Você está na página 1de 41

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Departamento de Processos Químicos


Disciplina: Química X
Professora: Zila

ELETROQUÍMICA

Rio de Janeiro
Rio de Janeiro, 2015
CÉLULAS ELETROQUÍMICAS

Trata do estudo da participação de energia elétrica em transformações químicas nas


células eletrolíticas, assim como da conversão de energia química em energia elétrica
nas células galvânica (nas pilhas ou baterias).

Abrange todos os processos químicos que envolve a transferência de elétrons.

CÉLULAS GALVÂNICAS OU VOLTAICAS


Espontâneo

Não espontâneo

CÉLULAS ELETROLÍTICAS
REAÇÕES REDOX

OXIDAÇÃO: perda de elétrons por uma espécie → aumento do Nox


AG.REDUTOR: doador de elétrons→ quem sofre oxidação

Semi-reação de oxidação: Fe → Fe2+ + 2e- A →A+ + e-


Eºred menor: OXIDAÇÃO FÁCIL → REDUTOR FORTE

REDUÇÃO: ganho de elétrons por uma espécie → diminuição do Nox


AG.OXIDANTE: aceptor de elétrons → quem sofre redução

Semi-reação de redução: Fe3+ + e- → Fe2+ B+ + e- → B


Eºred maior: REDUÇÃO FÁCIL → OXIDANTE FORTE
REAÇÃO GLOBAL
Oxidação e redução → ocorrem ao mesmo tempo →
o número de elétrons permanece inalterado
A + B+ → A+ + B
AGENTES OXIDANTES E AGENTES REDUTORES

BROWN, T. L.; LeMAY, H.E.; BURSTEIN, B. E., Chemistry: the central Science, 13ª Ed.
CÉLULAS VOLTAICAS OU CÉLULAS GALVÂNICAS
Dispositivos que utilizam reações químicas para produzir corrente elétrica
→ nomes em homenagem → Luigi Galvani (Meados Séc. XVIII) e o conde
Alessandro Volta (Fim Séc. XVIII)

Fonte das Figuras https://blog.fornell.com.br/2020/01/14/historia-da-eletricidade-alessandro-volta/


REAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA DE ELÉTRONS
➢ Oxidação do cobre metálico por íons de prata
Cu(s) + 2 Ag+(aq) ⎯→ Cu2+(aq) + 2 Ag(s)

2 Ag + + 2 e- → 2 Ag E°red = + 0,80 V
Cu → Cu2+ + 2 e- E°oxi = - 0,34 V
BROWN, T. L.; LeMAY, H.E.; BURSTEIN, B. E., Chemistry: the central Science, 13ª Ed.
CÉLULAS VOLTAICAS OU CÉLULAS GALVÂNICAS
➢ Células voltaicas simples (eletrodo metal – íon metálico)
Zn(s) + Cu2+ (aq) → Zn2+ (aq) + Cu(s)
Semi-reações
Cu2+ + 2e- → Cu
Zn → Zn2+ + 2e-
-----------------------
Zn + Cu2+ → Zn2+ + Cu

Com o desenvolvimento da reação,


ocorrerá formação de cobre metálico,
que se depositará na superfície do
eletrodo de cobre, já o eletrodo de
zinco será corroído, pois o zinco está
se transformando em íons que irão
para a solução de nitrato de zinco.

Copyright ©2001 The McGraw-Hill Companies


CÉLULAS VOLTAICAS OU CÉLULAS GALVÂNICAS

Zn(s) + Cu2+ (aq) → Zn2+ (aq) + Cu(s)


Potencial de redução (E°)
𝑍𝑛2+ + 2𝑒 − → 𝑍𝑛 𝐸° = −0,76 𝑉
𝐶𝑢2+ + 2𝑒 − → 𝐶𝑢 𝐸° = +0,36 𝑉
𝑬° 𝑪𝒖𝟐+ > 𝑬° 𝒁𝒏𝟐+

𝒁𝒏 + 𝑪𝒖𝟐+ → 𝒁𝒏𝟐+ + 𝑪𝒖 𝑬°𝒑𝒊𝒍𝒉𝒂 = 𝟏, 𝟏𝟎 𝑽


Pilha de Daniel
Se 𝐸°𝑝𝑖𝑙ℎ𝑎 > 0 reação é espontânea
NOTAÇÃO: Zn/Zn2+//Cu2+/Cu Se 𝐸°𝑝𝑖𝑙ℎ𝑎 < 0 reação não é espontânea
CÉLULAS VOLTAICAS OU CÉLULAS GALVÂNICAS
➢ Células voltaicas simples (eletrodo metal – íon metálico)
Zn(s) + Cu2+ (aq) → Zn2+ (aq) + Cu(s)

