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ADMINISTRAÇÃO

Anderson Barbosa
Daiane Silva
Michelle Velame
Ananda Assunção

APO DE CONTABILIDADE II

SALVADOR - BA
2011
ADMINISTRAÇÃO

Anderson Barbosa,
Daiane Silva,
Michelle Velame,
Ananda Assunção,

APO DE CONTABILIDADE II

Trabalho apresentado para avaliação


parcial da disciplina de Contabilidade II. Da
Faculdade Castro Alves, ministrado pelo (a)
professor (a) Ana Gabriela, turno noturno do
curso de Administração.

SALVADOR
2011
SÚMARIO

1 INTRODUÇÃO 4
2 ORÇAMENTO 5
2.1 Objetivo
2.2 Finalidades
3 CLASSIFIÇÃO DOS ORÇAMENTOS 6
3.1 Orçamentos parciais
3.2 Orçamentos gerais
4 TIPOS DE ORÇAMENTO 7
5 ORÇAMENTO PUBLICO 8
5.1 Natureza Jurídica
5.2 Definição 9
5.3 Espécies de orçamento
5.4 Princípios Orçamentários 11
6 ORÇAMENTO EMPRESARIAL 12
7 A IMPORTANCIA DO ORÇAMENTO EM UM PROJETO DE PESQUISA
14
8 ORÇAMENTO DO PROJETO DE PESQUISA DA DISCIPLINA DE PI,
BASEADO NA DEMONSTRAÇÃO DO CUSTEIO VARIAVEL. 15

9 CONCLUSÃO 16
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
1. INTRODUÇÃO

O trabalho tem como propósito geral analisar a utilização do sistema de Orçamento


em um projeto de pesquisa. Procurando discutir os principais itens que compõem as gestões
orçamentárias, utilizando-se dos conceitos de elaboração do orçamento.

O objetivo especifico do trabalho é correlacionar a importância do orçamento para a


gestão empresarial, colocando em prática os conhecimentos adquiridos, com o
levantamento de informações que contribuam para a nossa formação como futuros
administradores, no qual foram utilizados como principal fonte de pesquisa o livro “
Contabilidade Gerencial” de Ray H. Garryson.

A pesquisa iniciou-se na primeira semana de Abril estendendo-se até a segunda


semana do mês em curso.

Este trabalho está estruturado em 9 capítulos. O capítulo 1 apresenta aspectos


preliminares do trabalho, bem como a apresentação do tema e sua respectiva
importância. O Capitulo 2 Conceitua orçamento, esclarecendo os objetivos e
finalidades. O Capítulo 3 fala sobre a classificação dos orçamentos, segundo Hilário
Franco (1996). O Capitulo 4 distingue os tipos de orçamento . O Capitulo 5 Define o
Orçamento Publico. O Capitulo 6 define o Orçamento Empresarial. O capítulo 7
questiona a importância do orçamento para a efetivação de um projeto de pesquisa. O
capitulo 8 apresenta o orçamento do projeto de pesquisa com base no custeio variável.
O capitulo 9 apresenta as conclusões e recomendações finais deste trabalho. E por final
são citadas as referências Bibliográficas.

O trabalho foi orientado pelo (a) professor (a) Ana Gabriela, ministrador (a) da
disciplina de Contabilidade II.
2. ORÇAMENTO

Pode-se citar uma definição clássica para o orçamento.

“Orçamento: é o ato ou efeito de orçar; avaliação, cálculo, cômputo. Cálculo da receita


e da despesa. Cálculo dos gastos para realização de uma obra.” (Aurélio)

Assim pode-se definir orçamento como um ato de previsão da gestão


econômico-administrativa de determinado exercício. É uma peça de grande importância
na orientação administrativa, pois a previsão é feita com base nos resultados da gestão
de exercícios anteriores e serve como norma de ação para exercícios futuros. O
orçamento, diferentemente do Balanço Patrimonial, não representa fenômenos ou
situações já ocorridos, mas uma previsão daquilo que deverá ocorrer em exercícios
futuros, como resultado de um plano de ação administrativa.

Sendo assim fica clara a importância do orçamento para a previsão e definição


dos objetivos e metas financeiras para um determinado período futuro, além de ser
também, um importante elemento de controle e apuração de resultados.

2.1 Objetivo

Apresentar e discutir a importância da aplicação de orçamentos como


instrumentos em processos, não apenas como componentes de um sistema que envolve
o planejamento global dos negócios, mas também como peça de destaque no exercício
do controle e da avaliação do desempenho alcançada pelas operações realizadas
constituindo-se em uma ferramenta indispensável para sustentar o processo de tomadas
de decisões.

