . . . . . . . . . . . 141 de investidor . . . . . . . . . . . 159
Gráfico 2: Organizações por
participação em redes ou grupos Gráfico 15: Organizações por Gráfico 7: Organizações por
e tipo de investidor . . . . . . . 125 envolvimento com o tema de tipos de estratégias adotadas
impacto social e tipo de para projetos ou programas mais
Gráfico 3: Organizações por investidor . . . . . . . . . . . . . 142 representativos . . . . . . . . . 160
forma de participação em redes
ou grupos e tipo de Gráfico 16: Proporção do volume Gráfico 8: Organizações por
investidor . . . . . . . . . . . . . 126 de recursos para o tema de negó- subáreas dos projetos ou
cios de impacto social por tipo de programas mais representativos
Gráfico 4: Organizações por investidor . . . . . . . . . . . . . 142 relacionadas à educação . . . 161
atributos valorizados na
participação em redes
ou grupos . . . . . . . . . . . . . . 127

180 CENSO GIFE 2018


Gráfico 9: Organizações por L I S TA D E TA B E L AS
subáreas dos projetos ou Capítulo 3
programas mais representativos Tabela 1: Organizações por
relacionadas ao trabalho, empre- Introdução divulgação de informações
endedorismo e geração e tipo de público . . . . . . . . . . 71
de renda . . . . . . . . . . . . . . 162 Tabela 1: Organizações por tipo
de título, registro e certificado
Gráfico 10: Organizações e por tipo de investidor . . . . . . 14 Capítulo 5
por subáreas dos projetos ou
programas mais representativos Tabela 1: Organizações por tipo
relacionadas à defesa de Capítulo 1 de coinvestimento e tipo de
direitos, cultura de paz e investidor . . . . . . . . . . . . . 131
Tabela 1: Orçamento total
democracia . . . . . . . . . . . . 163
empenhado por Ministério Tabela 2: Organizações por tipo
Gráfico 11: Organizações (2018) . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 de estratégia de aproximação
por subáreas dos projetos ou com políticas públicas e por
Tabela 2: Investimento médio e
programas mais representativos esfera da federação . . . . . . 135
mediana por tipo de investidor
relacionadas ao ambiente natural
(2018) . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
e à sustentabilidade . . . . . . 164 Capítulo 6
Tabela 3: Investimento total
Gráfico 12: Organizações Tabela 1: Organizações por áreas
por fontes de recursos e tipo de
por subáreas dos projetos ou temáticas de atuação (indepen-
investidor (2018) . . . . . . . . . 27
programas mais representativos dente de projetos ou programas
relacionadas ao ambiente urbano Tabela 4: Organizações por estra- indicados) . . . . . . . . . . . . . 149
e à sustentabilidade . . . . . . 165 tégias de captação e tipo
de investidor . . . . . . . . . . . . 30
Gráfico 13: Organizações por L I S TA D E Q UA D RO S
beneficiários dos projetos ou Tabela 5: Proporção de inves-
programas mais representativos timento por esfera de leis de Capítulo 6
e tipo de investidor . . . . . . . 167 incentivo em relação ao investi-
Quadro 1: Abordagem tridimen-
mento incentivado total
Gráfico 14: Organizações por sional do foco dos projetos ou
(2016 e 2018) . . . . . . . . . . . 36
incorporação dos ODS em sua programas em operação . . . . 152
estratégia de atuação e tipo de
investidor . . . . . . . . . . . . . 169 Capítulo 2 Quadro 2: Abordagem tridimen-
sional do foco dos projetos ou
Gráfico 15: Organizações por Tabela 1: Organizações por estra-
programas em operação por
ODS relacionados com a atuação tégias de atuação e tipo
foco prioritário ou
da organização . . . . . . . . . . 170 de investidor . . . . . . . . . . . . 43
complementar . . . . . . . . . . 153

L I S TA D E M A PAS

Capítulo 6
Mapa 1: Projetos ou
programas por abrangência
territorial . . . . . . . . . . . . . . 166

