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O poema deixa-se dividir em três partes lógicas. Na primeira parte, composta pela
primeira estrofe, é demonstrado os aspetos negativos dos Descobrimentos (“Ó mar
salgado...”, vv.1-2) e o efeito que este teve no povo português (“...Para que o mar fosse
nosso, ó mar!”, v.6). Para além disso vemos através da anáfora
(“Quantas/Quantas/Quantas...”, vv.4-5), os sacrifícios dos portugueses na conquista do mar.
Na segunda parte, composta pela segunda estrofe, vemos através da pergunta retórica, que o
poeta pergunta se valeu a pena suportar todas as desgraças, respondendo ele próprio que tudo
vale a pena ao ser humano dotado (“Valeu a pena? Tudo vale a pena”,v.7).
O poema é composto por duas estrofes cada uma com seis versos. Segue o esquema
rimático AABBCCDDEEFF, ou seja, encontramos uma rima emparelhada. Existe uma
alternância de versos decassílabos (“Ó/ mar/ sal/ga/do,/ quan/to/ do/ teu/ sal”) e octossílabos
(“São/ lá/gri/mas/ de/ Por/tu/gal!”).