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EM DEFESA DA VIDA - Parte (2)

Alguns argumentos contra o SUICIDIO

Rubens Santini – Março/1995 – Revisado Maio/2017 – Distribuição gratuita


2

“O telefone toca... O plantonista atende...


Uma pessoa deseja morrer. Ingeriu comprimidos, deseja morrer
conversando com alguém e espera que o plantonista possa ser
esta pessoa, possa representar este outro para que não esteja
só nesta passagem.
O plantonista arrisca perguntar se está certo de que‚ isto
que realmente quer, se não gostaria que lhe fosse enviado
socorro. A pessoa recusa, não quer voltar atrás e pede ao
plantonista que fale com ela.
A voz atenua-se... o telefone cai”.(*)

“Tentar compreender por que uma pessoa, de maneira impulsiva


ou cuidadosamente planejada, escreve dizeres amorosos na sola
do sapato para um namorado e se atira do viaduto; ou acomoda
seu revólver numa morsa de oficina, na garagem de sua
residência, coloca a cabeça diante da arma e dispara; ou
amarra um cordel de náilon no teto do banheiro e se enforca;
ou ingere dezenas de comprimidos de uma só vez; ou por que
uma criança se joga da janela do décimo andar; ou, ainda, por
que um padre acende as seis bocas do fogão na cozinha de um
colégio, deitando-se sobre elas carbonizando-se, não é,
absolutamente, tarefa fácil.
Foi numa tentativa de elucidar alguns fatores que possam
estar em jogo na vivência destas pessoas, no momento em que
decidem se matar, que este trabalho nasceu”.(**)

(*) Um atendimento no CVV - Centro de Valorização da Vida - Brasil


(**) "Suicídio: Testemunhos do Adeus" – Dra. Maria Luiza Dias
3

Índice

Prefácio ................................................. 4

Primeira Parte: Ponto de Vista da Psicologia

Queria dar apenas um susto ............................... 5

O suicídio através dos tempos ............................ 6

O desejo de vingança ..................................... 7

Depressão e melancolia induzem a maioria dos suicídios ... 8

O suicida inconsciente ................................... 9

Os suicidas por fracasso ................................ 10

É preciso evitar novos suicídios ........................ 11

CVV dá ajuda por telefone ................................ 12

Como identificar um suicida em potencial ................ 13

O que fazer se um familiar ou amigo quiser se matar ..... 14

Onde procurar ajuda ...................................... 15

Segunda Parte: Ponto de Vista Espiritual

Visão da Doutrina Espírita .............................. 16

O Vale dos Suicidas ..................................... 17

Suicida não é obsessor ................................... 19

Rompendo bruscamente os laços fluídicos ................. .20

O sofrimento pós-morte ................................... 21

Conseqüências para uma futura reencarnação.. ............ 22

Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio ..................... 23

Suicídio: A covardia moral ............................... 23


4

Prefácio(*)

Por que as pessoas se matam?


O que poderá levar o homem a recorrer a esse ato tão
irracional?

(1) Falta de Fé? - é a total descrença de outra vida


após a morte. Tem a ilusão de que, provocando a própria
morte, será o fim de todo o sofrimento e o início de um
eterno sono profundo. É a falta de Espiritualidade e da
crença nas obras do Criador.

(2) Orgulho ferido? - Pode ser considerado, também,


como falta de fé, porque a fé‚ conduz à humildade, e esta é
inimiga do orgulho.

(3) Tédio da vida? Muitas vezes, as pessoas não


conseguem definir um objetivo em sua vida. No fundo, é
ausência da fé para suportar as provas que a vida lhe impõe.
As dificuldades são tantas, e não encontrando forças para
sair do marasmo, a pessoa acaba se entediando. Quem tem fé
não deserta da vida, pois sabe que os recursos Divinos são
inesgotáveis. E a oração é o maior dos instrumentos para se
conseguir que essa ajuda venha dos Planos mais Altos.

(4) Medo do fracasso? - Medo de ser humilhado,


ironizado por não ter sido um vencedor. No fundo, todos os
problemas que levam as pessoas ao suicídio é a falta de fé, é
a fragilidade espiritual.

O nosso propósito, através desse material de estudo, é


fazer uma abordagem psicológica e espiritual do suicida, e
quais são os motivos que o levam para tal ato.

Rubens Santini
São Paulo, 10 de março de l995

(*) Baseado no livro "O pensamento de Emmanuel" - de Martins Peralva


5

“Queria dar apenas um susto” (1)

O texto abaixo foi extraído do livro "O que é suicídio"


do psicanalista e professor da UNICAMP (Universidade Estadual
de Campinas) Dr. Roosevelt M. S. Cassorla, onde ele dialoga
com sua paciente que havia tentado um suicídio:

“Há alguns anos, conheci Aparecida. Havia ingerido um


poderoso agrotóxico e estava viva apenas graças à rapidez do
socorro, uma diálise renal.
Sorria-me, sem graça, na expectativa do que ia fazer.

