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Estudante: Yolanda da Silva Pires

Matrícula: 16/0036836
Disciplina: Jornalismo em TV 1

Resenha do livro ‘O Texto na TV: Manual de Telejornalismo’, de


Vera Íris Paternostro

O livro “O Texto na TV: Manual de Telejornalismo” foi escrito por Vera Íris Paternostro
e publicado em três anos e três décadas diferentes – 1987, 1999 e 2006. A edição
consultada para esta resenha foi a última e a mais completa. Com novas
considerações sobre uma mídia sempre em desenvolvimento, a autora escreve de
forma simples e objetiva, assim como o texto para TV deve ser.

Na primeira parte do livro ‘Noções de história e tecnologia’, a autora aborda do


desenvolvimento da linguagem oral até o surgimento da HDTV. Uma revolução de
cada vez, entendemos como a busca por novas linguagens deram (e dão) o tom das
dinâmicas e transformações sociais e tecnológicas.

A linguagem oral, que possibilita repassar conhecimentos e experiências de uma


geração para outra. A escrita, que por meios de códigos amplia o compartilhamento
dessas informações e as registra. O surgimento da prensa no oriente e,
posteriormente, no ocidente abre os caminhos para a popularização e
democratização do acesso aos livros. Tudo é amarrado e exposto pela autora para
que possamos assimilar melhor as tecnologias mais recentes: o rádio, a TV, a
internet, a alta resolução de som e imagem.

Os contextos históricos nos permitem observar os esforços em encurtar a distância


entre emissor e receptor, entre emissor e mensagem e entre mensagem e receptor.
Com a internet e a TV, essas interações devem ganhar dinamismo. Mas esse
dinamismo só servirá ao propósito de comunicar, caso o jornalista escreva em uma
linguagem que seja o mais próximo possível daquela falada pelo povo. Aquela
chamada de coloquial, que é acessível.
A partir da defesa desta escrita objetiva, clara e direta a autora destrincha suas
considerações e noções de texto para a TV. Mas o que lemos na segunda parte do
livro, chamada de ‘Noções básicas de texto’, não deve ser assimilado apenas pelos
telejornalistas.

Com as dicas da autora, profissionais e pesquisadores de diferentes áreas do


conhecimento seriam capazes de transmitir seus estudos e conhecimentos para o
povo, a quem tais informações devem servir. Palavras e frases curtas e objetivas, na
ordem direta e com pontuações corretas facilitam a compreensão do que é dito ou
comunicado.

Em telejornalismo, a utilidade das ‘regras’ deste manual é ainda maior. O texto para
TV é escrito para ser falado e ouvido uma única vez, portanto não pode dar margens
para duplos sentidos, cacofonias ou confusões. É uma responsabilidade que deve ser
perseguida e assumida por todos os jornalistas.

O capítulo oito, ‘O texto e a imagem’, mostra como devemos conciliar o texto para TV
com a imagem que é transmitida. Aqui, a autora fala sobre o sentimento causado aos
telespectadores cenas, mas também pelo texto, que descrevem realidades próximas
ou muito distantes deles. Os dois não devem competir, e sim dialogar para melhor
passar a mensagem ao público. As imagens colaboram para que as notícias sejam
melhor compreendidas e o texto dão o complemento e fisgam quem assiste.

Desse ponto em diante, a autora lista uma série de sugestões para uma escrita que
não apenas cumpra o papel do jornalismo, que é comunicar, mas também que seja
correta e cuidadosa. Ela relaciona erros comuns em redações de textos para TV,
diferenças que causam dúvidas e outras recomendações. Em geral, esta parte está
em ordem alfabética, o que facilita a consulta posterior e faz com que o livro cumpra
com o papel de manual a que se propõe.

Devemos ressaltar a habilidade com que a autora ilustra tudo aquilo que diz, e faz
com que o manual seja imagético como é a TV. A cada dica de português, a cada
exemplo do que deve ou do que não deve ser escrito, a autora traz exemplos que,
somados à linguagem simples e objetiva, tornam o livro ainda mais didático.

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