Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
de Gestão
Os CusTos, os REsuLTAnos
E A INFORMAÇÃO PARA A GESTÃO
Victor Seabra Franco • Álvaro Vistas de Oliveira • Ana Isabel Morais • Benvinda de Jesus Oliveira
Isabel Costa Lourenço • Maria João Major • Maria Antónia de Jesus • Rogério Serrasqueiro
Victor Seabra Franco
PROFESSOR CATEDRÁTICO DO ISCTE
CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
Álvaro Vistas de Oliveira Isabel Costa Lourenço
ASSISTENTE CONVIDADO DO ISCTE PROFESSOR.A AUXILIAR DO ISCTE
CONSULTOR DE EMPRESAS
Maria Antónia de Jesus
Ana Isabel Morais ASSISTENTE DO JSCTE
PROFESSORA AUXILIAR DO ISCTE
Maria João Major
Benvinda de Jesus Oliveira PROFESSORA AUXILIAR DO ISCTE
PROFESSORA AUXILIAR. CONVIDADA
DO ISCTE Rogério Serrasqueiro
ASSISTENTE DO ISCTE
problemáticas presentes no apuramento dos custos nas organizações, com vista à determinação dos
resuJtados e à sistematização da irúormação necessária como apoio à tomada de decisão por parte
dos gestores.
Em boa medida., ela resulta da síntese dos temas que os autores leccionam, há já vários anos, nas
Não será pois de estranhar que os destinatários sejam essencialmente estudantes universitários que
procurem adquirir conhecimentos nestes domínios e, nesse sentido, a obra segue uma sequência
de abordagem aos diferentes temas que se pretende facilitadora dessa aprendizagem. Para além
destes destinatários imediatos, o livro que se apresenta pode satisfazer também as necessidades de
estes conceitos na sua vida profissional e, bem assim, de todos os que, por diferentes motivos, se sintam
TEMAS DE CONTABILIDADE
,.,
DE GESTAO
OS CUSTOS, OS RESULTADOS E A INFORtvfAÇÃO
PARA A GESTÃO
Livros
Horizonte
Cn LECÇ:in
Cie n ci <1 s Ern prt:sario i-;
Sob a clirecç~o da
Prof.·' Ooulora Alioxa11dra Fernandes
'JJ'1 uúr
Tt~111.1::- dn { :cm lubÜidíLd<.: I• · C1:Sl<-11J 1
'\utnrN•.
\'id1Jr s1~ali r-<J Frn n1:n . Ah M o \'i ~ I H ~ dC' L)lh·1•ir;1 , 1\ Jl<\ J..; ;1 lwl l\ln ra is. n~n . . inrlil 1fo Jt! :-, 1\S Olh·t~ll~L
ls.1b1)I C(1S \<\ Lo\t 1"11n 1,,.: o (\ {· rl...i 1\ nló11 j.1 il•=-t J r~:::. ll:-J, J\ !,1ri<1 [{lãa t-..L.ti11r 1· Roµr! rit1 S t:rrac:; q11(:11'0
f11 1 l :s 1~1 1J '
R1g i n,~):5 u:
Grõfic ,:y, Ll ll
ltl,L(:[((}_ ~lH)[I
ira,
Caso 2.3 - Resolução ............... ........ ........................................... . 34
Caso 2.4 - Enunciado .................... .. ....... ........ ........ ........ ........ ..... 36
Caso 2.4 - Resolução .............................................. ..................... 38
Caso 2.5 - Enunciado .................................................................. 42
Caso 2.6 - Enunciado ................ .................................................. 44
245 Referências bibliográficas .. .... ... ... .... ..... ... .... ..... ........ ................ . 329
250
Capítulo 12 - Exames resolvidos ....... .. .... .................... .. ..... ... .. . 131
250 333
Exame 1 - Enuncia<lo ................. .. ....... ......................... .. .. .
252 Exame 1 - Resolução ............. .. .... .. .... ............................. .. 341
256 Exame 2 - Enunciado ......................... ....... ....................................... .. 348
258 Ex<lme 2 - Resoluçiío .............................. .. .......... .... ... ... ............. .. .. ...... . 355
261 Exame 3 - E1nmciíldo ........ ..... ............... ... .................... .. ................... .. 161
Exame 1 - Resolução ..................................... .............................. .. ...... 367
Exame 4 - Enunciado .......................................................................... . 373
265
Exame 4 - Resolução ........... .. ..... .......... .. ............. ......... ................ .. .. . 378
265
267
285
285
287
290
292
293
295
295
297
305
305
307
309
310
313
315
320
322
324
326
--
Nota prévia
iresentam-se os
abordagem aos
' imputação dos
ilação do mé!o-
idades produti-
Capítulo 1
cipais sistemas
de um plano de
nélodo Activity Âmbito e objectivos da contabilidade de gestão
: se optasse por
11cias bibliográ-
nto de questões
1ntabilidade de
Objectivos pedagógicos
1
SÍNTESE TEÓRICA
1
C11n fort"IH~ 1uÍl-;,r.P o Pffsrlicc~ Slal<:n1r•1il 11 .u 1. ··~kiL\ltg<"lme1! 1lL 1\ccu11n\1ng Cnni.:op l!-.". dr, l·ina"<: tal t1nd
l'.·l<i nageni nnl Aci.,oun1ing Corn1 níl lH" do l11i<' rn .1 l •011al h ·d P. ratwn ( il i\ccr.i L111 l 'J11 [,,. r vxi~ln 1-:111 1\)Ili!
18 T1·.MAS º" Co"'n111111;AJJE JJf. G 1..~ rAo
l.ividade de gestão de apoio aos gestores para fornecer informação para fins
de planeamento e controlo de gestão e. nas duas últimas, o centro da atençâo
deslocou-se para a utilização eficiente e eficaz dos recursos na criação de
valor, onde a informação em tempo real se encontra directamente disponível
para os gestores de linha e se esbate progressivamente a distinção com o
pe_s~<?~l de apoio.
ío para fín,?
,da ãteilÇão
criação de
idisponível
Jção corri o Capítulo 2
~guir,_Jace à
'a mobiliza- Conceitos, classificação de custos e apuramento
e eficaz êl~ys do custo de produção
!ruturas, na -
e se gerarem
de de gestão
ente eficaz e
)mprovar de Objectivos pedagógicos
! interligã~se,
:essa. • Definir e identificar um cuslo;
lede Gestão • Diferenciar custos, despesas e pagamentos;
ctividades e
• Diferenciar proveitos, receitas e recebimenlos;
operacional
ntes estádios • Identificar as principais funções da empresa e os custos que lhes estão
lperarem em associados;
!ruturas, por
• Classificar os cuslos conjugando natureza, função e aclívi<lade;
,anização, os
impetências, • Distinguir entre custos directos e custos indirectos;
t tempo real,
•Identificar custos do produto e cuslos do período;
• Reconhecer as componentes do custo industrial;
zacional ten-
ncias formais • Classificar os custos de acordo com o seu comportamenlo face a varia-
Plano Oficial ções do nível de actividade.
ta sua "Intro-
m , destacan-
m de gestão,
~m ser consi-
n a desejável
data.
1e, hoje já ul-
sencialmente
gestão opera-
SÍNTESE TEÓRrCA
• Ç1:1sL~
- Conceílo de cadcter económico que corresponde h utiliznçüo
dos recursos numa organi:t.açào:
• Despesa - Conceito de carácter jurídico e monetário que corresponde
à as.Si.mÇ,~clO ela obrigaç<io de pagar os custos:
• Pagamento - Com:eito de carácter finan ceiro em sentido restrito que
corre ponde ao fluxo de sélída ele meios l íq ui cios das organizações. cons-
li tu indo il contra prcsta ç;:w cios recursos adquiridos;
• Proveito -Conceito ele carácter económ ico que coneponde à cedência
de bens ou serviços a terceiros;
• R~ccita - Conceito de carácter jurídico e mo netário que corres poJJd e ao
clir~iio de receber os provrdtos;
• Recebimen to - Conceito de Cüráctc r financeiro Aln sentido restrito que
correponde ao fluxo de enlrada de meios líquidos nas organizações. cons·
til u indo i:l con trapreslação dos bens ou ser\'iços cedidos a terceiros.
22 T1..,-1 As IJE C r1 NT.~ 1111 lll1'0I' m. G1s 1ÃO
1 da diforeuça A idenlificação dos custos por objecto de custeio permite a Sllél cl<1ssifica-
1ue foi neces- çiio em dois grnndes grupos:
Consumo de Matéria-Prima
O consumo de matéria-prima constituí um custo dírecto do produto, cujo
montante dependerá da quantidilde consumida e do respectivo custo unltório.
