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MÁRCIO SALES FALCAO – OAB/SP Nº 336.982

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA


___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP.

ARNALDO TADEU CAMPOS, brasileiro, casado,

desempregado, portador da Cédula de Identidade RG nº 12.276.666 SSP/SP

e do CPF nº 040.346.838-80, residente e domiciliada na Rua Abraão Thomé,

150 – Bairro Jd Walquíria, na cidade de São José do Rio Preto – Estado de

São Paulo – CEP: 15.085-400, por intermédio de seu advogado infra-assinado –

“doc. em anexo”, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com

fulcro nos artigos 186, 927 do Código Civil, art. 5º, V da C.F., e, na Lei

8.078/90, propor a presente:

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C DANOS

MORAIS COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA,

em face do: Banco Itaú Unibanco S/A, empresa inscrita junto ao Cadastro

Nacional de Pessoas Jurídicas sob o nº 17.192.451/0001-70, localizada na

cidade de cidade de Poá/SP, na Alameda Pedro Calil, nº 43, Vila das

Acácias, CEP: 08557-105, pelos fatos e fundamentos jurídicos que a seguir

passa a expor:

Telefone/Fax (0xx17) 3043-4377 ou 8149-9999 - e-mail: marciofalcaobtos@hotmail.com


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I – DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA:-

A parte Autora está desempregada, e não tem condições de arcar

com as despesas da presente demanda sem prejuízo de seu próprio sustento,

bem como, de sua família, pois possui rendimentos insatisfatórios mensalmente.

Sendo assim, requer que esse R. Juízo conceda a parte Autora os

BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUÍTA – ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA, nos

exatos termos do que dispõe o artigo 4º da Lei 1.060/50. Segue anexa a

declaração de insuficiência de recursos econômicos.

II - DOS FATOS:-

A parte Autora foi surpreendida com negativação de seus

dados, a pedido da empresa RÉ, referente ao contrato n° 000000361744816

com débito de R$ 837,00 (oitocentos e trinta e sete reais).

Ocorre que a parte Autora desconhece o débito bem como

não realizou nenhuma operação com a Ré referente ao instrumento contratual

com número específico que ensejou a cobrança.

Em contato com o 0800 do requerido não obteve

informações precisas do que se referia o débito, do qual se negou a prestar

esclarecimentos.

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Embora a parte Autora no passado tenha sido cliente do

Requerido, não possui nenhum débito em aberto com a Ré, enfim, não reconhece

possuir nenhuma relação jurídica consistente em débito, trata-se de negativação

indevida e abusiva.

Em relação as outras negativações em nome do

Requerente, todas estão sendo averiguadas e discutidas em ações

autônomas, das quais serão demonstradas em momento oportuno.

É a síntese do necessário.

.III – PRELIMINARMENTE – DA TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA:-

A parte Autora busca a tutela jurisdicional, para suspender o

registro e divulgação da inclusão efetuada junto ao SPC e SERASA –

conforme comprova “doc. anexo”.

O artigo 294, parágrafo único do Novo Código de Processo Civil,

aduz que:

“Art. 94: A tutela provisória pode fundamentar-se em

urgência ou evidência.

Parágrafo único: A tutela provisória de urgência,

cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter


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antecedente ou incidental.”

No que tange a sua concessão, disciplina o artigo 300 do Novo

Código de Processo Civil:

“Art. 300: A tutela de urgência será concedida quando

houver elementos que evidenciem a probabilidade do

direito e o perigo de dano ou risco o resultado útil do

processo.”

Assim, os requisitos para a concessão da tutela de urgência,

funda-se no periculum in mora e no fumus boni iuris, segundo expressa disposição

do Código de Processo Civil em seu artigo 300 acima transcrito.

Toda negativação gera dano de difícil reparação, constituindo

abuso e grave ameaça, abalando o prestígio creditício da parte Autora.

Ainda, o artigo 84, § 3º do C.D.C., permite ao Magistrado a

concessão da tutela liminar. A manutenção do nome da parte Autora nos órgãos

de restrição muito a prejudicam.

Pelo exposto, requer, pois, que seja deferida a Tutela de

Urgência Antecipada, para que este Douto Juízo determine a imediata

suspensão do registro e divulgação da inclusão efetuada junto ao SCPC e

SERASA em nome da parte Autora.


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.IV - DO DIREITO:-

É notório o vínculo-nexo causal entre a ação e o evento

(resultado), de sorte que, os danos sofridos pela parte Autora de índole

material e moral, resultaram da atitude negligente e dolosa cometida pela

empresa Requerida.

Além é claro Excelência, da inserção do seu nome nos cadastros

do SCPC e SERASA, abalando assim, sobremaneira, a reputação da parte Autora,

pois teve credito negado no comércio, cabendo o mesmo ser indenizado pela

Empresa Requerida por Danos Morais sofridos.

IV. I - DA DECLARAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO:-

A parte Autora não possui nenhum débito vencido com a empresa

Requerida.

Por ser medida de justiça, deve ser declarada a inexigibilidade da

dívida cadastrada no o no SPC E SERASA.

.IV.II -DO PLEITO INDENIZATÓRIO (DANOS MORAIS):-


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A parte Autora pretende uma indenização a título de Danos

Morais, tendo em vista e considerando os fatos aqui supra narrados.