2.2 Finalidades

Estabelecer metas especifica nas atividades de venda, produção, distribuição e


financeira, abrangendo os planos da administração para o futuro e a maneira como esses
planos serão realizados. O controle do orçamento tem a finalidade de, a qualquer
momento, demonstrar a situação da empresa frente ao seu planejamento, mostrando
claramente se os objetivos estão e estarão sendo alcançados.
3. CLASSIFICAÇÃO DOS ORÇAMENTOS

O Orçamento, além de ser uma ferramenta de previsão e de apuração de


resultados, é também um elemento de controle, onde os administradores deverão pautar
as suas ações pelo limites do orçamento.

Para a empresa alcançar os resultados delineados no orçamento, é preciso que


durante a efetivação do plano, haja uma sustentação de que o mesmo vem sendo
cumprido, comparando-se os dados obtidos com os valores orçados, apurando-se
desvios, que poderão estar fora de certas faixas de tolerância, caso em que suas causas
serão pesquisadas. Se o plano estava errado, o controle terá servido de aprendizado para
melhores planejamentos futuros e se o plano estivesse correto, deve-se avaliar os
desvios do planejamento com a sua realização, se os desvios forem opostos, deve-se
desenvolver um esforço para determinar ações que corrijam as anormalidades e lhes
minimizem os efeitos negativos, se os desvios forem favoráveis, a situação é revista
para eventualmente otimizá-la, ou rever os planos, desfrutando melhor dos recursos
gerados em excesso.

Segundo Hilário Franco (1996), em seu livro “Contabilidade Industrial”, os


orçamentos podem ser classificados, de acordo com a extensão da previsão a ser
realizada, em parciais e gerais sendo descritos da seguinte forma:

3.1 Orçamentos parciais

São destinados à antevisão de determinadas operações, tais como da ampliação


de um setor, a previsão de gastos com publicidade ou campanha de ampliação de
vendas, o orçamento de custo de determinado produto ou serviço, a previsão de capital
necessário ao incentivo da produção, entre outros;

3.2 Orçamentos gerais

Envolvem todas as operações a serem realizadas em determinado período


administrativo, com o fim de avaliar a extensão, as possibilidades, os limites e os
resultados da gestão no exercício financeiro.
4. TIPOS DE ORÇAMENTO

Todos os tipos de orçamento tem praticamente as mesmas finalidades e


objetivos, que é o planejamento econômico administrativo de um período futuro dentro
de uma organização, seja ela, sem fins lucrativos, governamental ou outros tipos de
organização.
Para simplificar os tipos de orçamento, Calderelli, (1992) em sua obra “Enciclopédia
Contábil e Comercial Brasileira” cita os tipos de orçamento de forma exemplificada.

Orçamento Administrativo ou Empresarial - É feito a priori e presume os fatos


administrativos de uma empresa ou entidade.

Orçamento Público - É uma tabela da despesa e da receita, com suas fontes e origem
legislativa. É uma previsão das possibilidades financeiras do Estado e ao mesmo tempo
uma autorização do Poder Legislativo, para que os impostos possam ser arrecadados e
as despesas efetuadas. Não se pode cobrar impostos ou efetuar despesas, sem que
estejam consignadas na lei orçamentária. O orçamento é, portanto, instrumento da
política financeira, destinado a orientar o poder público na execução do programa de
governo.

Orçamento de Câmbio - Designar a previsão dos recebimentos e pagamentos em


divisas, a serem realizados.

Orçamento Anual - Representação previsível da receita e despesa a serem realizados


durante um ano.

Orçamento Complementar - Visa a complementação de um fato patrimonial ou verba.

Orçamento de Aquisições - São cálculos para investimentos a serem realizados.

Orçamento de Custos - Previsão das despesas a serem realizadas para a execução da


tarefa produtiva.

Um orçamento operacional de uma empresa compõe-se de vários


suborçamentos, que para referenciá-los, os designaremos como orçamentos, sendo
alguns deles, orçamento de vendas, orçamento de despesas comerciais, orçamento de
matérias primas, etc.
5. ORÇAMENTO PÚBLICO

5.1 Natureza Jurídica

Hoje em posição dominante, o orçamento publico é considerado uma lei formal,


conforme decisão do Supremo Tribunal, este tipo de orçamento prevê as receitas
públicas e autoriza os gastos, não criando direitos subjetivos nem modificando as leis
tributárias e financeiras.

