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PROJETO MECÂNICO
2.ª EDIÇÃO
TÍTULO
Introdução ao Projeto Mecânico – 2.a Edição
EDIÇÃO
Quântica Editora – Conteúdos Especializados, Lda.
E-mail: geral@quanticaeditora.pt . www.quanticaeditora.pt
Praça da Corujeira n.o 38 . 4300-144 PORTO
CHANCELA
Engebook – Conteúdos de Engenharia
DISTRIBUIÇÃO
Booki – Conteúdos Especializados
Tel. 220 104 872 . Fax 220 104 871 . E-mail: info@booki.pt . www.booki.pt
REVISÃO
Quântica Editora – Conteúdos Especializados, Lda.
DESIGN
Delineatura – Design de Comunicação
IMPRESSÃO
maio, 2019
DEPÓSITO LEGAL
455410/19
Copyright © 2019 | Todos os direitos reservados a Quântica Editora – Conteúdos Especializados, Lda. para a língua portuguesa.
A reprodução desta obra, no todo ou em parte, por fotocópia ou qualquer outro meio, seja eletrónico, mecânico ou outros,
sem prévia autorização escrita do Editor e do Autor, é ilícita e passível de procedimento judicial contra o infrator.
Este livro encontra-se em conformidade com o novo Acordo Ortográfico de 1990, respeitando as suas indicações genéricas
e assumindo algumas opções específicas.
CDU
621 Engenharia Mecânica
ISBN
978-989-892-750-7
Catalogação da publicação
Família: Engenharia Mecânica
Subfamília: Tecnologia/Fabrico
ÍNDICE
ÍNDICE VII
2.2.1. Momento ............................................................................................................................................................. 53
2.2.2. Trabalho-Energia ............................................................................................................................................ 54
2.2.3. Potência ................................................................................................................................................................ 55
2.2.4. Rendimento ....................................................................................................................................................... 56
2.3. Resistência dos materiais ........................................................................................................................................ 57
2.3.1. Relação tensão-deformação .................................................................................................................... 57
2.3.2. Pressão de contacto (Hertz) .................................................................................................................... 59
2.3.3. Tração e Compressão ...................................................................................................................................61
2.3.4. Corte ....................................................................................................................................................................... 62
2.3.5. Flexão .....................................................................................................................................................................64
2.3.6. Torção .................................................................................................................................................................... 67
2.3.7. Cargas combinadas ....................................................................................................................................... 68
2.3.8. Círculo de Mohr e Tensões Principais ................................................................................................ 70
2.3.9. Critérios de resistência ................................................................................................................................. 71
2.3.10. Fadiga .................................................................................................................................................................. 72
2.3.11. Encurvadura ..................................................................................................................................................... 73
ÍNDICE IX
5.1.9.1. Exercício 1 .............................................................................................................................................. 151
5.1.9.2. Exercício 2 .............................................................................................................................................152
5.2. Chumaceiras .................................................................................................................................................................153
5.2.1. Introdução .........................................................................................................................................................153
5.2.2. Dimensionamento de chumaceiras .................................................................................................155
5.2.3. Potência dissipada e caudal de lubrificante ................................................................................160
5.2.4. Exercícios ...........................................................................................................................................................162
5.2.4.1. Exercício 1............................................................................................................................................. 162
5.2.4.2. Exercício 2 ............................................................................................................................................163
ÍNDICE XI
8. CÁRTER DE MECANISMOS ......................................................................................... 239
8.1. Arquitetura ....................................................................................................................................................................239
8.1.1. Introdução .........................................................................................................................................................239
8.1.2. Tipos de arquitetura ....................................................................................................................................239
8.1.3. Acessibilidade para montagem e manutenção ........................................................................243
8.1.4. Exemplos de estruturas de cárter de mecanismos .................................................................245
8.2. Dimensões ....................................................................................................................................................................249
8.2.1. Introdução .........................................................................................................................................................249
8.2.2. Espessura mínima de parede .............................................................................................................. 250
8.2.3. Dimensões indicativas ..............................................................................................................................251
8.3.
Lubrificação ................................................................................................................................................................. 254
8.3.1. Introdução ........................................................................................................................................................ 254
8.3.2. Lubrificação com massa lubrificante ...............................................................................................255
8.3.3. Lubrificação com óleo ..............................................................................................................................257
8.4.
Vedação ..........................................................................................................................................................................259
8.4.1. Introdução .........................................................................................................................................................259
8.4.2. Vedação dinâmica com folga ...............................................................................................................259
8.4.3. Vedação dinâmica com contacto ..................................................................................................... 260
8.4.4. Vedação estática .......................................................................................................................................... 264
8.4.5. Exemplos de vedação .............................................................................................................................. 268
ÍNDICE XIII
11.16. Caso de estudo 16 ............................................................................................................................................... 340
11.17. Caso de estudo 17 ................................................................................................................................................ 340
11.18. Caso de estudo 18 ................................................................................................................................................341
11.19. Caso de estudo 19 ................................................................................................................................................341
11.20. Caso de estudo 20 ...............................................................................................................................................342
Num projeto de produto o objetivo é um produto definível, que é tipicamente especificado em ter-
mos de custo, qualidade e prazo em resultado das atividades do projeto.
Os projetos são sempre complexos, pois implicam numerosas e diversas tarefas com vista a atin-
gir os objetivos do projeto em causa. Quanto mais tarefas envolvidas, mais complexo é o projeto.
Cada indústria ou produto pode apresentar diferentes tarefas, que se desenvolverão em sequência
ou em paralelo e estarão especificamente planeadas e detalhadas em normas para o produto a de-
senvolver. Outra particularidade de um projeto é a sua singularidade, já que haverá, sempre, algum
fator distintivo, mesmo quando esse projeto é repetido. A noção de incerteza está, também, asso-
ciada a qualquer projeto, já que os projetos são planeados antes de serem executados e, portanto,
aportam um conjunto de riscos normalmente associados aos já referidos custo, qualidade e prazo.
Os projetos são sempre delimitados por um início e um fim temporal, exigindo assim uma concen-
tração transitória de recursos humanos e tecnológicos. Apesar de todo toda a preparação e moni-
torização de um projeto, os recursos para a sua execução mudam/alteram-se durante o seu ciclo de
vida e o que exige, assim, uma estrutura organizacional competente, com capacidade de antecipa-
ção das dificuldades para que possam ser solucionadas de forma previsível, sem colocar em causa
os objetivos inicialmente definidos para o projeto.