Este custo unitário poderá incluir o custo de aquisição - considerando-se
corno tal todos os custos suportados até à chegada da matériâ à empresa - bem
como eventuais custos que se verifiquem internamente e que devam ser im-
putados às matérias antes de se registar a sua Fmtrada em armazP.m - por
exemplo, custos associados à preparação prévia da matéria ou até custos cJp,
armazenagem que devam ser repartidos em função das compras.
A quantidade consumida poderá ser calculada a partir das requisições
fellas ao armazém de matérias, onde se deverá registar não só a quantidade
requisitada, mas também o objecto de custeio em que vai ser incorporada.
O valor a atribuir às méllérias consumidas será função do custo a que se
encontram registadas em armazém e do critério valoritnétrico utilizado-FIFO
(First ln, First Out), LIFO (Lasl ln, Firsl Oul), CMP (Custo Médio Ponderado).
ou outro que a empresa adopte.
Por exemplo:
A empresa Revisão registou em Maio cio ano N o seguinte movimento
qunnto à matéria R:
•Existências iniciais: 1 000 kg a 20 €/kg
• Compras: 5 000 kg a 22 €/kg
• Cons11mos: 5 500 kg
Se n empresa utihzar o critério FlFO a valorização dos consumos e respec-
tivas existências finais será feita da seguinte forma:
No caso cJe o critério ser LlFO o valor dos consumos e das existências finais
serão determinados da seguinte forma:
1
.u1unAr>E nr. Gr:.sTAO CoNCEITm, C1..Assir1cA<,;ÃO flE CusTos ~ APURAMJ;;NTO oo CusTo nc PR-oouçAo 25
:tências finais ' O que aqui se refere para efeitos da especiali zeção mensal dos encargos com remunerações é válido
tanlo para os cus tos com possoa! da funç ão industrial (mão-de-obra direcla e mão-d e-obra inrlírecla) como
para os das restantes funções operacionais (aprovisionamen10. d istribuição e admillistrativa).
-
2li
MOD = N. 0
de Horns x Custo horário x 1,60
• A problemática da determinação dos gastos gera is de fahrico [e dos custos irulircc tos em geral) por
diferentes objectos de cmteio conslil11i hoje um lema da Con tabilidade de Ge&tão de cnonne relevãncia.
uma vez que as çaraclerísticas dos processos produtivos acluais leva a que, em rnuitos casos. esla cornpo·
nenle dos cusle>s lenha um peso muito significativo no custo lota! e, ~onsequ e nlerne n te . a sua incorrecta
inipulaçáo pode dar origem~ tornad as de rlecísão desadequadas. Esles aspeclos serão novamcnle abordados
no Método das Secçôes Homogéneas" 110 capílulo do J\clivily·Bosed Casling.
r1101uo110~ DE GESTÃO CONCEITOS, CWISSIFICllÇÀO DE C usrns L APURAMENTO LJO C USTO DE PROIJUÇÁO 27
Esle cnslo unitário vai permitir valorizar os produtos vendidos, bem como
as existências em nnnazém no final do mês. tendo em atenç5o o crilério valori-
métrico utilizado pela empresa e as existências iniciais de produtos acabados.
; A produção em vias ele f,brico corrosp on<le ao vnlor rlP um produto iniciado em det e rmin ad o p~rí odo
e que no final deste nito se Rnco11lrn ainda co1H illí rl o, dcs\i11guindo-se do conceito de prod u lo inlermcdio
ou sem iacaba do. qu e cornispond e a um produto que pode ser comercia lizado ness e esl~clio "'' ~cr sujoilo J
oper ações de lnms fo rnrnçâo :idicio nais.
''TABJLIUi\LJE DE GEs1 Ao CoNcmos. CL·\SSIFICAÇiiO or. Cus 1'0S E A PURA~1~NTO 1)0 Cusro nr. PRonuçAo 29
mte no início e Relativamente aos custos não industriajs pode falar-se em:
::los, bem como Todos os custos até agora mencionados identificam-se com o desenrolar
·critério valori- da aclividade normal da empresa. Os custos e proveitos resultantes de factos
1utos acabados. não considerados normais na aclividade da empresa registam-se como Custos
e Perdas Extraordinários (CPE) e Proveitos e Ganhos Extraordinários (PGE)º.
Conhecidos os custos pelas diferentes funções da empresa, o Resultado
pode ser evidenciado de acordo com a contribuição de cada função para a
:las correspon- sua formação, originando vários conceitos de resllltados parcelares. tais
como:
d u tos/serviços
J mmnenlo em
; por Funções.
ilerminado período "Deve referir-se que os <.:onceilos de Cuslos e Provei Los Exlraordínáríos, adoplados pelo Plano Oficial
Jrodulo inlermédio dr. Conlabilidacle em vigor ern Portugal. se enconlnim desacluali:r.ados face ao que é atloplado nas Normas
idio ou ser sujeito a Internacionais de Contabilidade (NJC). segundo as quais apenas são consideradas extraordinárias ocorrên-
cias simultane;imP.nte não usuais e não frequentes no contexlo ele funcionam ento da empresn.
30
''TAHIUflADE o~ GnsTiio
CASOS PRÁTICOS
-
G:J - lmposl.os 1 :100 750 '>.)I)
1;[) - i\nwrl iza çõ<'\,; :!~ 000 22 500 '.1 t llíl 400 -
Quanto ao valor das existências finais resullará da valorização das 161 250
unidades ao custo unitário da produção mensal, uma vez que pela aplicação
do critério valorimélrico, o custo relativo às existências iniciais foi repercu-
Udo no custo dos produtos vendidos.
do período, os custos
itra em armazém
wis de produ-
) do critério va-
•
a 1 Movírnenlos mensais:
Descrição Valor[€)
b) Exislêncías iniciais:
G 22S
39
] 400
ººº l'rnclulo, .:ic,tl1Jdo.s 2J ººº
Produto; r,m vi.t; rh· Í>tbrico ~ ')65
2 (i()IJ
l\Jc11érí<I,;-pri111;i.; 3 200
2 500 !V!Jtrn;1; wbs1<.li.írtJ> r n 1nli:ri,1i" dhfr<r;s 1 500
(i !}00
2 /}50
5 450
Pretende-sp, que. com base na informação é.1presenl<Hla , determine:
7 125
2 'i!'iO ·1. Custo Inclustrié.11 dn Produção e dos Produtos Acabados;
7 too 2. Custo Inclustrinl cios Produtos Vendidos:
2250
3. Custo Corncrciéll;
1 ~U 5
O custo inclustriéll cl.a procluç5o (CfPl identifica -se com o somatório elos
cuslos da funçflo Induslrilll registados ao longo cio período, pod(rndo sPr r
classificndos em duas componenles: f
e
• Consumo <lA maléria-primn: t
• Custos de trnnsforrna<,:ão.
1•)Os enr; argrJ~ ~(>( i.ii.; lor,,im c~lcul ados co m hn.,e n;i tax~ d<J f>(1 %
Compras líquidas ele l\'fP = 39 000 - 3 400 - 2 GOO + 2 500 € :::;:: 35 500 €
~9
cm1a:rros. Cr~SSIFICAÇÃO 0[ Cusros ~ APURAMENTO !JO CUSTO m : Pt<ODUÇÁO
>m o somatório dos Parn se obler o Custo Induslrial dos Produtos Acabados (CIPA), conside-
ríodo, podendo ser ram-se apenas os custos imputáveis aos produtos terminados no mês, inde-
pendentemente do momento em que estes foram iniciados, o que significa
que se terá de ponderar a valorização dos produtos em vias de fabrico exis-
tentes no início e no fim do período.
Valor(€)
ClPA == 114 165 + 16 800 - 5 965 = 125 000 €
36 !'.JSO
Pode, então, concluir-se que, nesle período, para produzirmos 5 000 un. de
() 225 produto acabado ocorrem custos de 125 000 €,correspondendo a 25 € /un.
24 000
14 400
fi 900 2 Custo Industrial dos Produtos Vendidos
4 140
2 850 O custo industrial dos produtos vendidos (CIPV} corresponde ao valor
:J 750
atribuído aos produtos vendidos no mês, podendo também designar-se por
1 300
Custo das Vendas.
A determinação do CIPV tem sempre subjacente a adopçáo de um critério
9 ººº
4 650 valorimétrico, já que este irá determinar também o valor das existências finais
114 165 do período.
