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LÍNGUA PORTUGUESA

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Bruna Pereira
Elma Carolina
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Kely Araújo
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2020/01
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LÍNGUA PORTUGUESA

“A leitura traz ao homem plenitude, o discurso segurança e a escrita exatidão.”


(Francis Bacon)

“Os que escrevem com clareza têm leitores, os que escrevem de maneira
obscura têm comentaristas." (Albert Camus)

"Eu acho que toda boa escrita é uma luta. Escrever do modo que você sente que
pode tem que ser uma luta, quase por definição, porque você pode sempre
melhorar." (Jane Asher)

“Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente ... e
não a gente a ele!” (Mário Quintana)

“O homem que não lê bons livros não tem nenhuma vantagem sobre o homem
que não sabe ler.” (Mark Twain)
3

PLANO DE DISCIPLINA
CURSO: TODOS Ano: 2020/01

DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA


Carga Horária: 33 h/a

Base Tecnológica:
Fatores da textualidade. Coesão e coerência textual. Parágrafo. Qualidades e defeitos
de um texto. Linguagem formal e acadêmica. Argumentação, descrição. Normas da
ABNT. Produção de texto acadêmico. Questões étnico-raciais.

Habilidades:
Proporcionar o reforço das habilidades fundamentais da escrita da Língua Portuguesa.

Competências:
Despertar o aluno para a importância da leitura e produção textual.
Saber argumentar com eficácia na defesa de suas ideias.
Produzir textos.

Conteúdo Programático:

Unidade 01
1.1 Passos para produção textual
1.2 Qualidades de um texto.
1.3 Coerência. Coesão. Recursos de coesão.

Unidade 02
2.1 Argumentação.
2.2 Tipologia textual.
2.3 Resumo, Argumentação, descrição.
2.4 Direitos Humanos.

Unidade 03
4.1Linguagem formal e acadêmica.
4.2 ABNT, Resenha, Resumo Expandido, Esquema.
4.3 Produção textual.
4

Metodologia:
Aulas expositivas. Aulas dialogadas. Pesquisa (Internet, livros, revistas, jornais).
Dinâmicas. Debates.

Recursos:
Apostila. Internet. Livros. Revistas. Quadro branco. Música/clip. Vídeo.

Avaliação:
Avaliação escrita individual (N1 – de 0 a 10)
Trabalho em grupo, seminário, participação e exercício em sala de aula, debates.
Produção Textual.( N2 - 0 a 10)

Bibliografia Básica:
ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Gramática metódica da Língua Portuguesa. São
Paulo: Saraiva, 1999.
ANDRADE, Maria Margarida de & HENRIQUE, Antônio. Língua Portuguesa: noções
básicas para cursos superiores. Petrópolis: Vozes, 1992.
GOLD, Miriam. Redação Empresarial. São Paulo: Makron Books, 1999.

Bibliografia Complementar

CHALHUB, Samira. Funções da linguagem. 11. ed. São Paulo: Ática, 2002.
CITELLI, Adilson. Linguagem e persuasão. 10. ed. São Paulo: Scipione,1999.
CUNHA, C. e Cintra, L. Nova Gramática do Português Contemporâneo. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

Sites interessantes:

www.conjuga-me.net
www.dicionariopriberam.pt
www.ortografa.com.br
cursodeportugues.blogaruim.net
www.institutocarlosandre.com.br
www.academia.org.br (site da VOLP).
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CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DIVERSIFICADAS (AD):

DATA ATIVIDADES VALOR


Aula 02 Aplicação de atividades de sondagem e perspectivas
da disciplina, apresentação do conteúdo.
Aula 03 Qualidades de um texto
Aula 04 Gênero Textual
Aula 05 Coerência e Coesão
Aula 06 Resumo
Aula 07 Argumentação
Aula 08 Revisão para N1
Aula 09 Avaliação N1 – Todo conteúdo estudado em sala de
aula.
NOTAS Atividades em sala e casa total 3,0 TOTAL
Avaliação 7,0 10,00
Aula 10 Direitos Humanos ( ead )
DATA ATIVIDADES – AD 2 PONTUAÇÃO
Aula 11 Normas da ABNT
Aula 12 Normas da ABNT Como construir uma introdução
Aula 13 Normas da ABNT Apresentando a metodologia
Aula 14 Normas da ABNT O desenvolvimento do trabalho
Aula 15 Normas da ABNT Resumo Expandido
Aula 16 Orientação - Resumo
Aula 17 Orientação - Resumo
Aula 18 Orientação - Resumo
Aula 19 Entrega de resultados
NOTAS Produção presencial 3,0 TOTAL
Produção de resumo final 7,0 10,0
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AULA 2

Parágrafo é uma unidade de texto organizada em torno de uma ideia-


núcleo, que é desenvolvida por ideias secundárias. Ele pode ser formado por uma
ou mais frases, sendo seu tamanho variável. No texto dissertativo-argumentativo,
os parágrafos devem estar todos relacionados com a tese ou ideia principal do
texto, geralmente apresentada na introdução.
Embora existam diferentes formas de organização de parágrafos, os textos
dissertativo-argumentativos e alguns gêneros jornalísticos apresentam uma
estrutura-padrão. Essa estrutura consiste em três partes: a ideia-núcleo, as
ideias secundárias (que desenvolvem a ideia-núcleo), a conclusão. Em
parágrafos curtos, é raro haver conclusão.

Estrutura do Parágrafo

O parágrafo, unidade fundamental do texto, divide-se em 3 partes: o


tópico frasal, o desenvolvimento e a conclusão.

A cada aspecto novo ou a cada ideia nova, justifica-se um novo


parágrafo. Assim, há parágrafos que, no seu todo, introduzem uma ideia que será
desenvolvida em um ou mais parágrafos do texto; da mesma forma, há parágrafos
escritos com a função de concluir uma ideia já introduzida e desenvolvida.

Há, porém, um tipo de parágrafo que, na sua estrutura, reúne os três


aspectos: introdução, desenvolvimento e conclusão. Neste caso, denomina-se
parágrafo-padrão.
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O parágrafo-padrão se estrutura basicamente sobre a ideia central que se


configura no tópico frasal ou na frase núcleo. O tópico frasal se apresenta em
uma frase ou na frase núcleo. Ele se apresenta numa frase ou em um período
para expressar, de maneira geral e sucinta, a ideia-núcleo do parágrafo.

A introdução, na grande maioria dos casos, corresponde ao tópico frasal,


que anuncia a ideia-núcleo do parágrafo. Além de conter a ideia central, importa
que o tópico frasal seja atraente, para estimular a continuação da leitura. Constitui-
se basicamente, por um ou mais períodos curtos iniciais, encerra de modo geral e
conciso a ideia do núcleo do parágrafo. (Baseado em Linguagem e Arte, de João
Francisco Duarte.).

Evite escrever parágrafos muito longos, pois tendem a ser tomados como
maçantes. O cuidado com os parágrafos deve ser preocupação permanente de
quem escreve. Um parágrafo longo demais pode ser sinônimo de um acúmulo ou
confusão de ideias. Já um parágrafo muito curto pode ser indício de sonegação
dessas mesmas ideias. O ideal é que eles sejam equilibrados - nem longos, nem
curtos - e que possam expressar a ideia de uma forma lógica e competente.
Quantos parágrafos deve ter um texto? Cada situação de escrita vai estabelecer o
limite da escrita. O ideal é que, para um texto de 30 linhas, haja ao menos 4
parágrafos: um para introdução, dois para o desenvolvimento e um para a
conclusão. Entretanto, essa não é uma fórmula exata.
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AULA 03

Qualidades de um texto

Palavras Parecidas: uma Armadilha para a Comunicação Escrita

Você se depara com um grande dilema ao redigir um texto, um e-mail ou


uma apresentação, pois não se lembra se é "a fim de" ou "afim"? Existem muitas
palavras em português que diferem apenas por um espaço, uma vogal ou uma
consoante, mas que têm sentidos totalmente diferentes. Listamos abaixo os
principais "pares" para que você não caia mais nessa armadilha ao redigir um
texto.

 acerca = sobre, respeito  a cerca = a uma distância de


acerca afim
= = semelhante
sobre, respeito  a fim de = finalidade,
afim = semelhante
 em vez de = em lugar de  ao invés de = ao contrário de
em vez de = em lugar de
 xeque
xeque = jogada
= jogada do xadrez
do xadrez  cheque = ordem de pagamento
diferir = adiar
 diferir =segregar.
discriminar= adiar  deferir = conhecer
desapercebido = desprevenido
 discriminar=
iminente = prestes segregar.
a acontecer  descriminar = retirar o crime
infringir = violar, desrespeitar
 desapercebido
retificar = desprevenido
= mudar, corrigir  despercebido = desatento
suster = sustentar
 iminente
tráfico = prestes
= comércio ilegal a acontecer  eminente= nobre, excelente
vultoso = volumoso
 infringir = violar, desrespeitar  infligir= aplicar pena ou castigo

 retificar = mudar, corrigir  ratificar = aprovar, confirmar

 suster = sustentar  sustar = suspender

 tráfico = comércio ilegal  tráfego = movimentação


 vultoso = volumoso  vultuoso = que apresenta inchaço
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1. Qualidades de um texto

Um texto bem escrito apresenta três aspectos fundamentais: clareza,


concisão e correção gramatical.

1.1 Clareza

É a qualidade que em um texto de ser entendido, sem provocar dúvidas ou


confusões. Há uma crença de que pessoas que escrevem com estilo rebuscado e
com palavras difíceis de serem compreendidas escrevem bem. Nada mais falso.
Ao redigir, deve-se procurar expor as ideias de modo que sejam facilmente
compreendidas pelo leitor. Para tanto, é melhor evitar períodos longos e
vocabulário rebuscado.

1.2 Concisão

É característica de um texto de transmitir uma ideia com precisão, mas


sem muitas palavras, sem rodeios. A concisão reflete a capacidade de síntese do
autor.

1.3 Correção gramatical

É o uso da língua, segundo os padrões da norma culta.

 É ausência de erros gramaticais.

1.4 Elegância

É harmonia, simplicidade, exposição bem ordenada. Escreve-se


para alguém; por isso, deve-se produzir um texto que seja agradável ao leitor. O
fundamental é que o estilo seja elegante.

A elegância tem de começar pela apresentação do texto, com:

 a letra legível,

 sem borrões e,

 rasuras.
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1.5 Grafia

Caso surja dúvida sobre como escrever uma palavra, deve-se substituí-la
por outra cuja grafia seja conhecida. A língua portuguesa é muito rica em
sinônimos.

Não se deve esquecer também de verificar a acentuação das palavras.


Uma revisão das regras de acentuação pode ajudar a evitar erros desse tipo.
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AULA 04

GÊNERO TEXTUAL (I)


Leitura compartilhada do texto: O que é gênero textual?

Os textos são produzidos em situações e contextos diferentes e sempre


com uma finalidade específica. Se o objetivo do locutor é, por exemplo, instruir seu
interlocutor, ele indica passo a passo o que deve ser feito para se obter um bom
resultado, como por exemplo, ensinar alguém a fazer um bolo de chocolate, ele
produzirá um texto instrucional, ou seja, a receita indicando os ingredientes e
orientando sobre o modo de fazer. Se for expressar sua opinião e defender seu
ponto de vista sobre determinado assunto, fará um texto que se organiza em torno
de argumentos, uma vez que seu objetivo é convencer o interlocutor, fará um texto
argumentativo. Quando desejar contar fatos reais ou fictícios, ele pode optar por
produzir um texto que apresente em sua estrutura os fatos, as pessoas ou
personagens envolvidas, o momento e o lugar em que os fatos ocorreram,
construíra um texto narrativo. Se objetivar transmitir conhecimentos, o locutor
deverá construir um texto que exponha os saberes de forma eficiente, opta-se por
um texto expositivo. Ao contar um fato vivido na infância, usará o relato.

Assim, quando interagimos com outras pessoas por meio da linguagem, seja
a linguagem oral, seja a linguagem escrita, produzimos certos tipos de texto, que,
com poucas variações, se repetem no conteúdo, no tipo de linguagem e na
estrutura. Constituindo os chamados gêneros textuais ou discursivos, esses
gêneros foram historicamente criados pelo ser humano a fim de atender a
determinadas necessidades de interação verbal. Por isso, de acordo com o
momento histórico, pode nascer um gênero novo, podem desaparecer gêneros de
pouco uso ou, ainda, um gênero pode sofrer mudanças até transformar-se em um
novo gênero.
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Numa situação de interação verbal, a escolha do gênero textual é feita de


acordo com os diferentes elementos que participam do contexto, tais como: quem
está produzindo o texto, para quem, com que finalidade, em que momento
histórico, em que suporte, etc.

Os gêneros discursivos geralmente estão ligados a esferas de circulação.


Assim, na esfera jornalística, por exemplo, são comuns gêneros como notícias,
reportagens, editoriais, entrevistas e outros; na esfera de divulgação científica, são
comuns gêneros como verbete de dicionário ou de enciclopédia, artigo ou ensaio
científico, seminário, conferência, etc. CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza
Cochar. Texto e interação: uma proposta de produção de textual a partir de gêneros e projetos.
São Paulo: Atual, 2005 (adaptado)

Tradicionalmente, os textos para concursos públicos podem ser divididos


em dissertativos, descritivos e narrativos.

1. DISSERTAÇÃO

A dissertação é o tipo de texto comumente exigido em provas e concursos.


Trata-se de um discurso lógico que apresenta uma tese ( a abordagem dada por
você em relação ao tema solicitado), a argumentação ( a comprovação com fatos
que justificam o porquê de sua ideia ser coerente) e a conclusão. Dissertar
pressupõe sempre conhecimento sobre o assunto. Não se aventure jamais a
escrever sobre algo que você não domina.
A dissertação é um texto opinativo, isto é, um texto em que devem predominar
suas opiniões sobre o tema que escolheu.
A dissertação está presente em muitos momentos da vida cotidiana. Também
faz parte dos bate-papos descontraídos nas reuniões com amigos em que
discussões sobre futebol, religião, política, costumes, cinema surgem acaloradas e
cada um quer convencer os outros de seu ponto de vista.
Ao redigir, há que se tomar certos cuidados e alguns caminhos precisam ser
trilhados, uma vez que um bom texto dissertativo requer leitura, reflexão, técnica e
prática.
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É bom esclarecer que existem dois tipos de dissertação:


 A expositiva, cujo objetivo é explicar de modo impessoal uma ideia para
esclarecimento de outras pessoas, com o intuito de informar;
 A argumentativa, que visa persuadir, por meio de provas, procurando
levar o interlocutor a pensar como o autor do texto.

2. ESTRUTURA DO TEXTO DISSERTATIVO

O texto dissertativo tem uma forma mais ou menos rígida, que compreende
em três partes: Introdução (ou tese), desenvolvimento (ou argumentação) e
conclusão (ou retomada da tese). Veja como exemplo de dissertação o texto
transcrito a seguir.