Ou seja Excelência, de modo que seja compensado pelos

prejuízos que lhe foram e estão sendo causados, pelas humilhações e vexames

sofridos por ter crédito negado, e, também, para que haja uma punição a

Empresa Requerida, pela desídia, pela falta de cuidado e atenção especialmente

para com os seus clientes, de modo que seja coibida de cometer tais atos com

outros clientes.

Neste sentido, verificamos que a moral é reconhecida como um

bem jurídico amplamente tutelado, recebendo dos mais diversos diplomas legais

a devida proteção, inclusive amparada pelo art. 5º, inc. V, da Carta

Magna/1988:

“Art. 5º, inc. V – é assegurado o direito de resposta,

proporcional ao agravo, além da indenização por dano

material, moral ou à imagem”.

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Sobre a responsabilidade de reparar o dano no caso em questão,

deve-se observar o disposto no caput artigo 14 do Código de Defesa do

Consumidor:

“Art. 14. O fornecedor de serviços responde,

independentemente da existência de culpa, pela

reparação dos danos causados aos consumidores por

defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como

por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua

fruição e riscos.”

Igualmente acerca do dano moral, o artigo 186 e o artigo 927,

do Código Civil, assim estabelecem sabiamente:

“Art. 186 – Aquele que, por ação ou omissão voluntária,

negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a

outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato

ilícito”.

“Art. 927 – Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e

187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”.

É visível que a parte Autora sofreu grande prejuízo e abalo

emocional, visto que nunca deixou de pagar suas contas e ainda sofreu

humilhação ao ter seu crédito restrito, impossibilitando-lhe compras a prazo.

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Além disso, o Código de Defesa do Consumidor se preocupou em

garantir a reparação de danos sofridos pelo consumidor protegendo a

integridade moral dos consumidores, conforme o artigo 6º, inciso VI:

“Art. 6º - São direitos básicos do consumidor:

(...)

VI – a efetiva prevenção e reparação de danos

patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos.”

Sendo assim Excelência, pelos documentos juntados pela

parte Autora, bem como, pela inserção errônea e indevida do seu nome no SPC

e SERASA, vislumbramos que a Empresa Requerida deverá ser condenada em

Danos Morais, no patamar aqui já requerido pela parte Autora de R$ 30.000,00

(Trinta Mil Reais), conforme amplamente acima exposto e demonstrado.

.V - DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA:-

Estamos diante de uma relação de consumo, cujos direitos

outorgados a parte Autora são aqueles constantes do Código de Defesa do

Consumidor.

Sendo assim, requer a Vossa Excelência, que se aplique aqui

a regra: “Da Inversão do Ônus da Prova – (art. 6ª, VIII, do CDC)”, de modo

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que os direitos da parte Autora sejam respeitados e tutelados em conformidade

com todo o exposto exarado nesta. 

VI - DOS PEDIDOS:-

  À vista de todo o exposto, requer de Vossa Excelência:

a) O deferimento da TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA pleiteada,

determinando a imediata suspensão do registro e divulgação da

inclusão errônea e indevida efetuada junto ao SPC e SERASA em

nome da parte Autora, bem como, da aplicação de multa diária, no

caso de descumprimento da ordem judicial;

b) Que a presente ação seja julgada TOTALMENTE PROCEDENTE,

para declarar a inexistência dos débitos nos importes – de R$

837,00 (oitocentos e trinta e sete reais), referente ao contrato n°

000000361744816, bem como para cancelar em definitivo os

registros nos órgão de proteção ao crédito, confirmado assim a

antecipação da tutela a ser concedida;

c) Que a presente ação seja julgada TOTALMENTE PROCEDENTE,

para o fim de condenar a empresa Requerida a uma indenização, de

cunho compensatório e punitivo, pelos danos morais causados ao


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Requerente, tudo conforme fundamentado acima, ou seja, em valor

pecuniário justo e condizente com o caso apresentado em tela, o qual

deverá ser acrescido de juros e acompanhado de atualização

monetária, e, que desde já fica aqui pleiteado no valor de R$

30.000,00 (Trinta Mil Reais), além de custas processuais e

honorários advocatícios na base de 20% sobre o valor da condenação;

d) Requer a “Inversão Do Ônus Da Prova”, pois, trata-se de relação de

consumo amparada pelo Código de Defesa do Consumidor;

e) Requer-se também pela produção de todos os meios de provas em

direito admitidas, inclusive o depoimento pessoal do representante

legal da Empresa Requerida, e, juntada de outros documentos que se

fizerem necessários;

f) Requer, ainda, que esse R. Juízo conceda ao Requerente os

BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUÍTA – ASSISTÊNCIA

JUDICIÁRIA, por não ter esta os meios de pagar as custas do

processo e demais encargos processuais, sem prejuízo próprio, de

sua família, nos exatos termos do que dispõe o artigo 4º da Lei

1.060/50;

g) Por fim, diante de toda documentação juntada, informa que NÃO

TEM INTERESSE em realização de audiência de conciliação ou

mediação;
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Dá-se a presente causa o valor de R$ 30.837,00 - (Trinta

Mil Oitocentos e Trinta e Sete Reais).

Nestes termos,

Pede deferimento.

São José do Rio Preto/S.P., 05 de Maio de 2.015.

____________________________

Márcio Sales Falcão

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