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‫ע ֹזֽב ׃‬
ֲ ַ ‫ֽל־‬ ‫כ ֑ם ֽ ֝ ָרתִ֗ י‬
ֶ ‫ל‬
ָ ‫ל ֣קַ ח ֭ט ב נ ָתַ ֣ ִ י‬
ֶ ‫ִ ֤י‬
Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandoneis a minha Torah (Ensino).
Mishlei (Provérbios) 4:2
Shabat Shalom! Parashiot Ahharei Mot-Kedoshim – 13 de Iyar de 5772 (05/05/2012) Ano-5 N-256
‫כֽם׃‬
ֶ ‫ל ֹקֵ י‬
ֽ ֱ‫ָ הֶ ֑ם אֲ נִ֖י ה ֥' א‬ ‫ל֣כֶת‬
ֶ ‫ל‬
ָ ‫מ ֖ר‬
ְ ְ ִ ‫ע ֛ וְאֶ ת־חֻ ֹתַ ֥י‬
ֲ ַֽ ‫ט֧י‬
ַ ָ ְ ‫מ‬
ִ ‫אֶ ת־‬
“Os Meus Juízos cumprireis, e os Meus Estatutos guardareis para segui-los; Eu sou o Eter-no, vosso D-us” (Vaicrá 18:4)
No meio da exposição de várias Mitsvot, esta Parashá nos exorta em relação à nossa observância da Torah em um
sentido geral, tal como lemos no passuk acima. O significado da expressão “para segui-los” não é clara: o que isto acrescenta
ao comando para observar a Torah? O Ktav Sofer explica este assunto com base no uso que a Torah faz de uma palavra cujo
sentido é o oposto de “seguir”: “Omed”, que significa “ficar parado”. Ela é usada em relação aos anjos, particularmente no
Livro do Profeta Isaías, no sentido de que eles permanecem estacionários no seu nível espiritual, não tendo qualquer conexão
com o conceito de “crescimento”. Portanto, ao contrário, a Torah nos diz para “seguirmos”, o que significa esforçarmo-nos
constantemente para melhorar o nosso nível espiritual. O Ktav Sofer faz uma observação semelhante em Behhukotai, no verso
de abertura: “Se andardes nos Meus estatutos, e guardardes as minhas Mitsvot, e as fizerdes...” (Vaicrá 26:3). Ele escreve:
“Não é suficiente que você mantenha as Mitsvot todos os dias no mesmo nível como nos dias anteriores; você deve sempre ir
de um nível para um nível superior, e cumprir a Mitsvá melhor e de uma forma mais louvável”. Segundo o Ktav Sofer, além de
se guardarem as Mitsvot, deve haver um esforço constante para avançar no Serviço Divino; ficar ‘parado’ não é uma opção!
Parece ainda que, em relação aos seres humanos, não existe o conceito de “permanecer no mesmo nível espiritual”, e se está
sempre ou indo para a frente ou para trás; apenas anjos são capazes de permanecer estacionários, sem andar para trás. Esta
idéia é expressa em uma explicação homilética da proibição de subir ao mizbeahh (altar) por degraus, quando o Cohen executa
o Serviço Divino; em vez de degraus, devia-se construir uma rampa para subir ao altar. Mas por que subir por uma rampa em
vez de degraus? Ao subir uma rampa íngreme, se a pessoa tenta ficar parada, a inclinação do piso vai realmente projetá-la para
trás; ela só consegue permanecer no mesmo lugar com uma certa quantidade de pressão para a frente, e ela só irá avançar com
um esforço ainda maior para frente. Em contraste, quando se sobe por degraus, a pessoa é capaz de ficar parada, sem medo de
cair para trás. Isso nos ensina que, quando alguém se aproxima do Serviço Divino, ele deve esforçar-se ativamente para
manter-se estável, e precisa esforçar-se muito para ir para frente. Esta noção é muito pertinente quando analisamos as lições de
Pessahh, que passou recentemente. Pessahh é o momento em que o poder de renovação está no seu mais alto nível. Uma
pessoa que resolveu fazer um grande esforço para crescer em seu Serviço Divino receberá grande Siyata dishmaya (ajuda
Celestial) em Pessahh. Estamos agora no período de Sefirat haÔmer (Contagem do Ômer), um período particularmente
poderoso para trabalharmos nossos traços de caráter, em preparação para o recebimento da Torah. Obviamente, é importante
que a pessoa não exagere em seus esforços de crescimento; talvez seja mais aconselhável ela concentrar seus esforços em uma
área onde sente que está em uma espécie de rotina, seja na observância do Shabat, no estudo de Torah, na oração, no cuidado
com a fala, no casamento, na paternidade, etc. Se alguém realmente se dedica a crescer, então certamente as lições de Pessahh
irão capacitá-lo para ter sucesso. (Baseado no artigo “Going Forward” de Rabbi Yehonasan Gefen – www.aish.com.)