Zn (s) + Cu2+ (aq) Cu (s) + Zn2+ (aq)


[Cu2+] = 1 M and [Zn2+] = 1 M
NOTAÇÃO

Zn (s) | Zn2+ (1 M) || Cu2+ (1 M) | Cu (s)


ânodo ponte salina cátodo

Copyright ©2001 The McGraw-Hill Companies


CÉLULAS VOLTAICAS OU CÉLULAS GALVÂNICAS
➢ Ponte salina
Zn(s) + Cu2+ (aq) → Zn2+ (aq) + Cu(s)
Quando os elétrons fluem, as cargas não são
equilibradas. Portanto, uma ponte salina, geralmente
um tubo em forma de U que contém uma solução de
sal, é usada para manter as cargas equilibradas.
✓ Conectar duas semi-células;
✓ Solução de um sal inerte (NaNO3);
✓ Permitir o intercâmbio de íons:
▪ Fechar o circuito.
▪ Manter a neutralidade das soluções.

Copyright ©2001 The McGraw-Hill Companies


CÉLULAS VOLTAICAS OU CÉLULAS GALVÂNICAS

Ilustração de uma célula de


Daniell publicada em 1904

ânodo cátodo
oxidação redução

Reação redox
https://openstax.org/books/chemistry-
espontânea
2e/pages/17-5-batteries-and-fuel-cells

BROWN, T. L.; LeMAY, H.E.; BURSTEIN, B. E., Chemistry: the central Science, 13ª Ed.
RESUMO - CÉLULAS VOLTAICAS

✓ Na célula, os elétrons deixam o ânodo


e fluem através do fio para o cátodo.

✓ Os cátions são formados no


compartimento do ânodo.

✓ À medida que os elétrons alcançam o


cátodo, os cátions em solução são
atraídos para o cátodo agora negativo.

✓ Os cátions ganham elétrons e são


depositados como metal no cátodo.
CÉLULAS VOLTAICAS OU CÉLULAS GALVÂNICAS
➢ Força eletromotriz (fem)

✓ A diferença de potencial entre o ânodo e o


cátodo em uma célula é chamada de força
eletromotriz (fem).

✓ Também é chamado de potencial-padrão da


pilha e é designado E°pilha.

✓ É medido em volts (V). Um volt é um Joule


por Coulomb (1 V = 1 J / C).

A água flui espontaneamente em uma direção em uma


cachoeira. Da mesma forma, os elétrons fluem
espontaneamente em uma direção em uma reação redox, de
alta para baixa energia potencial.

BROWN, T. L.; LeMAY, H.E.; BURSTEIN, B. E., Chemistry: the central Science, 13ª Ed.
ELETRODO-PADRÃO DE HIDROGÊNIO (EPH)
➢ Potenciais-padrão de redução (Eºred)
2 H+(aq, 1M) + 2e– ⎯→ H2(g, 1 atm) E°red= 0 V

E°red = 0 (convenção)
E°red → Capacidade de atrair elétrons
OXIDAÇÃO: H2 (g) → 2H+ (aq) + 2e-

REDUÇÃO: 2H+ (aq) + 2e- → H2 (g)

Eletrodo de metal inerte (Pt) ou Grafite:


Construídos com materiais que conduzem
eletricidade, mas que não sofrem oxidação e
nem redução na célula. Emprega-se um gás em
contato com seu íon (cátion ou ânion) em
solução.

