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UNIVERSIDADE CEUMA

COORDENADORIA GERAL DA ÁREA DA SAÚDE


COORDENADORIA DO CURSO DE FISIOTERAPIA

KARLA LETÍCIA SOUSA DE OLIVEIRA

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE FORÇA DE PREENSÃO MANUAL E ESTADO


NUTRICIONAL DE IDOSOS DO MEIO URBANO E RURAL

São Luís
2018
KARLA LETÍCIA SOUSA DE OLIVEIRA

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE FORÇA DE PREENSÃO MANUAL E ESTADO


NUTRICIONAL DE IDOSOS DO MEIO URBANO E RURAL

Artigo apresentado ao Curso de Fisioterapia da


Universidade CEUMA, como parte dos requisitos para
obtenção do grau de Bacharel em Fisioterapia.
Orientador(a): Prof. Ma. Karla Virginia Bezerra de
Castro Soares.

São Luís
2018
KARLA LETÍCIA SOUSA DE OLIVEIRA

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE FORÇA DE PREENSÃO MANUAL E ESTADO


NUTRICIONAL DE IDOSOS DO MEIO URBANO E RURAL.

Artigo apresentado ao Curso de Fisioterapia da


Universidade CEUMA, como parte dos requisitos para
obtenção do grau de Bacharel em Fisioterapia.

Aprovado em: / /

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________
Profa. Me. Karla Virginia Bezerra de Castro Soares.
Universidade CEUMA

_____________________________________
Profa.Esp. Agêge Haidar Filho
Universidade CEUMA

____________________________________
Profa. Me Adelzir Malheiros Haidar
Universidade CEUMA
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Estudo comparativo entre força de preensão manual e estado nutricional de idosas do


meio urbano e rural
Comparative study between manual grip strength and nutritional status of urban and
rural elderly women
Karla Leticia Sousa De Oliveira¹; Karla Virginia Bezerra De Castro Soares²

Resumo
Introdução: Viver em meio rural ou urbano repercute em diferenças que podem
impactar diretamente na vida do idoso e influenciar na funcionalidade e qualidade de vida,
destacando-se aqui o nível nutricional, por ser um indicador de saúde nesta população e a
força muscular por estar diretamente associada a manutenção da autonomia funcional.
Objetivo: comparar o índice de força de preensão manual e o estado nutricional de idosos
rurais e urbanos. Materiais e métodos: estudo analítico de corte transversal realizado com
100 idosos acima de 65 anos residentes em uma zona urbana e rural do estado do Maranhão.
Para a coleta de dados adotamos como instrumento: a dinamometria palmar para a força e o
questionário MNA (Mini Nutritional Assessment) contendo 18 perguntas agrupadas em duas
seções a triagem e a avaliação global, e um questionário biodemográfico elaborado pelos
pesquisadores explorando sexo, idade, estado civil, ocupação, escolaridade, renda familiar e
lazer. O tratamento dos dados foi feito com auxílio do software SPSS 18. Para Windows com
aplicação de médias, desvio padrão e diferenças de percentagem, juntamente com o teste de
Mann-Whitney. Resultados: As idosas urbanas tiveram melhor desempenho de força
muscular baseado no teste de força de preensão palma utilizando o dinamômetro, tendo média
de 6,7% enquanto as idosas rurais tiveram 3,58 % de média. P valor: 0,001. Com relação ao
estado nutricional avaliado pelo questionário AMAN as idosas rurais tiveram 2% desnutridas,
risco 18% e normal 80% já as idosas urbanas tiveram 4,65% desnutridas 44,19% em estado de
risco e 32,56 % as idosas rurais se sobressaíram no estado nutricional. Conclusão: Os
resultados nos permitem concluir que houve diferenças significantes entre força de preensão
palmar e índice nutricional, quando comparados os dois grupos, entretanto, o índice
nutricional não foi relevante ao ponto de intervir na força muscular das idosas urbanas, uma
vez que elas obtiveram índice nutricional baixo, porem com índice de força muscular alto
quando comparadas as idosas rurais.

Palavras-chave: Estado nutricional. Força de preensão. Idosos. Ambientes rural e urbano.