- O que houve Aparecida?


- Eu só ia dar um susto no meu marido. Tínhamos brigado.

- Você não sabia que poderia morrer?

- Pensei que aquilo só matava bicho sem osso...

Na sua simplicidade, Aparecida me dizia que não queria


morrer. Ela tinha “ossos”, um esqueleto interno, mental, que
a prendeu à vida.
Já outros suicidas têm um “esqueleto” mais frágil. E não
suportam as vicissitudes da vida, mais ainda quando ela os
frustra e lhes causa sofrimentos.
Existem sofrimentos que fazem parte da vida e há aqueles
desnecessários. Muitos de nós não nos satisfazemos com os que
já existem (e, muitas vezes, são tantos!). E procuramos
outros. Como complicamos nossas vidas, como que atraídos pelo
sofrer!
Não seria isto uma espécie de suicídio?”

“Nesta vida,
morrer não é difícil.
O difícil,
é a vida e o seu oficio. ”

(Maiakvóski)

Extraído de "O que é suicídio" do psicanalista e professor da UNICAMP


(1)

Dr. Roosevelt M. S. Cassorla


6

O suicídio através do tempo

O médico, psicanalista e professor da UNICAMP


(Universidade Estadual de Campinas) Dr. Roosevelt Cassorla,
em seu livro “O que é suicídio”, nos narra um episódio da
antiguidade de como uma “epidemia” de suicídio foi contida:

“O suicídio, desde a Antiguidade, sempre foi punido


severamente. Plutarco, um antigo historiador, nos conta o
seguinte:
Moças passam a enforcar-se e logo apresenta uma
“epidemia” de suicídio de jovens. Nenhuma medida fez com que
ela cesse, até que alguém propõe que os jovens sejam
condenados a terem seu cadáver levado nu, em passeata, até o
cemitério. Com essa medida, a “epidemia” se extingue. ”(1)
Em sua tese de mestrado na Universidade Estadual de
Campinas (UNICAMP), a psicóloga Dra Maria Luiza Dias também
menciona como o suicídio era punido com certo rigor na
antiguidade:

“Em Tebas e Chipre, o morto era privado de honras


fúnebres. Em Atenas, no século IV, cortava-se a mão direita
daquele que cometera o suicídio. Esta era enterrada distante
do resto do corpo do indivíduo de forma a evitar uma
posterior vingança do morto. O objetivo era desmanchar seu
estratagema, destitui-lo de poder, da capacidade de
assassinar os vivos. Ainda no século IV, Santo Agostinho
assinala que o suicídio era uma “perversão detestável” e
“demoníaca”, e que o “não matarás” estendia-se também a “não
matarás a si próprio”. A Igreja utilizava todos os recursos
disponíveis para a repressão ao suicídio. Outras religiões
também condenavam o suicídio, como é o caso da judaica, com a
prática de enterrar o corpo do suicida em sepultura à
parte.”(2)

Um fato mencionado no jornal “Folha de São Paulo”, de


18/04/1994:
“Personagens fictícios da literatura podem também
inspirar suicídios coletivo. Foi o que aconteceu em 1774, o
lançamento do livro “Werther” do poeta alemão Goethe,
provocou uma onda de suicídio na Europa. Motivo: a
identificação com o destino do personagem-título do livro,
que se mata com um tiro por amor. A “epidemia” de suicídio
foi tão longe que várias pessoas, a maioria jovens se matavam
envergando casacos azuis e colete amarelo, as roupas que o
personagem usava no final do livro.”

(1)"O que é suicídio" – Dr. Roosevelt Cassorla


(2)"Suicídio: testemunhos do adeus" - tese de mestrado, na UNICAMP, da
psicóloga Dra Maria Luiza Dias
7

O desejo de vingança(1)
O Dr. Roosevelt Cassorla menciona em seu livro (“O que é
suicídio” que a maioria dos suicídios são por motivos de
vingança e para causar remorso e sofrimento em que fica:

“Geralmente, os suicidas fantasiam a reação dos vivos


perante a sua morte: o sentimento de tristeza, remorso e
culpa.
O suicida elimina sua vida, paga com ela, mas não está
totalmente consciente disso, o prazer de tornar real sua
fantasia de vingança, de causar sofrimento aos outros.
Muitas vezes, ele nem deseja a morte, mas sim uma nova
vida, em que a pessoa se sinta querida, seja importante. O
final fantasiado, se possível, é que aquelas pessoas de quem
se imagina que veio o maltrato, se sintam culpadas e com
remorso.
Então, o suicida, como que ressuscitaria, todos se
desculpariam e a vida continuaria num final feliz.
Existe uma independência entre o desejo de morrer e o de
matar-se. A pessoa que se mata não quer necessariamente
morrer, pois nem sabe o que seja isso. Ela se mata porque
deseja outra forma de vida, fantasiada. Nessa outra vida ela
encontra amor ou proteção, se vinga dos inimigos, reencontra
pessoas queridas.
Uma anedota nos mostra uma pessoa que se jogou num rio
querendo matar-se. Enquanto se debate na água, recusa cordas
e bóias que as pessoas lhe jogam da margem. Finalmente, um
policial a ameaça com um revolver: “ou você sai daí ou te dou
um tiro”. O suicida em potencial, que quer matar-se, não quer
ser morto, e sai da água...
A anedota é verdadeira, e nos leva a outro aspecto do
suicida. O individuo quer morrer, mas também quer viver, ele
está em conflito, e comumente uma ajuda ou até uma ameaça
(como no caso) podem decidir a direção que vai ser tomada.
O suicida sofre e faz sofrer. Ele não sabe o que é
morte. O que o suicida procura é escapar de um sofrimento
insuportável, real ou fantasiado, interno ou externo. E o ato
suicida é uma mensagem, uma maneira de comunicar suas dores e
pedir ajuda. “

(1) "O que é suicídio" - Dr. Roosevelt Cassorla


8

Depressão e melancolia induzem maioria dos suicídios(3)

Na matéria publicada no jornal “Folha de São Paulo” em


18 de abril de 1994, descreve que as pessoas com tendências
suicidas são pessoas depressivas:

“Distúrbios psiquiátricos são a causa mais freqüente das


tentativas de suicídio, e dos suicídios propriamente ditos.
Entre esses distúrbios, a depressão e a melancolia são
os maiores culpados.
A estudante de Direito, Patrícia, 21 anos, não tem o
menor problema de falar sobre a sua tentativa de suicídio,
aos 15 anos, pois hoje acha que o que fez foi uma bobagem,
“coisa de adolescente”.
“Eu estava muito triste, não me dava bem com os amigos e
com a família”, diz.
A garota tomou uma cartela de antidepressivos. “Na hora
eu não pensei claramente em morrer, só sentia vontade de
fugir de tudo.”
Patrícia foi encontrada em seu quarto por sua mãe.
“Contei tudo a ela. Fomos ao hospital e fiz uma lavagem
estomacal”.
O uso excessivo do álcool e de drogas também pode levar
ao suicídio. Sob seus efeitos, as pessoas perdem parcialmente
a noção do que fazem, e podem acabar se matando.
Dúvidas com relação à personalidade ou grandes perdas
também podem levar a pessoa ao suicídio. Dúvidas em relação à
sexualidade e conflitos com a família são exemplos comuns. ”

(3) "Folha de São Paulo" de 18/04/1994


9

O suicida inconsciente(1)

O Dr. Roosevelt nos descreve alguns tipos de


comportamento, que mesmo inconsciente, são consideradas atos
suicidas:
“Suicídio é, traduzindo-se a palavra: morte de si mesmo.
Esta definição parece suficiente, num primeiro momento. Mas,
quando começamos a refletir sobre as maneiras e mecanismos
como as pessoas podem matar-se ou contribuir para sua própria
morte, percebemos que se trata de uma conceituação muito
ampla, em que podemos incluir muitos atos e comportamentos
que normalmente o leigo não imagina que se trata de suicídio.
Vejamos alguns exemplos:

(1) Imaginemos um fumante inveterado, já com problemas


pulmonares e cardíacos, conseqüência do fumo, que sabe que se
não parar morrerá em pouco tempo. E geralmente não pára de
fumar ou não consegue. É evidente que está contribuindo para
sua própria morte. O mesmo vale para os alcoólatras, o
viciado em drogas e mesmo para quem insiste em ingerir
alimentos que lhe farão mal.

(2) Há pessoas que gostam viver perigosamente. Na


maioria das vezes não estão conscientes dos riscos que
correm, ou mesmo que conhecem, acreditam impunes a eles.
Corredores de automóveis, alpinistas é um bom exemplo.

(3) Algumas pessoas levam formas de vida em que, por


problemas psíquicos ou psicossociais, se sobrecarregam física
e/ou emocionalmente. Vivem constantemente em tensão e muitas
vezes acabam criando uma doença em seu organismo, existindo
um componente emocional ligado à impulsos de autodestruição.
A doença será a resultante da interação entre os instintos de
vida e de morte (estes exacerbados). Isto é, mais evidente no
caso de moléstias que se costumam chamar psicossomáticas: a
hipertensão arterial, o enfarte do miocárdio, a úlcera
gastroduodenal, a asma brônquica,... O componente psicológico
também é claro nas doenças infecciosas, no câncer e nas
doenças auto-imunes. ”

(1) "O que é suicídio" de Dr. Roosevelt Cassorla


10

Os suicídios por fracasso (1)

Na seqüência de nosso estudo, vemos outro tipo de


comportamento que pode levar ao suicídio: o apego ao status,
a bens materiais e um dia ele perde ou não consegue o que
almeja. Vejamos o que Dr. Roosevelt nos informa:

“Quando se trata de pessoas de estratos sociais médios e


altos, é muito provável que a competição desenfreada, a
necessidade de status e poder, a valorização das pessoas pelo
que tem, o estímulo ao consumismo, etc, fazem com que elas
passem a viver numa roda-viva, em que sempre querem mais e
estão sempre se comparando com os outros. E esses valores são
estimulados pela nossa sociedade. Surgem então as tão
conhecidas figuras do tipo “vencedor”, isto é, aquele
individuo, com grande capacidade de trabalho e adaptação às
circunstâncias, e que usa qualquer meio, ético ou não, para
adquirir mais poder, prestígio e dinheiro. Muitas empresas
estimulam a competição entre seus funcionários, reproduzindo
em menor grau o que acontece na sociedade.
Alguns “vencedores”, quando atingem o auge, entram em
depressão, a “depressão do sucesso”, porque não havendo mais
nada para conseguir, não há mais objetivos, e só sobram o
tédio, a monotonia e a tristeza.
E outros, ainda, entram em decadência, ou porque não
conseguem mais acompanhar mudanças rápidas, devido à idade,
ou pela entrada de novos competidores mais jovens. Acabam
também com depressão por fracasso.
O suicídio pode ser uma saída, se o fracasso é sentido
como humilhante, insuportável. Devemos lembrar, por outro
lado, que esses indivíduos só viveram para sua ambição e
trabalho, e seus laços familiares ou afetivos são muito
frágeis.
Quando fracassam, se percebem sozinhos, pois suas
“amizades”, “mulheres”, “badalações” e “nome em colunas
sociais” eram apenas o resultado do aproveitamento do seu
status por outras pessoas gananciosas.
Procurem prestar atenção em políticos ou pessoas que
foram muito poderosas, quando perdem esse poder. Geralmente
envelhecem e morrem pouco depois. É como se não tivessem mais
por que viver, suicidando-se inconscientemente. E, alguns de
forma intencional. “

(1) "O que é suicídio" – Dr. Roosevelt Cassorla


11

É preciso evitar novos suicídios(2)

Em seu livro, e tese de mestrado defendida na UNICAMP, a


Dra Maria Luiza Dias nos alerta que é fundamental que as
pessoas com tendência suicidas procurem ajuda terapêutica. E
há, aqui na cidade de São Paulo, hospitais com setores
especializados para atendimento de suicídios mal-sucedidos e
dar apoio psicológico:

“A Psicologia Clínica está preocupada em lidar com a


tentativa de suicídio ocorrida e entendê-la para uma atuação
pós-crise, desenvolvendo um acompanhamento terapêutico neste
período difícil.
Alguns hospitais, como o Hospital São Paulo, já possuem
um setor de atendimento psicológico para indivíduos que dão
entrada no hospital por tentativa de suicídio mal-sucedido.
Esta equipe especializada, objetiva prevenir novas tentativas
de suicídios por parte destas pessoas e reintegrá-las ao
convívio social, em vez de se preocupar apenas com a alta
médica (recuperação física do interno), como ocorria até
pouco tempo.
É possível tentar desenvolver um trabalho junto à
família do suicida, uma vez que o suicídio se relaciona
diretamente com a unidade familiar e o meio próximo ao
indivíduo. Além disso, a família com um membro suicida
encontra-se freqüentemente desamparada e impotente diante de
tal situação. ”

(2) "Suicídio: Testemunhos do Adeus" – Dra Maria Luiza Dias


12

CVV dá ajuda por telefone(3)


Em 18 de abril de 1994 o jornal “Folha de São Paulo”,
fez uma belíssima reportagem sobre o CVV (“Centro de
Valorização da Vida”. O CVV é uma ONG aqui do Brasil que dá
apoio emocional e prevenção a suicídios:
“O CVV (Centro de Valorização da Vida) é um serviço
telefônico grátis que atende 24 horas do dia.
Recebem 4000 ligações por mês só na cidade de São Paulo.
O CVV possui alguns lemas como “somente aquele que sabe
ouvir poderá ajudar” ou, o mais conhecido, “é mais fácil
viver quando se tem um amigo”.
Todo o corpo de plantonistas é composto por pessoas
voluntárias.
Um dos métodos de atuação do CVV é tentar entender a
pessoa, sem minimizar o seu problema.
Por exemplo: a dor sentida por uma adolescente que briga
com o namorado, pode ser muito grande para ela. A postura do
CVV, neste caso, seria de compreensão. Jamais seria dito à
jovem que procurasse outro namorado, pois isso deve ser o que
ela está ouvindo de todos.
O CVV aconselha que a atitude adotada por amigos de
suicidas em potencial seja a mesma: “jamais diga para essa
pessoa que seu sofrimento é uma bobagem”.
Outro conselho do CVV é que seja permitido o desabafo,
deixar a pessoa chorar, se extravasar.
Quando a idéia de suicídio é exposta claramente, ou
seja, quando é discutida, é mais difícil que ela se
concretize. Qualquer coisa que passa pela linguagem é
atenuada. Se alguém diz que tem medo de um vir a se matar,
provavelmente não irá fazer isso. ”

(3)
"Folha de São Paulo" - 18/4/94
13

Como identificar um suicida em potencial


(1) Observar se a pessoa tem sintoma de:

(a) depressão: tristeza constante, ansiedade,


insônia, perda de apetite, pessimismo, dificuldade de
se concentrar.