BROWN, T. L.; LeMAY, H.E.; BURSTEIN, B. E., Chemistry: the central Science, 13ª Ed.
ELETRODO-PADRÃO DE HIDROGÊNIO (EPH)
➢ Cálculo da Diferença de Potencial (ddp) ou Força Eletromotriz da Pilha (fem)
2 H+ (aq, 1M) + 2e– ⎯→ H2 (g, 1 atm) E°red= 0 V

OXIDAÇÃO: H2 (g) → 2H+ (aq) + 2e-

REDUÇÃO: 2H+ (aq) + 2e- → H2 (g)

E°pilha = E°red (cátodo) – E°red (ânodo)

A ddp de uma pilha - em condições


padrão ( 1 mol/L, 25 °C e 1atm)

BROWN, T. L.; LeMAY, H.E.; BURSTEIN, B. E., Chemistry: the central Science, 13ª Ed.
CÉLULAS VOLTAICAS OU CÉLULAS GALVÂNICAS
➢ Medida de Potencial de Redução de um Eletrodo (Relativo)
Zn (s) | Zn2+ (1 M) || H+ (1 M) | H2 (1 atm) | Pt (s)
Ânodo: Zn (s) Zn2+ (aq) + 2e-
Cátodo: 2e- + 2H+ (aq) H2 (g)

Zn (s) + 2H+ (aq) Zn2+ (aq) + H2

0 = E0
Epilha - E 0
cátodo ânodo

0 = 0,76 V
Epilha 0 = E 0 + - E 0 2+
Epilha H /H2 Zn /Zn

0 2+
0,76 V = 0 - EZn 0 2+
/Zn EZn /Zn = - 0,76 V
0 2+
Zn2+ (aq) + 2e- Zn EZn /Zn = - 0,76 V
https://2012books.lardbucket.org/books/principles-of-general-chemistry-v1.0/s23-02-standard-potentials.html
CÉLULAS VOLTAICAS OU CÉLULAS GALVÂNICAS
➢ Medida de Potencial de Redução de um Eletrodo (Relativo)
Pt (s) | H2 (1 atm) | H+ (1 M) || Cu2+ (1 M) | Cu (s)

Ânodo: H2 (g) 2H+ (1 M) + 2e-


Cátodo: 2e- + Cu2+ (aq) Cu (s)
H2 (g) + Cu2+ (aq) Cu (s) + 2H+ (aq)
0 = 0,34 V
Epilha
0 = E0
Epilha - E 0
cátodo ânodo
0 0
0
Epilha = ECu2+/Cu – EH2 /H+
0
0,34 = ECu2+ /Cu -0
0
ECu 2+
/Cu = 0,34 V
https://2012books.lardbucket.org/books/principles-of-general-chemistry-v1.0/s23-02-standard-potentials.html
CÉLULAS VOLTAICAS OU CÉLULAS GALVÂNICAS
➢ Cálculo da Diferença de Potencial (ddp) ou Força Eletromotriz da Pilha (fem)

Ânodo → E°red = – 0,76 V


Cátodo → E°red = + 0,34 V

0 = E 0 (cátodo)- E 0 (ânodo)
Epilha red red

E°pilha = + 0,34 V – (–0,76 V)

E°pilha = +1,10 V

BROWN, T. L.; LeMAY, H.E.; BURSTEIN, B. E., Chemistry: the central Science, 13ª Ed.
CÉLULAS VOLTAICAS OU CÉLULAS GALVÂNICAS
➢ Potenciais-padrão de redução (Eºred)

Eºred: expressos em volts (Solução aquosa 1M


a 25 °C e 1 atm).

Eºred: são comparados com a redução do


hidrogênio como padrão.

Eºred: quanto mais positivo, maior a tendência da


substância ser reduzida.

As reações de meia-célula são reversíveis.


O sinal de Eºred muda quando a reação é invertida.
Alterar os coeficientes estequiométricos de uma
reação de meia célula não altera o valor de Eºred.

BROWN, T. L.; LeMAY, H.E.; BURSTEIN, B. E., Chemistry: the central Science, 13ª Ed.
CÉLULAS VOLTAICAS COM ELETRODOS INERTES

Zn(s) / Zn 2+ (aq) // Fe3+, Fe2+ (aq)/ Pt(s)

reação no ânodo: Zn(s) → Zn2+(aq) + 2 𝑒 −


reação no cátodo: 2 𝑒 − + 2 Fe3+(aq) → 2 Fe2+(aq)
reação iônica: Zn(s) + 2 Fe3+(aq)→ Zn2+(aq) + 2 Fe2+(aq)
reação total: Zn(s) + Fe2(SO4)3(aq) →ZnSO4(aq) + FeSO4(aq)
Fonte da Figura: https://2012books.lardbucket.org/books/principles-of-general-chemistry-v1.0/s23-02-standard-potentials.html
CÉLULAS VOLTAICAS DE USO COMERCIAL
➢ Pilha seca ácida

