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LAJES

Prof. JOSÉ WANDERLEY PINTO / FABIANA SANTOS ALVES CONCRETO ARMADO

1. LAJES - DEFINIÇÃO

São placas horizontais ou com pouca inclinação, submetida a carregamento


normal ao seu plano.

P
Pn
q

h h

Podem ser: Pré – moldadas convencional


Pré – moldadas do tipo treliçada
Moldadas “in loco” (concreto armado)

1.1. Lajes pré – moldadas convencionais: são moldadas previamente, antes


de ser colocada na obra. Não suportam cargas concentradas de alvenaria, não são
utilizadas para grandes sobrecargas. São formadas por nervuras (vigotas tipo T em
concreto armado), blocos cerâmicos ou de argamassa e capeamento. Trabalham numa
só direção.

indicação da direção
da nervura
nervura
a

blocos
nervura bloco (lajota)

Elementos de composição Detalhe esquemático (planta)

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capeamento

nervura bloco

Detalhe esquemático (corte)

1.2. Lajes pré – moldadas do tipo treliçada: são moldadas previamente,


antes de ser colocada na obra. Suportam cargas concentradas de alvenaria e sobrecargas
bem mais elevadas do que a do tipo convencional. Vencem grandes vãos livres. São
formadas de nervuras (vigotas treliçadas), blocos cerâmico ou de EPS (isopor) e
capeamento. Trabalham numa só direção (unidirecional) ou em duas direções
(bidirecional).

bloco de EPS bloco cerâmico

Nervura

(vigota treliçada)

Elementos de composição

capeamento

d h

nervura bloco
Detalhe esquemático (corte)

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Laje treliçada unidirecional Laje treliçada bi-direcional


Transfere as cargas para os apoios Transfere as cargas nas duas direções
perpendiculares a direção da nervura

1.3. Lajes de concreto armado: moldadas “in loco”, ou seja, na própria


obra. Podem ser laje nervurada, laje cogumelo e laje maciça.

1.3.1. Laje Nervurada: formada por nervuras transversais e


longitudinais, que enrijecem a laje. A altura de cálculo da laje passa a ser a altura da
nervura. Esse tipo de laje é conhecido popularmente como laje “cabacinha” devido a sua
fôrma ser em forma de cabaça. Os vazios entre as nervuras permitem uma redução
significativa em seu peso próprio.

P1 (pilar) V1(viga) P2

nervura

A A
nervura
Forma cabacinha
V3

V4
nervura

nervura

nervura

P3 V2 P4

V1
V3 V4
P1 P2

Laje Nervurada - detalhe esquemático

1.3.2. Laje Cogumelo: formada por laje maciça apoiada diretamente


sobre os pilares (sem vigas). No encontro das lajes com os pilares, criam-se capitéis
(engrossamento) para vencer a punção que é caracterizada pela ação de uma carga
concentrada sobre uma superfície plana causando no seu contorno elevadas tensões de
cisalhamento (corte). Esse tipo de laje, por não possui vigas, é bastante utilizada em
cobertas que recebem tubulações, como por exemplo, coberta de garagem de edifício.

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P1 (pilar) P2

CP1(capitel)
P3
A A

P4 V2-20/40 P5

P1 P3 P2

Laje Cogumelo - detalhe esquemático Garagem de edifício


1.3.3. Laje Maciça: laje em concreto armado moldada “in loco“. Seus
extremos são apoiados sobre vigas ou livres (marquise). Bastante utilizada quando se
tem formas irregulares, ou quando se tem furos.
O comportamento estrutural, que é a forma como a laje “trabalha” ao receber um
carregamento, ou seja, como ela se deforma e transmite os esforços para seus apoios,
depende de suas dimensões em planta.
Quanto ao comportamento estrutural as lajes classificam-se em:
 Lajes armadas em cruz: trabalha nas direções “X e Y”.
 Lajes armadas em uma só direção: trabalham em “X” ou em “Y”.
A laje é considerada armada em uma só direção quando o maior vão é o dobro do menor
vão. L>2l

P1 (pilar) V1(viga) P2 P1 P2
V1

1 1
A A A A
(laje)
V3

V4

V3

V4

P3 V2 P4 P3 V2 P4

V1 V1
V3 V4 V3 V4
P1 P2 P1 P2

Laje Maciça em cruz - detalhe esquemático Laje Maciça em uma só direção - detalhe
esquemático

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P1 V1 P2

1
A A
V3

V4
P3 V2 P4

V1
V3 V4
P1 P2

Laje Maciça com extremo livre, ou em Marquise em concreto armado


balanço (marquise)
1.3.4. Lajes protendidas alveolares: A Laje Alveolar é constituída de
painéis de concreto protendido que possuem seção transversal com altura constante e
alvéolos longitudinais. Tais alvéolos são responsáveis pela redução do peso da peça
(fator importante para o transporte e içamento das peças pré-moldadas).

