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SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE PASSOS – SRE

7ª Semana: 21 a 25 de março de 2022. (1º Período)

Nome: ___________________________________________________________________________________________________
Professor (a): ________________________________________________________________ Componente Curricular: História
Escola: _________________________________________________________________________________Turma: 7º ano: _____
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Aula 1 – O Legado Africano (EF07HI03X)

De que a presença africana em nossa cultura é profunda, talvez o melhor testemunho esteja no português que falamos, no
idioma no qual expressamos o que pensamos, sentimos e somos. As línguas africanas, especialmente o quimbundo (ou idioma
dos ambundos), o quicongo (ou língua dos congos), o umbundo (ou idioma dos ovimbundos) e o iorubá, marcaram
profundamente não só o vocabulário do português do Brasil, mas também [...] a construção das frases, e a fonética, ou a
maneira como pronunciamos as palavras. Poucos se dão conta de que os verbos cochichar, cochilar, fungar, xingar e zangar, os
substantivos bagunça, [...] caçula, cafuné, [...] carimbo, fuxico, fuzarca, garapa, lenga-lenga, molambo, quitanda, quitute, sunga e
tanga, os adjetivos capenga, dengoso, encabulado e zonzo e numerosíssimos outros termos que usamos no dia a dia são de
origem africana. E o que fazem os portugueses, quando têm de zangar com o caçula dengoso que estava cochilando durante
uma lenga-lenga como esta? Eles se irritam ou se aborrecem com o benjamim manhoso que dormitava durante esta conversa
enfadonha.

1) É possível afirmar que existem elementos de origem africana em nossa cultura? Cite exemplos.

Muitas palavras como aquelas citadas no texto, hábitos, alimentos, vestimentas, festas e manifestações religiosas e
comemorativas podem ser utilizadas como exemplo da influência africana na cultura brasileira.

Aula 2 – O Povo Iorubá (EF07HI03X)

Iorubá é o nome de uma das maiores etnias do continente africano em termos populacionais. Na verdade, o termo é aplicado a
uma coleção de diversas populações ligadas entre si por uma língua comum de mesmo nome, além de uma mesma história e
cultura. Os grupos étnicos que vivem próximos aos iorubás são os fon, ibo, igala e Idoma. A maior parte dos iorubás vive na
Nigéria, mais precisamente na região sudoeste do país. Há também importantes comunidades presentes em Benim, Gana, Togo
e Costa do Marfim. Alguns dos vestígios arqueológicos mais importantes dessa região estão em Ifé, terra de iorubás [...].
Conforme relatos orais, um líder divinizado chamado Odudua foi responsável pela prosperidade de Ilê Ifé, cidade onde vigorou
um sistema político- -religioso adotado por várias outras cidades e reinos dessa área. [...] Em Ilê Ifé foi criada uma forma de
monarquia divina, dirigida pelo oni, representante da divindade e também governante da comunidade, composta por várias
aldeias, cada qual com seu chefe, que cuidava dos seus membros, mas prestava obediência ao oni. No entanto, os Iorubás não
constituíram um reino unificado, mas sim uma coleção de cidades-estados, ligadas por uma cultura e uma religião em comum.

Devido ao tráfico de escravos, bastante ativo na área entre os séculos XV e XIX, muitos traços da cultura, língua, música e demais
costumes foram disseminados por extensas regiões do continente americano, com destaque para Brasil, Cuba, Trinidad e
Tobago e Haiti. Boa parte da população negra no Brasil veio de terras iorubás. Presentes há vários séculos em áreas dos atuais
Benim e Nigéria, a história recente dos iorubás é marcada pelo surgimento do Império de Oyo no final do século XV, que se
ergueu com o auxílio dos portugueses interessados no comércio local. Lagos, aliás, a mais importante e populosa cidade da
Nigéria, localizada em terras iorubás, recebeu seu atual nome do entreposto construído pelos portugueses, uma referência à
cidade do sul de Portugal.

Disponível em: https://www.infoescola.com/sociologia/povo-ioruba/

Acesso em: 03/03/22

1) Como era a forma de governo preferida pelo povo Iorubá?

Foi estabelecida uma monarquia divina, dirigida pelo oni, representante da divindade e também governante da comunidade,
composta por várias aldeias, cada qual com seu chefe, que cuidava dos seus membros, mas prestava obediência ao oni.

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Aula 03 – A Herança Africana no Brasil (EF07HI03X)

Deoscoredes Maximiliano dos Santos, Mestre Didi, nasceu em 02 de dezembro de 1917, na cidade de Salvador na Bahia, tornou-
se escritor, escultor [...], “integrado medularmente ao universo nagô brasileiro” [...] Para compreensão das obras de Mestre Didi,
faz-se necessário entendermos as noções de ancestralidade presentes em suas obras e trajetória. [...] Desde sua infância, Mestre
Didi absorveu valores e modos das relações do homem com seu meio ético, social, cultural e místico. [...] Em suas obras, [...] os
significados dos materiais naturais como as contas, búzios, palha e outros deixam de existir, formando uma simbologia renovada
que contribui para expressar um significado autônomo. O artista transporta materiais e técnicas tradicionais para uma arte
contemporânea carregada com seus conhecimentos religiosos, culturais, herdados de seus ancestrais. [...] os trabalhos
realizados por Mestre Didi ultrapassam o âmbito artístico-religioso, relacionam-se com a cultura dos povos africanos que tanto
influenciaram a formação da cultura brasileira. Ao entrarmos em contato com as obras de Mestre Didi, estamos em contato com
nossas origens histórica, cultural, religiosa e artística. [...]

1) Qual o motivo escolhido por Mestre Didi para empregar materiais como contas, búzios e palhas em suas obras?

O artista transporta materiais e técnicas tradicionais para uma arte contemporânea carregada com seus conhecimentos
religiosos, culturais, herdados de seus ancestrais. Desta forma o artista transcende o âmbito artístico-religioso, suas obras
relacionam-se com a cultura dos povos africanos que tanto influenciaram a formação da cultura brasileira, e deste modo atualiza
estes conceitos para a modernidade.

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