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Abstract
Introduction: Living in a rural or urban environment has repercussions on differences that
can directly impact the life of the elderly and influence the functionality and quality of life,
emphasizing here the nutritional level, as it is an indicator of health in this population and
muscular strength because it is directly associated the maintenance of functional autonomy
Objective: to compare manual grip strength index and nutritional status of rural and urban
elderly. Materials and methods: cross-sectional analytical study conducted with 100 elderly
people over 65 years of age living in an urban and rural area of the state of Maranhão, For
data collection, we used as an instrument: palmar dynamometry for the force and the MNA
(Mini Nutritional Assessment) questionnaire containing 18 questions grouped into two
sections, the triage and the global evaluation, and a biodemographic questionnaire elaborated
by researchers exploring gender, age, marital status, occupation, schooling, family income
and leisure. The data were processed using SPSS 18 software. For Windows with application
of means, standard deviation and percentage differences, together with the Mann-Whitney
test. Results: The urban elderly had a better performance of muscle strength based on the
palm grip strength test using the dynamometer, with an average of 6.7% while the rural
elderly had a mean of 3.58%. P value: 0.001. Regarding the nutritional status evaluated by the
MNA questionnaire, rural women had 2% malnourished, 18% and normal 80%, while the
urban elderly had 4.65% undernourished 44.19% at risk and 32.56% in rural women
nutritional status. Conclusion: The results allow us to conclude that there were significant
differences between palmar grip strength and nutritional index, when the two groups were
compared, however, the nutritional index was not relevant to the point of intervention in the
muscular strength of the urban elders, since they obtained low nutritional index, but with a
high muscular strength index when compared to the rural elderly.

Keywords: Nutritional status. Grip force. Seniors. Rural and urban environments.

Karla Leticia Sousa de Oliveira aluna do Curso de Fisioterapia da Universidade Ceuma. E-mail:
Karlynha0309@gmail.com
²Karla Virgínea Bezerra de Castro Soares Mestre em Ciências da Motricidade Humana.
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Introdução

No Brasil, o processo de envelhecimento da população deve-se ao rápido declínio das


taxas de mortalidade e de fecundidade e vem ocorrendo de forma acelerada, sendo
considerado um fenômeno de abrangência mundial. Em 2050, os idosos corresponderão a
14,2% da população brasileira, o que sinaliza a necessidade de se conhecer mais sobre o
envelhecimento, suas repercussões e impacto sobre o sistema de saúde brasileiro, no intuito de
se traçar estratégias que minimizem as sequelas dessas mudanças que se repercutem nos
aspectos biopsicossociais e econômicos. (VIEIRA et al.2015).
Desde os anos 1950 a população idosa vem se concentrando nas áreas urbanas do país,
principalmente o contingente feminino, mas foi entre os anos de 1950 e 1970 que houve um
acentuado número de idosos, de ambos os sexos, residindo no meio urbano (MELO et al.,
2015).
Em comparação com os idosos que vivem em meio urbanos, moradores rurais tem
renda mais baixa, condições precárias de moradia e saneamento, maiores dificuldades de
acesso a serviços médicos, menor escolaridade, risco aumentado de lesões relacionadas ao
ambiente e condição socioeconômica e menor acesso aos meios de comunicação (BARBOSA
et al.,2015).
Os idosos residentes em áreas rurais, além de enfrentarem problemas de saúde do
envelhecimento, tem de lidar com barreiras maiores para obter os serviços de saúde que
necessitam, onde as grandes distancias a serem percorridas, dificuldades de transporte são
fatores que contribuem para a dificuldade de acesso (BERTUZZI; PASKULIN;
MORAIS,2012).
Viver em meio rural ou no meio urbano apresenta diferenças que podem impactar
diretamente na vida do idoso. No meio rural, as atividades físicas podem diferir tanto em
relação ao grau de trabalho quanto ao tipo de atividade desenvolvida. Nele são realizadas mais
atividades ocupacionais, predominando o trabalho agrícola (agricultura familiar, extensiva ou
de subsistência), atividades domésticas, pecuária, extrativismo vegetal, apicultura, entre
outras. Já o meio urbano está mais voltado ao desenvolvimento de tecnologia e informação,
em que há uma tendência dos idosos ao agrupamento em centros de convivência e diminuição
das atividades laborais e domésticas (RIBEIRO; FERRETI; SÁ, 2017).
A população idosa rural geralmente possui altos índices de pobreza, baixo nível
educacional, residências precárias, limitações no transporte, maiores problemas crônicos de
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saúde e maior dependência para as atividades básicas (BERTUZZI; PASKULIN; MORAIS,


