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Descrição Anatômica dos Dentes Decíduos

Os dentes decíduos também são conhecidos como:


• Dentes temporários
• Caducos
• Dentes-de-leite
• Provisórios
• Primeira dentição
• Da infância
• Dentição infantil

A importância dos dentes temporários são as seguintes:


• Preparar os alimentos para a digestão e assimilação pela criança;
• Desenvolvimento dos músculos da mastigação, estimulando o crescimento dos
maxilares;
• Servem de guia de erupção: mantêm o espaço para a dentição permanente;
• Alinhamento e na oclusão dos dentes permanentes;
• Fonação;
• Estética

Incisivos:
• Dentes localizados mais anteriormente no arco;
• São em número de 4 em cada arco, totalizando 8 incisivos (centrais e laterais);
• Função: cortar
Caninos:
• São em número de 2 em cada arco, totalizando 4 caninos;
• Função: rasgar
Molares:
• São em número de 4 em cada arco, totalizando 8 molares (primeiros e segundos
molares);
• Função: moer

Incisivo Central Superior

• Coroa bastante achatada no sentido vestibulopalatina e há um rebordo


acentuado junto ao colo.
• A face vestibular pode ser inscrita num trapézio com a base maior voltada para a
borda incisal do dente;
• FV reta e os sulcos de desenvolvimento quase não são notados, mas são mais
frequentes no terço incisal;
• A largura mesiodistal é maior que a medida cervicoincisiva;
• O lado mesial é bastante plano, enquanto que o distal apresenta-se mais convexo
• A borda incisal é quase sempre reta.
• O ângulo mesioincisal é agudo e vivo e o distoincisal arredondado.
• As faces proximais são triangulares
• Na face palatina, existem cristas marginais mesial e distal e um cíngulo bem
desenvolvido, localizado no terço cervical;
• Entre as cristas existe uma fossa (fossa palatina), que se limita às porções
incisal e média;
• A raiz é duas vezes mais longa que a coroa
• Única, cônica, com ligeiro achatamento no sentido vestibulo-palatino
• Há um desvio do ápice para a vestibular, devido à presença do germe do dente
permanente

Incisivo Lateral Superior


• O incisivo lateral é menor que o central em todas as dimensões, exceto que o
comprimento cervicoincisal é maior que a largura mesiodistal.
• A face vestibular é convexa, com os sulcos de desenvolvimento menos
pronunciados.
• Na borda incisal o ângulo distoincisal é consideravelmente mais arredondado.
• A face palatina é estreita e côncava devido a fossa palatina.
• As cristas marginais e o cíngulo são menos pronunciados que no ICSD.
• As faces proximais são triangulares.
• A raiz é única e mais longa em relação à coroa que o incisivo central;
• Possui um desvio para vestibular e para distal no terço apical da raiz.

Incisivo Central Inferior


• A forma é um trapézio alongado, com base maior na borda incisiva;
• A face vestibular é plana; sem nenhum sulco de desenvolvimento visível;
• A dimensão cervico-incisiva é maior que a mesio-distal;
• As faces proximais são triangulares;
• A borda incisiva é reta, com ângulos formados com a superfície proximal vivos,
podendo apresentar-se leve arredondamento no lado distal;
• Na face lingual, as cristas marginais (mesial e distal) são menos pronunciadas
que no ICSD, mas podem ser facilmente observadas, assim como o cíngulo;
• A superfície lingual é achatada nos terços incisal e médio e apresentam uma
concavidade que corresponde a fossa lingual;
• A raiz é única, longa, com cerca do dobro da coroa e achatada no sentido mesio-
distal.

Incisivo Lateral Inferior


• Apresentam dimensões maiores que o ICID, além de serem menos simétricos;
• O cíngulo é mais desenvolvido que no ICID e ligeiramente desviado para a
distal;
• A superfície lingual entre as cristas marginais é mais côncava;
• A raiz é mais longa, afilada que no central.
• Possui um desvio para vestibular e para distal no seu terço apical da raiz.

Canino Superior
• Os caninos são mais robustos que os incisivos em todos os aspectos;
• A coroa apresenta uma constrição na cervical em relação à sua largura mesio-
distal;
• A face vestibular tem uma forma lanceolada;
• A superfície vestibular possui lóbulos bem desenvolvidos e uma cúspide
pontiaguda evidente.
• A ponta da cúspide é levemente distalizada, a borda distal é menos inclinada
que a mesial;
• A FV é bastante convexa em todos os sentidos, em especial no terço cervical,
onde se constata a existência de um túber;
• Dimensão mesio-distal e cervico-incisal são aproximadamente iguais;
• A face palatina apresenta duas cristas marginais (mesial e distal), bem evidentes
e um cíngulo bem desenvolvido;
• Um tubérculo pode se estender da ponta de cúspide até o cíngulo, dividindo a
superfície em duas fossas palatinas: mesial e distal.
• A raiz é única, robusta nos terços cervical e médio e levemente inclinada para
vestibular no terço apical;
• Tem um formato cônico e apresenta 2 vezes o comprimento da coroa;

Canino Inferior
• A face vestibular é convexa, principalmente no terço cervical, onde se constata
a presença de um túber;
• A coroa é mais alta que larga, o que confere uma aparência mais esguia que o
CSD;
• A face vestibular é mais plana e com sulcos de desenvolvimentos rasos;
• A coroa converge para lingual, fazendo com que a FL seja menor que a FV;
• Na superfície lingual existe apenas uma fossa lingual;
• As faces proximais são triangulares.