Sendo uma lei formal, a simples previsão de despesa na lei orçamentária anual
não cria direito subjetivo, não sendo possível se exigir, por via judicial, que uma
despesa específica prevista no orçamento seja realizada. Tendo como características:

• É uma lei formal – formalmente o orçamento é uma lei, mas, em vários casos ela não
obriga o Poder Público, que pode, por exemplo, deixar de realizar uma despesa
autorizada pelo legislativo. O orçamento é caracterizado como uma lei formal, pois
diversas vezes deixa de possuir uma característica essencial das leis: a coercibilidade.
• É uma lei temporária – a lei orçamentária tem vigência limitada de um ano.
• É uma lei ordinária – todas as leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) são leis
ordinárias. Os créditos suplementares e especiais também são aprovados como leis
ordinárias.
• É uma lei especial – possui processo legislativo diferenciado e trata de matéria
específica.

O Plano Plurianual (PPA) é a lei que define as prioridades do Governo pelo


período de 4 (quatro) anos. O projeto de lei do PPA deve ser enviado pelo Presidente da
República ao Congresso Nacional até o dia 31 de agosto do primeiro ano de seu
mandato (4 meses antes do encerramento da sessão legislativa). Devendo conter as
diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital
e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é a lei anterior à lei orçamentária, que


define as metas e prioridades em termos de programas a executar pelo Governo. O
projeto de lei da LDO deve ser enviado pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional
até o dia 15 de abril de cada ano (8 meses e meio antes do encerramento da sessão
legislativa). Devendo estabelecer as metas e prioridades para o exercício financeiro
subseqüente, orientando a elaboração do orçamento (Lei Orçamentária Anual), dispõe
sobre alterações na legislação tributária e estabelece a política de aplicação das agências
financeiras de fomento.
Com base na LDO aprovada a cada ano pelo Poder Legislativo, a Secretaria de
Orçamento Federal, órgão do Poder Executivo, consolida a proposta orçamentária de
todos os órgãos dos Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) para o ano seguinte no
Projeto de Lei encaminhado para discussão e votação no Congresso Nacional. Por
determinação constitucional, o Governo é obrigado a encaminhar o Projeto de Lei
Orçamentária Anual ao Congresso Nacional até o dia 31 de agosto de cada ano (4 meses
antes do encerramento da sessão legislativa). Acompanha o projeto uma Mensagem do
Presidente da República, na qual é feito um diagnóstico sobre a situação econômica do
país e suas perspectivas.

A Lei Orçamentária Anual (LOA) disciplina todos os programas e ações do


governo federal no exercício. Nenhuma despesa pública pode ser executada sem estar
consignada no orçamento. A Constituição determina que o orçamento deve ser votado e
aprovado até o final de cada Legislatura (15.12 de cada ano). Depois de aprovado, o
projeto é sancionado e publicado pelo Presidente da República, transformando-se na Lei
Orçamentária Anual.

Estima as receitas e autoriza as despesas do Governo de acordo com a previsão


de arrecadação. Se durante o exercício financeiro houver necessidade de realização de
despesas acima do limite que está previsto na Lei, o Poder Executivo submete ao
Congresso Nacional um novo projeto de lei solicitando crédito adicional.
Por outro lado, a necessidade de contenção dos gastos obriga o Poder Executivo
muitas vezes a editar Decretos com limites orçamentários e financeiros para o gasto,
abaixo dos limites autorizados pelo Congresso. São os intitulados Decretos de
Contingenciamento, que limitam as despesas abaixo dos limites aprovados na lei
orçamentária.

5.2 Definição

Segundo Aliomar Baleeiro, o orçamento público “é o ato pelo qual o Poder


Executivo prevê e o Poder Legislativo autoriza, por certo período de tempo, a execução
das despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados
pela política econômica ou geral do país, assim como a arrecadação das receitas já
criadas em lei”.

O orçamento é utilizado como instrumento de planejamento da ação


governamental, possuindo um aspecto dinâmico, ao contrário do orçamento tradicional
já superado, que possuía caráter eminentemente estático.

5.3 Espécies de orçamentos

Orçamento clássico ou tradicional - Era aquele onde constavam apenas a fixação da


despesa e a previsão da receita, sem nenhuma espécie de planejamento das ações do
governo. Era peça meramente contábil – financeira, um documento de previsão de
receita e de autorização de despesas.
Neste tipo de orçamento não havia preocupação com a realização dos programas
de trabalho do governo, preocupando-se apenas com as necessidades dos órgãos
públicos para realização das suas tarefas, sem se questionar sobre objetivos e metas.