2012).
O processo de envelhecimento acarreta redução da reserva fisiológica em diferentes
sistemas, contribuindo para perda progressiva da capacidade funcional e modificação do
estado nutricional e composição corporal do idoso, expondo-o a um estado de maior
vulnerabilidade, visto que o equilíbrio, a força muscular e a flexibilidade são qualidades
físicas diretamente relacionadas à saúde do idoso, envolvidas na capacidade para realizar
tarefas diárias (SILVA; PEDRAZA; MENEZES, 2015).
Estudos sugerem que grande parte da população rural possui déficits energéticos,
ingerem diariamente alimentos inadequados a saúde, como aqueles ricos em gorduras
saturadas e açucares, e não praticam atividade física, embora o façam diariamente como
forma de deslocamento e trabalho (BARBOSA et al., 2015). Segundo Campos (2006), por
meio da avaliação nutricional, é possível identificar indivíduos em risco nutricional e
estabelecer programas de intervenção com o objetivo de reduzi-los.
Outro aspecto que deve ser destacado nesta fase é a força muscular, visto ser esta
necessária para realização das tarefas físicas executadas pelos indivíduos nos idosos, esta
diminuição da força é um fenômeno que pode levar ao declínio na execução das atividades
diárias normais e/ou na intensidade dessas atividades. A forma mais utilizada, em estudos
clínicos e epidemiológicos para verificar a força muscular dos membros superiores é através
de força de preensão manual, por ser de fácil execução, sem necessidade do uso de
equipamentos sofisticados, sendo esta medida também considerada um marcador da força
total do indivíduo (BARBOSA et al., 2005).
A avaliação do estado nutricional e nível de força são medidas de grande importância
em se tratando de saúde funcional do idoso, pois além de determinarem riscos de dependência
futura, auxiliam a equipe de saúde na tentativa de recuperar a capacidade do idoso, anterior ao
agravo (CEDRON et al., 2015).
O conhecimento prévio desses dois fatores pode incentivar a realização de programas
de saúde pública voltados para manutenção ou mesmo recuperação de morbidades, como
desnutrição entre outros problemas. Além disso, auxiliar os profissionais de saúde na
elaboração de condutas que possibilitem retardar a ocorrência de dependências, favorecendo
um envelhecimento saudável e com qualidade de vida (SILVA; PEDRAZA; MENEZES,
2015). Em assim sendo, o objetivo deste estudo foi comparar a força de preensão manual e
estado nutricional de idosos do meio urbano e rural.
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Materiais e Métodos

Trata-se de um estudo analítico correlacional, de corte transversal, utilizando uma


abordagem quantitativa, onde foram considerados o índice de força de preensão palmar e
estado nutricional de idosos que vivem no meio rural, e daqueles que vivem no meio urbano,
para realização de um estudo comparativo.
Participaram deste estudo 100 idosas frequentadoras de grupos de convivência local,
selecionados através de uma amostragem não-probabilística, por quota, considerando-se o
ambiente (rural x urbano) dos quais 50% são moradoras da cidade de São Luís, capital do
Maranhão, representando o meio urbano e 50% moradoras do município de Dom Pedro - MA,
representando o meio rural. Segundo IBGE 2018 Dom Pedro - MA tem 22.681 habitantes,
está localizado a 324km da capital do maranhão, densidade demográfica é 63,27 Hab/km, Pib
Per capita é 9.037,15. Apresenta domicílios com esgotamento sanitários adequados, 76,5% de
domicílios urbanos em vias públicas com arborização e 2,2% de domicílios urbanos em vias
públicas com urbanização adequada. Quando comparado com outros municípios do estado,
fica na posição 58 de 217. Já quando comparado a outras cidades do Brasil, sua posição é de
3828 de 5570. A taxa de mortalidade infantil media na cidade é de 13.99 para 1.000 nascidos
vivo. Na educação a taxa de escolarização para pessoas de 6 a 14 anos foi de 96,5 em 2010,
isso posiciona o município na posição 124 de 217, dentre as cidades do estado, e na posição
4193 de 5570 as cidades do brasil. Os fatores principais de renda são: agropecuária, agrícola e
pecuária. Para o ambiente rural serão selecionados participantes que moram no núcleo urbano
deste município.
Em função do tamanho total da população de estudo, por questões de exequibilidade
determinou-se com os seguintes critérios de seleção. Critérios de inclusão: Residir em no
mínimo um ano na zona delimitada; ter idade igual ou superior a 65 anos; capacidade física e
cognitiva para responder os instrumentos de avaliação; Consentimento para participar no
estudo e Critério de exclusão: idosas portadoras de qualquer afecção que possa direta ou
indiretamente pudesse interferir na força de preensão a exemplo de osteoartrite/ osteoartrose
de mãos, ombros, e difusa; presença de fatores de risco cardiovasculares não controlados;
diagnóstico ortopédico ou neurológico que inviabilizasse e/altere a execução de qualquer um
dos testes ou questionários, ombro doloroso, assimetrias, doença de Parkinson, alteração de
tônus e doença cerebelar, além de déficit cognitivo que impeça a compreensão dos comandos,
dor crônica ou aguda sintomática no momento da avaliação e as que não assinarem o TCLE.
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Após uma reunião para a apresentação do estudo e assinatura do TCLE, teve início a coleta de
dados.
Para a coleta de dados foi utilizado um questionário formulado pelos pesquisadores
com perguntas referentes a dados biodemoráfico (Apêndice B) e os seguintes instrumentos: a
aferição da força foi realizada com o auxílio de um dinamômetro manual hidráulico da marca
Saehan (Saehan corporation – SH5001), adotando a unidade de medida em quilogramas (kg).
A escala vai progredindo de dois em dois quilos, iniciando-se em quatro quilos. A
metodologia empregada para a avaliação da força de preensão palmar foi idêntica à utilizada
por Martin (2012), utilizando um dinamômetro manual e unidade de medida em quilogramas
força (KgF). Neste, a idosa permaneceu sentada com o braço aduzido, paralelo ao tronco, em
rotação neutra, cotovelo flexionado a 90° e antebraço e punho em posição neutra. A
empunhadura era auto ajustada conforme o conforto da participante e após a correta posição
do aparelho, onde a haste era posicionada entre as segundas falanges dos dedos (indicador,
médio, anular). A agulha colocada em posição neutra e ao comando de voz do avaliador, a
idosa realizou o máximo de força apertando do aparelho. Foram coletadas três medidas dos
dois braços entre um intervalo de descanso de um minuto, considerando-se o maior valor
obtido.
Para a avaliação do estado nutricional: foi aplicado por uma nutricionista através do
Índice Nutricional Questionário MNA formulário da MNA contendo 18 perguntas agrupadas
em duas seções a triagem e a avaliação global. (Anexo A) A triagem possui perguntas sobre
alteração na ingestão alimentar, perda de peso, mobilidade, estresse psicológico, problemas
neurológicos e IMC, onde cada resposta recebe um valor, o qual será somado gerando um
escore final. Avaliação global é composta por perguntas sobre o modo de vida, medicação,
mobilidade, problemas psicológicos, número de refeições, ingestão de alimentos e líquidos,
autonomia para comer, percepção da saúde e da condição nutricional, circunferência do braço
e circunferência da panturrilha. Os resultados dessa somados aos pontos da triagem maiores
ou iguais a 24 indicam um bom estado nutricional, de 17 a 23,5 indicam risco de desnutrição e
abaixo de 17, desnutrição (MORAIS; CAMPOS; LESSA, 2010).
Utilizou-se também, um Questionário Biodemográfico elaborado pelos pesquisadores,
que permitirá a caracterização da amostra quanto ao sexo, idade, estado civil, ocupação,
escolaridade, renda familiar e formas de lazer, entre outros.
A coleta de dados foi realizada nos centros de convivência local dos participantes,
tanto na zona urbana como na zona rural, no período de agosto a outubro de 2018. Os
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pesquisadores, previamente treinados e orientados para intervir o mínimo possível nas


