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GENITOURINÁRIA
Paulo Correia
Paulo_jorgegc@hotmail.com
1
WWW.ACADEMIADAESPECIALIDADE.COM VERSÃO OUTUBRO 2021
LEGENDA
SÍMBOLO SIGNIFICADO
SÍMBOLO COMPETÊNCIA
INTEGRAÇÃO DE
MECANISMOS CONHECIMENTO
MD de DOENÇA
ESTRATÉGIA
D Estabelecer um
DIAGNÓSTICO PEDAGÓGICA
P Medidas de saúde e
PREVENÇÃO
MUITO IMPORTANTE
MENOS perguntável
SÍMBOLO SIGNIFICADO
REFERÊNCIA INCOERÊNCIA
CHECK
a outros capítulos
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RESUMO: DRC
vs LRA
TFG > 60 ml/min/1.73 m2 sem outra evidência de lesão renal não é DRC
DEFINIÇÃO D
[usamos
Multiply by 1.018 for women a creatinina sérica ou o débito urinário]
Multiply by 1.159 for African ancestry
where SCr is serum creatinine in mg/dL, κ is 0.7 for females and 0.9 for males, α is –0.329 for females and –
0.411 for males, min indicates the minimum of SCr/κ or 1, and max indicates the maximum of SCr/κ or 1.
ESTADIAMENTO
Mesmo uma elevação discreta da creatinina sérica (ex: 1,5 mg/dL), frequentemente
indica uma redução significativa da TFG na MAIORIA dos indivíduos
→ check HPIM 48
Creatinina: sobrestima a TFG
Ureia: subestima a TFG Ureia→ Under
ESTADIAMENTO MD
2. Albuminúria
• Indivíduos saudáveis excretam <150 mg/dia de proteinas totais e <30 mg/dia de
albumina
• Microalbuminúria → 30-300 mg/dia de albumina da urina
• Macroalbuminúria → >300 mg/dia de albumina da urina
1º Rácio Alb/Cr
2º Rácio Prot/Cr
3ª Tira-teste com avaliação de proteínas (se positiva, confirmar com um dos métodos
anteriores)
BIÓPSIA RENAL:
• Biópsia percutânea guiada por ecografia Abordagem preferencial
Esclerose
Perda dos nefrónios remanescentes
Insulto Inicial v
• Distorção da arquitetura glomerular
• Função anormal dos podócitos
↓ n.º nefrónios • Disrupção da barreira de filtração
Síndrome urémico
• Afeta negativamente todos os sistemas orgânicos
• Provavelmente não se deve apenas ao efeito de uma única toxina urémica
(mas sim a vários fatores diferentes: retenção de moléculas, deficiências
hormonais, anomalias metabólicas, etc.)
APRESENTAÇÃO CLÍNICA D
Síndrome urémico
Concentração sérica de UREIA E CREATININA:
• De fácil detecção - utilizadas para avaliar capacidade excretora do rim
• Não contribuem para muitos dos sinais/sintomas do síndrome urémico
Distúrbio Comentário
• Hipertensão Comum na DRC
• Alterações do ventrículo esquerdo Presentes em >60% dos pacientes com DRT que
(hipertrofia, dilatação e disfunção iniciam diálise
sistólica ou diastólica)
• Calcificação metastática no Causada em parte pelas consequências
miocárdio, válvulas cardíacas e metabólicas da DRC (incluindo aterogénese
artérias acelerada)
• Arritmias, podendo causar morte Podem ser causadas por anomalias eletrolíticas,
súbita alterações estruturais cardíacas ou isquemia