(b) falta de perspectiva: o que é diferente de uma


tristeza temporária.

(2) Ficar atento a fatos importantes da vida da pessoa.


Grandes perdas ou mudanças podem precipitar uma tentativa ao
suicídio.

(3) Verificar se a pessoa já tentou se matar antes.


Estas pessoas têm maior tendência a repetir a tentativa.

(4) Ficar atento para anúncios espontâneos de suicídio.

(5) Falar claramente sobre o tema. Pergunte diretamente


se a pessoa pensa em se matar.
14

O que fazer se parente ou amigo quiser se matar(3)

“(1) Ofereça ajuda médica ou psiquiátrica. Se


necessário, leve-a mesmo a contra gosto.

(2) Mantenha-a longe de armas de fogo, objetos


cortantes, remédios como calmantes e de lugares altos.

(3) Converse sobre a situação que ela vive. Lembre-se


de que a depressão tem cura e é passageira, com tratamento
adequado ela acaba em duas ou três semanas. Para a pessoa
deprimida, entretanto, a sensação é de que jamais haverá
solução.

(4) Nem a deixe sozinha, nem durante a noite. Além de


ter seus atos vigiados, ela se sentirá querida e estimulada.

(5) Trate o tema com clareza e sem preconceitos. “

(3) "Folha de São Paulo" - 18/4/94


15

Onde procurar ajuda


(1) Brasil:

CVV - Centro de Valorização da Vida - ligue: 141.


Sede Sapientae - é um centro multidisciplinar sem fins
lucrativos, reconhecido como um grande pólo do estudo de
saúde mental, educação e filosofia. Oferece terapia a
preços de acordo com a renda do paciente. Situa-se na rua
Ministro de Godói, 1484 - Perdizes - São Paulo - fone:
(11) - 3866-2730.
Clínica de Psicoterapia da PUC-SP (Pontifícia da
Universidade Católica – São Paulo) - também oferece
terapia de acordo com a renda do paciente. Situa-se na rua
Almirante Pereira Guimarães, 150, Pacaembu, São Paulo -
fone: (11) – 3862-6070.

(2) Portugal:
SOS VOZ AMIGA (http://www.sosvozamiga.org)
fones: 213 544 545 - 912 802 669 - 963 524 660
(das 16 às 24 horas)

(3) Espanha:
Teléfono de la Esperanza
(http://telefonodelaesperanza.org)
Fone: 902 500 002

(4) Argentina:
Centro de Asistencia al Suicida (CAS) – ligue: 135

(5) Colômbia:
Linea Púrpura – ligue: 123
Línea Antisuicidio (01 8000 113 113)
16

A visão da Doutrina Espírita(4)


Selecionamos as seguintes perguntas feitas por Kardec
aos Espíritos Superiores, a respeito do suicídio:

P-944: O homem tem o direito de dispor da sua própria vida?

R: Não; somente Deus tem esse direito. O suicídio voluntário


é uma transgressão da Lei.

P-946: Que pensar do suicida que tem por fim escapar às


misérias e às decepções deste mundo?

R: Pobres Espíritos que não tiveram a coragem de suportar as


misérias da existência! Deus ajuda aos que sofrem e não aos
que não têm forças, nem coragem. As tribulações da vida são
provas ou expiações. Felizes os que suportam sem se queixar,
porque serão recompensados!...

P-948: O suicida que tem por fim escapar à vergonha de uma


ação má é tão repreensível como o que é levado ao desespero?

R: O suicídio não apaga a falta. Pelo contrário, com ele


aparecem duas em lugar de uma. Quando se teve coragem de
praticar o mal, é preciso tê-la para sofrer as conseqüências.
Deus é quem julga. E, segundo a causa, pode às vezes diminuir
o seu rigor.

P-956: Os que, não podendo suportar a perda de pessoas


queridas, se matam na esperança de se juntarem a elas,
atingem seus objetivos?

R: O resultado para elas é bastante diverso do que esperam,


pois em vez de se unirem ao objeto de sua afeição, dele se
afastam por mais tempo, porque Deus não pode recompensar um
ato de covardia e o insulto que Lhe ‚ lançado com a dúvida
quanto à Sua providência. Eles pagarão esse instante de
loucura com aflições ainda maiores do que aqueles que
quiseram abreviar, e não terão para compensá-los a satisfação
que esperavam.