Desenvolvida pelo engenheiro elétrico em


1866 George Leclanché.
Pilhas usadas em lanternas, rádios
portáteis e etc.

Ânodo: Zn (s) Zn2+ (aq) + 2e-


Cátodo: 2NH4+ (aq) + 2MnO2 (s) + 2e- Mn2O3 (s) + 2NH3 (aq) + H2O (l)

Zn (s) + 2NH4+ (aq) + 2MnO2 (s) Zn2+ (aq) + 2NH3 (aq) + H2O (l) + Mn2O3(s)
https://www.youtube.com/watch?v=lSq_WVC6Hiw
BROWN, T. L.; LeMAY, H.E.; BURSTEIN, B. E., Chemistry: the central Science, 13ª Ed.
CÉLULAS VOLTAICAS DE USO COMERCIAL
➢ Pilha seca ácida

Desenvolvida pelo engenheiro elétrico em


1866 George Leclanché.
Pilhas usadas em lanternas, rádios
portáteis e etc.

Ânodo: Zn (s) Zn2+ (aq) + 2e-

Cátodo: 2NH4+(aq) + 2e- 2NH3(g) + H2(g)

Zn2+(aq) + 2NH3(g) + 2Cl- (aq) → Zn(NH3)2Cl2(s)


2MnO2 (s) + H2 (g) → Mn2O3(s) + H2O (l)
Zn (s) + 2NH4+ (aq) + 2MnO2 (s) Zn2+ (aq) + 2NH3 (aq) + H2O (l) + Mn2O3(s)
https://www.youtube.com/watch?v=lSq_WVC6Hiw
BROWN, T. L.; LeMAY, H.E.; BURSTEIN, B. E., Chemistry: the central Science, 13ª Ed.
CÉLULAS VOLTAICAS DE USO COMERCIAL
➢ Pilha seca alcalina

✓ São de pequeno tamanho, para uso em máquinas


fotográficas, relógios, etc.
✓ Mais caras do que a pilha comum (ácida), porém tem
o desempenho superior (50% de energia a mais que a
pilha comum).
✓ As pilhas seca ácida e alcalina não são recarregáveis.
Seu funcionamento cessa definitivamente quando
todo o dióxido de manganês (MnO2) é convertido em
trióxido de manganês (Mn2O3).

Ânodo: Zn (s) + 2OH- (aq) ZnO (s) + H2O (l) + 2e- E°ânodo= -1,28 V
Cátodo: H2O (l) + 2MnO2 (s) + 2e- Mn2O3 (s) + 2OH- (aq) + H2O (l) E°cátodo= + 0,15 V

Zn (s) + 2MnO2 (s) ZnO (s) + Mn2O3(s) E°pilha = 1,43 V https://pilhas-e-baterias/pilhas/pilha-


alcalina-aa-duracell-4-unidades

BROWN, T. L.; LeMAY, H.E.; BURSTEIN, B. E., Chemistry: the central Science, 13ª Ed.
CÉLULAS VOLTAICAS DE USO COMERCIAL
➢ Célula de mercúrio

São usadas em calculadoras, câmeras,


relógios de pulso, marca passos
cardíacos e outros dispositivos

Ânodo: Zn (s) + 2 OH- (aq) ZnO (s) + H2O (l) + 2e-

Cátodo: HgO (s) + H2O (l) + 2e- Hg (l) + 2 OH- (aq)


https://brasilescola.uol.com.br/quimica/pilhas-mercurio.htm

Zn (s) + HgO (s) ZnO (s) + Hg (l)


https://courses.lumenlearning.com/suny-mcc-chemistryformajors-2/chapter/batteries-and-fuel-cells-2/
Atkins, P.; Jones, L.; Laverman, L.; Princípios da Química, Bookman, Porto Alegre, 2018.
CÉLULAS VOLTAICAS DE USO COMERCIAL
➢ Bateria de chumbo

Usadas em automóveis.
Uma bateria de 12 V tem seis
pilhas, cada qual de 2 V.