• Pericardite Pode surgir em pacientes com uremia (antes do
início da diálise ou em quem recebe diálise
inadequada)
APRESENTAÇÃO CLÍNICA D
Manifestações gastrointestinais
Distúrbios GI são dos sinais mais precoces e mais comuns do
síndrome urémico
• Náuseas
Mais tarde • Vómitos
• Perda de peso
Na uremia • Estomatite
severa • Enterite
- Letargia
Manifestações tardias da uremia
- Irritabilidade
- Asterixis (geralmente evitadas através do início
- Convulsões atempado da TSR)
- Encefalopatia franca e coma
Retenção de fosfato e
ausência de atividade da Deficiência da
α1-hidroxilase renal forma mais ativa Hipocalcemia e
de vitamina D hiperparatiroidismo
secundário
Osteodistrofia renal – apenas na DRC (não se manifesta na LRA) -> pode necessitar
de análogos de vit. D ativa/hidroxilada, cinacalcet ou da reposição de bicarbonato
APRESENTAÇÃO CLÍNICA D
Hiperparatiroidismo
Hiperparatiroidismo secundário → ↑ Turnover ósseo
OSTEOCITOS: ↑ síntese FGF-23
CUIDADO: altas doses de EPO (que levem a Hb >12 g/dL) podem estar
associadas a maior risco de eventos CV adversos
(+ eventos tromboembólicos e declínio mais rápido da função renal)
Pacientes com DRC podem ter uma resposta imune variável à vacinação
Administrar vacina da gripe anualmente e vacina anti-pneumocóccica se TFG <30
APRESENTAÇÃO CLÍNICA D
Manifestações endocrinológicas
Achados laboratoriais comuns:
- ↓ T3 (pela conversão periférica prejudicada de tiroxina em T3)
- Níveis normais de tiroxina [T4] e TSH
Hipercalémia
Geralmente responde a:
• Restrição dietética de potássio
• Abstenção de suplementos de potássio
• Abstenção ou redução de dose dos fármacos que retêm potássio (++ ARAs e
IECAs)
• Utilização de diuréticos espoliadores de potássio
• Resinas permutadoras de potássio: aumentam perda de potássio GI
• Ex: resónio cálcio, poliestireno de sódio ou patiromero
se
RARO Hipercalémia intratável
se
Hipervolémia intratável
O diagnóstico de DRC requer evidência de lesão renal que persiste por ≥ 3 meses
vs LRA
Atrás:
Critérios de diagnóstico (devem estar presentes há ≥ 3 meses):
• Marcadores de lesão renal; ou
• TFG < 60 mL/min/1.73 m2
DIAGNÓSTICO D
IECAs e ARAs
Efeito vasodilatador nas arteríolas eferentes
O controlo glicémico adequado atrasa a progressão da DRC (em doentes com DM)
IECAs e ARAs
• Podem desencadear lesão renal aguda
• Uma redução ligeira da TFG (<30% da basal) pode significar uma redução
benigna na hipertensão intra-glomerular e hiperfiltração e, se estável ao
longo do tempo, pode ser apenas monitorizada
• Um declínio progressivo na TFG deve incitar à descontinuação destes
agentes
• Podem causar hipercalémia
• Em geral, uso concomitante de uma combinação de diuréticos caliuréticos
(ex: furosemida com metolazona) ou de um quelante de potássio (ex.