(4) "Livro dos Espíritos" - Allan Kardec


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O Vale dos Suicidas(5)

O escritor português Camilo Castelo Branco testemunhou


sua vida além-túmulo, após a um suicídio, à médium Yvonne
Pereira em "Memórias de um Suicida". Neste trecho ele
menciona a região onde estarão os suicidas no Plano
Espiritual, após sua morte:
“... região composta por vales profundos, com gargantas
sinuosas e cavernas sinistras, no interior dos quais uivavam
demônios enfurecidos, Espíritos que foram homens dementados
pela intensidade e estranheza, verdadeiramente inconcebíveis,
dos sofrimentos que os martirizavam. O solo coberto de
matérias enegrecidos e fétidos, lembrando a fuligem, sendo
imundo, pastoso, escorregadio e repugnante. O ar é
pesadíssimo, asfixiante, gelado, coberto por um forte
nevoeiro. Os Espíritos que ali habitavam vivem sufocados como
se matérias pulverizadas, nocivas mais do que a cinza e o cal
lhes invadissem as vias respiratórias. Os raios solares
jamais chegam a esse lugar. É um local onde não existem paz,
consolo e a esperança. Tudo é marcado pela desgraça, miséria,
assombro, desespero e horror. Quem ali habita são grandes
vultos do crime e falanges de suicidas. (...)
De outras vezes, tateando nas sombras, lá íamos, por
entre gargantas, vielas e becos, sem lograrmos indícios de
saída... Cavernas, sempre cavernas - todas numeradas -; ou
longos espaços pantanosos quais lagos lodosos circulados de
muralhas abruptas, que nos afiguravam levantadas em pedra e
ferro, como se fôramos sepultados vivos nas profundas
tenebrosidades de algum vulcão! Era um labirinto onde nos
perdíamos sem podermos jamais alcançar o fim! Por vezes
acontecia não sabermos retornar ao ponto de partida, isto é,
às cavernas que nos serviam de domicilio, o que forçava a
permanência ao relento até que deparássemos algum covil
desabitado para outra vez nos abrigarmos. Nossa mais vulgar
impressão era de que nos encontrávamos encarcerados no sub-
solo, em presídio cavado no seio da Terra, quem sabia se nas
entranhas de uma cordilheira, da qual fizesse parte também
algum vulcão extinto, como pareciam atestar aqueles
imensuráveis poços de lama com paredes escalavradas lembrando
minerais pesados?! (...)
Cada um de nós, no Vale Sinistro, vibrando violentamente
e retendo com as forças mentais o momento atroz em que nos
suicidamos, criávamos os cenários e respectivas cenas que
vivêramos em nossos derradeiros momentos de homens
terrestres. Tais cenas, refletidas ao redor de cada um,
levavam a confusão à localidade, espalhavam tragédia e
inferno por toda a parte, seviciando de aflições superlativas
os desgraçados prisioneiros. Assim era que se deparavam, aqui
e ali, forcas erguidas, balançando o corpo do próprio

(5)"Memórias de um suicida" - de Camilo Castelo Branco, ditado à Yvonne


Pereira.
18

suicida, que evocava a hora em que se precipitara na morte


voluntária. Veículos variados, assim como comboios fumegantes
e rápidos, colhiam e trituravam, sob suas rodas, míseros
transloucados que buscavam matar o próprio corpo por esse
meio execrável, os quais, agora, com a mente “impregnada” do
momento sinistro, retratavam sem cessar o episódio, pondo à
visão dos companheiros afins suas hediondas recordações! Rios
caudalosos e mesmo trechos alongados de oceano, surgiam
repentinamente no meio daquelas vielas sombrias: - era meia
dúzia de réprobos que passava enlouquecida, deixando à mostra
cenas de afogamento, por arrastarem na mente conflagrada a
trágica lembrança de quando se atiraram às suas águas!...
Homens e mulheres transitavam desesperados: uns
ensangüentados, outros estorcendo-se no suplício das dores
pelo envenenamento, e, o que era pior, deixando à mostra o
reflexo das entranhas carnais corroídas pelo tóxico ingerido,
enquanto outros mais, incendiados, a gritarem por socorro em
correrias insensatas, traziam pânico ainda maior entre os
companheiros de desgraça, os quais receavam queimar-se ao seu
contacto, todos possuídos de loucura coletiva! E coroando a
profundeza e intensidade desses inimagináveis martírios — as
penas morais: os remorsos, as saudades dos seres amados, dos
quais não tinham mais notícias, os mesmos dissabores que
haviam dado causa ao desespero e que persistiam em
afligir!... E as penas físico-materiais: a fome, o frio, a
sede, exigências fisiológicas em geral, torturantes,
irritantes, desesperadoras! a fadiga, a insônia depressora, a
fraqueza, o delírio! ”
19

Suicida não é obsessor(9)