Orçamento de desempenho ou por realizações - Uma evolução do orçamento


clássico, neste tipo de orçamento, o gestor começa a se preocupar com o resultado dos
gastos e não apenas com o gasto em si, ou seja, preocupa-se agora em saber “as coisas
que o governo faz e não as coisas que o governo compra”. Apesar de ser um passo
importante, o orçamento de desempenho ainda se encontra desvinculado de uma
planejamento central das ações do governo.

Orçamento- Programa - Foi introduzido no Brasil através da Lei 4320/64 e do decreto


– lei 200/67. O orçamento – programa pode ser entendido como um plano de trabalho,
um instrumento de planejamento da ação do governo, através da identificação dos seus
programas de trabalho, projetos e atividades, além dos estabelecimentos de objetivos e
metas a serem implementados, bem como a previsão dos custos relacionados.

A CF/88 implantou definitivamente o orçamento - programa no Brasil, ao estabelecer a


normatização da matéria orçamentária através do PPA, da LDO e da LOA, ficando
evidente o extremo zelo do constituinte para com o planejamento das ações do governo.

5.4 Princípios Orçamentários

Legalidade – É objeto de uma lei específica (Lei ordinária no Brasil), e como tal, deve
cumprir o rito legislativo próprio, com o cumprimento de todos os quesitos, inclusive
seu sancionamento e publicação pelo Presidente da República ou Congresso Nacional
Exclusividade – Só versa sobre matéria orçamentária, podendo conter autorização para
abertura de créditos suplementares e operações de crédito, ainda que por antecipação da
receita
Equilíbrio – As despesas autorizadas devem ser, sempre que possível, iguais às receitas
previstas. Não pode haver um desequilíbrio acentuado nos gastos.
Unidade – Só existe um orçamento para cada ente federativo (no Brasil, existe um
orçamento para a União, um para cada Estado e um para cada Município). Cada ente
deve possuir o seu orçamento, fundamentado em uma política orçamentária e
estruturado uniformemente. Não há múltiplos orçamentos em uma mesma esfera. O fato
do orçamento Geral da União possuir três peças, como o orçamento Fiscal, o orçamento
da Seguridade Social e o orçamento de Investimento não representa afronta ao princípio
da unidade, pois o orçamento é único, válido para os três Poderes. O que há é apenas
volumes diferentes segundo áreas de atuação do Governo.
Universalidade – Deve agregar todas as receitas e despesas de toda a administração
direta e indireta dos Poderes. A Lei orçamentária deve incorporar todas as receitas e
despesas, ou seja, nenhuma instituição pública que receba recursos orçamentários ou
gerencie recursos federais pode ficar de fora do orçamento.
Anualidade / Periodicidade – Cobre um período limitado. No Brasil, este período
corresponde ao ano ou exercício financeiro, de 01/01 a 31/12. O período estabelece um
limite de tempo para as estimativas de receita e fixação da despesa, ou seja, o orçamento
deve se realizar no exercício que corresponde ao próprio ano fiscal.
Especificação ou discriminação ou especialização – São vedadas autorizações
globais. As despesas devem ser especificadas no orçamento, no mínimo, por
modalidade de aplicação.
Publicidade – Deve ser sempre divulgado quando aprovado e transformado em lei. No
Brasil, o Orçamento Federal é publicado no Diário Oficial da União.
Orçamento-Bruto - A receita e despes, exceto os descontos constitucionais
(ex.transferências constitucion, devem aparecer no orçamento pelo valor total ou valor
bruto, sem deduções de nenhuma espécie.
Não-afetação ou não-vinculação – É vedada a vinculação dos impostos a órgão, fundo
ou despesa, exceto as próprias transferências constitucionais para manutenção e
desenvolvimento do ensino (FPE, FPM, etc). E as garantias às operações de crédito por
antecipação da receita.
Programação, tipicidade e atipicidade – Durante a fase de consolidação da proposta
de orçamento, geralmente se seguem determinadas classificações orçamentárias
existentes. Há uma tabela de classificação funcional de despesas, por exemplo, que
classifica a despesa em funções, subfunções, programas e ações. Há outra tabela de
classificação da despesa por fontes de recursos e outra por unidade orçamentária, por
exemplo. No processo de programação da despesa no orçamento, em primeiro lugar é
preciso identificar a função a que pertence a despesa, se é uma despesa classificável na
função Educação, Saúde, Ciência e Tecnologia, Transportes, ou qualquer outra.
A função é o nível mais elevado de agregação de despesas, representando quase que
uma área de atuação do Governo. As diferentes funções se dividem em subfunções, que,
por sua vez, comportam diferentes programas de Governo, compostos por ações
(projetos, atividades ou operações especiais) a realizar no exercício. Programar uma
despesa é classificar a despesa de maneira a ficar evidenciado onde será utilizado o
recurso em qual função, subfunção, programa ou ação do Governo. Porém, no processo
de programação, pode ocorrer de um programa não se vincular á sua respectiva
subfunção da tabela de classificação funcional. Ou uma subfunção não se vincular à sua
função típica, constante da tabela de classificação funcional. Nem sempre se programa a
despesa respeitando-se a classificação funcional existente nas tabelas orçamentárias.
Quando um programa é vinculado a uma subfunção que não aquela correspondente à da
tabela de classificação, dizemos que ocorreu atipicidade na programação da despesa, ou
seja, não há uma classificação típica. O mesmo acontece quando uma despesa
classificada no orçamento em uma subfunção está vinculada a outra função que não a
função correspondente, segundo a tabela de classificação orçamentária. A tabela de
classificação funcional da despesa por funções e subfunções está consignada no livro
“Manual Técnico de Orçamento” publicado pela Secretaria de Orçamento Federal do
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).
6. ORÇAMENTO EMPRESARIAL

