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#VamoPassarPORRA

Resumão da Depressão: Especial de Bioquímica


1. Água
• 71% da superfície terrestre.
• Composto mais abundante nos seres vivos.
• Pontos de congelamento, ebulição e calor de vaporização relativamente altos são resultado de
atrações intermoleculares (Lig de H). Essas ligações intermoleculares são de extrema
importância para que ocorram reações no organismo humano.
• Ponto de ebulição: 0ºC. Ponto de fusão: 100ºC. São relativamente altos devido às ligações de
hidrogênio.
• Estrutura química da água:
! H2O
! Polar. O oxigênio é eletronegativo, atraindo os elétrons do H, fazendo com que o O
fique com uma carga parcial negativa e o H uma carga parcial positiva, esse DIPOLO
ELÉTRICO leva a água a ser polar! Dessa forma ela é um excelente solvente de
compostos polares (importante no organismo).
! Ângulo de 104,5. Parecido com o ângulo do tetraedro (109,5): isso permite uma
maior interação entre as moléculas de água.
! A ligação entre o H e o O é covalente. A ligação entre duas moléculas de água é
Ligação de Hidrogênio. A distância ente os átomos de hidrogênio e oxigênio (ligação
covalente)=0,0965 nm é menor que a ligação de hidrogênio entre as moléculas de
água (0,177 nm). O que demonstra que a ligação covalente é mais forte que a ligação
de hidrogênio.
! Quanto mais ligações de hidrogênio existirem entre as águas mais forte a ligação
fica.
• GELO: Estrutura cristalina da água: cada molécula consegue formar 4 ligações de hidrogênio
(máximo de organização possível).
• ÁGUA: 3,4 ligações de hidrogênio em média.
• Ligação de Hidrogênio na água:
! Atração eletrostática entre o átomo de oxigênio de uma molécula de água e o átomo
de hidrogênio de outra molécula de água.
! Mais fracas que as ligações covalentes intramoleculares.
! Cada molécula se liga a 3 ou 4 outras por meio desse tipo de ligação (média 3,4)
! A fluidez da água se deve a meia-vida curta dessas ligações (1 a 20 picosegundos).
Novas ligações se rompem e formam rapidamente.
! A ligação de hidrogênio também se dá em outras moléculas além da água, só precisa
de um aceptor de hidrogênio eletronegativo e um doador de hidrogênio
eletropositivo. Hidrogênio ligado a FON se ligando a outro grupo FON.
! Ligações de Hidrogênio são realizadas entre aminoácidos.
! Ligações de Hidrogênio são feitas entre fitas de DNA (adenina e timina com 2 e
citosina e guanina com 3).
! Ligação de Hidrogênio forte: não há ângulo entre o O de uma molécula e o H de
outra.
! Ligação de Hidrogênio fraca: há ângulo entre o O de uma molécula e o H de outra.
• As moléculas podem ser polares ou apolares ou anfipáticas, dependendo das ligações que elas
fazem. Açúcar é polar pois se dissolve em água e possui vários grupos hidrolixas na sua
composição. Lipídio é apolar.
• Compostos anfipáticos: macromoléculas que apresentam uma parte polar (hidrofílica) e uma
parte apolar (hidrofóbica). Ex: fosfolipídeos, proteínas, ácidos nucleicos, etc.
! Essas substâncias quando colocadas em água formam espontaneamente as micelas.
! Obs: Quando o NaCl é colocado em água ele é dissociado em Na+ e Cl-, fazendo com
que o O(carga negativa) se interaja com o Na+ carga positiva, e o H+ interage com o Cl-.
Isso ocorre até haver a saturação do composto, quando surgirá um corpo de fundo
(precipitado).
! Micelas: porção polar que fica próxima a água e porção apolar de todos os compostos
anfipáticos são isolados por meio de uma gaiola de isolamento feita pela própria água.
(comparação com professores em festa). Em grande escala, um circulo em que dentro só
tem parte apolar e fora só parte polar para relacionar com a água. Obs: membrana é uma
bicamada lipídica, de forma que as duas camadas polares se relacionam com o meio
extracelular e intracelular.
• Complexo enzima-substrato: inicialmente são envoltos por ligações com a água nos vasos
sanguíneos, até se unirem quando a água se desloca. (não sei a relevância disso).
• Interações não covalentes:
! Iônicas: + + repulsão, +- atração, --atração.
! Hidrofóbica: repulsão pela água, formadas normalmente só por carbono, são isoladas
pela água.
! Interações de Van der Waals: interações entre quaisquer dois átomos próximos.
• Solutos alteram as propriedades coligativas da água:
! Aumentam o ponto de ebulição, diminuem o ponto de congelamento.
! Osmose: o meio hipertônico puxa a água do meio hipotônico.
! Célula no meio hipertônico, perde muita água e murcha. (desidratação), há perda de
funçao
! Célula no meio hipotônico: entra muita água e pode sofrer lise.
• Ionização da água: H2O vira H+ e OH- (reversível). Baixo poder de ionização. Ácidos ou
bases dissolvidos na água produzem H+ (ácidos) e OH- (bases).
• Ácidos e Bases de Bronsted:
! Ácidos doam prótons (H+)
! Bases recebem prótons (H+)
• PH: ÁCIDO = 0 A 7. BASE = 7 A 14. A água é neutra e as enzimas possuem um PH ótimo
para atuar, mais ácido ou mais básico.

2. Estrutura dos Aminoácidos

GERAL:
• Unidades fundamentais das proteínas
• A cadeia lateral determina a função do AA
• O carbono central é quiral
o Menos na glicica > R é um H
o Possuem estereoisômeros (levogiro e dextrogiro > depende do lado do grupo amina
quando o COO- está para cima > apenas os L- AA são biologicamente ativos
• ESSENCIAIS: precisam ser ingeridos pois o organismo não produz
o VALina
o LIsina
o TREonina VAL LInda, TREmeu TRIste LEndo
o TRIptofano ISOLada HISTória, Matemática e
o LEucina Física.
o ISOLeucina
o HISTidina
o Metionina
o Fenilalanina
• NÃO ESSENCIAIS: produzidos pelo
organismo
o Aspartato
o Glutamato
o Alanina
o Arginina
o Aspargina
o Cisteína
o Glicina
o Glutamina
o Prolina
o Serina
o Tirosina
ALguém Viu ISOlanda, Linda, Porém
CLASSIFICAÇÃO DOS AAALIFÁTICOS APOLARES Muito Grossa
• Interação hidrofóbica com a água (repulsão)
• Estabiliza a estrutura proteica
• ALanina, Valina, ISOleucina, LEucina, Prolina, Metionina, Glicina

POLARES NÃO CARREGADOS


• Grupo R hidrofílico > faz ligação de H com a água
• GLutamina, ASpargina, SERina, CISteína, TREonina GLeison Asmático SERviu-se
CISmado e TREmendo
POLARES POSITIVAMENTE CARREGADOS
• Mais hidrofílicos que os não carregados polares
LIS ARGumentou HISTérica
• LISina, ARGinina, HIStidina
POLARES NEGATIVAMENTE CARREGADOS
• Mais hidrofílicos que os não carregados polares ATO, AATO é o grupo do
• Aspartato e glutamato aspartATO e glutamaTO.
AROMÁTICOS:

• Relativamente hidrofóbicos
• Absorvem luz UV de comprimento de onda 280 nm FElipe é um TRIatleta TIRano
• FEnilalanina, TRIptofano, TIRosina

CARÁTER ÁCIDO E BÁSICO DOS AA
• Podem possuir forma não-iônica(não ocorre em soluções aquosas) ou
iônica(zwitterion); caráter anfótero; ocorre em soluções aquosas em
pH neutro
o O comportamento do zwitterion depende do pH do meio:
! Baixo: base
! Neutro: neutro
! Alto: ácido
• podem funcionar como tampões > manutenção do pH sanguíneo

LIGAÇÃO PEPTÍDICA:
• Condensação do grupo amina de um AA com o carboxila de outro
o Extremidade amino terminal
o Extremidade carboxiterminal PONTAS

• Resíduo de AA: como são chamados os AA quando eles estão ligados


3. Estrutura das Proteínas

ESTRUTURA PRIMÁRIA: sequência rígida e plana de AA ligados por lig. peptídica; definida pelo
RNA mensageiro
• LIGAÇÃO PEPTÍDICA: dipolo elétrico promovido pela presença de grupos amina ( + ) e
carboxila ( - ); ocorrência de ressonância na molécula, formando um aspecto de dupla
ligação(por isso, não ocorre rotação)
o Carbono central (alfa): ligado a R + grupo amina + Podem sofrer rotação, assumindo,
grupo carboxila; teoricamente, qualquer valor entre -180 e
! FI: ângulo entre alfa e o N + 180, mas na pratica não acontece, pois, N
! PSI: ângulo entre alfa e carboxila e O não podem assumir a mesma posição
! GRÁFICO DE RAMACHANDRAN:
apresenta as possibilidades de ângulo para fi e psi, mas a maioria é
impossível pois apresentam aproximação excessiva entre os átomos
ESTRUTURA SECUNDÁRIA: apresenta padrões repetidos de alfa-hélice e folha- beta
• ALFA- HÉLICE: conformação em espiral na qual a estrutura proteica se enovela em torno de
um eixo imaginário
o A interação entre os grupos de AA na hélice se dá por lig-H
o Os grupos radicais se encontram voltados para fora, permitindo a ocorrência do
padrão de repetição; possibilita também a interação entre grupos radicais
o Sua formação pode ser impedida pela repulsão entre grupos radicais, portanto,
depende da estrutura primária da proteína
o Promove resistência à proteína
o NÃO FORMA UM CANAL
o EX: queratina
• FOLHA- BETA: apresenta caráter mais distendido, com AA mais afastados
o A interação entre folhas se dá a partir de lig-H (perpendiculares aos eixos das folhas
o O grupo radical se localiza na face externa
o Essa conformação garante flexibilidade para a cadeia
o ANTIPARALELA: uma folha se encontra no sentido terminal se encontra no sentido
carboxi- amino e a que da do lado se encontra no sentido amino-carboxi
o PARALELA: todas as folhas se encontram no mesmo sentido
• DOBRAS BETA: consiste em 4 AA ligados entre si, levando à formação de dobras na
proteína > confere o anti-paralelismo > prolina e glicina sempre tão envolvidas em dobras beta
• Dobras e alças são elementos de conexão entre alfa-hélices ou folhas beta
• HÉLICE DE COLÁGENO: mais distendida e apresenta um sentido horário de rotação; a fibra
de colágeno consiste do enovelamento de 3 hélices de colágeno
• PROTEÍNAS PODEM APRESENTAR MAIS DE UM TIPO DE CONFORMAÇÃO, ALÉM
DE PARTES SEM NENHUMA CONFORMAÇÃO
ESTRUTURA TERCIÁRIA: definido pelas interações não covalentes entre as cadeias
laterais de AA
• PROTEÍNAS FIBROSAS:
o Insolúveis
o Fisicamente duras
o Funções estruturais ou protetoras no organismo
o Um único tipo de estrutura secundária
o Ex: elastina, colágeno
• PROTEÍNAS GLOBULARES:
o Compactas
o Esféricas
o Solúveis em meio aquoso
o Usualmente tem função móvel e dinâmica
o Ex: hemoglobina, anticorpo
• Interações hidrofóbicas são importantes para a formação de conformações nas quais os grupos
hidrofóbicos ficam na parte interna e o hidrofílico na externa > considerando que o meio
externo é aquoso
• Importantes para compactar a cadeia proteica e dificultar a ação de proteases
• CADEIAS LATERAIS DO SÍTIO ATIVO: o sitio ativo é formado apenas quando a proteína
apresenta o nível estrutural terciário, possuindo, portanto, maior proximidade entre os AA
• MIOGLOBINA:
o Grupo heme ( anel de protoprofirina ligado ao Fe2+), que auxilia no transporte de
oxigênio > é capaz de formar 4 ligações, sendo que 2 delas são com a própria
mioglobina
! Interage com o AA histidina tanto da mioglobina quanto da
hemoglobina
ESTRUTURA QUATERNÁRIA: envolve mais de uma cadeia polipeptídica; nem toda proteína
chega nesse nível
• As cadeias podem sofrer alterações nas suas estruturas terciárias ao interagirem pra formar a
quaternária
• As subunidades podem funcionar de formas independentes ou cooperativamente
MAIS INFORMAÇÕES:
• MUTAÇÃO: a ocorrência de mutação na sequência de AA leva a modificações em todos os
níveis de estrutura
• DESNATURAÇÃO: a proteína perde sua estrutura e sua função
o Ribonuclease: capaz de se enovelar (voltar à sua atividade) novamente após ser
desnaturada > função catalicamente ativa > as ligações peptídicas voltam para as
posições exatas nas quais se encontravam antes da quebra
o Não altera o nível primário
o Causada por calor, variações bruscas de pH, detergentes e íons de metais pesados
• CHAPERONAS: assistentes moleculares; se ligam à cadeia peptídica, permitindo o
enovelamento correto da estrutura terciária
o Chaperoninas: enovelamento de diversas proteínas celulares que não se enovelam
espontaneamente. Fornecem um ambiente propício
o Hitchock proteins (HSP): agem em momentos de estresse molecular > temperaturas
elevadas > auxiliam a renaturação
4. Função das Proteínas
LIGAÇÃO REVERSÍVEL ENTRE PROTEÍNA E LIGANTE
• MIOGLOGINA: Reservatório e carregador de oxigênio no coração e em músculos
esqueléticos
o apenas uma cadeia polipeptídica > alfa-hélice
Cadeia Terciária
o o ferro (Fe 2+) do grupo heme se liga à histidina > a outra ligação que ta sobrando é
feita com o O2
• HEMOGLOBINA: encontrada nas hemácias
o Formada por 4 cadeias, com 4 grupos hemes (pode transportar 4 O2 ao mesmo tempo,
8 átomos de O) > 2 cadeias alfa e duas beta
o Grupo heme: anel de protoporfirina ligado ao íon ferroso> Fe faz 4 lig com o anel, 1
lig com a histidina e 1 lig com O2 > 1 O2 POR GRUPO HEME
! Mioglobina > 2 grupos heme > 2 O2 Mioglobina > 1 grupo heme > 1 O2