Via: Tatu Lajes Alveolares Protendidas - Google Imagens.

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Obra Shopping Rio Mar – Recife-PE

Detalhe do comportamento estrutural das lajes em cruz e em uma só direção:

Quando a laje é em cruz, uma parcela da carga aplicada vai para a direção X e a parcela
restante vai para a direção Y. No caso da laje em uma só direção, funciona como se toda
a carga da laje fosse apenas para a menor direção. A menor direção absorve mais por ser
mais rígida.

q q
Ly=L

Ly >2
Ly
qy

Lx
L>2l

qx q

Lx Lx=l
qx+qy= q

armada em cruz armada em uma só direção

Exemplo:

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6 5

5 5 6
6
3 2

L = 6 = 1,2 < 2 L =5 = 1 < 2 L =6 = 2 = 2 L =6 = 3 > 2


l 5 l 5 l 3 l 2

Laje em cruz Laje em cruz Laje em cruz Laje em uma só direção

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2. CARGAS NAS LAJES

As cargas quem atuam na laje são compostas de duas parcelas distintas:


 Cargas permanentes (peso próprio, revestimento e paredes)
 Carga acidental (sobrecarga)

2.1. Cargas permanentes – são aquelas que têm longa duração.

2.1.1. Peso próprio – é calculado a partir da altura da laje e do peso


específico do concreto armado.
Peso específico (γ)

Ly ,
1m
1m
h onde:
P=pp (peso próprio)
Lx
(concreto armado)

(concreto simples)

Considerando o volume do trecho de 1m x 1m x h teremos:

2.1.2. Revestimento – normalmente é considerado 50kgf/m2 e nas lajes


de coberta 100 kgf/m2 devido à impermeabilização.

2.1.3. Alvenarias (paredes) - para alvenarias sobre laje considera – se a


carga distribuída uniformemente pela área da laje. Este é um cálculo aproximado.

a
e
Ly
H

Palv.
Lx

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Considerando um “pedaço” de alvenaria com 1m² de área teremos:

Consideraremos agora o peso por metro quadrado de uma alvenaria singela com tijolo
furado:

2.5 10 2.5

Para alvenaria dobrada, teremos:

2.5 10 10 2.5

EXEMPLO: Determinar a influência da alvenaria na laje da figura abaixo,


considerando a altura da parede de 3m sendo esta, de tijolo furado.

0.25 m
0.15 m

1.2 m

3m

0.8 m

2m

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2.2. Cargas acidentais – também denominadas de sobrecargas são as cargas


que atuam na estrutura de acordo com a sua utilização. Essas cargas são supostas
uniformemente distribuídas e referem-se a pessoas, móveis, utensílios e veículos. Os
valores mínimos estão indicados na tabela 2 da Norma NBR 6120.

Seguem alguns valores da tabela como exemplo:


LOCAL (kN/ m²) q (tf/m²)
Escritórios 2,0 0, 200
Escada c/ acesso ao público 3,0 0, 300
Escada s/ acesso ao público 2,5 0, 250
Edifícios residenciais (dormitório, sala, 1,5 0, 150
banheiro, copa e cozinha)
Edifícios residenciais (despensa, área de 2,0 0, 200
serviço e lavanderia)
Escola (corredor e sala de aula) 3,0 0,300
Escola (outras salas) 2,0 0,200
Biblioteca (sala de leitura) 2,5 0,250
Biblioteca (sala para depósito de livro) 4,0 0,400

3. CÁLCULO DAS REAÇÕES E MOMENTOS

Será utilizada a teoria das grelhas, também conhecida pela teoria de Marcus que
consiste em dividir a laje em uma malha.

Admitindo uma carga “q” agindo na laje e


fazendo com que a mesma se deforme. Ao
se deformar a laje, a direção x e a direção
q y se deformarão igualmente na vertical
fy
qy

(mesma direção de carga). Essa


Ly

deformação é chamada de flecha.

qx A carga “q” aplicada se distribui nas duas


direções:
fx
Lx Temos então:
qx+qy= q

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A equação da flecha (deslocamento vertical) é dada por:

q
Para as direções x e y tem-se:
f
L

Partindo do princípio que as flechas são as mesmas nas duas direções ( ), tem-se:

Operando com as regras de proporcionalidade tem-se:

A relação entre ‘ é denominada de λ.

Tem-se então:

Dividindo-se as parcelas por teremos:

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funcionam como coeficiente de distribuição, a soma deles é igual a 1.