Primeiro Molar Superior


• A coroa tem formato cúbico irregular, é mais larga do que alta e possui um
estrangulamento no colo;
• A face vestibular pode ser inscrita num trapézio, com base maior voltada para
oclusal e apresenta duas cúpides (mesiovestibular e distovestibular) com pouca
evidência de sulcos de desenvolvimento entre elas
• A superfície vestibular é na sua maior parte plana, exceto o terço cervical, onde
apresenta uma crista cervical bem evidente. Esta é mais proeminente do lado
mesial, em que há formação do tubérculo molar de Zuckerkandl, que se localiza
no ângulo triedro mesiovestibulocervical;
• A superfície oclusal pode ter 3 ou 4 cúspides: Palatina >Mesiovestibular >
Distovestibular. Quando apresenta a 4ª cúspide, esta é muito pequena e
denominada distopalatina;
• Este dente possui geralmente 3 fossas, onde em geral está presente uma fosseta
no fundo de cada uma delas;
• A crista marginal mesial corre obliquamente para distal;
• Apresenta 3 raízes, 2 vestibulares e uma palatina.
• A palatina é mais mais longa e mais curvada, já a disto-vestibular é mais curta e
reta.
• Elas são bastante divergentes entre si;
• A câmara pulpar é ampla e segue o formato externo da coroa, possuindo 3 ou 4
cornos pulpares. O corno pulpar mesiovestibular é o mais proeminente;
• Cada raiz apresenta um único canal radicular.

Segundo Molar Superior


• Lembra muito o 1ºMSP, exceto pelo seu tamanho menor.
• Na face vestibular, duas cúspides são observadas, com sulco de
desenvolvimento entre elas.
• No triedro mesiovestibulocervical há presença do tubérculo molar de
Zuckerkandl.
• Por uma vista palatina, esse dente apresenta duas cúspides, distal e mesial, além
do tubérculo de Carabelli, localizado no lado mesial e em geral é pouco
desenvolvido.
• O dente apresentam 4 cúspides bem desenvolvidas, sendo a mesiopalatina a
maior, seguida pela mesiovestibular, distovestibular e a menor é a distopalatina;
• A crista marginal distal e a mesial são bem desenvolvidas
• Apresenta 3 raízes, sendo 2 vestibulares e uma palatina. A mesiovestibular pode
ser tão longa quanto a palatina e a distovestibular é mais curta das três;
• A cavidade pulpar consiste em uma câmara ampla, com três canais radiculares e
que seguem a forma externa do dente;
• Cada raiz apresenta um único canal radicular.

Primeiro Molar Inferior


• A face vestibular apresenta seu lado distal mais curto que o mesial.
• Sua convexidade é mais evidente no nível da borda cervical, onde se forma o
Tubérculo molar de Zuckerkandl.
• Essa face pode ser inscrita num trapézio, com a base maior na oclusal.
• Duas cúspides vestibulares estão presentes
• Por uma vista lingual, observam-se duas cúspides linguais com um sulco de
desenvolvimento entre elas.
• A face lingual é menos inclinada, menor e mais convexa que a vestibular, o que
proporciona uma convergência da coroa para o lado lingual.
• O formato da superfície oclusal é bem achatado no sentido vestibulolingual e
alongado no sentido mesiodistal. Este dente possui 4 cúspides: Mesiolingual >
Mesiovestibular > Distovestibular > Distolingual.
• Possui 2 raízes: mesial e distal. Elas são planas, largas e bem separadas, além de
achatadas;
• A cavidade pulpar consiste em uma câmara pulpar que acompanha o formato
externo da coroa, com 4 cornos pulpares, sendo o mesiovestibular o maior;
• A raiz mesial tem dois canais radiculares e a distal apenas um.

Segundo Molar Inferior


• Lembra muito o 1ºMP, exceto pelas dimensões reduzidas e a típica constrição
no colo.
• Apresenta 2 sulcos de desenvolvimento vestibulares que dividem a superfície
vestibular em 3 cúspides (mesiovestibular, distovestibular e distal, com
tamanhos aproximadamente iguais).
• No ângulo triedro mesiovestibulocervical, há o Tubérculo molar de
Zuckerkandl, menos evidente que nos 1ºs molares decíduos.
• Na face lingual, há um sulco de desenvolvimento lingual curto, que divide as
duas cúspides com dimensões semelhantes.
• A face oclusal apresenta 5 cúspides: Mesiolingual > Distolingual >
Distovestibular > Mesiovestibular > Distal.
• As raízes são duas vezes maiores que a coroa. Possui 2 raízes: mesial e distal.
Elas são longas, delgadas e separadas;
• A câmara pulpar que acompanha o formato externo da coroa, com 5 cornos
pulpares, correspondendo às 5 cúspides;
• A raiz mesial tem dois canais radiculares, enquanto a distal apresenta apenas
um.

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