! Hemoglobina > 4 grupos heme > 4 O2


o A ligação do O com o Fe é angular (tanto na hemoglobina quanto na mioglobina)
o A ligação do Fe com o CO é perpendicular ( só acontece na hemoglobina pois, na
mioglobina, a histidina irá atrapalhar); a hemoglobina possui mais afinidade com o
CO que com o O2 > problema pra seres humanos> morte por desoxigenação
o A presença de CO2 no meio reduz o pH, o que aumenta a afinidade da hemoglobina
pelo O > pode causar problema pois o O, se não se soltar da hemoglobina, não pode
ser transportado para os tecidos
o Mioglobina e hemoglobina e se diferem pelo número de cadeias polipeptídicas,
sendo, respectivamente estrutura terciária e quaternária
! Hemoglobina: duas cadeias alfa e duas betas que interagem uma com a
outra fazendo com que haja um movimento/mudança de estruturo
o ESTADO T (TENSIONADO): o oxigênio se liga com maior dificuldade (ligação
instável) > nos tecidos > favorece liberação de O2
o ESTADO R ( RELAXADO): o oxigênio se liga com mais facilidade ( maior
afinidade) > nos pulmões > favorece a captação de O2
o Caso a hemoglobina tivesse muita afinidade pelo O, ela pegaria mais O dos
pulmões; se tivesse pouca afinidade, liberaria mais facilmente nos tecidos > as duas
ideias se anulam, portanto, a hemoglobina encontra-se em um estado intermediário,
descrito pela curva sigmoide
o 2,3- bifosfoglicerato (BPG) : modula a afinidade da hemoglobina > reduz a afinidade
do O2 pela Hb
! Hemoglobina fetal: dois grupos alfa e dois grupos gama > não sofre tanto o
efeito do BPG
• EFEITO BOHR : é o efeito do pH e da concentração de CO2 sobre a ligação e liberação de
oxigênio pela hemoglobina
o Em ambiente ácido (tecidos) , a hemoglobina age como base recebendo H+ > a
histidina protonada começa a interagir com o aspartato (negativo) > mudanças
estruturais que diminuem a afinidade da proteína por O2
! O CO2 se liga na extremidade amino-terminal da hemoglobina > libera H+
que acaba protonando a hemoglobina e causando o mesmo efeito
• Em ambientes básicos (pulmões), a hemoglobina age como ácido, liberando H+ e C)2 > causa
pequena mudança estrutural > aumento da afinidade por O2

o PROTEÍNA PROSTÉTICA (a da hemoglobina): a ligação de um ligante em um sítio


interfere em como outro ligante se liga à outro sítio > na hemoglobina tem 4 sítios
! Caso o oxigênio se ligue à alfa-helice 1, a ligação de outro O à folha-beta é
favorecida > ocorrem mudanças conformativas em outras subunidades > a
cada ligação que acontece, a afinidade de outros sítios pelo O aumenta
! Sem O2 senhum, a proteína fica no estado T, a medida que vão se ligando,
vai para o estado R
o No pulmão, onde tem maior pressão de O2, tem maior afinidade da hemoglobina,
quando vai passando para os tecidos, onde tem menor pressão de O2, essa afinidade
diminui
MODELOS DA INTERCONVENCAO DAS FORMAS INATIVAS E ATIVAS DAS
PROTEÍNAS
• Modelo da assimetria ajustada ou tudo ou nada: todas as subunidades passam juntas de uma
conformação pra outra
• Modelo sequencial: uma mudança conformacional aumenta a probabilidade de uma mudança
semelhante em uma subunidade adjacente
INTERAÇÕES COMPLEMENTARES ENTRE PROTEÍNA E LIGANTE
ANTÍGENO E ANTICORPO
• RECEPTORES DE ANTÍGENO: parte do anticorpo que se liga ao antígeno
o TCR (receptor de células t): interagem com o antígeno e com o MHC(complexo
principal de histocompatibilidade)
• Grande especificidade na ligação entre antígeno e anticorpo > NÃO FAZEM
LIGAÇÕES COVALENTES
B Liga diretamente em qualquer antígeno
• IMUNOGLOBULINA: anticorpos produzidos pelo linfócito T > resposta específica
• ANTICORPO: proteína quaternária que possui sítios de ligação para o antígeno
o Sofre mudança conformacional para realizar a interação
INTERAÇÕES ENTRE PROTEÍNAS MODULADAS POR ENERGIA QUÍMICA Proteínas que participam da
CONTRAÇÃO MUSCULAR contração muscular:
Actina
• COMO OCORRE: interações entre actina e miosina; ocorre com gasto de energia Miosina
Tropolina
Tropomiosina
• FILAMENTO GROSSO: formado por várias miosinas
o MIOSINA: duas alfa-hélice muito enoveladas e 4 cadeias menores > proteína
quaternária
! Subdividida em cabeça e cauda
• FILAMENTO FINO: formado por várias actinas (proteína quaternária)
o A ACTINA fica envolta por tropomiosina e tropomina, que inibem o sítio de ligação
da cabeça da miosina
• OS PASSOS

Estímulo o CALCIO: se liga na troponina C, movendo a tropomiosina, liberando, assim, o sítio


ativo para que ocorra a ligação com a miosina
Clivagem do ATP
o ATP: faz com que a miosina fique energizada e interaja com a actina que esta na
em adp
frente, puxando-a para fazer a contração
! O relaxamento também ocorre com o estímulo do ATP
o Quando acaba o movimento ( fim do potencial de ação e da liberação de cálcio), a
tropomiosina volta ao normal, tampando o sítio ativo e a miosina volta à
conformação normal com a ação da titina
5. Enzimas
PROPRIEDADES GERAIS:
• CATÁLISE ENZIMÁTICA: presentes em praticamente todas as reações metabólicas,
aumentando a velocidade da reação
o Pode aumentar em ate 1000x a velocidade da reação
• Alto grau de especificidade
• Funcionam em temperatura e pH específicos
• Não participam da reação como reagente ou produto > não é consumida durante a reação; são
encontradas em concentrações muito baixas
• Condições favoráveis de pH, temperatura, polaridade do solvente, e força iônica
NATUREZA:
PROTEINAS: globulares
• Possuem todas as características de proteínas
• Possuem estruturas terciarias e quaternárias
• Podem ter sua atividade regulada
• Estão quase sempre compartimentalizadas
RIBOZIMAS: formadas por RNA
NOMENCLATURA:
• Adição do sufixo ASE ao nome do substrato
• Nomes arbitrários
• Cada enzima: código com 4 dígitos que caracteriza o tipo de reação catalisada
1. Dígito: classe > tipo de reação que a enzima ta fazendo
2. Dígito: subclasse
3. Dígito: sub-subclasse
4. Dígito: substrato
ESTRUTURA:

COFATORES:
• Pequenas moléculas inorgânicas
• Não estão ligados permanentemente Se ligam ao grupo
• Na ausência deles a enzima é inativa prostético (parte
COENZÍMAS: proteica)
• Geralmente derivadas de vitaminas > a carência de vitaminas
• CLASSIFICAM-SE EM:
o Transportadores de elétrons
o Transportadores de grupos químicos
SÍTIO DE LIGAÇÃO:
• Enzimas são específicas para seus substratos
• Esta especificidade pode ser relativa a apenas um substrato ou a vários substratos ao mesmo
tempo
• Especificidade se deve à existência, na superfície da enzima, um local denominado sítio de
ligação
• Sítio de ligação é um arranjo tridimensional na superfície da molécula
SÍTIO ATIVO OU CATALÍTICO:
• No interior do sítio de ligação > AA auxiliares ou de contato
• Local das reações
• Alguns modelos procuram explicar a especificidade substrato / enzima
o CHAVE FECHADURA: encaixe perfeito do substrato no sitio de ligação, rígido
como uma fechadura (chaves antigas)
o AJUSTE INDUZIDO: um sítio de ligação não é totalmente pre formado, mas
sim moldado à molécula do substrato; a enzima se ajusta à molécula do substrato
o INDUZIDO + TORÇÃO: a enzima se ajusta ao substrato e o substrato sofre uma
torção para realizar sua reação
FATORES QUE ALTERAM A VELOCIDADE DA REAÇÃO ENZIMÁTICA:
pH: cada enzima possui seu pH ótimo, que deve ser próximo ao pH do seu local de ação
• Se deve as variações no estado de ionização dos componentes do sistema a medida que o pH
varia
• Enzimas são grupos ionizáveis, existem em diferentes estados de ionização
CONCENTRAÇÃO DE ENZIMAS: quanto maior a concentração enzimática no meio, maior
será
TEMPERATURA: a velocidade da reação aumenta proporcionalmente com o aumento da
temperatura.
• Quando a velocidade máxima é atingida, o aumento da temperatura começa a desfavorecer a
velocidade da reação, levando ao estado de desnaturação.
• No corpo, a temperatura ótima para todas as enzimas é a mesma, mas pode variar de
organismo para organismo
CONCENTRAÇÃO DE SUBSTRATO: o aumento da concentração de substrato é diretamente
proporcional ao aumento da velocidade de reação
• Km: concentração necessária para atingir metade da velocidade máxima
• Sem que haja o aumento da concentração de enzimas, existe uma velocidade máxima
PRESENÇA DE INIBIDORES ENZIMÁTICOS: Podem reduzir ou inibir totalmente a velocidade
de uma reação > vários fármacos são produzidos pra funcionar assim
• REVERSÍVEIS
o COMPETITIVOS: concorre com o substrato pelo sítio ativo da enzima livre
! Se liga ao sítio ativo
! Não é metabolizado
! Estrutura análoga ao substrato
! COMO REVERTER: aumenta a concentração do substrato
o INCOMPETITIVOS: se liga a um sítio diferente do sítio ativo do substrato
! Se liga apenas ao complexo enzima-substrato
! O aumento da concentração de substrato não diminui a inibição
o MISTO: se liga aleatória independentemente em um sítio que lhe é próprio
! O inibidor não tem semelhança estrutural com o substrato
! O aumento da concentração de substrato não diminui a inibição
• IRREVERSÍVEIS: o inibidor se combina com um grupo funcional, na molécula da enzima,
que é essencial para sua atividade
o Podem promover destruição do grupo funcional
o Forma-se uma ligação covalente entre o inibidor e a enzima
ENERGIA DE ATIVAÇÃO: a presença de catalizadores diminui a energia de ativação, aumentando a
velocidade da reação
• A energia de ativação é reduzida devido a reações entre substrato e enzima
• Ocorrem lig. cov. e não cov. entre substrato e enzima > otimizam o estado de transição e
contribuem para a especificidade
REGULAÇÃO DA ATIVIDADE ENZIMÁTICA:
ALOSTÉRICA: produz mudança conformacional o sítio ativo da enzima, favorecendo ou não a
ligação com o substrato (modulador ou substrato)
COVALENTE: a enzima se liga com um íon de carga oposta à carga de um AA do substrato
CLIVAGEM PROTEÓLICA: a enzima sofre clivagem (irreversível) para ser ativada ou não
6. DNA e RNA
a. Introdução:
Para compor o DNA e o RNA possuímos vários nucleotídeos, que são formados por uma base
nitrogenada, uma pentose e um ácido fosfórico.
As bases nitrogenadas podem ser púricas (Adenina e Guanina, com dois anéis) ou pirimídicas
(Citosina, Timina – DNA e Uracila – RNA, com apenas um anel). O pareamento dessas é feito sempre
entre púricas e pirimídicas com o objetivo de manter o diâmetro da molécula de DNA. (A-T e A-U =
2lig. e G-C 3lig. de hidrogênio). A sequência do DNA não é restrita, mas o pareamento sim!
As pentoses, por sua vez, são açucares de 5 carbonos que podem ser ou D-ribose (RNA) ou 2-desoxi-d-
ribose (DNA). O fato do RNA possuir um oxigênio ligado ao carbono 2 de sua pentose o torna mais
instável e reativo.
O grupamento fosfato, finalmente, é ligado ao carbono 5 da pentose. Se o monômero não possuir tal
grupo, ele é denominado nucleosídeo.
Assim como as proteínas possuem as extremidades aminoterminal e carboxiterminal, os ácidos
nucleicos possuem as extremidades 5´e 3´, que são as extremidades que ficaram livres após a ligação.