Ânodo: Pb (s) + SO2-4 (aq) PbSO4 (s) + 2e- https://www.kbb.com.br/detalhes-noticia/veja-10-dicas-para-


ampliar-a-vida-util-da-bateria-do-seu-carro/?ID=2425

Cátodo: PbO2 (s) + 4 H+ (aq) + SO2-4 (aq) + 2e- PbSO4 (s) + 2 H2O (l)

Pb (s) + PbO2 (s) + 4 H+ (aq) + 2 SO2-4 (aq) 2 PbSO4 (s) + 2 H2O (l)

Fonte da Figuras: https://courses.lumenlearning.com/suny-mcc-chemistryformajors-2/chapter/batteries-and-fuel-cells-2/


BROWN, T. L.; LeMAY, H.E.; BURSTEIN, B. E., Chemistry: the central Science, 13ª Ed.
CÉLULAS VOLTAICAS DE USO COMERCIAL
➢ Bateria lítio

✓ A tensão da bateria é de cerca de 3,7 V;


✓ São mais leves do que baterias comparáveis de outros tipos;
✓ Produzem uma tensão quase constante à medida que
descarregam.

https://www.youtube.com/watch?v=2PjyJhe7Q1g
https://courses.lumenlearning.com/suny-mcc-chemistryformajors-2/chapter/batteries-and-fuel-cells-2/
https://2012books.lardbucket.org/books/principles-of-general-chemistry-v1.0/s23-02-standard-potentials.html
CÉLULAS VOLTAICAS DE USO COMERCIAL
➢ Bateria de Níquel-Cádmio

✓ Bateria secundária recarregável

✓ Bastante usada em ferramentas manuais e computadores


portáteis
✓ Como na bateria de chumbo, os produtos sólidos da reação
aderem aos eletrodos. É possível então recarregar a pilha pela
inversão das reações.

Ânodo: Cd(s) + 2 OH-(aq) → Cd(OH)2(s) + 2e-

Cátodo: NiO2 (s) + 2 H2O (l) + 2e- → Ni(OH)2 (s) + 2 OH- (aq)

https://www.youtube.com/watch?time_continue=5&v=2PjyJhe7Q1g&feature=emb_logo
https://courses.lumenlearning.com/suny-mcc-chemistryformajors-2/chapter/batteries-and-fuel-cells-2/
https://2012books.lardbucket.org/books/principles-of-general-chemistry-v1.0/s23-02-standard-potentials.html
CÉLULAS ELETROQUÍMICAS DE USO COMERCIAL
➢ Células (ou Pilhas) a combustível

Uma célula a combustível usada no programa


espacial. O água produzida era consumida
pelos astronautas.

Chang, R.; Overby, J.; General Chemistry:


the essential concepts, McGraw-Hill, New
York, NY, 2008.

Ânodo: 2H2 (g) + 4OH- (aq) 4H2O (l) + 4e-

Cátodo: O2 (g) + 2H2O (l) + 4e- 4OH- (aq)

2H2 (g) + O2 (g) 2H2O (l)

https://www.youtube.com/watch?v=6UwSazq8GTU
https://2012books.lardbucket.org/books/principles-of-general-chemistry-v1.0/s23-electrochemistry.html
CÉLULAS VOLTAICAS

Baterias: uma fonte de energia eletroquímica portátil e independente que


consiste em uma ou mais células voltaicas

Células (ou pilhas) primárias: quando uma


célula de LeClanché (pilha seca) ou célula
alcalina deixa de produzir energia útil, ela é
descartada → não podem ser recarregadas.

Células secundárias: podem ser recarregadas. A recarga requer uma


aplicação de corrente elétrica externa para restaurar a célula a seu estado
original. Ex: bateria de automóvel, bateria de níquel-cádmio, etc.

Fonte das Figuras: Chang, R.; Overby, J.; General Chemistry: the essential concepts, McGraw-Hill, New York, NY, 2008.
CÉLULAS ELETROLÍTICAS
➢ Eletrólise de NaCl fundido

− −
Â𝒏𝒐𝒅𝒐 ( + ): 2𝐶𝑙(𝑙) → 𝐶𝑙2(𝑔) + 2𝑒 − 𝐸𝑟𝑒𝑑
0
2Cl (aq)/Cl2(g) = + 1,36 V
+ 0
𝑪á𝒕𝒐𝒅𝒐 ( − ): 𝑁𝑎(𝑙) + 𝑒 − → 𝑁𝑎(𝑙) 𝐸𝑟𝑒𝑑 Na+(aq)/Na(s)= − 2,71 V

