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Sumário

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................5
2. TRANSPORTE DE ACIDENTADOS..............................................................................5
3. MÉTODO DE TRANSPORTE.........................................................................................7
3.1 TRANSPORTE FEITO POR UMA PESSOA.........................................................7
3.2 TRANSPORTE FEITO POR DUAS PESSOAS...................................................10
3.3 TRANSPORTE FEITO POR TRÊS OU MAIS PESSOAS.................................14
4. CONCLUSÃO..................................................................................................................15
REFERÊNCIA..........................................................................................................................15
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RESUMO

1. INTRODUÇÃO

A partir da década de 1980 as causas externas passaram a representar a


segunda causa de morte no Brasil e a primeira para aqueles que se encontram
entre 5 e 39 anos de idade. Com o grande crescimento dessas taxas, a
locomoção emergencial tem se tornado cada vez mais importante para reduzir
os danos e melhorar a sobrevida. Quando se realiza de forma inadequada a
locomoção da vítima, sem utilizar as técnicas corretas, pode ocasionar em
danos a integridade física que muitas vezes podem ser irreversíveis. É
fundamental, o conhecimento das técnicas para o transporte do acidentado
consciente, transporte do acidentado inconsciente; cuidados com o tipo de
lesão que o acidentado apresenta e técnicas e materiais para cada tipo de
transporte

Cada caso será especifico, sendo necessário sempre analisar a situação


em que o acidentado se encontra e as circunstâncias gerais do acidente, e
escolher a técnica adequada a ser usada. Todas as técnicas de remoção e
transporte de vítimas estão baseadas na estabilização de toda a coluna
vertebral da vítima durante todo o procedimento. É importante examinar a
situação de saúde da vítima. Então, será a partir daí, que o socorrista deverá
empregar a técnica adequada, levando em consideração quem o tempo para
vítimas em estados grave é fator determinante.

O presente trabalho tem como objetivo descrever as principais características


da locomoção emergencial, bem como as técnicas utilizadas. Uma vez ela
muito faz importante, como ferramenta de se manter a integridade e vida da
vítima.

2. TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
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Este tipo de transporte requer o máximo de cuidado e desempenho


demonstrando serenidade a acidentados ou vítimas de mal súbito, pois o
objetivo maior é não causar complicações com o estado de saúde pelo
agravamento de lesões que foram expostas (MOULIN,2004).

Quando se inicia a atividade de remoção seja ela qualquer, é preciso


assegurar o acidentado da manutenção da respiração, dos batimentos
cardíacos, controles de hemorragias e das lesões trauma ortopédicas
imobilizadas, sempre prevenindo o estado de choque. Caso o acidentado tenha
fratura na coluna cervical o mesmo só pode ser transportado em caso de
extrema urgência ou eminência de perigo para o acidentado, pois precisa de
uma orientação medica ou de um pessoal especializado. O uso de uma, duas,
três ou mais pessoas para o transporte do acidentado depende totalmente das
circunstâncias de local, tipo de acidente, voluntários disponíveis e gravidade da
lesão. Ao transportar em veículos, alguns cuidados devem ser observados. O
corpo e a cabeça do acidentado deverão estar seguros, firmes, em local
acolchoado ou forrado. O condutor do veículo deverá ser orientado para evitar
freadas bruscas e manobras que provoquem balanços exagerados. Qualquer
excesso de velocidade deverá ser evitado, especialmente evitar pressa e
nervosismo (ABDALLA, 2003.)

 Recomenda-se transporte de pessoas nos seguintes casos:

· Hemorragia abundante. Choque.

· Envenenado, mesmo consciente.

· Picado por animal peçonhento.

· Acidentado com fratura de membros inferiores, bacia ou coluna vertebral.

· Acidentados com luxação ou entorse nas articulações dos membros


inferiores.

· Vítima inconsciente.

· Estado de choque instalado.