b. Ligações:
Ligação entre base nitrogenada e pentose = ligação N-beta-glicosídica (C1’- N). Ligação entre
nucleotídeos = fosfodiésteres.
Ligação entre bases nitrogenadas = ligações de hidrogênio. As ligações de hidrogênio são importantes
uma vez que são fracas, o que permite que aquela informação contida seja facilmente acessada para
fazer um RNAm por exemplo.

c. DNA:
Tem estrutura de dupla hélice com configuração antiparalela, ou seja, possui duas fitas
complementares, uma no sentido 5’" 3’ (leitura sempre se realiza nesse sentido) e outra 3’ " 5’. Suas
bases nitrogenadas se encontram no interior da hélice enquanto o fosfato e a desoxirribose estão no
exterior.
As fitas de DNA são extremamente longas, e conseguem se manter no interior do núcleo da célula pois
são altamente compactadas. Esse enovelamento pode ter diferentes formas (A,B,Z) e é auxiliado pelas
histonas.
O DNA possui, além disso, regiões codificantes (éxons) e regiões não codificantes (íntrons - regulam a
transcrição mas não são codificadas).
O DNA mitocondrial possui 37 gens, mas apenas alguns são utilizados na fosforilação oxidativa. A
maior parte é utilizada na transcrição de RNAt e RNAr. Ele é herdado apenas da mãe do individuo (é
idêntico entre irmãos) e possui um padrão de mutação muito maior que o do material genético nuclear.

d. RNA
O RNA é um polinucleotideo que reflete a composição do DNA mas tem síntese e degradação rápidas,
o que apresenta vantagem no mecanismo de defesa do corpo (se um vírus de RNA invade a célula, ele
é mais fácil de ser degradado). Como possui OH no seu carbono 2, pode sofrer hidrolise alcalina.
Sua síntese se dá a partir do molde de DNA, mas como a RNA POLIMERASE só sintetiza no sentido
5’" 3’, o molde de DNA utilizado é a fita que está em sentido 3’"5’.
Pode ser dividido em 3 tipos, o RNA mensageiro, RNA transportador e RNA ribossômico. O
mensageiro transporta a informação genética dos genes até o ribossomo (composto pelo RNA
ribossômico), ou seja, leva a mensagem de qual proteína será traduzida. O transportador, por fim,
transporta o aminoácido ate o ribossomo para se acoplar ao RNA mensageiro, formando a proteína.
7. Replicação e Tradução

DNA RNA Proteína


transcrição tradução

provado atraves do teste de nitrogenio


a. Replicação pesado

A replicação do DNA é semiconservativa e a síntese ocorre sempre no sentido 5’→3’.


Ocorre em uma forquilha de duplicação bidirecional o que garante a rapidez do processo.
Passo a passo:
1- Helicases abrem a cadeia quebrando as ligações de hidrogênio (normalmente entre A-T) , dando
origem a uma "bolha de replicação”. Topoisomerase facilita esse processo regulando a força de torção.
As proteinas SSB não permitem que as fitas se fechem novamente.
2- Liga-se às cadeias de DNA a RNA primase que sintetiza um primer de RNA, possibilitando
a DNA polimerase III continuar o processo no sentido 5' " 3' da nova cadeia.)
3- Um filamento é sintetizado de modo contínuo e denomina-se "cadeia/filamento contínuo". No outro
filamento, a direção da replicação é contrária à direção da síntese, e é sintetizado descontinuamente: a
RNA primase sintetiza vários primers ao longo da cadeia.
4- Esses primers serão removidos e substituídos por DNA, pela ação da DNA polimerase I. Os
fragmentos formados a partir desses primers são denominados fragmentos de Okazaki.
5- Como a DNA polimerase não consegue estabelecer a ligação entre esses nucleotideos que se
encontram nas extremidades dos fragmentos de Okazaki, formam-se lacunas entre o grupo fosfato de
um e o carbono 3' do outro. Esses nucleótidos são posteriormente ligados pela DNA ligase.
obs: é preciso sempre que os nucleotídeos
estejam em forma tri fosfato ex: adenina tri
fosfato

OBS: Telômeros " Estruturas de DNA situadas nas extremidades dos cromossomos, controlam o
inicio do envelhecimento das células. Com a idade a produção de telomerase diminui e os telômeros
encurtam, provocando envelhecimento das células. Ter muito telômero e telomerase não é adaptativo
nem vantajoso! O envelhecimento celular é necessário (câncer) iria ocorrer caso não
houvesse a morte
celular
OBS 2: Enzimas

elongamento da
fita de dna

revisão dos nucleotídeos


reparação de erros de emparelhamento
quebra o primer e sintetiza o dna
b. Transcrição:
Primeiramente, há a separação das fitas e formação de uma bolha de transcrição. Então, o RNAm é
sintetizado no sentido 5’→ 3’ , a fita molde do DNA é a 3’ → 5’. Esse processo não exige primer, tem
apenas uma sequencia promotora.
O RNAm funcional é encontrado apenas após o spling alternativo e a retirada de íntrons.

c. Tradução (síntese proteica)


O primeiro RNAt (contendo o anticódon de início UAC – aa. metionina) se liga à fita interagindo com
o códon correspondente no RNAm. Ocorre então ligação da subunidade maior do ribossomo na fita
(envolvendo gasto de energia). A subunidade maior do ribossomo contém 3 sítios de ligação: A
(entrada), P e E (saída)
O próximo RNAt liga ao sítio A da subunidade maior do ribossomo e o primeiro RNAt vai para o sítio
P. A porção da cadeia peptídica formada é transferida do RNAt no sítio P para o RNAt do sítio A, com
gasto de energia.
Com a passagem da cadeia, o primeiro RNAt vai para o sítio E e é liberado do ribossomo. Essa
sequência se repete até que o códon de parada (UAG, UAA, UGA) apareça. O fator de liberação se
liga ao sítio A e, como ele não tem aminoácidos para dar continuidade à síntese, a cadeia polipeptídica
é liberada.

8. Carboidratos
d. Introdução:
Os carboidratos são açucares de formula geral CnH2nOn . São polidroxialdeiodo ou polihidroxiacetona,
geralmente formados por carbonos, hidroxilas e carbonila e tem diversas funções, entre elas de
armazenamento, estrutural, proteção ou sinalização.
a. Monossacarídeos (glicose)
São açucares simples em que o número de carbonos é maior que 3. São aldoses ou cetoses com 1 ou
mais hidroxilas e carbonos quirais – centro assimetrico (exceção: diihidroxiacetona). Possuem
atividade redutora e a porção reativa é representada pelo carbono anomérico e convencionada a estar
do lado direito do anel. A diferenciação dos tipos de monossacarídeos se dá pela posição dos
componentes na molécula, uma vez que a fórmula química delas são iguais.

Epímero: monossacarídeos diferentes, com


a mesma fórmula geral que se diferenciam
em um carbono quiral.
Ex.: manose e glicose

Podem ser divididos em função de sua estrutura em trioses (3 carbonos) , tetroses (4 carbonos),
pentoses, hexoses...
As aldotetroses (4 carbonos + função aldeído) e todos monossacarídeos com 5 ou mais carbonos,
quando em água, formam uma estrutura cíclica. quando o grupo carbonila liga-se covalentemente com
o oxigênio de um grupo hidroxila. A formação é resultado da reação entre aldeídos/cetonas com
álcoois, formando hemiacetais ou hemicetais.
Formam anômeros (estereoisomeros cíclicos); α (hidroxila para baixo) e β (hidroxila para cima) com
mutarrotação: quando a estrutura cíclica fica abrindo e fechando, tendo uma interconvenção das formas
alfa e beta. A formação do anel pelo carbono anomérico é importante pois garante ao carboidrato a
capacidade de reduzir outros compostos.

b. Dissacarídeos (maltose, lactose, sacarose)


Ligação de um carbono anomérico de um anel com um carbono comum de outro anel (maltose e
lactose) ou entre dois carbonos anoméricos (sacarose).
• Maltose: glicose + glicose por ligação alfa do carbono anomérico de um anel + carbono 4
comum (α 1→ 4)
• Lactose: glicose + galactose por ligação beta do carbono anomérico + carbono 4 comum (β
1→ 4)
• Sacarose: glicose + frutose por ligações entre os dois carbonos anoméricos de cada anel (um
alfa com um beta – glicose α 1 → 2 β frutose). Em razão das ligações serem entre os
carbonos anoméricos, não sobram carbonos anoméricos livres capazes de reduzir outros
compostos, portanto, a sacarose NÃO é capaz de reduzir outros compostos. Para reverter essa
incapacidade, a sacarase é utilizada, uma vez que essa enzima cliva a ligação entre os dois
anéis (entre os carbonos alfa e beta), e, consequentemente, libera os carbonos anoméricos.
Nesse sentido,, se esses carbonos liberados forem misturados a outro composto, podem
promover sua redução.

A ligação que une os monossacarídeos formando os dissacarídeos é denominada ligação glicosídica e é


uma reação de condensação. Podem ser:
• O-glicosídica: ligação covalente (OH do primeiro açúcar + carbono anomérico do outro
açúcar), possuem parte redutora, quebram facilmente na presença de ácidos.
• N-glicosídicas: entre ácidos nucleicos e glicoproteínas (envolve um átomo de N).

c. Polissacarídeos
União de inúmeras unidades monossacarídeas que não possuem pelo molecular definido. Diferem
entre:
• Tipo de suas unidades monossacarídicas repetitivas (homoglicanos ou heteroglicanos)
! Homoglicanos: formado por 1 tipo de monossacarídeos (ex: glicogênio, amido, celulose)
! Heteroglicanos: formados por mais de 1 tipo de monossacarídeos (Ex: Mureina)
• Tipos de ligação que as unem
• Comprimento de suas cadeias
• Grau de ramificação das cadeias

Polissacarídeos de reserva:
• Amido: homopolissacarídeo (glicose) de reserva energética vegetal, formado por amilose
(cadeias longas, não ramificadas, lig. α 1→4) e amilopectina (muito ramificada com ligações
α 1-4 e α 1-6). Possui extremidade redutora, reage fracamente com o Reagente de Benedict.
• Glicogênio: homoglicano (glicose) de reserva energética animal e de fungos, altamente
ramificado (mais que amido), ligações α 1-4 e α 1-6.
Polissacarídeos estruturais:
• Celulose: homopolissacarídeo de glicose, estrutural vegetal, não apresenta ramificações.
Ligações β 1→4 (não apresentamos a celulase para clivar essa ligação). Forma fibras.
• Quitina: homoglicano de N-acetilglicosamina, com ligação β 1-4 (não digerida pelo corpo
humano). Diferença para celulose: no carbono 2 existe grupo amino acetilado, ao invés de
outro grupo OH.

d. Glicoconjulgados
São carboidratos associados a outras biomoléculas.
• Proteoglicanos (glicosaminoglicanos + proteínas de membrana)
• Glicoproteínas (oligossacarídeos + proteínas)
• Glicolipídeos ( oligossacarídeos + lipídeos) – anticorpos
9. Lipídeos
e. Introdução
Compostos orgânicos quimicamente diferentes entre si (não apresentam uma estrutura básica comum) e
insolúveis em água (apolares). Tem como função reserva energética, isolamento térmico, proteção
contra choques mecânicos. Auxiliam em reações metabólicas como as das vitaminas lipossolúveis
(A, D, E, K), tem função hormonal (hormônios esteroidais), são mensageiros inflamatórios
(prostaglandinas), compõem a membrana celular (fosfolipídeos e colesterol) e fornecem mais
energia que os carboidratos (2 a 3 vezes).
f. Ácidos Graxos
Derivados de hidrocarbonetos, os ácidos graxos são ácidos carboxílicos com cadeias carbonárias
longas, 12-20 carbonos, provenientes da hidrólise das gorduras animais, óleos vegetais ou
fosfodiacilgliceróis das membranas biológicas. Mais abundantes: ácido palmítico, esteárico e oléico
(insaturado). Podem ser saturados ou insaturados e o grau de instauração ou saturação interfere no
posicionamento das cadeias:
• saturados (lineares, interagem mais entre si)
• insaturadas (sofre torção, faz com que as moléculas fiquem mais afastadas, com menos
interação entre as cadeias e consequentemente, menor ponto de fusão).
Nas insaturadas os isômeros CIS (maior interação entre as moléculas, mais difícil de separar: maior TRANS
ponto de fusão) predominam, isômeros TRANS (menor interação entre as moléculas, mais fácil de CIS
separar: menor ponto de fusão) são raros na natureza.