A fórmula de cálculo do CJPV é a seguinte :
tas e subsidiárias) :
[ CIPV = CIPA + EIPA - EFPA
Desp. compra
; 500 € = 35 soo €
40
3. Cuslo Comercial
Descrição Valor(€}
Descrição Valor[€)
Co.<>los Administrativos
---
- Ordenad os do pr.ssoal ;idininislralivo 7 100
. "
Os cus los financeiros foram de 6 500 €,pelo que o cuslo come.reia) corres-
ponderá <1 :
4. Resultado Bruto
Sendo que:
: custos d!'l Ois- Vendas Líquidas = 200 000 - 5 000 - 3 000 """ 192 000 €
s. Resultado Operacional
5 4 :,0
O Resultado Operacional (RO) resulla da difercnçn entre Provei los e Cus-
7 125
tos decorrentes da i1Clividade normal cl;:i Ernprcs 11 , ou seja:
~ ~ 7 :í
2 i)50
RO =V. líquidas -CJPV- C. Dbt. - C. Admin. - )
.J 200
L - - - - - - - - - - - -_ _ J
22 Goo
RO = 192 000 - 129 750 - 22 GOO - 14 660 = 24 ngo €
V<1lor (€)
6. Resultado Corrente
7 100
4 2 fl0 O Resultado Corrente (RC) pondern pnra além dos proveitos e cu s tos ope~
2 250
racionais. aqueles que n~ speil0m ú funç fl o Financeira:
1 050
l..J 11GIJ RC = RO + Provei los financ e iros - Custos fíndllCeiros
J
RC = 24 990 - 6 500 = 18 490 €
1Crcial cones-
'=1
·ciais
42
e
a) Movimentos domes:
Valor(€/
7 13()
s 6;10 e) Encnrgos Sociais:
2 5(10
l:l5 'iOll
Sobre os salários e ordeiwdos incidem encargos sociais reais à laxa d<: 30%.
1 825
Os encargos sociais teóricos correspondem a GO')ié,.
2 3:JO O consnmo de malérias subsidiárias dislribuin-sc pelíls func:óes industrial,
l 7GO dislriliuição e adminislraliva na proporção ele 30%. 1~% e 35 %. r os pecliva-
L'I. ouo men te.
:i 100 Com unse na inform<ição apresentada, prelende-se que proccdil à delermi-
JO llíl() 1rn.<)10 de:
G lOO
1 040 1. Cuslo Priino da Produçáo do mês e dos Produtos J\cabados;
5 2.'JO 2. Cl1slo de Transformação da Produção do mês e dos Produtos Acélba-
4 i] {) dos:
2!J ººº 3. Custo Induslrial da Produção cio n1ês e dos Produtos Acabados:
2 3 Sü
l 20 0
4. Custo lndustríal <los Produtos Vendidos:
5. Cus lo Co1nercia l (em sentido la lo):
2 ººº
1 91JU
6. Cuslo Complexivo:
4
4 200
ººº 7. Rcsu llado Bru I o.
2 O!lO
2 ·roo
1 !lOO
175 ººº
6:'i6
44
a) Movimentos diversos:
Oes~rição Valor(€)
[
An1ortizações da iiroa comerdal 12 1 00
Amortiznçôes e.la ilrea administr;iliv;i 1 l 000
S.il~rios fabris 22 iOO
Encargos soriais
Energin eléctrica da fábrica
11.<órico~ ·1 l 3 50
950
Gi
.IÍ.gu~ da área fohril 270
Consumo dr. malé1 i<i& subsidiarias (.íren fobril) 5!)0
no
.')fJ()
d) Procl11çiio e Vendas:
2~ 7 ()()
1 370
2!J()
:):J(J
7 ()!)()
1 íl(l(J
:rno
571)
Capílulo 3
Objeclivos pedagógicos
O Resultado do Exercício
A Dernonsl ra~ão ele Res u 1ta elos Llqll idos (DRL) é uma rl<ts pe~:as con labi-
líslicas. de carácter obrigntório. elnborncla no âmbito <la Contabil tdade Finnn-
ceira. No entanto, caso seja considerndo relevante, a DRL também poderá ser
preparada no <irnbito da Contnbilidadc de Gestão.
Na Contabilidade Financeirn é elaborada. regra geral. no fim de cacln exer-
cício económico. gernlrnente coincidente corno ano civiF, npós ns operaçóes
ele apurarnenlo de resultados. Os custos e os proveitos são evidenciados
atendendo 6 sua n3 tu reza. com o object i vo úlli mo ele S~! calcular o rcsu ltnclo
1íquido do exercício.
/\.~ Clll flíC'.')i·t.-, ( UI ;1 lJ US I~ r11 bo! Srt H,\l ;lO olir1g:1da-. íl rl(">Tl~.i..F,ll\ [;ir C(>ll l(l$ 1 r [ 111~:'1l'í.11 C ~(', fl1P, ) i f rllllWJl lei Cl(l,l..
IPrmo, (lo C!\IVll.J - re:.;1ilí11llu111n 4/2004.
i\ suél estrutura . segundo o modelo indicado pelo POC. é a que se ;ipresen-
ta de seguida:
C11Htos e JJorrlus
f) 'l Cuslo das Mcrc. V0nclidas e das 1v!atéríns Consumidas
62 Forpei.;im<•ntos e S•ffviço~ Ex ternos
()4 Cu~lo~ ço m o Pes soa l
66 Amortizaçócs do Exen:íc io
67 Prov isões
ô3 l1npo;lo,;
65 On lros Cl•stos e Perda. Cl p er~c io u ai~
tt\)
G8 Juros e C us tos S im ih1n~s
(C)
69 Custos e Perd0> Ex lrnordi mírios
(E)
ílG Jmpos lo so l.ire o Re n d ime nto do Exercíci o
IG)
H8 Resultado Líq1J ido do Exercicio
l'rol'lciilos e Ganh os
7l Vr.nda$
7'2 Prcslaçôes ele Serv iços
\lariaçiw d;i Prodm;iio
7!) Trnbalho;; para a Própri.1 Empr0sn
73 Pro1'citos Sn pl e1nenl<tres
74 Snhsíd i1)s il Exptoruç<io
7(j Ou tros Prove itos e C nn hos Oµuraci o nais
(8)
78 O u tros juros e Provi;ilos Simil a res
(DJ
79 Prove itos e Ganhos Ex1 raord i11ário s
IFI
l~ \'~ult,tc.los Op er<1cion ~ is
= (UJ - (A)
l~ t:bull a d os
Financei ro, = (0- 13) - (\, - ;\)
R~s 11 ttudo. Corre nlcs = [0) - (C)
Rc. u lla d os Ante d e lmposlos = (FJ - li~)
Resu l1ndo l.íquid o do Exim:i<:io = iF) - iG 1
1'1\ Jt11.. 1D:u11- 1>1- Cr·sT.-\cJ 51
]IHl se <ipresf~ n- Na Conlabilic\c:1de ele Gestno esla peça, quando elaborada, rcporla-se, de
acordo com as necessidades de informac,;ão ela empresa , a períodos de tempo
mais curlos que o exercício económico.
Dois aspectos devem ser sal icn lados rellll i vdmen te à prep<.Hi:lÇÕO desla peça
contabilística:
1111idas
• A designnçáo da conta 61 dcwe ser ajustada atendendo fl nalurezn da
élclividade de!:ienvolvida pela empresa. Por exemplo. f>e estiver a ser
elaborn<la a DRL ele uma emprnsa industrial. a c.fonominaçüo desta
conta deve passar a ser "Custo díls Malérins Consumidas". excluindo-se
a p;nle referente no "Cuslo das Mercadorias Vendidas". O cálculo do
··custo das Matérias Consumidas" resulla cln valorização dds matérias-
-primos. matérius subsidiárias e eventualrnenle oulras matérias
consumidas (desde que saiam do armazém. e co1no tal não sejam con-
labilisticarnenle registadéls como FSE), atendendo "ºcritério de valo-
rimetria adaptado pela empresa:
• A rubricü de '·Variaç<'io da Prod Ll<.,:ão", cn lculacla ai ravés da cliferença al-
gébrica entre as existênci;:is finais e iniciais de produtos acabndos e inlcr-
rnéd ios. su bprod u los, despcrcJ íc ios. resíduos e refogos e produtos e
trabalhos em curso. corrigida pela regularização d<~ exisléncías. ;:issume
uma inlporlânci<1 fuodamenlal nn elabornç<'ío <la IJH.L, sempre que se es-
teja a trnbalhéir com empres<is industriais Oll de prestação de serviços.