respostas dadas pelos participantes, dirigiram-se ao idoso, esclarecer o objetivo da pesquisa e
solicitaram a sua colaboração.
Na análise dos dados, os dados quantitativos e qualitativos foram organizados e
armazenados em planilhas no programa Excel 2010 durante o período de avaliações. Ao final
do estudo o tratamento dos dados foi feito com auxílio do software SPSS 18. Para Windows
com aplicação de médias, desvio padrão e diferenças de percentagem e apresentado em
tabelas e teste de Mann-Whitney para a estatística comparativa entre os dois grupos.
Esta pesquisa foi aprovada pelo do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos
da Universidade CEUMA – UNICEUMA. Parecer N° 2.519.459, tendo sido feita com base na
resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde que regulamenta as pesquisas envolvendo
seres humanos.

Resultados

O estudo foi realizado com uma amostra constituída por 100 idosas, divididas em dois
grupos distintos: Idosas urbanas e Idosas rurais. Com relação a idade, baseado no questionário
biodemográfico, foram encontrados que idosas do meio rural com faixa etária acima de 65
anos sendo: 70%, entre 65 a 70 anos, 6% entre 71 a 75 e 24% com idade acima de 75. As
idosas do meio urbano com idade de 65 a 70 foram 52%, de 71 a 75 foram 26% e idosas
acima de 75 representam 22%.
As idosas urbanas tiveram melhor desempenho de força muscular baseado no teste de
força de preensão palmar utilizando o dinamômetro palmar, tendo média de 6,7% enquanto as
idosas rurais tiveram 3,58 % de média, com P valor de 0,0001. Com relação ao estado
nutricional avaliado com o questionário AMAN as idosas rurais tiveram 2% desnutridas, risco
18% e normal 80%, já as idosas urbanas tiveram 0% desnutridas 22% em estado de risco e
78% normal, com P valor de 0,01, apontando melhor quadro nutricional as idosas rurais.

Tabela 1 - Característica sociodemográfica e clínica de idosos Rurais e Urbanos


P-
Variáveis Idosas rurais Idosas Urbanas
valor
Média (±DP) Média (±DP)
IMC (kg/m²) 26,73 (±4,02) 26.37 (± 4.17) <0,297
Dinamometria D 3,58 (±2,7) 6.7 (± 4.87) <0,001
Tabela 1 - Característica sociodemográfica e clínica de idosos Rurais e Urbanos
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Dinamometria E 2,26 (±1,84) 6.8 (± 5.12) <0,001


Situação Nutricional N % N %  
Desnutrido 1 2 0 0
Normal 40 80 39 78 <0,01
Risco 9 18 11 22

Tabela 2 - Características Biodemográficas das idosas Rurais e Urbanas.

