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BS “D

‫ע ֹזֽב ׃‬
ֲ ַ ‫ֽל־‬ ‫כ ֑ם ֽ ֝ ָרתִ֗ י‬
ֶ ‫ל‬
ָ ‫ל ֣קַ ח ֭ט ב נ ָתַ ֣ ִ י‬
ֶ ‫ִ ֤י‬
Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandoneis a minha Torah (Ensino).
Mishlei (Provérbios) 4:2
Ano-5 N-258
Shabat Mebarechim Shalom! Parashiot Behar - Behhukotai – 27 de Iyar de 5772 (19/05/2012)
‫ל ֶֽרץ׃‬
ָ ֥ ‫כ ֑ם ְאֻ ָ֖ ה ִ ְ נ‬
ֶ ְ‫כ֖ל אֶ ֶ֣רץ אֲ חֻ ַת‬
ֹ ‫ב‬ְ
“E, em toda terra de vossa possessão, concedereis redenção à terra.” (Vaicrá 25:24)
Este versículo vem trazer-nos um remez – alusão – muito importante. A Kaballah explica que o último nível
na santidade é chamada de “erets – terra”, e ela é a terra superior como é sabido (pois tudo neste mundo tem um
correspondente nas esferas espirituais). Ela também explica que todas as faíscas Divinas que devemos resgatar são em
prol desta terra superior, e, quando elevamos estas faíscas, nós as redimimos das forças negativas que as mantêm
cativas junto a elas. Por isso, através dos Mandamentos Divinos e boas ações que a pessoa faz (que têm seus efeitos
espirituais ligados ao mundo vindouro), temos a capacidade de elevar estas faíscas e libertá-las de sua prisão. Contudo,
a novidade trazida pela Torah neste versículo é que, através de atos que parecem totalmente materiais e ligados apenas
a este mundo físico, a pessoa tem, também, a capacidade de redimir estas faíscas. Qualquer ação material, como comer
e beber, se tem como intenção o temor aos Céus, ou seja, a pessoa come e bebe para manter o corpo “operacional” para
cumprir a Torah e seus Mandamentos, sendo os alimentos apropriados e não proibidos, e lembra-se de proferir as
bênçãos (antes e depois), ela, com este ato aparentemente material, eleva faíscas Divinas e as redime da negatividade
que as aprisionava. Logo, também no trabalho, se a pessoa se comporta com fé, respeitando os limites que a Torah
traz, trabalhando para ter seu sustento para poder servir a D-us, ela faz um grande ato, com efeitos espirituais
gigantescos. Esse é o sentido do versículo ao dizer “bechol erets ahhuzatchem – em toda terra de vossa possessão”, que
é este mundo físico e com os atos ligados a ele, “geulah tit'nu la'arets – redenção concedereis à terra”, a terra superior
elevando as faíscas e as redimindo em prol dela. Logo, essa elevação não se dá somente através das Mitsvot e boas
ações, mas também por meio de atos simples, se imbuídos das intenções corretas e se feitos conforme ordena a Torah.
(Aderet Eliyahu – Parashá Behar do Hhacham Rabbi Yossef Hhaim de Baghdad – O Ben Ish Hhai ZTK"L ZYa"a.) Por Jaime Boukai (Hhazak Ubaruch)

