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DIREITO DAS EMPRESAS APLICADO

Prof. Me. Thiago Danilevicz

Graduado em Direito – PUCRS: 2006


Especialista em Direito Tributário – IBET: 2011
Mestre em Direito – PUCRS: 2014
Membro efetivo da Fundação Escola Superior de Direito Tributário – FESDT
Conselheiro Estadual da OAB/RS 2019 – 2021
Membro da Comissão de Estágio e Exame de Ordem – CEEO – OAB/RS
Membro da Comissão de Educação – CEJ – OAB/RS
Membro do Grupo de Pesquisa Direito Tributário – Tributação sobre o Consumo (UFRGS/CNPq)
Advogado sócio - Danilevicz Advogados Associados, escritório voltado à advocacia empresarial com ênfase em
Direito Tributário.
thiago.danilevicz@uniritter.edu.br.edu.br
thiago@danilevicz.adv.br
CALENDÁRIO DE PROVAS/ATIVIDADE

Atividade Data
A1 26/04
APS 03/05
A2.1 31/05
A2.2 14/06
Substituição 28/06
DIREITO EMPRESARIAL

1 - Objeto de estudo

2 - Autonomia da disciplina
SURGIMENTO DO COMÉRCIO

 Autossuficiência: satisfação de todas as necessidades de um grupo


social de maneira independente.

 Troca: nem sempre aquilo que se produz é necessário para outra


pessoa.

 Surgimento de um padrão para as trocas: MOEDA.


Em função da importância da troca de mercadorias, surge a
atividade COMÉRCIO que é desempenhada pelo COMERCIANTE.

 INTERMEDIAÇÃO

 HABITUALIDADE

 INTUITO DE LUCRO
DIREITO COMERCIAL

 Surge: Idade Média

 Objetivo: regulamentar as relações entre os COMERCIANTES.


1º Fase
Direito Comercial Subjetivo

 Comerciantes eram ORGANIZADOS EM CORPORAÇÕES.

 Disciplinado por COSTUMES deram origem aos ESTATUTOS DAS


CORPORAÇÕES.

 O direito comercial é o direito de uma classe profissional, fruto dos


costumes mercantis e com jurisdição própria (JUIZ ELEITO PELA
CORPORAÇÃO).
2º Fase: Direito Comercial
Objetivo -Teoria dos Atos de
Comércio

 Enumerados pela lei.

 Atos praticados por qualquer pessoa independentemente da


qualificação profissional ou participação em corporações.

 Disciplinado pelo próprio Estado: Código Napoleônico 1087 / Código


Comercial Brasileiro de 1850 e Regulamento 737/1850.
3º Fase: Direito Comercial
Subjetivo Moderno – Teoria
da Empresa

 Abandona o conceito de COMERCIANTE e passa a usar o de


EMPRESÁRIO.

 EMPRESÁRIO – aquele que exerce ATIVIDADE ECONÔMICA


ORGANIZADA PARA A PRODUÇÃO OU CIRCULAÇÃO DE BENS OU
SERVIÇOS PARA O MERCADO.
CÓDIGO CIVIL

 Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade


econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de
serviços.

Empresário Individual
EIRELI
LTDA
S.A.
PRINCÍPIOS DO DIREITO EMPRESARIAL

LIVRE-INICIATIVA LIVRE-CONCORRÊNCIA

FUNÇÃO SOCIAL DA
EMPRESA BOA-FÉ

PRESERVAÇÃO DA EMPRESA
FONTES DO DIREITO EMPRESARIAL

- Código Civil
PRIMÁRIAS - Código Comercial
- Lei n. 6.404/76
- Lei n. 11.101/05

- Princípios gerais do direito


SECUNDÁRIAS - Analogia
- Equidade
- Usos e costumes
CÓDIGO CIVIL

 Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente


atividade econômica organizada para a produção ou a circulação
de bens ou de serviços.

 Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão


intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o
concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da
profissão constituir elemento de empresa.
Parágrafo único. NÃO SE CONSIDERA EMPRESÁRIO quem exerce
profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda
com o concurso de auxiliares ou colaboradores, SALVO se o exercício
da profissão constituir elemento de empresa.