05 - mar - 12
12 - mar - 12
19 - mar - 12
26 - mar - 12
07 - mai - 12
14 - mai - 12
21 - mai - 12
28 - mai - 12
Duração (d)
01 - fev - 12
06 - fev - 12
13 - fev - 12
20 - fev - 12
27 - fev - 12
02 - abr - 12
09 - abr - 12
16 - abr - 12
23 - abr - 12
30 - abr - 12
04 - jun - 12
11 - jun - 12
18 - jun - 12
25 - jun - 12
06 - ago - 12
13 - ago - 12
20 - ago - 12
% Completa
23 - jan - 12
30 - jan - 12
02 - jul - 12
09 - jul - 12
16 - jul - 12
23 - jul - 12
30 - jul - 12
Nº Tarefa Lider Inicio Fim
Tabela 1.4 Elementos que habitualmente fazem parte do Contrato de Projeto Industrial. 10
Número de
Item
páginas aproximadas
Missão 1
Lista de necessidades dos clientes 2
Análise competitiva 2
Especificações técnicas do produto 3
Modelos-Desenhos do conceito do produto 3
Relatório dos testes de conceito 3
Estimativa de vendas 5
Análise económica 2
Plano do Projeto 3
Lista de tarefas 2
Organigrama da equipa de projeto 1
Planificação (Gantt) 1
Orçamento 1
Riscos do projeto 1
Indicadores de medida de performance do projeto 1
A equipa de projeto é um grupo de indivíduos que executa as tarefas do projeto. Existem alguns as-
petos ligados à equipa que permitem que um projeto se desenvolva mais rapidamente, tais como:
• Menos de 10 pessoas na equipa;
• Membros na equipa desde o desenvolvimento do conceito até à pré-série;
Frequência de vibração
Peso
Modelo dinâmico Valor ideal
Variação do caudal
da bomba Frequência de SAAB
Preço
Variação de pressão vibração
Desgaste (analítico, CAE, Valor marginal
Rigidez corpo Protótipo, DOE)
NSU
19
9º Matriz Benchmarking
Correlações do mercado
1º Grau 4º Avaliação Qualidade
2º Especificações técnicas
Importância Competitiva Planeada
Grau de importância
Plano Qualidade
Interno Empresa
Argumento Venda
Concorrente X
Concorrente Y
Nosso produto
Índice Melhoria
Cliente - Mudge
1º Requisitos
Peso Absoluto
Peso Relativo
(KANO)
Clientes
Geral
3º Matriz de Relações
2.1
2.1 – Movimento circular
2.1 –– Movimento
Movimento circular
circular
2.1. MOVIMENTO CIRCULAR
2.1.1
2.1.1 – Velocidade angular (ω), Período (T), Frequência (f) e Rotação (n)
2.1.1 –– Velocidade
Velocidade angular
angular (ω),
(ω), Período
Período (T),
(T), Frequência
Frequência (f) (f) e
e Rotação
Rotação (n)
(n)
2.1.1. Velocidade Um
Um
angular
ponto (ω),
material Período
“P”, ao descrever (T),
uma Frequência
trajetória circular (f)
de e Rotação
raio “r”, apresenta(n)uma variação
Um ponto
ponto material
material “P”,
“P”, ao
ao descrever
descrever umauma trajetória
trajetória circular
circular de
de raio
raio “r”,
“r”, apresenta
apresenta uma
uma variação
variação
Um ponto materialangular
“P”, ao descrever
(Δϕ) num uma trajetóriaintervalo
determinado circular de
detempo
raio “r”,(Δt).
apresenta
A uma
relação variação
entre angu-angular (Δϕ)
aa variação
angular
angular (Δϕ) num determinado intervalo de tempo (Δt). A relação entre a variação angular
(Δϕ) num determinado intervalo de tempo (Δt). A relação entre variação angular (Δϕ)
(Δϕ)
lar (Δϕ) num determinado
ee o intervalo de tempodefine
(Δt). A relação entre a variação angular (Δϕ) e o inter-
eoo intervalo
intervalo de
intervalo de tempo
de tempo (Δt)
tempo (Δt) define aaa velocidade
(Δt) define velocidade angular
velocidade angular do
angular do movimento.
do movimento.
movimento.
valo de tempo (Δt) define a velocidade angular do movimento.
• ω
ω -- velocidade
ω – velocidade ••angular [rad/s]
velocidade angular
angular [rad/s]
[rad/s]
• ω - velocidade angular [rad/s]
•• Δϕ
Δϕ --[rad]
• Δϕ – variação angular variação
variação angular
angular [rad] ω
ω =
ω=
[rad]
• Δϕ - variação angular [rad] =
• Δt -- variação
Δt – variação de•• tempo
Δt variação
[t] de tempo
de tempo [t]
[t]
• Δt - variação de tempo [t]
O O Período (T) é o tempo necessário para que um ponto material “P”, em movimento circular
O Período
O Período (T) é o tempo (T)
(T) éé o
necessário
Período o tempo necessário
para que
tempo um ponto
necessário para que
que um
paramaterial ponto
um“P”, em material
ponto movimento
material “P”, em
em movimento
“P”, circular com
movimento circular
circular
comcom raio “r”, complete um ciclo.
raio
raio “r”, complete um raio “r”,
comciclo. “r”, complete
complete um
um ciclo.
ciclo.
TTT --- período
período [s] T
T =
T=
• T – período [s] •••
período [s]
[s] =
ω -- velocidade angular [rad/s]
• ω – velocidade •••angular
ω
ω - velocidade angular
velocidade
[rad/s] angular [rad/s]
[rad/s]
A
A Frequência
Frequência (f)
(f) éé o
o número
número dede ciclos
ciclos que
que um
um ponto
ponto material
material “P”
“P” descreve
descreve num
num segundo,
segundo, no
no
A Frequência (f) é oA número
Frequência (f) é oque
de ciclos número de ciclos
um ponto que um
material “P”ponto material
descreve num “P” descreve
segundo, no num
movi-segundo, no
movimento
movimento circular
circular com
com raio
raio “r”.
“r”.
mento circular commovimento
raio “r”. circular com raio “r”.
•• ff -- frequência [Hz] ff = =
• f - frequência
• f – frequência [Hz] frequência [Hz]
[Hz] f== =
=
A A Rotação (n) é o número de ciclos que um ponto material “P”, em movimento circular com raio
A Rotação
A Rotação (n) é o número de(n)
Rotação éé o
ciclos
(n) o número
que umde
número ciclos
ponto
de que
que um
ciclosmaterial ponto
um “P”, emmaterial
ponto movimento
material “P”,
“P”, em movimento
circular
em circular
com raio
movimento “r”, com
circular com raio
raio
“r”, “r”, descreve num minuto.
