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* Finalidade da análise sintática.

A análise sintática serve para tornar “claras e racionalmente perceptíveis as


relações entre os membros da frase” (sua concordância, sua regência, sua
colocação); serve, mais, como elemento de verificação da boa construção de uma
frase: “a análise lhe revelará o ponto fraco, a estrutura mal urdida”; permite,
ainda, racionalizar a pontuação. (Cf. Gladstone Chaves de Melo, NMAS, 25, e
Augusto Gotardelo, O Emprego da Vírgula, 3.)
Advirto
Não estudaremos a análise sintática apenas com a finalidade de
aprendermos as diversas nomenclaturas. Isso seria um retrocesso. No entanto,
não podemos desprezar os vários nomes existentes na sintaxe, pois eles nos
ajudarão a racionalizar outros aspectos da nossa língua como: pontuação,
regência, crase, concordância. Como estudaremos regência e crase, sem
entendermos a predicação verbal (transitividade)? Como ensinarei concordância
verbal a um aluno que não consegue achar o sujeito? Como racionalizaremos a
pontuação, sem sabermos a diferença entre o adjunto adverbial e o aposto?
Ressalto: a morfologia nos leva à análise sintática (sintaxe I) e esta nos leva à
sintaxe II (chamo de sintaxe II as matérias que constituem finalidade: pontuação,
regência, crase, concordância, colocação)
MOFOSSINTAXE
MORFOLOGIA SINTAXE
Substantivo núcleo dos termos
Artigo adjunto adnominal
Adjetivo adjunto adnominal ou predicativo
Advérbio adjunto adverbial
Locução adverbial adjunto adverbial
Preposição não possui função sintática
Conjunção não possui função sintática
Pronome substantivo núcleo dos termos
Pronome adjetivo adjunto adnominal
Numeral substantivo núcleo dos termos
Numeral adjetivo adjunto adnominal
Verbo VTD/VTI/VTDI/VI/VL
Como recurso didático, iremos dividir a análise sintática em dois momentos:

1 – Termos relacionados a verbos:


- Objeto direto
- Objeto indireto
- Adjunto adverbial
- Agente da passiva
2 – Termos relacionados a nomes:
- Adjunto adnominal
- Complemento nominal
- Aposto
- Predicativo
APLICAÇÃO

Quem pode escapar ileso


Do medo e do desatino
Quem viu o pavio aceso do destino?

1. (CESPE/PCDF/Agente de Polícia)
Nos versos 2 e 3, os termos “Do medo”, “do desatino” e “do destino” exercem a
mesma função sintática.
Ora, o simples fato de o país ter percebido, estupefato, que houve 409.000
interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, em 2007, seguido de
declarações do ministro da Justiça de que todos devem admitir que podem estar
sendo grampeados, ou do ministro chefe do serviço de inteligência de que a
melhor forma de não ser grampeado é fechar a boca, está a demonstrar a
existência de excessos, com a consequente violação desse direito, o que se
tornou mais claro na operação da Polícia Federal de maior visibilidade
(Satiagraha).
2. (FGV Senado Consultor)
O termo estupefato (L. 2) exerce a função de:
(A) predicativo do sujeito.
(B) adjunto adnominal.
(C) adjunto adverbial.
(D) predicativo do objeto.
(E) aposto.
A gramática tradicional utiliza as nomenclaturas abaixo.

Termos essenciais da oração


Sujeito e predicado
Termos integrantes da oração
Complemento nominal
Objeto direto
Objeto indireto
Agente da passiva
Termos acessórios da oração
Adjunto adnominal
Adjunto adverbial
Aposto
Classifique morfologicamente os termos em destaque no texto abaixo.

Texto 1

Esta é uma declaração de amor: amo a língua (1)portuguesa. Ela não é


fácil. Não é (2)maleável. E, como não foi profundamente (3)trabalhada pelo
pensamento, a (4)sua tendência é a de não ter sutilezas e de reagir (5)às vezes
com um verdadeiro pontapé contra os que temerariamente ousam transformá-
la(6) numa linguagem de sentimento e de “alerteza”. E de amor. A língua
portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para quem
escreve tirando das coisas e das pessoas a (7)primeira capa de superficialismo.
Às vezes (8)ela reage diante de um pensamento (9)mais complicado.

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