Como foi visto anteriormente,

__________________________

Conhecendo os valores de e , podemos calcular as reações e os momentos.

q Ry'
My
qy
Ly

Ry

Lx
qx

Rx Mx Rx'

Substituindo teremos:

Fazendo , tem-se:

Fazendo tem-se:

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Os valores de kx, mx e my, encontram – se na tabela de Marcus, em função do valor de λ,


que e a relação entre ly e lx.
Como:
, obtem-se tabelado

A tabela de Marcus foi elaborada para os 6 tipos diferentes de lajes (quanto a


seus bordos).
Para estudarmos os tipos diferentes de lajes, vamos analisar o caso das lajes
contínuas.

Vejamos o exemplo abaixo:


D
C

CORTE D-D
L1 L2
A A
E
CORTE C-C

CORTE E-E
B L3 L4 L5 B
E
D
C

CORTE A-A

CORTE B-B

Analisado o corte A-A, vemos que a laje L1 tem continuidade com a laje L2,
havendo, portanto engasgamento de uma com a outra.
No corte B-B, pelo fato da laje L3 está rebaixa, ela trabalha independente da laje
L4, ou seja, não há continuidade entre as duas. No entanto as lajes L4 e L5 possuem
engastamento em comum.
A laje L3 em relação à laje L1, também trabalha independente. (Ver corte C-C).
O corte D-D mostra a mesma situação do corte A-A.
Finalizando, temos o corte E-E com uma única laje isolada.
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A convenção adotada para os “bordos” das lajes é:

bordo livre
bordo livre
apoio

apoio egaste

apoio
engaste

Para nosso exemplo teremos:

L1 L2

L3 L4 L5

A tabela de Marcus segue a seguinte nomenclatura:

1 2 3 4 5 6

O comportamento de cada laje depende de como trabalham seus apoios (bordos).

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Temos então que observar em cada direção, o n° de apoios e engastes. Quando se tem o
mesmo número para as duas direções, diz-se que a laje apresenta iguais condições de
bordo, caso contrário, diferentes condições de bordos.

Exemplo:

1a
L1 direção horizontal – 2 apoios
1a L1 1a direção vertical – 2 apoios

1a (direção horizontal com mesmas condições de bordo


da direção vertical)
1a
L2 direção horizontal – 2 engastes
1e L2 1e direção vertical – 2 apoios

1a (direção horizontal com diferentes condições de bordo


da direção vertical)
1a
L3 direção horizontal – 2 engastes
1e L3 1e
direção vertical –1 engaste e 1 apoios

1e (direção horizontal com diferentes condições de bordo


da direção vertical)
1a
L4 direção horizontal – 1 engaste e 1 apoios
1e L4 1a direção vertical –1 engaste e 1 apoios

(direção horizontal com mesmas condições de bordo


1e da direção vertical)

(ambas direções com diferentes condições de bordo )


Como os coeficientes usados para o cálculo das reações e momento são
tabelados em função de λ, que é a relação entre ly e lx, precisamos saber defini-los
corretamente.

Seguiremos então as seguintes regras:

1 – Para lajes com iguais condições de bordo, lx é o menor vão.


2 – Para lajes com diferentes condições de bordo, lx é a direção que intercepta o maior
numero de engastes.

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Exemplos:

1. Determine Lx para as seguintes lajes:


3m

3m
L1 L2 L3 L4

2.8 m
4m 5m 4m

1.2 m
L8
3m

L5 1m

6m

6m
L6 L7

4m

6m 8m

L1: Lx = 3m ; L2: Lx = 3m ; L3: Lx = 2,8m ; L4: Lx = 3m;

L5: Lx = 4m ; L6: Lx = 6m ; L7: Lx = 6m ; L8: Lx = 1m

2. Resolvendo um exemplo prático:

- Calcular os esforços para a seguinte laje (WC – residencial)

Como vimos anteriormente, a carga da laje


compõem – se de carga permanente (g) e
carga móvel (p).
4m

Portanto:
Lx q=g+p g = pp+ver.

Como sabemos o “pp” depende da altura, e


5m
essa por sua vez, é função do momento
fletor.

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Existe um método para calcular estimativamente a altura da laje, vejamos:

d h
e

h = altura da laje
d = altura útil
c = cobrimento ≅ 2,0cm
lt = vão teórico – definido como sendo o menor vão desde que não ultrapasse a
2/3 do maior.
k = coeficiente elástico – seu valor é função do tipo do tipo de laje. É dado pela
seguinte tabela:

Depois de determinar estimativamente a altura da laje, tem que se verificar os


limites mínimos para a espessura nas lajes maciças, segundo a NBR 6118:

Lajes ( utilização) Espessura mínima


Lajes de cobertura não em balanço 5 cm
Lajes de piso ou de cobertura em balanço 7 cm
Lajes que suportem veículos de peso total menor que 3 tf. 10 cm
Lajes que suportem veículos de peso total maior que 3 tf. 12 cm
Lajes cogumelo 14 cm
Lajes com protensão apoiadas em vigas 15 cm
Lajes lisas 16 cm
Lajes de piso bi-apoiada (vão) / 42
Lajes de piso contínuas (vão) / 50