Resumo das Parashiot – Behar Sinai - Behhukotai (Fim do Livro de Vaicrá – Levítico 25:1 – 27:34)
Behar concentra-se, principalmente, nas Mitsvot referentes à terra de Israel, começando com a ordem de
cumprir Shemitá – a Mitsvá de deixar o campo sem cultivo a cada sete anos, abstendo-se de plantar e colher. Da
mesma forma, a terra, em Israel, deve permanecer não cultivada no Yobel, ou 50º ano, quando, então, a propriedade de
todas as terras retorna automaticamente à sua herança ancestral. D-us promete que abençoará a terra no sexto ano, para
que produza alimentos suficientes para durar por todo o período de Shemitá. Após descrever o processo pelo qual os
proprietários originais da terra podem redimir sua propriedade ancestral nos anos que precedem Yobel, a porção muda
para falar sobre os pobres e oprimidos. Não apenas somos ordenados a dar-lhes Tsedaká e fazer atos de bondade, como
o ideal seria fornecer-lhes os meios para sair de seu estado de pobreza. Somos proibidos de receber e pagar quaisquer
juros em empréstimos feitos a outros judeus. A Torah, então, discute os vários detalhes a respeito de servos judeus e
não-judeus que trabalham para judeus, e a Mitsvá de redimir judeus que são servos de não-judeus. Todos os servos
judeus devem ser libertados antes do início do ano de Yobel. A porção conclui repetindo a proibição da idolatria e as
Mitsvot de guardar o Shabat e reverenciar os locais santificados de D-us. A última porção do Livro Vaicrá,
Behhukotai, começa relacionando, brevemente, algumas das bênçãos e recompensas que o povo judeu receberá por
seguir diligentemente a Torah e por cumprir as Mitsvot. A porção, então, muda para o assunto que a tornou famosa – a
tochachá, a severa admoestação de D-us. Passo a passo, ela descreve as tragédias que acontecerão ao povo judeu,
muitas vezes em termos descritivos, por eles terem abandonado a observância da Torah e das Mitsvot, fornecendo uma
lúgubre descrição daquilo que foi nossa história até hoje. A porção, então, fala sobre a santificação dos presentes
voluntários ao Templo Sagrado e o processo pelo qual uma pessoa pode, monetariamente, redimir aqueles itens
santificados para seu próprio uso. O Livro de Vaicrá conclui com uma breve discussão sobre os dízimos, incluindo
uma porção que o fazendeiro deve, pessoalmente, consumir em Jerusalém, chamada ma'asser sheni. (chabad.org.br)
“Hhizkú Veyamets lebabchem Cól Hameiahhalim l’Hashem – Fortaleçam-se e encorajem-se vossos corações, todos vós
que esperais no Senhor!” Por Jaime Boukai
Curiosidade da Semana:
O Respeito Pela Sinagoga
Nesta Parashá, a Torah nos diz: “Guardareis Meus Shabatot e temereis Meu Mikdash – Eu sou o Eter-no” (Vaicrá
26:2). Isto vem nos dizer que devemos respeitar o Bet Hamikdash (o Templo Sagrado) tal como devemos guardar o Shabat,
mas também implica que devemos temer e respeitar o Miat Mikdash, ou seja, as “miniaturas” de Mikdash que são sinagogas.
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BS “D
Alguns Hhachamim comentam a conexão entre estas duas afirmações dizendo que, para guardarmos o Shabat, devemos
respeitar a sinagoga. Infelizmente, ocorrem alguns comportamentos inadequados na sinagoga, como, por exemplo, o
costume de se conversar durante a Tefilah e durante a leitura do Sefer Torah. Neste sentido, a Torah vem nos dizer que
devemos guardar o Shabat, comparecendo sim à sinagoga, mas não podemos profanar a sinagoga conversando, o que seria
um nível muito grave de profanação. Além disso, devemos enxergar o mau exemplo que isto representa para nossos filhos,
ao exibirmos um comportamento que desafia a autoridade: estamos de pé “diante” do Criador, e ficamos falando! Nossos
filhos verão que não temos respeito pela autoridade, e isto vai minar nossa autoridade em casa, podendo fazer, D-us nos
livre, com que eles venham a nos desrespeitar. Se estivéssemos diante do CEO de uma empresa ou do presidente da
república, é quase certo que teríamos o mais alto padrão de decoro. Nós nem sequer sussurraríamos para não interrompê-los,
para não mostrar uma falta de cortesia com uma pessoa tão importante. Portanto, quando estamos em pé “em frente” ao Rei
dos reis, o Santo dos Santos, deveríamos ser incomensuravelmente mais cuidadosos! Isto vale para toda a semana, mas,
especificamente no Shabat, quando multidões de pessoas vêm à sinagoga, temos que ter um cuidado extra... Há um rabino
chamado “Tosfot Yom Tov” (Rav Yom Tov Heller), que explicou que os pogroms de “Tach VeTat” surgiram porque os
judeus conversavam na sinagoga. Estes massacres ocorreram em torno de 1650, quando os cossacos saquearam e
massacraram muitas comunidades judaicas, e queimaram sinagogas e Sifre Torah. Isto nos mostra o quão grave é o pecado