OBS.: A conformação cis e trans apresentam diferentes pontos de fusão com a mesma quantidade de C
na cadeia, devido a diferença de empacotamento de cada uma das cadeias. Entretanto, também é
possível comparar os pontos de fusão de cadeias de diferentes tamanhos:
Quanto maior a cadeia, maior o ponto de fusão. Ou seja:

OBS. 2: Hidrogenação catalítica: transformação de óleos em gorduras a partir da quebra de


insaturações (via adição de hidrogênio). Durante o processo de hidrogenação pode ocorrer formação de
ligações duplas trans " formação errada de gordura trans, que são prejudiciais a saúde se consumidas
em grande quantidade, por aumentar o risco de aterosclerose.

g. Triacilgliceróis (triglicerídeos)
Ésteres de glicerol (álcool) unido a 3 ácidos graxos (os ácidos podem ser iguais ou diferentes entre si,
sendo geralmente diferentes). São a forma de armazenamento de lipídeos no tecido adiposo, tem maior
liberação de energia na oxidação, são apolares e hidrofóbicos.

Reação de Saponificação: reação de


hidrolise básica de triacilgliceróis,
produzindo glicerol + sal de ácido
carboxílico de cadeia longa (sabão)

A funcionalidade de limpeza do sabão é explicada por conta de ser uma molécula anfipática : cauda
apolar (cadeia carbônica longa) interage com a gordura/sujeira e cabeça polar (porção carboxílica,
ionizada ) interage com a água. Dessa forma, ocorre a formação de micelas e a fricção desprende a
gordura da superfície, sendo levada pela água.
h. Fosfoacilgliceróis

Encontrado em membranas de plantas e de animais, formação da


bicamada lipídica das membranas. Os fosfoacilgliceróis mais
abundantes são os glicerofosfolipídios, derivados do acido
fosfático (a molécula onde o glicerol está esterificação com 2
moléculas de ácido graxo –apolar- e uma de ácido fosfórico –
polar-). Os três ácidos graxos mais abundantes no ácidos
fosfatídicos: acido palmítico, acido esteárico e acido oleico.

i. Esfingolipídeos
Ácido graxo + amina graxa. Componentes de membrana, e junto com proteínas e polissacarídeos,
compõem a mielina que envolve os axônios.

j. Esteróides
Sistema de 4 anéis hidrocarbônicos fundidos.
Colesterol: mais abundante nos animais, presente nas membranas celulares entre as células
fosfolipídeas, ajudando a manter a fluidez da membrana. Importante precursor de hormônios
esteroidais (sexuais), como testosterona, estradiol, progesterona, cortisol. Muito do colesterol no corpo
é transformado em sais biliares (ajudam na digestão das gorduras, emulsificando-as no
duodeno).Presente em ovo, manteiga, queijo. Anfipático: cabeça polar (grupo hidroxila em C3) e cauda
apolar (núcleo esteroide e uma cadeia de hidrocarbonetos).

k. Lipoproteínas
Associações entre proteínas e lipídeos encontradas na corrente sanguínea. Tem a função de transportar
e regular o metabolismo dos lipídeos no plasma.
• Quilomícron: lipoproteína menos densa, transporta triacilglicerol exógeno (da alimentação) na
corrente sanguínea até o tecido adiposo (mantém a reserva energética).
• VLDL: lipoproteína de densidade muito baixa, transporta triacilglicerol endógeno (produzido
pelo corpo-fígado). Associa ao lipídeo sintetizado no fígado e o leva pro tecido adiposo, onde
é armazenado.
• IDL: lipoproteína de densidade intermediária, formada na transformação de VLDL em LDL.
• LDL: lipoproteína de densidade baixa, transportadora de colesterol. Níveis aumentados no
sangue = risco de infarto agudo no miocárdio (ruim). Em níveis normais é importante, uma
vez que os tecidos necessitam do colesterol para formar as membranas, sem o colesterol a
fluidez das membranas é alterada.
• HDL: densidade alta, retira colesterol da circulação. Níveis aumentados no sangue =
diminuição do risco de infarto agudo do miocárdio. (bom)

10. Membrana Plasmática


l. Introdução
A membrana possui certas propriedades como a elasticidade, regeneração, fluidez, adaptabilidade,
permeabilidade seletiva, assimetria. Suas funções são de limitação celular, reconhecimento,
permeabilidade seletiva, controle de gradientes. Sua composição, por fim, é dada por fosfolipídios,
proteínas, esteroides, glicoproteínas e glicolipídios.

Além disso, é mais permeável a substâncias apolares. Tem regeneração e desgaste constante e sua
elasticidade mantém a integridade celular. Cada tipo de membrana possui proteínas e lipídeos
característicos relacionadas a sua função.

É organizada no modelo do mosaico fluido: as proteínas e os


lipídeos estão em constante movimento na membrana, o que pode
ser demonstrado por alguns experimentos.
• Colesterol: ajuda a manter a fluidez
• Carboidrato: na parte externa fica associado a lipídeos ou
proteínas; é importante para o processo de sinalização
celular (integração da célula com o sistema).

m. Dinâmica de membrana
Com a falta de energia, a membrana fica praticamente numa estrutura solida (estado paracristalino). Já
com o aumento da temperatura, os lipídeos se movimentam mais, membrana fluida. No estado fluido,
pode acontecer difusão lateral e difusão transversa dos lipídeos.
• Difusão lateral: os lipídeos se movimentam na própria camada pro lado.
• Difusão transversa: o lipídeo se movimenta de forma que muda de camada (ex: da extracelular
pra intracelular). O processo de difusão transversa na membrana fluida pode ser estimulado
por facilitadores (proteínas denominadas “flipases”) , a fim de diminuir o tempo gasto.

O aumento da temperatura, como afeta na fluidez da


membrana, pode afetar a passagem de substâncias: se ficou
muito fluida = substancias que não eram pra passar por ela,
podem passar e se não ficou fluida = substancias que eram
pra passar, não passam.

A membrana possui assimetria lipídica e proteica: alguns lipídios da face interna diferem daqueles da
face externa e algumas proteínas expõe domínios diferentes em cada face da membrana (Ex.: Exterior
= Glicocálice). Há intercâmbio de proteínas entre as camadas (Ex.: experiência da fusão da célula
humana com a de rato)

n. Proteínas periféricas e integrais


• Integrais: são, em maioria, proteínas transmembrana ou interagem fortemente com a
membrana, ou seja, para soltá-la a bicamada lipídica deve ser inteira destruída, isso pode ser
feito, por exemplo, por uso de detergente. Geralmente são ligadas à membrana por ligações
covalentes ou ligações hidrofóbicas fortes.
• Periféricas: não possuem ligações fortes, ou seja, não formam ligações covalentes com a
membrana (mas nem sempre as integrais ligam na membrana por ligação covalente, apesar de
serem fortes). Nesse sentido, soltam-se facilmente da membrana, por exemplo, por mudanças
no pH.

o. Transporte
• Ativo: contra um gradiente de concentração
! Ativo primário: O transporte de 1 substância é acoplado diretamente ao consumo de ATP.
! Ativo secundário: contransporte: O movimento de X a favor de seu gradiente
eletroquímico provê agora energia para impulsionar o cotransporte de um segundo soluto
contra o seu gradiente.
Ex: Tireóide
• Passivo: a favor do gradiente.
! Difusão simples: meio menos concentrado (hipotônico) → meio mais concentrado
(hipertônico).
Ex: troca de gases durante a respiração entre o alvéolo e o endotélio.
! Difusão facilitada: meio menos concentrado (hipotônico) → meio mais concentrado
(hipertônico) COM a ajuda de proteína na passagem.
! Aquaporina: transportadora de água. Formada por 4 subunidades e 6 domínios
transmembrânicos (atravessa a membrana 6x) e de conformação alfa- hélice (devido a sua
conformação alfa-hélice, a agua não consegue passar dentro de UMA molécula, então as
aquaporinas se juntam e formam um canal que viabiliza a passagem de agua).

p. Reconhecimento celular por proteínas integrais:


Integrinas, caderinas, N-CAM e selectinas que são capazes de reconhecerem células, como células de
defesa. Nesse sentido, quando acontece algo que demanda células de defesa, as proteínas integrais
permitem que essas células atravessem os endotélios (pela membrana) para chegar ao local necessário
da infecção. Esse processo é denominado diapedese por meio da interação com as proteínas integrais:
um tecido é atravessado por uma célula para ela se transformar em outra capaz de realizar a defesa do
corpo. Ex: leucócito atravessa o endotélio → macrófago.
11. Biossinalização
As células respondem à certos sinais como antígenos, luz, hormônios, toque...
q. Quatro características básicas do sistema de sinalização:
• Especificidade: a molécula sinalizadora se encaixa no sitio de ligação do seu receptor
complementar (desencadeando um efeito), outros sinais não se encaixam.
• Amplificação: quando enzimas ativam enzimas, o número de moléculas afetadas aumenta
geometricamente em uma cascata de enzimas. Começa-se com 1 sinalizador e se termina com
vários. Isso indica a falta de necessidade da concentração elevada de hormônio no corpo
• Dessensibilização ou adaptação: a ativação do receptor dispara o circuito de
retroalimentação que desativa o receptor ou o remove da superfície celular (proteína não pode
ser periférica, tem que ser integral)
• Integração: quando dois sinais tem efeitos opostos sobre uma determinada característica
metabólica, o resultado regulador é consequência da integração de ambos os receptores. Ex.:
Dois hormônios trabalham na mesma “maquinaria” de modos diferentes. (como uma soma vetorial)
r. Tipos de transdutores de sinal
• Receptor associado à proteína G: interação do ligante com um receptor do meio
extracelular ativa uma proteína intracelular (receptor enzimático que fica na forma
inativa e é ativado só na presença do sinal, desencadeia cascata).

1- A adrenalina se liga ao seu receptor,


que é acoplado a proteína G.
2- Essa proteína G, na ausência de
adrenalina fica associada o GDP.
3- Quando a adrenalina se liga, a
Proteina G troca GDP por GTP e,
energizada, se move (apenas α),
encontrando a adenilil-ciclase, que se
ativa e transforma o ATP em AMP
cíclico. O AMP cíclico ativa a
Proteina Quinase A (PKA).
4- Isso induz a resposta a adrenalina

• Receptor Guaninil-ciclase: interação do ligante


no domínio extracelular estimula uma ação de um segundo mensageiro.
• Receptor de adesão: o receptor se liga em uma molécula da matriz extracelular, mudando
sua conformação e altera dentro da célula a relação dela com o citoesqueleto.
• Canal iônico com portão: canal abre ou fecha em resposta à concentração de um ligante
(sinalizador) ou ao potencial de membrana.

Receptor de acetilcolina:
1- A acetilcolina liberada no neurônio pré-sináptico se liga ao seu
receptor que sofre uma torção passando a expor resíduos polares
em seu centro, antes rico em apolares (Leu)
2- Os resíduos polares se repelem e abrem o canal para a passagem
de Na+, Ca++ e K+;
3- Despolarização da membrana, gerando potencial de ação.
4- Abertura dos canais laterais de sódio.
5- Próximo a fenda sináptica ocorre abertura de canais de cálcio,
estimulando a liberação de acetilcolina

IMPULSO NERVOSO: acetilcolina liberada na fenda sináptica (entre os neurônios)" liga à
subunidade alfa do seu receptor " receptor sofre mudança conformacional e abre o canal iônico"
passagem de Na e Ca, são íons positivos " despolarizam a membrana, gerando um potencial de ação
" abre o canal de Na do outro neurônio " entra mais Na " onda de potencial de ação (mais Na, mais
potencial de ação) " abertura do canal de K no outro neurônio " repolarização.
Importância da dessensibilização: permite que o impulso nervoso passe unidirecional (os canais do
neurônio de cima se fecham e impedem que o impulso passe “de volta” para ele = impede que o
impulso seja bidimensional).