Idosas Urbanas Idosas Rurais


Variáveis Média DP
N % N %
Idade (anos)
65 a 70 anos 26 70 35 52
71 a 75 anos 13 6 3 26 12,5 11,64
Acima de 75 anos 11 24 12 22
Sexo
Masculino 0 0 0 0
50 (±28,87)
Feminino 50 100 50 100
Índice Salarial
Menos de um
6 12 19 38
salário
1 a 3 salários 23 46 21 42 16,14 (±6,95)
Acima de 3 salários 21 42 10 20
Estado Civil
Casado 25 50 26 52
Solteiro 9 18 17 34 18,3 (±7,87)
Viúvo 16 32 7 14
Escolaridade
1 ° Grau 12 24 26 52
2° Grau 16 32 14 28 15,12 (±6,15)
Superior 22 44 10 20

Tabela 3 - Características clinicas e nutricionais das idosas Rurais e Urbanas

Idosas Urbanas Idosas Rurais


Variáveis Média DP
N % N %
Refeições diárias
1 Refeição 0 0 0 0
2 Refeições 32 64 12 24 21,36 (±15,93)
3 ou mais 18 36 38 76
Alimentação: Legumes e Frutas diariamente?
Sim 26 52 35 70
25,4 (±8,21)
Não 24 48 15 30
Tabela 3 - Características clinicas e nutricionais das idosas Rurais e Urbanas
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Alimentação: Carnes, Peixes ou aves diariamente?


Sim 27 54 42 84
26,36 (±13,98)
Não 23 46 8 16
Medicações diárias
3 ou mais 24 48 38 76
24,48 (±10,65)
Nenhuma 26 52 12 24
Pratica de Atividades Físicas
Sim 45 90 17 34
18,6 (±17,59)
Não 5 10 33 66
Total 50 100% 50 100%    

Discussão

A proposta deste estudo foi analisar a influência de fatores ambientais, a exemplo do


meio urbano e rural sobre as variáveis força muscular e estado nutricional em mulheres
idosas. Portanto o estudo objetivou comparar a força de preensão manual e o estado
nutricional de idosas do meio urbano e rural. Foi encontrado, a partir do questionário
biodemográfico que entre as idosas do meio rural, 70% tem idade entre 65 a 70 anos, 6%
com idade entre 71 a 75, e 24% acima de 75 anos, já nas idosas urbanas foi encontrado que
52% tinham idade entre idade de 65 a 70, de 71 a 75 foram 26% e idosas acima de 75
representam 22%.Quanto ao estado civil as idosas rurais vivem mais sozinhas que as urbanas,
onde 52% das idosas rurais são casadas, 34% solteiras e 14% viúvas já as urbanas 50% são
casadas, 18% são solteiras e 16% são viúvas.
No que diz respeito ao índice nutricional que foi avaliado através do questionário
MNA as idosas rurais se apresentaram 2% desnutridas, 18% risco e 80% normal, já nas idosas
urbanas, 0% estão desnutridas, 22% em estado de risco e 78 % normal, o que nos leva a
afirmar que as idosas do meio rural apresentaram melhor estado nutricional que as idosas
urbanas.
Nossos resultados apontaram que as idosas rurais se sobressaíram no índice nutricional
por se alimentarem mais vezes por dia, por ingerirem mais alimentos naturais como frutas,
legumes, leite (e derivados), carnes, ovos e peixes, segundo as respostas obtidas através do
questionário MNA. No entanto, nossos resultados divergem do estudo de Barbosa et al.,
(2015) onde este aponta que as idosas rurais possuem déficits energéticos, pois ingerem
diariamente alimentos inadequados a saúde, como aqueles ricos em gorduras, açucares, e não
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praticam atividade física, embora o façam diariamente como forma de deslocamento e


