O documento apresenta as respostas de um aluno para duas questões da disciplina de Historiografia Brasileira sobre dois livros que representaram inovações em suas épocas. A primeira questão discute o livro "Visões de liberdade" de Sidney Chalhoub, que inovou ao dar protagonismo aos escravizados e enfatizar sua autonomia. A segunda questão fala do livro "Os prazeres da noite" de Margareth Rago, que inovou ao apresentar as prostitutas como protagonistas de sua própria história, rompendo com visões deterministas.
O documento apresenta as respostas de um aluno para duas questões da disciplina de Historiografia Brasileira sobre dois livros que representaram inovações em suas épocas. A primeira questão discute o livro "Visões de liberdade" de Sidney Chalhoub, que inovou ao dar protagonismo aos escravizados e enfatizar sua autonomia. A segunda questão fala do livro "Os prazeres da noite" de Margareth Rago, que inovou ao apresentar as prostitutas como protagonistas de sua própria história, rompendo com visões deterministas.
O documento apresenta as respostas de um aluno para duas questões da disciplina de Historiografia Brasileira sobre dois livros que representaram inovações em suas épocas. A primeira questão discute o livro "Visões de liberdade" de Sidney Chalhoub, que inovou ao dar protagonismo aos escravizados e enfatizar sua autonomia. A segunda questão fala do livro "Os prazeres da noite" de Margareth Rago, que inovou ao apresentar as prostitutas como protagonistas de sua própria história, rompendo com visões deterministas.
Segunda avaliação da disciplina “Historiografia Brasileira”
Prof. Dr. Petrônio Domingues Aluno: Glauco Ferreira Gomes
1) Ancorado no livro Visões de liberdade: uma história das últimas
décadas da escravidão na corte, de Sidney Chalhoub, responda à seguinte questão: no contexto da historiografia brasileira da década de 1980, o livro representou alguma inovação? Qual (ou quais)? Fundamente sua resposta.
O livro de Sidney Chalhoub foi escrito no centenário da abolição da escravatura,
em um momento de muitos debates sobre esse assunto. Nesse sentido, o autor inova ao abordar novos aspectos dentro do tema da escravidão, sendo um dos principais, o destaque que oferece a autonomia dos escravizados, no sentido de, como esses sujeitos buscaram agenciar sua própria vida e serem protagonistas de sua própria história. O autor elabora sua escrita no campo da História Social, buscando trazer o cotidiano desses indivíduos e entender suas vidas a partir das relações de amizade e de familia dessas pessoas. Como exemplo disso, Chalhoub se refere aos escravizados pelo nome, o que chama atenção dos leitores da obra. Pois, para o autor, os escravizados eram sujeitos de carne e osso, tinham identidade e vida. Assim, ele abandona a visão homogeneizadora dos escravizados, buscando entender a sua maneira de ver o mundo, de pensar, suas origens e sua atuação no meio em que estavam inseridos, sendo inovador ao abordar a história, na perspectiva dos subalternos. A escravidão não é mais colocada na perspectiva dos senhores, e sim, dos escravizados. Por fim, sua inovação também se relaciona a forma como escreve sua obra, que possui um texto parecido com a literatura, bastante atraente, e uma narrativa de fácil entendimento. O autor também fala sobre os desafios encontrados na elaboração da pesquisa, algo que outros escritores anteriores a ele, não passavam para os leitores. 3) Baseado no livro Os prazeres da noite: prostituição e códigos de sexualidade feminina em São Paulo (1890-1930), de Margareth Rago, responda à seguinte questão: no contexto da historiografia brasileira do início da década de 1990, o livro representou alguma inovação? Qual (ou quais)? Fundamente sua resposta.
O livro de Margareth Rago surge em um contexto de maior visibilidade do
movimento feminista, com suas bandeiras de lutas emancipatórias, e reforçando a participação ativa das mulheres na História. Além disso, havia neste momento, o desenvolvimento de novos campos de estudo, com o crescimento da História Social, que passou a abordar os excluídos, como os operários, camponeses, escravos, pessoas comuns e também, incorporou as mulheres na condição de objetos e sujeitos da história. Rago inova ao falar da prostituição, rompendo com a visão determinista imposta a ela, de que a prostituta é um produto das condições econômicas adversas. A autora, em contrapartida, positiva a prostituição, a abordando como uma fuga da estrutura familiar, da disciplina do trabalho e dos códigos convencionais da sociedade. Também, rompe com a visão maniqueísta, pois para ela, as prostitutas não eram nem vítimas, nem heroínas, mas sim, protagonistas de sua história, além de destacar sua pluralidade, já que cada profissional se comportava e exercia seu trabalho de uma forma diferente. Por fim, Rago traz o mundo da prostituição como polissêmico, pois, ele possibilitava lucros, assim como, unia diferentes grupos sociais. A prostituição, além dos prazeres presentes, cumpria um “papel civilizador”, onde também eram presentes orgias e divertimentos, mas também, crimes e vícios