ENSAIOS CONJUGADOS
• Elas são conhecidas como ensaios conjugados, ou imunoensaios, e estão divididas em:
1. Radioimunoensaio (RIA)
3. Imunofluorescência.
RIA (RADIOIMUNOENSAIO)
• O RIA é um dos mais sensíveis métodos de análise quantitativa das reações antígeno e
anticorpo.
• Segundo Levinson (2010), esse método é utilizado para quantificar antígenos que podem ser
radiativamente marcados. Os complexos que se formam entre antígeno e o anticorpo podem
ser separados e então a quantidade de radioatividade pode ser medida.
• Em geral, isto ocorre nas análises laboratoriais, nas quais o anticorpo puro contra o antígeno é
radioativamente marcado com iodo125.
Fonte: Imunologia Clínica. Helem Ferreira Ribeiro. 2019. Imagens do Google.
RIA (RADIOIMUNOENSAIO)
• O antígeno não marcado pode se ligar ao anticorpo marcado, nesse caso, a adsorção
inespecífica é bloqueada e todos os anticorpos não ligados e outras proteínas são retirados por
lavagens.
• Segundo Murphy (2014), o método de RIA e o ELISA são ensaios conjugados, ou seja, de ligação
direta a antígenos ou anticorpos, nos quais ambos utilizam o mesmo princípio, mas se diferem
quanto ao meio de detecção para a ligação específica.
Fonte: Imunologia Clínica. Helem Ferreira Ribeiro. 2019. Imagens do Google.
RIA (RADIOIMUNOENSAIO)
• Enquanto pelo método RIA são avaliados os níveis de hormônios no sangue, os fármacos
no soro e os níveis de líquidos teciduais, o ELISA é muito usado no diagnóstico viral, como
na detecção de casos de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV, do inglês
human immunodeficiency virus).
RIA (RADIOIMUNOENSAIO)
ELISA
• Um dos exemplos marcantes de diagnóstico são os casos de infecção pelo HIV — agente
causador da síndrome da imunodeficiência adquirida (aids, do inglês acquired
immunodeficiency syndrome).
ELISA
• Segundo Levinson (2016), esse método é tão sensível quanto o RIA, mas com a vantagem
de não requerer marcação radioativa ou equipamento especial.
ELISA
IMUNOFLUORESCÊNCIA
• Anticorpos marcados com corantes fluorescentes podem ser utilizados na identificação de antígenos,
como, por exemplo, na superfície de bactérias e em células de cortes histológicos.
IMUNOFLUORESCÊNCIA
• Exemplo:
• Um antígeno conhecido é fixado em uma lâmina, o soro do paciente (não marcado) é adicionado e a
preparação é lavada.
• Caso o soro do paciente contenha anticorpos contra o antígeno, estes permanecerão ligados aos
antígenos na lâmina e podem ser detectados após adição dos anticorpos anti-IgG humana seguida do
exame em microscópio UV.
• O teste indireto é, em geral, mais sensível que a imunofluorescência direta porque mais anticorpos
marcados se aderem a cada local antigênico. Além disso, a antiglobulina marcada torna-se um
‘‘reagente universal” (i.e., ele é independente da natureza do antígeno pesquisado, uma vez que o
anticorpo anti-IgG reage com todas as IgGs humanas. Fonte: Imunologia Clínica. Helem Ferreira Ribeiro. 2019. Imagens do Google.
IMUNOFLUORESCÊNCIA
• A identificação de cada tipo de ensaio conjugado é feita pela pesquisa do que se quer encontrar.
• Ensaios conjugados, mais conhecidos como imunoensaios, devem ser preestabelecidos antes de iniciar
as análises.
• Deve-se, portanto, definir a escolha correta de marcadores para que eles apresentem boa
sensibilidade e estabilidade, fácil conjugação e detecção, além de baixo custo, sendo que cada método
tem um tipo de sistema específico de identificação.
Fonte: Imunologia Clínica. Helem Ferreira Ribeiro. 2019. Imagens do Google.
TIPOS DE RIA
• Os tipos de metodologias para RIA são classificados em: RIA de fase sólida, RIA direto de
competição com antígeno marcado e RIA de competição com anticorpo marcado.