A inclusão da ''Variação dn Produç.fw'' !l8 DRL tem como objectivo
permitir o apuramento dos resultados na óptica dos produlos ou servi-
ços que scio vendidos. Nas naturezas de custos cvidenci 8d::is. a pMle
correspon<lenle à função induslrinl respci\ 0 apenas aos custos indus-
lriili.~ ocorridos no período (jtí referido no ca pítulo anlerior e designado
por CIP). Como se prelencle que o custo industria! a consir:leri:lr no re-
sultado sp,ja referente à produção VP-ndicla (CIPV), torna-se então neces-
sário considerar adiciomilmente a Vnriação de Existên cias de Produção
em Vids di:: fabrico (parn cbegar ao cuslo da produçf10 acabada - CTPA)
e a \/ariaçéio ele Ex islênciHs c.le Produtos Acabados (para chegar ao cus-
to da produção vendid8 - CIPV) .
Ou scjn:
Designação
'No ânibilo da Cont;ibilidade financeiro também é elaborada urnu Dcmomlrnçiio d•~ RcsulbtJrn, por
funçõc~. curn <.JnÍc:tfor obrigalório. como peça integrante dos documentos de prestaç.'io de contos das em-
pres~s nos lermos prcvi~to~ no Dec.-Lei 44/99 de 12 flp fovere1ro. O conleCtdo destn demonstração de resul-
tados eslb previsto na Direclrii Conl.!Jbilística N. 0 20, crnilida pela Comissão de Normaliiaçiio Contabilisli-
ca em 22 de lulho de 1 \197 e comprr-cndc um çonjunlo de inlormu(óc~. de que 0~0 Pxernpln o resuilado de
evenluais Openições ern J)escontinuidade. o cálculo do Resultado por i\cç~o e o cootcúdo d;1s rnbric~s
de RP-snllaclo& Ex1r;iordinár1os. que lran>cendem os çonceilos que pretendemos transmitir no ârnbilo do
presente livro. Por isso, não obslante il cons< iirnr:iu r!o nclual àmbito desla peça contabilislicu. ~ De1nons·
tração de Resultnclos por Funçflcs (jue ;e apresenta refere-se apenas ~o ciilculo cio Res ull ado antes de Im-
postos. com o lralamenlo dos Resultados Exlraordm~nos conforme previsto no Plano Ofk\a l de Conlabili-
d~cle t Dec -Lei 410/8\l de 21 de Novembro J
S.J
Os custos da lu nção i ndu stri i11 encon trn rn-se re!1ect idos nn ru hrica de
teriza-se por ser "Custo das Vendas e Prestações de Servi~:os". Por sua vez, as funções distri-
çílo. que po(fom buição e administrativa tem os seus custos irn;crilos nas rubric<is de "Custos
distribuição (ou de Distribuição" e "Custos Aclminist rntivos", rcspcclivmnente. Por último. os
proveitos e custos da função finnnceira são registados nas rubricas de "Juros
e Proveitos Similares'' e "Juros e Cuslos Similares'·.
s apurados para
:rn geral i nfcrior Devem salientar-se. ainda, os seguintes aspectos:
~de Gestão".
• O cuslo dns vendas corresponde ao custo induslrial dos produtos ven-
didos e/ou dos serviços prestados (CJPV);
• Em diversils situações h.1 qrn~ recorrer à rubrica denominada "Custos
Industriais n;:w Incorporados'' (CINI). Tal acontece, por exemplo, qunn-
do a empresa aclopla determinado sistema de custeio qup, niio lhe per-
rnila imputar ao custo cios proclulos todos os custos fixos industriais
ocorridos (p. ex.: custeio variável, custeio racional e impulaçáo <los
custos fixos por quotas teóricas), diíerenças de imputação resu 1ta11 tes
da impu taçiio ele en cnrgos esli ma dos (cn e<1 rgos soei a is. amor! izRções.
seguros. ele.) e sempre íjU(~ sejam apurados desvios coolabilíslicos no
âmbito do sistema de custeio búsico:
• Os rcsu llJdos élpu rndos n<is clcmonstra.çôes de resultados por Jü nçó("s
e líquidos no final do exercício económico são. regra geral, os mes-
mos.
CASOS PRÁTICOS o
Caso 3.1 - Enunciado 1
4 300
1·;~ lni cinis 2 DOO ttn . a l .IJO €/un . 2 000 un. a 5 € /11 n. .j 350 €
Produçfio - ')
-
Vencl;)s - (j ººº llll. [\ 12 € /un . -
Tendo em conl<J que as snídas rle existências são valori7adas pelo crilf:irio
do cus!o médio pondP-rado, com base nn informação apresent<ida, pretende-se
que:
[ CIP= MP+ CT
cJuem 30% de Para o cálculo do custo da matéria-prima consumida, e dado que a empresil
A 60%. u!ilizíl o critério do custo mé<lio ponderado, determina-se em prinrniro lugm· o
custo unitário a que as malérias em armazém se encontrnm valorizadas:
Pv.r.
CMP (MP) == Ex. inici0is (Q) X e.11quis. + Compras (QJ Xe. aquis.
'i J!'iO € Ex . inic..iais (Q) +Compras (Q )
·-
-
- 2000 X1.BO + .1000 X 2 .00
CJvfP(MP) = - - - - - - - = 1,92 €/un.
J
-
noo €
2 +3 ººº ººº
Consumo de m a t é ri~-prima 2 800 x 1.92 =J 376 €
•Total 41 274 €
Os custos com o pessoal fonim calculados tendo en1 atençno o vnlor rias
renrnnHrações e os encargos sociais determinados com base na taxa teórica
de 60%.
'f'1·. \ I " ili. C n ,\'·1.11Jll l ll;li >I. I li·. Cf.<il'.\n
Saldo dn conta 64
Remunerações == x 1.60
1 ,30
26 000
Remunernções =- -- x 1.60 = 32 000 €
uo
Como:
A Oem onslração de Resu l1a elos Líquidos é constr11 ída 8 partir e.los saldos
déls contos ele proveitos e custos por natureza e da informaçào relntiva à va-
riação de existências de produtos acabados e em vias de fabrico.
E CONTAUILIDADE DE G~.w,\o Dr;~!OlllSTM CAO JJE R1~suu:~uos LiQUJOOS/DFMOl\'STRA<,: An llE fusu1.TADOs POR FUNÇÕES 57
: com pessoal, têm Para se calcular a variação de existências de produtos acabados é neces-
~s). o valor a consi- sário deterrninar o montante das respectivas existências finais, que resulta
e fórmula: da quantidade em armazém valorizada ao custo médio ponderado :
iO
EIPA (Q) x C. un. + CIPA
CMP (PA) = EIPA (Q) + Prod. (Q)
2 000 X 5 + 8 000 X 6 j
CMP (PA} = = 5,80 € un
2 000 + 8 000
Conclui-se , então, que as existências finais de produtos acabados (4 000
unidades) terão a seguinte valorização:
Subtotal 71 830
Resultado Corrente 12 020
li Totnl 83 850 Total 83 850
• PSE 2 250 €
• Custos r,/ pessoal(*) B lGO €
• Amortizações 600 €
• Total 11010€
6 630
n Cuslo e/ pessoal l.30
X 1,60 = 8 160 €
a(
os
Relalivamenle <ios custos ndrninislralivos. a sun composição será a seguin- (3
le:
er
• fSE 2 500 €
• Custos cí Pessoal(+) 16 800 €
• Arnorliza<;õcs 1 250 <::
p
• "('olal 20 550 €
l~
13 650
(*)Custos e/ pessoal (D. Adm. ) X 1,60 ::=: 1G 800 €
-uo e
Descrição Valor(€)
Hl G80 €
Esta diferença rle resuilados entre <JS duns dernonslrações lcvr. por origem
él diferente forma ele in\putnçfío cios encargo~ sociais.
Quando se elaborou a Demonstrnção ele Resultados Líquidos registaram-se
os encargos sociais efecliv()rnente processados. 011 seja. 30% elas remunera,/ies
io será a seg u in- (35 600 X 0,30 =·10 680 €) .
Relativarnr,nte à elaboração dc:i Oernonstrnçflo rle Resullaclos por Funçóes, os
encargos sociais repcrculiclos nns remunerações foram determinados com base
na tnxa teóric(), ou seja, 60% das remunerações (35 fiOO x 0.60 = 21 360 €) .
O resultado apm<lc\o n() Demonstraçiio de Resultados Líquidos é superior
em 10 680 € relnlivnmrmte ao evidenciado na Dcmonstraçáo de Resultados
por Funções, uma vez que nesla fornm con.siclf~rados custos <tdicionilis resul-
tantes da diferença eulrc a taxa de p,m:argos sociais leóric() e rAal.
