As rãs pediram a Júpiter um rei para governá-las. Ele deu-lhes um pau, mas as rãs acharam-no fraco demais. Júpiter então deu-lhes uma cegonha que começou a comê-las. Júpiter disse às rãs que deveriam estar satisfeitas com o que tinham, pois uma mudança poderia piorar as coisas.
As rãs pediram a Júpiter um rei para governá-las. Ele deu-lhes um pau, mas as rãs acharam-no fraco demais. Júpiter então deu-lhes uma cegonha que começou a comê-las. Júpiter disse às rãs que deveriam estar satisfeitas com o que tinham, pois uma mudança poderia piorar as coisas.
As rãs pediram a Júpiter um rei para governá-las. Ele deu-lhes um pau, mas as rãs acharam-no fraco demais. Júpiter então deu-lhes uma cegonha que começou a comê-las. Júpiter disse às rãs que deveriam estar satisfeitas com o que tinham, pois uma mudança poderia piorar as coisas.
Em tempos que já lá vão, quando as rãs viviam à solta nos
lagos, elas cansaram-se de não terem governo e pediram a Júpiter que lhes desse um rei que pudesse dizer-lhes o que estava certo e o que estava errado, fazer leis e decretar recompensas e castigos. Desdenhando a loucura delas, Júpiter atirou-lhes um pau, dizendo com a voz trovejante: -- “Eis o vosso rei!” O pau causou um tal reboliço ao cair na água que as rãs entraram em pânico e dirigiram-se para o lodo, a fim de se esconderem. Passado um momento, uma rã, mais destemida do que as outras, levantou a cabeça, à procura do novo rei. Até subiu para cima do pau… e as outras seguiram-na. Em breve tinham perdido o medo e isto levou-as a desprezar o seu novo “rei”. -- “Este rei”, disseram elas a Júpiter, “é muito frouxo. Por favor, manda-nos um que tenha autoridade.” Então, Júpiter mandou-lhe uma cegonha e, durante muito tempo, as rãs, vendo o seu longo pescoço, ficaram sem saber se seria uma serpente ou uma cegonha. Então, a cegonha começou a comer as rãs, que fugiram e foram queixar-se a Júpiter, pedindo-lhe que a levasse e lhes desse outro rei. -- “Se não estão contentes quando as coisas correm bem”, disse Júpiter, “têm de ter paciência quando as coisas correm mal.” Moral da história: Satisfaz-te com a tua situação atual, mesmo que seja má, porque uma mudança pode piorar as coisas ainda mais.
Fábulas de ESOPO. Coleção Recontar. Ed. Escala, 2004.