“r”, descreve
descreve num minuto. descreve num
num minuto.
minuto.
•• n - rotação [rpm] n
n = 60 =
n== 60
60 =
• n – rotação [rpm]
• nn -- rotação
rotação [rpm]
[rpm] =
2.1.2
2.1.2 – Velocidade periférica ou tangencial (v)
2.1.2 –– Velocidade
Velocidade periférica
periférica ou
ou tangencial
tangencial (v)
(v)
2.1.2. Velocidade A
A periférica
A velocidade
velocidade
velocidade
tangencial
tangencial
tangencial ouou
outangencial
ou
periférica
periférica (v)
periférica (v) (v)como
(v) tem
tem
tem como característica
como característica a mudança de
característica aa mudança
mudança de
trajetória aa cada
de trajetória
trajetória a cada
cada
instante,
A velocidade tangencial ou
instante, porém,
periférica
porém, o
o seu
(v)
seu valor
tem como
valor nominal
nominal mantém-se
característica
mantém-sea constante.
mudança de
constante. A relação
trajetória
A relaçãoa entre
cada aa velocidade
ins-
entre velocidade
instante, porém, o seu valor nominal mantém-se constante. A relação entre a velocidade
tante, porém, o seutangencial
tangencial (v)
(v)
valor nominal
tangencial
e a velocidade
(v) ee aamantém-se
velocidade angular
angular (ω)Aéérelação
angular (ω)
velocidade constante.
definidaentre
(ω) é definida
pelo araio
definida pelo
pelo raio
“r”
“r” da peça.
“r” da
da peça.
velocidade
raio tangencial (v)
peça.
e a velocidade angular (ω) é definida pelo raio “r”
|1 da=
peça.
|2 =
|3 =
|4 =
|1
|1=
|2
|2 =
= |3
|3=
= |4
|4 =
= =
����⃗� � ���
��� ����⃗� � ��� ����⃗� vvv�=
����⃗� � ��� ω. rr
=� ω.
= ω. r
isolando
isolando ω na expressão da rotação,
rotação, obtém-se:
v4 ω
isolando ω
ω na
na expressão
expressão da
da
� rotação,
obtém-se:
� �� obtém-se:
vv4
4
ω
ω
v3
vv3
3
. o
ω
ω = . r o
o
ω=
.
CAPÍTULO 2. NOÇÕES GERAIS PARA PROJETO MECÂNICO =
rr 47
v1
vv1
1
v2
substituindo ω na expressão anterior, obtém-se: vv2
substituindo
substituindo ω
ω na
na expressão
expressão anterior,
anterior, obtém-se:
obtém-se:..
2
v
v = ..
v=
..
=
O saida
ω trem é 3/0
O =trem
ω multiplicador
ωentrada = eωnão
é=>multiplicador 4/0e =>
inversor
não
inversor
❹
ou ou ou
O trem é multiplicador e não inversor ❶ ❶❶
Planetário 1 fixo, ω1/0 = 0.
ωsaida =ω = =>
ω=4/0ω=>
ωω4/0saida ω = 3/0
ω=3/0=>
ω=entrada
ω ω=> =>
ousaida =>entrada
entrada
4/0 3/0
❸
❶❸
Duas possibilidades:
❷ ❸
O trem é 4/0
redutor e não inversor
O trem éOredutor
ωsaida =trem
ω é=>redutor
entradae
eωnão =não
ω 3/0inversor
inversor =>
ωsaida = ω3/0 => ωentrada = ω4/0 =>
❹ ❸
O trem é redutor
Planetário e não inversor
O trem é33
Planetário (Coroa)
Planetário (Coroa) fixo,
3 (Coroa)
multiplicador eω
fixo,
fixo,
nãoω =3/0
0.= 0.
ωinversor
3/0
3/0 =
Planetário 3 (Coroa) fixo, ω3/0 = 0.
Duas
Duasoupossibilidades:
possibilidades: ❷ ❷
Planetário 3 (Coroa) fixo, ω3/0 = 0.
Duas possibilidades: ❶
Duas possibilidades:
ωsaida = ω4/0 => ωentrada = ω3/0 => ❷
❸❹
❷❹
Duas
ωsaida possibilidades:
= ω=1/0ω=>
ωOsaida 1/0ω
=>entrada = ω=4/0ω=>
ωentrada 4/0 =>
1 1
trem é redutor e não inversor
❹
ωsaida =ω ω => ω =ω =>não
1
1
O saida
trem é 1/0
multiplicador ❹
= e4/0
ωnão inversor
O1/0=trem
ω é=>
multiplicador
entrada
ωentrada 4/0e => inversor
Ooutrem é multiplicador
Planetário e não
3 (Coroa) fixo, ω3/0inversor
= 0.
❶ ❶
O trem éou
multiplicador
O trem
ou
e não
é multiplicador e nãoinversor
inversor
Duas ❷
ωsaida = ωpossibilidades:
=> ω ωentrada= ω=1/0ω=>1/0 =>
==
ou ou ωsaida =4/0ω4/0 =>entrada
❸
❶ ❸❶
❹
Oω=saida
é =4/0
ωé1/0 => ω = ω4/0 1
O saida
trem redutor eentrada
não =>=>=
inversor
ω trem
ω =>redutor
ωentradae=não
ω 1/0inversor ❸
ωsaida = ω4/0 => ωentrada = ω1/0 => =
❸
O trem é multiplicador e não inversor
Emtrem
O termos
Em termosde construção
é redutor de econstrução deste
não inversor tipotipo
deste de trem existe
de trem umauma
existe relação relativa
relação ao número
relativa de dentes
ao número de dentes
O Otrem
trem ééou
redutor
redutor
a respeitar noseenão
nãoinversor.