Tráfico, a Hidra de Lerna

Primeiramente foi o Cartel de Medellín. Agora anuncia-se o fim


iminente do Cartel de Cali. Se esses poderosos cartéis aos quais se atribui a
quase totalidade da produção global de cocaína e crack podem ser tão
facilmente destruídos, como se explica então que a oferta e o consumo de
drogas só aumentem?
O tráfico se assemelha muito à Hidra de Lerna, o monstro da
mitologia grega que possuía nove cabeças, uma das quais imortal. Hércules foi
encarregado de “aniquilar” a Hidra, mas, para cada cabeça mortal que ele
decepava, duas novas brotavam em seu lugar.
O semideus decidiu então atear fogo ao bicho e, por fim, cortou-lhe a
cabeça imortal e a enterrou sob uma pesada pedra, onde ela teria
14

permanecido vivíssima. A rigor, portanto, Hércules não matou a Hidra, ele


apenas a “varreu para debaixo do tapete”.
No caso do tráfico, os cartéis são as cabeças mortais. Para cada
uma “destruída”, surgem duas novas. A cabeça mortal é o todo-poderoso
mercado, a demanda, o consumidor, o homem. E, enquanto o homem for
homem, com seus impulsos dionisíacos e fragilidades bioquímicas, o flagelo
das drogas tende a permanecer, sejam elas ilegais, como o tabaco e o álcool.
Os bilhões de dólares gastos anualmente em todo o mundo na
repressão ao tráfico são apenas uma cara tentativa de varrer o problema para
debaixo do tapete. O que é uma pena.

(Folha de S. Paulo, 9/8/1995.)

Observe que:
Introdução: O 1º parágrafo apresenta a introdução. Há duas informações, e a
tese enunciada em forma de pergunta.
Desenvolvimento; O 2º, 3º e o 4º parágrafo fazem parte do desenvolvimento,
em que o autor defende sua tese, comparando a tráfico com a lenda grega da
Hidra, de Lerna.
Conclusão: No último parágrafo, conclui-se o texto, confirmando o que foi
expresso na tese.

ATIVIDADE

A seguir, temos alguns quadros que apresentam uma estrutura de


dissertação. Em cada uma delas falta uma parte.
Observe as partes existentes e a lógica entre elas e preencha o quadro
adequadamente, fazendo com que o texto tenha sentido.
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INTRODUÇÃO:
__________________________________________________________________
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__________________________________________________________________
________________________________________________________________
DESENVOLVIMENTO:
1º argumento – O sanduíche é consumido como refeição rápida.
2º argumento – Não há balanceamento adequado nos pratos que são
tradicionalmente consumidos.
3º argumento – a maioria da população tem baixo poder aquisitivo.
CONCLUSÃO – A má alimentação no Brasil, portanto, é um problema de
causa tanto culturais como políticas.

INTRODUÇÃO: A ecologia corre o risco de se tornar uma bandeira de luta


esvaziada.

DESENVOLVIMENTO:

1º argumento – Propagandas ecológicas de grandes grupos econômicos


responsáveis pelo desmatamento e poluição visam redimir sua responsabilidade
perante a opinião pública.

2º argumento – A defesa ecológica é proposta de todos os partidos


políticos, mas não há medidas concretas.

3º argumento – A ecologia está se tornando mercadoria do mundo da


moda, sobretudo na roupa dos jovens.

CONCLUSÃO:
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
________________________________________________________________

INTRODUÇÃO: A pena de morte não é solução para a violência que atinge


todos nós.
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DESENVOLVIMENTO:

1º argumento -
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

2º argumento –

__________________________________________________________________
____________________________________________________________

3º argumento –

__________________________________________________________________
________________________________________________________________

CONCLUSÃO: Portanto, antes de tomar alguma decisão quanto à pena de morte,


muitos outros problemas devem ser solucionados para que o homem seja
reconhecido como imagem e semelhança de Deus.

3. Para provocar algumas ideias, complete os períodos abaixo com dois ou


mais argumentos de apoio:

a. A faculdade é importante, porque


_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________

b. Há um aumento de violência nas áreas urbanas, uma vez que


_______________________________________________________
_______________________________________________________
__________________________________________________
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c. Ainda hoje é dado pouco valor ao cinema nacional em relação ao


cinema estrangeiro, pois
_______________________________________________________
_______________________________________________________
____________________________________________________

d. As secas no Nordeste têm como consequência


_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________

e. O hábito de fumar tem sido cada vez mais combatido,


porque_________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________

Fuja das Expressões e Palavras Inadequadas


• que nem: muito usada na oralidade, deve ser evitada e substituída por como ou
igual.

Ex.: Errado: Ele é honesto que nem eu


Correto: Ele é honesto como eu.
• através de: Não use essa expressão com o sentido de por meio de ou por
intermédio de, por, pelo e pela. O sentido dessa locução é por dentro de, de um lado
para outro de, por entre e ao longo de.

Ex.: Errado: Soube da demissão de José através do Manoel.


Correto: Soube da demissão de José por intermédio do Manoel.
Correto: Soube da demissão de José pelo Manoel.
• reverter/ inverter: a palavra reverter significa voltar à situação inicial e deve ser
usada para expressar ideia de retorno. Caso a ideia seja a de mudar o sentido, usa-
se a palavra inverter. Se a ideia for de mudança, usam-se as palavras alterar, mudar
ou modificar.
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Discurso de base

Um texto não é indivisível, pode ser decomposto por partes. Para uma
didática da composição, é muito útil identificar as diversas formas de discurso que
constituem um texto. A retórica, entendida como a ciência do dizer bem com o
objetivo de persuadir o ouvinte ou o leitor, preocupou-se em analisar as partes que
devem constituir um discurso para que ele já seja eficaz, identificando
particularmente a presença de alguns tipos de discurso que coexistem em um
texto persuasivo. São eles:

A narração: é um discurso que apresenta uma história, expõe um evento o


uma série de eventos em sentido lato. No caso de vários eventos, eles são
relacionados por um fio condutor (por exemplo, o tempo, o protagonista, um lugar
etc).

A descrição: apresenta um aspecto estático. O objetivo de um texto descritivo


é bastante semelhante àquilo obtido com a fotografia. É necessário que o leitor
veja as imagens mentais que lhe forem descritas pela linguagem. Pode ser:
informativa, pessoal e ambiental. Modelo de descrição:

“Era alto, magro, vestido todo de preto com o pescoço entalado num colarinho
direito. O rosto aguçado no queixo ia-se alargando até a calva, vasta e polida, um
pouco amolgada no alto”.

MODOS DE ORGANIZAÇÃO TEXTUAL: DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO,


DISSERTAÇÃO

TIPO OBJETIVO OBJETO PRODUTO FINAL/


CARACTERÍSTICAS FINALIDADE
DESCRIÇÃO Caracterizar Detalhes Retrato
Detalhar Adjetivos Imagem
Mostrar Ordenação Dos
Apresentar Detalhes
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Verbos De Ligação
Comparação
Atemporal
NARRAÇÃO Contar Ações
Relatar Sequência lógica Fato
De ações,
personagem,
tempo, espaço,
Verbos
Progressão Temporal
DISSERTAÇÃO Expor Ideias ARGUMENTO
Explicar Opiniões
Argumentar, Argumentos
convencer

ARGUMENTAÇÃO Expor Ideias Ponto


Explicar Opiniões De Vista
Argumentar, Argumentos
convencer Ponto
De Vista

DISSERTAR ou ARGUMENTAR?

Há uma confusão no meio escolar sobre o que seja um texto argumentativo


e um dissertativo. [...] De modo geral, considera-se o texto dissertativo como um
tipo de discurso explicativo, cujo objetivo é explorar um certo assunto sem, porém,
incluir um posicionamento ou uma opinião. O objetivo do texto dissertativo seria,
pois, explicar. [...] A argumentação, contrariamente à dissertação visa persuadir ou
convencer um auditório da validade de uma tese ou proposição. Inclui a
explicação, mas o objetivo da argumentação é construir uma comunicação
persuasiva.

A argumentação: é um discurso que apresenta fatos, problemas e


raciocínios com base em uma opinião, geralmente a do autor. Em geral, é possível
identificar elementos:

 Análise ou apresentação de um problema;


20

 Apresentação de fatos e discussões que constituem a base da


argumentação;

 Proposta de uma solução ou tese e seu desenvolvimento através da


exposição de fatos e de argumentações lógicas;

 Crítica de outras soluções ou teses alternativas.

Argumentar é um conjunto de proposições que utilizamos para justificar


(provar, dar razão a, suportar) algo. No argumento, proposição quer dizer um
pensamento que uma frase exprime literalmente. Mas lembre-se, para argumentar
é preciso saber e conhecer o assunto e como ele será tratado.

Argumentar significa provar. O enunciador de um texto, ao estabelecer uma


tese, procura defendê-la, utilizando os mais variados argumentos. Se digo que o
time x é melhor que time y, preciso provar, isto é, apresentar argumentos, não
basta afirmar. O conhecimento dos tipos de argumentos permitirá a pessoa
identificar melhor as estratégias persuasivas utilizadas nos mais variados textos.

Contra-argumentação é a contestação dos argumentos em um texto, oral ou


escrito. Pode ser feita pelo interlocutor ou pelo próprio argumentador. Nesse
último caso, o argumentador deve usar a contra-argumentação a seu favor,
antecipando e neutralizando possíveis objeções a suas ideias.
O texto dissertativo argumentativo tem uma estrutura convencional,
formada por três partes essenciais. Que apresenta o assunto e o posicionamento
do autor. Ao se posicionar, o autor formula uma tese ou a ideia principal do texto.
Exemplo: Teatro e escola, em princípio, parecem ser espaços distintos, que
desenvolvem atividades complementares diferentes. Em contraposição ao
ambiente normalmente fechado da sala de aula e aos seus assuntos
pretensamente “sérios”, o teatro se configura como um espaço de lazer e
diversão. Entretanto, se examinarmos as origens do teatro, ainda na Grécia
antiga, veremos que teatro e escola sempre caminharam juntos, mais do que
se imagina. (tese)
21
ANALISAR OS TEXTOS ABAIXO E IDENTIFICAR O TIPO DE TEXTO 22

Texto 1- O homem é a mais elevada das criaturas. A mulher é o mais sublime dos ideais. Deus
fez para o homem um trono; para a mulher um altar. O trono exalta: o altar santifica. O homem é
o cérebro; a mulher, coração. O cérebro produz a luz; o coração, amor. A luz fecunda; o amor
ressuscita. O homem é o gênio: a mulher, anjo. O gênio é imensurável; o anjo, indefinível. A
aspiração do homem é a suprema glória; A aspiração da mulher, a virtude extrema. A glória
traduz grandeza: a virtude traduz divindade. O homem tem a supremacia: a mulher, a preferência.
A supremacia representa a força; a preferência, o direito. O homem é forte pela razão; a mulher é
invencível pela lágrima. A razão convence; a lágrima comove. O homem é capaz de todos os
heroísmos; a mulher de todos os martírios. O heroísmo enobrece; o martírio sublima. O homem é
o código; a mulher, o Evangelho. O código corrige; o Evangelho aperfeiçoa. O homem é um
templo; a mulher, um sacrário. Ante o templo nos descobrimos; ante o sacrário, ajoelhamo-nos. O
homem pensa; a mulher sonha. Pensar é ter cérebro; sonhar é ter na fonte uma auréola. O
homem é um oceano; a mulher, um lago. O oceano tem a pérola que o embeleza; o lago tem a
poesia que o deslumbra. O homem é a águia que voa; a mulher, o rouxinol que canta. Voar é
dominar o espaço; cantar é conquistar a alma. O homem tem um fanal: a consciência; a mulher
tem uma estrela a esperança. O fanal guia, a esperança salva. Enfim, o homem está colocado
onde termina a terra; a mulher, onde começa o céu!..
(Vitor Hugo. O homem e a mulher)

Texto 02
"Ao lado do meu prédio construíram um enorme edifício de apartamentos. Onde antes eram cinco
românticas casinhas geminadas, hoje instalaram-se mais de 20 andares. Da minha sala vejo a
varandas (estilo mediterrâneo) do novo monstro. Devem distar uns 30 metros, não mais.
E foi numa dessas varandas que o fato se deu."
(Mário Prata. 100 Crônicas. São Paulo, Cartaz Editorial, 1997).

Texto 03
Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa, independente e cheia de autoestima que,
enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo
com as conformidades ecológicas, se deparou com uma rã. Então, a rã pulou para o seu colo e disse:
- Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Mas, uma bruxa má lançou-me um encanto e eu
transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo
príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo. A minha mãe poderia vir morar conosco
e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e viveríamos felizes
para sempre…
… E então, naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée, acompanhadas de um cremoso
molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava: – Eu, hein?… nem morta!
Conto de fadas para Mulheres Modernas (Luís Fernando Veríssimo)
23
Marque a opção correta. Qual o dito popular que define melhor a ideia central do
conto de Luís Fernando Veríssimo?

(a) Melhor um na mão do que dois voando.


(b) Sempre existe um sapato velho para um pé doente.
(c) Antes só do que mal acompanhada.
(d) Quem ama o feio bonito lhe parece.
(e) Quem cospe para cima na cara lhe cai.

AULA 05
COERÊNCIA

PADRÕES DE TEXTUALIDADES

Ortoepia: trata da pronúncia adequada dos fonemas das palavras, de acordo com o
padrão culto da língua.

Prosódia: trata da acentuação e da entoação adequadas dos fonemas, de acordo com


o padrão culto da língua. Escreve-se catorze ou quatorze, mas fale apenas catorze.
Quotidiano, mas fale Cotidiano.

São pronunciadas como se escrevem as palavras: beneficência,


cabeleireiro, iogurte,Fatores da lagarto,
privilégio, textualidade
lagartixa, meteorologia, caderneta,
prateleira, cabeçalho, calota, relampejar, relampaguear.

A construção de um texto e mesmo de um parágrafo, faz-se mediante a observação de


alguns elementos que asseguram a sua unidade e compreensão. Esses elementos podem ser
identificados como Padrões de Textualidade ou Princípios Constitutivos.

Os padrões ou princípios observados na elaboração de um texto pelo escritor ajudam o


leitor a atribuir significados à sua leitura, com isso, estabelecer a necessária interação leitor/ texto.
Um texto bem constituído, unificado, apresenta 07 (sete) padrões de textualidade ou princípios
constitutivos, a saber:

Coesão – é constituída basicamente por elementos que interligam as partes do texto e está
representada por elementos aditivos, tais como conjunção, advérbio, pelas elipses e / ou
substituições, pela pontuação e outros.
24
Coerência – estabelece a relação entre os conceitos, é responsável pela lógica interna do texto.
Os elementos da coerência podem não estar explícitos no texto, mas é ela que permite ao leitor
acrescentar os seus conhecimentos, na forma de inferenciamento.

Intencionalidade – identifica-se com o objetivo do escritor que pode ser de sociabilizar


conhecimentos, causar prazer, provocar ansiedade, entre outros propósitos.

Aceitabilidade – este elemento leva em consideração o leitor, o interesse que o texto poderá lhe
despertar, considera que um texto desinteressante gera indisposição por parte do leitor.

Informatividade – da mesma forma que o interesse, a informação é importante para o leitor se


ater ao texto; sem a informação, estabelecendo só uma seção de idéias ou eventos, o texto é
rejeitado pelo leitor.

