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FATEC SP LABORATÓRIO DE ELETRO II

EXPERIÊNCIA 5 - TRANSFORMADOR MONOFÁSICO

1. OBJETIVO

O objetivo desta experiência consiste na verificação prática das relações


fundamentais de um transformador monofásico didático analisado nas
condições em vazio e em carga e avaliação de seu rendimento em diversas
situações de carga.

2. INTRODUÇÃO

O transformador pode ser definido como sendo uma máquina elétrica


estacionária que converte energia elétrica em energia elétrica.

Existem vários tipos de transformadores, temos os transformadores utilizados


nos sistemas de geração e transmissão de energia seja para elevar a tensão
nas estações geradoras seja abaixando a tensão, próximo aos centros de
consumo teremos os transformadores das redes de distribuição que, nos
centros urbanos abaixam a tensão para que a energia possa ser utilizada pelos
consumidores

Temos também transformadores usados em fontes de alimentação de


receptores de rádio e TV, em instrumentos de medida, regulando e
estabilizando a tensão (Auto Transformadores).

Nos sistemas de comunicação os transformadores são utilizados em linhas


telefônicas, em circuitos de controle e em circuitos de áudio, vídeo e rádio
frequência.
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Em sua forma mais simples podemos dizer que o transformador monofásico é


constituído por duas bobinas enroladas sobre um núcleo magnético. (figura 1).

O núcleo magnético é constituído por um agrupamento de chapas de aço silício


de forma a permitir, com a menor perda possível a passagem do fluxo
magnético.

O enrolamento (bobina) que irá receber a energia será chamado de “primário” e


o enrolamento onde se irá retirar a energia transformada será chamado de
“secundário”.

Vamos considerar para efeito de análise um transformador com o enrolamento


primário de N1 espiras e um enrolamento secundário de N2 espiras (conforme
figura 2).
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Vamos supor também que este transformador é ideal de tal forma que as
resistências elétricas dos enrolamentos são desprezíveis, todo fluxo magnético
φ(t) está confinado ao núcleo e se concatena com ambos os enrolamentos, as
perdas no núcleo são desprezíveis e que uma corrente de excitação
praticamente desprezível é necessária para estabelecer o fluxo magnético
(transformador monofásico ideal).

Quando uma tensão variável v1(t) á aplicada aos terminais do primário um


fluxo φ(t) deve ser estabelecida no núcleo tal que a força contra eletromotriz
e1(t) iguale a tensão imposta v 1(t) tendo em vista que a resistência do
enrolamento é desprezível, então:

Como o fluxo magnético no núcleo também se concatena com o enrolamento


secundário aparecerá neste enrolamento uma força eletromotriz induzida e 2(t),
igual a tensão v2(t) nos terminais do secundário tal que:

Imediatamente, podemos escrever:

Assim um transformador ideal transforma as tensões na relação direta ao


número de espiras dos respectivos enrolamentos.

Considerando agora uma carga ao secundário, conforme figura 3, então, uma


corrente i2(t) de um fluxo φ2(t) oposto a φ(t) estão presentes no secundário. A
menos que este fluxo φ(t) seja compensado o fluxo total no núcleo será
completamente modificado, modificando-se também o equilíbrio entre a tensão
aplicada e força contra eletromotriz no primário.
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Deve ocorrer no primário um aumento de corrente i 1(t) necessário a produzir


um fluxo adicional compensador de tal forma que:

É desta forma então que o primário “toma conhecimento” da presença de uma


corrente elétrica no secundário, quando neste ligamos uma carga.

Por outro lado, a potência complexa absorvida por uma carga se altera quando
a alimentação desta carga for feita por meio de um transformador.

Ṡ1= Ṡ 2
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3. PARTE EXPERIMENTAL

3.1 Determinação do número de espiras das diversas bobinas.

a) Método

Utilizando a bobina auxiliar, enrolada com cabinho # 0,5mm² sobre uma das
pernas do transformador, com número de espiras conhecido Na = 10 espiras.

Se fixarmos a tensão nessa bobina, onde passa o mesmo fluxo magnético que
nas demais, e se medirmos com o voltímetro AC a tensão que aparece nas
outras bobinas, poderemos através da relação fundamental do transformador
em vazio determinar o número de espiras das demais bobinas.
bobina

b) Circuito e procedimentos

b.1) Montar no simulador o circuito da figura abaixo.