Por Jaime Boukai (Hhazak Ubaruch)
Resumo da Parashá – Ahharei Mot - Kedoshim / Livro Vaicrá (Levítico) 16:1 – 20:27
Após as mortes de Nadab e Abihu, D-us adverte contra a entrada não-autorizada no “Santo dos Santos”. Somente o
Cohen Gadol, e apenas em Kipur, pode adentrar a câmara interna do Santuário para oferecer o ketoret (incenso) a D-us. Outra
característica do serviço de Kipur é o sorteio entre dois cabritos para determinar qual será oferecido a D-us e qual será enviado
para levar os pecados de Israel para o deserto. A Parashá também adverte contra trazer corbanot em outros locais que não o
Templo Sagrado, proíbe o consumo de sangue e detalha as leis proibindo o incesto e outras relações sexuais depravadas.
Kedoshim inicia-se com a ordem de D-us para toda a Nação de Israel para ser santa, imitando a suprema Santidade do próprio
Criador. A Torah prossegue delineando inúmeras Mitsvot através das quais podemos atingir a santidade, abrangendo uma
grande variedade de assuntos, tanto mandamentos positivos quanto proibitivos, lidando com nosso relacionamento ímpar com
D-us e com nosso próximo. Recebemos ordens de temer nossos pais, guardar o Shabat e nos abstermos da adoração de ídolos.
D-us nos instrui a deixar vários presentes de nossa colheita para os pobres e oprimidos, incluindo o canto dos campos e os
feixes que caíram ao serem juntados. Devemos manter a justiça, fazer negócios honestos, não praticar a maledicência, e, de
forma geral, ter pelos outros a mesma consideração que temos por nós mesmos. Segue-se uma descrição de várias categorias
de kilayim (misturas proibidas) – hibridação (cruzamento) de animais e plantas – e a proibição de se vestir sha’atnez (mistura
de lã e linho numa mesma roupa). A Torah discute a orlá, a proibição de consumir frutas nos primeiros três anos após o plantio
de uma árvore. A porção continua com uma lista das punições a serem impostas às pessoas que transgridem e participam das
várias relações proibidas relacionadas na porção da semana anterior. Kedoshim conclui com o mandamento, mais uma vez,
para que sejamos um povo santo e distinto das nações do mundo. (“Parashá em uma Casca de Noz” e chabad.org.br) Por Jaime Boukai
Curiosidade da Semana: O Respeito aos Pais e a Santidade
A Parashá Kedoshim se inicia com o mandamento de “kedoshim tiheyu – sereis santos”. Logo no versículo seguinte,
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a Torah nos adverte a respeitar nossos pais: “Cada um temerá à sua mãe e ao seu pai...”. Que ligação pode haver entre esses
dois mandamentos? Uma resposta que tem sido dada baseia-se no famoso episódio da mulher do Potifar e Yossef. Como lemos
no Livro de Bereshit (cap. 39), Yossef foi vendido como escravo e serviu um nobre chamado Potifar no Egito. Yossef tinha
dezessete anos e era muito atraente, e a mulher do Potifar tentou seduzi-lo. Todo dia, ela falava com ele e o atraía, mas ele
resistiu a seus esforços. Em certo ponto, ele estava a ponto de sucumbir à tentação, mas nossos Sábios nos dizem que, naquele
momento, ele viu a imagem de seu santo pai, Yaakob. Assim que Yossef viu esta imagem, ele retirou-se e correu para fora da
casa do Potifar. Para nós, é difícil imaginar o quão difícil foi este teste para Yossef. Ele era um adolescente, sozinho em um
país estrangeiro, sem família e sem qualquer comunidade judaica. Não havia nada para impedi-lo de cometer este ato de
imoralidade. Mas, quando ele viu Yaakob, ele imediatamente recobrou seus sentidos e recuou. Naquele momento, ele não
poderia trair sua educação, indo contra o que seu pai lhe ensinou, ao cometer um ato de adultério Isso pode muito bem ser a
base da ligação indicada pela Torah entre “kedoshim tiheyu” e o respeito aos pais. Se as crianças crescem com respeito pelos
seus pais, então este respeito vai ajudar a garantir a sua “kedushá”, sua capacidade de atingir e manter a santidade. Quando os
pais se comportarem de uma maneira respeitável, servindo como modelos de disciplina, dignidade e compromisso religioso,
conseqüentemente, as crianças terão essa imagem diante de si ao longo das suas vidas. E esta imagem vai servir como um
modelo para eles seguirem, mesmo em face das atrações e tentações que inevitavelmente venham a enfrentar, a fim de
permanecerem “kedoshim”, e mesmo muito tempo depois de elas se tornarem adultas e afastarem-se da casa dos pais. Assim, a
obrigação e o desafio do “kedoshim tiheyu” tem estreita relação com nosso papel como pais. Devemos ser modelos de
“kedushá” para nossos filhos, para que, quando eles forem colocados à prova, tenham uma imagem de santidade para protegê-
los e encaminhá-los para as escolhas certas na vida. (Baseado no “Daily Halacha” do Rabbi Eli Mansour.)