 REsp 555.624/PB, DJ 27/09/2004. Caso: Sociedade de médicos –


análise laboratorial
 Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público
de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua
atividade.
Diogo exerce o comércio de equipamentos eletrônicos, por meio de
estabelecimento instalado no Centro do Rio de Janeiro. Observe-se
que Diogo não se registrou como empresário perante a Junta
Comercial.
Com base nesse cenário, responda:

A) São válidos os negócios jurídicos de compra e venda realizados por


Diogo no curso de sua atividade?

B) Quais os principais efeitos da ausência de registro de Diogo como


empresário?
 Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas
Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.

Natureza
Declaratória
 Art. 968. A inscrição do empresário far-se-á mediante
requerimento que contenha:

Qualificação Firma Capital

Objeto Sede
 Art. 969. O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar
sujeito à jurisdição de outro Registro Público de Empresas Mercantis,
neste deverá também inscrevê-la, com a prova da inscrição
originária.

 Parágrafo único. Em qualquer caso, a constituição do


estabelecimento secundário deverá ser averbada no Registro
Público de Empresas Mercantis da respectiva sede.
REGISTRO DO
EMPRESÁRIO RURAL -
Natureza Constitutiva

 Art. 970. A lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao


empresário rural e ao pequeno empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí
decorrentes.

 Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode,
observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer
inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em
que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário
sujeito a registro.
CAPACIDADE
Art. 972 – Art. 980
 Pleno Gozo da Capacidade Civil
Incapaz:
Representado ou Assistido – CONTINUAR
Não administrar
Capital Social Integralizado

 Comunhão Universal ou Separação Obrigatória


Separação e Reconciliação - Registro
 Legalmente Impedidos.
Efeito: responsabilidade
Conceito de Empresa

 Teoria Poliédrica – Alberto Asquini

 Objetivo – patrimônio – conjunto de bens destinados ao exercício da


empresa (art. 1.142 Código Civil)
 Subjetivo - sujeito de direitos – art. 981 Código Civil
 Corporativo – conjunto de pessoas
 Funcional – atividade organizada que visa o lucro
DA SOCIEDADE
Art. 981 – Art. 985

 Contrato
 Personalidade Jurídica
 Contribuir - bens ou serviços
 Exercício de atividade econômica – UM ou MAIS Negócios
 Partilha dos resultados
 Sociedade Empresária: atividade própria de empresário
 Simples, as demais.
Para revisar:
Paulo é fazendeiro e cria, de modo profissional, gado de raça para venda a
frigoríficos, bem como seleciona as melhores raças para exportação de
carne. Na fazenda de Paulo, há emprego de tecnologia, mão de obra
qualificada, pesquisa de zootecnia e altos investimentos; entretanto, ele não
tem nenhum registro como empresário, exercendo a pecuária como pessoa
natural.
Com base nesses dados, responda aos itens a seguir.

a) A atividade exercida por Paulo é empresa?

b) É obrigatória a inscrição de Paulo na Junta Comercial como empresário?


Sobre a capacidade do empresário e com base no Código Civil, é correto
afirmar, EXCETO:
a) Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno
gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.
b) A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de
empresário, se a exercer, não responderá pelas obrigações contraídas.
c) O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal,
qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o
patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.
d) A sentença que decretar ou homologar a separação judicial do
empresário e o ato de reconciliação não podem ser opostos a terceiros,
antes de arquivados e averbados no Registro Público de Empresas Mercantis.
O registro nas Juntas Comerciais de contratos ou alterações contratuais de
sociedade que envolva sócio incapaz
a) exige apenas autorização judicial, após a concordância do Ministério
Público, mas em nenhuma hipótese seus bens ficarão sujeitos ao resultado da
empresa.
b) não é permitido, mesmo que esteja representado ou assistido, salvo se
adquirir cotas, em razão de sucessão hereditária.
c) exige que o capital social esteja totalmente integralizado.
d) é permitido, bastando que esteja representado ou assistido.
e) é permitido, desde que o respectivo instrumento seja firmado por quem o
represente ou assista, devendo apenas constar a vedação do exercício da
administração da sociedade por ele.

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