O autor espiritual Luiz Sérgio, no livro “Driblando a
dor”, nos esclare:
“Suicida não é obsessor, é um doente necessitado que as
Casas Espíritas devem tratá-los com respeito; que eles
recebam de Deus e Jesus cuidados mais que especial; que o
homem precisa prevenir-se contra o suicídio, pois dias virão
em que irão aumentar, por causa da fome, do desespero, da
droga, da miséria, do abandono, dos vícios e da traição.(...)
Os Espíritas precisam urgentemente orientar a população
com folhetos nos logradouros públicos, falando e orientando
sobre o suicídio. O homem deve ficar ciente de que não existe
a morte e que ninguém é dono de seu corpo; a veste física é
um empréstimo da natureza e teremos de devolvê-la um dia,
queira Deus intacta. Ninguém pode rasgá-la, nem violentá-la,
ela é obra divina emprestada para permanecermos na Terra. O
homem não se conhece. No dia em que ele se preocupar com seu
corpo, ganhará paz, pois se sentirá no seu ombro o peso da
responsabilidade e sorrirá feliz por se sentir eterno. A
ignorância e a falta de fé levam ao suicídio. O corpo físico
é um veículo indispensável para se transitar no plano
terreno; destruí-lo é retardar a chegada aos braços de Deus.
O suicida sofre antes, durante e depois do ato impensado,
pois leva a dor como bagagem. Nossas preces e o nosso
respeito são bálsamos para o seu sofrimento. Gostaria que
toda a humanidade se conscientizasse do valor da oração aos
suicidas, o quanto eles são beneficiados através das nossas
preces. (...)
Ele sofre ante do suicídio por estar enfrentando muitas
vezes imensa dor, e qual não é sua surpresa quando, com o
ato, sente seus padecimentos se agravarem. Nas primeiras
horas em que ele percebe que não conseguiu morrer, e continua
preso à dor moral e à física, sente-se confuso porque está
vivo, o sangue jorrando, a ferida doendo e ele ali, inteiro.
Embora tenha adormecido por segundos, o despertar é cruel. O
enterro, a arma, o povo falando, e ele ali, junto ao corpo
físico; o ar lhe falta, o odor é fético; busca a ferida, ela
é sangrenta e dolorida. Agora sofre, além da dor moral, e
ainda mais, a dor física. Depois do suicídio, busca outra vez
a morte e, em desespero, constata que aumentou a sua dor.
Muitas vezes o suicida não larga o corpo físico e, junto às
vísceras putrefatas, não compreende por que cheira mal, e
conclui que o túmulo agora ‚ sua prisão; antes era a
tristeza. Quando consegue se ver livre da cova, leva-a
gravada na mente. É a dor, o desespero de um suicida. Como
ignorá-lo? Como condenar um irmão em sofrimento? O mais
acertado a fazer é orar por ele, abraçá-lo nas nossas preces
para que se renove e encontre a paz. ”

(9) "Driblando a dor" - Luis Sérgio através de Irene Pacheco Machado


20

Rompendo bruscamente os laços fluídicos (9)

Luiz Sérgio, em “Driblando a dor”, nos mostra as


conseqüências do suicídio, quando rompemos bruscamente os
laços fluídicos que ligam nosso corpo físico do corpo
espiritual:
“Observei atentamente aqueles fios despedaçados e
compreendi a importância dos fios magnéticos para um
espirito, são eles que ligam o espirito à matéria física e
lhe oferecem a vida. Na morte natural, ele é desatado com
amor por equipes divinas. Com o suicídio, ele é partido e não
desatado, violentamente arrancado, estraçalhado, quando ainda
está com toda força magnética. É nele que estão concentrados
os fluidos vitais para uma longa vida terráquea. Não é Deus
que castiga um suicida, é ele mesmo o que mata suas
oportunidades de vida; ao explodir o cordão fluídico ele está
destituindo a asa que o alçaria ao mundo espiritual sem as
dores da matéria. Ao desatar o nó do cordão fluídico, a
equipe divina dá condição ao espirito de decolar. E ele se vê
livre da matéria. No suicídio inconsciente, ou no consciente,
o laço não se desfaz, rompe-se, e a separação não se processa
facilmente. Com a morte clínica do corpo físico, neste mesmo
corpo torna-se para o espirito uma cruz de ferro que pesa e
fere, mas que o suicida terá de suportar por um bom tempo.”

(9) "Driblando a dor" - Luis Sérgio através de Irene Pacheco Machado


21

O sofrimento pós-morte
O verdadeiro sofrimento começa no momento do suicídio e
continua no plano espiritual. Todas as narrativas das vítimas
são unânimes nas descrições das dores ligadas ao gênero de
morte escolhida:

Por veneno corrosivo: sensação fortíssima de queimadura


destruindo todo o esôfago, o estômago e os intestinos.

Por projétil de arma de fogo na região da cabeça: a dor do


ferimento é permanente, impedindo o raciocínio, onde o sangue
fica jorrando o tempo todo.