· Grande queimado.
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 Antes de remover um acidentado, deve-se seguir as seguintes


observações:

·Verificação de existência e gravidade de lesões

·Controle de hemorragia

·Prevenção e controle de estado de choque

·Imobilização dos pontos de fratura, luxação ou entorse.

·Restauração ou manutenção das funções respiratória e circulatória

·Orientar o motorista para evitar freadas súbitas e manobras que provoquem


balanços. ·Assegurar o conforto e segurança do acidentado dentro do veículo
transportador.

·Sempre que possível anotar e registrar, de preferência em papel, todos os


sinais e sintomas observados e a assistência que foi prestada.

3. MÉTODO DE TRANSPORTE

3.1 TRANSPORTE FEITO POR UMA PESSOA

A locomoção emergencial, se dar através do transporte de uma pessoa


ou de várias pessoas, quando sofrem acidentes por alguns tipos como choque,
animais peçonhentos, intoxicação e entre outros. Nesse caso possuir alguns
tipos de métodos que vão auxiliar o socorrista (QUEIROZ,2018).

O método de transporte por uma pessoa só socorrendo, possuir o


transporte de apoio, na qual o socorrista vai pega o braço do acidentando e por
atrás da nuca dele, para que o acidentando fiquei seguro, e também o
socorrista tem que passar o braço dele por trás da costa do acidentando para
poder transportar com segurança, e esse transporte é utilizado para aquelas
pessoas que são vítimas de desmaio, vertigem, ferimentos leves ou outras
perturbações (ABDALLA,2003).
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Figura 1: Demonstração de como seria o transporte de apoio (ABDALLA,


2003).

Além desse, tem o transporte ao colo, na qual o acidentando não tem


possiblidade de se locomóvel com as pernas, e nisso o socorrista vai colocar o
braço por debaixo dos joelhos e outro braço de forma bem firme em torno das
costas, inclinando o corpo pouco para trás. Sendo que este transporte serve
para transportar vítimas de envenenamento ou picada por animal peçonhento,
e estando a vítima consciente (MOULIN,2004).

Figura 2: transporte ao colo: demonstração de como seria o transporte


com a vítima (ABDALLA, 2003).

Outro transporte é pelas costas, na qual o socorrista vai pôr os braços


sobre os ombros da vítima, ficando suas axilas sobre os ombros deste. A
pessoa está socorrendo busca os braços sendo acidentando e os segura,
carregando a vítima arqueada. E esse transporte é utilizado para vítima de
envenenadas ou com entorses e luxações dos membros inferiores, o que te
impossibilita de movimenta (ABDLLA,2003).
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Figura 3: transporte nas costas: mostrado duas maneiras de ser feitos


esse transporte (ABDALLA, 2003).

O transporte de bombeiro, se dar através do socorrista coloca a vítima


em decúbito ventral, para que em seguida, ajoelha-se com um só joelho e, com
as mãos passando sob as axilas da vítima, levantando para poder começa a se
locomóvel com a vítima. Este transporte pode ser aplicado em caos que não
envolvem fraturas e lesões graves (QUEIROZ, 2003).

Figura 4: Transporte de bombeiro (ABDALLA, 2003).

Já o transporte, na qual o socorrista possuir um lençol para poder


locomóvel a vítima através do lençol, por esse método o socorrista deve segura
nas pontas do lençol, onde se encontra apoiada a cabeça da vítima, só assim o
socorrista vai conseguir locomóvel (MOULIN,2004).

Figura 5: Transporte de arrasto em lençol (ABDALLA, 2003).


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No caso de vítima que está com uma suspeita de fraturas de coluna ou a


vítima de veículo. Nesse caso o socorrista deve passar por trás da vítima e
coloca suas mãos sob axilas da vítima, segurando assim os braços da vítima
onde encontra o tórax, só assim o socorrista vai começa arrasta a vítima para
fora do veículo, apoiando suas costas nas coxas para que o tórax da vítima não
se movimenta (ABDALLA, 2003).

Figura 6: Transporte de vítima suspeita de fratura na coluna (ABDALLA,


2003).