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Para o nosso exemplo teremos:

a) Determinação da altura:

lt = menor vão = 4m
2/3 do vão maior, vão = 2/3x5=3,33m
Logo lt = 3,33 m = 333 cm
K = 2,5 % (tabela para 1 engaste)

Na prática, não se usa valores “quebrados”.

b) Determinação da carga:

p
_________________

c) Cálculo das reações e momentos, segundo o método de Marcus:

E laje do tipo 2
4m

Lx Na tabela de Marcus, para uma laje


Tipo 2 com λ=0,80, tem-se:

5m mx = 44,65; nx = 15,81 e my =34,35 que


são os denominadores para os cálculos
dos momentos.

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Ry
q

My
qy
Ly

Ry
Lx
qx
x

Rx Mx Rx'

Direção x - Trata – se de uma faixa com apoio e engaste que recai no fator de
carga derivado. Esse é um cálculo aproximado considerando a laje como sendo uma
faixa.

x q x

Lx Mx
RA RB

Como estamos trabalhando no regime elástico (tensão x deformação), podemos


utilizar a superposição dos efeitos para calcular as reações.

x q q x

L L L
RA RB VA1 VB1 VA2 VB2

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Substituindo os valorem, teremos:

Voltando aos valores do exemplo, teremos:

Direção y – Trata – se de uma faixa bi – apoiada

qy

Ly
Ry Ry'

Representação das reações nos apoios e dos momentos seguindo a ordem Mx, Nx
e My.

(0,470)
Tanto as reações, como os momentos,
+0,266 são dados por unidade de comprimento,
(0,750)

(0,450)

ou seja, agem ao longo de todo o bordo.


4m

-0,751
+0,346

(0,470)

5m

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As reações das lajes também podem ser determinadas pelo método da ruptura
Nesse método, imagina-se a linha de ruptura da laje e determinam as áreas de
atuação de cada lado. A linha de ruptura formada entre dois lados adjacentes com iguais
condições de bordo se desenvolve a 45°, enquanto que a linha de ruptura entre um lado
engastado e o outro lado apoiado se forma a 30° em relação ao lado apoiado e a 60° do
lado engastado.
A carga, que esta delimitada pela área, é descarregada sobre o lado adjacente.
Por exemplo, na laje tipo 1, representada na figura abaixo, a carga que esta na área A1
vai ser descarregada no lado extremo dessa área, gerando a reação R1.
As possíveis linhas de ruptura, de acordo com o tipo de apoio da laje, serão
representadas nas figuras a seguir:

R1

30°

60°
A1
1 2 3

45
°
60°

R2 A2
60° 60°
45°
45°
45°

45°

30°
30°
30°

30°

4 5
45°

45°
60°
60° 45° 6 45°

60° 60° 45°


60° 60° 45°

45°
45°
30°

30°
30°

30°

Para o nosso exemplo teremos:


Rya (Ry)
Rxe (Rx2)

Rxa (Rx1)
4m

60 °
° 45
45°
30°

Rya (Ry)
5m
LAJE TIPO "2"
Ly
q  0.475 Ly  4 Lx  5     0.8
Lx
Para   0.732

Rx1  0.25  q  Ly Rx1  0.475 Rx2  0.433  q  Ly Rx2  0.823


q Ly
Ry    ( 2  Lx  1.366  Ly) Ry  0.431
4 Lx

Para   0.732
Lx
Rx1  0.183  q   ( 2  Ly  0.732  Lx) Rx1  0.472
Ly

Lx
Rx2  0.317  q   ( 2  Ly  0.732  Lx) Rx2  0.817
Ly

Ry  0.183  q  Lx Ry  0.435

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Os momentos fletores são utilizados no dimensionamento, que é feito de forma


semelhante ao de uma viga, com a diferença de usar como base (bw) o metro linear.

Exemplo: Para a laje do exemplo anterior, teremos:


Usar Fck = 20MPa CA – 50

0,346

Para

5.0 c.17,5

Para

8.0 c.17

Para

c.15

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Referências bibliográficas.

SUSSEKIND, José Carlos


Curso de Concreto Volume -1
Porto Alegre; Globo, 1980

REBELLO, Yopanan Conrado Pereira


Estruturas de aço, concreto e madeira: atendimento da expectativa dimensional.
São Paulo; Zigurate Editora, 2005.

MARGARIDO, Aluízio Fontana


Fundamentos de estruturas: um programa para arquitetos e engenheiros que se
iniciam no estudo das estruturas.
São Paulo; Zigurate Editora, 2001.

NBR 6118 - Projeto de estruturas de concreto - Procedimento


NBR 6120 - Cargas Para o Cálculo de Estruturas de Edificações

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