• Receptor nuclear/esteróide: geram uma cascata de biossinalização ate ativar os fatores de


transcrição, a controlando para sua necessidade.

• Receptor Tirosina Cinases (enzimático): ligação com o ligante no meio extracelular ativa
no próprio receptor uma atividade tirosina-cinase (auto fosforilação de seu aminoácido
tirosina que só acontece quando o ligante interage com o receptor). Essa ativação é
denominada processo de fosforilação

1. A insulina se liga na unidade alfa, que


promove a ativação da TIROSINA-
QUINASE que está na subunidade
beta. Essa TIROSINA-QUINASE se
auto-fosforila, se ativando.
2. Após, ela fosforila a IRS-1. A IRS-1
fosforilada consegue se ligar a GRB2,
a GRB2 chamará a SOS, que chamará
a RAS
3. RAS tem pouca energia pois está
ligada ao GDP. Liberação do GDP
ligação ao GTP, ganhando muita
energia.
4. A RAS agora energética, se ligará a
RAF-1, que é uma QUINASE e irá
fosforilar a MEK, ativando a MEK. A
MEK, que é uma quinase vai fosforilar
a MAPK, ativando a MAP-QUINASE.
MAPK vai pra o núcleo e fosforila o
fator de transcrição, que regula a
síntese proteica.

Porque isso tudo? Produção de enzimas


para síntese de glicogênio, produção de
GLUT4(transportador de glicose da
membrana plasmática.)
a GSK3, inativa a GS, fosforilando-a, enquanto que a fosfatase ativa essa GS-p
(fosforilada) desfosforilando-a

5. A IRS-1 terá um domínio que possibilitará


ela se ligar a uma proteína, que consegue se
ligar ao PIP2, convertendo-o para PIP3 (que
um importante lipídeo de membrana). O PIP3
se liga ao PKB, que é uma quinase, que
fosforiza outra quinase, a GSK3(Glicogênio
sintase quinase).
A GKS3, quando é fosforilada fica na forma
INATIVA,ou seja, para de fosforilar. Quando
está ativa, ela fosforila a GS(Glicogênio
sintase). A GS, se for fosforilada, fica na
forma inativa. Como o sinal da insulina é para
a síntese de glicogênio, não é interessante que
a GS seja fosforilada, pois será inativada e
não produzirá Glicogênio.

Resumindo:
INSULINA: Glicogênio sintase quinase fosforilada fica INATIVA, então não fosforila a glicogênio
sintase que fica ATIVA e faz glicogênio.

ADRENALINA: Fosforila a glicogênio fosforilase que fica ATIVA e quebra o glicogênio em


GLICOSE.
12. Introdução ao metabolismo
Metabolismo é todo processo de obtenção, armazenamento e utilização da energia. As reações que
compõem o nosso metabolismo se organizam em vias metabólicas, ou seja, sequências definidas de
reações enzimáticas especificas. As funções do nosso metabolismo são:
1. Obtenção de energia química seja pela captação solar, ou oxidação de nutrientes.
2. Conversão de moléculas de nutrientes em moléculas características de cada célula nossa,
através desses precursores de macromoléculas.
3. Produção de macromoléculas, como proteínas, ácidos nucleicos e polissacarídeos.
4. Síntese e degradação de biomoléculas necessárias à função celular. Em diversas vezes,
ocorrerá a alteração de uma biomolécula para que agora ela tenha um papel funcional dentro
da célula.
Ao estudar o DNA, vimos que o ATP é, na verdade, um nucleotídeo, ou seja, ele faz parte da
biossíntese das nossas moléculas de DNA e de RNA. Então, o ATP não tem apenas função energética,
ele compõe os nossos ácidos nucleicos.
Muitas vezes, iremos aproveitar a energia do ATP para realizar as nossas ações. Geralmente, será
removido o fosfato terminal do ATP. Os três fosfatos ligados no ATP possuem carga negativa. Então,
há uma repulsão entre esses fosfatos, o que torna favorável a retirada de um deles.
Depois de retirado o fosfato, consegue-se ter uma ressonância melhor no ADP do que eu tenho no
ATP. Por isso, várias de nossas reações vão envolver essa quebra.
Também é possível quebrar o ATP em AMP, mas o que ocorre geralmente é a liberação do ultimo
fosfato na transformação de ATP em ADP, ocorrida por hidrólise e favorecida pelo alívio da repulsão
pela presença das cargas negativas dos fosfatos.

Nosso metabolismo pode ser “dividido” em dois:

Catabolismo: consiste na DEGRADAÇÃO, forma


produtos mais simples, é EXERGÔNICO (formação
de ATP e de transportadores de elétrons reduzidos).
A energia proveniente da oxidação dos nutrientes é
armazenada na forma de ATP.

Anabolismo: consiste na POLIMERIZAÇÃO, ou


seja, na construção de biomoléculas, produtos mais
complexos. REQUER ENERGIA (energia vem do
potencial de transferência do grupo fosforila do
ATP¹ e do poder redutor ou da oxidação dos
transportadores de elétrons²)

¹ O ATP é um composto fosfatado de alta energia. Os seus fosfatos são removidos e transferidos para
moléculas aceptoras e, assim, fornecem energia. O ATP torna possíveis reações energeticamente
inviáveis.
*ATP -> AMP + Ppi
*ATP -> ADP + Pi
*ADP -> AMP + Pi

² Os transportadores de elétrons “guardam” energia enquanto reduzidos. Uma vez oxidados, liberam
energia para os processos anabólicos. Ex.: NADH -> NAD+ + 1e-.

No processo de catabolismo então, os carboidratos, ácidos graxos, proteínas vão passar pelo
processo de oxidação. Além do ATP como moeda energética, temos o NADH, o NADPH e o FADH2
também como moléculas energéticas. O NADH e o FADH2 são utilizados para gerar ATP, mas nem
sempre dependeremos deles para gerar ATP.
No nosso catabolismo, estaremos gerando energia química, na forma de NADH, NADPH E
FADH2 e produtos pouco energéticos, com energia nula, como água, gás carbônico. São compostos
nos quais não é possível retirar mais energia. Essa energia química formada é usada para os processos
de anabolismo, de aminoácidos a proteínas, de glicose a polissacarídeos, de acido graxo a
triacilglicerol, de bases nitrogenadas a ácidos nucleicos.

As reações básicas do metabolismo são:


Oxirredução:
OXIDAÇÃO: adiciona O2, perde H2, perde e- (NOX aumenta). Ex.: NADH/NAD+
REDUÇÃO: perde O2, adiciona H2, ganha e- (NOX diminui). Ex.: NADP+/NADPH
Outras: rompimento ou criação de ligações C-C; rearranjos internos; isomerização ou eliminação;
transferências de grupos; reações com radicais livres.

Começaremos a estudar a via glicolítica, que é a clivagem da glicose até piruvato.


Posteriormente, o Ciclo de Krebs e a Fosforilação Oxidativa, que são umas das vias principais. No
nosso metabolismo, temos reações reversíveis e irreversíveis. Isso tem uma grande importância.
Para dar início ao Ciclo de Krebs, é necessária a molécula de Acetil-coA (chave de entrada).
Tanto carboidratos, quanto lipídios e proteínas tem potencial de gerar Acetil-coA, que vai entrar no
ciclo para ser oxidado.
Porque não usar só lipídio e parar de usar glicose? ACESSO. O lipídio está armazenado no
tecido adiposo. O glicogênio é de fácil acesso. Para usar lipídio, deve-se ativar a lipase no tecido
adiposo para liberar ácido graxo na corrente sanguínea, para que ele seja absorvido por tecidos.
OU SEJA: Ordem de preferência da utilização dos macronutrientes:
carboidratos/lipídeos/proteínas, sendo que essa utilização é simultânea.
13. Glicólise
A glicose no nosso organismo pode ter diversos destinos, incluindo a obtenção de energia,
armazenamento em forma de glicogênio (no nosso caso) ou oxidada pela via das pentoses que é
importante para o nosso organismo por 2 motivos:
1. Na via das pentoses, é produzida a Ribose-5-fosfato, composto importante para a formação de ácidos
nucleicos.
2. Na via das pentoses, a glicose vai reduzir o NADP, formando o NADPH, que tem função nas
reações de anabolismo (formação de ácido graxo, por exemplo).
A glicose também pode ser utilizada para gerar os glicoconjugados, por exemplo, glicoproteínas e,
por fim, essa pode ser oxidada até chegar ao piruvato.
Para se chegar ao piruvato, deve-se passar por 10 reações sucessivas. Esse piruvato também tem
mais de um destino:
- Condições aeróbias: forma-se Acetil-coA, entrando no ciclo de Krebs e fosforilação
Oxidativa, transformando glicose em CO2 e água (quando acontece isso, sabe-se que
conseguimos pegar a maior quantidade de energia possível da glicose - respiração aeróbia).
- Condições anaeróbias: ocorre a fermentação que, no nosso caso, é a lática. O piruvato é
então transformado em lactato, geralmente quando o músculo está em atividade intensa e nas
nossas hemácias. Em outros organismos, o piruvato é transformado em etanol, com a perda de
1 carbono na forma de CO2. Esse processo chama-se fermentação alcoólica, e é
principalmente feito por leveduras, outros microrganismos e algumas plantas.

2.1 Importância da Glicólise


i. Transformação da energia contida na
glicose em ATP
ii. Principal meio de degradação da
glicose;
iii. Permite a degradação de outros
monossacarídeos como frutose e da
galactose (vias afluentes);
iv. Obtenção de energia mesmo em
condições anaeróbicas;;
v. Importância na produção de Acetil-
2.2 Fases da Glicólise CoA.
- 1ª Fase: PREPARAÇÃO (5 reações) à até
gliceraldeído-3-fosfato
o Gasto de 2 ATPs 1) Glicose + ATP → Glicose-6-fosfato + ADP
- Fosforilação da glicose pela Hexoquinase (cofator Magnésio)
o Transferência do fosfato terminal do ATP para o carbono 6’ da glicose.
o Retém ela dentro da célula (devido à carga negativa, a glicose não sai da
célula por difusão facilitada em hipoglicemia).
- Gasta ATP
- Primeiro ponto de regulação da Glicolise

2) Glicose-6-fosfato → Frutose-6-fosfato
- Isomerização feita pela fosfoglicoseisomerase (cofator Magnésio).
- Se a via glicolítica tivesse continuidade sem a isomerização da glicose,
esse composto seria quebrado entre os carbonos 2 e 3, formando dois
produtos e necessitariam duas vias diferentes para metabolizar e produzir
energia = pouco eficaz.
- Glicose (aldeído) foi transformada em uma cetona. Quando a enzima
realiza esse processo, ela é reduzida, recebe o hidrogênio e o entrega.

3) Frutose-6-fosfato + ATP → Frutose-1,6-Bifosfato + ADP


- Principal ponto de regulação da glicolise (hexoquinase= inadequado pq a
G6P não é utilizada só nessa via e não haveria como reter glicose dentro da
celula)
- Regulação alosterica.
Ativação:↑ADP, AMPc, [Frutose-2,6-bifosfato]
Inibição:↓ ATP e citrato
- É feita fosfofrutoquinase (Magnésio cofator).
- Usa mais 1 ATP para fosforilar a frutose 6P no seu carbono 1.

4)Frutose-1,6-bifosfato→ Gliceraldeído-3P + Diidroxicetona Fosfato


- É feita pela aldolase (quebra ligação entre carbonos da frutose 1,6 biP).
- Quem dá continuidade na via é só o gliceraldeído 3P, então a
diidroxiacetona P é transformada em gliceraldeído 3P

5) Dihidroxicetona Fosfato → Gliceraldeído-3P


→ = reação irreversível - Feita pela triose fosfato isomerase, pois a diidroxicetona não dá
continuidade à via.
- 2ª Fase: PAGAMENTO (5 reações) até piruvato
A partir dessa reação, lembrar SEMPRE multiplicar por 2! (devido à conversão da
diidroxicetona para gliceraldeído-3-P) 6)Gliceraldeído-3P + NAD + Pi → 1,3-Bifosfoglicerato + NADH
o Ganho de 4 ATPs - O gliceraldeído 3P é fosforilado, mas agora por um fosfato inorgânico.
- Nesse processo, a gliceraldeído-3P-desidrogenase realiza uma oxidação
com o gliceraldeído 3P. Para acontecer isso, a enzima precisa do NAD+
para ser reduzido. No meio dessa reação de oxidação, a enzima retira o
hidrogênio do gliceraldeído 3P e fica hidrogenada (enzima pode sim ficar
modificada desde que no final, ela esteja da mesma forma em que ela
entrou: começa oxidada e termina oxidada).
- Esse hidrogênio será doado para o NAD+. Quando a enzima pega outro
gliceraldeído 3P, tira seu hidrogênio, mas não encontra mais NAD+ (só
tem NADH), a reação não ocorre. Por isso o NAD+ é uma coenzima.