trabalho.
Nossos dados sinalizaram que as idosas urbanas apresentaram uma alimentação
inadequada a saúde, como excesso de gorduras, quantidade ineficiente de frutas e legumes,
carnes, peixes, além de ingerirem menos liquido que as idosas rurais, o que nos leva a
discordar de Silva et al. (2015), quando afirma que o processo de envelhecimento ocasiona
alterações biológicas que interferem no desempenho funcional e no estado nutricional do
idoso, independentemente do local que ele viva. Podemos perceber aqui que o ambiente rural
foi propicio ao fornecer uma alimentação balanceada e saudável as idosas analisadas.
Quanto a avaliação do índice de força muscular, avaliado a partir da dinamometria
palmar, as idosas urbanas apresentaram melhor desempenho de força, tendo uma média de
6,7%, enquanto que as idosas rurais tiveram média de 3,58%. Este resultado pode ser
explicado pelo fato de que a maioria das idosas urbanas (90%) praticavam uma atividade
física regular nos centros de convivência onde foram feitas as coletas. Nestes elas tem acesso
a exercícios aeróbicos, hidroginástica e ginastica em grupo, enquanto que para as idosas
rurais, apenas 34% da amostra fazia uso desta pratica. Pícoli et al., (2011) explicam que
mulheres idosas com menor atividade física tem também menor massa muscular e maior
prevalência de incapacidade física, o que foi comprovado através de nossos resultados, além
disto o autor acrescenta que idosos que apresentam força de preensão manual reduzida são
geralmente sedentários, possuem déficits de massa corporal, apresentam problemas de saúde e
limitações funcionais.
No presente estudo podemos deduzir que idosas rurais tem mais problemas de saúde
que as idosas urbanas, uma vez que 76% das idosas rurais tomam mais de 3 medicamentos
por dia, enquanto apenas 48% das idosas urbanas tomam mais de 3 medicamentos/dia.
Outro quesito que cabe ser considerado é o fato de que segundo Silva et al., (2015) as
mudanças advindas do envelhecimento, como redução do número de fibras musculares, levam
ao comprometimento do desempenho neuromuscular, aumentando desse modo a fraqueza
muscular, contribuindo para limitações na força muscular e equilíbrio corporal aumento os
riscos de dependência funcional e a atividade física pode minimizar estes fatores.
Neste sentido, Rodrigues et al.,(2015) defendem que, em se tratando de idosos rurais,
atividades como as de cultivo de lavouras, deslocamento por distâncias longas em
intensidades leve e moderadas até as fazendas parece contribuir para a diminuição do
sedentarismo entre seus idosos investigados, entretanto, em nosso estudo, esta rotina não foi
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suficiente para a manutenção de uma eficaz força muscular. Não subjugando os aspectos
ambientais, pode se perceber aqui que o estilo de vida ativo adotado pelos idosos praticantes
de atividade física regular exerceu influência positiva fazendo com que se sobressaíssem na
força muscular.
Segundo estudo de Bertuzzi et al.,(2012) a população idosa rural possui altos índices
de pobreza, baixo nível educacional, residências precárias, limitações no transporte e maior
dependência para as atividades básicas, tem menos acesso as atividades de lazer, aos centros
de convivências, o que pode vir também a justificar o déficit encontrado na força muscular.
Nossos dados corroboram com o autor, visto que, no índice salarial, as idosas urbanas
apresentaram uma renda maior que as do rural onde 46% recebem entre 1 e 3 salários
mínimos e 42% recebem mais de 3 salários e apenas 12% das idosas urbanas recebem menos
de 1 salário mínimo. Já as idosas rurais apresentaram renda inferior onde 38% recebem menos
de um salário mínimo, 42% recebem entre 1 e 3 salários e apenas 20% recebem mais de 3
salários. Na escolaridade as idosas urbanas também se sobressaíram, pois 44% tinham curso
superior, comparado com 20% das rurais.
Apesar do consenso de que o estado nutricional está diretamente associado ao nível de
força muscular, nossos resultados nos levam a concordar com Vieira et al. (2015) quando
explica que a redução dos níveis de força e massa muscular ocorridas com aumento da idade,
conhecida como sarcopenia, tem origem multifatorial, ou seja, vários acontecimentos
colaboram para que haja essa perda. Fatores como diminuição nos níveis de atividade física,
alimentação deficitária, desordens hormonais e do sistema nervoso-central, entre outros, tem
grande influência na redução de força e massa muscular.

No presente estudo, foi visto que as idosas rurais têm uma alimentação mais saudável, porém
fazem menos atividade físicas do que as idosas urbanas, o que pode ter contribuído para o fato
das idosas rurais terem um menor índice de foça muscular quando comparadas as idosas
urbanas.
Ainda segundo o estudo de Vieira et al.,(2015) com o avanço da idade, uma atenuação,
nos níveis hormonais pode ser observada e isso também influencia a perda de força muscular,
na mulher diante do acontecimento da menopausa, uma deficiência na disponibilidade e
eficácia de estrogênio pode ser um fator de aceleração na perda do tecido magro. O autor
acrescenta que outro elemento importante para perda de força muscular é o aspecto
nutricional do idoso, o que ele chamou de “Anorexia do idoso” porém, o que foi possível
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observar no presente estudo foi que o índice nutricional não foi prevalente para intervir na
força muscular das idosas urbanas, uma vez que elas obtiveram índice nutricional baixo,
porem com índice de força muscular alto quando comparadas as idosas rurais.