inversor
planetários e satélites:
❶
a respeitar nos planetários e satélites:
Em termos
ωsaida = ωde construção deste tipo de
4/0 => ωentrada = ω1/0 => =
tremexiste
uma relação relativa ao número de dentes
❸
Em termos de1 construção
a respeitar nos deste
planetários
satélite
1 satélite tipo de
e satélites: 2trem
existe
satélites
2 satélites uma relação relativa3 ao número de dentes
3 satélites
satélites
O trem
Em termos é redutor e não
de construção inversor
deste tipo de trem existe uma relação relativa ao número de dentes a res-
a respeitar nos planetários
❷ ❷ e satélites: ❷ ❷ ❷
peitar nos
Emplanetários
1 satélite
termos e❸satélites:
de construção 2 satélites
❸ deste tipo de trem existe❸
uma relação relativa ao número de❷
3 satélites
dentes
❸ ❸ ❸
❶ ❶planetários e satélites:
a respeitar ❶ ❶ ❶
❷nos
1 satélite ❷ ❶
2 satélites ❷ 3 satélites
❸ ❷ ❷❷ ❷
❷ ❷ ❸ ❸
1 satélite
❶ 2 satélites
❶ 3 satélites
❶
❷ ❷ ❷
❸ ❷ ❷
2∙❷
2 ∙ ❸ ❷ ❸
❸ =❷ ❷ ú
= ú ú
❸
ú
2 2 ❶ ❸ 3 3
❶ ❶ ❶ ❶
❶
2 ∙
ú
ú
3
3❷
= ú ❷ ❷ ❷
ú
2 ❷❷ 3
ú 3
2 ∙
2 ∙ = ú
ú
2
= ú
3 ú
2 ú
´ 3
3
ú
3
Multiplicação
Multiplicação
=0 =0
/0 0
ω 4 ω 4/
Multiplicação ω3/0 ω
= 03/0 = 0
1 1
=0
/0
ω 40
Redução ω1/0 ω
Multiplicação
Redução = 1/0
0 =0 = 3 3
ω3/0 = 0 0
1 0 /
10 ω 4 1 1 1
Redução ωω1/0
3/0=
=0
1 3
Figura 2.1 2.1
Figura – Evolução da relação
– Evolução da deωtransmissão
relação
Multiplicação de totaltotal
transmissão 0em 1em
função da1relação
função base.
da relação base.
Redução 1/0 = 0
0 1
3
1 /0
=0
4
Figura 2.1 – Evolução da relação de transmissão total em função da ω relação base.
Figura 2.1 – Evolução da relação de transmissão
ω3/0 =0 total em função da relação base.
1
Redução ω1/0 = 0 3
0 1 1 8 8
2.2.1. Momento
O momento de uma força, em relação a um eixo, é a grandeza física que dá uma medida da ten-
dência da força, aplicada a uma determinada distância do eixo (braço), provocar rotação em torno
do eixo. O momento de uma força, em relação a um eixo, também pode ser denominado binário,
Tração e
Tipo de solicitação Corte Flexão Torção
Compressão
Uma estrutura ou órgão pode estar sujeito, simultaneamente, a mais do que um tipo de solicitação
mecânica (axial, torção, flexão). Para se realizar uma análise de todos os efeitos dos diferentes modos
de carregamento, em termos das tensões desenvolvidas na estrutura, pode aplicar-se o princípio da
sobreposição de efeitos. Assim, podemos analisar as tensões desenvolvidas numa dada secção da es-
trutura, para cada modo de carregamento, de uma forma individual, procedendo-se de seguida à sua
de tensão final, na secção A-A, resultará da adição das diferentes componentes de tensão de
combinação através da soma ou subtração das tensões normais e das tensões de corte.
cada tipo de solicitação (Figura 2.4).
Distribuição da tensão normal na Distribuição da tensão normal Distribuição da tensão normal, somando
secção, devido à carga de flexão na secção, devido à carga axial ambos os modos de carregamento
Tração (+)
Tração (+)
max = + 17.1 MPa
max − = 11.2
Distribuição da tensão de corte na Distribuição da tensão de corte Distribuição da tensão de corte, somando
secção, devido à carga de flexão na secção, devido à carga axial ambos os modos de carregamento
τ max = 2.9 MPa τ − = 2.9 τa adm
τ max = 0 MPa
3.1. CORREIAS
3.1.1. Introdução
Uma transmissão por correia é composta por um par de polias, uma motriz e outra recetora, mon-
tadas cada uma num veio e ligadas por uma cinta de material flexível, normalmente feita de cama-
das de lonas e borracha vulcanizada, que permite a transmissão do momento torsor entre as polias.
A transmissão por correia é adequada para aplicações mecânicas em que a distância entre os eixos
rotativos é grande. É usualmente mais simples e económica que outras formas alternativas de trans-
missão de potência. A sua flexibilidade é uma assinalável vantagem, contribuindo com elevada ca-
pacidade de amortecimento de choques e, assim, reduzindo a transmissibilidade dinâmica entre o
elemento motor e resistente. A transmissão de potência só é possível quando existe atrito entre as
polias e a correia, sendo necessário efetuar-lhe, também, uma tensão inicial. Quando em funciona-
mento surge um par de forças tangenciais (iguais) equivalentes, formando o binário que transmite
rotação ao conjunto. Este par de forças soma-se algebricamente à força de tensionamento inicial,
dando origem às forças efetivas que se geram na transmissão. A capacidade de transmissão de po-
tência e de momento é limitada pelo coeficiente de atrito e pela pressão de contacto entre a correia
e a polia. Um acionamento por correia bem projetado funciona por muitos anos com o mínimo de
manutenção. As correias são comercialmente disponíveis com diversas secções transversais, donde
se destacam as correias planas, trapezoidais e dentadas.
α C-C
2θ
T0
Fcont Fcont G
r
CP2 C C
Tipo II Tipo IV
Figura 3.10 Configurações de redutores epicicloidais: Tipo I, Tipo II, Tipo III e Tipo IV (satélite a vermelho).
• A Evolvente de círculo é o lugar geométrico (linha) dos pontos gerados pelo extremo de um
segmento de reta (geratriz) que rola, sem escorregar, sobre um círculo base de raio Rb1
muito importante
(pinhão) ou Rb2na cinemática
(roda). O perfildeevolvente
engrenamento,
assegurarepartindo o esforço
o engrenamento por mais do
de superfícies deque um
dente (pode não
contacto com ser um número inteiro).
escorregamento mínimo e proporciona melhor orientação da força de
contacto (figura 4.1).
hc = m
h
p = m·Z
De2 Roda Z2
D2 Dp2
Db2
O2
Evolvente
Geratriz
e C I2
Ic2 α
I1
L Db1 Ic1
I1
D1
Circulo
Db1 O1
aproximando a
Pinhão Z1
evolvente
Dp1 DE1
1-
0,8-
Rendimento -
0,6-
0,4-
0,2-
0 |- | | | | |
0 20 ° 40 ° 60° 80 ° 100 °
Ângulo de hélice – γ (°)
Figura 4.10 - Rendimento () da engrenagem de parafuso sem-fim, em função do ângulo de
hélice4.10
Figura (γ) eRendimento
coeficiente(η)
deda
atrito (μ).
engrenagem de parafuso sem-fim, em função do ângulo de hélice (γ) e
coeficiente de atrito (μ).