Situacionalidade – representa a adequação social do texto; um texto deve retratar as


características sociais do seu tempo.

Intertextualidade – permite relacionar o texto com outros; torna o conhecimento do texto


dependente do conhecimento de referências diversas; remete o leitor a outras fontes, o que
contribui para o aprofundamento da questão em estudo.

Bebida é água
Comida é pasto.
Você tem sede de quê?
Você tem fome de quê?
A gente não quer só comida.
A gente quer comida, diversão e arte.
A gente não quer só comida.
A gente quer saída para qualquer parte.
A gente não quer só comida.
A gente quer bebida, diversão, balé.
A gente não quer só comida.
A gente quer a vida como a gente quer!

Arnaldo Antunes/Marcelo Fromer/Sérgio


Brito
25
Você tem fome de quê?

Concordo com quem anseia pela erradicação da fome no mundo, mas se isso ocorresse
no Brasil já estaria bom, para começar. Do meu cômodo posto de observadora, e do duro posto
de cidadã com uma vida cotidiana onerada por altíssimos impostos, contas a pagar e coerências
a preservar, quero expandir esse conceito de fome.

A fome, as fomes: de casa, saúde e educação, as essenciais. Mas – não menos


importante – a fome de conhecimento, de esperança, de possibilidades, de liderança coerente.
Fome de confiança: ah, essa não dá para esquecer. Poder confiar no guarda, nas autoridades,
até nos pais e nos filhos. (...). Lya Luft

Tipos de coerência

 Coerência argumentativa

Na dissertação apresentamos argumentos, dados, opiniões, exemplos, a fim de defender


uma determinada ideia ou questionar determinado assunto.

Se, por exemplo, em uma argumentação, expusermos argumentos, dermos exemplos e


dados contrários à privatização de empresas estatais, não poderemos apresentar como
conclusão que a Petrobras deva ser imediatamente privatizada, pois tal conclusão estaria em
contradição com pressupostos apresentados, tornando o texto incoerente.

Nas dissertações, a coerência é decorrente não só da adequação da conclusão ao que foi


anteriormente apresentado, mas da própria concatenação das ideias apresentadas na
argumentação.

Na produção de textos dissertativos, muitas vezes discutimos assuntos polêmicos sobre os


quais não há consenso. Em dissertações que discutem temas como a pena de morte e a
legislação do aborto, estão presentes convicções de natureza ética e religiosa que variam de
indivíduo para indivíduo. Portanto, qualquer que seja a tese que defendamos, sempre haverá
pessoas que discordarão dela. O que importa em um texto dissertativo não é a tese em si, pois
como vimos as pessoas têm – felizmente – opiniões diferentes sobre um mesmo tema, mas a
coerência textual, ou seja, a argumentação deve estar em conformidade com a tese e a
conclusão deve ser uma decorrência lógica da argumentação.

 Coerência Narrativa

Nas narrações atribuímos ações a personagens. Essas ações se sucedem temporalmente,


26
isto é, uma ação posterior pressupõe uma ação com a qual não pode estar em contradição, sob
pena de tornar a narração inverossímil.

Se, em um primeiro momento, afirmamos que um determinado personagem, ao sair para


fazer compras, deixou em casa o único talão de cheques que tinha, não podemos, em seguida,
dizer que ele pagou as compras que fez com um cheque. Teríamos um caso de incoerência
narrativa: quem não tem cheque não pode pagar com cheque.

Nas narrações, as incoerências podem também ser decorrentes da caracterização do


personagem com relação às ações atribuídas a ele. Se um determinado personagem é, no início
da narração, caracterizado como uma pessoa que não suporta animais, não podemos dizer em
seguida, sem apresentar uma justificativa consciente, que ele criava em casa cachorros e
passarinhos. A ação “criar cachorros e passarinhos” está em contradição com o pressuposto
apresentado de que “ele não suporta animais”.

Certamente você já deve ter assistido a um julgamento (pelo menos em filmes). Nele,
juízes, promotores e advogados tentam estabelecer a verdade dos fatos, procurando descobrir
incoerências no depoimento de acusados e testemunhas. Se uma testemunha afirmar que, na
noite do crime ocorrido numa rua escura da cidade, estava a duzentos metros de distância do fato
e que viu claramente que o assassino tinha olhos azuis e bigodes e que atirou com uma arma de
cabo marrom, seu depoimento não deverá ser considerado devido à falta de coerência narrativa,
ou seja, naquelas circunstâncias ele não poderia ter visto o que viu.

 Coerência descritiva

Nas descrições apresentamos um relato verbal de pessoas, coisas ou ambientes,


enfatizando elementos que os caracterizam. Se se trata da descrição de um funeral, recorremos a
figuras como “roupas negras”, “pessoas tristes”, “coroas de flores”, “orações”, etc. Nesse caso, as
figuras utilizadas são coerentes com a cena que está sendo descrita.

Se descrevermos um dia ensolarado de verão, não podemos afirmar que as pessoas


andam pelas ruas protegidas por pesados casacos, pois esta descrição seria incoerente, já que a
figura “pesados casacos” está em contradição com o pressuposto “dia ensolarado de verão”.

Na produção de um filme (e também de novelas e minisséries para a televisão), certas


cenas, por motivos técnicos, muitas vezes não são feitas num mesmo dia. Para garantir que o
filme não apresente incoerências, existe um profissional responsável pela continuidade das
cenas.

Imagine que em um dia começa-se a gravar uma cena em que um personagem vai ao
banco pedir um empréstimo ao gerente e que a continuidade da gravação dessa cena venha a
27
ocorrer no dia seguinte. Se, na primeira gravação, o personagem entra no banco vestindo uma
camisa azul, no dia seguinte ele deverá estar vestindo a mesma camisa azul.

A função desse profissional é impedir que haja discrepâncias na continuidade do filme.


Imagine a estranheza dos espectadores se, ao entrar no banco, o personagem estivesse usando
uma camisa azul e, ao sentar-se na mesa do gerente, vestisse uma camisa amarela!

Atividades

1. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto:


a) em que – posto que
b) onde – em que
c) cuja – já que
d) na qual – todavia
e) já que – porque

LEIA O TEXTO:

2 - Os textos abaixo apresentam algum tipo de incoerência. Sua tarefa será indicar se é
uma incoerência argumentativa, descritiva ou narrativa.

a. Naquela manhã Paulo ligou para um amigo, cumprimentando-o, leu no jornal que seu amigo
havia entrado na faculdade e acordou bem cedo.
( ) argumentativa ( ) descritiva ( ) narrativa

a. A ciência já demonstrou que o consumo exagerado de bebidas alcoólicas é extremante


prejudicial à saúde. Adolescentes, aos dezesseis anos, ainda não têm maturidade suficiente para
avaliar os malefícios que o consumo imoderado de bebidas alcoólicas lhes poderá causar. Além
disso, nessa idade, gostam de novidades e, como muitas vezes são tímidos, utilizam-se de
bebidas alcoólicas para ficar extrovertidos sem pensar nas consequências nefastas desse tipo de
atitude. Por esses motivos a lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas para menores de
dezoito anos deveria ser revogada.
28
( ) argumentativa ( ) descritiva ( ) narrativa

b. A reunião para o acerto da venda das ações ocorreu num jantar, em um elegante e caro
restaurante, que era o preferido dos altos executivos de empresas do ramo de telecomunicações.
Enquanto os empresários, em voz baixa, selavam o acordo, um grupo musical contava música
sertaneja e pagode. Na mesa ao lado, crianças comemoravam o aniversário, deliciando-se com
os hambúrgueres servidos e as batatas fritas, sobre as quais colocavam bastante catchup.
( ) argumentativa ( ) descritiva ( ) narrativa

d. Machado de Assis é, sem dúvida, um dos maiores escritores brasileiros, pois sua obra não só
enfoca a vida urbana do Rio de Janeiro como também tem por cenário outras regiões do país. É o
que se pode observar em seus romances regionais. ( ) argumentativa ( ) descritiva
( ) narrativa

3. Reescreva o cartaz abaixo, com a intenção de torná-lo adequado à norma padrão,


segundo os pressupostos de coerência (complementação semântica do enunciado e
recuperação do elemento referencial: a geladeira), ortografia (uso indevido de crase,
retirada de acentuação inadequada) e coesão (paragrafação, organização/progressão
do período e uso dos conectores). Torne-o mais claro e enxuto.

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29

COESÃO

[Digite uma citação do documento ou o resumo de um ponto interessante. Você pode posicionar a caixa de
texto em qualquer lugar do documento. Use a guia Ferramentas de Desenho para alterar a formatação da
caixa de texto de citação.
COESÃO
Significa "amarrar" as
Ideias.

Elementos de coesão:

Algumas palavras e expressões facilitam a ligação entre as ideias, estejam elas em um


mesmo parágrafo ou não. Não é obrigatório, entretanto, o emprego destas expressões para que
um texto tenha qualidade.

Elementos coesivos:

Conjunções: São aquelas que ligam orações de sentido completo

1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acrescentamento ou adição. São


elas: e, nem (= e não), não só... mas também, não só... como também, bem como, não só...
mas ainda.

Por exemplo:

A sua pesquisa é clara e objetiva.

2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou


compensação. São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante.

Por exemplo:

Tentei chegar mais cedo, porém não consegui.

3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha,


indicando fatos que se realizam separadamente. São elas: ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer...
quer, seja... seja, talvez... talvez.

Por exemplo:

Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário.


30
4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou
consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso,
assim.

Por exemplo:

Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa.

5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela
contida. São elas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.

Por exemplo:

Não demore, que o filme já vai começar

ATIVIDADES SOBRE COESÃO – Exercícios complementares – anexos


31
I. Os textos abaixo necessitam de conectores para sua coesão. Reescreva-os
empregando as partículas que estão entre parênteses no lugar adequado:
a. Uma alimentação variada é fundamental seu organismo funcione de maneira
adequada. Isso significa que é obrigatório comer alimentos ricos em proteínas,
carboidratos, gorduras, vitaminas e sais minerais. Esses elementos são essenciais.
Você esteja fazendo dieta para emagrecer, não elimine carboidratos, proteínas e
gorduras de seu cardápio. Apenas reduza as quantidades. Você emagrece sem
perder saúde. (Saúde, n.5, maio 1993. P. 63)

(assim, mesmo que, para que)

b. Nem sempre é fácil identificar a violência. Uma cirurgia não constitui violência, visa
o bem do paciente, é feita com o consentimento do doente. Será violência a
operação realizada sem necessidade ou o paciente usado como cobais de
experimento científico sem a devia autorização.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de Filosofia. São
Paulo, Moderna, 1992. P. 171)

(mas certamente, se, se, primeiro porque, depois porque, por exemplo)

II. Utilize conectivos que explicitem a relação entre os períodos, se precisar faça
adaptações:

a. Era um homem de frases curtas. _______ A boca desse homem só se abria para dizer coisas
importantes. _______ninguém queria falar dessas coisas.

b. Era um cais de quase dois quilômetros de extensão. _____Gostávamos de caminhar ao longo


desse cais. ________ O tempo era sempre feio e chuvoso.

Os elementos coesivos já foram introduzidos no parágrafo, complete as lacunas


acrescentando suas ideias.
32

Hora de mudarmos as nossas atitudes

O planeta Terra está pedindo socorro. Isso porque......................................................


...........................................................................................................................................................................
.Também,..........................................................................................................................................................
....................................................................Além
disso,................................................................................................................................................................
......................................................................................................................
(FAÇA UMA BOA PROPOSTA PARA SOLUCIONAR O PROBLEMA)
Portanto, ....................................................................................................................
............................................................................................................................................................
............................................................................................................
...................................................................................................................................

A crise de água

Precisamos repensar urgentemente os nossos hábitos quanto ao consumo de água.


Porque..............................................................................................................................................................
......................................................................................................Também,.....................................................
...........................................................................................Além disso
...........................................................................................................................................................................
.....................................................................................................................
Consequentemente teremos...................................................................................
.............................................................................................................................................................
............................................................................................................................................................
....................................................................................
(FAÇA UMA BOA PROPOSTA DE PARA SOLUCIONAR O PROBLEMA)
...........................................................................................................................................................................
...........................................................................................................................................................................
..........................................................................................
33

III- Leia o poema

Acordou. Levantou-se. Aprontou-se. Lavou-se. Barbeou-se. Enxugou-se. Perfumou-se. Lanchou.


Abraçou. Beijou. Saiu. Entrou. Cumprimentou. Orientou. Controlou. Advertiu. Chegou. Desceu. Subiu.
Entrou. Cumprimentou. Assentou-se. Preparou-se. Examinou. Leu. Convocou. Leu. Comentou.
Interrompeu. Leu. Despachou. Conferiu. Vendeu. Vendeu. Ganhou. Ganhou. Ganhou. Lucrou. Lucrou.
Lesou. Explorou. Escondeu. Burlou. Safou-se. Comprou. Vendeu. Assinou. Sacou. Depositou. Depositou.
Depositou. Repreendeu. Suspendeu. Demitiu. Negou. Explorou. Desconfiou. Vigiou. Ordenou. Telefonou.
Despachou. Esperou. Chegou. Vendeu. Ordenou. Telefonou. Despachou. Repreendeu. Suspendeu.
Demitiu. Convocou. Elogiou. Bolinou. Estimulou. Beijou. Convidou. Saiu. Chegou. Despiu-se. Abraçou.
Deitou-se. Mexeu. Gemeu. Fungou. Babou. Antecipou. Frustrou. Virou-se. Relaxou-se. Envergonhou-se.
Presenteou. Saiu. Despiu-se. Dirigiu-se. Chegou. Beijou. Negou. Lamentou. Justificou-se. Dormiu.
Roncou. Sonhou. Sobressaltou-se. Acordou. Preocupou-se. Temeu. Levantou. Apanhou. Rasgou. Engoliu.
Bebeu. Rasgou. Engoliu. Bebeu. Dormiu. Dormiu. Dormiu. Acordou. Levantou-se. Aprontou-se... (Mino)

1- Quantos ambientes aparecem no texto?

2- Qual o sexo da personagem principal do texto? Justifique.

3- Qual a profissão da personagem? Justifique.

4- Foi possível construir sentido a este texto? Justifique.


5- O texto é coerente? Justifique.

6- Este texto possui coesão? Justifique.

7- O autor repetiu palavras? Em caso afirmativo, responda qual a intenção desta repetição?
34

AULA 07

RESUMO

1. Entenda melhor o tema


O resumo perfeito só pode ser feito quando entendemos muito bem o tema que será abordado.
Quer você esteja se preparando para uma apresentação na faculdade, estudando para uma
prova ou listando o que deverá ser mencionado para um cliente em uma reunião, compreender
perfeitamente do que estamos falando é um passo fundamental. Por isso, a primeira coisa para
um bom resumo é o estudo.
Você terá de saber responder às principais perguntas sobre determinado assunto para saber
quais são os tópicos de interesse dentro dele. Então terá de buscar tanta informação quanto
possível para conseguir se orientar. Seu resumo só estará completo se ao ler o conteúdo dele
quem precisar utilizá-lo for capaz de se guiar por um tema.
Preste bastante atenção nessa etapa se estiver fazendo um resumo que não será apenas seu. É
muito fácil escrever para nós mesmos e nesse caso podemos usar termos que conhecemos sem
nos preocupar em explicar seus significados. Mas um resumo feito para terceiros deve ter o
cuidado de introduzir princípios básicos e se fazer acessível.

