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UOR/2022
Índice
Agradecimentos ...................................................................................................................................... 3
Epígrafe ................................................................................................................................................... 4
1. Introdução ....................................................................................................................................... 5
2. Breve Historial do Advogado ......................................................................................................... 6
3. As áreas de Actuação do Advogado ............................................................................................... 6
4. O exercício da Advogacia em Angola ............................................................................................ 7
4.1. Direitos e Deveres dos Advogados ............................................................................................. 8
5. Incompatibilidades e Impedimentos no exercício da Advocacia em Angola ............................... 10
5.1. Incompatibilidades .................................................................................................................... 11
5.2. Impedimentos ............................................................................................................................ 13
Conclusão.............................................................................................................................................. 15
Referências Bibliográficas .................................................................................................................... 16
Agradecimentos
Em primeiro lugar quero agradecer à Deus, que é, e sempre foi, a força, amparo e sustento em
todos os momentos da minha vida.
Aos meus queridos e carinhosos pais, que sempre ofereceram força e apoio às minhas escolhas.
À minha família em geral, pelo seu incentivo e apoio durante toda a jornada percorrida, por
meio da sua excelente orientação, dedicação, competência, ética, disponibilidade, exemplo e
amizade.
Ao Dr. Guialdino Rafael, que colaborou de maneira fundamental com seu grande
conhecimento para que esse trabalho fosse concluído.
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Epígrafe
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1. Introdução
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2. Breve Historial do Advogado
O vocábulo Advogado, deriva da expressão em latim ad vocatus que significa o que foi
chamado, que, no Direito romano, designava a terceira pessoa que o litigante chamava perante
o juízo para falar a seu favor ou defender o seu interesse. O advogado é um profissional liberal,
graduado em Direito e autorizado pelas instituições competentes de cada país a exercer o jus
postulandi, ou seja, a representação dos legítimos interesses das pessoas físicas ou jurídicas em
juízo ou fora dele, quer entre si, quer perante o Estado.
Por esta razão, a advocacia não é simplesmente uma profissão, mas, um munus
publicum, ou seja, um encargo público, já que, embora não seja agente estatal, compõe um dos
elementos da administração democrática do Poder Judiciário.
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f) Planeamento jurídico, o planeamento jurídico preventivo é uma ação que
proporciona a toda a alta direção de uma organização uma segurança maior, visto que há
diminuição de processos contenciosos, já que ele não se refere apenas ao valor gerado, mas ao
não cumprimento da legislação que ocasiona custos processuais, honorários, juros, entre outros
encargos para a organização.
g) Ensino jurídico, o ensino jurídico de educação ou a educação jurídica é a
formação em nível superior para lidar com o fenômeno do Direito.
Não obstante ao fato de a advocacia ser uma profissão liberal, em Angola o seu
exercício deve estar em conformidade com as normas deontológicas. A deontologia será o
conjunto de regras ético-jurídicas pelas quais o advogado deve pautar o seu comportamento
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profissional e cívico. O respeito pelas regras deontológicas e o imperativo da elevada
consciência moral, individual e profissional, constitui timbre da advocacia.
A inobservância
dessas regras pelo advogado deve, a princípio, conduzir a aplicação de sanção disciplinar (nº2
do preambulo do CEDP).
Sendo assim sobre o profissional da Advogacia recaem direitos e deveres. Que para
além Estatuto da Ordem dos Advogados encontram o seu devido respaldo legal nas seguintes
leis:
Quando falamos dos Direitos do Advogado, referimo-nos àqueles previstos pela própria
Lei, como:
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O Direito a livre acesso nas secretarias judiciais e de preferência no atendimento
(art.o 51 n.o 2 EOA, art.o 174 do CPC e art.o 89 da Lei 2/15 de 2 de Fevereiro);
O Direito de protesto (art.o 52 EOA e art.o 87 da Lei 2/15 de 2 de Fevereiro);
O Direito a patrocínio contra os advogados e magistrados (art.o 72 EOA e art.o
17 CEDP);
O Direito à simplificação do mandato (art.o 35 alínea b do Cód. Processo Civil
e art.o 69 Cód. Processo Penal);
O Direito de substabelecimento (art.o 36 n.o 2 do Cód. Processo Civil);
O Direito de assistir os interrogatórios dos arguidos e buscas nos
processos
(art.o 73 e 67 do Cód. Processo Penal);
O Direito à recusa de patrocínio (art.o 69 do EOA e art.o 16 CEDP);
O Direito em relação às discussões públicas (art.o 66 EOA e art.o 18 CEDP).
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O Dever geral de urbanidade (art.o 73 EOA)
O Dever quanto aos honorários (art.o 53, 54 EAO e 19, 20 e 21 CEDP e Decreto
Executivo Conjunto n.o 46/97 de 7 de Novembro, referente a afixação de honorários atribuídos
aos advogados- Ministérios da Justiça e das Finanças).
As profissões liberais são assim chamadas não apenas por exigência de título académico
e vocação intelectual, mas também por decorrência lógica e etimológica, pois devem exercer
em plena liberdade. Só liberdade alimentam a permanência rebeldia do advogado contra a
injustiça, o arbítrio e a prepotência. Deste modo, qualquer circunstância que afeta a liberdade
e a independência deve ser impeditiva do exercício da advocacia. Não há independência sem
liberdade de atuação e de expressão, o advogado não pode estar subordinado nem o poder
político nem o poder económico nem a terceiros e nem ao próprio cliente. Está apenas
vinculado a sua consciência. A advogacia não se compadece com hierarquias, nem com
qualquer forma de pressão, temor reverencial ou receio de represálias.
