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Apresentação 5

Invenção e evolução da bicicleta 6

1. A vida sobre 2 rodas 11


a. Transporte sustentável e ecocidades 11
b. Lazer e saúde 17
c. Esportes competitivos 19

2. Tipos de bicicletas 22

3. Inovação no projeto de bicicletas 24


a. Inovação como evolução 24
b. O Design dominante e a bicicleta segura 25
c. Patentes e propriedade intelectual 25

4. O Mercado e a industria de bicicletas 29


Guia Setorial

A. Bibliografia 34 Apresentação
O Desafio Sebrae é um jogo de negócios que propicia a universitários
a experiência real de administrar uma pequena empresa virtual,
B. Órgãos Oficiais 41
disputando o mercado com um grupo de concorrentes.
a. Ciclismo 41 O tema escolhido a cada ano visa despertar o interesse dos
b. Patentes e Propriedade Intelectual 41 participantes sobre as características de um determinado setor
da economia.
A indústria de bicicletas é o tema escolhido para o Desafio Sebrae
C. Links Relacionados 43
2011, por duas razões: bicicleta é um produto interessante do ponto
a. Ciclismo e Esportes 43 de vista da ficção do jogo, mas também é um meio de transporte
b. Patentes 43 ambientalmente eficiente do ponto de vista do planeta e da vida de
cada um de nós.
A leitura deste Guia Setorial exercita nos participantes a compreensão 5
D. Outras Publicações 44 de fatores sistêmicos que influenciam a competitividade no setor
a. Em Espanhol 44 da economia escolhido e, ao mesmo tempo, os convoca para uma
b. Em Português 44 atuação empreendedora comprometida com a busca de soluções
ambientalmente sustentáveis. Outro objetivo do Guia é familiarizar
os leitores com a linguagem mais formal, encontrada em muitos
artigos de negócio.
Durante o jogo, as equipes produzirão bicicletas de três diferentes
categorias: transporte urbano, esporte e lazer. Cada categoria tem
características específicas, determinadas pela funcionalidade e pelo
desempenho determinados pelos diferentes contextos de uso.
Assim, por exemplo, velocidade, conforto, segurança e resistência
são requisitos priorizados de forma diferente por diferentes tipos de
usuários de bicicletas.
Gerenciar um fabricante virtual de bicicletas contribui para
desenvolver no público universitário conhecimentos de gestão
e atitudes empreendedoras que serão úteis para sua atividade
futura como empregador ou como empregado, mas, acima de
tudo, como cidadão.

Claudio D’Ipolitto
Janeiro de 2011

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DESAFIO SEBRAE 2011 INVENÇÃO E EVOLUÇÃO DA BICICLETA Guia Setorial

de propulsão, freio e direção tornava Barão Karl von Drais, apresentada,


seu uso pouco prático e muito em 1817, em um percurso de 14 km
Invenção e evolução da bicicleta propenso a quedas e colisões. O e exibida em Paris, em 1818.
verdadeiro ancestral da bicicleta Embora a draisienne já contasse com
seria a draisienne, inventada pelo um selim regulável e sistemas primiti-
vos de direção e freio, a propulsão ain-
da era realizada apoiando os pés con-
tra o chão, conforme ilustra a Figura 2
(CSMT).
A draisienne foi fabricada na França
por Von Drais e na Inglaterra por Denis
Johnson, que para promovê-la criou
uma escola para ensinar quem quises-
6 Figura 3 – ‘Johnson’s Pedestrian Hobby- se pilotar um hobby-horse, como era 7
horse Riding School’, Westminster, Lon-
don, 1819. Gravura de H. Alken segundo chamado, na Inglaterra, por lembrar
Figura 1 - Evolução da Bicicleta (Acessado em http://pt.wikipedia.org/wiki/Bicicleta)
(Oliver, Berkebile 1974) um cavalinho de pau sobre rodas.

A bicicleta como hoje conhece- em 1790, pelo Conde de Sivrac,


mos evoluiu através de diferentes que consistia de duas rodas ligadas
designs e por trajetórias tecnológi- por uma haste de madeira, mas
cas em parte desconhecidas. que para deslocar-se precisava ser
Segundo a Enciclopédia Britânica, empurrada ou descer uma ladeira
há controvérsias sobre a invenção (Britannica). Esta falta de sistemas
da bicicleta, pois por algum tempo se
acreditou que, já em 1492, Leonardo
da Vinci a tivesse esboçado em
seu caderno de notas, Codex
Atlanticus. Contudo, esta versão foi
depois questionada e acusada de
decorrer de uma falsificação incluída
no Codex apenas em 1960. Outra
possível origem da bicicleta passaria Figura 4 – `Four and Twenty Hobby Horses all of a row’ 1819. Gravura de Rudolph
Figura 2 - Denis Johnson andando na
pelo velocífero ou celerífero, criado Ackermann. (NMSI)
hobby-horse, 1819. (CSMT)