Qualquer sistema de transmissão de potência está associado a um rendimento inferior a 100%,
já que existem perdas de potência relacionadas, normalmente, com as forças de atrito que se
Qualquer sistemaentre
desenvolvem de transmissão de potência
os diferentes está associado
componentes a um rendimento
em movimento relativo. inferior
No casoa 100%,
das já
que existem perdas
transmissões com de potência
coroa relacionadas,
e parafuso-sem fim,normalmente, comacentuada
essa perda é mais as forças de atrito que
quando se desen-
comparada
volvem
com osentre os diferentes
restantes tipos de componentes em movimento
transmissão. Estimar a potênciarelativo.
perdida,No caso das transmissões
normalmente sobre a forma com
coroa e parafuso
de calor, ajuda osem-fim, essa
projetista perda é maisoacentuada
a dimensionar quando comparada
cárter do mecanismo, comososelementos
assim como, restantes de
tipos
dedissipação
transmissão. Estimar
de calor a potência
associados perdida,
(alhetes normalmente sobre a forma de calor, ajuda o projetis-
ou outros).
5.1. ROLAMENTOS
5.1.1. Introdução
Um rolamento é um suporte, ou uma guia, que permite o movimento relativo controlado entre dois,
ou mais componentes de um órgão mecânico. A sua utilização evita a fricção de deslizamento entre
as superfícies em movimento relativo, passando a haver movimento de contacto sem deslizamen-
to entre partes do próprio rolamento. As perdas mecânicas reduzem-se deste modo ao mínimo, fi-
cando dependentes da deformação entre os corpos rolantes na área de contacto. São constituídos
por um anel interno, um anel externo e elementos de revolução como esferas, rolos ou agulhas po-
sicionados entre os dois anéis (Figura 5.1).
Os rolamentos são o principal tipo de suporte em rotação em máquinas: no automóvel existem mais
de 30 rolamentos, num veículo pesado mais de 120 e num avião mais de 1000.
σH adm (MPa)
3000 -
Probabilidade de falha
2750 -
2500 -
2250 -
1% 10% 30% 50% 70%
2000 - | | |
6 7
10 10 108
Número de ciclos de carga até à fratura
Figura 5.8 Variação da Tensão de Hertz admissível com o número de ciclos de carga e probabilidade de falha.
0,01 -
Lubrificação de camada limite
μ ≅ 0,0015
Lubrificação fluida D
0,005 - B
C
0- S -Número de Sommerfeld
Figura
Figura5.13 Coeficiente
5.13 de de
– Coeficiente atrito lubrificante
atrito (f),(f),
lubrificante emem
chumaceiras
chumaceirasradiais
radiaisde
dedeslizamento:
deslizamento: válido
válido se
se b/D
[0,25
b/D ∈a [0,25
0,75]a(b0,75]
– comprimento da chumaceira,
(b – comprimento D – Diâmetro
da chumaceira, da chumaceira).
D- Diâmetro da chumaceira).
Naefetuar
Para figura 5.13 é possível destacar
dimensionamento pormenores importantes:
de chumaceiras de deslizamento é necessário conhecer a pressão
de•contacto AB (praticamente
A curvaadmissível, reta) descreve
em condições normaisatrito sólido; há efetivo(lubrificação
de funcionamento contacto deassegurando
superfícies. atrito
• A curvaou,
lubrificante BCpelo
refere-se
menos,à lubrificação
de camada de camada
limite limite;
em curta o atritoAétabela
duração). muito 5.14
baixo, contudo
indica esta da
os valores
pressãosituação
médiaéainstável.
máxima,Pode ser favorecida
em vários tipos decom o acabamento
máquinas. Importasuperficial,
notar que rugosidade mínima
os valores na tabelae 5.14
material com
são indicativos. capacidade
Com de absorver
o progresso lubrificante
na investigação empor capilaridade;
aditivos pode,pressão
de extrema ainda, ocorrer risco
para lubrifican-
de contacto sólido no arranque sistema.
tes, bem como em materiais com baixo atrito, podem-se conseguir pressões admissíveis maiores do
que curva CDassim
• asA indicadas, indica lubrificação
como, fluida, mecânica
maior eficiência sem contacto sólido (é praticamente reta):
e longevidade.
funcionamento do sistema à velocidade nominal.
Tabela 5.14 Pressão de contacto admissível (p) em chumaceiras rotativas de carga radial.
Para efetuar dimensionamento de chumaceiras de deslizamento é necessário conhecer a
pressão de contactoApoio
Máquina admissível,Pressão
em condições
máxima normais
μ (Pa.s) de funcionamento
c/D (lubrificação
b/D
(Mpa)
assegurando atrito lubrificante ou, pelo menos, de camada limite em curta duração). A tabela
Cambota 6 a 12 +/-0.0005 0,25~0,75
Motores a gasolina
5.14 indica os valores dacabeça
pressão média Devários
0,035 atipos de máquinas. Importa notar
Biela: 10 a máxima, em
a 20 +/-0.0005 0,25~0,75
(auto e avião) 0,038 (60ºC)
Pé (pino)
que os valores na tabela 15 a 25 Com o progresso na investigação
5.14 são indicativos. +/-0.00025 em aditivos
0,25~0,75
de
extrema pressão para
Motores Diesel
lubrificantes, bem
Cambota 3 a 6 como em materiais com
De 0,038 a
baixo (lig)
+/-0.0005 atrito, podem-se
0,25~0,75
Biela: cabeça 8 a 15 +/-0.0005 (lig) 0,25~0,75
conseguir
(todos) pressões admissíveis maiores do que as0,06
Pé (pino) 10 a 20 indicadas,
(60ºC) assim como, maior eficiência
+/-0.001 (psd) 0,25~0,75
mecânica e longevidade.
Turbinas a vapor Principais 0,7 a 2 0,025 (80ºC) +/-0.001 0,75~1,5
6.1.1.