2. Determine o que precisa ser abordado


Antes mesmo de começar um resumo é preciso definir quais serão os tópicos abordados nele. Se
você estiver preparando um deles para estudar para uma prova as orientações do professor
serão o suficiente para estruturá-lo. Todavia, caso seja um resumo profissional ou criado para se
compartilhar com uma equipe será necessário estabelecer esses tópicos sozinho.
Pense nos princípios de um texto jornalístico completo. Resumos têm a obrigação de informar,
portanto compartilham algumas características com esse gênero textual. Quando, onde, por que e
como são respostas que devem ser facilmente encontradas no seu resumo.

3. Defina quem vai ler aquele resumo


Como mencionamos anteriormente, fazer um resumo depende muito da aplicação dele. Há
algumas liberdades que podemos tomar quando escrevemos textos para o consumo próprio, mas
que não são exatamente adequadas ao nos dirigirmos a um interlocutor. Por isso você deve
35
entender qual será o uso do seu resumo e em que contexto ele será consultado.
O resumo que fazemos para que um especialista se oriente durante uma palestra é bem diferente
daquele que criamos para um estudante ser introduzido a um tópico. A linguagem que utilizamos
também varia de acordo com o destino final de um resumo. Tenha isso sempre em mente.

AULA 08

O PODER DA ARGUMENTAÇÃO

1. Na hora de produzir textos na escola ou para um concurso, muitos estudantes tendem a


preocupar-se mais com o conteúdo do que com a forma do texto. E, assim, prever o tema que
será abordado pela banca examinadora pode parecer – pelo menos à primeira vista – o mais
importante. Mas, para quem cultiva o hábito da leitura e se mantém informado, isso não chega a
ser um problema.
2. Para fazer um bom texto, é preciso mais do que estar informado. Escrever uma dissertação
– em geral, essa é modalidade exigida em todos os concursos – requer do aluno um
posicionamento diante do que vê, ouve ou lê. Dada a quantidade de informações disponíveis
atualmente, é preciso, mais do que nunca, saber relacionar fatos, associar e hierarquizar ideias,
distinguir diferentes pontos de vista sobre um mesmo tema, diferençar o que é relevante do que é
secundário, discernir o que é geral do que é específico, o que é causa do que é consequência.
3. Um texto é fluente quando conduz o leitor por meio de um raciocínio – a esse exercício da
razão chamamos argumentação. Para argumentar de maneira eficaz, o redator deve não só
lançar mão de exemplos pertinentes, mas também prever as possíveis refutações àquilo que diz.
Por mais consistente e coerente que seja, toda ideia pode ser contestada. Assim, antecipar-se às
possíveis réplicas, mostrando os outros lados da questão, constitui um valioso recurso
argumentativo, por meio do qual se envolve o leitor no raciocínio, conduzindo-o à conclusão
pretendida.
4. A todo custo deve ser evitado o simplismo, raciocínio vicioso praticado por quem omite
dados importantes de uma questão, tratando-os como se fossem secundários. Defender a
implantação da pena de morte com base no argumento de que “quem matou deve morrer” é um
exemplo de simplismo. Afirmações que demonstrem radicalismo. Afirmações que demonstrem
radicalismo (político, religioso, moral, Etc.) podem criar no leitor uma predisposição negativa ante
o texto – que, naturalmente, perde em eficácia argumentativa.
5. A linguagem deve ser simples e objetiva, atendendo ao padrão culto. Convêm evitar o
36
artificialismo decorrente do emprego de palavras menos usuais na tentativa de impressionar o
examinador. O texto pode resultar pedante e, por conseguinte, insincero. É importante que o leitor
perceba um compromisso do autor com as próprias ideias. Thaís Nicoleti de Camargo. Folha de
São Paulo, 18 out. 2001.

ATIVIDADE

MODELO DE PROVA DISCURSIVA DO ENADE.

1. Faça um criativo esquema do texto da Thaís Nicoleti.

QUESTÃO DISCURSIVA - ENADE 2014

Três jovens de 19 anos de idade, moradores de rua, foram presos em flagrante, nesta quarta-feira, por terem
ateado fogo em um jovem de 17 anos, guardador de carros. O motivo, segundo a 14ªDP foi uma “briga por ponto”.
Um motorista deu “um trocado” ao menor, o que irritou os três moradores de rua, que também guardavam carros no
local. O menor foi levado ao Hospital das Clínicas (HC) por PMs que passavam pelo local. Segundo o HC, ele teve
queimaduras leves no ombro esquerdo, foi medicado e, em seguida, liberado. O indiciados podem pegar de 12 a 30
anos de prisão, se ficar comprovado que a intenção era matar o menor. Caso contrário, conforme a 14ª DP, os três
poderão pegar de uma a três anos de cadeia. Disponível em “http//www.1folha.uol.com.br/acesso em:28 jul 2013
(adaptado)”.

A partir da situação narrada, elabore um texto dissertativo sobre violência urbana, apresentando:
a) Análise de duas causas do tipo de violência descrita no texto.

b) Dois fatores que contribuiriam para evitar o fato descrito na notícia.

c) Apresente proposta de intervenção para mudar a posição social dos personagens da situação descrita.

PRODUÇÃO DE TEXTO
QUESTÃO DISCURSIVA – ENADE 2014

Os desafios da mobilidade urbana associam-se à necessidade de desenvolvimento urbano sustentável. A


ONU define esse desenvolvimento como aquele que assegura qualidade de vida, incluídos os componentes
ecológicos, culturais, políticos, institucionais, sociais e econômicos que não comprometam a qualidade de vida das
futuras gerações.
O espaço urbano brasileiro é marcado por inúmeros problemas cotidianos e por várias contradições. Uma
das grandes questões em debate diz respeito à mobilidade urbana, uma vez que o momento é de motorização dos
37
deslocamentos da população, por meio de transporte coletivo e individual.

Considere os dados do seguinte quadro:

MOBILIDADE URBANA EM CIDADE COM MAIS DE 500 MIL HABITANTES


MOBILIDADE TIPOLOGIA PORCENTAGEM (%)
NÃO MOTORIZADO A PÉ 15,9
NÃO MOTORIZADO BICICLETA 2,7
MOTORIZADO COLETIVO ÔNIBUS MUNICIPAL 22,2
MOTORIZADO COLETIVO ÔNIBUS METROPOLITANO 4,5
MOTORIZADO COLETIVO METROFERROVIÁRIO 25,1
MOTORIZADO INDIVIDUAL AUTOMÓVEL 27,5
MOTORIZADO INDIVIDUAL MOTOCICLETA 2,1

Tendo em vista o texto e o quadro de mobilidade urbana apresentados, redija um texto dissertativo,
contemplando os seguintes aspectos:
a) Consequências, para o desenvolvimento sustentável, do uso mais frequente do transporte motorizado;
b) Duas ações de intervenção que contribuam para a consolidação de política pública de incremento ao uso
da bicicleta na cidade mencionada, assegurando-se o desenvolvimento sustentável.

Critérios de avaliação

I- Norma Culta.
II- Compreensão da proposta de redação
III- Seleção/organização do argumento, interpretar informações fatos, opiniões e
argumentos de defesa de um ponto de vista.
IV- Demonstrar conhecimento de mecanismos linguísticos necessários à construção
da argumentação.
V- (geralmente utilizado no ENEM) Elaborar proposta de intervenção para o
problema abordado respeitando os direitos humanos.
38

AULA 08
Revisão para N1

QUESTÃO 01 - Observando os dados fornecidos no quadro, percebe-se :


(A) um avanço nos índices gerais da educação no País, graças ao investimento aplicado nas
escolas;
(B) um crescimento do Ensino Médio, com índices superiores aos de países com
desenvolvimento semelhante;
(C) um aumento da evasão escolar, devido à necessidade de inserção profissional no mercado de
trabalho;
(D) um incremento do tempo médio de formação, sustentado pelo índice de aprovação no Ensino
Fundamenta;.
(E) uma melhoria na qualificação da força de trabalho, incentivada pelo aumento da escolaridade
média.

QUESTÃO 02. Tendo em vista a construção da ideia de nação no Brasil, o argumento da


personagem expressa:
(A) a afirmação da identidade regional.
(B) a fragilização do multiculturalismo global;
(C) o ressurgimento do fundamentalismo local;
(D) o esfacelamento da unidade do território nacional;
(E) o fortalecimento do separatismo estadual;
39

QUESTÃO 03: Leia a charge.


www.charges.com.br, acessado em 15 set. 2009.
Leia o gráfico, em que é mostrada a evolução do número de trabalhadores de 10 a 14 anos, em
algumas regiões metropolitanas brasileiras, em dado período:
- Há relação entre o que é mostrado no gráfico e na charge?
A) Não, pois a faixa etária acima dos 18 anos é aquela responsável pela disseminação da violência
urbana nas grandes cidades brasileiras.
B) Não, pois o crescimento do número de crianças e adolescentes que trabalham diminui o risco de sua
exposição aos perigos da rua.
C) Sim, pois ambos se associam ao mesmo contexto de problemas socioeconômicos e culturais vigentes
no país.
D) Sim, pois o crescimento do trabalho infantil no Brasil faz crescer o número de crianças envolvidas com
o crime organizado.
E) Ambos abordam temas diferentes e não é possível se estabelecer relação mesmo que indireta entre
eles.

QUESTÃO 04- Gráfico I: Domínio da leitura e escrita pelos brasileiros (em %)

Gráfico II: Municípios brasileiros que possuem livrarias (em %)

Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional - INAF, 2005.

QUESTÃO 5

Relacione esses gráficos às seguintes informações: O Ministério da Cultura divulgou, em 2008, que
o Brasil não só produz mais da metade dos livros do continente americano, como também tem parque
gráfico atualizado, excelente nível de produção editorial e grande quantidade de papel. Estima-se que
40
73% dos livros do país estejam nas mãos de 16% da população. Para melhorar essa situação, é
necessário que o Brasil adote políticas públicas capazes de conduzir o país à formação de uma
sociedade leitora.

Qual das seguintes ações NÃO contribui para a formação de uma sociedade leitora?

A) Desaceleração da distribuição de livros didáticos para os estudantes das escolas públicas, pelo MEC,
porque isso enriquece editoras e livreiros.
B) Exigência de acervo mínimo de livros, impressos e eletrônicos, com gêneros diversificados, para as
bibliotecas escolares e comunitárias.
C) Programas de formação continuada de professores, capacitando-os para criar um vínculo significativo
entre o estudante e o texto.
D) Programas, de iniciativa pública e privada, garantindo que os livros migrem das estantes para as mãos
dos leitores.
E) Uso da literatura como estratégia de motivação dos estudantes, contribuindo para uma leitura mais
prazerosa.

QUESTÃO 06

O tema que domina os fragmentos poéticos a seguir é o mar. Identifique, entre eles, aquele que mais se aproxima do
quadro de Pancetti.

(A) Os homens e as mulheres


adormecidos na praia
que nuvens procuram
agarrar (MELO NETO, João Cabral de. Marinha. melhores poemas. São Paulo: Global, 1985. p. 14.)

(B) Um barco singra o peito


rosado do mar.
A manhã sacode as ondas
e os coqueiros.(ESPINOLA, Adriano. Pesca. Beira-sol. Rio de Janeiro: TopBooks, 1997. p. 13.)

(C) Na melancolia de teus olhos


Eu sinto a noite se inclinar
E oue as cantigas antigas
Do mar. (MORAES, Vinicius de. Mar. Antologia poØtica. 25 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1984. p. 93.)

(D) E olhamos a ilha assinalada


pelo gosto de abril que o mar trazia
e galgamos nosso sono sobre a areia
num barco s de vento e maresia.
41

(SECCHIN, Antônio Carlos. A ilha. Todos os ventos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002. p. 148.

AULA 10

DIREITOS HUMANOS – FAZER ATIVIDADES NO PORTAL EAD

AULA 11

Normas da ABNT

A partir desta aula produziremos exercícios visando formar as notas de AD2 e N2 para o
RESUMO EXPANDIDO. Esse trabalho será substitutivo da Avaliação N2, deverá ser em
grupo, porém para o aluno obter nota, ele precisará estar presente em todas as aulas e
realizar as atividades propostas.

A nota será formada da seguinte forma:

AD 2 ORIENTAÇÕES/VISTOS
10
N2: em cada falta o aluno será penalizado em menos 0,5 na nota do trabalho.

Ou seja, independente de quem digitou, formatou e pesquisou em casa, a nota será


composta pela participação do aluno em classe.
Ao final de cada aula, o aluno deverá assinar uma planilha apresentada pelo professor.
42

Estrutura de trabalhos de graduação (acadêmico)

1 Capa
2 Folha de rosto
3 Sumário
4 Introdução
5 Desenvolvimento
6 Considerações finais
7 Referências
8 O desenvolvimento pode ser dividido em capítulos ou seções, conforme o
caso.
Pode-se acrescentar páginas opcionais como epígrafes, agradecimentos e
anexos ou glossários.
 Evitar ilustrações na capa ou letras coloridas e com efeitos artísticos
 Os resumos são dispensados nesse tipo de trabalho.
Figuras, tabelas ou gráficos devem ser inseridos no desenvolvimento de
acordo DE
ESPECIFICAÇÕES comFONTES,
as análises, discussões ou E
ESPAÇAMENTO exposição do conteúdo.
NUMERAÇÃO:

 O texto deve ser digitado em papel A4, apenas no anverso da folha,


 fonte 12 para o texto e 10 para as citações longas e notas de rodapé, como também para
o resumo; pode ser usado o 14 para títulos (também usar o negrito). A ABNT especifica o tipo de
fonte, devendo ser Arial.
 O espaçamento deve obedecer às margens de:
 3 cm - esquerda
 3 cm - superior
.  2 cm - direita
 2 cm - inferior
43

Sendo melhor espaços duplos entre títulos, subtítulos e seções do texto. Nas citações
longas, notas de rodapé, no resumo, entre os dados do cabeçalho e nas referências
bibliográficas, manter o espaço simples entrelinhas.
 A paginação deve ser contada a partir da folha de rosto, sendo as folhas “numeradas”
somente a partir da segunda página do texto (já na Introdução), no canto superior direito, a 2 cm
da borda do papel, com algarismos arábicos.
 Os títulos de capítulos devem ser numerados e alinhados à esquerda, em caixa alta, fonte 14 e
em negrito. Os subtítulos (1.1) devem ser grafados em fonte 12, caixa baixa e em negrito. Se
houver mais um subtítulo (1.1.1), deve constar em caixa baixa, em itálico, segundo a NBR 6024.
Itens menores podem seguir a sequência de letras a), b), c), ...). Toda palavra em língua
estrangeira deve ser identificada em ITÁLICO.
 Para iniciar a frase com parágrafo, utilizar 2 cm após a margem esquerda; em caso de
citações longas, o recuo é de 4 cm e o espaço entrelinhas é simples;
 O Relatório Técnico deverá ter até 8 páginas de extensão.