3.2 TRANSPORTE FEITO POR DUAS PESSOAS

Pode ser feito por transporte de apoio onde passa-se o braço do


acidentado por trás da nuca das duas pessoas que estão socorrendo,
segurando-a com um dos braços, passando o outro braço por trás das costas
do acidentado, em diagonal. Este tipo de transporte é usado para pessoas
obesas, na qual uma única pessoa não consiga socorrê-lo e removê-lo.
Geralmente são de vertigem, de desmaio, com ferimentos leves ou pequenas
perturbações que não os tornem inconscientes (QUEIROZ,2018).
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FIGURA 7: Transporte de apoio (ABDALLA, 2003).

Feito através da formação de uma cadeirinha, em que duas pessoas se


ajoelham, cada uma de um lado da vítima. Cada uma passa um braço sob as
costas e outro sob as coxas da vítima. Então, cada um segura com uma das
mãos o punho e, com a outra, o ombro do companheiro. As duas pessoas
erguem-se lentamente, com a vítima sentada na cadeira improvisada. Cada
uma das pessoas que estão prestando os primeiros socorros segura um dos
seus braços e um dos braços do outro, formando-se um assento onde a
pessoa acidentada se apoia, abraçando ainda o pescoço e os ombros das
pessoas que a está socorrendo (MOULIN,2004).

FIGURA 8: Transporte de cadeirinha (MOULIN,2004).


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Pode ser feito o transporte através das extremidades do paciente, em


que uma das pessoas que estão prestando os primeiros socorros segura com
os braços o tronco da vítima, passando-os por baixo das axilas da mesma. A
outra, de costas para o primeiro, segura as pernas da vítima com seus braços
(QUEIROZ,2018).

FIGURA 9 : Transporte pelas extremidades (ABDALLA,2003).

Outra alternativa é fazer o transporte de colo, em que a vítima é


abraçada e levantada, de lado, até a altura do tórax das pessoas que a estão
socorrendo. O acidentado pode ser um fraturado ou luxado de ombro superior
ou inferior, e o membro afetado deve sempre ficar para o lado do corpo das
pessoas que estão socorrendo, a fim de melhor protegê-lo (MOULIN,2004).

FIGURA 10 : Transporte ao colo ( CIPA- Andréws Tamburo, Técnico de


Segurança do Trabalho).
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Existe uma forma de transporte feita com uso de uma cadeira, que
ocorre quando a vítima está numa cadeira, pode-se transportar está com a
vítima, da seguinte maneira: uma pessoa segura a parte da frente da cadeira,
onde os pés se juntam ao assento. O outro segura lateralmente os espaldares
da cadeira pelo meio. A cadeira fica inclinada para trás, pois a pessoa da
frente coloca a borda do assento mais alto que a de trás. A atenção durante a
remoção é muito importante para que a vítima não caia (QUEIROZ,2018).

FIGURA 11 : Transporte de cadeira ( CIPA- Andréws Tamburo, Técnico de


Segurança do Trabalho).

É feito também nessa modalidade o uso de maca, este é o melhor meio


de transporte. Pode-se fazer uma boa maca abotoando-se duas camisas ou
um paletó em duas varas ou bastões, ou enrolando um cobertor dobrado em
três, envolta de tubos de ferro ou bastões (Figura 51). Pode-se ainda usar uma
tábua larga e rígida ou mesmo uma porta. Nos casos de fratura de coluna
vertebral, deve-se tomar o cuidado de acolchoar as curvaturas da coluna para
que o próprio peso não lese a medula. Se a vítima estiver de bruços (decúbito
ventral), e apresentar vias aéreas permeáveis e sinais vitais presentes, deve
ser transportada nesta posição, com todo cuidado, pois colocá-la em outra
posição pode agravar uma lesão na coluna (ABDALLA, 2003).

FIGURA 12: Transporte de maca (ABDALLA, 2003).