)€ Os cncnrgo.s sociais co11sideJ<:1dos cm cada uma das dernonslrnçõcs f'orvm.
enlão, <le:
:ordo com a ín- (Enc. sor:iais reais) 10 680 € - ( Cnc. soc _iél i.~ 1t~óricos) 21 JGO €
(t o óilO €)
a) Movirrnmtnçiío de existêncios:
t::i..isl. lri ic iais fi 000 ton a 2, 011 € /ton 1.'in € 4 000 ton H '.l .80 €íton 1 llOO €
Cumpras 4 000 ion n 2 .'.lO € /ton 1 600 € o o
Cons11mo~ ? ? I') o ()
; PVF
Caso 3.2 - Resolução
1
\on 1 800 €
o 1. Custo de produção global e unitário
()
Para se obter o custo do produto acab;ido é necessário comec.;ar por deter-
o
minar o custo da produção, ou seja. o tola] dos custos industriais do mês
()
(CJP).
2 :!00 €
CJP = MP+ CT
O consumo de ma léria-prima ( i\íP) rcs u lté! <la valori zaç,ão da quan t iclad e
de exislêncü1s c:onsumida de nr.ordo com o critério FTFO.
3 5SO
Quanto aos custos de trnnsformat,:3o (CT) o seu valor incluirá os custos da
~35 funç5.o industrial discriminados no enuncindo (14 300 €),acrescidos de 80%
29 5()() do consumo de m;itt\rias subsicliéÍrias .
2 \lOO
65 1l Consumo de MS = El + Compras - EF == 150 + 1 600 - 550 = l 200 €
1 iSO MS [F. lncl.) = 0.80 x 1 200 = 960 €
:1 8 7ll5
MS (F. Admin.) = 0 ,20 x 1 200 = 240 €
)u
$11btutul 21 20S
Custo~ lnctustriais niio lm;orpora<lus -
R1~s ult~ do IJrulo 21 ~05
- - - -- ---
:istênci<is finais C11~to~ de Di stribui~. <io 10 soo
Custos Admini s lralivo~ 11 -1 75
011tros Pmveilus Oµ erncion<1is -
l\esu lt.ido Operaduna l fl 770)
] 11ro; e Proveitos SiJlli lnres 2 :l50
Juros e Cu~to~ Sirnilare~ ( 1 7501
liO (\()() O c usto elas vendas foi det e rmin;ido lendo em linha de conta a aplicação
do F'JFO como critério de valorimctria:
400
:1 350
1 i 5()
.57 lfiS
Caso 3.3 - Enunr.iado s
enc
A c111µresa SÓCHASSIS dedica-se à fabricnçào ele um tnüco lípo d e chassis
com o objeclivo de os fornecP.r a umn conhccich1 marca de automóveis. RP.lati-
varnenle "ºmês de Selembro do ano N conhecem-se os seguinles elementos:
n) Vendas :
Mal
Descrição Chassis Mal
Oul
Qu:1nlid<1cl~ Ve ndi cln [11m uni dmk$] li 000
Jnd
Prec,.n de \ic,,,c.l a/l )!1id;1rk (€] ó0.00
Ois
Alialinwntus Comen:idis Cone Pdido., 2, 50 € /111\.
1\dJ
e} Ma tP.rias Dírect<is:
Descrição Movirn1mlo
Forain obtidos desconlos comerciais sobre compras ele 5.50 € / Lon adquirida.
As despesas de compro. dn respo11sahiliclmlc cio comprador, fornm ele 375 €.
[) Amortizações do Exercício:
ttslu unilário
Descrição Valor(€)
:JIJ.00€
l ri(IL1 »lri ,li s 1o1100
Di slribu i~:ü o 4 soo
r\d uti 11is1 rui i vus 2 ! )()()
r\ n1ort il'.ílçõr.s
1 ººº 100 200 - 1 300
b) Outras informCJções:
Descrição Movin1anlos
Produção conjunta
•nc. Tolal
%00{)
Objectivos pedagógicos
-
13 ººº
o
-
3:"i ººº • Disl i ngu ir entre regi me de prod u çflo conju n l<t e dis j un tri;
1O OIJO
- 1 :mo + [oenlificar e caracterizar OS princip<ÜS tipos de proclulos oulidos em
produção con ju n L<t;
fo 50%.
• Compreender as principais queslões que se colocam no apnrnrnenlo de
custos em produção conjunta:
• Iclenl i fiem e caré\cleriza r os cri lérios ele rnpart it,:iio dos custos conjuntos
pelos produtos principais:
los
• Identificar e caracterizar os critérios de repartição dos custos conjuntos
pelos subprodutos:
O €/u 11. • ldent i ficar e caracterizar os critérios de n=:parlição dos c:u stos r.onju n tos
lO €/un. pelos resíduos:
IJ €il1n.
• Identificar <JS lirnitaç:ões da infornwçào obtido. n<l v<i!orizaçiio cios pro-
dutos obtidos em produção co11junla.
r Funçóes;
Jemons lrações
SÍNTESE TEÓRICA
Processos produlivos
Produção disjunta
Prodl1çáo conjunta
Prod uçilo conjunta 8 um regime ele f"nbricnção 111ú1 ti pia em q uc, n pnrtir
de uirni mesma ou de urn conjunto de malérias-prirnus. se obtém vários pro-
dutos interdependentes. não sendo possível fabricar um sem que. obrigato-
riamente, se obtenha. por arrasU1rnento. o outro ou os outros.
Num processo produtivo com P.slas ca.ractcrístícas existe geralmr-mte uma
f;ise conjunla da procluçfío. que corresponde à fase do processo produtivo CJll.
que os produtos aind;:i não se autonomizaram, e uma fase disjunta cl<i µroclu-
ç8o que corresponde à fose cio processo produtivo em CJUe os produtos já sH
autonomizaram e em que j<Í podem ser objcclo de opp,rnc,;ões ele trnnsfornrnçdo
específicas e dif ercn t es de produ lo pa rn prorl 11 to. O momcnt o do processo
produtivo cm que o~ produtos se ;rntonomizam design0-se por ponto ele se-
paração (PS).
A figura 4.1 carncteriza de uma formn esquemática o regime de produção
conjunta:
70 T1'l·\S 1>1·: L:u:·:-r. 1111uri:1u1 : DI. Gr:SIA~1
~. ProdlilnA
M. Prim;i
~ Prod utoD
___________
.._ _,
~----~----'
F11s0 2
• Por um Jadu, os custo.e;. conjunto.e; ou co1mrn.<;, que sfio aqut!IP.s que cor-
respondem à fosc conju ola (fose 1) da prod11ç5o e que rcspeilnin simu l-
tanearnente a mais do que um prouuto, não sendo possível conhecer o
védor 8 irnpular a cada urn deles: esln !'ase estende-se até n ponto ele
separnçào (PS)
• Por outro lado. os custos específicos, que süo aqw~les que respeitam íl
fose disjunla dn produçõo (frise 2 e Fose :1). rcspeilDm a cada um elos
produtos !>eparncléimenle e são possíveis de imput;ir, de forma fiável.
aos vários prodnlos.
principais. Têm geralmente valor comercial, mas este tende a ser infe-
rior ao dos produtos principais ;
• Resíduos, desperdícios e rcfugos: são produtos que podem ler ou não
valor comercial, podendo originar cus los adicionais. como, por exem pJo,
cuslos de remoção e de lrnnsporle .
J tos, rle modo a ser possível detennionr o custo índus1:rial unitário de c<ida um
deles. Para lal, existem critérios de repartição de custos conjuntos pelos pro-
dulos priocipa is, subprodutos e rPsíd uos.
O rngirne de fobrico conjunto pode originnr a fabricação <l<~ produtos pri 11-
cipais . mas léllnbém de subprodutos. Apesnr de os subprodutos lerem geral-
mente um. valor comercial inferior no dos produtos principais, éJ su.:i
i: :-:i sltmcia <JÍectn <i repartição dos custos conjuntos .
E:xislem dois crilérios possíveis de reparlic,:ão rios custos conjl1ntos pelos
suliµrodutos. consoante eles tP.nharn ou não ·vnlor comercial:
--
CASOS PRÁTICOS
[,u,lüS U
A empresa FRANGOLANDTA dedica-se à criação e co!llercializaç<io de
frangos para abale. r.u sto!:J ~
Custo~ e!
O processo produtivo desta empresa resume-se no seguinte:
- l'ern
- Pe1tr
• Na secção de Engorda, os µinlos adquiridos aos criadores são sujeitos
- C<J>-<
a um período de engorda, através do recurso a rações: e---· --
- Aoa:
• Na secção de Abate e Sepornçõo, e após o processo de engorda se en- -Min
contrar concluído, os frangos são mortos e separados em quatro produ-
tos principnis (Pernas, Peitos, Coxns e Asas) e um subproduto
(lvliudezas). São ainda obtidos mais três produtos (Sangue. Ossos e e) e
Penas). considerados resíduos, f]Ue originam custos de remoção e que
esporadicamente são vendidos a empresas produtoras de fertilizantes
- o Sangl1e e os Ossos - e artigos desportivos - as Penas.