Elementos pós-textuais
Agradecimentos (opcionais)

 Referências bibliográficas (apenas dos autores citados no corpo do artigo)


 É a relação completa de toda a documentação utilizada para a elaboração do artigo.
Tem por finalidade apresentar as obras e autores que serviram a base para o que foi
escrito no texto.
 São arrumadas em ordem alfabética pelo sobrenome do autor e numeradas
sequencialmente ou numeradas na ordem em que aparecem no texto.
 Para elaboração das Referências bibliográficas, deve-se obedecer à NBR 6023, norma
da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que estabelece critérios para
referenciar as publicações mencionadas.

Anexos (opcionais)

São consideradas essenciais em uma indicação bibliográfica os seguintes elementos:


Autor
 Título da obra
 Edição
 Local da publicação
 Editora
44

Livro

Observações:
 O alinhamento das referências bibliográficas se faz pela margem esquerda (sem recuo) com
um espaço entre uma referência e outra.
 Na impossibilidade de identificar o autor (obra sem autoria declarada), faz-se a entrada pelo
título da obra. Não se usa o termo anônimo para substituir o autor desconhecido

Livro com apenas uma autoria:

KISHIMOTO, T. M. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 1998.


Livro com mais de um autor, neste caso, os nomes dos autores devem ser separados com ponto-
e-vírgula. Essa regra se aplica para livros que tenham até três autores.

MATTOS, M. G; NEIRA, M.G. Educação infantil. São Paulo: Phorte, 2002.

Destaca-se que o número total de páginas, ao final da referência de uma obra, pode ser uma
informação complementar. Ela se tornará essencial quando, em uma obra, o aluno pesquisador
utilizar apenas parte do material (um capítulo, um item, um subitem).

ASTI, Vera, Armando. Metodologia da pesquisa científica. Porto Alegre: Globo, 1976.

Quando a obra tiver mais de três autores, basta colocar o nome do primeiro autor e utilizar o
termo em latim et al., que significa “e outros”. Se a obra for organizada por vários autores é
necessário colocar (org) – organizador.

OBS: Outras indicações de responsabilidade também podem aparecer, em forma abreviada,


tais como: tradutor, compilador, editor, coordenador, etc.

TANI, G. et al. Educação escolar: fundamentos de uma abordagem desenvolvimentista. São


Paulo: EPU/USP, 1998.

Temos casos em que autoria é de responsabilidade de uma instituição. Para tanto, segue-
se a norma geral de referência creditando à entidade a autoria da obra.
45

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Catálogo de teses da Universidade de São Paulo, 1992.


São Paulo, 1993, p. 467.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Referencial curricular nacional de educação


infantil. Brasília: MEC/SEF. V. 3, 1998.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de. A Metodologia científica. 2. ed. rev. e aum. São Paulo:
Atlas, 1991.
Mais de três autores: indica-se o primeiro e acrescenta-se a expressão latina et al. (e outros).

Exemplo:
DUBOIS, J. et al. Retórica geral. Tradução Carlos Felipe Moisés, Duílio Moisés. São Paulo:
Cultrix; Edusp, 1974.

 Dois locais e duas editoras são separados pelo ponto-e-vírgula.

Exemplo:
JOTA, Zélio dos Santos. Dicionário de linguística. 2. ed. Rio de Janeiro: Presença; Brasília: INL,
1981.

 Usa-se um traço (equivalente a 6 toques) ponto para não repetir o nome de um autor de várias
obras.

Exemplo:
GIL, Antônio Carlos. Metodologia do ensino superior. São Paulo: Atlas, 1990.
________________. Técnicas de pesquisa em economia. São Paulo: Atlas, 1988.
________________. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1987.
Autor-entidade: quando a autoria é atribuída a uma entidade, secretaria de Estado, firma ou
empresa, sem a indicação nominal de autor (es), a entrada se faz pelo nome da entidade.

Artigo de revista
AUTORIA DO ARTIGO, Título do artigo. Título do periódico, local de publicação, número do
volume, número do fascículo, página inicial – final (p. - ) do artigo, data.
46
KOTLER, Philip. Marketing internacional. Qualimetria, São Paulo, n. 142, v. 1, p.24-
25,jun.2003.

Artigo de jornal
AUTORIA DO ARTIGO. Título do artigo. Título do jornal (negrito), Local de publicação, data (dia, mês
com 3 letras. Ano). Número ou título do caderno, seção, suplemento, página(s), número de ordem da
coluna (se houver).
FLEUY, Luiz. Novos métodos de gestão para resultados. O Globo, Rio de Janeiro, 6 ago. 2000.

Documentos On-line
a) Com autoria:
AUTORIA. Título. Disponível em:HTTP://endereçoeletrônico. Acesso em: dia mês (3 letras- mai, jun,
etc). Ano.

EXEMPLO:
GOLDEBERG, Claúdio. Transformações significativas no ambiente de vendas e marketing.
Disponível em: WWW.institutomvc.com.br/costa/curta/artc01transformações_significativas.htm. Acesso
em: 30 mar. 2003, 20:30:21.

b) Pesquisa em site:
EMPRESA RESPONSÁVEL PELO SITE. Disponível em: <WWW...............>. Acesso em: dia mês e
ano, hora: minutos:segundos.
OBS: acrescentar hora, minutos e segundos é opcional.

Exemplo:
SEBRAE. Disponível em: www.sebrae.com.br. Acesso em: 10 dez. 2008, 21:42.

I - Exercícios aplicados de referências Bibliográficas


a) Título: História do Brasil; autor: Joel Rufino dos Santos; ano: 1979; Editora: Marco Editorial .
3ª edição, Local: São Paulo.

b) Título: Guia prático de ortografia. Editora: Editora Scipione. Autor: Ernani Terra e José de
Nicola. Ano: 1996. Cidade: São Paulo.

c) Título: Pensando o ritual; subtítulo: sexualidade, morte, mundo; autor, Mário Perniola; local:
São Paulo; editora: Nobel; ano: 2000.
47

d) Título: Freud e a pedagogia; Autores: Mirelle Cifali, Francis Imbert e Jorge Larrosa; local: São
Paulo; Edições Loyola; ano: 1999.

e) Título: Manual de Normalização de Publicações Técnico-científicas; autores: Junia Lessa


França, Stella Maris Borges, Ana Cristina Vasconcelos e Maria Helena de Andrade; local:
Belo Horizonte, Ed: UFMG, 5ª edição; ano: 2003.

f) Título: Fundamentos De Metodologia Científica. Autor: Eva Maria Lakatos E Marina De


Andrade Marconi. Ano: 2007. Editora: Editora Atlas. Local: São Paulo. 19ª edição.

II - EXERCÍCIOS SOBRE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Selecione a alternativa correta:


A - ( ) NORBERTO Bobbio. A era dos direitos. 10. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1992.
B - ( ) BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. 10. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1992.

2. Selecione a alternativa correta:


A - ( ) WEIL, Pierre; TOMPAKOW, Roland. O corpo fala. 58. ed. Petrópolis: Vozes, 2004.
B - ( ) WEIL, Pierre e TOMPAKOW, Roland. O corpo fala. 58. ed. Petrópolis: Vozes, 2004.

3. Selecione a alternativa correta:


A - ( ) BONAVIDES, Paulo. Teoria constitucional da democracia participativa. São Paulo:
Malheiros, 2001.
B - ( ) BONAVIDES, Paulo. Teoria Constitucional da Democracia Participativa. São Paulo:
Malheiros, 2001.

4. Selecione a alternativa correta:


A-( ) BARACHO, José Alfredo de Oliveira. Teoria geral das comissões parlamentares. Rio de
Janeiro: Forense, 1988.
B - ( ) BARACHO, José Alfredo de Oliveira. Teoria geral das comissões parlamentares. Rio de
Janeiro: Forense, 1988.

5. Selecione a alternativa correta:


A-( ) VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil: contratos em espécie - v. 3. 3. ed. São Paulo: Atlas,
2003.
B - ( ) VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil: contratos em espécie. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2003, v.
3.

6. Selecione a alternativa correta:


A-( ) TELLES Jr., Goffredo. Direito quântico: ensaio sobre o fundamento da ordem jurídica. 7.
ed. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2003.
B-( ) TELLES Jr., Goffredo. Direito quântico: ensaio sobre o fundamento da ordem jurídica. 7. ed.
São Paulo: Juarez de Oliveira, 2003.

7. Selecione a alternativa correta:


A - ( ) SOARES, Edvaldo. Metodologia Científica: lógica, epistemologia e normas. São Paulo: Atlas,
2003.
48
B - ( ) SOARES, Edvaldo. Metodologia Científica: lógica, epistemologia e normas. 1. ed. São Paulo:
Atlas, 2003.

8. Selecione a alternativa correta:


A - ( ) MORAES, Roque. O que é afinal esta coisa chamada ciência? 2.ed. São Paulo: DuasLetras,
2006.
B - ( ) MORAES, Roque. O que é afinal esta coisa chamada ciência? 2.ed. DuasLetras: São Paulo,
2006.

9. Selecione a alternativa correta:


A - ( ) BIZZOTTO, Carlos Eduardo Negrão. O que é uma incubadora de empresas? 2008.
Blumenau: Diretiva.
B - ( ) BIZZOTTO, Carlos Eduardo Negrão. O que é uma incubadora de empresas? Blumenau:
Diretiva, 2008.

10. Selecione a alternativa correta:


A - ( ) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Manual de gestão tecnológica.
Porto Alegre: UFRGS, 2005.
B - ( ) UFRGS. Manual de gestão tecnológica. Porto Alegre: UFRGS, 2005.

11. Componha a referência obedecendo a sequência correta dos elementos. Obs.: Em


negrito, sublinhar.

Para livro: Fascículo/número n.1


Ano 2008
Informações essenciais
Título: Como elaborar
projetos de
pesquisa.
Ano: 2002
Autor: Antônio Carlos
Gil
Editora Atlas
Local: São Paulo
Edição: 4
Volume ---

Informações essenciais
Autor: Hugh Lacey
Título do artigo: Aspectos
cognitivos e sociais
das práticas
científicas
Título da revista: Scientae Studia
Local da São Paulo
publicação:
Página inicial e 83-96
final do artigo:
Volume: v. 6
Mês ---
49

AULA 13

O uso do hífen permanece nos compostos em que os prefixos super, hiper, inter,
terminados em -r, aparecem combinados com elementos também iniciados por -r:
hiper-rancoroso, hiper-realista, hiper-requintado, hiper-requisitado, inter-racial, inter-
regional, inter-relação, super-racional, super-realista, super-resistente, super-revista,
etc.

Citações diretas

São transcrições literais de palavras ou trechos de outros autores. São reproduzidas


entre aspas e devem apresentar o sobrenome do(s) autor(es), a data de publicação do
documento e a página onde se encontra aquela informação.
As citações diretas, também chamadas de textuais, podem ser curtas ou longas.
 Como fazer citação direta – transcrição literal de palavras ou trechos de outros autores:

 Curta - Recorre-se a Oliver (2004) para esclarecer a questão da criatividade, “A mente


humana, uma vez ampliada por uma nova ideia, nunca mais volta ao seu tamanho
original”.

 Longa – com mais de três linhas – afastada 4,0 cm da margem esquerda e digitada em
espaço um, fonte 10.

As citações curtas são as transcrições de até três linhas. São inseridas no texto do
trabalho. Quando são incluídas na sentença devem ser em letras maiúsculas e minúsculas e,
quando estiverem entre parênteses, devem ser em letras maiúsculas. Exemplo:
A ironia seria assim uma forma implícita de heterogeneidade mostrada, conforme a
classificação proposta por Authier-Reiriz (1982).
Compreende-se que, “Apesar das aparências, a desconstrução do logocentrismo não é
uma psicanálise da filosofia [...]”(DERRIDA, 1967, p.293)
Ressalta Ribeiro et al. (1997, p. 42) que, “a doença periodontal está associada à
presença de placa bacteriana.”
50
As citações longas são aquelas com mais de três linhas. Devem ser afastados
centímetros da margem esquerda e digitadas em espaço um, com corpo menor e mesma
família de tipo, constituindo um parágrafo independente. Use fonte 10.
Exemplo:
Sobre a pesquisa experimental pode se afirmar:

A pesquisa experimental parte da análise de um fenômeno delimitado sobre o qual


formula hipóteses prévias de verdade e métodos explícitos de verificação, submete o
fenômeno à experimentação em condições de controle, cuidando ciosamente da
validade interna das hipóteses a fim de extrair leis, fazer generalizações e elaborar
teorias explicativas do fenômeno observado (CHIZZOTTI, 1991, p. 26).

Citações indiretas

São também chamadas de citações livres e ocorrem quando as ideias ou informações


dadas pelos autores consultados são comentadas, sem reprodução das palavras do texto
original. Não é necessária a indicação da página onde contém a informação de origem
Esse tipo de citação pode ser feita mencionando o sobrenome do(s) autor(es) como
parte da frase. Citar a página é opcional.

Exemplo:
Esclarece Peres (1979) que a justificativa de um projeto de pesquisa tem uma relação
estreita com o problema que conduziu à concepção da que se pretende realizar.
Pode-se, também apresentar o sobrenome do(s) autor(es) após a citação.
Exemplo:
Interpretar significa buscar o sentido mais explicativo dos resultados da pesquisa, é ler
através dos percentuais obtidos (BARROS, LEHFELD, 1991). Quando o autor faz parte do
texto só a primeira letra do sobrenome fica maiúscula. Exemplo: a justificativa de um projeto de
pesquisa tem uma relação estreita com o problema que conduziu à concepção da que se
pretende realizar, esclarece Peres (1979).
Quando as entidades coletivas conhecidas pelas siglas são citadas, deve-se em primeiro
lugar mencionar o nome por extenso da instituição seguido da sigla e a partir daí, usar sempre
a sigla.
Quando a citação for de um documento sem autoria conhecida, de periódico
considerado no todo ou dos casos em que a NBR 6023, da ABNT, recomenda a entrada pelo
título, a citação é feita mencionando-se a primeira palavra do título, em caixa alta, seguida de
reticências e a data entre parênteses.
51
 Como fazer citação indireta – ou citação livre, sem reprodução das palavras do texto
original:

Reforça Oliver (2004), o ato da criação torna-se importante, pois quando a mente
humana, é expandida por uma ideia nova, não volta ao seu tamanho original. Por isso deve-se
estimular a criatividade.

1. O desenvolvimento do Relatório Técnico é a parte mais importante do texto, em que é


imprescindível raciocínio lógico e clareza.
Deve ser dividido em tantas seções e subseções quantos forem necessárias para o
detalhamento da pesquisa e/ou estudo realizado.

AULA 14

Elementos textuais de um relatório técnico são: introdução, desenvolvimento e


considerações finais.