Por Maurício Cagy (Hhazak Ubaruch)
Casamentos Proibidos
Moshê advertiu o Povo de Israel: “Quando vocês viveram no Egito, viram que os egípcios tiveram relações
incestuosas com parentes próximos: irmão com irmã, mãe com filho... Quando você chegar à terra de Canaã, verão novamente
os cananeus se relacionarem com parentes próximos. Vocês, como povo sagrado, não podem imitar este comportamento
perverso. Mantenham-se distantes de todos os matrimônios que proibi”. Aqui estão alguns dos casamentos proibidos: um judeu
não pode desposar a mãe, madrasta, irmã, filha, neta, tia, ou nora; não pode casar-se com uma mulher e tomar sua irmã, filha
ou neta como segunda esposa; entretanto, se sua mulher morre, ele tem permissão de desposar a irmã dela. Um judeu não tem
permissão de contrair um matrimônio proibido, mesmo se for ameaçado de morte por não obedecer! Se ignorar as advertências
da Torah e intencionalmente realizar um casamento proibido, D-us diz: “Punirei este judeu com karet”. Karet significa
“cortar”. Esta é a pior das punições possíveis, pois esta pessoa é cortada de D-us e do resto do Povo Judeu. A Torah adverte
que, D-us não o permita, se muitos judeus cometerem esta transgressão, “A terra irá cuspi-los fora”, o que significa que o Povo
Judeu será expulso de Êrets Israel. Como um estômago delicado que não tolera comida estragada, Êrets Israel é tão santo que
não pode abrigar judeus que cometem transgressões. Os cananeus, que habitaram a terra antes de chegarem os judeus, foram
expulsos porque cometeram terríveis pecados. Mas a falha de um povo consagrado por D-us é muito mais grave! D-us
prometeu: “Aquele que cumprir Minhas Mitsvot viverá por causa delas” (Vaicrá 18:5). Isso não significa que a pessoa que
cumpre as Mitsvot não morrerá. D-us prometeu: “Aquele que cumprir Minhas Mitsvot viverá – no Mundo Vindouro – por
causa delas”. Após a morte, D-us leva a alma ao Gan Éden, onde a mantém até tehhiyat hametim, a época da ressurreição dos
mortos. Então, reconstituirá o corpo e devolverá a alma para habitar nele. A pessoa, então, viverá para sempre, apreciando a
Glória de D-us o tempo todo. Esta é a mais grandiosa recompensa imaginável! (Chabad.org)
Por Mair Haim Nigri (Hhazak Ubaruch)
Pérolas da Parashá:
Nesta Parashá, está escrito “Mip’nei seibah takum – Diante do idoso, levantar-te-ás” (Vaicrá 19:32). Toda pessoa
que entra em um ônibus em Israel vê isso escrito. A intenção é que as pessoas cedam seus lugares aos idosos, o que é
realmente um bom costume. Mas a intenção da Torah vai além disso. Existe uma Halachá (Lei Judaica) que diz que, quando
vemos uma pessoa idosa, devemos levantar em respeito a ela, não importando se é judia ou não. Outra Halachá diz que,
quando passa um sábio de Torah na nossa frente, também devemos levantar, mesmo que ele seja jovem. O motivo destas
Mitsvot é que o Judaísmo reverencia a sabedoria. A sabedoria mais elevada que pode existir é a da Torah. Outro tipo é a
sabedoria de vida. Não existe uma pessoa no mundo, por mais simples que seja, que não tenha o que aprender com ela. O
Pirkei Abot (Ética dos Pais) afirma: “Quem é sábio? Aquele que aprende com todas as pessoas”. Acredito que, em nossa
geração, necessitamos dar valor não só à sabedoria que podemos aprender de outras pessoas, mas também à sabedoria por si
só. Vivemos em uma cultura na qual existem muitos passatempos ou programas vazios de valores e conhecimentos. O
constante aprendizado leva o ser humano a se aprimorar e, se bem utilizado, a se aproximar de D-us. Por isso, um verdadeiro
sábio da Torah é chamado de talmid hhacham (aluno sábio). Por mais que ele já saiba muita coisa, a sede de aprender continua
igual à de um aluno. (Baseado no Livro Pirkei Abot – Ética dos Pais.) Por Hhazan Mair Simantob Nigri (Hhazak Ubaruch)
Dedicado à pronta e total recuperação de Hhaim David ben Messodi, Shaul Eliahu ben Chana Rivka, Sh’muel ben Nehhama Dinah e Renee bat Sarita.
Em memória e elevação das almas de Nuriel Eliahu Mizrahi Ben Chine, Rafael Haim Zeitune Ben Hacibe, Eliau Samuel Nigri, Michael Meisler Ben
Hana, Elias Simão Benchimol Ben Matilde, José Elkaim Ben Raquel, Salim Mourad Hadid Ben Simhá, Rosa Elfic Nigri Bat Ribca e Sarie Zaiat Bat
Antune.

A Equipe agradece ao Templo Sidon e a Gerson e Teresa Bergher pela colaboração na impressão e na distribuição ao público. Tizkú LaMitsvot!

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