O orçamento empresarial deve ser elaborado com vistas aos objetivos a médio e
longo prazo da empresa para que se possa ter tempo de implantá-lo, avaliar seu grau de
adequação as situações específicas de cada empresa e proceder aos ajustes que se
fizerem necessários para o seu correto funcionamento.

Segundo Passarelli & Bonfim (2003), o Orçamento é um valioso instrumento de


planejamento e controle das operações da empresa, qualquer que seja seu ramo de
atividade, natureza ou porte. Das grandes companhias multinacionais, até as mais
modestas, o orçamento pode ser utilizado, com as devidas adaptações, como ferramenta
para controle e avaliação de desempenho das atividades empresariais visando alcançar
seus objetivos.

Os orçamentos, tomados como partes de uma estrutura de controle gerencial,


promovem a discussão do planejamento da empresa de forma geral, contribuindo no
envolvimento de todos os responsáveis, nos objetivos e planos da empresa definidos
dentro de diretrizes já traçadas, bem como, melhorando a comunicação, coordenação e
integração das demais áreas da empresa.

A implantação de um orçamento tem como objetivo criar um instrumento de ação


gerencial, para que os responsáveis pelos departamentos se comprometam com metas de
receitas, a partir de fundamentos da realidade do mercado da empresa, e por
conseqüência com as despesas e investimentos necessários, autorizados e controlados
dentro dos limites do equilíbrio financeiro necessário

Horngren et al (1997:125), define a análise estratégica da seguinte forma:


A análise estratégica estuda como uma organização pode combinar melhor suas
próprias capacidades com as oportunidades de mercado, com vistas a alcançar seus
objetivos gerais. A análise estratégica faz considerações acerca de questões do tipo:
- Quais são os objetivos gerais da organização?
- Os mercados para os seus produtos são locais, regionais, nacionais ou globais? Quais
as tendências que afetarão seus mercados?
- Como a organização é afetada pela economia, sua indústria e competidores?
- Quais as formas de estruturas organizacional e financeira que melhor atendem à
organização?
- Quais são os riscos de estratégias alternativas e quais são os planos de contingência da
empresa se o plano principal falhar?

Segundo Passarelli & Bomfim, 2003, o controle orçamentário está pautado no


padrão orçamentário que “corresponde ao padrão preestabelecido, desenvolvido com o
propósito único e específico de vir a servir como padrão de julgamento de um período
futuro, ainda não iniciado”.

O controle do orçamento pode ser definido como um sistema de informação que


oferece ao gestor uma forma de comparar os desempenhos econômico-financeiros
obtidos no período com os objetivos planejados o que possibilita ao gestor manter o
controle sobre as atividades da empresa, bem como, dos recursos necessários para essas
atividades e sua correta aplicação.