INTRODUÇÃO

Na introdução, o tema é apresentado de forma clara, precisa e sintética. Evite


introdução que se refira vagamente ao título do trabalho, bem como aquela introdução que leve
o leitor a entrar confusamente no assunto.
Fundamentalmente a introdução deve conter quatro ideias básicas que têm como roteiro
as respostas às perguntas:

1. QUE FAZER? Ou seja, o que será tematizado?


2. POR QUE FAZER? Ou seja, por que foi escolhido o local específico?
3. QUAIS SÃO AS CONTRIBUIÇÕES ESPERADAS?
4. COMO FAZER? Ou seja, qual será a trajetória desenvolvida para a construção do trabalho
empreendido? (orientar-se pelo sumário preparado).
O título INTRODUÇÃO deve ser escrito centralizado, em letras maiúsculas e em negrito.
Após 1,5 cm da palavra Introdução, inicia-se o texto. A colocação dos números nas páginas
inicia-se após a primeira página da Introdução.

DESENVOLVIMENTO

Deve ser realizado de acordo com as orientações do professor.


52
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Basicamente, o conteúdo desse item compreende a afirmação sintética da idéia central


do trabalho e dos pontos relevantes apresentados no texto. Considerada uma das partes mais
importantes do trabalho e deve ser uma decorrência natural do que foi exposto no
desenvolvimento. Assim a conclusão resulta de deduções lógicas, sempre fundamentada, no
que foi apresentado e discutido no corpo do trabalho. Deve conter comentários e
conseqüências próprias da pesquisa, bem como sugestões de novos enfoques para pesquisas
adicionais.

Elementos pós-textuais

Referências ou Bibliografia?

A diferença entre bibliografia e referência consiste no seguinte: nas referências,


deverão ser registrados todos os autores citados no corpo do trabalho. Na bibliografia,
constarão todos os que foram lidos, embora não tenham sido citados do corpo do trabalho,
sendo assim a bibliografia é utilizada em teses de doutorado ou em livros.
Após a conclusão do trabalho, deverão vir às referências das obras consultadas e
registradas em ordem alfabética por autor, obedecendo às normas da ABNT - NBR 6023, de
agosto de 2002.
Deverá iniciar em ordem alfabética após um enter do título REFERÊNCIAS, que deverá
ser escrito centralizado, em letra maiúscula, em negrito e em fonte 14.

AULA 15
Resumo Expandido

O resumo expandido é um tipo de trabalho comumente solicitado quando há eventos onde a


publicação final necessita da apresentação deste texto. Por isso, quem for fazer uma
apresentação onde é necessário apresentar o resumo expandido, deve entender detalhes
desse tipo de texto.
Quer saber o que é resumo expandido e como fazer? Então confira este post até o final e veja
o passo a passo completo desse tipo textual.
53
O que é resumo expandido?
Resumir algo é o mesmo que dar informações objetivas e claras sobre um conteúdo que
possui bastante detalhes. Desde sempre os estudantes precisam criar resumos nas escolas,
essa prática estimula a escrita objetiva, tornando as explicações mais claras e simples.
Seguindo este conceito, o resumo expandido é uma modalidade de resumo que tem como
objetivo descrever um trabalho acadêmico com objetividade. Diferente do resumo simples, a
modalidade expandida pode ser escrita antes mesmo de terminar o trabalho ou a pesquisa.

E não se confunda com o resumo que existe em alguns trabalhos acadêmicos como o TCC. O
texto que aparece logo após o “epígrafe” não tem nada a ver com o resumo expandido.
Lembre-se: esse tipo de texto só é utilizado em casos excepcionais onde há a necessidade de
apresentá-lo.
Considerando que o resumo expandido pode ser elaborado antes mesmo de terminar o
trabalho ou a pesquisa, ele é usado principalmente em eventos onde é possível compartilhar
informações.
Caso você participe de algum evento deste tipo, o resumo expandido mostrará aos
participantes do que se trata sua pesquisa, qual é o tema, o porquê desse levantamento, entre
outras informações. Isso proporcionará a troca de informações e posteriormente, poderá
contribuir para um trabalho com mais qualidade.
Formato para escrever um resumo expandido
Cada evento possui um padrão específico para o formato do resumo expandido. Por isso, não
é possível definir um tipo único para a elaboração desse texto. Nesse caso, é recomendado
que os estudantes verifiquem no edital todas as diretrizes do evento, incluindo as informações
sobre o resumo expandido.
Há alguns lugares que exigem até mesmo formatações exclusivas, folha timbrada com
cores específicas, colunas, entre outras exigências.

IMPORTANTE: Cada instituição possui suas próprias regras e normas para elaboração de
trabalhos e resumos, é de suma importância que você consiga com o seu orientador
todas as normas exigidas.
54

Principais diferenças entre resumo simples e expandido


A primeira grande diferença do resumo simples e expandido, é que a modalidade simples é
elaborada geralmente com o intuito de antecipar o conteúdo de um trabalho, fornecendo uma
informação objetiva sobre o assunto que será abordado, enquanto que o resumo expandido
55
tem como finalidade informar outros pesquisadores sobre um estudo para auxiliar no
compartilhamento de informações.
Outra grande diferença é que o resumo simples precisa ser feito após o término da pesquisa.
Já o resumo expandido pode e deve ser feito antes da conclusão do trabalho, pois, a finalidade
principal deste texto é gerar mais dados e informações que possam complementar a pesquisa
em questão.
Há ainda uma outra diferença que deve ser considerada, que é onde o resumo é utilizado. No
caso do resumo simples, ele aparece antes do conteúdo do trabalho, logo após o “epígrafe”.
Por outro lado, o resumo expandido é utilizado em eventos específicos, onde a finalidade é
compartilhar informações sobre determinado assunto.

Como fazer um resumo expandido


Antes de iniciar o resumo expandido, é fundamental que você confira todos os parâmetros
informados pelo evento sobre a elaboração desse texto. São esses parâmetros que
determinaram a forma como o resumo será elaborado, assim como a formatação. A seguir,
falaremos sobre o passo a passo da formatação e como fazer o conteúdo do resumo
expandido.
Formatação para resumo expandido
 Crie um texto entre 500 e 1.000 palavras com referências bibliográficas;
 Formate a página no padrão exigido pela ABNT: Papel A4 (210 x 297 mm), modo
retrato, margens de 3 cm no canto superior e na esquerda e de 2 cm no canto inferior e
na direita. Insira abertura de 1,5 cm do alinhamento no parágrafo;
 Use a fonte Arial ou Times New Roman para o corpo do texto em tamanho 12 e aplique
formatação justificado e espaçamento simples entre as linhas;
 Digite os títulos e subtítulos em caixa alta, negrito, espaçamento simples e fonte Arial ou
Times New Roman em tamanho 12.
 Caso você tenha que elaborar um minicurrículo, informe titulação, e-mail e área de
estudos como nota de rodapé na primeira página;
 Caso faça citações ao longo do resumo, incluir no corpo do texto e entre aspas as
citações curtas, com no máximo 3 linhas. Em seguida é necessário informar o nome do
autor e data de publicação. Se a citação for longa, é necessário aplicar recuo de 4,0 cm
da margem esquerda, tamanho 10, espaçamento simples e usar a fonte Times New
Roman;
 Por fim, as referências devem aparecer no final do resumo expandido seguindo ordem
alfabética considerando o sobrenome da autoria com formatação de espaço simples,
alinhadas à esquerda e com 1,0 de espaço entre as linhas.
56

Conteúdo do resumo expandido


Agora que você já sabe como formatar seu resumo expandido, veja algumas dicas que te
ajudarão a elaborar o conteúdo deste texto:
 Informar na introdução do resumo a delimitação do tema, objetivos da pesquisa,
problemática, método e referencial teórico.
 No desenvolvimento do texto, é preciso informar quais foram os resultados obtidos até o
momento da elaboração do resumo. Essas informações devem apresentar referências
conceituais e análise estatística.
 Para concluir o resumo, você deverá responder às principais questões em torno dos
objetivos da pesquisa.
Para elaborar um texto bem estruturado, objetivo e informativo, considere as seguintes dicas:
 Faça um rascunho: organize todas as suas informações em um papel para finalmente
colocá-las no resumo expandido. Assim, você terá uma visão mais ampla das
informações fornecidas.
 Leia o texto várias vezes: nada melhor do que entregar um texto bem escrito e livre de
qualquer erro ortográfico ou gramatical. Para chegar a esse resultado, é importante ler
várias vezes e modificar tudo que não estiver do seu agrado.
Seguindo todas as dicas mencionadas, você poderá entregar seu resumo expandido no evento
pretendido seguindo as recomendações do próprio evento.

https://youtu.be/Vy4uos1lmL8

AULA 16
Orientação Resumo Expandido

AULA 17
Orientação Resumo Expandido

AULA 18
Orientação Resumo Expandido

AULA 19
Entrega do Resumo Expandido
57
FICHAMENTO

Para o pesquisador, a ficha é um instrumento de trabalho imprescindível. Como o


investigador manipula o material bibliográfico, que em sua maior parte não lhe pertence, as
fichas permitem:
 identificar as obras;
 conhecer seu conteúdo;
 fazer citações;
 analisar o material;
 elaborar críticas.

Os dois tipos de fichas:

1- Fichas de resumo ou de conteúdo


Apresenta uma síntese bem clara e concisa das ideias principais do autor ou um resumo
dos aspectos essenciais da obra. Características:

a) não é um sumário ou índice das partes componentes da obra, mas exposição


abreviada das ideias do autor;

b) não é transição, como na ficha de citações, mas é elaborada pelo leitor, com suas
próprias palavras, sendo mais uma interpretação do autor;

c) não é longa: apresentam-se mais informações do que a ficha bibliográfica, que, por
sua vez, é menos extensa do que a do esboço;

d) não precisa obedecer estritamente à estrutura da obra: lendo a obra, o estudioso vai
fazendo anotações dos pontos principais. Ao final, redige um resumo, contendo a essência do
texto.

2- Ficha de comentário ou analítica

Consiste na explicitação crítica pessoal das idéias expressas pelo autor, ao longo de seu
trabalho ou parte dele. Pode-se apresentar:
58
a) comentário sobre a forma pela qual o autor desenvolve seu trabalho, no que se refere
aos aspectos metodológicos;
b) análise crítica do conteúdo, tomando como referencial a própria obra;
c) interpretação de um texto obscuro para torná-lo mais claro:
d)comparação da obra com outros trabalhos sobre o mesmo tema;
e)explicitação da importância da obra para o estudo em pauta.

Texto para Fichamento:

Senso comum e senso crítico

Não há nada mais sublime e, muitas vezes, nada é mais difícil do que trocar ideias e
sentimentos com pessoas. É fato também que essa troca constitui-se uma necessidade.
Apesar disso, ela nem sempre ocorre deixando, nesses casos, uma sensação de frustração.
A dificuldade está relacionada ao fato de cada pessoa ter uma maneira própria de ver o
mundo e lhe atribuir valores. Desde o assunto mais simples até o mais complexo, o que se
passa na mente de cada um é único. Entretanto, na maneira de compreender a realidade, a
grande maioria da população não dispõe de conhecimentos especializados, implicando o uso
do senso comum como uma forma fundamental de conhecimento.

Pedro Demo chama a atenção para o quanto o senso comum está presente em nosso
cotidiano (moramos em uma casa sem conhecimentos de engenharia, de arquitetura, de
instalação elétrica.... conduzimos um automóvel porque aprendemos a dirigir, mas se o carro
para, não sabemos o porquê) e defende sua importância, lembrando que, se grande parte das
pessoas vive, sobrevive, organiza-se na base do senso comum, não pode ser besteira o que
é uma característica fundamental. É considerada uma variação positiva do senso comum o
bom senso. Definido como saber simples, inteligente, sensível ao óbvio. No convívio
cotidiano, o bom senso costuma ser almejado pelas pessoas por ser de grande auxílio nos
desafios. Como não poderia deixar de ser, tanto o senso comum como o bom senso não
possuem estatuto de conhecimento científico, e costumam ser combatidos por todos que se
dizem preocupados com a verdade e a ciência.

Os provérbios e os ditos populares são manifestações concretas do senso comum.


Para várias situações há provérbios que se encaixam tão perfeitamente que, ao serem
proferidos, rotulam, selam o contexto de tal maneira que tendem a dificultar qualquer
tentativa de transformá-lo . Assim, muitos erros são cometidos, principalmente quando se
aceita que “a voz do povo é a voz de Deus”, “onde há fumaça, há fogo”, pau que nasce torto,
59
nunca endireita “...Essas frases tem a sua dimensão de verdade e por isso cabem em tantas
situações. O problema é generalizar , utilizando-as indiscriminadamente, sem avaliar cada
situação e pessoa segundo a sua especificidade.

Quando se assume uma atitude analítica, contemporizando os vários aspectos de


uma questão, em lugar do senso comum, está sendo usado o senso crítico. Ele está
associado à postura científica, metodologicamente cuidadosa e rigorosa, segura e controlada.
Como a proposta aqui é contribuir para a melhoria da comunicação no ambiente de trabalho,
apresenta-se o senso crítico, não com a preocupação de se implementar o rigor científico,
mas como instrumental adequado para compreender a realidade, sua inércia e, se possível,
transcendê-la.

Primeiramente é preciso ter cuidado para não confundir senso crítico com apontar
defeitos. Em qualquer situação é muito fácil perceber os problemas e mais fácil ainda não
encaminhar soluções. Ter senso crítico é ser capaz de analisar a situação de vários pontos
de vista. Para isso deve-se: avaliar as causas e as possíveis implicações delas, bem como os
papéis e atitudes das pessoas envolvidas, considerando um universo amplo. Além disso,
considerar a lógica interna da situação, o que ela tem de peculiar e de diferente em relação a
outras semelhantes e, por fim, situar a si próprio em relação ao que está acontecendo, fazer
autocrítica , identificar seu papel e sua atitude.

Esse procedimento é necessário para, tendo como base as condições disponíveis,


poder definir, escolher e implementar encaminhamentos adequados. (Willians, Robin. In:
Pimenta, M. Alzira. Comunicação Empresarial, 2007)

Técnica de esquematizar

O esquema de um texto corresponde a uma representação resumida de seu assunto, um


conjunto de tópicos hierarquizados. Nele devem estar contidas as principais ideias do autor. No
estudo de texto, esquematizar deve ser a técnica intermediária entre sublinhar e resumir.
Na elaboração do esquema, o aluno deve hierarquizar as ideias de acordo com a estrutura
lógica do assunto.
Critérios:
1 Identificar a referência da obra no esquema;
2 Manter a fidelidade das ideias do texto estudado;
3 Apresentar a hierarquia das ideias do autor, das mais importantes para as
consequentes;
60
4 Apresentar as ideias de acordo com a estrutura: introdução, desenvolvimento e
conclusão.
5 Fazer com que ele seja facilmente compreendido pelo público-alvo.