de falar na sinagoga! Então, o Tosfot Yom Tov compôs um “Mi Sheberach” especial que é dito em muitas sinagogas hoje,
que abençoa a todos aqueles que se abstêm de falar durante a Tefilah, e que eles tenham filhos honestos, saudáveis e
prósperos neste mundo e no mundo vindouro. Quem abriria mão de uma Berachá como esta?! Que todos tenhamos o mérito
por esta Berachá, respeitando o local sagrado que é a sinagoga. (Baseado no “Daily Halacha” do Rabbi Eli Mansour.)
Por Maurício Cagy (Hhazak Ubaruch)
O Pão de Cada Dia
Você mora no deserto... O pão que te alimenta cai dos céus. O cesto que você coleta está em sua atitude. Agarre
fortemente seu cesto e seu maná não terá lugar para cair. Abra-o e olhe para os céus, e seu cesto estará sempre repleto. Você
tem a refeição de hoje à sua frente na mesa, e senta-se e se aflige sobre o que será amanhã – e alega que está apenas sendo
“prático”. Isso não é ser prático – isso é confusão. Todos os dias, você é alimentado diretamente de Sua mão cheia, aberta e
transbordante. Tudo o mais – todo seu trabalho, registros, contas, recibos, clientela, prospectos e investimentos – é apenas
uma nuvem de interface entre Sua mão que concede e sua alma, uma interface com nenhuma substância real que Ele curva e
flexiona à vontade. Se assim é, se Ele está alimentando você hoje, e Ele tem alimentado e fornecido tudo que você precisa e
mais por todos estes dias, que preocupação você poderia ter sobre o amanhã? Por acaso existe algo que pudesse ficar em Seu
caminho? Seria possível que Ele tivesse esgotado os meios para cuidar de você? Concentre-se nos canais uniformes pelos
quais você recebe e coloque seus olhos sobre a Infinita Fonte de Doação. A Fonte não carece de canais. O motivo pelo qual
você tem um negócio é para reconectar todos esses fragmentos de volta ao Criador deles. E o medidor de seu sucesso é sua
atitude. Se você se considera uma vítima das circunstâncias, dos competidores, mercados e tendências, que seu pão está em
mãos de carne e osso, então seu mundo ainda está separado de seu D-us. Mas, se você tem a confiança de que Ele está
sempre com você em tudo que você faz e o único que tem poder para mudar seu destino é você mesmo por meio de seus
próprios atos de bondade, então sua terra está conectada aos céus, e, como nos céus nada falta, assim também será em seu
mundo. A concepção comum de como funciona o sistema é falha. As pessoas vêem uma carreira como “ganhar o sustento”.
Uma carreira não faz nada. Aquilo que você recebe é gerado acima, num reino espiritual. Seu negócio é estabelecer um
canal para permitir que tudo aquilo flua para o mundo material. Todo negócio é o negócio de um alfaiate: fazer roupas para
as bênçãos que vêm ao seu encontro. Você não pode alterar o tamanho de suas bênçãos colocando-as em roupas maiores –
pelo contrário, elas simplesmente podem ser afugentadas. Mas as roupas também não devem ser pequenas demais. Porque
este é todo o objetivo: que milagres e bênçãos não venham ao mundo completamente nuas, mas sim revestidas no mundo
natural. (Dos ensinamentos do Lubavitcher Rebe – Chabad.org) Por Mair Haim Nigri (Hhazak Ubaruch)
Pérolas da Parashá:
A porção semanal de Behhukotai inicia-se com: “Se vocês andarem em Meus estatutos e observarem Meus
mandamentos e os cumprirem” (Vaicrá 26:3). O Judaísmo explica: “Nossos rabinos nos ensinaram que a expressão ‘Se
vocês andarem em Meus estatutos’ se refere a ‘esforçar-se na Torah’. Este conceito de ‘esforçar-se na Torah’ é inerente ao
estudo de Torah. ‘Esforçar-se na Torah’ significa a completa imersão do estudante na Torah e em nada mais. Significa a
capacidade de encontrar no estudo de Torah toda a alegria e prazer que uma pessoa possa almejar em sua vida. Significa
encontrar na Torah os contentamentos e benefícios do ‘pão e carne, vinho e azeite, campos e vinhedos, leite e mel, pedras
preciosas e pérolas’”. ‘Esforçar-se na Torah’ não significa uma vida de pobreza, com o afastamento completo das alegrias e
prazeres humanos, mas sim a satisfação e o contentamento sublimes do mais elevado contato com a Fonte de todas as
alegrias e prazeres. Por Hhazan Mair Simantob Nigri (Hhazak Ubaruch)

Dedicado à pronta e total recuperação de Hhaim David ben Messodi, Shaul Eliahu ben Chana Rivka, Sh’muel ben Nehhama Dinah e Renee bat Sarita.
Em memória e elevação das almas de Michel Barzilai Ben Rosa, Rebeca Nigri Bat Simbol, Salim Joseph Nigri Ben Sara, Marie Nigri Balaciano
Bat Jamile, Miriam Balassiano Bat Bida, Bekhor I. Balassiano Ben Saniar, Jamile Nigri Bat Sarah, Nazle Ajooz Benarroch Bat Rahel e Pola
Miodownik Bat Rucha Laja.

A Equipe agradece ao Templo Sidon e a Gerson e Teresa Bergher pela colaboração na impressão e na distribuição ao público. Tizkú LaMitsvot!

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