• RIA de fase sólida: os poços da microplaca são sensibilizados com antígeno ou anticorpo, nos
quais um dos reagentes é imobilizado.
• RIA direto de competição com Ag marcado: nos poços de uma microplaca, deve ser colocada
uma quantidade de anticorpo com uma quantidade de antígeno marcado.
• Após esse procedimento, serão então adicionadas soluções padrão com antígeno não marcado.
O antígeno que não se ligar ao anticorpo será lavado. Após o período de incubação, será medida
a radioatividade da fase sólida.
Fonte: Imunologia Clínica. Helem Ferreira Ribeiro. 2019. Imagens do Google.
TIPOS DE RIA
TIPOS DE ELISA
• O ELISA é bem parecido com o RIA, porém, ele tem como princípio a imobilização de um dos reagentes
na fase sólida, enquanto o outro reagente é ligado a uma enzima.
• O resultado é qualitativamente obtido pelo desenvolvimento de cor ou por densidade óptica por
intermédio da leitura em um aparelho de espectrofotômetro.
TIPOS DE ELISA
• a) Método indireto — microplacas são sensibilizadas com antígeno, e a amostra com anticorpos é adicionada nos poços
da microplaca.
• O conjugado anti-Ig humana deve reagir com o anticorpo capturado. A reação é identificada pela solução cromógena,
ou seja, a reação ficará colorida. Esse método apresenta algumas vantagens, como ter um único conjugado para
diferentes sistemas, ou determinar anticorpos de classes diferentes.
• b) Método de captura para Ac IgM (imunoglobulina M) — a fase sólida é sensibilizada com anti-IgM específica.
• Caso exista a captura de qualquer IgM da amostra, o soro teste é então incubado.
TIPOS DE ELISA
• As demais etapas devem competir com o anticorpo marcado e com a densidade óptica,
que será lida em aparelho de espectrofotômetro.
Fonte: Imunologia Clínica. Helem Ferreira Ribeiro. 2019. Imagens do Google.
TIPOS DE ELISA
• c) Método de competição com antígeno marcado — os poços das microplacas são sensibilizados com antígeno
específico e são então incubados com uma amostra padrão e um conjugado antígeno-enzima.
• Depois de obter o equilíbrio da reação, a microplaca é lavada e incubada com uma solução que contém o substrato da
enzima. A leitura é feita no espectrofotômetro.
TIPOS DE ELISA
TIPOS DE IMUNOFLUORESCENCIA
• Teste de imunofluorescência indireta: esse teste tem alta sensibilidade, pois aumenta o sinal do anticorpo ou
do antígeno.
• Teste de imunofluorescência direta: esse teste é altamente específico, pois necessita de um conjugado para
cada sistema.
TIPOS DE IMUNOFLUORESCENCIA
• O soro do paciente é então diluído e incubado com o Ag fixado na lâmina. Após o período de incubação, a lâmina é
lavada, como nos testes de ELISA.
• Em seguida, a lâmina é incubada com o conjugado fluorescente anti-Ig marcado. O conjugado irá reagir com o Ac
específico para o Ag, detectando classes e subclasses de imunoglobulinas.
• Pesquisa de Ag: a incubação do Ag e do Ac é realizada e, após a lavagem, a preparação é incubada com o conjugado
anti-Ig, que foi produzido em outra espécie de animal.
• Após a lavagem, os Acs ligados são visualizados no microscópio de fluorescência. As aplicações desse teste são
utilizadas, principalmente, em imunocitoquímica, pesquisa de estreptococos β-hemolíticos, pesquisas de chlamydia
trachomatis, pesquisas de treponema pallidum, entre outros.
TIPOS DE IMUNOFLUORESCENCIA
TIPOS DE IMUNOFLUORESCENCIA
• Por outro lado, a liberação viral pode ser induzida por uma condição subjacente (p.ex., no caso da
imunossupressão, estresse e até mesmo infecção), por essa razão, é possível que não esteja
relacionada aos sintomas da doença.
