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Sumário
Introdução ..................................................................................................................................... 2
Para quê servem as ervas? ............................................................................................................. 2
História da utilização das ervas ..................................................................................................... 3
Comprovação biológica................................................................................................................. 7
A sabedoria do uso das ervas ........................................................................................................ 9
O uso das ervas no Brasil ............................................................................................................ 10
Plantas em perigo ........................................................................................................................ 12
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Introdução
Talvez pelo fato das ervas têrem um papel importante histórico e tradição de
cura, às vezes elas são tratadas como uma categoria especial de plantas, ou
seja, são avaliadas particularmente pelas suas qualidades medicinais, de
sabor ou aromas.
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Plantas medicinais e ervas contêm substâncias conhecidas pelas civilizações
modernas e antigas pelas suas propriedades curativas. Até o
desenvolvimento da Química e, particularmente, da síntese de combinações
orgânicas no Século XIV, plantas medicinais e ervas eram a fonte exclusiva
de princípios ativos capazes de curar as doenças do homem. Elas continuam
sendo importantes para pessoas que não têm acesso a medicamentos
modernos e, além disso, os remédios farmacêuticos modernos contém os
mesmos princípios ativos muito mais concentrados, sejam eles naturais ou
sintéticos.
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O uso de ervas e especiarias na culinária foi desenvolvido em parte como
uma resposta à ameaça de patógenos aos alimentos. Estudos mostram que
em climas tropicais, onde os agentes patogênicos são mais abundantes, as
receitas são mais temperadas. Além disso, as especiarias com a atividade
antimicrobiana mais potente tendem a ser escolhidas.
O estudo das ervas teve inicio a mais de 5.000 anos com o sumérios, que
descreveram usos medicinais das plantas, tais como louro, cominho e
tomilho. No Egito antigo de 1000 A.C. era utilizado ópio, alho, mamona,
coentro, hortelã, anil e outras ervas medicinais. No Antigo Testamento são
mencionados o uso de ervas e o cultivo, tais como a mandrágora, ervilhaca,
cominho, trigo, cevada e centeio.
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Importante para herbalistas e botânicos de séculos mais tarde, foi o livro
grego que fundou a ciência da botânica, History Plantarum, escrito no século
IV A.C. por Teofrasto. O uso de ervas para tratar a doença é quase universal
entre as sociedades não industrializadas. Uma série de tradições passaram a
dominar a prática da fitoterapia no final do século XX:
• Fitoterapia chinesa,
• Medicina Unani-Tibb,
Muitos dos fármacos atualmente disponíveis para os médicos têm uma longa
história de uso como remédios à base de plantas, incluindo o ópio, a aspirina,
digitálicos e quinino. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que
80 por cento da população do mundo atualmente utiliza as ervas medicinais
para algum tipo de cuidado primário à saúde. Produtos farmacêuticos são
proibitivamente caros para a maioria da população do mundo, metade dos
quais vive com menos de 2 dólares por dia. Em comparação, os
medicamentos fitoterápicos podem ser cultivados a partir de sementes ou
recolhidos da natureza com pouco ou nenhum custo. Fitoterapia é um
componente importante em todos os sistemas da medicina tradicional, e um
elemento comum em Siddha, ayurvédica, homeopáticos, naturopatia e
medicina tradicional chinesa.
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verdade, segundo a Organização Mundial de Saúde, aproximadamente 25%
das drogas modernas utilizadas nos Estados Unidos foram derivadas de
plantas.
Três quartos das plantas que fornecem ingredientes ativos para drogas são
utilizados na medicina tradicional. Entre os 120 compostos ativos atualmente
isolados de plantas superiores e amplamente utilizadas na medicina moderna
de hoje, 80% revelam uma correlação positiva entre a sua utilização
terapêutica moderna e o uso tradicional das plantas das quais derivam. Mais
de dois terços das espécies vegetais do mundo - pelo menos 35.000 dos quais
se estima que tenham valor medicinal - provêm dos países em
desenvolvimento. Pelo menos 7.000 compostos da farmacopéia moderna são
derivados de plantas.
Comprovação biológica
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defesas químicas que estão presentes nas ervas. Microrganismos,
inflamações, baixa qualidade nutricional e radicais livres podem ter
participação nos vários tipos de doenças.
Na Fitoterapia o tratamento com ervas pode usar várias fórmulas que não são
aplicáveis aos farmacêuticos. Porque as ervas podem ser usadas em diversas
formas como chás, temperos ou crus que têm uma enorme aceitação pelos
consumidores e vários estudos epidemiológicos que comprovam sua
eficiência. Os estudos etnobotânicos são uma outra fonte de informação.
Quando uma determinada comunidade indígena em áreas geograficamente
dispersa usa como sistema de cura apenas as ervas, para algum tipo de
problema, que tem a sua cura comprovada, é tida como evidência de sua
eficácia. Os registros históricos médicos e etnobotanicos são recursos
subutilizados, o que favorece a utilização de informações convergentes na
avaliação do valor medicinal das plantas. Um exemplo seria quando os testes
“in vitro”, concordam com o uso tradicional.
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Sánchez e Valverde (2000) o comércio local de plantas medicinais leva à
deterioração de populações naturais, tanto quanto a pressão extrativista da
indústria farmacêutica.
Plantas em perigo
Ainda de acordo com este relatório apenas 15% das drogas convencionais
são usadas em países em desenvolvimento. Por outro lado, 50 mil tipos de
vegetais (cerca de 20% das espécies conhecidas) são usadas hoje em
medicina tradicional.
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concluiu que 55% do Cerrado já foram desmatados ou transformados pela
ação humana (Machado et al., 2004), a floresta da Mata atlantica já perdeu
mais de 93% de sua área (Myers et al., 2000) e menos de 100.000km2 de
vegetação remanescente. Na Amazônia mais de 67 milhões de hectares
(2004) já foram desmatados (Homma, 2005).
Uma das causas da degradação esta no fato de que muitas plantas medicinais
são colhidas no seu meio natural, em vez de serem cultivadas, muitas plantas
são exploradas indevidamente por vendedores autônomos ou como são
conhecidos “raizeiros”. Estes por sua vez não têm o conhecimento necessário
sobre coleta ou conservação de plantas medicinais, assim como muitos tem
dificuldades de reconhecer uma planta de uso medicinal, comercializando
plantas sem eficácia comprovada ou plantas com identificação incorreta.
Além deste fator que coloca em risco a saúde de seus compradores, existe
outro problema que é o beneficiamento incorreto e o mau armazenamento
das plantas, pela possibilidade de contaminação com microrganismos e
insetos.
Soluções
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A orientação sobre o uso das plantas medicinais, tem potencial para ser uma
grande força motivadora para a conservação da natureza. A melhoria da
saúde, uma fonte de renda e a manutenção de tradições culturais são
importantes para todos e devemos estar envolvidos em motivar as pessoas a
conservar as plantas medicinais e, por conseguinte, o habitat onde são
encontradas.
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