7)1,3-Bifosfoglicerato + ADP → 3-Fosfoglicerato + ATP


- O 1,3 biPGLICERATO tem um alto potencial de doar seu grupo
fosforila. Então, ele doará esse fosfato para o ADP, gerando ATP (2).
Quem faz isso é a fosfoglicerato quinase.

8) 3-Fosfoglicerato → 2-Fosfoglicerato
- A enzima responsável é a fosfoglicerato mutase. Essa enzima, na sua
estrutura, já é fosforilada, já tem um grupo fosfato ligado a ela. Ela liga
esse grupo fosfato no carbono 2 do glicerato, mas ela não pode sair da
reação desfosforilada. Então, ela, após ligar o seu fosfato no carbono 2 e
formar um intermediário, pega o fosfato do carbono 3, restaurando sua
forma fosforilada.

9) 2-Fosfoglicerato → Fosfoenolpiruvato + H2O


- O 2P glicerato sofre um processo de desidratação, formando P-
enolpiruvato. Ao se falar desse último composto, deve-se lembrar duas
coisas: ele tem alto potencial de doar o seu grupo fosforila e está
acabando a via. A enzima que faz essa reação é a fosfopiruvato hidratase
(enolase).

→ = reação irreversível 10) Fosfoenolpiruvato + ADP → Piruvato + ATP


- O P-enolpiruvato doa seu fosfato para o ADP, através da enzima
piruvato quinase. Há formação de ATP.
- Regulação alostérica
Ativação:↑[frutose 1,6-bifosfato] e ↓ ATP
Inibição: ↑ ATP, ácido graxo de cadeia longa e Acetil-CoA
14. Ciclo de Krebs
(via ANFIBÓLICA)
O ciclo de Krebs, que ocorre na matriz mitocondrial será aeróbico obrigatório, ou seja, para o
ciclo de Krebs acontecer, é preciso ter oxigênio, ou seja, nele teremos consumo de oxigênio e formação
de CO2. Esse ciclo não é importante apenas para a geração de energia, já que ele produz compostos
intermediários para uma série de reações no corpo humano. Ex: Citrato participa da síntese ácidos
graxos e colesterol; Oxalacetato dá origem a alguns aminoácidos como o aspartato, etc.
Piruvato → Acetil-coA
Processo de descarboxilação, porque nesse momento, um carbono será perdido. Então, o piruvato
tem 3 carbonos e, como ele perde 1 carbono, o Acetil-coA terá 2 carbonos.
O piruvato passa do citosol (piruvato translocase) para a matriz mitocondrial, onde sofre a ação do
complexo piruvato desidrogenase.
A primeira coisa que ocorre é o piruvato interagindo com a TPP, e aí sofre uma reação, que, depois
dela, o produto é transportado para o Lipo A. Depois, sofre uma oxidação, doa os elétrons para o
FAD, e o FAD doa esses elétrons para o NAD, e no final, a coenzima A interage com o grupo
acetil, formando Acetil-coA. Isso ocorre antes do ciclo de Krebs, uma vez que o Acetil-coA é a
chave de entrada.
OBS: A vantagem de ter um complexo desse é que eu não libero intermediário.

1) Acetil-coA + Oxalacetato → Citrato (CONDENSAÇÃO)


a. entrada de uma molécula de água e a saída da coenzima (libera energia)
b. Usa-se essa energia liberada para fazer a condensação, a ligação carbono-carbono. A
enzima que faz essa reação é a citrato sintase, que faz a síntese do citrato
2) Citrato → Isocitrato (ISOMERIZAÇÃO)
a. Troca do grupamento hidroxila de lugar. A reação ocorre por uma desidratação, seguida
de uma hidratação
b. Enzima aconitase. Intermediário dessa reação é o aconitato.
3) Isocitrato → Alfa-cetoglutarato (DESCARBOXILAÇÃO)
a. Liberação de CO2
b. Formação de NADH (ou NADPH)
c. “Perde-se” um carbono
4) Alfa-Cetoglutarato → Succinil-coA (DESCARBOXILAÇÃO)
a. Liberação de CO2
b. Formação de NADH
c. Perde-se um carbono
5) Succinil-coA → Succinato (Quebra da ligação CoA do Succinil-CoA)
a. Coenzima A é quebrada, tendo a fosforilação ou do GDP ou do ADP
b. Forma-se ATP ou GTP
c. succinil-CoA sintase
6) Succinato→ Fumarato (OXIDAÇÃO)
a. Formação de FADH2
7) Fumarato → Malato (HIDRATAÇÃO)
a. O fumarato recebe uma molécula de água.
b. Quem faz essa reação é a fumarase
8) Malato → Oxalacetato (OXIDAÇÃO)
a. Quem faz isso é a malato desidrogenase
b. Formação de NADH – NAD+ que recebeu os hidrogênios

OBS: O Oxalacetato pode ser reposto pelo piruvato também.


Pontos de regulação: 1ª, 3ª, 4ª (Reações irreversíveis)

Saldo:
*Formação de FADH2: 6ª " 2 FADH2
*Liberação de ATP: 5ª " 2 ATP
*Formação de NADH: 3ª,4ª,8ª " 6 NADH

Na glicólise, foi formado 2NADH, só que esses foram formados no citoplasma e os do ciclo de
Krebs foram formados dentro da mitocôndria. Então, os NADHs estão sendo guardados em espaços
diferentes, 2 no citoplasma e 6 na matriz mitocondrial
15. Fosforilação Oxidativa
Ocorre na membrana interna das mitocôndrias
a. Geral:
• NADH e FADH2 transferem seus e- para as proteínas bombeadoras de íons na membrana das
mitocôndrias
• A doação de elétrons causa a liberação de energia, que é usada para o bombeamento de
prótons da matriz mitocondrial para o espaço intermembranoso
b. Produção de atp a partir do nadh

• NADH libera seu par de e- e volta a ser NAD+


o Esses e- são recebidos pelo complexo I
• O complexo i usa a energia desses e- para bombear 4H+ para o espaço intermembranoso
• A ubiquinona transporta os e- do complexo I para o complexo III
• O complexo III utiliza a energia dos e- para bombear 4H+ para o espaço intermembranoso
• O citocromo c transporta os e- do complexo III para o complexo IV
• O complexo IV usa o que sobrou da energia dos e- para bombear 2H+ para o espaço
intermembranoso
• Finalmente, o par de 2- se encontra com o O2 para formar a água
o O2 é o aceptor final de hidrogênio e elétrons
• A passagem de Pi para a matriz mitocondrial se da com o auxilio de um H+(pelo carreador
fosfato) , que retorna do espaço intermembranoso para a matriz devido a carca mais negativa
prasente na matriz (força protomotriz)
• , que atrai o próton
o Outros 3 H+ retornam para a matriz mitocondrial passando pela ATP sintase, que
literalmente gira promovendo a ligação entre ADP e Pi, formando um ATP
NÚMERO DE ATPs PRODUZIDOS:
• H+ BOMBEADOS PARA FORA: 10 H+
o Complexo I: 4H+
o Complexo III: 4H+
o Complexo IV: 2H+ 1 NADH à 2,5 ATPS
• H+ UTILIZADOS PARA PRODUZIR 1 ATP: 4 H+
o Carregando o Pi: 1 H+
o Passando pela ATP sintase: 3H+
c. Produção de ATP a partir do FADH2

• O FADH2 entrega seu par de e- para o complexo II, e volta a ser FAD
o Esse par de e- tem menos energia que o par de e- do NADH
• O par de e- é transportado pela ubiquinona para o complexo III, que usa a energia desse par
de e- para bombear 4H+
• O par de e- passa pelo citocromo c e vai para o complexo IV, que usa a energia para bombear
2 H+
o Os e- se unem com o O2 e com H+ e formam água
• A passagem de Pi para a matriz mitocondrial se da com o auxilio de um H+ (pelo carreador
fosfato) , que retorna do espaço intermembranoso para a matriz devido a carca mais negativa
prasente na matriz (força protomotriz), que atrai o próton
o Outros 3 H+ retornam para a matriz mitocondrial passando pela ATP sintase, que
literalmente gira promovendo a ligação entre ADP e Pi, formando um ATP
NÚMERO DE ATPs PRODUZIDOS:
• H+ BOMBEADOS PARA FORA: 6 H+
o Complexo III: 4H+
o Complexo IV: 2H+
• H+ UTILIZADOS PARA PRODUZIR 1 ATP: 4 H+ 1 FADH2 à 1,5 ATPS
o Carregando o Pi: 1 H+
o Passando pela ATP sintase: 3H+

ATPs PRODUZIDOS NA RESPIRAÇÃO CELULAR

1 GLICOSE GLICOLISE CICLO DE SOMA CADEIA


KREBS RESPIRATORIA

NADH 2 NADH 8 NADH 10 NADH X 2,5 = 25 ATPs

FADH2 0 FADH2 2 FADH2 2 FADH2 X 1,5 = 3 ATPS

TOTAL:
ATP 2 ATP DE 2 ATP 4 ATPS 4 + 3 + 25
SALDO = 32 ATPs
d. Gastos de energia que podem interferir no número de ATPs produzidos:

• No ciclo de Krebs:
o Carregamento de Pi para o interior da matriz mitocondrial para a produção de um
GTP > gasta um H+ que poderia ter sido usado pela ATP sintase para produzir ATP
o 2 H+ a menos
• Entrada dos 2 NADH produzidos pela glicólise
o Circuito malato-aspartato:
! Aspartato " oxaloacetato " malato: para o oxaloacetato se converter em
malato ele tem que receber 2 H+ do NADH
! O NADH não consegue passar pela membrana interna da mitocôndria,
portanto, os e- são transferidos para a matriz pelo malato
! O malato libera os 2 H+, voltando a ser oxaloacetato que, em seguida, volta
a ser aspartato
! O aspartato sai da membrana e, quando isso acontece, 1 H+ entra, sendo
desviado da síntese de atp
! Como a glicólise produz 2 NADH, o total de H+ desviados é 2
! isso resulta em um salto de 31 ATPs produzidos

o Circuito glicerol-fosfato
! Diidroxicetona-fosfato " glicerol-3-fosfato: essa conversão se da com a
adição de 2 H+, provenientes de NADH
! O glicerol passa para o espaço intermembrana, onde passa os hidrogênios
para o FAD, que passa a ser FADH2
! Essa mudança reduz em 2 o número de NADH que participam da cadeia
respiratória e aumenta em 2 o numero de FADH2, resultando na queda em 2
no número de ATPs produzidos na respiração celular
! Resulta em um saldo de 29,5 (30) ATPs produzidos
Fosforilação Oxidativa
Gabriela Picchioni, 68A

Produção de ATP a partir do NADH Produção de ATP a partir do FADH2

Entrada dos 2 NADH produzidos pela glicólise


Circuito malato-aspartato:
Aspartato → oxaloacetato → malato: para o oxaloacetato se converter em malato ele tem
que receber 2 H+ do NADH
O NADH não consegue passar pela membrana interna da mitocôndria, portanto, os e- são
transferidos para a matriz pelo malato
O malato libera os 2 H+, voltando a ser oxaloacetato que, em seguida, volta a ser aspartato
O aspartato sai da membrana e, quando isso acontece, 1 H+ entra, sendo desviado da
síntese de atp
Como a glicólise produz 2 NADH, o total de H+ desviados é 2
isso resulta em um salto de 31 ATPs produzidos

Circuito glicerol-fosfato
Diidroxicetona-fosfato → glicerol-3-fosfato: essa conversão se da
GASTOS DE ENERGIA QUE PODEM INTERFERIR NO NÚMERO DE
com a adição de 2 H+, provenientes de NADH
ATPs PRODUZIDOS: O glicerol passa para o espaço intermembrana, onde passa os
ciclo de Krebs: hidrogênios para o FAD, que passa a ser FADH2
Carregamento de Pi para o interior da matriz mitocondrial para a produção de um Essa mudança reduz em 2 o número de NADH que participam da
GTP > gasta um H+ que poderia ter sido usado pela ATP sintase para produzir ATP. cadeia respiratória e aumenta em 2 o numero de FADH2, resultando
2 H+ a menos na queda em 2 no número de ATPs produzidos na respiração celular
Resulta em um saldo de 29,5 (30) ATPs produzidos
16. Metabolismo do Glicogênio
O glicogênio é um polissacarídeo ramificado, com ligações alfa-1,4 (na parte linear) e alfa 1,6
(na parte ramificada, a cada 8 a 12 resíduos), além de uma extremidade redutora. É armazenado
em grânulos com enzimas para sua síntese e degradação.
Para falar do metabolismo do glicogênio, vamos falar de 2 processos:
- Um processo anabólico: a transformação de glicose em glicogênio, chamado de
GLICOGÊNESE.
- Um processo catabólico: a quebra do glicogênio, a transformação de glicogênio em
glicose, chamado de GLICOGENÓLISE.
Esses processos devem ser regulados para que não ocorram simultaneamente, evitando gastos
desnecessários de energia

1) Glicogenese:
É a transformação de glicose em glicogênio e ocorre virtualmente em todos os tecidos
animais, mas é proeminente no fígado e no rim (órgãos principais de armazenamento de
energia na forma de glicogênio).
- No musculo: maior quantidade absoluta de glicogênio, armazenado pra consumo
próprio, durante a atividade física
- No fígado: maior quantidade relativa de glicogênio, controle de glicemia entre
refeições = “ doa esse glicogênio”

O glicogênio é sintetizado a partir de glicose 6P. Só que para


sintetizar o glicogênio, é preciso transforma-la em glicose
1P. A enzima que faz essa reação é chamada
fosfoglicomutase. Depois de formada a glicose 1P, na
presença de UTP, vamos quebrar esse UTP formando UDP-
glicose. O UTP será quebrado em UMP e PPi. Esse UMP vai
se ligar na glicose, que já tem 1 fosfato, formando então, a
UDP-glicose. É esse UDP que será o substrato para a enzima
glicogênio sintase. A enzima que faz a ligação da glicose 1P
com o UMP para formar UDP-glicose chama UDP glicose
pirofosforilase.
Como eu quebrei o UTP em UMP, foi liberado o
pirofosfato, que será clivado em 2 fosfatos inorgânicos, pela
pirofosfatase.