• Alguns vírus podem ser liberados em períodos intermitentes, sem causar sintomas na pessoa afetada,
por exemplo: o enterovírus nas fezes em semanas e o adenovírus na orofaringe e no trato intestinal
em períodos de muitos meses, ou anos.
• Produzidas durante a replicação viral, as enzimas e outras proteínas podem ser detectadas por
mecanismos imunológicos e bioquímicos e por Biologia Molecular.
• Para que você entenda melhor o que foi estudado, Acs podem ser utilizados como ferramentas
específicas e sensíveis que identificam, detectam e qualificam o vírus e o seu Ag viral em culturas de
células pela imunohistoquímica ou em amostras clínicas.
• Acs monoclonais, ou monoespecíficos, são úteis para diferenciar cepas virais e mutantes.
• Na superfície ou no interior da célula, os Ags virais podem ser detectados por ELISA e
imunofluorescência.
• Os Ags ou vírus que são liberados por células infectadas podem ser detectados pelos métodos RIA e ELISA.
• A detecção também pode ser amplificada pela combinação de métodos imunológicos e culturas de células.
• A amostra clínica para esses métodos é centrifugada sobre células cultivadas em uma lamínula que fica no
fundo de um tubo de ensaio.
• Esse procedimento é adequado para aumentar a eficácia e acelerar a progressão da infecção nas células, que
ficam sobre a lamínula.
• Após esse procedimento, as células podem ser analisadas para a pesquisa de Ags virais precoces e detectadas
em 24 h por imunofluorescência, especificamente pelo teste de imunofluorescência direta ou por ELISA.
• Para realizar a detecção entre 7 a 14 dias, é necessário que os vírus se tornem evidentes.
• Dentro ou na superfície da célula, os Ags podem ser detectados por imunofluorescência ou por ELISA.
• Um exemplo é o Ac antiviral de coelho, que foi marcado com isotiocianato de fluoresceína e que é usado para
detectar o Ac primário e localizar o Ag.
• No ELISA, uma enzima como a fosfatase alcalina ou a peroxidase é conjugada ao Ac e converte um substrato
em um cromóforo que é utilizado para marcar o Ag.
• Outra alternativa é um Ac que foi modificado pelo acoplamento de uma molécula de vitamina, no caso a
biotina, e pode ser localizado pela ligação de alta afinidade das moléculas de estreptavidina ou avidina. Para
promover a detecção, uma enzima ou uma molécula fluorescente podem modificar a estreptavidina ou
avidina. Essas técnicas são utilizadas na análise de células sanguíneas, células de cultura de tecidos e biópsia
Fonte: Imunologia Clínica. Helem Ferreira Ribeiro. 2019. Imagens do Google.
de tecido.
• No teste de ELISA, costuma-se colocar o Ag imobilizado no soro do paciente para capturar e separar o
Ac específico de outros Acs.
• Uma enzima chamada fosfatase alcalina, por exemplo, covalentemente ligada com um Ac anti-humano
(a peroxidase), detecta o Ac afixado do paciente. A leitura é feita no espectrofotômetro.
IMPORTÂNCIA
• É importantíssimo que você saiba qual tipo de ensaio conjugado utilizar nas análises. Por essa razão, seguem alguns
exemplos:
• Os exames indiretos por imunoensaios de fase sólida e por Acs fluorescentes, como imunofluorescência, ELISA e RIA,
são usados para detectar e quantificar o Ac antiviral e o Ag viral. Nos laboratórios de análises clínicas, o RIA pode ser
usado para medir os níveis de hormônios para teste de gravidez (como βhCG), detectar respostas para alergias
específicas, analisar drogas farmacológicas no soro e, até mesmo, líquidos teciduais. O ELISA é usado na triagem do
suprimento sanguíneo para excluir os resultados
• soropositivos para hepatites B e C. Além disso, ele também indica a capacidade de os Acs do paciente detectarem
proteínas virais específicas, as quais são separadas por eletroforese, transferidas para uma membrana e visualizadas
com um Ac anti-humano conjugado com enzimas, de modo a confirmar o diagnóstico da infecção por HIV, por exemplo.