Cus lo>
Da con labilirlacle do mês de Fevereiro do a no N rntira ram-se os segu lilles
elementos:
a) Produção e Vendas:
d] 1
Produtos UF Produção Vendas Pv (€)
Tc1
]i8rl.la S kg 8 000 7 500 10.00
Pe it os ku
Coxu.'i
"
kg
5 000
2 500
5 ººº 12.00 1.
2 000 8.00
2.
kg
Asa$
MiudezJs kg
2 ººº J ººº 7. 00
800 400 2 .(10
3.
4.
5
b) Custos industriais :
Descrição Valor(€)
engorda se en-
- -A,;a~
-- Miude7.US
1 ººº
250
qualro prorlu-
1 subproduto
ngue. Ossos e
e) Custos não induslriais:
remoçáo e que
le fertilizantes
Oesr:rição V~lor (€)
p,•(€)
d) Duranlp, o mês de Fevereiro não foram vendidos resíduos .
Tendo por base a informação prestada . pretende-se que:
rn.oo
12.00
1. Valorize o subprodulo ;
8.00
7 ,llíl
2. lJel crmi ne os custos industriais unitários dos prod u los principais u I i-
l izando o critério das qunntidadcs produzidns:
2.00
3. Determine os custos induslriaís unit<:irios dos produtos principais uti-
lizando o critério do valor de venda da produção;
4. Octcnnine os custos industriais unilários rlos produtos principais uti-
lizando o critério do valor ele venda no ponlo de separaçõo;
5. Delermine o resultado por prod1.1lo e global, admitindo que a empresa
utili z;:i o critério do \'alar de venda oo ponto d e separação para valori -
zar os produtos princi pais.
71-i T L.\l.\S D!·: C11~T.lllll.lll.\IH: l >i' Ci-.''J.\(1
Po
Oescrição Valor(€)
('') \.';1 l<11" de: nmdo1 d,1 prnd u<,:[10 x 3'!{·, x l'rro~.o de 1 '' "<1 ~ = •411 .00 €
Ao s11bproduto vai ser atrib uído, para efP.itos d8 v11loriz<ição das rnspec!i-
v<:1s cxisl ênci<is. um c usto dR 1 552 €. equivrilente ao cuslo conjunto (J 302 €)
ad ício1rnc!o dos custos 0.s pecíUcos ind u slria is (2 50 € ). O e usto u nilário das
Jvfiudezns seró de U:l4 €/kg (1 552 €/800 kg).
Oescriçiio Valor!€ )
1. Cusl ol' com .i co mpra dos pinl \!~ r·J <~ 11:;o rd ;i 10 000
2. ( :11s los c:n1n o ;1batc " ~~< purn~:ão da~ pa ri<~$ 2 1 3ÜL
-
~.Cu s tos 1:onj 1111tos do pnriudn 1·1) + 12) J 1 :rn2
-1 . Cus los conju nt n~ :i im pul~r ao .< ubpwduln ., 302
5. C11 ,; tos r:llniun lus ~ im pLll<Jr ª"s prnd11i(ls pri11 c ipai< (3) - t~I '. lO DOO
77
Dos cálculos él tlleriores resulta que os custos conj u n los él ro pnrt ir pelos
produtos principais correspon~ern a 30 ,000 €. l~n~o em_ linha de _cont<J que
existindo um subproduto (Mn1 cl ezas l e np,cessa r 10 npl 1car prev 1<1 mente o
critério do lucro nu lo .
o quadro segu in l8 cvi de ncia os có leu los necessários ;1 determ i naç5o elo
CIPA unitário de cacl<J um dos produtos principais.
-
Coxas
2 "ºº 1·1,2\l 4 213 6 1 2:'iil 5 53G 2 ,2 1·H
Produtos
\IV Polcncial
lnd.
Cuslos específicos
'Yo
Cus los
conjunlos
(*') Global
Cll'J\
l.Jnilário
º
e:
E·
0
(1) (2) (J) (4) = (1)- (21 ~ [J} (5} (6) (7) = (2} +(li) (BI == (7)/Qp :;:
Pt:l'llGS 80 000 4 000 2 400 7:) [i[)I) 4~.!l!l 13 797 17 797 2.224() ~
Pe ilus fil)()()()
2 "ºº 1 800 55 700 :.l4.H 1 1 li -l42 1 2 gqz 2.58134
Cox;is 20 000 1 25ll 1\1111 l8 150 l 1 .34 3 102 4 052 1.8608
i\sci s 14 OOIJ 1 000 420 12 :>tHl 7.llli 2 358 3 35 8 1,1;rno
Tn tal l 74 000 8 7~0 5220 160 030 HlO.Oll :rn noo 3ü 750
(-)o~ cublO~ 1;sp~c ifíc.o.; n.-10 inrlustri;:,is correspL>nclem aL>~ c..u&lob el e distribuiç~o va1161>1:i,;, ou se;~. \/V polern::1al x 0 ,03.
(• ·1 Os r..JJslo' con1untos a alnlrnir a t:él<fo produto ~J1J <>•lu1l11clos co1n bas0 n.i s0gui111e lormula:
Cuslo r.oniunlo do produto pri11cl}JJI = VV tH) !'~ 1%1 x Custo r.001111110 lotai.
Por cxe mpl1>:
f'Jra o produlu "Pcrnc10"-> 0.-l:JH~ X :rn 11011 = n 797 €.
'-1
e
80
C. üislribuiçiio
Variáveis 2 250 1 800 480 210 24 4 7(\4
Fixos
2 "ºº
C. Adniinist, 2 000
l{e.<;. oper,)c:ional 1137:12
1
PRODUÇÃO CONJUNTA
fl1
l li
Da contabilidade do mês de Setembro do ano N retiraram-se os seguintes
elementos:
a) Produção e Vendas:
)(
b) Existências iniciais:
Manteiga -
Leíle condensado 5 000 ernb a 1,fi € /emb.
82
1 1. ReJ
Desr.rii,ão Custos(€)
A
--P<1ra o IL'Íl r: cond1~11sado
3 ººº Leite
1\rmazém dr mclléria;-primds
8 ººº ju ntc
Secção A ló 000
Sccc,:áo B l 12 000 o
64 o
Secção 132
7 ººº
2 "ºº
.'\rin<i<ém de prmluto' >1ca h.1dos
Descrição Custos p
iitindo que a em- 'O eoullciado espP.ci fíca que o cus lo do armazém de malérias-prirnas deverá ser imputado ao leite em
função da quantid a<lP. consumida. ()este modo, o valor lota! do leile cons umido deverá ioclnir o cus lo <la-
stêncías o LIFO. queie armazém.
p
Tol êi l
li-1 ººº 20 soo 92 500 ·-
p
fj ,-,1
O valor dns veudns resu lla d;:i m ullip l icação da q u,rn licl<:id<-) ven cl ida de
c<1da produto pelo respcclivo preço ele vendil.
O v<ilor do custo das vendas dn manteiga resulta dn mulliplicac,..1n da
quantidade vendidn p<~lo rcspr-clivn ClPA unitário . urna \'(~;1, que náo h5 exis-
l êncius iniciais ele nwnlciga.
Pelo contrário. o npuramenlo elo cuslo das vendas do leile condensado
exige que se lenhn em consider<H,:fio o critério de vn lori m ct ri o cl JS suídus
adoplado pela crnp1Tsil. que consiste no Ll fO. O valor apresentado no qunclro
determinou-se do seguinte modo:
le u1d<1 nrn dos
) Leite Conclen - 45 900 = 25 000 X 1.G44 + 3 000 X 1,60
11los correspon- Note-se queº empresa vendeu toda él sua produ çC:to (2~) 000 <m1bél lagen.s)
~ os originélra m. e uma parle elas exis tências iniciai» (3 000 ernbi1l age11s).
O valor dos cuslos d<~ dislribuiç.fio varióveis res ulta da multiplicaçii.o ela
11inte (em€): qwm l idnd e vendido de c;acl;1 fll'Od u lo pelo respec ti vo c us Lo comercial vnriú vcl
unílário.
Cll'A. Uni!