CONCLUSÃO:

Este estudo objetivou comparar o nível nutricional e de força muscular de idosas


urbanas e rurais. Os resultados nos permitem concluir que houve diferenças significantes entre
força de preensão palmar e índice nutricional, quando comparados os dois grupos, entretanto,
o índice nutricional não foi relevante ao ponto de intervir na força muscular das idosas
urbanas, uma vez que elas obtiveram índice nutricional baixo, porem com índice de força
muscular alto quando comparadas as idosas rurais.
Com o conhecimento desses fatores podemos oferecer dados sobre a situação regional
de nosso estado e incentivar a realização de programas de orientação sobre uma alimentação
adequada, como também estimular a pratica de atividade física regular durante a fase do
envelhecimento, o que vai proporcionar aos nossos idosos um envelhecimento saudável e com
qualidade de vida, adaptados ás suas características regionais e ambientais.
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Referências

BARBOSA, A. P.; TEIXEIRA, I. G.; ORLANDI, B., et al. Nível de atividade física e
qualidade de vida: Um estudo comparativo entre idosos dos espaços rural e urbano. Rev.
Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, 2015; 18(4): 743-754.

BARBOSA, A. R.; SOUZA, J. M. P.; LEBRÃO, M. L.; et al. Relação entre estado
nutricional e força de preensão manual em idosos do município de São Paulo, Brasil: idosos
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FONTELLES, M. J.; SIMÕES, M. G.; FARIAS, S. H.; FONTELLES, R. G. S. Metodologia


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Maceió, novembro 2015. periodcas.set.edu.br
17

APÊNDICE
18

APENDICE A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


UNIVERSIDADE CEUMA
COORDENADORIA GERAL DA ÁREA DA SAÚDE
COORDENADORIA DO CURSO DE FISIOTERAPIA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Comitê de Ética em pesquisa da Universidade Ceuma:


Endereço: Rua Josué Montello, No 01 – Renascença II – CEP:
65075-120 – São Luís – MA
Fone / Fax: (98) 3214-4212 e-mail: cep@ceuma.br

INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA:

Título do Estudo:
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A FORÇA DE PREENSÃO MANUAL E
ESTADO NUTRICIONAL DE IDOSOS DO MEIO URBANO E RURAL.

Você está sendo convidado a participar de um estudo de pesquisa que se destina a


comparar a força de preensão manual e estado nutricional de idosos residentes no meio
urbano e rural, já que estes são importantes fatores de manutenção de sua funcionalidade. Este
estudo é importante porque através dele poderemos identificar como está o nível de força de
nutricional de idosos residentes nas duas distintas áreas e, através disto, intervir da melhor
forma e lhe repassar as devidas orientações de prevenção quanto a manutenção destes fatores.

O estudo será feito da seguinte maneira: Iremos solicitar que você responda a dois
questionários, um para avaliar seu índice nutricional e outro para conhecer o seu perfil
sóciodemoráfico, além destes você será solicitada a fazer um teste de força através de um
aparelho chamado Dinamômetro. Este aparelho nos indica a sua força a partir do momento em
que você o aperta usando a mão direita e depois a esquerda. Será realizada duas medições e
considerado o maior valor.
Este estudo apresenta como risco o fato de você eventualmente sentir-se incomodado
19

ou constrangido durante a aplicação dos questionários, ou ainda apresentar certo desconforto


no momento da realização do teste de forças. Por outro lado, a pesquisa poderá trazer
benefícios diretos e indiretos ao contribuir com a detecção precoce de possíveis fatores que
irão lhe tornar vulnerável a eventuais fatores que levem a diminuição de sua funcionalidade,
funcionando como prevenção de eventos que possam acarretar a minimização da mesma e de
suas consequências.

Sempre que você desejar será fornecido esclarecimentos sobre cada uma das etapas
do estudo. A qualquer momento, você poderá recusar a continuar participando do estudo e,
também, poderá retirar seu consentimento, sem que para isto sofra qualquer penalidade ou
prejuízo, ou seja, sem qualquer prejuízo da continuidade do seu acompanhamento médico.

Será garantido o sigilo quanto a sua identificação e das informações obtidas pela sua
participação, exceto aos responsáveis pelo estudo, e a divulgação das mencionadas
informações só será feita entre os profissionais estudiosos do assunto. Você não será
identificada em nenhuma publicação que possa resultar deste estudo.

_______________________________
Pesquisador responsável
Msc. Karla Virginia Bezerra de Castro Soares-

CREFITO – 18479-F;
E-mail: Karla1441@yahoo.com.br;
Telefone: 988051314

São Luís, ______/_____/______

Assinatura do sujeito ou responsável


20

APENDICE 2 – QUESTIONARIO BIODEMOGRAFICO


1. DADOS PESSOAIS
1.1 Idade:
1.2 Sexo: Masculino ( ) Feminino ( )
1.3 Nível de escolaridade: Nenhum ( ) Primeiro Grau( ) Segundo Grau( )
Terceiro grau( )
1.4 Profissão:
1.5 Renda Familiar < salários ( ) > 2 salários ( )
1.6 Situação Conjugal Solteiro ( ) Casado/convivente ( )
1.7 Reside Sozinho ( ) Acompanhado ( )
1.8 Possui cuidador Sim ( ) Não( )