patiromero) aumenta excreção de potássio e facilita controle da PA
Vigiar Cr e K+ se IECA/ARA
TRATAMENTO P
T
4. Alterações dietéticas
A restrição proteica tem sido recomendada como forma de atrasar a progressão da DRC
Recomendado exercício fisico pelo menos 30 min./5x por semana (de acordo
com tolerância), controlo do IMC e abstinência tabágica
TRATAMENTO P
T
5. Evicção de nefrotoxinas
Em pacientes com DRC, muitos fármacos excretados pelo rim devem ser
evitados ou ter as suas doses reduzidas
À medida que a DRC progride para doença renal terminal (DRT), é necessário
preparar o doente para a terapia de substituição renal (TSR)
Opções:
- Transplante renal
- Diálise (HD ou diálise peritoneal)
- Tratamento médico conservador
Transplante
• Substitui todas as funções do rim
Diálise peritoneal
Contudo, a diálise crónica pode ser iniciada a qualquer momento quando surgem
complicações de DRT que não é possível controlar medicamente
(p ex: hipervolémia ou hipercaliémia refractárias ao tratamento médico)
TRATAMENTO GD
• Pericardite urémica
• Encefalopatia urémica
• Cãibras musculares intratáveis
• Anorexia e náuseas não atribuível a outras causas
• Desnutrição refratária a alterações dietéticas
• Distúrbios hidro-eletrolíticos refractários
• Hipercalémia (k+ > 6,5 mEq/L)
• Sobrecarga VLEC (ex. EAP)
• Acidose intratável
• Neuropatia periférica sem outra causa (ex: DM)
TRATAMENTO P
T
Hemodiálise
2 modos:
1. Diálise peritoneal contínua ambulatória:
- A solução de diálise (2-3 litros) é instilada na
cavidade peritoneal (através de um cateter)
por um período variável de tempo, sendo
trocada 3-5 vezes por dia
Vivos
Sobrevida do enxerto:
- 1 ano: 98%
- 5 anos: 85%
Dadores de
transplante renal
(podem ser ou não Falecidos (dador cadáver)
familiares do paciente)
Sobrevida do enxerto:
- 1 ano: 93%
- 5 anos: 75%
TRATAMENTO P
T
Terapia imunossupressora
Profilaxia e tratamento da rejeição do enxerto renal são passos chave para o
sucesso do transplante renal
Ciclosporina e Tacrolimus
Perfil de efeitos adversos consideráveis – supressão hematológica, hipercalémia,
hipertrofia gengival, neurotoxicidade (tacrolimus) e nefrotoxicidade
Rejeição aguda: clinicamente com dor sobre o enxerto renal, subida da creatinina
sérica, oligúria e, em alguns casos, febre – diagnóstico com BIÓPSIA RENAL
O rastreio neoplásico deve ser uma parte essencial dos cuidados pós-transplante
(para além do rastreio adequado à idade)
TRATAMENTO CONSERVADOR GD
Paulo Correia
Paulo_jorgegc@hotmail.com
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WWW.ACADEMIADAESPECIALIDADE.COM VERSÃO OUTUBRO 2021
LEGENDA
SÍMBOLO SIGNIFICADO
SÍMBOLO COMPETÊNCIA
INTEGRAÇÃO DE
MECANISMOS CONHECIMENTO
MD de DOENÇA
ESTRATÉGIA
D Estabelecer um
DIAGNÓSTICO
PEDAGÓGICA
P Medidas de saúde e
PREVENÇÃO
MUITO IMPORTANTE
MENOS perguntável
SÍMBOLO SIGNIFICADO
REFERÊNCIA INCOERÊNCIA
CHECK
a outros capítulos
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INTRODUÇÃO MD
Quistos renais
- São revestidos por epitélio polarizado e preenchidos por fluido
- Resultam de defeitos na estrutura e função das células epiteliais tubulares renais
Associados ao
Hereditários Adquiridos
desenvolvimento
- DRPAD (++)
- DRPAR Inclui a doença renal quística - Doença renal quística localizada
- Doença renal tubulointersticial AD que se desenvolve em pacientes - Rim multi-quístico displásico
- Doença de Von Hippel-Lindau com DRT pré-existente - Rim esponjoso medular
- Esclerose tuberosa
CHECK - DRC
Quistos simples
- Os mais comuns
- Mais frequentes em idades mais avançadas
