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CARATERÍSTICAS DOS DH

Inalienabilidade: Não se pode atribuir dimensão pecuniária aos direitos humanos. A


inerência dos direitos humanos diz com a qualidade de pertencimento desses direitos
a todos os membros da espécie humana, sem qualquer distinção.

Historicidade: Como o próprio nome já nos diz, a presente característica está


relacionada ao aspecto histórico dos direitos humanos. Os direitos humanos são
considerados históricos por serem fruto das manifestações ocorridas ao longo do
tempo, e refletirem os dogmas sociais presentes em determinado momento da
história.

Imprescritibilidade: Implica o reconhecimento de que os direitos humanos não se


perdem pela passagem do tempo.

Indisponibilidade: trata-se da impossibilidade de se alienar ou dispor dos direitos


humanos.

ASPECTOS HISTÓRICOS

Bill of rights: Conforme Beltramelli, o Bill of Rights, pôs termo ao regime e monarquia
absoluta, segundo o qual todo poder emana do rei e em seu nome é exercido,
respresentando, ademais, a institucionalização da permanente separação dos poderes
no Estado, à qual se referiu elogiosamente à Montesquieu meio século depois

Constituição Mexicana de 1917: A Constituição mexicana de 1917 foi a primeira a


incluir um catálogo de direitos sociais.

Convenção de Genebra: A Convenção de Genebra é um conjunto de 4 convenções


realizadas entre 1864 a 1949 que trata de direitos humanitários, ou seja, direitos dos
envolvidos em litígios bélicos.

Constituição de Weimar: A constituição de Weimar, apesar de sua vigência exígua, até


a subida do nazismo, em 1933, assegurou grandes avanços à proteção dos Direitos
Humanos, tendo acrescido, de forma explícita os direitos sociais às liberdades
individuais.

A Declaração do bom povo da Virgínia: tem nítido condão civil e político, não pugna
por garantias sociais, mas sim por um absenteísmo estatal na vida privada.
FUNÇÕES DO DH

Função de Prestação Social: está associada aos direitos humanos cuja otimização
dependa de providência positivas do Estado: saúde, educação, etc.

Função da proteção perante terceiros: exige providências estatais voltadas à proteção


dos titulares de direitos humanos em face da violação perpetrada por terceiros.

Função de não discriminação: deriva da igualdade como pilar da salvaguarda da


dignidade da pessoa humana. Deve o Estado tratar seus cidadãos como iguais, em
todas as suas instâncias de atuação.

A função de defesa ou liberdade: é uma espécie de limitação da intervenção arbitrária


do Estado. Subdivide-se em:

a) objetiva: na acepção objetiva, os DH consubstanciam normas de competência


negativa, proibindo ingerências abusivas na esfera jurídica do indivíduo;

b) subjetiva: na perspectiva subjetiva, esses mesmos direitos armam o indivíduo


de pretensão exigível no sentido de que o Estado se omita em relação à
intervenção afrontosa à dignidade da pessoa humana.

CONVENÇÃO CONTRA A TORTURA

Artigo 2º §1. Cada Estado tomará medidas eficazes de caráter legislativo,


administrativo, judicial ou de outra natureza, a fim de impedir a prática de atos de
tortura em qualquer território sob sua jurisdição.

Artigo 2º §2 Em nenhum caso poderão invocar-se circunstâncias excepcionais, como


ameaça ou estado de guerra, instabilidade política interna ou qualquer outra
emergência pública, como justificação para a tortura. (EM NENHUM CASO, NÃO HÁ
EXCEÇÃO PARA A ADMISSÃO DA TORTURA)

Artigo 4º §1. Cada Estado Membro assegurará que todos os atos de tortura sejam
considerados crimes segundo a sua legislação penal. O mesmo aplicar-se-á à
tentativa de tortura e a todo ato de qualquer pessoa que constitua cumplicidade ou
participação na tortura.
Artigo 3º §1. Nenhum Estado Membros procederá à expulsão, devolução ou
extradição de uma pessoa para outro Estado, quando houver razões substanciais
para crer que a mesma corre perigo de ali ser submetida a tortura.

 Não se considerará como tortura as dores ou sofrimentos que sejam


conseqüência unicamente de sanções legítimas aplicadas pelos Estados, ou
que sejam inerentes a tais sanções, ou delas decorram.

DUDH

 Natureza Jurídica de: PRINCÍPIO INTERNACIONAL

 De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a educação será


gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. Não se exige que
o ensino superior seja gratuito.

INCORPORAÇÃO DOS TRATADOS

ETAPAS

1ª Fase Assinatura

 Privativa do PR
 Pode ser repassada aos plenipotenciários.

2ª Fase Aprovação pelo congresso Nacional

 Competência EXCLUSIVA DO CN
 Emissão de decreto legislativo

3ª Fase Ratificação
 Efeitos EXTERNOS

 Competência EXCLUSIVA: princípio da discricionaridade

(conveniência + oportu.)

4ª Fase Promulgação

Efeitos INTERNOS.

CATEGORIAS

Segundo Piovesan, com o advento do art. § 3 do art. 5 da Constituição Federal, surgem


duas categorias de tratados internacionais de proteção aos direitos humanos:

a) os materialmente constitucionais

b) FORMALMENTE E MATERIALMENTE constitucionais.

Frise-se, todos os tratados internacionais de direitos humanos são MATERIALMENTE


constitucionais, por força do § do art. 5° da Constituição Federal. Inobstante, poderão
também ser FORMALMENTE constitucionais se obedecerem ao rito do § 3° do Art. 5°.

DUPLO ESTATUTO

O STF acabou por instituir a teoria do duplo status ou duplo estatuto: tratados
internacionais de direitos humanos aprovados mediante o quórum especial das
emendas constitucionais, instituído pelo § 3° do art. 5° da CF tem hierarquia
constitucional, os demais gozam de supralegalidade.

Sumula Vinculante 25 -> Efeito Paralisante

“ilícita a prisão de depositário infiel”

Não houve revogação do art.5 inciso 67, mas deixou de ter aplicabilidade.

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