2. ATIVIDADES
2.1 Atividades físicas ( ) atividades de lazer( ) atividades religiosas( )
2.2 Participação em ONG/ grupo de convivência, etc. Sim ( ) Não( )
21

ANEXOS
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO
MARANHÃO - UNICEUMA

PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

DADOS DO PROJETO DE PESQUISA

Título da Pesquisa: UNIVERSIDADE CEUMA SEM FRONTEIRAS


Pesquisador: Maria Erivânia Alves de Araújo
Área Temática:

Versão: 2
CAAE: 78827617.9.0000.5084
Instituição Proponente: Centro Universitário do Maranhão - UniCEUMA
Patrocinador Principal: Financiamento Próprio

DADOS DO PARECER

Número do Parecer: 2.519.459

Apresentação do Projeto:

O envelhecimento humano, constitui um conjunto de alterações morfofuncionais que levam o


indivíduo a um processo contínuo e irreversível de desestruturação orgânica, envolvendo fatores
hereditários, a ação do meio ambiente, a própria idade, a dieta, tipo de ocupação e estilo de vida. O
estudo visa proporcionar uma melhora na qualidade de vida dos idosos por meio da promoção do
bem-estar físico, psicológico e social. A pesquisa será desenvolvida por uma equipe
multidisciplinar, tendo como participantes idosos voluntários de um programa de assistência ao
idoso do Maranhão. A coleta de dados será realizada inicialmente pela aplicação de um
questionário sóciodemográfico, e em seguida, serão realizadas as avaliações com cada um dos
profissionais docentes e acadêmicos envolvidos no projeto. Posteriormente às avaliações serão
aplicados protocolos de intervenções no período de três meses (a cada semestre) constando:
exercícios fisiomotriz; hidrocinesioterapia; musculação; psicoestimulação; acompanhamento
nutricional; diagnóstico, prognóstico e elaboração do plano de tratamento odontológico. Após 12
semanas de aplicação dos protocolos de intervenções, iniciar-se-á o período de reavaliação.

Objetivo da Pesquisa:

Proporcionar uma melhoria na qualidade de vida dos idosos por meio da promoção do bem-estar
físico, psicológico e social.
a) Estimular no idoso o seu potencial cognitivo, através de recursos que potencializem as suas
capacidades de memória, atenção, concentração e

Endereço: DOS CASTANHEIROS


CEP: 65.075-120
Bairro: JARDIM RENASCENCA
UF: MA Município: SAO LUIS
Telefone: (98)3214-4212 E-mail: cep@ceuma.br
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO
MARANHÃO - UNICEUMA

Continuação do Parecer: 2.519.459

pensamento;b) Avaliar as atividades básicas da vida diária (ABVD’s) dos idosos;c) Analisar a força
muscular respiratória e a força muscular dos membros superiores, inferiores e tronco;d) Prevenir
quedas através do controle do equilíbrio e autonomia funcional;e) Estimular a prática de exercício
físico contribuindo para o controle e redução de doenças crônico-degenerativas;f) Promover a prática
da musculação para reduzir a perda de massa magra, melhorar a força muscular e o controle do
peso corporal;g) Avaliar o consumo alimentar e estado nutricional;h) Realizar atividades voltadas a
educação nutricional;i) Avaliar o nível de dor articular e o grau de flexibilidade da cadeia muscular
posterior; j) Realizar avaliação odontológica aos pacientes da terceira idade promovendo a saúde
bucal e devolver o equilíbrio do sistema estomatognático.

Avaliação dos Riscos e Benefícios:

Os riscos da participação na pesquisa são mínimos. Embora constitua um evento raro, durante a
realização dos testes de avaliação, bem como durante o treinamento com os exercícios relacionados
à fisiomotricidade, musculação, Pilates e hidrocinesioterapia, a possibilidade de ocorrer períodos de
dificuldade para respirar poderá acontecer, o que já é esperado principalmente em indivíduos idosos.
No entanto, todos os esforços serão feitos para minimizar estas ocorrências através da aferição da
pressão arterial e da frequência cardíaca na ocorrência de desconfortos respiratórios, e observação
de sudorese excessiva antes e após a realização dos exercícios. Além disso, os exercícios serão
aplicados respeitando as características individuais de cada participante. Como benefícios apresenta
a melhora das condições circulatórias contribuindo para o alívio da dor, minimização da incapacidade
funcional, independência nas atividades de vida diária, melhora do equilíbrio, da flexibilidade e do
estado cognitivo, além do restabelecimento da saúde bucal e nutricional. O participante será
estimulado à socialização, uma vez que os exercícios são realizados em grupo.

Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:

Trata-se de uma pesquisa de caráter avaliativa, onde serão acompanhados um grupo de idoso nas
diferentes áreas da saúde, o estudo é importante para a população de estudo, apresenta objetivos
claros e método adequado.
Projeto pertinente com método adequado e se enquadra nas linhas de atuação da equipe executora.

Endereço: DOS CASTANHEIROS


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