Texto para esquematizar:

Domínio da Escrita no Ambiente Empresarial

Os avanços tecnológicos e as novas tendências do mercado de trabalho aumentaram a


importância do domínio da comunicação escrita no ambiente empresarial. As empresas norte-
americanas, por exemplo, investem mais de 3 bilhões de dólares em cursos de
reaproveitamento do próprio idioma.
Essa dado, além de revelar a importância da escrita, mostra que as pessoas não
dominam essa habilidade. Segundo uma pesquisa realizada pela National Commission on
Writing, em 53 empresas norte-americanas, um terço dos funcionários peca na hora de
escrever. E, no ambiente empresarial, quando os recursos da língua são usados de forma
inadequada, criam-se problemas, como as falhas de comunicação que geram os famosos: “não
era bem isso que eu queria dizer”; gastos de tempo desnecessários e retrabalho.
Vale ressaltar que esses problemas não são consequência de erros de ortografia
ou de concordância. A maior dificuldade das pessoas é redigir um e-mail ou um relatório que
contenham ideias claras e organizadas. E, hoje em dia, dificilmente as pessoas que não se
comunicam claramente são promovidas nas empresas, por mais conhecimento técnico
que tenham.
Por isso, é preciso investir na comunicação escrita e se dedicar mais na hora de
escrever um texto, levando em consideração o seu objetivo, a pessoa que irá ler, se o texto
está claro e conciso. Essas são as principais qualidades do texto de um bom "escritor
empresarial”.
http://www.escreverbem.com.br/index.php?lingua=1&pagina=domin_escrita
Vívian Cristina Rio

AULA 20
Resultado
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ANEXOS

Texto 01 - Texto para debate: Ler muito faz mesmo escrever bem?

Ajuda, mas não basta. a escrita precisa ser praticada


a exaustão, dizem especialistas em redação de vestibular

A ideia de que a leitura leva a escrever bem tem toda a pinta de axioma - aquele tipo de
afirmação da qual não se duvida e sobre a qual não se vê necessidade de provas. Para
aprender a escrever adequadamente, de forma fluida e inventiva, é preciso antes ler muito.
Mais que isso, quanto mais se toma leitor contumaz, o redator principiante desenvolve sua
capacidade de escrever na mesma proporção. Pois bem. Especialistas em redação para
vestibulares começam a admitir que não é bem assim. Dizem que leitura só, mesmo da boa,
não necessariamente faz de alguém um bom redator.
- Ajuda, mas não basta - diz Maria Thereza Fraga Rocco, assessora especial de direção da
Fuvest, responsável pela prova de português e redação em 2008.
- Ser um leitor bom não nos torna capazes de escrever bem. São duas habilidades diferentes,
embora haja correlação - endossa José Luiz Fiorin, professor do Departamento de Linguística
da Universidade de São Paulo.
- Só leitura não garante nada - segundo Bemadete Abaurre, professora do Departamento de
Linguística do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp, que foi coordenadora-executiva
da comissão permanente dos vestibulares da instituição, de 1988 a 2002.
Seria restrita a possibilidade de uma leitura de qualidade influir na habilidade de
escrever, apesar de toda a bagagem cultural, do arcabouço linguístico, dos gêneros e
estruturas formais que um bom leitor pode apreender ou adquirir ao debruçar-se sobre livros,
periódicos, sites e outros meios escritos.
- Nem todo mundo que lê escreve bem, É preciso fazer as coisas simultaneamente. Ler
muitos livros e, ao mesmo tempo, fazer exercícios de escrita, Quem lê muito sem escrever, ou
escreve sem ler, será uma pessoa limitada, porque as operações não levam necessariamente
uma à outra - diz Maria Thereza.
A constatação, posto evidente, nem sempre é assimilada por vestibulandos e
professores de fórmulas pré-acabadas de redação.
- É claro que algo fica de toda leitura. Algo sairá melhor da escrita do que se não se tivesse
lido nada. Mas é preciso saber quais as estratégias de escrita, que são diferentes das de leitura.

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Não há transição automática. "Conversamos" com textos vários ao escrever. É preciso ao


mesmo tempo ler e praticar a escrita, tropeçar nela, trabalhá-la. Pois leitura e escrita são faces
da mesma coisa: sempre escrevemos para um ínterlocutor - avalia Bernadete.

Dom de iludir

O aluno diz "eu leio, leio, mas não tenho dom para escrever", conta Maria Regina Figueiredo
Horta, professora da disciplina Oficina de Leitura e Escrita do Colégio Oswald Caravelas.
- O primeiro problema está em achar que escrever seja um dom. É uma habilidade que pode
ser desenvolvida e chega a bons resultados com exercício contínuo. Mais do que apenas ler,
escrever se aprende escrevendo a segunda versão do seu próprio texto - diz a professora que
dá aulas em grupos de até 15 alunos, que semanalmente são levados a ler, debater temas,
escrever e reescrever seus textos.
A constante prática da escrita seria ainda mais decisiva na formação do jovem "autor de
vestibular".
- Há mecanismos da escrita que, com a leitura, vão sendo incorporados. Mas nada garante
que você possa transpor isso para o papel. Você pode ser um grande leitor e não conseguir
escrever nada. Se fosse simples assim, todo crítico seria grande ensaísta ou poeta e não é
assim. Escrever se aprende escrevendo – defende o professor de português Frederico Barbosa,
ex-corretor de redações da Fuvest e hoje diretor da Casa das Rosas, em São Paulo.

Clássicos inibidores

Há ainda quem diga que atribuir à leitura dos grandes clássicos da literatura o poder de
influenciar os escritores iniciantes pode ser danoso para o processo de aquisição da linguagem
escrita.
- Os alunos gostam de arriscar. Mas depois de começar a ler muito e ouvir que nenhuma
palavra é aceita antes de se ler Guimarães Rosa, ficam desencorajados e até param de
escrever. Essa colocação é inibidora e contraproducente - diz Alejandro Gabriel Miguelez,
coordenador de produção textual do Colégio Santa Cruz. Testar, fazer uma nova versão,
procurar outro estilo, pescar novos argumentos. Este seria o caminho para ser um autor de
textos melhores.

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- Quando se vai aprender a dirigir, há uma série de informações teóricas e técnicas à


disposição, mas só se aprende mesmo no faz-corrige e com um interlocutor que participe de
sua melhora dando um retorno efetivo - diz Inês Signorini, da Unicamp.

Raciocínio lógico

Para atingir a condição de escritor hábil e fluente em dissertações, pesa a capacidade de


desenvolver raciocínio lógico, explicam professores.
- O que ajuda a escrever bem é a clareza de raciocínio. E quem tem clareza de idéias não
necessariamente é aquele que tem o hábito de leitura desenvolvido, embora esta seja
propulsora de habilidades cognitivas - diz Maria Regina Figueiredo Horta, do Colégio Oswald
Caravelas.
Neste sentido, para tomar-se um autor mais refinado, o primeiro passo seria livrar-se das
fórmulas prontas, das estratégias que molduram o passo-a-passo para escrever,
- Com fórmulas, os alunos passam a escrever de forma engessada, até com número de linhas
contadas. É preciso desenvolver a lógica do pensamento e a capacidade de entender o
funcionamento da linguagem. Observar outros escritores é válido para observar o que em seus
textos leva ao entendimento do leitor. Não é para copiar Machado de Assis. Não é com
mimetismo que se chega lá - diz Barbosa.
O segundo passo dos professores do ramo seria o de educar para a conscientização sobre o
uso da linguagem, da fala, dos significados delas, É quando escrever passa a fazer sentido.
- É preciso incutir neles a necessidade de expressão. É esse o objetivo e por isso se deve ser
claro - diz Miguelez,
- Os alunos escrevem mal porque não dão importância à escrita. Quando ela tem valor, eles
percebem que mudar uma palavra de lugar altera o sentido e têm satisfação em manobrar a
linguagem a seu prazer - acrescenta Barbosa.
Segundo Miguelez, para aperfeiçoar a escrita, o autor começar a escrever definindo de
antemão qual será o fim de seu texto, Só conseguirá isso se olhar a si como seu próprio leitor.
- Ele deve se habituar a ser um leitor de si mesmo - explica o coordenador do Colégio Santa
Cruz.
Miguelez defende que a máxima segundo a qual ler muito leva a escrever melhor traduz uma
confusão de causa e efeito.

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- Quem descobre o prazer de se inscrever no mundo por meio da escrita não abre mão de
conhecer este mundo por meio da leitura. Mas não é a leitura em si que faz dele um escritor, mas o
interesse prévio em comunicar - avalia Miguelez.
A leitura daria segurança a quem se aventura a escrever, Mas não seria a única garantia de
sucesso. Escrever se aprenderia na prática. Da leitura, sim, mas também da escrita. (Colaborou
LCPlJ). CASSIANO, Carolina. Ler muito faz mesmo escrever bem. Revista Língua especial. São
Paulo, n. 4, p.38-39.

 TEXTO 02

GERENCIANDO RELAÇÃO

Quando entramos em contato com o outro, não gerenciamos apenas informações,


mas também nossa relação com ele. Um bom dia, muito obrigado, as formas de
tratamento (você, senhora...) tudo isso é gerenciamento de relação. Muitas vezes, ao
introduzirmos um assunto, construímos uma espécie de “prefácio gerenciador de
relação”, ou seja, um diálogo é puro gerenciamento de relação. É o que acontece quando
duas pessoas falam sobre o tempo ou quando dois namorados conversam entre si. O que
dizem é redundante, mas o importante não é trocar informações, mas sentir em plenitude
a presença do outro.

No espaço privado acabamos gerenciando mais informação e menos relação.


Dentro de casa, raramente as pessoas dizem, por favor, ou muito obrigado. No espaço
público, até mesmo por motivo de sobrevivência social, as pessoas procuram, com
maior ou menor sucesso, gerenciar, além da informação, a relação. No mundo de hoje e
no futuro, cada vez mais o que se espera é saber gerenciar relação. No campo, a
perspectiva é termos apenas 2% da população interagindo com uma agricultura
altamente mecanizada. Nas cidades, menos de 20% trabalharão nas indústrias
robotizadas. O resto (mais de 80% ficarão na área de serviços. Ora, serviços implicam
clientes, clientes implicam um bom gerenciamento de relação. Mesmo os profissionais
liberais dependem dele. O médico ou o dentista de sucesso não é necessariamente
aquele que passou em primeiro lugar no vestibular e fez um curso tecnicamente

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65

perfeito, mas aquele que é capaz de se relacionar de maneira positiva com seus
clientes, de conquistar sua confiança e amizade.

Na vida pessoal não é diferente. Quantas pessoas famosas, ricas, bonitas,


com prestígio são tão infelizes por não saber se relacionar com o outro. Conseguimos
diminuir a distância que nos separa das partes mais longínquas do mundo, mas não
conseguimos diminuir a distância que nos separa do nosso próximo. Quando
conversamos com as pessoas, falamos sobre tudo: futebol, política, moda... mas
falamos superficialmente sobre nós mesmos. Assim, não conhecemos o outro e ele
também não nos conhece.

Nunca estamos diante de pessoas prontas e também não somos pessoas


prontas. Ao contrário, é no relacionamento com o outro que vamos nos construindo
como pessoas e ganhando condições de ser felizes. Muitas vezes temos medo do
poder do outro e por isso nos retraímos. Muitas pessoas temem o poder de seus
chefes, de pessoas de nível social mais elevado, às vezes até dos próprios pais. A
primeira grande verdade que temos de aprender é que o poder que alguém tem sobre
mim é uma concessão minha. Explosões de raiva, ameaças, acusações não revelam
poder, mas fraqueza. Minhas ações são a fonte do poder do outro. (Abreu, A Suarez. A
arte de argumentar: gerenciando razão e emoção, 2005 )

 TEXTO 03

Ética, o que é e como se aplica

Já reparou como a palavra ética voltou a fazer parte das conversas corporativas?
Escreveu não leu, vem à tona a palavra ética. Seja ético, use de ética em suas relações
com fornecedores, são alguns dos mantras que ouvimos nas organizações. Afinal, será
que sabemos o que é ética e como ela se traduz nas ações do nosso cotidiano?
Proponho dois testes para que você rapidamente avalie seu padrão ético no dia a dia.

Teste 1. Imagine que você tem de optar por um fornecedor para um projeto. Seu
critério de escolha é: a) menor preço; b) o mais qualificado; c) aquele com quem você
tem uma boa relação.

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Teste 2. Supondo que a sua empresa tem políticas explícitas que não lhe per-
mitem receber presentes de fornecedores, você age de que forma ao receber um mimo:
a) recebe o presente, afinal, é só uma lembrança; b) respeita na íntegra a política e, de
forma elegante, devolve o presente; c) pede que o presente seja enviado para sua
casa.

Se você não escolheu a alternativa "b" para ambas as questões, vale a pena
rever seu comportamento, ou então vale aprofundar seu entendimento sobre o tema.

Ética é uma ciência que estuda a moral, procurando avaliá-Ia criticamente para
chegar a valores sustentáveis e universais. Essa ciência é um ramo da filosofia, que
tem como objetivos maiores o bom e o bem. As organizações em geral precisam de
códigos de condutas que possam ir além dos valores e costumes individuais de seus
colaboradores, a fim de conseguirem firmar, de maneira uníssona, a imagem de
empresas sérias e elegíveis no nicho de mercado em que atuam. A credibilidade de
uma corporação passa pela forma como ela é vista no mercado. O mesmo vale para o
funcionário.

O profissional que preza por sua imagem, que pensa a longo prazo e quer traçar
para si um futuro promissor pauta todas as suas atitudes em valores éticos e íntegros: o
jeitinho, a vantagem, o só levar a melhor não são parte de seus valores e de seu
cotidiano. E esse profissional merece o aplauso de todos nós, pois entendeu que, sem
ética, a elegância inexiste. Célia Leão. Vocesa.com.br, Nov. 2009.

 TEXTO 04

O sucesso e Aristóteles

Quem busca o resultado, e não a excelência, corre o risco de ficar sem nada

Sucesso. Eis uma palavra difícil de ser definida. O que é sucesso para uma pessoa po-
de não ser para outra. A coisa se complica quando pensamos que sucesso é dinheiro, o que na
maioria das vezes não é. Aliás, sucesso nem sequer é sinônimo de resultado. Sucesso é fazer
bem-feito; resultado é conseqüência. Por isso, quando procuramos entender o sucesso, é me-

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lhor relacioná-Io com outra palavra: excelência. Quando alguém tem compromisso com a exce-
lência, realiza seu trabalho com sucesso, o que o leva a alcançar os resultados desejados.
Inclusive dinheiro. Felizmente encontramos profissionais preocupados com a excelência em
todas as atividades. São pessoas de sucesso em seu trabalho. São respeitadas, admiradas e
imitadas. Elas acertam no resultado porque miram na excelência. Mas esta não vem do nada,
da simples intenção, é necessário que se adote uma estratégia.

Aqui vai uma história para ilustrar melhor esse assunto: há muitos e muitos anos, um
homem sábio, preocupado com o futuro de seu filho, lhe deu três conselhos: siga sua vocação,
trabalhe em um local estimulante e administre suas finanças: E não é isso que, ainda hoje, os
orientadores de carreira dizem para os jovens que estão iniciando? Pois é, estes, sem saber,
estão repetindo Aristóteles. Quanto escreveu Ética a Nicômaco, o filósofo estava, pretensamente,
escrevendo para seu filho e, nessa obra, encontramos as bases da excelência. Os três ingre-
dientes citados se combinam para preparar o prato do sucesso, ainda que em doses diferentes,
dependendo da etapa da vida. O início pode ser pela vocação, pelo ambiente ou pelos
recursos, mas, no decorrer dos acontecimentos, a falta de um dos três compromete o conjunto.