Apêndices 181
L I S TA D E Fundação Cargill* Fundação Vale*
ASSOCIADOS GIFE Fundação CSN* Fundação Via Varejo*
(AGOSTO 2019) E Fundação Demócrito Rocha* Fundação Victor Civita
RESPONDENTES DO
Fundação Dom Cabral* Fundação Volkswagen*
CENSO GIFE 2018
Fundação Educar DPaschoal* Furnas*
Os asteriscos correspon-
Fundação Espaço ECO* Gerdau*
dem às organizações que
Fundação FEAC* Grupo Fleury
responderam ao Censo
GIFE 2018. Fundação Fernando Henrique Insper*
Cardoso* Inspirare
Accenture*
Fundação Ford* Instituto 3M*
Aegea Saneamento e
Participações S.A.* Fundação Grupo Boticário* Instituto ABCD*
Alana* Fundação Iochpe* Instituto Alair Martins - IAMAR*
Aldeias Infantis SOS Brasil* Fundação John Deere* Instituto Alcoa*
Associação CitiEsperança Fundação José Luiz Egydio Instituto Algar*
Setubal*
Associação Samaritano* Instituto Aon*
Fundação José Silveira
B3 Social* Instituto Arapyaú*
Fundação Lamb Watchers*
Banco Bradesco* Instituto Arcor Brasil
Fundação Lemann*
Banco J.P. Morgan* Movimento Arredondar*
Fundação Maria Cecilia Souto
Bank of America Merrill Lynch Instituto Avon*
Vidigal*
ChildFund Brasil - Fundo para Instituto Ayrton Senna*
Fundação Maurício Sirotsky
Crianças*
Sobrinho Instituto Beatriz e Lauro Fiuza*
Childhood Brasil*
Fundação Nestlé Brasil* Instituto Betty e Jacob Lafer *
FTD Educação
Fundação Odebrecht* Instituto BRB*
Fundação Affonso Brandão
Fundação Otacílio Coser* Instituto BRF*
Hennel*
Fundação Projeto Pescar* Instituto C&A*
Fundação Alphaville*
Fundação Raízen* Instituto Camargo Corrêa
Fundação Amazonas
Sustentável* Fundação Renova Instituto CCR*
Fundação André e Lucia Maggi* Fundação Roberto Marinho* Instituto Center Norte*
Fundação Aperam Acesita* Fundação Romi* Instituto Clima e Sociedade*
Fundação ArcelorMittal Brasil* Fundação Semear Instituto Coca-Cola Brasil*
Fundação Arymax* Fundação SM Instituto Conceição Moura*
Fundação Avina* Fundação Stickel* Instituto Cooperforte*
Fundação Banco do Brasil* Fundação Telefônica Vivo* Instituto CPFL*
Fundação Bradesco* Fundação Tide Setubal* Instituto Criança é Vida*
Fundação Bunge* Fundação Toyota do Brasil* Instituto Cultural Usiminas

182 CENSO GIFE 2018


Instituto Cyrela* Instituto Julio Simões Itaú Unibanco*
Instituto de Cidadania Instituto LafargeHolcim* Mattos Filho Advogados*
Empresarial*
Instituto Lina Galvani* Microsoft
Instituto Desiderata*
Instituto Lojas Renner Monsanto
Instituto Diageo
Instituto Natura* Oi Futuro*
Instituto Ecofuturo*
Instituto Neoenergia* Open Society Foundations
Instituto EDP*
Instituto NET Claro Embratel* Pinheiro Neto Advogados*
Instituto Embraer*
Instituto Paulo Montenegro* Raiadrogasil S.A.*
Instituto Estre*
Instituto Península* Roche*
Instituto Eurofarma*
Instituto Positivo* Santander*
Instituto GPA*
Instituto Purunã Serasa Experian*
Instituto Grupo Boticário*
Instituto Queiroz Jereissati* SITAWI Finanças do Bem*
Instituto Grupo BIG
Instituto Sabin* Sociedade Brasileira de Cultura
Instituto Humanize* Inglesa*
Instituto Samuel Klein*
Instituto Ibirapitanga* TIM Brasil*
Instituto SEB de Educação
Instituto Iguá de TV Globo*
Instituto Serrapilheira*
Sustentabilidade
United Way Brasil
Instituto Souza Cruz*
Instituto InterCement*
A Beneficência Portuguesa de
Instituto Triunfo*
Instituto International Paper* São Paulo*
Instituto Unibanco*
Instituto Invepar* Instituto Paulo Gontijo*
Instituto Vedacit*
Instituto Itaú Cultural* Instituto República*
Instituto Votorantim*
Instituto Jama Instituto Sicoob*
Instituto Yamana*
Instituto Jatobás* Instituto Verdescola*
ISA CTEEP*
Instituto JCPM de Compromisso
Social* Itaú Social*
Instituto João e Maria
Backheuser *

Apêndices 183
Esta publicação foi composta
nas tipografias Cooper Hewitt e
Monoton e impressa em papel
Supremo 250 g/m² e Couchê
fosco 115 g/m² em novembro
de 2019.
RE A LI ZAÇÃO :

PARCE RI A :

CONHECIMENTO
SOCIAL

A POI O:

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