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3.3 TRANSPORTE FEITO POR TRÊS OU MAIS PESSOAS

Pode ser realizada o transporte através do colo. Quando há 3 pessoas


se tem a possibilidade, por exemplo, de estas ficarem enfileiradas ao lado da
vítima, que convém está na posição dorsal, ou seja, de abdômen para cima.
Curvam-se apoiando num dos joelhos e com seus braços levantam a vítima
até a altura do outro joelho. Logo após, ao mesmo tempo, erguem-se, levando
a vítima de lado rente a seus troncos, conduzindo-a para o local desejado e
seguro (MOULIN,2004).

Uma das pessoas segura a cabeça e tronco, a outra, a região lombar e a


parte superior das coxas. A terceira segura a parte inferior das coxas e pernas.
Os movimentos dos três condutores devem ser simultâneos, para impedir
deslocamentos e lesões da cabeça, coluna, coxas e pernas, na tentava de
conduzir a vítima o mais imobilizado possível. Caso haja uma quarta pessoa,
fica responsável apenas para imobilizar a cabeça, as outras 3 ficam
responsáveis para as outras partes do corpo (ABDALLA,2003).

Outro meio que utilizado é o transporte com uso do lençol puxando pelas
pontas, n esse caso, o transporte terá que ser feito com quatro pessoas, cada
um segurando uma das pontas do lençol, cobertor ou lona, e assim formar
uma espécie de rede onde a vítima é colocada e transportada. É importante
salientar que esse transporte não serve para vítimas com possíveis lesões de
coluna, onde nesses casos, a vítima terá de ser transportada em superfície
rígida. (MOULIN,2004).

É utilizado também o transporte puxando o lençol pelas bordas, neste


caso, primeiramente se coloca a vítima sob o lençol cobertor ou lona da
seguinte forma: A primeira pessoa coloca os braços por debaixo do corpo dela
na tentativa de não movimentar muito a vítima, faz-se várias dobras neste
lençol e passa ele por debaixo dela no espaço criado com os braços da
primeira pessoa, tudo bem devagar para não a machucar (ABDALLA,2003).

Com a vítima já sob o meio do lençol, dobra-se as bordas laterais até


ficarem bem enroladas. Fazendo essa técnica permitirá que os condutores
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segurem firmemente o lençol para posteriormente levantarem a vítima. Este


tipo de transporte pode ser feito por duas pessoas de cada lado, porém é mais
seguro e eficaz com três pessoas. Assim como no transporte pelas pontas do
lençol, este método também não é recomendável para transportar possíveis
vítimas com comprometido da coluna, neste caso, como dito anteriormente, o
transporte terá que ser feito numa superfície rígida (MOULIN,2004).

Para o caso de remoção de vítima com suspeita de fratura de coluna


(consciente ou não), Abdalla diz: “A remoção de uma vítima com suspeita de
fratura de coluna ou de bacia e/ou acidentado em estado grave, com urgência
de um local onde a maca não consegue chegar, deverá ser efetuada como se
seu corpo fosse uma peça rígida, levantando, simultaneamente, todos os
segmentos do seu corpo, deslocando o acidentado até a maca”.

4. CONCLUSÃO

A locomoção emergencial é de extrema importância, pois o transporte se


realizado em condições necessárias, em tempo hábil e com profissionais
qualificados, estará associado à redução da mortalidade e morbidade, bem
como alcançar melhores chances de sobrevida e diminuir os riscos de lesões
traumáticas a essa vítima. Ainda que na fase pré-hospitalar não se reverta um
quadro extremamente grave, de modo que as ações iniciais apropriadas,
previnem o agravamento do quadro, o surgimento de novas lesões, podendo
melhorar as condições da vítima, atrasando assim resultados fatais.

REFERÊNCIA
ABDALLA, Telma. Manual de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro. Fundação
Oswaldo Cruz, 2003.

QUEIROZ, C. A. J; LEITE, D. M. X. PROCEDIMENTO OPERACIONAL


PRÁTICO, 2018.

MOULIN, A. F. V.; SILVEIRA, E.T. Primeiros Socorros Remoção do


Acidentado, 2004.
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