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DIREITO DA FAMÍLIA
Licenciatura em Solicitadoria
Sumário V
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Direito da Família
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Direito matrimonial
1. Direito matrimonial
Direito matrimonial
– Conjunto de normas jurídicas que disciplinam a celebração, os efeitos pessoais e
patrimoniais, a invalidade e a dissolução do casamento.
Promessa de casamento
Contrato pelo qual duas pessoas prometem contrair casamento, mas
não atribui o direito a exigir a sua celebração, nem a reclamar, na falta de
cumprimento, outras indemnizações que não sejam as previstas no art. 1594.º
CC,
mesmo quando resultantes de cláusula penal.
Arts. 1591.º e segs. CC
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Direito Matrimonial
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Direito Matrimonial
b) Negócio pessoal
Celebrado entre os nubentes para constituição de uma relação
familiar.
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Direito Matrimonial
e) Tendencialmente perpétuo
Não é uma característica absoluta do casamento civil, daí a
possibilidade da sua dissolução.
Art. 1773.º CC
Efeitos patrimoniais
Liberdade de fixação do regime de bens.
Em algumas situações, as partes não podem introduzir
derrogações ao regime de bens.
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Direito Matrimonial
1) Casamento civil
a) Noção e características gerais já enunciadas.
2) Casamento católico
a) Pacto matrimonial irrevogável, mediante o qual o homem e a mulher
constituem entre si a comunhão de toda a vida, ordenado pela sua natureza ao bem
dos cônjuges e à procriação e educação da prole.
Cân. 1055, parágrafo 1 CIC
Natureza sacramental do matrimónio.
Procriação e educação dos filhos como fim essencial do casamento.
Unidade ou exclusividade e a indissolubilidade do casamento.
Cân. 1056 CIC
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Direito Matrimonial
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Direito Matrimonial
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Direito Matrimonial
Requisitos substanciais
Fundamento para a celebração do casamento.
b) Consentimento pessoal
Consentimento pessoal expresso pelos próprios nubentes mediante
duas declarações de vontade convergentes no ato da celebração.
Art. 1619.º CC
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Direito Matrimonial
Inexistência da procuração
Procuração não outorgada pelo nubente que constitui procurador.
O casamento foi celebrado depois de cessarem os efeitos da
procuração.
Art. 1628.º, al. d) CC
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Direito Matrimonial
Nulidade da procuração
Falta de concessão de poderes especiais para o ato.
Falta de designação expressa do nubente com o qual
quer contrair casamento.
Revogação da procuração
Cessação de todos os efeitos independentemente de
ser levada ao conhecimento do procurador.
Morte do constituinte.
Morte do procurador.
Acompanhamento de qualquer um deles, quando
a sentença que o haja decretado assim o determine.
Art. 1621.º, n.º 1 CC
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Direito Matrimonial
c) Consentimento simples
Não é possível apor uma condição ou termo ao casamento, dado
que este não é um contrato temporário.
Art. 1618.º, n.º 2 CC
Se há condição ou termo para o casamento, considera-se como
uma cláusula não escrita.
O casamento é válido como se fosse celebrado sem condição
ou termo, ou seja, como se o consentimento prestado tivesse
sido simples.
d) Consentimento perfeito
Perfeição do consentimento para a celebração, com a concordância
entre a vontade e a declaração de vontade.
A declaração de vontade emitida no ato da celebração constitui
uma presunção legal da liberdade e convergência do consentimento
de ambos os cônjuges para contrair casamento e que a sua vontade não
está viciada por erro ou coação.
Art. 1634.º CC
Falta de vontade e vícios de vontade na celebração do casamento.
Verificação de circunstâncias taxativas para a anulação do
casamento.
Art. 1627.º CC
Verificação de falta de vontade.
Art. 1627.º CC
Verificação de uma divergência entre a vontade
declarada e a vontade real.
Art. 1635.º CC
Simulação
a) A vontade dos cônjuges não visa a criação de um
vínculo matrimonial, com os correspondentes direitos e
obrigações.
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Direito Matrimonial
c) Terceiros de boa fé
A anulação do casamento simulado não pode ser
oposta a terceiros que julgaram de boa fé que o
casamento era válido.
Art. 243.º CC
Coação
a) O casamento celebrado sob coação moral afasta a presunção da
liberdade de consentimento.
Art. 1634.º CC
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Direito Matrimonial
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Direito Matrimonial
Erro
a) O erro recai sobre a pessoa com quem se celebra o casamento.
Art. 1636.º CC
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Direito Matrimonial
Dolo
a) Irrelevância do dolo no casamento.
Art. 253.º, n.º 2 CC
Permanência dos casamentos validamente celebrados.
Não assume relevância, porque o legislador entende que no
casamento só é enganado dolosamente quem quer se deixar
ser enganado.
Estado de necessidade
a) Declaração de vontade matrimonial prestada pelo nubente, obtida
de forma ilícita por alguém, com a promessa de o afastar de um mal
fortuito ou causado por outrem.