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As incompatibilidades e impedimentos devem ser declarados e aplicados pela Ordem
dos Advogados de Angola, por via dos Conselhos Nacional e Provincial (cfr. nº 3 do art. 193º
da CRA e art. 57º nº1 do EOA).
5.1. Incompatibilidades
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f) Governadores e vice governadores provinciais (artg 6 n.1 alínea f) e 11 n.1
alínea f);
g) Governadores e vice governadores do Banco Nacional de Angola (artg 6 n.1
alínea g) e 11 n.1 alínea g);
h) Funcionário dos tribunais, da polícia e de outros serviços equiparados (art. 11 nº
1 alínea h);
i) Quaisquer outros que por lei especial sejam considerados incompatíveis com o
exercício da advocacia (artg 6 n.1 alínea h) e 11 n.1 alínea h).
Com excessão, as funções e actividades acima descritas não vão se aplicar aos casos ou
situações das pessoas aposentadas de inactividade, de licença ou de reserva (art. 6 nº 2 do CEDP
e art. 11 nº 2 da Lei 8/17).
Este preceito é uma norma excepcional em matéria delimitação dos direitos e interesses
dos advogados (cfr. nº 1 do art. 58º da CRA).O legislador procedeu a uma enunciação
exemplificativa das situações de incompatibilidade (tipicidade aberta). Por força da
interpretação extensiva da alínea i) deste artigo, poderão surgir outras incompatibilidades.
Nos termos do (art. 57º nº1 do EOA), a OAA pode solicitar aos advogados informações
que entenda necessárias para a verificação da existência ou não de incompatibilidade. Quando
assim ocorrer, o advogado deve informar no prazo de30 dias, sob pena de suspensão (cfr. nº 2
do art. 57º do EOA e art. 6 nº 4 do CEDP).
Se a incompatibilidade for preexistente à data da inscrição, então esta deve ser recusada.
Porém, se for superveniente, cabe ao advogado suspender a sua inscrição.
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No âmbito das incompatibilidades, por força do disposto na (alínea h) do art. 11ºda Lei
nº 8/17), estão igualmente abrangidos os funcionários dos Tribunais, da Polícia e dos Serviços
equiparados. A equiparação a que se refere a citada alínea tem a ver com a extensão do regime
das incompatibilidades aos funcionários dos Cartórios Notariais, Conservatórias, Serviços de
Identificação Civil e Serviços de Segurança. A estes, por força das particularidades das funções
que desempenham, está igualmente vedado o exercício da advocacia.
5.2. Impedimentos
Os impedimentos, por sua vez são circunstâncias que impedem com que a pessoa exerça
determinada profissão, ou seja, situações de facto e concretas, que obstam a que uma vez
verificada não se pode exercer a profissão de advogado sendo sempre permanentes.
a) Impedimentos relativos a ligação que o advogado tem com pessoas que intervêm
no processo
Quando o seu cônjuge ou algum descendente, ascendente, irmão ou ao afim nos
mesmos termos graus, fora o juiz, magistrado do Ministério Público, ou assessor popular, nos
processos em que eu for chamado a intervir (art. 5 nº1 alínea a) do CEDP e artg 12 n.1 alínea
a) da Lei 8/17 de 13 de Março);
Quando eles próprios tenho intervido nos mesmos processos e nem referidas
qualidades ou ainda como testemunhas, declarantes ou peritos (artg 5 n.1 alínea b) do CEDP e
artg 12 n.1 alínea b) da Lei 8/17 de 13 de Março).
b) Impedimento relativo ao facto de o advogado já ter tido contacto com o processo
noutras circunstâncias
Quando tenham tido intervenção no processo ou em processos conexos como
representantes da parte contrária ou quando ele tenha um prestador parecer jurídico sobre a
questão controvertida (artg 5 n.1 alínea c) do CEDP e artg 12 n.1 alínea c) da Lei 8/17 de 13
de Março);
Em qualquer outro caso previsto na lei (artg 5 n.1 alínea c) do CEDP e artg 12
n.1 alínea c) da Lei 8/17 de 13 de Março).
c) Impedimento do advogado na sua relação com o Estado
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Quando deputados da Assembleia Nacional (artg 5 n.2 alínea a) do CEDP e artg
12 n.2 alínea a) da Lei 8/17 de 13 de Março);
Quando membros das forças armadas militarizadas no activo (artg 5 n.2 alínea
b) do CEDP e artg 12 n.2 alínea b) da Lei 8/17 de 13 de Março);
Quando um membro dos gabinetes dos titulares dos órgãos de soberania do
estado e equiparados (artg 5 n.2 alínea c) do CEDP e artg 12 n.2 alínea c) da Lei 8/17 de 13 de
Março);
Quando um membro dos gabinetes dos ministros e dos secretários de estado e
equiparados (artg 5 n.2 alínea d) do CEDP e artg 12 n.2 alínea d) da Lei 8/17 de 13 de Março);
Quando o Diretores de ministérios e de secretárias de estado ( (artg 5 n.2 alínea
e) do CEDP e artg 12 N.2 alínea e) da Lei 8/17 de 13 de Março).
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Conclusão
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Referências Bibliográficas
ARNAUT, António, “Iniciação à advocacia”, 11a ed., Lisboa(etc), Coimbra Editora, 2011.
ALVES, Adalberto, “História breve da advocacia em Portugal”, Porto, CTT Correiros, 2003.
ASCENÇÃO, Oliveira, “Direito Civil Teoria Geral”, Coimbra, Coimbra Editora, Vol. III,
2002.
Legislações Consultadas
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