+ − 0
2𝑁𝑎(𝑙) + 2𝐶𝑙(𝑙) → 2𝑁𝑎(𝑙) + 𝐶𝑙2(𝑔) 𝐸𝑐é𝑙𝑢𝑙𝑎 = −4,08 𝑉
𝑬°𝒑𝒊𝒍𝒉𝒂 = 𝑬𝟎(𝐜á𝐭𝐨𝐝𝐨) − 𝑬𝟎(â𝒏𝒐𝒅𝒐)
Na, Al, Mg, Cu: metais
obtidos industrialmente por eletrólise. 𝐸°𝑝𝑖𝑙ℎ𝑎 = (−2,71V) − 1,36𝑉 = −4,08 𝑉
Fonte das Figuras: https://courses.lumenlearning.com/suny-mcc-chemistryformajors-2/chapter/batteries-and-fuel-cells-2/
CÉLULAS ELETROLÍTICAS
➢ Eletrólise de soluções aquosas −
𝑖) 2𝐶𝑙(𝑎𝑞) → 𝐶𝑙2(𝑔) + 2𝑒 − 0
𝐸𝑟𝑒𝑑 = + 1,36 V
+ 0
𝑖𝑖) 2𝐻2𝑂(𝑙) → 𝑂2(𝑔) + 4𝐻(𝑎𝑞) + 4𝑒 − 𝐸𝑟𝑒𝑑 = + 1,23 V
+ 0
𝑖𝑖𝑖) 2𝐻(𝑎𝑞) + 2𝑒 − → 𝐻2(𝑔) 𝐸𝑟𝑒𝑑 =0V
− 0
𝑖𝑣) 2𝐻2𝑂(𝑙) + 2𝑒 − → 𝐻2(𝑔) + 2𝑂𝐻(𝑎𝑞) 𝐸𝑟𝑒𝑑 = − 0,83 V
+ 0
𝑣) 𝑁𝑎(𝑎𝑞) + 𝑒 − → 𝑁𝑎(𝑠) 𝐸𝑟𝑒𝑑 = −2,71 V
Ânodo (+): perde e- pela ação da fonte externa
− 0
2𝐶𝑙(𝑎𝑞) → 𝐶𝑙2(𝑔) + 𝟐𝒆− 𝐸𝑟𝑒𝑑 = + 1,36 V
+ 0
2𝐻2𝑂(𝑙) → 𝑂2(𝑔) + 4𝐻(𝑎𝑞) + 𝟒𝒆− 𝐸𝑟𝑒𝑑 = + 1,23 V

Cátodo (−): recebe os e- que são impulsionados pela fonte externa de voltagem
− 0
2𝐻2𝑂(𝑙) + 𝟐𝒆− → 𝐻2(𝑔) + 2𝑂𝐻(𝑎𝑞) 𝐸𝑟𝑒𝑑 = − 0,83 V
+ 0
𝑁𝑎(𝑎𝑞) + 𝒆− → 𝑁𝑎(𝑠) 𝐸𝑟𝑒𝑑 = −2,71 V

𝑬°𝒑𝒊𝒍𝒉𝒂 = 𝑬𝟎(𝒄á𝒕𝒐𝒅𝒐) − 𝑬𝟎(â𝒏𝒐𝒅𝒐) 𝐸𝑝𝑖𝑙ℎ𝑎 = (−0,83V) − 1,36𝑉 = −2,19𝑉

𝑮𝒍𝒐𝒃𝒂𝒍: 𝟐𝑯𝟐𝑶(𝒍) + 𝟐𝑪𝒍− −


(𝒂𝒒) → 𝑯𝟐(𝒈) + 𝑪𝒍𝟐(𝒈) + 𝟐𝑶𝑯(𝒂𝒒) 𝑬𝟎𝒑𝒊𝒍𝒉𝒂 = − 2,19V
BROWN, T. L. Química Ciência Central , 7ª Ed., Editora JC, 1997.
CÉLULAS ELETROLÍTICAS
➢ Eletrólise de soluções aquosas


Ânodo (+): 2𝐶𝑙(𝑎𝑞) → 𝐶𝑙2(𝑔) + 𝟐𝒆−
− −
Cátodo (−): 2𝐻2𝑂(𝑙) + 𝟐𝒆 → 𝐻2(𝑔) + 2𝑂𝐻(𝑎𝑞)