Conforme Padoveze (2000,393):


[...] as técnicas orçamentárias são perfeitamente aplicáveis em qualquer economia, para
qualquer entidade, bastando apenas o entendimento dos efeitos decorrentes da inflação,
para que se construam sistemas de elaboração e acompanhamento de orçamentos tanto
em moeda corrente como em outra alternativa monetária.

O orçamento, também, pode ser usado como ferramenta de avaliação de


desempenho e ajudar a empresa a desenvolver um modelo focado nas principais
premissas, proporcionando informações no tempo necessário para o processo de tomada
de decisão e redução do tempo de avaliação. O processo de gestão da empresa, nas fases
de planejamento, execução e controle, requerem avaliações desses desempenhos, como
um requisito para o exercício do controle, que interage com as demais fases do
processo.
O orçamento empresarial fornece, também, mecanismos de controle das
atividades da empresa, expressando, em termos financeiros, os planejamentos táticos e
estratégicos da empresa, mensurando, ainda, o desempenho econômico e financeiro.
7. IMPORTANCIA DO ORÇAMENTO EM UM PROJETO DE PESQUISA

O orçamento é essencial para o planejamento de qualquer tipo de projeto que


tenha valores monetários envolvido. Neste caso o orçamento traz previsões dos
rendimentos e para que possa planejar os gastos com as despesas oriundas dos projetos,
tendo como resultado a idéia necessária dos gastos.
A elaboração do orçamento ajuda a assegurar que todos no projeto estão
trabalhando de forma conjunta, pois o orçamento tem a capacidade de transmitir os
planos para o projeto.
Os orçamentos definem as metas e objetivos que podem servir de níveis de
referência para a subsequente avaliação de desempenho, alem de incentivar o grupo a
planejar o futuro.
8. ORÇAMENTO DO PROJETO DE PESQUISA DA DISCIPLINA DE PI,
BASEADO NA DEMONSTRAÇÃO DO CUSTEIO VARIAVEL.

Projeto: Como o inserimento da TI (Tecnologia da informação) pode ajudar na


abrangência do Mercado de Varejo.

Despesas com impressão de fotocópia __________45,00

Despesas com matérias diversos (pesquisa) ______22,35

Gastos com pesquisas _______________________50,00

Custos com transporte _______________________60,00

TOTAL __________________________________177,35

CT=CV

CT=177,35

Cunitario=177,35 = 44,34

4 (nº. de integrantes da equipe)

______________________________________________________________________

DRE

Receita com vendas______________R$ 0,00

(-) CP variável de vendas__________R$ (0,00)

= Margem de contribuição_________R$ 0,00


(-) Custos fixos__________________R$ (177,35)

= Receita operacional_____________R$ -177,35

Apesar do saldo negativo analisado no DRE, é possível verificar um valor


razoável sobre os gastos da pesquisa, no qual o orçamento foi utilizado como base
para economia. O projeto de pesquisa tem como objetivo, apenas o aprendizado
dos alunos de administração, não tendo nenhum fim lucrativo nem intenções de
venda.

9. CONCLUSÃO

É possível analisar a importância do orçamento em um plano administrativo,


sendo ele de qualquer origem. A contribuição para a eficácia da estrutura organizacional
traz maior integração e coordenação entre os diversos setores, racionalizando
procedimentos administrativos, guiando a aplicação dos recursos disponíveis em
atividades que agregam valores contribuindo, dessa forma, para a conquista dos
objetivos gerais.

Ressalte-se que para o orçamento ser bem acompanhado, necessário se faz que
os dados sejam constantemente atualizados e comentados, exigindo, consequentemente,
mais esforço dos colaboradores.

Sendo assim, o orçamento como ferramenta de controle, se faz peça


fundamental para a retro alimentação do sistema, possibilitando ao administrador
financeiro tomar decisões alinhadas ao planejamento estratégico, sendo fundamental
para o sucesso destas decisões, o entendimento e o comprometimento de todos os
colaboradores.
REFERENCIAIS

GARRISON, Ray H. Contabilidade gerencial. Rio de janeiro: [s.n.], 2001.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio Básico da Língua


Portuguesa, Editora Nova Fronteira.

PADOVEZE, Clóvis L. Contabilidade Gerencial: um enfoque em sistema de


informação contábil. 3º edição, São Paulo: Atlas, 2000.

CALDERELLI, Antônio. Enciclopédia Contábil e Comercial Brasileira, São Paulo –


Cetec, Consultores e Editores Técnicos Ltda, 1992.

FRANCO, Hilário. Contabilidade Industrial, São Paulo – Editora Atlas, 1996.

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