Art. 1638.º, n.º 2 CC
2) Capacidade matrimonial
a) Celebração de casamento por pessoas com capacidade matrimonial.
Art. 1600.º CC
b) Abertura de um procedimento anterior à celebração do casamento
para averiguação da existência ou não de algum impedimento matrimonial.
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Direito Matrimonial
Incapacidade matrimonial
a) Impedimentos matrimoniais à celebração dos casamentos civil e católico.
Arts. 1601.º, 1602.º e 1604.º CC
Impedimentos dirimentes
Conduzem à anulação do casamento.
Impedimentos impedientes
Conduzem à aplicação de sanções menos gravosas que a
anulabilidade.
Impedimentos absolutos
A incapacidade matrimonial é fundada numa característica
da pessoa.
Traduz-se num impedimento para contrair casamento com qualquer
pessoa.
Impedimentos relativos
Constituem ilegitimidades fundadas na relação das pessoas com
outra(s).
Traduz-se num impedimento que proíbe o casamento com uma
determinada pessoa.
Impedimentos dispensáveis
Perante as circunstâncias do caso concreto, uma entidade autoriza a
celebração do casamento, não obstante a existência de determinado
impedimento.
Impedimentos indispensáveis
Constituem impedimentos que não admitem dispensa
para possibilitar a celebração do casamento.
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Direito Matrimonial
Requisitos formais
Procedimento para a celebração do casamento.
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Direito Matrimonial
2) Celebração do casamento
a) O procedimento culmina no ato final de celebração do casamento.
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Direito Matrimonial
3) Registo do casamento
a) Constitui a prova resultante do registo civil e é a única legalmente admitida
quanto a factos a ele sujeitos e ao correspondente estado civil.
b) O registo é obrigatório.
c) O registo não tem um caráter constitutivo, uma vez que não é necessário
para a existência ou validade do casamento.
Transcrição
Assento do casamento católico.
Assento de casamento urgente.
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Direito Matrimonial
Requisitos substanciais
a) Consentimento válido de ambos os nubentes.
Cân. 1057.º, parágrafo 1 CIC
b) Capacidade jurídica de ambos os cônjuges.
O casamento católico está subordinado quer ao sistema de impedimentos
do direito canónico, quer ao sistema de impedimentos do direito civil.
Art. 1596.º CC
.Para a celebração válida não devem verificar-se impedimentos
matrimoniais.
Câns. 1057.º, parágrafo 1 e 1073.º CIC
Requisitos formais
a) Observância da forma canónica.
Câns. 1108.º e segs. CIC
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Direito Matrimonial
d) Registo do casamento
O assento paroquial é subscrito pelos cônjuges, testemunhas e
sacerdote.
Envio do duplicado do assento paroquial à conservatória do registo civil.
Arts. 167.º e 168.º CRC
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Direito Matrimonial
c) Formas de celebração:
Perante os ministros do culto católico.
Perante os agentes diplomáticos ou consulares portugueses, na
forma estabelecida pela lei civil portuguesa
Perante as autoridades legais competentes, na forma prevista pela lei do
lugar da celebração do casamento.
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Direito Matrimonial
1) Inexistência do casamento
Arts. 1628.º e segs. CC
a) Circunstâncias:
Celebração do casamento por quem não tem competência funcional para o
ato.
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Direito Matrimonial
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Direito Matrimonial
2) Anulabilidade do casamento
Arts. 1631.º e segs. CC
a) Casamento putativo
Situações em que o casamento civil anulado, ou o casamento católico
declarado nulo, produzem efeitos jurídicos, não obstante a invalidade.
Arts. 1627.º e 1647.º CC
b) Situações de anulabilidade
Enumeração taxativa.
Art. 1631.º CC
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Direito Matrimonial
Motivos permanentes
Casamento celebrado com impedimentos de parentesco na linha reta e
segundo grau da linha colateral ou afinidade em linha reta.
Relação anterior de responsabilidades parentais.
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Direito Matrimonial
A anulabilidade é insanável.
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Direito Matrimonial
Filhos
a) A celebração do casamento pelos cônjuges, de boa ou má fé, produz efeitos
favoráveis aos filhos nascidos no casamento.
Mantém-se a presunção de paternidade segundo a qual o pai é o marido da
mãe.
Art. 1827.º CC
Cônjuges
a) Ambos os cônjuges estão de boa fé
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Direito Matrimonial
Terceiros
a) Estabelecimento de relações dependentes da validade do casamento
dos cônjuges.
b) Não são objeto de proteção específica e direta pelo instituto do casamento putativo.
Verificação da produção indireta ou reflexa dos efeitos decorrentes
da manutenção das relações entre os cônjuges, apesar da invalidade
do
casamento.
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Direito Matrimonial
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Questões Teóricas
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Questões Teóricas
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Casos Práticos
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Casos Práticos
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Casos Práticos
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Casos Práticos
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Casos Práticos
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Casos Práticos
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Casos Práticos
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Casos Práticos
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Casos Práticos
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Casos Práticos
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