OBS:
1) A GLICOGÊNIO SINTASE se liga à cadeia de glicogenina, estendendo-a por meio de ligações
alfa 1,4 .
2) A ENZIMA RAMIFICADORA sintetiza ramificações da cadeia.
Transfere uma cadeia de 5 a 8 resíduos glicosil da extremidade não-redutora da cadeia linear
a outro resíduo da cadeia (ligação alfa 1,6).

2) Glicogenólise
O glicogênio será degradado enzimaticamente com o objetivo de liberar glicose, para, nesse
momento, obter energia. A glicogenólise possui um controle endócrino e mais hormônios para
estimula-la, porque quem manda fazer glicogênese é a insulina, e quem manda fazer a glicogenólise
são vários hormônios antagônicos da insulina.
O glicogênio é degradado pela ação conjunta de 4 enzimas
1) Glicogênio fosforilase: quebra ligações alfa-1,4 com 1 Pi, formando: (glicogênio – 1 resíduo)
+ (glicose-1-fosfato).
Quando chega a 4 resíduos da ramificação, a enzima não consegue quebrar mais.
2) Enzima desramificadora do tipo Transferase: transfere 3 resíduos de glicose de uma ramificação
para outra com ligações alfa 1,4, aumentando a cadeia.
3) Enzima desramificadora que faz Hidrólise: hidroliza o último resíduo de glicose (única glicose
liberada em forma livre).
4) Fosfoglicomutase: transforma glicose 1-fosfato em glicose 6-fosfato, que, então, poderá entrar
para a via glicolítica ou ser convertida em glicose livre (pela glicose-6-fosfatase).
OBS:A ramificação aumenta o número de extremidades disponíveis para atuação da fosforilase,
permitindo que muita energia seja formada em poucos segundos. Entretanto, a enzima desramificadora
é mais lenta que a fosforilase, limitando a velocidade de quebra de glicogênio (por isso que o músculo
atua com força máxima apenas por um certo período de tempo).

3) Gliconeogênese
Formação de glicose de novo, só que utilizando outros precursores não glicídicos, pelo corpo para
manter o nível da glicemia a partir de
- Lactato: lactato produzido durante a fermentação vai ser transformado em glicose.
- Aminoácidos: ex." Alanina
- Glicerol
A via da gliconeogênese parte do piruvato até chegar na glicose-6-fosfato.
Apesar de fazer o “caminho inverso” da glicólise, apenas algumas enzimas são as mesmas,
pois existem reações irreversíveis, exigindo, portanto, que haja outras enzimas nos pontos de
regulação. Porém, os moduladores (citrato, AMP cíclico) são comuns.

4) Biossinalização
A adrenalina se liga ao seu receptor, promove uma mudança conformacional que faz com que
a proteína G troque GDP por GTP, fique energizada e ative a adenilato ciclase, a qual produz
AMP cíclico. Esse AMP cíclico produzido pela adenilato ciclase ativa a proteína quinase A, se
ligando na subunidade regulatória, de maneira a liberar a subunidade catalítica. A proteína
quinase A:
• fosforila a fosforilase quinase, que fosforila a glicogênio fosforilase, ativando-o, o que ativa a via
de degradação.
• Só que ao mesmo tempo, ela fosforila a glicogênio sintase, deixando-a inativa, o que inibe a via
de síntese.
Já a insulina, tem o receptor tirosina-quinase, que ativa uma proteína chamada proteína fosfatase
(quebra fosfato), que quebra o fosfato ligado na glicogênio sintase e torna-a desfosforilada, tornando-a
ativa. Ela quebra o fosfato que estava na fosforilase quinase, deixa ela desfosforilada e inativa. Porque
isso é tão importante? No início, foi falado que no grânulo de glicogênio tem tanto as enzimas
envolvidas com a síntese, quanto as enzimas envolvidas com a degradação. As duas estão no MESMO
lugar. E não tem uma forma mais charmosa do que essa para fazer a regulação:
FOSFORILAÇÃO= ativa a via de degradação e inibe a de síntese.
DESFOSFORILAÇÃO= ativa a via de síntese e inibe a de degradação.
Um único processo de fosforilação não consegue deixar que a via de glicogênese aconteça junto
com a de glicogenólise. Então, conclui-se que essas vias são dependentes de hormônios. Com a
liberação de glucagon e adrenalina, temos a ativação do AMP cíclico, que ativa a fosforilase, a qual
quebra o glicogênio, produzindo glicose 1P. Já a insulina, inativa o AMP cíclico, ativando a glicogênio
sintase.
Os hormônios contra regulatórios da insulina são o glucagon, a adrenalina e o hormônio de
crescimento (para processos anabólicos, precisa de energia). Então, os nossos hormônios tem ação ou
para quebrar o glicogênio ou para sintetiza-lo.
Resumindo:
INSULINA: Glicogênio sintase quinase fosforilada fica INATIVA, então não fosforila a glicogênio
sintase que fica ATIVA e faz glicogênio.
ADRENALINA: Fosforila a glicogênio fosforilase que fica ATIVA e quebra o glicogênio em
GLICOSE.
Gabriela Picchioni, 68A

Metabolismo do Glicogênio
O glicogênio é um polissacarídeo ramificado, com ligações alfa-1,4 (na parte linear) e alfa 1,6 (na parte ramificada, a cada 8
a 12 resíduos), além de uma extremidade redutora. É armazenado em grânulos com enzimas para sua síntese e degradação.
Esses processos devem ser regulados para que não ocorram simultaneamente, evitando gastos desnecessários de energia
não faço gliconeogenese com ac. graxo
GLICOGÊNESE GLICOGENÓLISE GLICONEOGÊNESE
anabólico catabólico
Formação de glicose de novo, só que
É proeminente no fígado e no rim (órgãos principais glicogênio será degradado enzimaticamente utilizando outros precursores não glicídicos,
de armazenamento de energia na forma de com o objetivo de liberar glicose, para, nesse pelo corpo para manter o nível da glicemia a
glicogênio). momento, obter energia. A glicogenólise possui partir de
No musculo: maior quantidade absoluta de um controle endócrino e mais hormônios para - Lactato: lactato produzido durante a
glicogênio, armazenado pra consumo próprio, estimula-la, porque quem manda fazer fermentação vai ser transformado em glicose.
durante a atividade física glicogênese é a insulina, e quem manda fazer a - Aminoácidos: ex.à Alanina
No fígado: maior quantidade relativa de glicogênio, glicogenólise são vários hormônios antagônicos - Glicerol
controle de glicemia entre refeições = “ doa esse da insulina. A via da gliconeogênese parte do piruvato até
glicogênio” NÃO CONSOME ENERGIA chegar na glicose-6-fosfato.
Apesar de fazer o “caminho inverso” da
glicólise, apenas algumas enzimas são as
mesmas, pois existem reações irreversíveis,
exigindo, portanto, que haja outras enzimas
nos pontos de regulação. Porém, os
moduladores (citrato, AMP cíclico) são
MÚSCULO comuns.

BIOSSINALIZAÇÃO
OBS: Fosforólise é melhor para tirar a glicose do INSULINA: Glicogênio sintase quinase
glicogênio pois não há gasto de energia e a molécula fica fosforilada fica INATIVA, então não fosforila
“presa” dentro da célula a glicogênio sintase que fica ATIVA e faz
OBS 2: Para romper a ligação 1-6 das ramificaçoes: glicogênio.
Enzima desramificadora do tipo Transferase: transfere 3 ADRENALINA: Fosforila a glicogênio
resíduos de glicose de uma ramificação para outra com fosforilase que fica ATIVA e quebra o
ligações alfa 1,4, aumentando a cadeia. glicogênio em GLICOSE.
OBS: PPi é transformado em Pi + Pi para a reação se
Enzima desramificadora que faz Hidrólise: hidroliza o
tornar irreversível
último resíduo de glicose (única glicose liberada em
forma livre).
17. Metabolismo de Lipídeos
Degradação do triacilglicerol
• ENZIMA: triacilglicerol-lipase
• Separa o glicerol das cadeias de acido graxo
o Glicerol: gliconeogênese ou produção de piruvato (explicado no resumo de
metabolismo do glicogênio
o Ácidos graxos: beta oxidação
Beta oxidação
• Não produz ATPs diretamente
• Para ocorrer, o acido graxo tem que se ligar a uma coenzima-a (famigerado CoA)
o Essa união ocorre com a quebra de ATP em AMP
ACIDO GRAXO + COA " ACIL-COA

Entrada do acil-coa na mitocondria


No Citosol
• O acido graxo se desliga da coenzima a e se liga na carnitina, formando a acil-carnitina
• A acil-carnitina passa por uma proteína de membrana, entrando na mitocôndria
Na mitocôndria
• A acil carnitina se desliga, liberando o acido graxo, que volta a se ligar à coenzima a para
formar o acil-coa
• A carnitina volta pro lado de fora pra repetir o processo com outros ácidos graxos
ACIL-COA " TRANS-2-ENOIL-COA (REAÇÃO DE DESIDROGENAÇÃO)
• ENZIMA: acil-coa-desidrogenase
• O acil-coa doa 2H+ para o FAD, que se converte em FADH2
TRANS-2-ENOIL-COA + H2O" 3-HIDROXIACIL-COA (HIDRATAÇÃO)
• ENZIMA: enoil-coa-hidratase
3-HIDROXIACIL-COA " BETA-CETOACIL-COA (REAÇÃO DE OXIDAÇÃO)
• ENZIMA: 3-hidroxiacil-coa-desidrogenase
• O NAD+ recebe 2 hidrogenios do 3-hidroxiaxil-coa, formando NADH + H+

BETA-CETOACETIL-COA " ACYL COA COM 2 CA MENOS + ACETIL-COA (TIÓLISE)


• ENZIMA: beta-cetoacil-coa tiolase
• Os dois primeiros carbonos da cadeia saem ligados ao grupo Coa, enquanto uma nova
coenzima se liga a cadeia de acido graxo
"A Beta oxidação continua de maneira cíclica a partir desse ponto. A cade ciclo, a cadeia de acil-coa
apresenta 2 carbonos a menos. A cada volta também são formados 1 FADH2, ! NADH + H+, 1 acetil-
coa. Na última volta, quando a cadeia apresenta 4C, são formados 2 acetil-coa.
"NÚMERO DE VOLTAR DA CADEIA = (NÚMERO DE C / 2) – 1
"NÚMERO DE ACETIL-COA PRODUZIDOS = NÚMERO DE VOLTAS