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Simulador

b.2) Ajustar a tensão de entrada até que o voltímetro indique V aux = 5 V.

b.3) Com o outro voltímetro AC medir as tensões V1-2, V3-4, V5-6 e V7-8, mantendo
a alimentação nos terminais 1-2.

V1-2 V3-4 V5-6 V7-8

b.4) De posse dos valores das tensões nas bobinas determinar: N 1-2, N3-4, N5-6 e
N7-8

N1-2 N3-4 N5-6 N7-8


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3.2) Determinação da “polaridade” das bobinas do secundário

a) Observação

O termo “polaridade” das bobinas é um termo usual que significa sentido de


enrolamento.

Marcamos com um ponto o terminal do enrolamento por onde entra a corrente,


por aplicação da regra da mão direita, se tem fluxo “saindo”.

Indicamos sempre tensão positiva no terminal marcado.

b) Circuito e procedimento

a) montar no simulador o circuito da figura abaixo


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Podemos obter:

b.1) V5-8 = V5-6 + V7-8

isto significa que os fluxos são para o mesmo lado, isto é, os fluxos se somam.
Temos então bobinas com o mesmo sentido de enrolamento, ligadas em série
fluxo concordante:

b.2) V5-8 = V5-6 - V7-8

isto significa que os fluxos são oposição, isto é, se subtraem. Temos então
bobinas com sentidos de enrolamentos diferentes, portanto, ligadas em série
em fluxo discordante.

3.3 Verificação das Relações Fundamentais do transformador


monofásicos e avaliação de rendimento em diversas situações de carga.

a) Circuito e procedimentos
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a) Montar no simulador o circuito abaixo (Transformador abaixador de relação.


A carga será resistiva, um conjunto de lâmpadas incandescentes de 100W de
potência, com tensão nominal de 220V.

Montagem no simulador

b) Medir para o primário e secundário, V, I e P nas seguintes condições:

b.1) Sem lâmpada (vazio);

b.2) ligar a primeira lâmpada, acionando a chave

b.3) Idem, para a segunda lâmpada;

b.4) Idem, para a terceira lâmpada, mantendo as duas primeiras ligadas.


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Preencher a tabela

η = (Ps/Pp).
CARGA Vp (V) Ip (A) Pp (kW) Vs (V) Is (A) Ps (kW)

s/ carga

1 lâmpada

2 lâmpadas

3 lâmpadas
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RELATÓRIO – EXPERIÊNCIA 5 - TRANSFORMADOR

NOME Eri Arcanjo Santos


Nº 19107656 MODALIDADE Processos de Produ.
TURNO Noturno DATA 13/05/21

1) Como é o núcleo de um transformador?


R:É constituído por chapas metálicas de silício que tem o intuito de fazer com
que o transformador perco o mínimo de magnetismo possível.

2) O que é enrolamento (ou bobina) do primário e enrolamento (ou bobina) do


secundário?
R: São elas que criam o campo magnético no transformador , no qual a bobina
primaria transfere para a secundaria que aumenta ou diminui a tensão.

3) Qual a relação de transformação de tensão em um transformador?


R:V1/V2=N1/N2

4) Apresentar os valores obtidos na montagem do item 3.1 b3 da parte


experimental

V1-2 V3-4 V5-6 V7-8


66,4 66,4 66,4 66,4

5) Qual a quantidade de espiras no transformador ensaiado? (item 3.1 b4 da


parte experimental)

N1-2 N3-4 N5-6 N7-8 Naux


133 133 133 133 133

6) Apresentar os valores obtidos na montagem do item 3.3 b4 da parte


experimental
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η = (Ps/Pp).
CARGA Vp (V) Ip (A) Pp (kW) Vs (V) Is (A) Ps (kW)

219,8 8,65 1,90 109,9 0 0 0


s/ carga
219,8 394,9 86,8 109,5 810,3 88,7 1,02
1 lâmpada
219,9 829,1 182,3 108,7 1,59 172,4 0,95
2 lâmpadas 5 4
219,9 1,177 257,3 107,3 2,342 251,3 0,98
3 lâmpadas

7) Qual o rendimento do transformador em cada uma das situações acima?

s/ carga 1 lâmpada 2 lâmpadas 3 lâmpadas


0 100 95 98

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