- Geralmente unilaterais, solitários e bem definidos (mas podem ser múltiplos e bilaterais)
- Frequentemente achados acidentais (benignos) em exames de imagem
- Diâmetro varia entre 0,5-1 cm (mas alguns podem atingir 3-4 cm)
- Ecografia: cavidade preenchida por líquido, de paredes finas, sem septos ou calcificações
1. QUISTOS SIMPLES D
Clínica
Quistos simples são geralmente assintomáticos, mas ocasionalmente
podem causar massa abdominal palpável, infeção, dor lombar ou hematúria
Tratamento:
Benignos
Risco de
malignidade
0-10%
Risco de
Considerados malignos até malignidade
prova em contrário → 50%
devem ser ressecados
NEFRECTOMIA
parcial/total
DOENÇA RENAL POLIQUÍSTICA AD [DRPAD]
Mutações em
15% PKD2 Cromossoma 4
A maioria dos pacientes com DRPAD desenvolve quistos antes dos 30 anos,
mas a insuficiência renal pode surgir só após a 4ª década de vida
Mutação PKD2 [15% dos casos]→ doença de início mais tardio, progressão
mais lenta e sobrevida renal 20 anos maior do que na PKD1 [85% dos casos]
1. Assintomáticos
- Muitos são assintomáticos até à 4ª-5ª décadas de vida. Apenas 50% dos pacientes são
- Diagnóstico acidental (por HTA ou massas abdominais). diagnosticados clinicamente
ao longo da vida
2. Dor nas costas ou flanco
- 60% dos pacientes (sintoma frequente)
- Pode resultar de infecção de um quisto renal, hemorragia ou nefrolitíase.
3. Hematúria macroscópica
- 40% dos pacientes
- Decorrente da ruptura do quisto.
- Muitos deles terão episódios recorrentes.
Dor nos flancos + hematúria:
se o quisto rompido estiver conectado com o sistema colector.
4. Proteinúria
- Geralmente característica minor da DRPAD.
DRPAD D
Complicações renais
1. Infecção renal Quisto infectado Pielonefrite aguda
- Até 50% terão 1 ou mais episódios de infecção renal durante a sua vida.
2. Cálculos renais
Bilaterais
- frequência não é superior à população em geral!
- contudo, à apresentação são mais frequentemente: Multicêntricos
Tipo sarcomatóide
DRPAD D
Complicações extra-renais
1. Cardiovasculares
2. Hepáticas
3. Cerebrais
Rastreio radiológico de
Se história familiar positiva de AIC
AIC: papel em indivíduos
podem fazer rastreio com angio-
assintomáticos permanece RMN.
obscuro!
DRPAD D
Complicações extra-renais
4. Cardíacas
• Insuficiência das válvulas mitral, aórtica e tricúspide: Maioria são assintomáticos, mas alguns podem
- maior frequência na DRPAD (vs população geral) evoluir e exigir a substituição da válvula.
5. Abdominais
Em indivíduos com >40 anos, a ausência de >2 quistos torna a DRPAD muito
improvável
DRPAD – ADulto
A DRPAR é uma doença renal hereditária significativa na infância DRPAR - CRianças
Mutações num único gene (PKHD1 - fibrocistina) são responsáveis por todas as apresentações clínicas
Método de
Métodos de imagem (ecografia renal) Ecografia pré-natal ou após nascimento.
diagnóstico
Testes genéticos Geralmente não são necessários Geralmente não são realizados.
Nefronoftise DRTIAD
• Autossómica recessiva • Autossómica dominante
• Idade mediana de
apresentação → 11,5 anos
≠ • Idade mediana de
apresentação → 28,5 anos
Doença congénita
relativamente incomum
Associado com:
É definida por ≥ 3 quistos por rim num paciente com DRC ou DRT
Manifestações clínicas
- Sistema nervoso
Achado renal mais comum na ET.
(manifestações neurológicas são muito frequentes)
- Crescem, tendem a ser múltiplos e bilaterais. - Olhos
- Geralmente benignos mas podem sangrar. - Coração
- Pulmão
- Remoção cirúrgica apenas se > 4 cm de diâmetro - Fígado
- Pele
DOENÇA DE VON HIPPEL-LINDAU MD
Características clínicas
1. Manifestações renais