Formação de corpos cetonicos


• Os corpos cetonicos são produzidos pelo fígado quando há o acúmulo de Acetil-coa
o Diabetes
o Jejum: o oxaloacetato(que vemdo piruvato da glicólise) é desviado para a
gliconeogenese. Como ele, precisa reagir com o acetil-coa para formar o citrato no
ciclo de Krebs, ocorre um acumulo do acetil-coa
• Produzidos pelo fígado e liberados para servir de fonte de energia
o Preferencialmente pro córtex adrenal e músculo cardíaco
o No cérebro em caso de jejum prolongado, visto que os corpos cetonicos podem
atravessar a barreira hepatocefálica
o O aumento da produção de corpos cetonicos diminuem o consumo de glicose,
fazendo com que haja uma manutenção da glicemia
• Corpos cetonicos sintetizados:
o Acetona
o Aceto-acetato : convertido em acetil-coa pelo fígado
o Beta-hidroxi-butirato: convertido em acetil-coa pelo fígado
! Os dois últimos precisam ser neutralizados com a eliminação de H+ na urina
na forma de NH4+
! Cetoacidose ocorre quando a reserva alcalina do corpo se esgota: não tem
mais como neutralizar
Síntese de acidos graxos
• Ocorre no citosol
• Pode ocorrer a partir de carboidratos e proteínas
• Ocorre principalmente no fígado, menos no tecido adiposo
• Sempre começa no acetil-coa e geralmente termina no acido palmidico
• É estimulada quando tem muito ATP e acetil-coa
o Ai o citrato não segue o ciclo de krebs pois o ATP inive a isocitrato desidrogenase
• Vai acrescentando carbonos de 2 a dois no acetil-coa
Sintese do malonil-coa
• A acetil-coa-carboxilase carboxila o acetil-coa, formando o malonil-coa
A. CONDENSAÇÃO
Ligação entre o malonil com o acetil, com a liberação de CO2
o Ambos perdem suas coenzimas a

B. REDUÇÃO
• O NADPH + H+ vai doar elétrons para o acido graxo em formação, desfazendo uma das
duplas ligações com oxigênio

C. DESIDRATAÇÃO
• Liberação de água a partir da união de dois oxigênios com um hidrogênio da molécula

D. REDUÇÃO
• Um outro NADPH + H+ doa hidrogênios pra tirar a instauração existente

Esse processo vai se repetindo com a adição de mais grupos malonil até que a cadeia alcance 16
carbonos, formando, assim, o acido palmídico
Metabolismo dos Lipídeos Gabriela Picchioni, 68A

DEGRADAÇÃO DO TRIACILGLICEROL FORMAÇÃO DE CORPOS CETÔNICOS


Os corpos cetonicos são produzidos pelo fígado quando há o acúmulo de Acetil-coa
Via do Glicerol Ácidos Graxos: beta oxidação •  Diabetes
•  Jejum: oxalacetato é desviado para a gliconeogenese. Como ele precisa reagir com o acetil-
coa para formar o citrato no ciclo de Krebs, ocorre um acumulo do acetil-coa
Produzidos pelo fígado e liberados para servir de fonte de energia
OXIDAÇÃO •  Preferencialmente pro córtex adrenal e músculo cardíaco
•  No cérebro em caso de jejum prolongado, visto que os corpos cetonicos podem atravessar a
barreira hepatocefálica
•  O aumento da produção de corpos cetonicos diminuem o consumo de glicose, fazendo com
que haja uma manutenção da glicemia
HIDRATAÇÃO Corpos cetonicos sintetizados:
•  Acetona
•  Aceto-acetato : convertido em acetil-coa pelo fígado
OXIDAÇÃO •  Beta-hidroxi-butirato: convertido em acetil-coa pelo fígado
Os dois últimos precisam ser neutralizados com a eliminação de H+ na urina na forma
de NH4+
Cetoacidose ocorre quando a reserva alcalina do corpo se esgota: não tem mais como
neutralizar

SÍNTESE DE ACIDOS GRAXOS


TIÓLISE

A Beta oxidação continua de maneira cíclica a partir


desse ponto. A cada ciclo, a cadeia de acil-coa apresenta 2
carbonos a menos.
A cada volta também são formados 1 FADH2, ! NADH +
O gliceraldeido 3 fosfato faz parte H+, 1 acetil-coa. Na última volta, quando a cadeia
da via glicolitica , podendo seguir apresenta 4C, são formados 2 acetil-coa.
para a glicogênese ou para a -  Não produz ATPs diretamente
glicólise, para formar piruvato -  Para ocorrer, o acido graxo tem que se
ligar a uma coenzima-a. Essa união ocorre Condensação: Ligação entre o malonil com o acetil, com a
liberação de CO2. Ambos perdem suas coenzimas a
com a quebra de ATP em AMP Redução: O NADPH + H+ vai doar elétrons para o acido
ÁCIDO GRAXO + COA à ACIL-COA graxo em formação, desfazendo uma das duplas ligações com
oxigênio
As moléculas de ácido graxo entram na mitocôndria,
Desidratação: Liberação de água a partir da união de dois
mas as grandes moléculas precisam da ajuda da oxigênios com um hidrogênio da molécula
carnitina para atravessar a membrana da organela: Redução:Um outro NADPH + H+ doa hidrogênios pra tirar a
a carnitina de liga ao acil, formando acil carnitina e na instauração existente
Esse processo vai se repetindo com a adição de mais grupos
matriz, o acil volta a se ligar com a CoA, formando malonil até que a cadeia alcance 16 carbonos, formando,
Acil- Coa novamente assim, o acido palmídico
18. Metabolismo de Aminoácidos
- SOBRE OS AMINOÁCIDOS
• Obtidos pela alimentação ou pela quebra de proteínas defeituosas do próprio organismo
• Servem como fonte de energia > gliconeogenese
• Não são armazenados como lipídeos e carboidratos
o São usados para a produção de compostos nitrogenados
o Usados para fazer glicose > tem que perder o grupo amina
o Usados para fazer ácidos graxos > tem que perder o grupo amina
o Podem acabar resultando em integrantes da respiração celular > tem que perder o
grupo amina
- TIPOS DE PROTEÍNAS
a. PROTEÍNAS OBTIDAS PELA ALIMENTAÇÃO

• Clivadas no estômago (pH =2)


o Ideal para a conversão de pepsinogenio em pepsina
! O zimogênio impede que a pepsina clive as proteínas do próprio organismo
o Desnaturação das proteínas ingeridas
o Barreira de defesa imunológica
! Mesmo sem matar as bactérias, esse pH impede sua proliferação
• No duodeno:
o Ocorre a ação da tripsina, que é secretada pelo pâncreas
! A enteropeptidade transforma o tripsinogênio em tripsina
o Clivagem das proteínas em AA livres, di e tripeptídeos
o Os produtos da clivagem vão para a corrente sanguínea
o Os peptídeos que não conseguem ser reabsorvidos são degradados pela flora
intestinal > liberação de amônia na circulação

b. PROTEÍNAS CELULARES

• Ubiquitinação
o Marca as proteínas que tem que ser degradadas
o Ocorre com gasto de ATP
o Quando a ubiquitina se liga a uma proteína, ela é direcionada ao proteassomo
o O proteassomo é um complexo multienzimático que desnatura a proteína, clivando-a
em peptídeos, que sofrem a ação de proteases e formam aminoácidos
• Lisossomo
o Faz a endocitose da proteína

- SINTESE DE AMINOÁCIDOS PRECURSORES


• Da glicólise
o 3-fosfoglicerato " glicerato " hidroxipiruvato" serina
o fosfoenolpiruvato " um monte de coisa " triptofano
• Do ciclo de Krebs
o Oxaloacetato" aspartato
• Da via das pentoses
o Ribose-5-fosfato " histidina
o Eritrose-4-fosfato " triptofano, fenilalanina e tirosina
- OXIDAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS
a. TRANSAMINAÇÃO

AMINOACIDO + ALFA-CETOGLUTARATO # " GLUTAMATO + ALFA-CETOÁCIDO


• ENZIMA: aminotransferase
• Retirada do grupo amina > liberação de amônia na corrente sanguínea
o A amônia rapidamente se associa a um H+ formando amônio que, por ser toxico,
deve se transformar em ureia
! A amônia também é super solúvel então quando ela fosse eliminada pela
urina sairia muita agua
o O grupo amina vai para o alfa-cetoglutarato, que vira glutamato
• A cadeia sem o grupo amina se chama alfa-cetoacido
o Pode participar do ciclo de Krebs e da fosforilação oxidativa
o Pode ir pra gliconeogenese

o Pode dar origem a corpos cetonicos

b. OUTRA TRANSAMINAÇÃO

• O grupo amina vai do glutamato para o oxaloacetato, formando, então, alfa-cetoglutarato e


aspartato

c. DESAMINAÇÃO

• O grupo amina fica livre na forma de amônia


• O glutamato reage com NAD+ ou NADP e com uma molécula de água
- RESUMO DO CAMINHO DO GRUPO AMINA

- CICLO DA UREIA
CO2 + NH3 " CARBAMOIL-FOSFATO
• Gasto de 2 ATPS

CARBAMOIL + ORNITINA " CITRULINA


• A liberação do fosfsato libera energia para que ocorra a reação

CITRULINA + ASPARTATO " ARGININOSUCCINATO

• Gasta 1 ATP, liberando AMP e PPi (2 fosfatos) > conta como se tivessem sido 2
ARGININOSUCCINATO " FUMARATO + ARGININA

ARGININA " UREIA + ORNITINA

- MOLECULAS QUE VEM DOS AA


• Histidina " histamina
• Glutamato funciona como neurotransmissor
• Cisteína e aspartato " coenzima-a
• Tem a produção de noraepinefrina, epinefrina...
Integração Metabólica
Gabriela Picchioni, 68A
O metabolismo atua por meio de diversas vias na busca pela produção de energia.
Vias de Regulação Órgãos Jejum
1)Alostérica: reações limitantes da velocidade, Cérebro: Integra os sinais metabólicos. Grande demanda energética de
o organismo recorre a vias de degradação
glicose (órgão prioritário). GLUT 1 independe de insulina. Não usa AG
irreversíveis, que vão sofrer dessa regulação diretamente, pois eles não atravessam a barreira hematoencefálica. Usa específicas para cada tecido dependendo do
alostérica: ligante liga em sítio ativo diferente CC em casos de necessidade. tempo de inanição.
daquele esperado, promovendo uma mudança
conformacional na proteína e assim terá maior ou -  Jejum INICIAL: privação metabólica x necessidade
Fígado: Glicogênese, Gliconeogênese e Glicogenólise. Metabolismo de
energética
menos afinidade pelo substrato, ou seja, podemos lipídeo e proteína. Ciclo da Ureia. Produção de CC. Recicla lactato.
1) No primeiro dia de jejum é quebrado triacilglicerol e
ativar ou inibir uma enzima devido à presença Recebe biomoléculas da veia porta. Papel no controle da glicemia:
realizada a gliconeogênese.
desse ativador ou inidor. poupa glicose para enviar para os outros órgãos (consome
2) O acumulo de acetil-CoA e citrato vão inibir a
2)Modificação covalente de enzimas (fosforilação): principalmente a energia vinda de AG e AAs). glicólise no fígado.
adição ou remoção de fosfato pode ativar ou inibir 3) Os músculos e o fígado vão parar de captar glicose e
T. Adiposo: Funciona como reservatório energético (triglicerídeos).
uma enzima usar ácidos graxos.
Capta glicose em estados muito energéticos.
3)Níveis enzimáticos: quantidade e atividade das -  Jejum PROLONGADO: tenta-se continuar
enzimas devem ser controladas provendo glicose para cérebro, coração e hemácias.
Músculos: Gasta energia. Utiliza glicose, AG, CC – liberados pelo
4)Compartimentação: destino das moléculas 4)A partir do segundo dia de jejum a concentração de
fígado. Reserva de glicogênio para uso próprio. Não libera glicose. Usa corpos cetônicos já começa a subir, sendo liberados na
depende de estarem no citossol ou mitocôndria AG quando há queda de glicemia (via do glucagon predomina).
circulação.
5)Especialização metabólica dos órgãos. órgãos Durante uma atividade física muito intensa à bloqueio da F.O. e CK, o
5)Nos demais órgãos o oxalacetato não está sendo
funcionam de maneira diferente para controlar o músculo consegue quebrar a molécula de glicose até piruvato à 2
desviado para a gliconeogênese.
metabolismo ATPs.
6)Com várias semanas de inanição, o cérebro passa a
Piruvato à ácido lático e alanina à fígado à glicose (Fermentação usar os corpos cetônicos como principal fonte de
Láctica)
energia, mas também não para de usar glicose.
7)O tempo de sobrevivência de um indivíduo em jejum
Pâncreas:
prolongado depende da sua reserva de triacilglicerídeo.
8)A glicose nunca vai acabar. Vai ser usado glicerol e
aminoácidos para sintetiza-la e o organismo vai tentar
usar essas moléculas como fonte de energia.
9)A quebra de ácidos graxos gera acetil-CoA,
permitindo a geração de energia e a formação de corpos
cetônicos, economizando glicose. 10)Quando a reserva
lipídica acaba, o corpo terá que usar proteínas, com
isso haverá perda de função cardíaca, hepática, renal
levando a óbito.

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