"Busque o bem': disse o filósofo, "o bem é o exercício ativo das faculdades da alma de
conformidade com a excelência': E ele esclareceu que o bem está nos menores atos, mas que
todos estão conectados com um bem maior, que é a própria felicidade. A vida prática, diária,
comum, impregnada de pequenos problemas, pode ser mais leve e agradável quando
assumimos esse compromisso aristotélico: fazer o bem. Esta é a essência do sucesso. O
resultado é uma mera questão de tempo. Não há razão para preocupações quando se assume
compromisso com a excelência. Se por acaso você faz um trabalho que não lhe agrada, faça-o
da melhor maneira possível, pois esta é a única garantia de que você não o fará para sempre,
pois, com certeza, será conduzido a outras missões sequiosas de excelência. Não sabemos o
que o filho de Aristóteles fez da vida, mas outro jovem que foi quase seu filho adotivo era
Alexandre, o líder que conquistou praticamente todo o mundo conhecido antes de completar 30
anos. WWW.vocesa.com março 2007. Eugênio Mussak.

 TEXTO 05: Como escrever

Técnica: Mini-aula: textos variados sobre as dificuldades para escrever.

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Escrever um bom artigo é bem mais fácil do que a maioria das pessoas pensa. No meu caso, português
foi sempre a minha pior matéria. Meu professor de português, o velho Sales, deve estar se revirando na cova.
Ele que dizia que eu jamais seria lido por alguém. Portanto, se você sente que nunca poderá escrever,
não desanime, eu sentia a mesma coisa na sua idade.
Escrever bem pode ser um dom para poetas e literatos, mas a maioria de nós está apta para escrever
um simples artigo, um resumo, uma redação tosca das próprias idéias, sem mexer com literatura nem com
grandes emoções humanas.
O segredo de um bom artigo não é talento, mas dedicação, persistência e manter-se ligado a
algumas regras simples. Cada colunista tem os seus padrões. Eu vou detalhar alguns dos meus e espero que
sejam úteis para você também.
1. Eu sempre escrevo tendo uma nítida imagem da pessoa para quem eu estou escrevendo. Na
maioria dos meus artigos para a Veja, por exemplo, eu normalmente imagino alguém com 16 anos de idade ou
um pai de família. Alguns escritores e jornalistas escrevem pensando nos seus chefes, outros escrevem
pensando num outro colunista que querem superar, alguns escrevem sem pensar em alguém especificamente.
A maioria escreve pensando em todo mundo, querendo explicar tudo a todos ao mesmo tempo, algo
na minha opinião meio impossível. Ter uma imagem do leitor ajuda a lembrar que não dá para escrever para
todos no mesmo artigo. Você vai ter que escolher o seu público alvo de cada vez, e escrever quantos artigos
forem necessários para convencer todos os grupos.
O mundo está emburrecendo porque a TV em massa e os grandes jornais não conseguem mais explicar
quase nada, justamente porque escrevem para todo mundo ao mesmo tempo. E aí, nenhum das centenas de
grupos que compõem a sociedade brasileira entende direito o que está acontecendo no país, ou o que está
sendo proposto pelo articulista. Os poucos que entendem não saem plenamente ou suficientemente
convencidos para mudar alguma coisa.
Há muitos escritores que escrevem para afagar os seus próprios egos e mostrar para o público quão
inteligentes são. Se você for jovem, você é presa fácil para este estilo, porque todo jovem quer se incluir na
sociedade.
Mas não o faça pela erudição, que é sempre conhecimento de segunda mão. Escreva as suas
experiências únicas, as suas pesquisas bem sucedidas, ou os erros que já cometeu.
Querer se mostrar é sempre uma tentação, nem eu consigo resistir de vez em quando de citar um
Rousseau ou Karl Marx. Mas, tendo uma nítida imagem para quem você está escrevendo, ajuda a manter o
bom senso e a humildade. Querer se exibir nem fica bem.
Resumindo, não caia nessa tentação, leitores odeiam ser chamados de burros. Leitores querem sair da
leitura mais inteligentes do que antes, querem entender o que você quis dizer. Seu objetivo será deixar o seu
leitor, no final da leitura, tão informado quanto você, pelo menos na questão apresentada. Kaniti

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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES DE DISSERTAÇÃO

PRATICANDO 1

 Proposta: redigir 1 parágrafo com um único período

Tema: “Cidade grande”

A-) uma afirmativa + oração adversativa (mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no
entanto)
Ex.:

A cidade grande oferece mais oportunidades de trabalho e de formação cultural,


entretanto impõe a seus habitantes uma vida mecanicista, materialista e perigosamente
estressante.

B-) oração concessiva (embora, ainda que, apesar de que, por mais que) + uma afirmativa
(ou oração principal)
Ex.:

Apesar de que a cidade grande ofereça mais oportunidades de trabalho e de


formação cultural, impõe a seus habitantes uma vida mecanicista, materialista e
perigosamente estressante.

Tema: “Escolha profissional”

A-) uma afirmativa + oração adversativa (mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no
entanto)
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______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

B-) oração concessiva (embora, ainda que, apesar de que, por mais que) + uma afirmativa
(ou oração principal)

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______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

Tema: “Felicidade”

A-) uma afirmativa + oração adversativa (mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no
entanto)
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

B-) oração concessiva (embora, ainda que, apesar de que, por mais que) + uma afirmativa
(ou oração principal)
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

Tema: “Desigualdade social”

A-) uma afirmativa + oração adversativa (mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no
entanto)
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

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B-) oração concessiva (embora, ainda que, apesar de que, por mais que) + uma afirmativa
(ou oração principal)

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

PRATICANDO 2

Proposta: redigir 1 parágrafo com 2 períodos


Tema: “A eterna insatisfação humana”

1º período: oração concessiva (embora, ainda que, apesar de que, por mais que) +
afirmativa (ou oração principal)
2º período: justificativa, explicação, argumentação (isso porque, isso ocorre porque,
isso se dá pelo fato de que)
Ex.:

Por mais que consigamos ganhar dinheiro, adquirir bens materiais ou concretizar
projetos, nunca ficamos satisfeitos. Isso ocorre porque faz parte da essência humana o
desejar, o buscar, o sonhar constante com o novo.

Tema: “Somos condicionados pela mídia”

1º período: oração concessiva (embora, ainda que, apesar de que, por mais que) +
afirmativa (ou oração principal)
2º período: justificativa, explicação, argumentação (isso porque, isso ocorre porque, isso
se dá pelo fato de que)

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
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______________________________________________________________________

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Tema: “O valor da amizade”

1º período: oração concessiva (embora, ainda que, apesar de que, por mais que) +
afirmativa (ou oração principal)
2º período: justificativa, explicação, argumentação (isso porque, isso ocorre porque, isso
se dá pelo fato de que)

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
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______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

PRATICANDO 3

Proposta: 2 parágrafos
Obs.: Cada parágrafo pode conter vários períodos.

Proposta estrutural:
1º parágrafo: afirmativa / argumentação 1 (Isso porque) / argumentação 2 (Também) / argumentação
3 (Além disso)
2º parágrafo: conclusão (Portanto, Assim sendo, Em vista disso, Desse modo)

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Exemplo:
Escapando das drogas

É muito importante que os jovens não entrem nessa fria de começar a fumar. Isso
porque o cigarro faz muito mal à saúde, causando até a morte. Também as pesquisas
mostram que os gastos anuais com o vício equivalem ao que se poderia juntar para uma
viagem de férias. Além disso, ninguém para de fumar sem muito sofrimento, após um longo
período de abstinência.
Portanto, todos os meios de comunicação devem intensificar as campanhas antidrogas,
reforçando a ideia de que fumo e álcool — as chamadas drogas lícitas — precisam ser evitadas
a todo custo.

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FACULDADE CAMBURY
GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

EDSON FELIPE MACEDO


LILIANE GUIMARÃES
14, arial, maiúsculo,
Espaço simples, sem negrito

GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS NO SETOR DE


TELECOMUNICAÇÕES
18 a 20, arial, maiúsculo

GOIÂNIA
2015/02
Negrito, 12, arial

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EDSON FELIPE MACEDO


LILIANE GUIMARÃES

GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS NO SETOR DE


TELECOMUNICAÇÕES

Relatório técnico apresentado à Faculdade


Cambury para obtenção de nota de N2 para
disciplina de Língua Portuguesa Escrita e Oral II.
Orientadora: Profª. ................................................

12, arial, sem negrito, justificado, recuado 8 cm

GOIÂNIA
2015/02
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DEDICATÓRIA(opcional)
14, negrito, maiúsculo
A Clara pelo apoio oferecido durante a
execução do trabalho...

12, maiúsculo e minúsculo, no limite da página, recuado 8 cm, itálico.

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AGRADECIMENTOS (opcional)
Idem dedicatória
A Deus, por nos ter concedido força e
coragem de chegarmos até aqui. Aos nossos
(as) companheiros (as), pela compreensão,
apoio e colaboração. Ao professores que
muito contribuíram com nosso
amadurecimento profissional.

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Idem dedicatória (opcional)


“Diante de nós está sempre o infinito.”
Saint-hilaire

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RESUMO 14 negrito, maiúsculo, centralizado


O objetivo desse trabalho torna-se discutir as mudanças introduzidas na área de
gestão de recursos humanos (GRH) em empresa do setor de telecomunicações no
período de 1998 a 2003. Foi analisada a GRH após a reestruturação, até a implantação
de um novo modelo de gestão. O método utilizado foi o descritivo-qualitativo, sendo
utilizados, como fonte de dados, depoimentos, análise documental da empresa e
levantamento bibliográfico. O marco teórico procurou contextualizar as transformações
que serviram de pano de fundo para as mudanças ocorridas na empresa. Na
organização foi identificado um novo modelo de gestão que evolui a partir do modelo
praticado em 1998, mas que ainda atua de forma passiva na implementação das
mudanças do período.

Palavras-chave: Liderança. Motivação. Planejamento estratégico.

(Entre linhas simples, letra 12, justificado, espaço simples, apenas 1 parágrafo)

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 18
CAPÍTULO I FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................... 19
1.1 Origem da globalização .................................................................................... 19
1.2 Definição e histórico.......................................................................................... 21
CAPÍTULO II METODOLOGIA ............................................................................... 41
CAPÍTULO III APRESENTAÇÃO – ANÁLISE DE RESULTADOS E PROPOSTA
DE MELHORIAS ..................................................................................................... 69
3.1 Plano de ação ................................................................................................... 69
CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 176
REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 178
APÊNDICES ........................................................................................................... 182
ANEXOS ................................................................................................................. 189

(Entre linhas 1,5, fonte 12, sem negrito)

80
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ANEXO 2 – EXEMPLO DE ESQUEMA


Esquema: técnica de estudo

Formular um esquema significa traçar o esqueleto da obra; organizar o


texto com lógica, colocando em destaque a inter-relação das idéias. Um
esquema ajuda o pesquisador a assimilar a matéria e levantar as idéias do
texto (análise), ordenando-as (síntese). É uma forma ativa de se tomar
contato com o assunto, obrigando o estudioso a retirar do texto as idéias
principais, os detalhes importantes e as idéias secundárias que subsidiam as
idéias principais. Ao mesmo tempo, reduz-se a poucas linhas ou páginas a
obra estudada; estabelecem-se relações entre os fatos, as idéias e a idéia
central do texto, subordinando-as. Por essas razões, aconselha-se aos que se
iniciam na pesquisa e mesmo àqueles que necessitem realizar trabalhos
acadêmicos que demandam a consulta a várias fontes, que utilizem a técnica
do esquema.
O esquema deve ser elaborado mantendo-se fiel às ideias do autor,
sem alterá-las. Será formulado conforme as necessidades de cada pessoa,
através de gráficos, símbolos, códigos e palavras. Não há regras; fornecem-
se apenas dicas para sua elaboração:
a) após leitura minuciosa do texto, sublinhando as ideias principais e os
detalhes importantes, é permitido dar títulos e subtítulos, anotando-os à
margem;
b) os sistemas de colchetes, chaves e colunas são apontados para separar
as divisões sucessivas. O sistema de numeração progressiva (1, 1.1, 1.2, 2,
2.1, etc.) cabe para a identificação dos títulos e subtítulos e as letras
minúsculas, ou alíneas [a), b), c)], para indicar as divisões sucessivas;
c) para facilitar a apreensão rápida das idéias poderão ser utilizados
símbolos, abreviaturas convencionais. Exemplos: ® ¯ ¬ Ï Î + - « = @ ¹ ¸;

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d) os gráficos do tipo organograma são indicados nas estruturas, relações,


etc.

TEXTO:
O conhecimento

É importante distinguir o homem na realidade em que se encontra hoje e


sua relação com o conhecimento. A cabeça humana pode fazer conhecimentos;
usar conhecimentos; posicionar-se diante do conhecimento. Para que serve o
conhecimento?
Se buscarmos a palavra francesa “connaissance”, podemos observar que
conhecimento é nascer (‘naissance’) com (‘com’). O homem se marca como
diferente dos outros seres exatamente pela sua capacidade de conhecer.
Diferentemente dos outros animais, o homem é o único ser que possui razão,
isto é, capacidade de relacionar e ir além da realidade imediata. O homem é o
ser que supera a sua animalidade com a racionalidade.
Assim, o homem ao entrar em contato com a realidade, imediatamente
apreende essa realidade em relação ao seu eu, à sua cultura, à sua história. O
homem interpreta a realidade e se mostra nessa interpretação. Aí ele diz da
realidade e diz de si mesmo. E, quando diz, ele nasce como ser pensante
juntamente com aquilo que ele pensa ou conhece. Por aí evolui o conhecimento
humano. Quanto mais evolui o conhecimento, tanto mais o homem se conhece e
se elabora. Assim, o conhecimento é uma forma de estar no mundo. E o
processo de conhecimento mostra ao homem que ele jamais é alguma coisa
pronta na medida que está sempre nascendo de novo quando tem a coragem de
se mostrar aberto diante da realidade.

Modelo de esquema
Texto matriz: GARCIA, Ana Maria Felippe. O conhecimento. In: HÜHNE, Leda Miranda
(Org.). Metodologia científica: caderno de textos e técnicas. 7. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1997, p. 45.

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Parágrafo 1º:
Relações: HOMEM  CONHECIMENTO
a) faz conhecimento (dimensão histórica)
b) usa conhecimento (dimensão social)
c) posiciona-se frente ao conhecimento (dimensão política)
• Qual o papel do conhecimento?

Parágrafo 2º:
HOMEM = ser que renasce através do conhecimento
Etimologicamente: connaissance (palavra francesa)
naissance = nascer
com = com
HOMEM => capacidade de conhecer => outros seres:
a) possui razão = capacidade de elaborar e interpretar o conhecimento;
b) capacidade de se relacionar;
c) capacidade de ir além da realidade imediata => criação

Parágrafo 3º:
HOMEM, através da linguagem: interpreta o mundo real e se mostra nessa interpretação;
CONHECIMENTO é um processo; uma forma sempre nova de estar no mundo.

IDEIA-CHAVE
HOMEM => aberto ao real (histórico) => renasce sempre => CONHECIMENTO

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