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PSICOLÓGICA
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e o psicólogo devem basear sua decisão, obrigatoriamente, em métodos e/ou técnicas
e/ou instrumentos psicológicos reconhecidos cientificamente para uso na prática
profissional da psicóloga e do psicólogo (fontes fundamentais de informação), podendo,
a depender do contexto, recorrer a procedimentos e recursos auxiliares (fontes
complementares de informação)”.
II - Fontes complementares:
De acordo com esse mesmo Art.2 §1º - “Será considerada falta ética, conforme
disposto na alínea c do Art. 1º e na alínea f do Art. 2º do Código de Ética Profissional
do(a) psicólogo(a) a utilização de testes psicológicos com parecer desfavorável ou que
constem na lista de Testes Psicológicos Não Avaliados no site do SATEPSI, salvo para
os casos de pesquisa na forma da legislação vigente e de ensino com objetivo formativo
e histórico na Psicologia”.
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igualmente importante consultar o manual do referido teste, de modo a obter
informações adicionais acerca do construto psicológico que ele pretende medir, bem
como sobre os contextos e propósitos para os quais sua utilização mostra-se apropriada.
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mas que seus estudos de validade e precisão continuam favoráveis. Cabe ressaltar que a
alteração se aplica aos materiais analisados a partir da promulgação da nova resolução.
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Para a utilização de alguns instrumentos que exigem uma ou mais habilidades
específicas (teóricas e de interpretação) por parte do aplicador, deve-se verificar,
também, se não existem dificuldades tanto por parte do psicólogo (conhecimento para a
interpretação conforme a teoria e construto em que o teste foi criado), ou ainda,
dificuldades físicas ou psíquicas do examinando. Ressalta-se a obrigatoriedade em
utilizar-se o teste dentro dos padrões referidos por seu manual e cuidar da adequação do
ambiente, do espaço físico, do vestuário dos aplicadores e de outros estímulos que
possam interferir na aplicação.
As autoras alertam, nessa mesma matéria do Jornal Psi - CRPSP (2008), para
outra questão que requer atenção e refere-se ao fato de que muitos testes estrangeiros
são trazidos ao Brasil, colocados em uso, inclusive por não psicólogos e utilizados como
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parâmetros para comparações de sujeitos que a eles se submetem. Isso traz um prejuízo
ao usuário, fazendo-o acreditar que está adquirindo serviços profissionais, quando na
verdade está sendo avaliado por pessoas sem formação nem qualificação requeridas
para a realização da avaliação, com instrumentos que, ainda que tenham excelente
reputação em seu país de origem, não estão adaptados à população brasileira, o que
pode implicar em desvios significativos de resultados. Muitos instrumentos jamais
passaram por estudos de validação e mesmo que tais estudos tenham sido realizados em
outros países, é imprescindível a adaptação à nossa realidade.
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Art. 6º - ...
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solicitação, ele pode mudar radicalmente, por exemplo, o destino de uma pessoa,
família, desenvolvimento de uma criança ou uma decisão judicial.
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fidedignidade de instrumentos e técnicas psicológicas, adulterar seus resultados ou
fazer declarações falsas”.
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normas e procedimentos para avaliação psicológica de candidatos à Carteira Nacional
de Habilitação e condutores de veículos automotores,
§ 2º Esse prazo poderá ser ampliado nos casos previstos em lei, por
determinação judicial, ou em casos específicos em que as circunstâncias determinem
que seja necessária a manutenção da guarda por maior tempo.
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§ 3º No caso de interrupção do trabalho da(do) psicóloga(o), por quaisquer
motivos, o destino dos documentos deverá seguir o recomendado no Art. 15 do Código
de Ética Profissional do Psicólogo.
A mudança introduzida pelo Código de Ética vigente é que este prevê como
dever do psicólogo que a devolutiva seja também fornecida por escrito à pessoa
atendida, caso esta venha a solicitar que seja feito dessa forma.
A lei 10.241/99, que dispõe sobre os direitos dos usuários dos serviços e das
ações de saúde no Estado, também especifica que a prestação das informações deve ser
fornecida por escrito:
Artigo 2º - São direitos dos usuários dos serviços de saúde no Estado de São
Paulo:
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Caberá ao psicólogo, no entanto, avaliar quais informações devem ser
documentadas considerando: a situação específica, os objetivos propostos do trabalho
para o qual foi contratado e a fundamentação teórica do seu trabalho.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
seus resultados. Implica em definir o que aferir, como aferir, as consequências dessa
aferição e o uso dos resultados obtidos, ou seja, significa um processo. Segundo Sass
de um produto.
aspecto técnico, onde parece ocultar a sua principal determinação: o aspecto político,
pois sua dimensão técnica, dotada de procedimentos que avaliam pessoas e tomam
decisões por elas, incide diretamente sobre a ação ético-política que o psicólogo executa
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administração adequada dos testes, a correção e análise dos resultados conforme
responsável e ética.
QUESTÕES:
1. Defina Avaliação Psicológica.
2. Ao utilizar um teste psicológico, quais aspectos devem ser observados?
3. Qual a conduta adequada para o uso de testes internacionais na população
brasileira?
4. No que consiste a entrevista devolutiva?
5. Qual prazo mínimo para guardar os documentos referentes a uma
avaliação psicológica?
REFERÊNCIAS
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CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA (CFP), (2004). Resolução 006/2004.
Recuperado em 19 de abril de 2019, de HTTP://www.pol.org.br.
PELLINI, M. C. B. M., ROSA, H., & VILARINHO, M. A. (2002). Uma reflexão sobre
as Questões Éticas no Ensino das Técnicas de Avaliação Psicológica nos Cursos de
Graduação em Psicologia. Caderno Uniabc de Psicologia, 31, 61-69.
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RUEDA, F. J. M., & ZANINI, D. S. (2018). O que muda com a Resolução CFP nº
09/2018? Psicologia: Ciência e Profissão, 38(n.spe), 16-27.
https://doi.org/10.1590/1982-3703000208893
SASS, O. (2000). O lugar da avaliação psicológica. Em M. C. B. M. Pellini, Avaliação
psicológica para porte de arma de fogo: contribuições da prova de Rorschach. São
Paulo: Casa do Psicólogo.
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