𝑮𝒍𝒐𝒃𝒂𝒍: 𝟐𝑯𝟐𝑶(𝒍) + 𝟐𝑪𝒍− −


(𝒂𝒒) → 𝑯𝟐(𝒈) + 𝑪𝒍𝟐(𝒈) + 𝟐𝑶𝑯(𝒂𝒒)

𝑖) −
2𝐶𝑙(𝑎𝑞) → 𝐶𝑙2(𝑔) + 2𝑒 − 0
𝐸𝑟𝑒𝑑 = + 1,36 V 𝑬°𝒑𝒊𝒍𝒉𝒂 = 𝑬𝟎(𝒄á𝒕𝒐𝒅𝒐) − 𝑬𝟎(â𝒏𝒐𝒅𝒐)
− 0
𝑖𝑖) 2𝐻2𝑂(𝑙) + 2𝑒 − → 𝐻2(𝑔) + 2𝑂𝐻(𝑎𝑞) 𝐸𝑟𝑒𝑑 = − 0,83 V 𝐸𝑝𝑖𝑙ℎ𝑎 = (−0,83V) − 1,36𝑉 = −2,19𝑉

BROWN, T. L. Química Ciência Central , 7ª Ed., Editora JC, 1997.


CÉLULAS ELETROLÍTICAS
➢ Eletrólise de soluções aquosas


Ânodo (+): 2𝐶𝑙(𝑎𝑞) → 𝐶𝑙2(𝑔) + 𝟐𝒆−
− −
Cátodo (−): 2𝐻2𝑂(𝑙) + 𝟐𝒆 → 𝐻2(𝑔) + 2𝑂𝐻(𝑎𝑞)

𝑮𝒍𝒐𝒃𝒂𝒍: 𝟐𝑯𝟐𝑶(𝒍) + 𝟐𝑪𝒍− −


(𝒂𝒒) → 𝑯𝟐(𝒈) + 𝑪𝒍𝟐(𝒈) + 𝟐𝑶𝑯(𝒂𝒒)

𝑖) −
2𝐶𝑙(𝑎𝑞) → 𝐶𝑙2(𝑔) + 2𝑒 − 0
𝐸𝑟𝑒𝑑 = + 1,36 V 𝑬°𝒑𝒊𝒍𝒉𝒂 = 𝑬𝟎(𝒄á𝒕𝒐𝒅𝒐) − 𝑬𝟎(â𝒏𝒐𝒅𝒐)
− 0
𝑖𝑖) 2𝐻2𝑂(𝑙) + 2𝑒 − → 𝐻2(𝑔) + 2𝑂𝐻(𝑎𝑞) 𝐸𝑟𝑒𝑑 = − 0,83 V 𝐸𝑝𝑖𝑙ℎ𝑎 = (−0,83V) − 1,36𝑉 = −2,19𝑉

BROWN, T. L. Química Ciência Central , 7ª Ed., Editora JC, 1997.


CÉLULAS ELETROLÍTICAS
➢ Eletrólise da H2O
+
Â𝒏𝒐𝒅𝒐 ( + ): 2𝐻2𝑂(𝑙) → 𝑂2(𝑔) + 4𝐻(𝑎𝑞) + 4𝑒 −

𝐂á𝐭𝐨𝐝𝐨 ( − ): 𝟒𝑯+ −
(𝒂𝒒) + 4𝑒 → 2𝐻2(𝑔)

𝑮𝒍𝒐𝒃𝒂𝒍: 2𝐻2𝑂(𝑙) → 2𝐻2(𝑔) + 𝑂2(𝑔)


❖ Da tabela de potenciais temos:
+ 0
𝑖) 2𝐻2𝑂(𝑙) → 𝑂2(𝑔) + 4𝐻(𝑎𝑞) + 4𝑒 − 𝐸𝑟𝑒𝑑 = + 1,23 V
+ 0
𝑖𝑖) 2𝐻(𝑎𝑞) + 2𝑒 − → 𝐻2(𝑔) 𝐸𝑟𝑒𝑑 =0V

𝑬°𝒑𝒊𝒍𝒉𝒂 = 𝑬𝟎(𝒄á𝒕𝒐𝒅𝒐) − 𝑬𝟎(â𝒏𝒐𝒅𝒐)

𝐸°𝑝𝑖𝑙ℎ𝑎 = (0 V) − 1,23𝑉 = −1,23𝑉

https://2012books.lardbucket.org/books/principles-of-general-chemistry-v1.0/s23-electrochemistry.html
CÉLULAS ELETROLÍTICAS
➢ Eletrólise com eletrodos ativos
Purificação de cobre Galvanoplastia