(4] = (:lJ / Qp
O. Eil.J
1.64.J
Ili\ T1/'1,'\~ IJE CiJ!''IAllll.IDAm: DE e l'Sl À(l
a) Produção e vendas:
~~~----------------------------
r 87
b) Custos inuustríé!iS:
nen:ialização de
Desr.riçãu Valor(€)
mi vastos pon1a-
n.açãs, ameixas e Pibsegos colhidos 13S noo kg) 0.40/Kg
Sce-ção Lavagem e Desca <quc .;o oon
~ p0sscgo. o pro- Secção <lc Tri tu rnç:.ici 12 000
L\·foléria.s d iversa' e Secção de l'repilr<i\:lio lO 000
Wéldos e descas-
Consur110 de ni~t 0 rias diversa~ e custo> dJ Seci.;€10 de Liquidifi< at,:~ü
:1ººº
Consumo de frnsLOS e custos <la secç;io (\~ 1'mbal<Jgern ri<" C01llj >Otas
20 ººº
10 ººº
\,Qnsumo de garrafds •·~custos dn Sec~:i10 de Emholagern ele sumos
)Ssão redu:údos Consumo de matemil ele embdl,igcm e c ustos chi S f;!r.ç~ o de F.mb<1l«gtim d.1> c;i<;cas 100
ego;
9dos cígua e açC1-
do a oLtP.r Com- e) Custos não induslrinis:
frascos de 200
Descrição €
;o de Triluraçi'io
Cu.~tos admini~lrntivos 10 000
:licionados água
C1»los de rhstribu içflo vasi~1·c l '.! % do VéilM dJS \ t'lld.1s
idos em garrafos
Custo., r!e d i.>lríbll içi10 fixos 4 :;oo
ndo vendidas a
Tendo por base a informação prestada. pretende-se qu e:
Pv(€l
4 .2 0
2,00
- --
5.00
Capítulo 5
Objectivos pedagógicos
Valores
,/ Custos Varieve1s
.........
.··
··~· ·I"'·:"::·....... .
..·· Custos Fixns
··········:.::.:.:...·:····
·--~.,.:.·;: ....... ::·..........·
/
Quantidades
O custo lota! globnl {cus tos (ixos globais + cuslos vnri.íveis globais) será
igual aos cuslos fixos quando a activiclade for nulll e ser{t a soma dos custos
fixos com os custos variáveis parn cadé! nível el e ac!lvicla.cle e fedivament e
regis lndo.
~~~------------------ ..............
p
'JJ
111 portam en to dos A figu rn 5 .2 evidencia, esquema l icD mAnl(", o com porlamen lo dos cu si os
olobais numa óplica de curto prnzo:
o
Cus10<1 Tnl;iis
Valores
Custos 'Jz:ir1Jvc1s
..···
... -··
..·· .~···
IZO, idel!tificél-
:nln sempre 0 Valores
1 ou !ro grupo
1te ao <ll1rncn-
Quantidade$
Unia vez que o resultado de uma empresa é d<ido pela diferençn entre
proveitos e cuslos, importa lumbém cnlP-ndm o comporLurnenlo dos proveitos •
quer a médio longo prazo. quer J curto prazo.
Os proveitos são o produto de um dado nlime.ro de unidades venci idas por
uni deternúnndo preço de venda. A médio longo prazo, u pre<,:o ele venda
tenrlc a decrescer. fruto cio aumento do número de concorrentes, o que origi- A
na que os proveitos globais o.presentem incrementas progressivamente de- !lélS l
crescentes, pois aumenlél o número de unidarles vendidas, nrns lrnixa o preço pren
ele venda.
Numa pcrspectiva de curto prnzo, pode considerar-se que o preço de vr-~n
A Ec
da se mantém ilrnlterado (constante). pelo que os pro,·eitos globais varí<ll'l.1
proµorcionalmenle ao nível de nctívidc1de.
e
lntervalo Relevante
[
A análise Cuslos-Vol11me-Res11llados (CVR) é1SSenta unicanumle na pers- p,)11
pectiw1 do curto prazo, sendo ví:Ílida <1penas parn decisões cu jos ef<~ílos S8
materilllizem neste horizonte temporal. onde é possível individu rtliznr um
inlervulo, expresso em número de unidades de produto ou dP. tempo. em
q llP,:
R = Q x Pv - Q x CVu - CF
~camente na pers-
·s cujos efeitos se em que :
ndividuabzar um
JU ele tempo, em • R - Resultado
• Q - Nível de actividade dado pelo número de unidades produzidas e
vendidas
proveitos globais
• Pv - Preço de venda
~rvalo relevante,
p
9ii Tl'.\I ,, Ili. C:11~·1 ·l llll.llJ,\ lll: íli C 1·:.ST,\()
Margem de Contribuição
L ------
MC -= Q x m
Ve
ç5o unitária, designada por n1. sendo: (ff
m = Pv - CVu
_J
l [
A equação CVR do Resullaclo pode. pois. ser apresentada como:
ou
R =Q x (Pv - PVu) - CF
l
I{ = Q x m -CF
ou [
R = MC -CF
d<is
A Margem de Contribuição pode t<imbérn ser ex pressa em pe.rcrm tagem
vendas.
[
Es! a margem, ass im expressa. rcprnsen ta<lo pur m', pode ser caku la da a
parti r dos valores globais:
V - CV
m'=
V
AS m: CONTAOILIDAl)f nt GEST.-\Q
97
AN..i.LlSll - Cl.!STos/VOLUM.l'iRY..SUl.T/\llOS (CVR)
ada como:
L- - - - - -
MC =V x m'
R = V x V - CV - CF
V
ou
~v - CVu
L ou
~--Pv _ __
R=VX -- -·- - CF
em percentagem R =V x m'-CP
e ser calculada a Para efeitos de gestão interna, as emp1:esas podem elaborar uma Demons-
tração de Resultados que evidencia a Margem de Conlribuição. apresentando
os custos desagregados em Variáveis e Fixos. O quadro 5.1 apresenta essa
demonstração com a seguinte configuração:
!)f\
O Ponto Crítico das Venuas (Ponlo Morto das Vendas. Lirnim de Rendibi-
lidade ou Rreakevcn Poínl) é o nível de élC!ivilL:idc (expresso em vP.nclas.
quantidade ou vrilor) que proporciona um rnsu ti ado nu lo. N (veis ele acliv i-
Jad e superiores proporcion<irn n~sullados positivos e níveis de ar:tividadc
inferiores dão origem a prejuí?os.
Uli li wndo a Ef]UéH;óo CVI:\ do Resu 1tado. pode c::a leu lar-se esse nível cl e e. fi
aclividadc dt~ indif P-rença. expresso em número de unidades e Jéprescntarlo
porQ':
Q' X Pv - Q' X
P.
=
=O
O
l
e em
CF po<
Q'=-- -
Pv - CVu
,-
1
A segunrl;; igua 1dacle ri Lrás a presentada , Q' x (Pv - CVu) - CF. pcrrn ile uma
bon compreensão do signifirndo rio Ponto Crítico. L
Como Q' x (Pv - CVu) repn~scnlo A t\fargcrn de Conlribuiçf\o Global pro-
porcionadél por Q' unidades vendidas. logo, determinar o Ponlo Crítico nào
é mais do que cnlcular o nível de aclividade Q' que proporcion8 uma margem
. .. c us·1·os(V1 >U ·)WJ'Rl'Sl 'l,1'.-\1 >l" 1C\' R) ! I~
ANM·"~ - ·
de çonlribuiç<'io global igu()I aos custos fixos globais. o que resultará num
resultado nulo.
A terceira igualdade referiria, Q' = CFl(Pv -CVu l ou Q. = CF/m, é norrmil-
menle representada corno a expmssão elo Punlo Crítico em quanlidDdc~ e
permite uma outra leitura.
Dndo que Pv - CVu é a margem rle contribuiç5o uniláriil pela qual dcwm)
ser dívidícla o margem de contribuição global, cujo valor é igual élO elos Cus·
los fixos, então Q' represenla a quantidade ele unidades '1 vender fJUe pro-
porciona resu !lado nu lo.
O Ponto Crítico das Vencias em valor (V") reprnsenla o Volume ele Vencbs
a atingir para que o result<ido sejn nulo.
O seu c61culo d<~duz-se cio Ponto Crítico ern quantidade (Q'), multiplicado
pelo Preço de Venda.
Cf
Pv X Q' = Pv X ----
Pv - CVu
Cf
\/" = Pv X
Pv - CVu
e, lúrnl1nenlc:
[ V' = - - - -
CF
Pv - CVu
Pv
Pv - r:v11
O denomina dor - -p-,.- - é a representaç;10 da margem de contriliuiçiio
cim percentagern (rn'). con(orme referirlo a11teriorrnenle. pdo que (V') também
pode ser expresso por:
v· =
CF
in'
'100 TEM/IS Dl. CONT1\Ull llJ/IJ)i". Ili. Gt:.)'f..\()
Em re.sumo:
b;
• O Ponto Crítico en1 Quantidades (Q') é dado pelo quociente enlre os
a
Custos Fixos (iguais à margem de contribuiçào global a atingir para
d·
obler resullado nulo) e a Margem. de Contribuiçáo Unitária (m];
lr
• O Ponto Crítico em Valor (V') é dâdo pelo quociente entre os Cuslos si
Fixos (iguais à rnargem de contribuição global a atingir para obter re-
snllado nulo) e a Margem de Contribuição ern Percentagem [m').