6.1.1 –Chavetas
Chavetas
Para a transmissão de binário/momento entre veios e engrenagens, polias, fusos, cubos, acopla-
Para a transmissão de binário/momento entre veios e engrenagens, polias, fusos, cubos,
mentos elásticos, etc., utilizam-se normalmente chavetas paralelas ou de meia-lua. A função das
acoplamentos
chavetas elásticos,
paralelas etc., utilizam-se
fixas (extremidades normalmente
curvas) chavetas
é mais eficiente paralelas
quando ou de meia-lua.
a montagem A
é feita com
função
uma dasinterferência
ligeira chavetas paralelas
entre ofixas
veio(extremidades curvas) é amais
e o cubo, aumentando eficientedoquando
centragem a montagem
cubo no veio, assim
é feita com uma ligeira interferência entre o veio e o cubo, aumentando a centragem
como, evitando a corrosão galvânica. As chavetas paralelas móveis são utilizadas em ligações do cubo
des-
no veio,permitindo
lizantes, assim como,o evitando a corrosão
deslocamento galvânica.
axial do As chavetas paralelas
cubo relativamente móveis
ao veio, em são utilizadas
simultâneo com a
em ligações deslizantes, permitindo o deslocamento axial do cubo relativamente ao
transmissão do momento entre os mesmos (Ex. deslocamento de um pinhão numa caixa de velo-veio, em
simultâneo
cidades). com a transmissão
As chavetas do momento
paralelas têm uma secção entre os mesmos
retangular (Ex. deslocamento
com pequenos chanfrosde
nasum pinhão
faces, por
numa caixa de velocidades). As chavetas paralelas têm uma secção retangular com pequenos
forma a facilitar a sua montagem (figura 6.1), e podem ter furos para fixação por parafuso. São ele-
chanfros
mentos nasdimensões
com faces, por normalizadas,
forma a facilitar a sua
norma montagem
DIN 6885, pelo(figura 6.1),
que são e podem ter
selecionadas furosde
a partir para
ta-
fixação
belas, por parafuso.
dependendo do São elementos
diâmetro com
do veio dimensões
(tabela normalizadas,
6.1), sendo norma aDIN
depois verificada 6885,em
junção pelo que
termos
sãoresistência
de selecionadas a partir de tabelas, dependendo do diâmetro do veio (tabela 6.1), sendo depois
mecânica.
verificada a junção em termos de resistência mecânica.
b lc
cubo
t2
h Ft
t1
veio veio
L
d
Chaveta paralela fixa
Figura 6.1 – Representação de chaveta fixa montada, dimensões e força tangencial sobre esta.
Figura 6.1 Representação de chaveta fixa montada, dimensões e força tangencial sobre esta.
O dimensionamento/verificação das chavetas está relacionado, por um lado com a resistência
ao corte do material da chaveta (τa adm), devido ao esforço gerados pela ação da força tangencial
CAPÍTULO 6. ELEMENTOS DE LIGAÇÃO, GUIAMENTO E FORÇA 165
(Ft) na secção horizontal da chaveta (L x b) e, por outro, com a resistência à compressão-
esmagamento (σd adm) do material, já que esta força tangencial tende a esmagar a chaveta contra
o cubo. As expressões para os respetivos cálculos são as seguintes:
6.2. ACOPLAMENTO POR PRESSÃO VEIO-CUBO
6.2.1. Introdução
O princípio de funcionamento das ligações forçadas veio-cubo baseia-se na pressão de contacto e
atrito presentes nas superfícies de interface veio-cubo, quando estas são montadas com interferên-
cia diametral, permitindo desta forma a transmissão de potência entre o veio e o cubo. Este tipo de
montagem por interferência gera pressões de contacto (pc) nas superfícies de montagem, que ori-
ginam deformações e tensões permanentes no veio e no cubo (figura 6.3), aumentando com a pres-
são de contacto (pc) e, logo, com o valor nominal da interferência (Δ) entre o diâmetro do veio (d) e
o diâmetro do cubo (D). A pressão de contacto (Pc), na interface, é também influenciada pelas forças
de inércia que se geram no cubo, associadas à sua velocidade de rotação (ω).
D
d
cubo Pc L
veio
Este tipo de ligação é considerada na maior parte das aplicações permanente, o que pressupõe al-
gum limite em termos de desmontagem e remontagem destes conjuntos. A montagem por inter-
ferência prevê a utilização de força relativamente elevada, disponível com cilindros hidráulicos ou
sistema de montagem/desmontagem com parafuso ou alavancas. Para prevenir o arrancamento
de material e diminuir a força de inserção, as superfícies são lubrificadas. Uma forma de diminui-
ção dos esforços de inserção é proceder ao aquecimento do cubo ou/e ao arrefecimento do veio.
No entanto, a temperatura de aquecimento tem de ser inferior à temperatura mínima de têmpe-
ra. Por efeito das flutuações de carga no veio-cubo, a tensão na interface vai variar ciclicamente, o
que se pode associar a um efeito de fadiga na superfície do veio e cubo e, logo, ao efeito de cor-
rosão galvânica na interface, que pode conduzir a uma redução do nível de interferência e, assim,
colocar em risco a ligação. Então, para reduzir o efeito da corrosão galvânica ou a sua influência na
interface, deve-se utilizar um fator de reserva ou segurança (K), que pode assumir diferentes valo-
res em função da aplicação.
7.1.1. Introdução
Um veio é um elemento mecânico, geralmente com secção circular, que serve para montagem de
elementos rotativos transmissores de potência. Podem ser polias para transmissão mecânica (por
correias ou correntes), engrenagens e volantes de inércia, também capazes de transmitir-receber
potência por variação da energia cinética em rotação. O projeto de um veio é um processo iterativo
que considera como parâmetros iniciais a potência a transmitir e a velocidade de rotação. A geome-
tria resultante é uma consequência desses parâmetros, mas que por si só não são suficientes para
a sua definição, pois a geometria do veio está condicionada pelas soluções construtivas de fixação
e apoio de todos os elementos a que dá suporte, tais como estrias, chavetas, transições de diâme-
tro, etc. A secção escalonada ao longo do eixo do veio facilita a montagem e assegura a estabilida-
de dos elementos mecânicos atrás mencionados (figura 7.1).
Árvore intermédia
b)
Árvore máquina ferramenta
Figura 7.1 Execuções de desenho técnico a) árvore primária, árvore intermédia e árvore secundária de
caixa de velocidades; b) árvore de máquina ferramenta.
4 Z4 z
x
4 Z4
B
α x
L1 Z3 y
B
Fα
43
L1 3 Z3 y
F43 Z2
3 L2
2
Z1 L2 Z2
1 2
Z1 L3
α
A
1 F12
L3
α
A
F12
Figura 7.5 Veio de redutor com duas rodas dentadas e engrenamento fora do plano.