Por afogamento: asfixia, falta de ar, a ânsia desesperada de


respirar.

Por enforcamento: a Entidade revive, no Plano Espiritual, os


mesmos sintomas ligados ao afogamento e, ao mesmo tempo, como
em todos os casos citados, fica revivendo o momento da morte
repetidas vezes. Nesse caso, fica tentando se livrar da corda
que colocou no pescoço, para ver se consegue respirar melhor,
livrando-o da asfixia.

Tudo isto porque a mente edifica e produz. O pensamento


é criador, e, portanto fabrica, corporifica, retém imagens
por si mesmo engendradas, realiza o que passou e, com
poderosas garras, conserva-o no presente até quando desejar.
O suplício toma vulto maior no pensamento. O Espírito perde a
noção do tempo e tem a impressão de que vai sofrer
eternamente.
22

Conseqüências para uma futura reencarnação

Na seqüência, um trecho extraído do livro ditado por


Camilo Castelo Branco à médium Yvonne Pereira, em “Memórias
de um Suicida”:
“O Espírito de um suicida voltará a novo corpo terreno
em condições muito penosas de sofrimento, agravados pelas
resultantes do grande desequilíbrio que o desesperado gesto
provocou em seu corpo astral, isto é, no perispirito. E para
o seu próprio benefício, terá que repetir o programa terreno
que deixou de executar. (...)
Na Espiritualidade raramente o suicida permanecerá
durante muito tempo. Em alguns casos, os considerados mais
graves são encaminhados para a reencarnação imediata, onde
completará o tempo que lhe faltava para o término da
existência que cortou. Conquanto muito dolorosas, mesmo
anormais, tais reencarnações serão preferíveis às
desesperações de além-túmulo, evitando grande perda de tempo
ao paciente. Veremos então homens deformados, mudos, surdos,
com problemas mentais,... É um caso de vibrações, tão
somente. O perispírito não teve forças vibratórias para
modelar a nova forma corpórea, a despeito do auxilio recebido
dos técnicos do mundo invisível. Assim, concluirão o tempo
que lhes faltava para o compromisso da existência
prematuramente cortada, corrigirão os distúrbios vibratórios
e, logicamente, sentir-se-ão aliviados. ”(5)

"Memórias de um suicida" - ditado pelo Espirito de Camilo Castelo


(5)

Branco à médium Yvonne Pereira


23

Dia Mundial de prevenção ao suicídio

Desde 2003, cada 10 de setembro, foi definido pela


“Associação Internacional para a Prevenção ao Suicídio”
(IASP) e pela “Organização Mundial da Saúde” (OMS) como o Dia
Mundial de Prevenção ao Suicídio.

Suicídio: A covardia moral(8)


A seguir, um trecho extraído do “Evangelho Segundo o
Espiritismo:
“A calma e a resignação, hauridas na maneira de encarar
a vida terrestre e na fé no futuro, dão ao Espírito uma
serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o
suicídio. (...)
Aquele que está certo de não ser infeliz senão por um
dia, e de serem melhores os dias seguintes, tem facilmente
paciência; ele só se desespera se não vê termo para seus
sofrimentos. Que é, pois, a vida humana em relação à
eternidade, senão bem menos que um dia? Mas para aquele que
não crê na eternidade, que crê que tudo nele se acaba com a
vida, se está oprimido pelo desgosto e pelo infortúnio, não
vê seu termo senão na morte; não esperando nada, acha muito
natural, muito lógico mesmo, abreviar suas misérias pelo
suicídio.
A incredulidade, a simples dúvida sobre o futuro, as
idéias materialistas, numa palavra, são os maiores excitantes
ao suicídio: elas dão a covardia moral. ”

(8)
"Evangelho Segundo o Espiritismo" - Allan Kardec
24

Fontes bibliográficas utilizadas como pesquisa

1. "Suicídio: Testemunhos do Adeus" – tese de mestrado na Unicamp da


psicóloga Dra Maria Luiza Dias.

2. "O que é suicídio" – Dr. Roosevelt Cassorla – Ed. Brasiliense.

3. Jornal "Folha de São Paulo” – 18/04/94.

4. "Pensamento de Emmanuel" – Martins Peralva.

5. "O Livro dos Espíritos" – Allan Kardec.

6. “Evangelho Segundo o Espiritismo” – Allan Kardec.

7. "Driblando a dor" – Luis Sérgio através de Irene Machado.


8. "Martírio de um suicida" – Almerindo Martins de Castro.
9. "Memórias de um suicida" - de Camilo Castelo Branco através de
Yvonne Pereira

10. “Quem tem medo da morte” – Richard Simonetti.

Biblioteca Virtual Espírita


www.bvespirita.com

Rubens Santini (rubens.santini@gmail.com)


Distribuição gratuita. Não é permitida a sua venda. A cópia é permitida para distribuição gratuita.
São Paulo, março 1995

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