Margem de Segurança
[ MS=
Q-Q'
Q'
1n2
'- - --~~~-V--V'~~~-~J MS =
O Pon!o Crítico traduz o nível de vendas a atingir paro que 8 margem ele
contribuição global gerada iguale os cuslos fixos. porlaillo, para que se pro-
du:ta um resultado nulo. ficando os custos fixos totalmente cobertos no
Ponto Crítico. o resultado proporcionarlo por uma unidade vendida a mais
do que o ponto crítico é dado pela margem de contribuição unitária (m), ou
seja, pela difernnça entrn o preço ele vencia e o custo variável unit<írio.
O re.sn llado proporcionado por m<iis duas unidades vendidas parn aléni
do Ponto Crítico será 2 x me assim sucessivamente.
Geof~raiizando.
o resullado proporcionado por qualquer nível de ven<las
(Q) , conhecido que seja o Ponto Crítico (Ql é dado por:
l.~~~--~-~-R-(Q_l_=_(O~-Q-'_J_x_rn~~--~~~~J
onde (Q - Q') expressa o número de unidades vendidas a mais (ou a menos.
sH Q < Q') do que o Ponto Crítico.
A mesrna estimativa pode sr~r feit8 a pnrtir dos dados expressos em va lor
a partir da seguinte expressão:
R(V) = (V - V') X m·
onde V - V significa o volume Je vencias <1cima (ou abaixo) cio Ponto Crítico
em' é ;i margem de contribuição em percentagem.
)03
1~ 1,.LISE - Cus·ro s/VOLL1M1JRh~u1.1~110~ (CVR)
o Ponlo Crítico
.6.C = Cl -CO
104.
A
para
qual
O Resultado Diferencial, designado ~R, mede o impacto económico da
A
decisão e é dado pela d iferença entre os proveitos diferenciais e os custos
diferenciais: de V
de 1
supc
~R = LiP - LiC
] inch
e
Custo Marginal
Custo de Oportunidade
---~ __]
pacto económico da
A Empresa CALÇAFINO dedica-se à fabricação de um modelo de sapatos
para homem que comercializa, com marca própria, em redes de sapatarias de
qualidade.
irenciais e os custos A capacidade normal instalada é de 40 000 pares de sapatos/ano e o preço
de venda à rede de retalho é de 40 €/par. Os custos industriais variáveis são
de 10 €/par e os custos industriais flxos são de 600 000 €/ano. A empresa
esponde um deter- 5. Determine qual o nível de actividade (quantidade a vender) que a em-
presa deverá atingir para cumprir o objeclivo prevíamenle fixado de
um Resultado Antes de Impostos no monlante de 154 000 €.
' por uma determi-
; em decisões alter-
Caso 5.1 - Resolução
retorno associado
por isso, constitui 1. Resultado Antes de Impostos
Descrição Valor(€)
4. Marg
3. Ponto Crítico expresso em quantidades
res d4
A determinação do ponto crítico em quantidade é feita a partir da seguin- AMn
te fórmula: dade ou
Pode
CF
Q'=----
Pv - CVu
Significa que a empresa lerá de vender 22 000 pares de sapatos para obter
um resultado nulo. consoar
ou em"
\07
ires rfa sapatos: Dito de outra forma, com a presente estrulurn rle custos fixos. praticando
este preço de venda e 1m1ntenclo o custo variável unitário, o nt'.1rnero de uní-
dades que se lorna necessário vender parn proporcionar urna margem de
contribuição global igual aos custos fixos (e portanlo rnsullado nulo) é de
22 000 unidades [22 000 x (40,00 - 12 ,00) == 6H> 000].
:Ie Contribuição:
Em valor, o Ponto Crítico é dado por:
V11lor {€)
V'= _ _C_F_
Pv - CVu
l ººº ººº
Pv
250 00()
50 ººº v· = 616
~~~~~~-
40, oo -
ººº =
616 000
= 880 ººº €
700 ººº 12.00 0,7
40,00
600 ººº Outra hipótese de calcular o ponto c.rítico em valor é:
16 000
84 000
V'= Q' x Pv
Q - Q. V - V'
MS= ---~ --
.1inte : Q V
Umíl vez que se pretende que o Resultado (RAf) seja de 154 000 €,verifica-
-se: ven1
)'
40Q - 12Q- 616 000 = 154 000 ~ 28Q == 770 000 ç::- Q = 27 500
SUJ}
que
Logo, a empresa deverÁ vender 27 500 pares de sapatos para cumprir o
objectivo de resultado a que se propôs.
:::oN"1AnlL!UAJ)1: v~ Go:srAo 109
/\NÃU% - Cusrns/Vo1.1;>.11/RL,uL1t.1.ios (CVR)
l pares de sapatos
Caso 5.2 - Enunciado
:mpresa está a la-
: 000 pares de sa- A empresa REVEST produz um revestimento cerâmico para exlerior, len-
do uma capacidade instalada que ronda os 500 000 m 2/ano.
Relativamente aos dois semestres do ano N, em que produziu e vendeu,
mpostos (RAI) respeclivamente, 181 250 m 2 e 187 500 m 2 , apresentou os seguintes resulta dos
(valores em€):
000 €, verifica-
Nas previsões para o ;mo N + 1 a empresa admite situar-se em níveis de
vendas que representam 80% da capacidade instalada.
" 27 500 Na presunção de que a empresa verifica e continuará a verificar os pres-
supostos da análise CVR, com base na informação fornecida, pretende-se
para cumprir o que:
sões de vcJ1dn dro. 0.2'.l €/m.~. o que. segundo estudo do Oepnrlamenlo nos
Com(HCi.âl, aurnenlinia as vendAs em 20%: cusl
8. Sabendo que o seu acLlla1 mercado se rrninlerá nos Lermos anlcs descri-
tos no enuncíaclo, analise a proposta feita à empresa ele uma exporlaçào
CV
ocasionvl de 50 000 m" de revestimento. para a qual se exige um prc\:O
r:le 3,00 €/m~ e que implkélr<Í um agravarnenlo do cu~lo de distribuição
de 0.15 € / m'" . (
""':i
6ó2
Caso 5.2 - Resolução
Em. pri meíro 1ugar, há que determinar os elementos da em presa que per-
mi tarn calcular a equação CVR do Resultado, ou seja. o Preço de Venda, os
Custos Variáveis e os Custos Fixos.
Uma vez que se presumem os pressupostos da leoria CVR, significll que o e o:
Preço de Vencia. bem como o Custo Variável Unitário, se mantiveram e man·
terão constantes, e os Custos Fixos permanecerão irn'llterados.
Cál
Pelos elementos apresenlado.s rela! ivos ao ano N, constata-se que houve
uma variaç3o de unidades vendidas do 1.º Semeslre para o 2 .0 .semestre de
187 500 - 181 250 = G 250 m 2 . lóg
do Departamento nos dois semestres do ano N, logo o aumento verificado só pode dever-se aos
custos variáveis associados à variação no número de unidade vendidas.
mos antes descri-
e urna exportação
e exige um preço CV Ind Unit =
6. Custo Vendas 675 ººº - 662 500 = 2,00 € /m 2
6. Unidades Vendidas 6 250
:o de distribuição
Os Custos Industriais Variáveis no 1.0 Semestre foram então, 2,00 x 181 250
== 362 500 €,pelo que os Custos Industriais Fixos no 1.0 Semestre foram de
662 500 - 362 500 = 300 000 €.
Repetindo o raciocínio para o 2. 0 semestre, determinam-se os Custos In-
rnpresa que per- dustriais Variáveis de 2,00 x 187 500 = 375 DOO €e os Custos Industriais
iço de Venda, os Fixos de 675 000 - 375 000 = 300 000 €.
Em síntese, o Custo Variável Industrial unitário correspondeu a 2,00 € /01_ 2
~.significa que o e os Custos Fixos Industriais anuais totalizaram 600 000 € .
nliveram e man-
1s.
Cálculo dos Custos de Distribuição Variáveis e Fixos
ta-se que houve
2. 0 semestre de
Proceder-se-á para os Custos de Distribuição com o mesmo raciocínio
lógico usado para os Custos Industriais, ou seja:
Ql
1. Resultado Antes de Impostos
pi
Para N + 1 a empresa estima vendas de 400 000 m 2 o que corresponde a P'
80% da capacidade instalada.
Conforme apresenlarlo no ponto anterior a equélçáo CVR do resultado é
dada por: