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CURSO DE DIREITO
TEMA:
AS TAXAS LOCAIS
LUANDA, 2020
UNIVERSIDADE METODISTA DE ANGOLA FACULDADE DE
CURSO DE DIREITO
TEMA:
AS TAXAS LOCAIS
Professor:
Luís Rangel
Introdução………………………………………………………………………………..4
Autonomia Financeira…………………………………………………………………..5
As Taxas Locais…………….…………………………………………………………..8
Conclusão………………………………………………………………………………11
Referências Bibliográficas……………………………………………………………..12
INTRODUÇÃO
Quer dizer que apesar de Angola ser um Estado unitário, admite ao nível
administrativo a sua descentralização, corporizada em autarquias locais, que podem ser
conceitualizadas como sendo pessoas colectivas de administração e território que visam
a prossecução de interesses próprios das populações, dispondo de órgãos representativos
eleitos que gozam de liberdade na administração das respectivas comunidades.
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AUTONOMIA FINANCEIRA
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Finanças Locais em Angola, Elisa Rangel Nunes - Palestra por iniciativa da Fundação Friedrich Ebert , 06
de Março de 2001
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A autonomia financeira pode apresentar as seguintes modalidades: autonomia
patrimonial – existência de património próprio e/ou poder de tomar decisões relativas ao
património público de que dispõe; autonomia orçamental – que consiste na elaboração,
aprovação e alteração do orçamento próprio, gerindo as respectivas despesas (o que
impede o legislador ou qualquer outro órgão do Estado de interferir no destino a dar às
receitas autárquicas), e receitas, e bem assim elaborar e aprovar planos de actividade,
balanços e contas; autonomia de tesouraria – poder de gerir autonomamente os recursos
monetários próprios, em execução ou não do orçamento; autonomia creditícia – poder
de contrair dívidas, assumindo as correspondentes responsabilidade, pelo recurso a
operações financeiras de crédito
Por sua vez, a Proposta de Lei que aprova o Regime Geral das Taxas das
Autarquias Locais, foi concebida com vista a definir as balizas que permitirão a cada
Autarquia criar as taxas que devem subordinadas aos Princípios da Equivalência
Jurídica, da Justa Repartição dos Encargos Públicos e da Publicidade, incindindo sobre
utilidades prestadas aos particulares, geradas pela actividade das Autarquias ou
resultantes da realização de investimentos autárquicos, nos termos da alínea o) do n.º 1
do artigo 165.º e do artigo 221.º, ambos da Constituição da República de Angola
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Art .3º da Lei 12/20 de 14 de Maio – Lei do Regime de Taxas das Autarquias Locais
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É necessário falarmos também sobre o conceito regime financeiro das autarquias
locais cujo conceito visa abranger o conjunto de acções desenvolvidas pelas autarquias
locais no domínio financeiro, envolvendo assim o quadro de vários recursos financeiros
de que estas possam dispor, as decisões que a nível financeiro têm de ser tomadas pelos
órgãos autárquicos, do ponto de vista das despesas a realizar e receitas a afectar,
concretizáveis através da elaboração e aprovação de planos de actividade e orçamentos
próprios e as formas de fiscalização exercida sobre a gestão desses recursos.
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AS TAXAS LOCAIS
Os poderes tributários das autarquias manifestam-se nas leis das finanças locais,
dispondo a lei 12/20, de 04 de Maio, que os as autarquias dispõem de poderes
tributários quanto a taxas e outros tributos a cuja receita tenham direito, manifestando-
se estes poderes tributários, na fixação de taxas e concessão de isenções e benefícios
fiscais inerentes a estas.
Ao nível das finanças locais, a importância que as taxas têm deve-se à margem
de liberdade de actuação que as autarquias possuem na conformação destas, uma
margem de liberdade maior do que aquela que possuem na conformação dos impostos,
sujeitos à reserva da Assembleia Nacional.
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Art .7º da Lei 12/20 de 14 de Maio – Lei do Regime de Taxas das Autarquias Locais
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TEIXEIRA, Maria Eduarda Oliveira – Tese de Mestrado em Solicitadoria (2014) Escola Superior de
Tecnologia e Gestão do Porto
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Art .7º da Lei 12/20 de 14 de Maio – Lei do Regime de Taxas das Autarquias Locais
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* Princípio da equivalência jurídica – traduz-se na ideia de que a criação das
taxas, assenta no equilíbrio entre o custo do serviço público prestado pela autarquia e a
contraprestação, no caso o benefício auferido pelo particular6.
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Art .4º , n.º1 da Lei 12/20 de 14 de Maio – Lei do Regime de Taxas das Autarquias Locais
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Art .º 5, n.º1 da Lei 12/20 de 14 de Maio – Lei do Regime de Taxas das Autarquias Locais
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Os valores das taxas podem ser atualizados de acordo com a taxa de inflação,
através dos orçamentos anuais das autarquias locais. Quando a alteração não seja pelo
critério da taxa de inflação, efetua-se mediante alteração ao regulamento de criação
respetivo, tendo, no entanto, que conter a fundamentação económico financeira
subjacente ao novo valor.
A lei 12/20 de 14 de Maio, consagra a incidência objetiva e subjetiva das taxas,
sendo, por isso, uma das normas mais importantes do regime das taxas locais, uma vez
que consagra os elementos estruturantes das taxas locais, a saber: A incidência objetiva
das taxas é definida pelas utilidades prestadas aos particulares ou geradas pela atividade
dos municípios sobre as quais podem incidir as taxas.
A lei das taxas das autarquias locais, define também, a incidência subjetiva das
taxas, determinando como sujeito activo da relação jurídico-tributária a autarquia local,
titular do direito de exigir a prestação e como sujeito passivo é a pessoa singular ou
coletiva ou outras entidades legalmente equiparadas que estejam vinculadas ao
cumprimento da prestação tributária.
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NABAIS, José Casalta – A Autonomia Financeira das Autarquias Locais, 2007, Almedina Edições, p.49
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CONCLUSÃO
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REFEREÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Dissertação sobre Finanças Locais em Angola, Elisa Rangel Nunes - Palestra por
iniciativa da Fundação Friedrich Ebert , 06 de Março de 2001
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