7.3.3. Exercícios
7.3.3.1. Exercício 1
Determinar o diâmetro mínimo para o veio com as dimensões e forças indicadas na figura. O objetivo é
obter o diâmetro mínimo que assegure a flecha admissível na seção de montagem da engrenagem 3.
F2=1500N
F1=1000N
1 4
2 3
50 100 90
a) Momento fletor:
Usamos técnicas de estática de vigas simplesmente apoiadas ou a sobreposição de expressões indica-
das anteriormente para veios de secção constante. Quando houver mais do que uma força temos:
R1 – reação à esquerda: R1 = [1000 × (100 + 90) + 1500 × 90] / (100 + 90 + 50) = 1354,167 N
R4 – reação à direita: R4 = [1500 × (100 + 50) + 1000 × 50] / (100 + 90 + 50) = 1145,833 N
8.1. ARQUITETURA
8.1.1. Introdução
O cárter é a estrutura que suporta e protege todos os componentes que compõem um mecanis-
mo, possibilitando as condições necessárias ao seu correto funcionamento. Existe um conjunto de
requerimentos associado ao seu projeto, que passam por:
• Absorver e resistir aos esforços gerados durante o funcionamento do mecanismo;
• Garantir a posição correta e estável dos veios/árvores e engrenagens entre si, nos diferentes
modos de funcionamento;
• Assegurar uma boa dissipação térmica;
• Isolar e amortecer os ruídos gerados pelo movimento dos componentes;
• Ser fácil de instalar e de remover;
• Garantir a acessibilidade aos componentes para substituição/manutenção;
• Apresentar uma boa rigidez e boa resistência mecânica combinada com baixo peso;
• Assegurar as necessárias condições de lubrificação aos componentes;
• Assegurar uma boa vedação entre o ambiente interior e exterior.
e
c)
c)
R = e; e < 10
d) en = 0,8·e
b) R = 0,3·e; e≥10
e
Lmin = 2·e
Sintético
Óleo Mineral
Ésteres Poliglicais
Bujão de enchimento
do óleo
Bujão com vareta para
verificação do nível de óleo
Figura 8.23 – Elementos para enchimento, nível e drenagem de óleo num cárter de redutor.
Figura 8.23 Elementos para enchimento, nível e drenagem de óleo num cárter de redutor.
Vedante radial
O-ring
Defletor
Labirinto
Figura 8.29 – Exemplo de conceção de sistema de vedação.
Goteira V-ring
O-ring
Labirinto
Figura 8.29 – Exemplo de conceção de sistema de vedação. V-ring
Goteira V-ring
O-ring
Labirinto
V-ring
Goteira V-ring
Golas de retenção
V-ring
V-ring
Folga radial
Figura 8.30 – Exemplo de conceção de sistema de vedação.
31
Folga radial
Vedante radial
31
Folga radial
Vedante radial
31
9.1.1.
9.1.1 Veículos
– Veículos
Árvore
secundária
Uma forma
Uma forma mais precisa
mais precisa de determinar
de determinar o entreo eixo
entre eixo é em
é tendo tendo emaconta
conta a solução
solução construtiva
construtiva para a
Figura
para9.6a –marcha
Cinemática da A
atrás. caixa de velocidades
forma mais comum de 2é árvores
instalarcom
a 5 velocidades
marcha atrás e marcha
sobre a atrás. de
manga
marcha atrás. A forma mais comum é instalar a marcha atrás sobre a manga de acoplamento da 1ª
acoplamento da 1ª velocidade (figura 9.7).eixo
O deslizamento do pinhão
Uma forma
velocidade mais 9.7).
(figura precisa de determinar
O deslizamento doo entre
pinhão é tendo em
intermédio daconta atrásintermédio
a solução
marcha da para
iráconstrutiva
estabelecer marcha
o en-
atrás irá
a marcha atrás.estabelecer o engrenamento entre a zona dentada da manga de acoplamento eo
grenamento entreAaforma mais comum
zona dentada é instalar
da manga de aacoplamento
marcha atrásesobre a manga
o pinhão de acoplamento
de marcha atrás fixo ao
pinhão
da secundáriode marcha
1ª velocidade atrás fixo ao veio secundário (figura 9.7).
(figura
veio (figura 9.7). 9.7). O deslizamento do pinhão intermédio da marcha atrás irá
estabelecer o engrenamento entre a zona dentada da manga de acoplamentoDistância e o pinhão de
entre eixo
Pinhão intermédio de
marcha atrás
marcha atrásfixo ao veio secundário (figura
Árvore9.7).
primária Movimento de
engrenamento
Pinhão de Distância entre eixo
Pinhão intermédio de
marcha atrás
Árvore primária
marcha atrás Movimento de
engrenamento
Pinhão de
marcha atrás
10
Árvore secundária
Árvore secundária
Manga de acoplamento
10
10.1. INTRODUÇÃO
Um anteprojeto tem como objetivo a apresentação de todos os cálculos envolvido no dimensiona-
mento e verificação de um mecanismo de transmissão de potência, assim como, explicar o proces-
so utilizado para os efetuar, até à definição final do mecanismo, expresso através do seu desenho
de conjunto e lista de componentes. Procura-se, também, discutir alguns aspetos ligados ao proje-
to e certas opções técnicas. Todos os cálculos apresentados foram realizados em folhas de cálculo,
pelo que em cada item serão apresentadas as principais expressões e parâmetros envolvidos nes-
se mesmo cálculo.
Z yy
FdZ
FeZ RdirX
FdX
ResqZ
FeX 95
ResqX
X
20°
Z
Fdr 90°
Z Fe
Veio 2
Fdt 9°
60 Fer Veio 3
X
Fet
X
20° Veio 1
Fe
Z
Figura 10.2 Representação esquemática das forças de engrenamento nos veios e respetivos sistemas
de eixos.
Veio 1
1º Par (12/48) (esquerda)
���� ������� �� ������
• Força tangecial − Ft = ������� = ��������������� = �������� �� = ��� � = ��� ��
= ����� ��
Veio 2
1º Par + 3º Par
���� �������
• ��� = ��� = �� = ������� = ��������������� = ������ ���
• ۴ ܆܍ൌ ൌ ή ʹͲι ൌ ͳͻͺͻǡͶ ή Ͳǡ͵͵ͻ ൌ ૠǡ ࡺǢ
(����∙����)∙�� (����∙����)∙��
• ��� = (��t� ∙ sin 9°) + (��� ∙ cos 9°) = (
���∙�∙������∙��
∙ sin 9°) + ((
���∙�∙������∙��
) ∙ tan 20°) ∙ cos 9° =
2�9��� ∙ sin 9° + �2�9��� ∙ tan 20° ∙ cos 9° = ����� �� �
(����∙����)∙�� (����∙����)∙��
• ��� = �(��t� ∙ cos 9°) + (��� ∙ sin 9°) = �(
���∙�∙������∙��
∙ cos 9°) + ((
���∙�∙������∙��
) ∙ tan 20°) ∙ sin 9° =
�2�9��� ∙ cos 9° + �2�9��� ∙ tan 20° ∙ sin 9° = ������ �
CASO DE ESTUDO 1
Redutor de velocidade de uso geral.