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Contudo, após a febre inicial, tração direta (direct-drive) com os altura dos pedais e do ciclista.
ilustrada pela Figura 3, logo cessou pedais afixados na roda dianteira. A propulsão das rodas traseiras
o interesse pela hobby-horse. Foi a primeira bicicleta comer- através de correias foi introdu-
cial e permitia desenvolver ve- zida em bicicletas e triciclos na
locidade e vencer distâncias de década de 1870. Ainda segundo
forma prática. Deu origem à bici- Curley (2010), Hans Renold intro-
cleta comum (ordinary), também duziu a cadeia dentada em 1880,
conhecida como “high wheel” em Manchester, na Inglaterra, o
(roda grande) ou “penny farthing”. que facilitou a construção de bi-
O nome penny-farthing se refere, cicletas mais seguras.
pejorativamente, a duas moedas da Nos meados dos anos 1880,
Figura 6 – Ariel. National Cycle Collec-
tion of Great Britain. época: penny (de maior tamanho) e diversos fabricantes produziam
Figura 5 - Boneshaker, 1869. (Athelstan farthing (quarter-penny, que era me- variantes da bicicleta segura,
8 Museum) 9
ra como boneshaker (do Inglês, nor). Quando colocadas lado a lado, visando manter o ciclista mais
As retrospectivas históricas da “o que sacode os ossos”), de- lembravam o desenho da bicicleta próximo do chão. Isto propor-
evolução da bicicleta do Museu de vido ao desconforto causado (Reference.com, Curley 2010). cionava maior estabilidade e
Ciência e Tecnologia do Canadá pelo impacto das rodas reves- Starley ficou conhecido como facilitava que o usuário mon-
(CSMT) e do Smithsonian Institution tidas por pneus de ferro contra o “Pai da Indústria Ciclística” tasse na bicicleta. Em 1885, o
(Oliver, Berkebile 1974), ilustram os o piso pavimentado com pedras graças a suas muitas contribui- modelo Rover Safety, ilustrado
muitos caminhos explorados na in- (Athelstan Museum e CSMT). ções ao design de bicicletas e na Figura 7, lançado por John
venção e fabricação de veículos an- Este processo levou por fim à triciclos. Por volta de 1874, o Kemp Starley, sobrinho de Ja-
cestrais da atual bicicleta. substituição da tecnologia primitiva centro da indústria havia migra- mes Starley, e por W. Sutton,foi
O velocípede (do Latim, “pés baseada nas carruagens de madei- do de Paris para Coventry, na o primeiro a ter sucesso co-
ligeiros”) foi inventado em 1863 ra por um desenho que incorpora- Inglaterra, país que liderou seu mercial e incorporar muitas das
por Pierre Lallement e, em 1869, va inovações tais como, estruturas desenvolvimento tecnológico inovações encontradas nas bi-
foi produzido por Michaux et tubulares dos quadros e garfos, ro- até o século 20 (Curley 2010, cicletas atuais. É curioso notar
Cie, em Paris. A inovação foi das raiadas, rolemãs, aros de metal Britannica). que a correia de tração trasei-
instalar pedais na roda diantei- e pneus de borracha. Em 1871, Ja- Muitos buscaram criar a “bi- ra promoveu o retorno das ro-
ra e freios na traseira. O novo mes Starley lançou o modelo Ariel, cicleta segura” (safety bicycle), das de mesmo diâmetro, com
veículo ganhou popularidade o primeiro com pneus sólidos de incorporando engrenagens que praticamente a mesma dimen-
nos Estados Unidos e Europa, borracha, cuja roda dianteira tinha permitiram diminuir a roda fron- são encontrada nas pioneiras
e ficou conhecido na Inglater- 1,22 m e a traseira 76 cm. Tinha tal e manivelas para reduzir a hobby-houses, de cerca de se-

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tenta anos antes (Curley 2010;


Oliver, Berkebile 1974).
O passo seguinte foi o desen- 1. A vida sobre duas rodas
volvimento do pneumático, em
1888, pelo cirurgião veterinário
irlandês John Boyd Dunlop. No final da década de 1890, Desde então, foram apri-
a bicicleta tornara-se um subs- morados diferentes tipos de
tituto viável do cavalo para o bicicleta para as diferentes
transporte individual, incorpo- finalidades em que são empre-
rando-se à vida nos centros gadas: transporte, lazer, es-
urbanos. porte, entregas etc.
Em um mundo com pouca tec-
nologia, a bicicleta representa-
10
a. Transporte sustentável 11
va uma máquina com excelen-
e ecocidades
te desempenho. A bicicleta era
um meio de transporte indivi- Segundo Santos, Lobo e Lopes
Figura 7 - Rover ‘safety’ bicycle, 1885.
Science Museum / Science and Society
dual e barato, para ir ao traba- (2010), quem usa um automóvel em
lho, fazer entregas, passear e uma grande cidade grande emite em
fazer esporte, de forma seme- média seis quilos de gás carbono a
lhante ao que ocorre hoje com cada 30 km percorridos. Isto significa
os carros. Já durante a década que uma única pessoa é responsável
de 1890, houve um crescente pela emissão de cerca de duas tone-
interesse por bicicletas. Em ladas de gás carbono em um ano.
1889, foram fabricadas cerca Um grande desafio para os ges-
de 200.000 bicicletas, chegan- tores públicos é conciliar o atendi-
do a 1.000.000 em 1899. Nes- mento da necessidade de desloca-
sa época, o transporte urbano mento de grandes populações - que
era deficiente, havia poucos nas últimas décadas mudaram do
automóveis e era caro manter campo para as cidades e regiões
carruagens e cavalos em cida- metropolitanas - com o enfrenta-
des populosas (Oliver, Berke- mento dos problemas de conges-
bile 1974). tionamento e poluição causados

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DESAFIO SEBRAE 2011 1. A VIDA SOBRE DUAS RODAS 1. A VIDA SOBRE DUAS RODAS Guia Setorial

pela opção preferencial por veículos Segundo Roseland (1997), em1975, A busca de soluções para trans- públicas de um lado da rua e do outro
automotivos, ocorrida no mesmo Richard Register e alguns colegas porte urbano livre de carbono é uma uma concessionária com carros rotu-
período. Dentre as soluções busca- em Berkeley, na Califórnia, fundaram das recomendações da 5ª Confe- lados por emissão de CO2”.
das, a bicicleta vem sendo adotada, a organização sem fins lucrativos rência Internacional das Ecocida- Segundo DeMaio (2009), confor-
há tempos, em diversas cidades do Urban Ecology, visando “reconstruir des, ocorrida na China, em 2002, me o preço dos combustíveis sobe,
mundo, por ser um meio de trans- cidades em equilíbrio com a Natu- para o desenvolvimento das ecoci- os congestionamentos de trânsito
porte não motorizado, econômico, reza”. Uma das iniciativas para esse dades (Ecocidades 2002). pioram, a população cresce e au-
adequado a pequenas distâncias e objetivo é promover a bicicleta como O ativista australiano David Engwi- menta a consciência mundial sobre
ambientalmente correto. Contudo, alternativa aos automóveis e enfati- cht (1992, 1993) define cidade como as mudanças climáticas, será ne-
a estrutura das cidades e seus sis- zar o “acesso por proximidade”. “uma invenção que visa maximizar cessário que os líderes em diversas
temas de transporte devem ser re- Roseland (1997) aponta o livro trocas e economizar viagens” e defen- partes do mundo encontrem novos
desenhados para tornar o uso urba- Eco-city Berkeley (Register, 1987) e de ecocidades nas quais as pessoas modos de transporte e adaptem
no da bicicleta uma prática segura, a Primeira Conferência Internacio- possam se mover a pé, de bicicleta e melhor os atuais para deslocar as
12 prática e integrada com o transporte nal das Ecocidades, promovida em por transporte de massa e interagir li- pessoas de formas ambientalmente 13
público e o trânsito já existentes. Berkeley, em 1997, como dois im- vremente sem medo do tráfego ou da consistentes, eficientes e economi-
A cidade de San Jose, na Califór- portantes marcos na missão de re- poluição (Roseland 1997). A definição camente viáveis.
nia, conta com um serviço de pedi- desenhar as cidades segundo prin- de troca empregada por Engwicht No mesmo artigo, DeMaio des-
cabs, termo para definir um servi- cípios ecológicos. abrange bens, ideias, dinheiro, emo- creve as três gerações do serviço
ço de táxi, empregando bicicletas Hoje, Richard Register é o presidente ções e genes. público de compartilhamento de
adaptadas para transportar um ou da ONG Ecocity Builders, fundada em Diferentes movimentos e paradig- bicicletas. Na primeira, Witte Fiet-
dois passageiros na região central da 1992. Esta organização define uma eco- mas têm suscitado debates sobre sen (bicicletas brancas), iniciada em
cidade, em horários determinados. cidade como uma “cidade ecologica- como melhorar a qualidade de vida 1965, em Amsterdã, bicicletas co-
mente saudável”, alertando que não há nas cidades. Entre os temas aborda- muns pintadas de branco podiam
um modelo único que sirva para todas dos estão: tecnologia apropriada, de- ser tomadas emprestadas, usadas e
as cidades, já que cada uma é única. senvolvimento econômico de comu- deixadas para um próximo usuário.
Segundo a página da Ecocity Builders nidades, ecologia social, movimento Contudo, como consequência de
uma ecocidade é ao mesmo tempo uma verde, biorregionalismo e desenvol- roubos e de bicicletas jogadas nos
entidade que abrange seus habitantes e vimento sustentável (Roseland 1997). canais, o programa fracassou em
seus impactos ecológicos, um subsiste- A consciência das ecocidades vem poucos dias (DeMaio 2009).
ma dos ecosistemas que a envolvem e gerando várias iniciativas concretas. A segunda geração foi lançada
Figura 8 - Pedicabs de San Jose, Esta- um subsistema do sistema econômico André Trigueiro (2011) relata em seu em 1991 e 1993, em programas pi-
dos Unidos (EcoCityCycles) regional, nacional e mundial. Twitter, que viu “em Paris, bicicletas loto em três pequenas cidades da

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Dinamarca. Em 1995, o programa de vélo e liberté, ou bicicleta e liber- estações de trem, durante o horário
Bycyklen (City Bykes) foi lançado dade). O Vélib, cujo lema é “a cida- de operação das estações e duran-
em larga escala em Copenhague, de é mais bela de bicicleta” (“la ville te 24 horas em alguns postos. Em
aperfeiçoando a primeira geração: est plus belle à vélo”), permite alugar sua pagina o OV-fiets informa que
bicicletas projetadas para uso inten- uma bicicleta por um dia (1 euro), 27% de todo transporte na Holanda
so, com pneus sólidos de borracha, uma semana (5 euros) ou um ano. é feito em bicicletas, em contraste
rodas com placas de propaganda, com os Estados Unidos, onde este
Figura 10 - Estação do serviço
componentes incompatíveis com número é de 1% (OV-fiets).
Vé l i b , e m P a r i s ( L e F i g a r o )
outras bicicletas e uso de coletor de
moedas nas estações de aluguel. DeMaio (2009) aponta que tais
Entretanto, o anonimato dos usu- sistemas complementam e enco-
ários ainda dava margem a roubos rajam o uso dos sistemas públi-
(DeMaio 2009). cos de transporte e geram bene-
14 A terceira geração, iniciada em fícios na melhoria no trânsito, na 15
1996, na Inglaterra, incluiu o moni- redução do uso de automóveis
toramento de usuários, que usavam privados, na menor emissão de
Figura 9 - Instruções de uso do serviço
um cartão magnético ao retirar uma Vélib na própria bicicleta. (Foto de gases poluentes e na melhoria na
bicicleta. O sistema adotou tecno- Richard Ying). saúde pública.
Figura 11 - Bicicletário do
logias como o uso de cadeados O usuário, maior de 14 anos, Além de Paris, várias cidades s e r v i ç o O V- F i e t s , n a H o l a n d a .
eletrônicos, smartcards, sistemas pode retirar e devolver a bicicleta estimulam o uso de bicicletas:
de telecomunicação, acesso por em qualquer das centenas de esta- Amsterdã, Oslo, Berlim, Barcelo- A I-CE, Interface for Cycling
celular e computadores de bordo ções localizadas a no máximo 300 na, Bogotá e Pequim. Expertise, é uma ONG, sedia-
(DeMaio 2009). Variações deste mo- metros de distância entre si e aber- Em 2010, havia mais de 100 pro- da em Utrecht, na Holanda,
delo foram lançadas na França, em tas, todos os dias, durante 24 ho- gramas similares, operando em voltada para planejamento de
Rennes (Vélo a La Carte, em 1998) ras. Importante destacar que Paris cerca de 125 cidades, envolvendo mobilidade de baixo custo e do
e em Lyon (Velo´v, em 2005, já com conta, em 2011, com 371 km de ci- mais de 139 mil bicicletas (Shahenn ciclismo integrado (I-CE). Uma
1500 bicicletas e atingindo 15 mil clovias (Velib 2011) e mais de 20 mil et al 2010), sem contar outros, ain- de suas iniciativas é a rede
usuários no mesmo ano). bicicletas. Interessante notar, que a da em projeto ou discussão. acadêmica de ciclismo (CAN),
O maior programa da terceira ge- partir da experiência do Vélib, Paris Na Holanda, o serviço OV-fiets que diagnostica em sua página
ração, lançado em 2007, com 7 mil vai lançar o Autolib, sistema similar oferece aluguel de bicicletas em que “a crescente motorização
bicicletas, foi o serviço de bicicletas para o compartilhamento de carros combinação com o transporte pú- da mobilidade urbana, combi-
públicas de Paris, Vélib (contração elétricos (OEcoCidades 2011). blico, estando disponível em 180 nada com o rápido crescimento

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populacional e a necessidade No Brasil, a Associação como um meio de exercitar os


b. Lazer e saúde
de deslocamento por grandes Transporte Ativo, TA, “promove músculos, os reflexos e a ca-
distâncias, tem levado a altos a adoção de tudo o que permite Além de sua utilidade bá- pacidade cardiorrespiratória.
níveis de emissão de gases de a mobilidade de pessoas ape- sica, como meio de trans-
efeito estufa e a uma séria de- nas pela força de seu corpo, porte, a bicicleta tem sido
gradação ambiental em muitas sem auxílio de motores”, in- u s a d a c o m o u m re c u r s o p a r a
áreas urbanas”. A CAN arti- cluindo: bicicletas, pedrestres, cuidar da saúde, manter a
cula universidades, institutos triciclos, patins, skates, patine- f o r m a e s e d i v e r t i r.
de pesquisa, governos locais, tes, cadeiras de rodas (TA). A página Mundo Sustentá-
ONGs e setor privado visando A edição 2011 do event o vel, retrata de forma poética a
aplicar, desenvolver e transferir Ve l o-Cit y, maio r co nferência importância da bicicleta:
conhecimento sobre como sis- m undial so bre planejamen-
temas de transporte não moto- to ciclo viár io , t er á lug ar em A bicicleta é um de nossos pri-
Figura 13 - Passeio de bicicleta
16 rizados podem contribuir para Se vilha, na Espanha. A Velo- meiros sonhos, símbolo de liber- 17
em família (Cenas a Pedal 2009)
o desenvolvimento do trans- -C i t y Global 2010 aco nt eceu dade e instrumento de emanci-
porte urbano sustentável. e m Co penhag en, e seg un- pação. Com ela, as crianças pela Para possibilitar a prática de
A página na Internet da em- d o a TA, o Rio de Janeiro se primeira vez percorrem distâncias exercícios com bicicletas em es-
presa Metrobike, que pres- p re par a par a apresent ar, em mais longas, movidas por sua pró- paços reduzidos, foi criada a bi-
ta consultoria em projetos de a gost o de 2011, sua candi- pria força, independentes de seus cicleta ergométrica, que permite
compartilhamento de bicicle- d a tur a par a sediar o Velo -Ci- pais (Mundo Sustentável). exercitar-se em casa, no clube, na
tas, divulga que a cidade de ty G lo bal 2014. área de lazer de um condomínio
Nova Yorque publicou uma cha- Co m o m e i o d e l a z e r, a b i - ou em academias de ginástica.
mada de projetos para um sis- cicl e t a é ut i l i z a d a p or i nd i - Embora para muitos caminhar
tema de compartilhamento, co- víd uos , fa m í l i a s e gr up os d e seja uma forma mais acessí-
meçando com 10 mil bicicletas pes s oa s d e t od a s a s i d a d e s vel de “viagem ativa”, pedalar
e 600 estações, que deve aten- para p a s s e a r p e l a c i d a d e , gera maior aumento nos bati-
der às várias áreas da cidade. pelo c a m p o, e m p a rq ue s , c i - mentos cardíacos e no condi-
Segundo a empresa, se tudo clo v i a s e á re a s d e l a z e r. cionamento cardiorrespiratório
correr bem, o projeto poderia Na busca da saúde e da e traz benefícios para a saúde
rivalizar com o implantado em forma física, muitas pessoas (Yang et al 2010). Outro estu-
Figura 12 - Parada de ciclistas
Hanghzou, na China, que conta d u r a n t e a Ve l o - C i t y G l o b a l 2 0 1 0 , desenvolvem o hábito de an- do com pessoas fisicamente
com 50 mil bicicletas. em Copenhagen dar de bicicleta regularmente, ativas apontou a prática do

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ciclismo como fortemente re- segurança, grupos de ciclis- ra corrida entre duas cidades: há apenas uma, a cross-coun-
lacionada à menor incidência tas de diferentes cidades Paris e Rouen. Novamente try; a BMX, versão ciclística
de doenças cardiovasculares o rg a n i z a m p a s s e i o s d i u r n o s vencida por James Moore, co- do motocross, também tem
(Hoevenaar-Blom et al 2010). e “pedaladas noturnas” brindo 123 quilômetros em 10 apenas uma prova, a corrida
Um artigo comparando os horas e 25 minutos, cofirman- em pistas com saltos e obstá-
riscos da troca do uso do do a intenção dos organiza- culos (COB 2010).
automóvel por bicicleta para dores de promover o ciclismo No Brasil, a Confederação
viagens curtas, em áreas de e mostrar que a bicicleta po- Brasileira de Ciclismo (CBC)
trânsito intenso, concluiu que dia vencer grandes distâncias reúne as federações estaduais
os benefícios do ciclismo (di- (UCI 2010a). e tem como finalidade fomen-
minuição de doenças vas- O ciclismo faz parte das tar e desenvolver o ciclismo
culares) são maiores do que Olimpíadas desde a primeira e todas as suas disciplinas:
Figura 14 - Passeio noturno em
os riscos (acidentes e maior grupo (Campinas Bike Clube 2011)
edição, em Atenas, em 1896 ciclismo de estrada, ciclismo
18 inalação de ar poluído). O (UCI 2010a). de pista (velódromo), ciclismo 19
estudo indica que os benefí- c. Esportes competitivos Atualmente, segundo o Mountain Bike, ciclismo Bici-
cios da substituição do car- Comitê Olímpico Brasileiro cross e ciclismo Paraolímpi-
ro pela bicicleta são grandes Há várias modalidades es- (COB), nos Jogos Olímpicos e co. É reconhecida pela União
para a sociedade, por reduzir portivas empregando bicicle- Pan-Americanos, as corridas Ciclística Internacional (UCI)
a poluição e o trânsito, além tas em diferentes ambientes: de ciclismo têm provas indi- e homologada pelo Comitê
de melhorar a saúde pública. velódromos, ruas, estradas viduais e por equipes, com Olímpico Internacional (COI)
Aponta, ainda, que os ris- asfaltadas e mesmo em terre- disputas de velocidade, con- e pelo Comitê Olímpico Brasi-
cos podem ser minimizados nos acidentados. tra o cronômetro e persegui- leiro (COB 2010), representan-
por políticas adequadas de Segundo a União Ciclísti- ção. Nos Jogos Olímpicos, o do o Brasil no exterior através
transporte e egurança, como ca Internacional (UCI 2010), esporte é dividido em quatro das atividades pertinentes ao
a construção de ciclovias lon- a primeira competição de ci- modalidades: pista, estrada, ciclismo (CBC 2010).
ge das vias de trânsito pesa- clismo, registrada oficialmen- mountain bike e BMX (bici- Em âmbito mundial, a UCI
do, para proteger os ciclistas te, ocorreu no final do século cross ou bicycle moto cross). congrega as confederações de
de acidentes e da exposição 19, em 31 de maio de 1868, no A categoria pista tem o maior ciclismo dos vários países (UCI
à poluição (de Hartog et al Parque de Saint-Cloud, em Pa- número de provas: dez dife- 2010b) e a Confederación Pa-
2010). ris. Foi vencida pelo inglês Ja- rentes; na estrada há duas namericana de Ciclismo reúne
Visando conciliar a práti- mes Moore. Em 7 de novembro provas, de velocidade e con- as entidades do continente
ca de exercícios, o lazer e a de 1869, aconteceu a primei- tra o relógio; na mountain bike americano, que são membros

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da UCI (COPACI 2010). A UCI (2010) define dez tipos compreende as modalidades
A CBC regula as seguintes de provas em pistas ou velódro- estrada e velocidade, individu-
modalidades/disciplinas mos divididas em três categorias: al e por equipe. Envolve com-
competitivas: estrada, pis- • Velocidade (sprint): individual, petidores com quatro tipos de
ta, mountain bike e BMX por equipe, quilometro (500 m deficiências: cegos e deficien-
(bicicross). para mulheres), Keirin Figura 18 – BMX (UCI 2010) tes visuais, paralisia cerebral,
A s p r i m e i r a s p rova s d e e s- cadeirantes e amputados. Os
• Perseguição: individual, por
t rada d a t a m d o f i n a l d o sé c u- O BMX ou bicicross consiste cadeirantes “pedalam” com as
equipe, por pontos, Madi-
lo 1 9 . N a s c o r ri d a s e m e stra - em uma competição no forma- mãos (handcycling). Os cegos
son, scratch
d as ou r u a s , os c orre d ore s to de corrida em uma pista cheia usam uma bicicleta dupla com
f o rma m u m p e l otã o d i sp u ta n- • Combinados: Omnium combina de obstáculos, inspirada pelas de um guia dirigindo no banco
d o q u e m c h e g a n a f re nte e 6 eventos em 2 dias consecutivos MotoCross. Constituí-se por ba- da frente. Triciclos são usa-
co b ri n d o l on g a s d i stâ n c i a s terias de 8 competidores por ca- dos por atletas com paralisia
20 ( n o C a mp e on ato Mun d i a l d a tegoria definida pela faixa etária. cerebral (UCI 2010 e Ciclismo 21
UC I , c h e g a a c e rc a d e 26 0 Exige velocidade, explosão física, Paraolímpico).
km) . E x i s t e m p rova s d e um técnica e habilidade. Abrange o Um panorama em Portu-
d ia c o m o a P ari s -Rou b ai x e Figura 16 - Prova de velocidade (UCI2010) supercross e o freestyle, por sua guês, da variedade de moda-
o To u r d e F l a n d e rs ), p rova s vez dividido em park, vert, flat, lidades do ciclismo esportivo
em c i rc u i t os c o m o o C a m p e - O mountain bike iniciou nos anos street e dirt (CBC 2010). pode ser encontrada no site
o n at o M u n d i a l d a U C I e p ro- 80 na Califórnia e, segundo a UCI, Ciclismo. As modalidades.
v as p or e t a p a s c om o o Tou r compreende quatro especialidades:
d e F r a n c e , o G i ro d ’Ital i a e a cross-country, maratona, DHI (down-
Vu elt a a E sp a ñ a. E sta m od a l - hill) e 4X (four cross). As competições
idade a b r a n ge c orri d a s i n d i - em montanhas exigem grande ha-
v idu a i s o u p or e q ui p e s d e 2 bilidade e resistência para vencer os
a 1 0 c o r re d o res. (U C I 2 0 1 0 ). obstáculos e imprevistos do caminho. Figura 19 – Ciclismo Paraolímpico (UCI 2010)

A UCI define ainda outras dis-


ciplinas, tais como: cyclo-cross,
trials, indoor cycling e para-
-cycling (ciclismo paraolímpico).
Figura 15 - Corrida de estrada (UCI 2010) Figura 17 – Mountain bike (UCI 2010) O ciclismo paraolímpico

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DESAFIO SEBRAE 2011 2. TIPOS DE BICICLETAS Guia Setorial

gazine e Escola de Bicicleta). a andar de bicicleta e, em 1969, a


O bicicross (BMX) é praticado Dragster com bancos longos e gui-
2. Tipos de bicicletas com bicicletas de aro 20 ou 24, dões altos, ao mesmo tempo infantil
quadro compacto e rígido para re- e uma das primeiras BMX. A partir de
sistir a saltos e manobras radicais. 1995, a Huffy licenciou o uso da ima-
Há diferentes tipos de bicicleta O mesmo tipo de quadro é tam- gem de vários personagens de dese-
em função do uso pretendido: urba- bém usado em manobras de rua nho animado com Warner Brothers,
na, dobráveis, mountain bike, para free-style, basta alguns acessórios Disney e Nickelodeon (Huffy 2010).
velódromo, para pista, bicicrosss, como o rotor e o freio só na dian-
além dos modelos infantis. teira. Não têm marcha, pois não
Figura 20 - Bicicletas Urbana (esq.) e
As bicicletas urbanas ou passeio Velocidade (dir.). Escola de Bicicleta são destinadas a percorrer longas
são de alumínio, com 18, 21 ou distâncias. O quadro pode ser de
mais marchas, têm rodas aro 700 Nas pistas e velódromos, as com- cromo, alumínio ou titânio. Pode
Figura 22 - Modelos infantis da empre-
22 (700mm), mais confortáveis que as petições de velocidade empregam ser usada por crianças. A BMX está 23
sa Huffy: Convertible Bike, 1949 (esq) e
de aro 26” (660 mm). Têm pneus bicicletas otimizadas, que não têm para o ciclismo assim como o kart Dragster, 1969 (dir)
para o asfalto, mas que pode rodar catraca ou roda-livre (não se pode está para o automobilismo. (Escola
Outros tipos de bicicletas exis-
na terra. Adequadas a cidades lito- parar de pedalar), nem freio (para pa- de Bicicleta e Bikemagazine).
tem. A bicicleta reclinada (recum-
râneas, pois o alumínio resiste à ma- rar o ciclista reduz a velocidade das
bent bicycle) é um tipo diferente de
resia. Podem ter suspensão diantei- pedaladas), e têm marcha única.
bicicleta na qual o ciclista dirige dei-
ra ou amortecimento no canote de As mountain bike (MTB) são fabri-
tado sobre as costas e próximo ao
selim. Podem ter para-lamas, baga- cadas para uso estradas de terra, tri-
chão (CycleGenius 2010).
geiro, farol e lanterna (Bikemagazine lhas em terrenos acidentados, neve
e Escola de Bicicleta). e lama. Têm o quadro e rodas muito Figura 21 - Mountain Bike (esq.) e
B i c i c ro s s ( d i r. ) . E s c o l a d e B i c i c l e t a
As bicicletas de velocidade (estra- resistentes, aro 26”ou 29”, pneus la-
da) são leves (entre 7 e 10 kg), têm meiros e até 27 marchas para vencer As primeiras bicicletas para crian-
quadro de cromo, alumínio, fibra qualquer subida. São boas para uso ças, nos anos 1950, imitavam algu-
de carbono ou titânio, pneus finos urbano e com pneus slick são ade- mas características de automóveis,
e pressão alta. Podem ter câmbio quadas para o cicloturismo. A ver- foguetes ou jatos (Livestrong 2010).
com até 20 marchas e são próprias são para downhill (DHI) tem o quadro Em 1949, a empresa Huffy lançou
para estradas asfaltadas, não de- superdimensionado, pesado, com nos Estados Unidos, o primeiro mo-
vendo ser usadas na cidade (Bike- suspensões dianteira e traseira de delo infantil com rodinhas traseiras
magazine e Escola de Bicicleta). grande curso e freio a disco (Bikema- auxiliares para crianças aprendendo Figura 23 - Bicicleta reclinada (Cyclegenius 2010)

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DESAFIO SEBRAE 2011 3. INOVAÇÃO NO PROJETO DE BICICLETAS Guia Setorial

colhe quais artefatos replicar e rodas baixas e de mesmo tama-


quais deixar de lado. nho, corrente dentada na roda
3. Inovação no projeto de bicicletas A história da bicicleta mos- traseira e pneus com câmaras
tra que inovação é mais do que de ar. A evolução da bicicleta
O processo de invenção e aper- desenvolvimento emerge quan- invenção. Inovação combina é consistente com a teoria pro-
feiçoamento da bicicleta, associa- do as novas combinações sur- invenção com adoção pela posta por Nelson, Winter (1982),
do à criação da enorme diversida- gem descontinuamente. sociedade da novidade cria- segundo a qual a inovação en-
de de modelos e usos, ilustram a Para Schumpeter, a inovação da. Inovações tecnológicas es- volve a variação técnica, a sele-
forma como a inovação ocorre em ocorre em ciclos de geração de tão associadas com inovações ção de um padrão industrial e a
muitas áreas da atividade humana. diversidade, seleção e combi- nos modos de produção, nos retenção via mudanças técnicas
nação, por analogia com a te- modelos de negócio e com as incrementais que elaboram e es-
a. Inovação como evolução oria da evolução proposta por inovações sociais associadas tendem o padrão.
Darwin (1859), no século 19, na à adoção de novos modos de Do design dominante ou dese-
24 Para entender o processo de obra “A Origem das Espécies”. vida pelas pessoas. O processo nho padrão da bicicleta segura 25
inovação, podemos lembrar A diferença é que na biologia de inovação envolve o entrela- foram derivados muitos dos mo-
que Joseph Schumpeter (1959), a seleção é natural, enquan- çamento de decisões tecnoló- delos hoje usados para transpor-
o fundador da abordagem evo- to que na economia a seleção gicas e estratégicas (D´Ipolitto te, diversão, turismo, ginástica e
lucionista na economia, já afir- é social e tanto a combinação 2003) e depende da capacidade competições esportivas.
mava que nas inovações no quanto a diversidade são gera- de aprendizagem e de coopera-
sistema econômico é normal- das por design (Massey 1999). ção em rede (D´Ipolitto 2010). c. Patentes e propriedade
mente o produtor quem inicia a Mais recentemente, Anderson intelectual
transformação econômica, pois e Tushman (1990) apontam que
b. O Design dominante e
é como se o produtor ensinas- Basalla (1988) ancora-se nos a bicicleta segura Os produtos da criação inte-
se aos consumidores a desejar conceitos de diversidade, conti- lectual podem merecer diferen-
coisas novas, ou diferentes. Em nuidade, novidade e seleção, ao Seguindo a metáfora evolucio- tes formas de proteção da pro-
sua abordagem, produzir signi- revisar na literatura a evolução nista, Pinch e Bijker (1987) mos- priedade intelectual, entre as
fica combinar materiais e forças tecnológica da roda, do motor tram que a evolução da bicicle- quais, patentes, direito do autor
a nosso alcance para produzir a combustão, dos automóveis, ta envolveu mais de dez formas e marcas. Segundo o INPI, as
novas coisas, ou os mesmos entre outros, focando a diversi- incompatíveis até convergir para criações relativas aos produtos
objetos, por método diferente, dade gerada por rupturas tecno- o design dominante da “bicicleta industriais e às invenções são
combinando esses materiais e lógicas aleatórias, seguidas por segura” (safety bicycle), tornado protegidas através de Registro
forças diversamente. Assim, o um processo de seleção que es- o padrão da indústria com duas de Desenho Industrial, Patentes

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DESAFIO SEBRAE 2011 3. INOVAÇÃO NO PROJETO DE BICICLETAS 3. INOVAÇÃO NO PROJETO DE BICICLETAS Guia Setorial

de Invenção, Modelo de Utilida- vés da cooperação entre os países de bicicletas, gerando novas pa-
de e Certificado de Adição de In- membros. tentes. Um exemplo é a patente,
venção (INPI Patente 2010). Um passeio virtual pelo enor- de 2000, de um dispositivo para
Uma patente “é um título de pro- me acervo de patentes, acessí- recarregar a bateria de uma bici-
priedade temporário outorgado vel pela Internet, revela os cami- cleta elétrica sendo transporta-
pelo Estado, por força de lei, ao nhos nada lineares trilhados por da em um automóvel. Outro caso
inventor/autor ou pessoas cujos inventores e pesquisadores, que bem recente é a patente de 16 de
direitos derivem do mesmo, para através dos tempos têm criado e dezembro de 2010, de um kit para
que esta ou estas excluam tercei- difundido tecnologias, que hoje converter uma bicicleta comum
ros, sem sua prévia autorização, podem até nos parecer simples, em uma bicicleta elétrica.
de atos relativos à matéria pro- por serem já tão familiares. A in-
tegida, tais como fabricação, co- venção e a evolução da bicicleta
mercialização, importação, uso, e seus componentes tecnológi-
26 venda etc” (INPI Patente 2010). cos são reveladas por uma “via- 27
Na Internet, o Google Patents, gem pelo mundo de patentes”. Figura 25 - Patente aplicada por P. Lallement,
1866, Bicycle Technology and Patents 2011)
permite pesquisar e acessar a co- Em 1817, o Barão Karl von Drais,
leção de patentes norte-america- aplicou a patente da draisienne,
nas, desde 1790, depositadas no precursora da bicicleta, que poste-
escritório de marcas e patentes riormente foi licenciada ou copiada
dos Estados Unidos, USPTO (Uni- por terceiros (Van der Plas, Baird
ted States Patent and Trademark 2010). Outra patente importante
Office). PatentesOnline é um ser- na evolução da bicicleta foi apli-
viço gratuito que permite consul- cada pelo francês Pierre Lallement
tar o acervo de patentes disponí- (Bicycle Technology and Patents).
vel do INPI. Diversas outras patentes marca-
A Organização Mundial de Pro- ram invenções referentes à bicicleta
priedade Intelectual, WIPO (World e seus acessórios, como a patente
Intellectual Property Organization), da sineta (buzina), aplicada em 1895,
é a agência da ONU (Organização e do sistema que permite frear ao
das Nações Unidas) responsável pedalar para trás, aplicado em 1900.
Figura 26 -Patente Bicycle Bell (1895,
pela proteção da propriedade in- Até os dias de hoje, a atividade Figura 24 - Patente aplicada por von US Patent Office, acessada via www.
telectual em âmbito mundial, atra- inventiva segue intensa no setor Drais (Van der Plas, Baird 2010) google.com/patents)

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DESAFIO SEBRAE 2011 3. INOVAÇÃO NO PROJETO DE BICICLETAS Guia Setorial

4. O Mercado e a indústria de bicicletas

28 Figura 27 -Patente Back Pedaling Figura 29 -Patente Electric Bicycle 29


Break (1900, US Patent Office, aces- (2010, US Patent Office, acessada via
sada via www.google.com/patents) www.google.com/patents)

Figura 30 - Produção Mundial de Bicicletas (2010. Abraciclo, Acessado em www.abraciclo.com.


br/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=21&Itemid=37)

Segundo Marques Filho (2009), comprou 5,8 milhões de bicicletas,


o Brasil é o quinto maior mercado 7% a mais que em 2007, e a expec-
consumidor de bicicletas depois tativa de crescimento do mercado
de China, Estados Unidos, Índia e até 2013 é de 3% a 6% ao ano. Este
Japão e a indústria brasileira é a cenário otimista deve ser reforçado
Figura 28 -Patente “Charging Device terceira em volume de produção, com a realização da Copa do Mun-
on a Vehicle to Charge an Electric Bi-
cycle” (2000, US Patent Office, aces- atrás de China e Índia. do, em 2014, e das Olimpíadas, em
sada via www.google.com/patents) Em 2008, o mercado brasileiro 2016 (Marques Filho 2009).

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DESAFIO SEBRAE 2011 4. O MERCADO E A INDÚSTRIA DE BICICLETAS 4. O MERCADO E A INDÚSTRIA DE BICICLETAS Guia Setorial

Em termos geográficos, o mercado brasileiro de bicicletas está distri-


buído da seguinte forma: Sudeste 44%, Nordeste 26%, Sul 14%, Centro-
-oeste 8% e Norte 8%.

Figura 31 - Consumo Mundial de Bicicletas (2010. Abraciclo. Acessado em www.abraciclo.


com.br/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=21&Itemid=37)
30 31
Figura 33 - Segmentação do Mercado Brasileiro de Bicicletas por Região. (Abraciclo.
Segundo a Abraciclo, o mercado de bicicletas, no Brasil, é segmentado Acessado em http://www.abraciclo.com.br/index.php?option=com_content&view=cate
gory&layout=blog&id=21&Itemid=37))
segundo os seguintes usos: 50% transportes, 32% infantil, 17% recreação
e lazer e 1% competição. Um dos entraves ao crescimento e à competitividade do setor é a enor-
me dependência da importação de matéria-prima, peças, equipamentos e
tecnologia, decorrente da falta de conhecimento e de empresas especiali-
zadas (Takeuchi 2009, Marques Filho 2009).

Figura 32 - Segmentação do Mercado Brasileiro de Bicicletas por Uso. (Abraciclo. Figura 34 - Evolução da Produção Brasileira de Bicicletas, em milhões de unidades,
Acessado em http://www.abraciclo.com.br/index.php?option=com_content&view=ca até 2010.( Abraciclo. Acessado em www.abraciclo.com.br/index.php?option=com_
tegory&layout=blog&id=21&Itemid=37) content&view=category&layout=blog&id=21&Itemid=37

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DESAFIO SEBRAE 2011 4. O MERCADO E A INDÚSTRIA DE BICICLETAS 4. O MERCADO E A INDÚSTRIA DE BICICLETAS Guia Setorial

bricação de todos os componentes,


o investimento em técnicas de pro-
dução e o adensamento de todos
os elos da cadeia produtiva, ainda
que de início copiasse a tecnologia
de terceiros.
O mercado interno consome toda
a produção nacional de 5,5 milhões
de bicicletas por ano, ao passo que
a China exporta 80% das 100 mi-
lhões de unidades que produz anu-
almente. Um esforço brasileiro para
conquistar 10% do mercado ameri-
32 cano, poderia representar a produ- 33
ção de mais 2 milhões de bicicletas
Figura 35 - Projeção da Produção Brasileira de Bicicletas, em milhões de uni- (Takeuchi 2009).
dades, para 2011. (Abraciclo. Acessado em www.abraciclo.com.br/index.
php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=21&Itemid=37)

Paulo Takeuchi (2009), que presidiu Ambos os autores apontam para


até 2010, a Abraciclo, Associação a necessidade de adensamento
Brasileira dos fabricantes de Moto- dos arranjos produtivos no setor e
cicletas, Ciclomotores, Motonetas, a criação de empresas fornecedo-
Bicicletas e Similares, destaca que ras especializadas (por exemplo,
essa carência de conhecimento es- de “ciclopeças” e “motopeças”),
pecializado decorre de outra fragilida- como fatores críticos para viabili-
de setorial: a falta de cursos de for- zar a substituição de importações e
mação profissional específicos. Pois, o aumento de exportações de alto
enquanto a indústria automobilística valor agregado, com a consequente
conta com cursos superiores, que geração de empregos qualificados
formam engenheiros automobilísti- e bem remunerados (Takeuchi 2009,
cos, não há nada similar para o setor Marques Filho 2009). Citam como
de duas rodas (Takeuchi 2009). exemplo a China, que priorizou a fa-

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Le Musée Olympique. www.olympic.org/fr/le-musee-olympique ou
Olimpic Museum. www.olympic.org/museum

b. Patentes
Google Patents. www.google.com/patents
Patentes Online. www.patentesonline.com.br

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DESAFIO SEBRAE 2011 Guia Setorial

D. OUTRAS PUBLICAÇÕES

a. Em Espanhol
Ciclismo en carretera. Robert J. Gregor e Francesco Conconi. Ed
Hispano Europea, Espanha, 2005.

El gran libro de los juegos olímpicos. Publicación Oficial del Museo


Olímpico. ESM SL Librerias Desportivas, Espanha, 2008.

Guía maestra del entrenamiento del ciclista. Chris Carmichael e


Jim Rutberg, Ediciones Tutor, S.A., Espanha, 2005.
44 45
El Tao del ciclismo indoor. Andrés Muñoz López. Editorial Clube Univer-
sitário. Espanha, 2009.

Libros y bibliotecas de un bicicletero dando La vuelta al mundo. Ra-


món Salaberria. Educación y Biblioteca. Revista Mensual de Do-
cumentación y Recursos Didácticos, 18(153), pp. 89-93, 2006.

b. Em Português
A história dos esportes. Orlando Duarte. SENAC/SP.

F i q u e p o r d e n t ro d o s Es p o rt es Olímpic os. Benê Turco .


Cas a d a P a l a v r a e C OB C u l tu ra l , 2006.

O que é ciclismo. Silvia Vieira e Armando Freitas. Casa da Palavra e


COB Cultural, 2007.

Você conhece os jogos olímpicos? Tradução da publicação original


do Museu Olímpico de Lausanne (Le Musée Olympique). Casa da
Palavra e COB Cultural, 2008

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