✓ Ânodo de cobre impuro


✓ Revestimento de um metal por outro
✓ Impurezas mais reativas oxidadas (íons)
✓ Prata ou ouro sobre ferro ou aço
✓ Impurezas menos reativas caem para o fundo
✓ Mais barato
✓ Cobre construído em cátodo 99,5% puro ✓ Produto geralmente mais durável
CÉLULAS ELETROLÍTICAS
➢ Eletrólise com eletrodos ativos
Purificação de cobre Galvanoplastia

✓ Ânodo de cobre impuro


✓ Revestimento de um metal por outro
✓ Impurezas mais reativas oxidadas (íons)
✓ Prata ou ouro sobre ferro ou aço
✓ Impurezas menos reativas caem para o fundo
✓ Mais barato
✓ Cobre construído em cátodo 99,5% puro ✓ Produto geralmente mais durável
CÉLULAS ELETROLÍTICAS
➢ Eletrólise com eletrodos ativos
Galvanoplastia
Os processos eletrolíticos que envolvem
eletrodos metálicos ativos, nos quais os
metais dos eletrodos participam da reação de
eletrólise oferece procedimento para
purificação de metais como cobre, zinco,
cobalto e níquel. Uma outra aplicação
importante é a galvanoplastia, na qual se
deposita um metal sobre o outro”.

O metal escolhido para o revestimento – que


pode ser o cromo (cromeação), níquel
✓ Revestimento de um metal por outro (niquelação), a prata (prateação), o ouro
✓ Prata ou ouro sobre ferro ou aço (douração) ou o zinco (galvanização).
✓ Mais barato
✓ Produto geralmente mais durável
BROWN, T. L. Química Ciência Central , 7ª Ed., Editora JC, 1997.
PROCESSO ELETROLÍTICO COMERCIAL

A cromagem é um processo que envolve a


galvanoplastia→ processo de eletrodeposição,
geralmente utilizando um sistema de imersão da peça de
metal como base em uma fina camada de cromo seguido
de banhos eletrolíticos.
PROCESSO ELETROLÍTICO COMERCIAL
➢ Produção industrial de alumínio por eletrólise

http://www.highsolutions.com.br/equipamentos-de-
aluminio-usados-em-estruturas-tubulares/

“A bauxita purificada, essencialmente Al2O3, minério que contém alumínio, e a criolita (Na3AlF6),
formam uma mistura que se funde a uma temperatura mais baixa do que Al2O3. As
substâncias que contém alumínio são reduzidas no cátodo, formando alumínio fundido”.
Kotz, J.; Treichel, P.; Weaver, G.; Química Geral e Reações Químicas, Vol. 1, Cengage Learning, São Paulo, 2010.
CÉLULAS GALVÂNICAS X CÉLULAS ELETROLÍTICAS

Célula Galvânica Célula Eletrolítica


𝑬 > 𝟎 (reação espontânea) 𝑬 < 𝟎 (reação NÃO espontânea )

https://courses.lumenlearning.com/suny-mcc-chemistryformajors-2/chapter/batteries-and-fuel-cells-2/
https://2012books.lardbucket.org/books/principles-of-general-chemistry-v1.0/s23-02-standard-potentials.html
BIBLIOGRAFIA

▪ Atkins, P.; Jones, L.; Laverman, L.; Princípios da Química, Bookman, Porto Alegre, 2018.

▪ Brown, T. L., Lemay, Jr. H. E., Bursten, B. E., Química Ciência Central. Livros Técnicos e
Científicos Editora S.A., 7ª Ed., Volumes único, Rio de Janeiro, 1997.

▪ Kotz, J.; Treichel, P.; Weaver, G.; Química Geral e Reações Químicas, Vol. 1, Cengage
Learning, São Paulo, 2010.

▪ Russell, J. B.; Química Geral, Vols. 1 e 2, Makron Books, São Paulo, 1994.

▪ Flowers, P.; Theopold, K.; Langley, R.; Robinson, W. R.; Chemistry 2e,
Publisher/website:OpenStax, Houston, Texas, 2019.

▪ Chang, R.; Overby, J.; General Chemistry: the essential concepts, McGraw-Hill, New York,
NY, 2008.

▪ www.zilasousa.com.br

Você também pode gostar