Engrenagens de eixos paralelos com o 1º andar com par concorrente.
Características essenciais:
• Motor de 5 KW/1500 rpm
• Saída a 50 rpm
• Engrenagens helicoidais
• Caixa em fundição, permitindo fácil acesso interno p/ manutenção
CASO DE ESTUDO 2
Redutor de velocidade de uso geral.
Redutor com 1º andar de engrenagens de eixos paralelos e 2º andar de parafuso sem-fim
Características essenciais:
• Motor de 5 KW/1500 rpm
• Saída a 10 rpm
• Caixa em fundição, permitindo fácil acesso interno p/ manutenção
CASO DE ESTUDO 3
Redutor para aplicação específica.
Redutor de parafuso sem-fim para motorizar uma válvula de
guilhotina ou gaveta a aplicar no controle do escoamento de
fuelóleo em instalação petrolífera
Características essenciais:
• Motor de 1.5 KW/1500 rpm
• Saída a 10 rpm
• Caixa em fundição, permitindo fácil acesso interno p/
manutenção
• Relações
3ª – 1,281:de
1; transmissão da caixa de velocidades:
4ª – 0,927:11ª
; - 3,769:1
5ª – 0,74:1; 2ª - 1,955:1;
3ª1- 1,281:1;
M.A. – 3,182:
4ª – 0,927:1;
5ª - 0,74:1;
M.A. – 3,182:1
CASO DE ESTUDO 17
Redutor para girar uma grua de lança móvel. Operação em manutenção portuária marítima. A grua
Caso de estudo 17
deve girar sobre uma roda com uma engrenagem de pinhão/ roda. O redutor deve ter eixos verti-
Redutor para girar uma grua de lança móvel. Operação em manutenção portuária marítima. A
cais como se exemplifica.
grua deve girar sobre uma roda com uma engrenagem de pinhão/ roda. O redutor deve ter eixos
Características essenciais:
verticais como se exemplifica.
• Carga a movimentar: 50Ton (momento de inércia dinâmico estimado em 250Ton.m2)
Características essenciais:
• Tempo de aceleração/travagem de 8s durante as rotações
2
• • Carga tangencial
Velocidade a movimentar: 50Ton(a(momento
da lança de inércia
6m do centro): dinâmico estimado em 250Ton.m )
1.5m/s
• • Tempo
Relação de aceleração/travagem
de transmissão de 8se durante
entre o pinhão as rotações
a roda de rotação 10:1 (o pinhão tem 20 dentes e a
roda Velocidade
• 200, com um tangencial
diâmetrodaaproximado
lança (a 6m do
de centro):
1600 mm) 1.5m/s
• Potência do motor:
• Relação a determinar
de transmissão entre o pinhão e a roda de rotação 10:1 (o pinhão tem 20 dentes e
a roda 200, com um diâmetro aproximado de 1600mm)
• Potência do motor: a determinar
Redutor para
rotação da
cabine/lança
6m
Caso de estudo 18
Redutor para girar uma amassadeira de mistura farinha/água na indústria de panificação.
Características essenciais:
340 INTRODUÇÃO AO PROJETO MECÂNICO
• Potência do motor: 0.8KW/1000rpm
8
INTRODUÇÃO AO
PROJETO MECÂNICO
2.ª EDIÇÃO
ANTÓNIO COMPLETO
FRANCISCO Q. DE MELO
Sobre a obra
Este livro destina-se àqueles que desenvolvem estudos ou formação em projeto
mecânico e servirá como referência para engenheiros mecânicos no exercício da
profissão. Supõe-se que os leitores tenham tido cursos básicos de Mecânica ou área afins.
No entanto, os primeiros capítulos servem para rever e estender esses conceitos básicos.
Os restantes tratam da aplicação desses conceitos fundamentais ao projeto mecânico,
com enfâse nos sistemas de transmissão de potência. Aí incluem-se itens como a
organização e metodologia no projeto de um órgão mecânico; o dimensionamento e
verificação de componentes de sistemas de transmissão de potência; a definição da
arquitetura dos mecanismos e procedimentos práticos e de bom senso para o projeto
mecânico, que são complementados por tabelas técnicas que dão suporte aos exercícios
proposto e resolvidos detalhadamente. Apresenta-se o anteprojeto de um sistema de
transmissão de potência, desde o caderno de encargos funcional até à solução final,
apresentada sob a forma de desenho técnico. Para muitos alunos, os conteúdos deste
livro irão permitir uma primeira experiência na abordagem de problemas de engenharia
de nível profissional. Complementarmente são apresentadas propostas didáticas de
casos de estudo para o projeto de mecanismos de transmissão de potência.
Sobre os autores
António Completo
Professor Auxiliar com Agregação da Universidade de Aveiro, lecionando nas áreas
do Projeto Mecânico, Desenho Técnico, Comando Numérico Computorizado e
Biomecânica. É Investigador no Centro de Tecnologia Mecânica e Automação (TEMA)
da Universidade de Aveiro, tendo coordenado como Investigador Responsável vários
projetos de investigação e de cooperação. Desempenhou funções de Chefe de Projeto
e Chefe de Serviço na Direção de Engenharia da Renault Cacia S.A.
Francisco Q. de Melo
Professor Associado da Universidade de Aveiro (2002-presente) e (antigo docente do
Dep. de Engenharia Mecânica da FEUP desde 1976 até 2002. Experiência profissional
na área do projeto mecânico na ADIRA S.A. (Porto) – Máquinas Ferramenta para a
indústria de conformação de chapa (1976-1979), como colaborador da FEUP, e na FASE,
Estudos e Projetos S.A. (Porto) na área do projeto mecânico e estrutural entre 1979 a
1983, tendo depois ficado em dedicação exclusiva na FEUP até 2002.
Apoio à Edição
ISBN: 978-989-892-750-7
www.engebook.pt