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Capítulo Elaborado por Tânia Muzy

Legislações – ASA

Lei 8234, de 17 de setembro de 1991 II- planejamento, organização, direção, supervisão e


avaliação de serviços de alimentação e nutrição;
Regulamenta a profissão de nutricionista e determina
outras providências. (ATENÇÃO – Esta lei é a mesma III- planejamento, coordenação, supervisão e avaliação de
legislação já abordada no tópico de Legislações estudos de dietéticos;
CRN/CFN do Prof. José)
IV- ensino das matérias profissionais dos cursos de
Revoga a Lei 5.276 de 24/04/67 graduação em nutrição;

O Presidente da República V- ensino das disciplinas de nutrição e alimentação nos


cursos de graduação da área de saúde e outras afins;
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte Lei: VI- auditoria, consultoria e assessoria em nutrição e dietética;

Art. 1º A designação e o exercício da profissão de VII- assistência e educação nutricional a coletividades ou


Nutricionistas, profissional de saúde, em qualquer de suas indivíduos, sadios ou enfermos, em instituições públicas e
áreas são privativas dos portadores de diploma expedido por privadas e em consultório de nutrição e dietética;
escolas de graduação em nutrição, oficiais ou reconhecidas,
devidamente registrado no órgão competente do Ministério da VIII-assistência e dietoterápica hospitalar, ambulatorial e a
Educação e regularmente inscrito no Conselho Regional de nível de consultórios, de nutrição e dietética, prescrevendo,
Nutricionista da respectiva área de atuação profissional. planejando, analisando, supervisionando e avaliando dietas
para enfermos.
Parágrafo Único - Os diplomas de cursos equivalentes,
expedidos por escolas estrangeiras iguais ou assemelhadas, Art. 4º Atribuem-se também, aos nutricionistas, as seguintes
serão revalidados na forma da lei. atividades, desde que relacionadas com alimentação e
nutrição humanas:
Art. 2º - A Carteira de identidade profissional, emitida pelo
Conselho Regional de Nutricionistas da respectiva jurisdição, I-elaboração de informes técnico cientiífico;
e, para quaisquer efeitos, o instrumento hábil de identificação
II- gerenciamento de projetos de desenvolvimento de
civil e de comprovação de habilitação profissional do produtos alimentícios;
nutricionista nos termos da Lei nº 6.206, de 7 de maio de
1975, e da Lei 6.583, de 20 de outubro de 1978. III- assistência e treinamento especializado em alimentação e
nutrição;
Lei 6.206 de 07/05/75
IV- controle de qualidade de gêneros e produtos alimentícios;
Dá valor de documento de identidade às carteiras expedidas V- atuação em marketing na área de alimentação e nutrição;
pelos órgãos fiscalizadores de exercício profissional e dá
outras providências. VI- estudos e trabalhos experimentais em alimentação e
nutrição;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o
CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte VII-prescrição de suplementos nutricionais, necessários a
complementação da dieta;
Lei:
Art 1º É válida em todo o Território Nacional como prova de VIII-solicitação de exames laboratoriais necessários ao
identidade, para qualquer efeito, a carteira emitida pelos acompanhamento dietoterápico;
órgãos criados por lei federal, controladores do exercício
profissional. IX- participação em inspeções sanitárias relativas a
Art 2º Os créditos dos órgãos referidos no artigo anterior alimentos;
serão exigíveis pela ação executiva processada perante a
X- análises relativas ao processamento de produtos
Justiça Federal. alimentícios industrializados;
Art 3º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário. XI- participação em projetos de equipamentos e utensílios na
área de alimentação e nutrição;

Art. 3º - São atividades privativas dos Nutricionistas: Parágrafo único - É obrigatória a participação de nutricionista
em equipes multidisciplinares, criadas por entidades públicas
I- direção, coordenação e supervisão de cursos de graduação ou particulares e destinadas a planejar, coordenar,
em nutrição; supervisionar, implementar, executar e avaliar políticas,

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realizando-se a eleição 24 (vinte e quatro) horas após a
programas, cursos nos diversos níveis, pesquisas ou eventos sessão preliminar.
de qualquer natureza, direta ou indiretamente relacionados
com alimentação e nutrição, bem como elaborar e revisar Art. 5º Os membros dos Conselhos Regionais de
legislação e códigos próprios desta área. Nutricionistas e respectivos suplentes, com mandato de 3
(três) anos, serão eleitos pelo sistema de eleição direta,
Art. 5º A fiscalização do exercício da profissão de através de voto pessoal, secreto e obrigatório dos
Nutricionista compete aos Conselhos Federal e Regionais de profissionais registrados.
Nutricionistas, na forma da Lei Nº 6.583 de 20 de outubro de
1978 ressalvadas as atividades relacionadas ao ensino, Art. 6º - O exercício do mandato de membro do Conselho
adstritas legislação educacional própria. Federal e dos Conselhos Regionais de Nutricionistas, assim
como a respectiva eleição, mesmo na condição de suplente,
Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. ficará subordinado, além das exigências constantes do art.
530 da Consolidação das Leis do Trabalho e legislação
Art 7º Revogam-se as disposições em contrário, em especial complementar, ao preenchimento dos seguintes requisitos e
a Lei Nº 5.276, de 24 de abril de 1967. condições:

I - cidadania brasileira;
II - habilitação profissional na forma da legislação em vigor;
LEI Nº 6.583, DE 20 DE OUTUBRO DE 1978 III - pleno gozo dos direitos profissionais, civis e políticos.
Cria os Conselhos Federal e Regionais de Nutricionistas,
regula o seu funcionamento, e dá outras providências. Parágrafo único - Será permitida uma reeleição para os
membros dos Conselhos Federal e Regionais de
Nutricionistas.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA. Faço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 7º - O regulamento disporá sobre as eleições dos
Conselhos Federal e Regionais de Nutricionistas.
CAPÍTULO I
Art. 8º - A extinção ou perda de mandato de membro do
Dos Conselhos Federal e Regionais de Nutricionistas Conselho Federal ou dos Conselhos Regionais ocorrerá:

Art. 1º - Ficam criados o Conselho Federal e os Conselhos I - por renúncia;


Regionais de Nutricionistas com a finalidade de orientar, II - por superveniência de causa de que resulte a inabilitação
disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de para o exercício da profissão;
nutricionista, definida na Lei nº 5.276, de 24 de abril de 1967. III - por condenação a pena superior a 2 (dois) anos, em
virtude de sentença transitada em julgado;
Art. 2º - O Conselho Federal e os Conselhos Regionais de IV - por destituição de cargo, função ou emprego, relacionada
Nutricionistas constituem, no seu conjunto, uma autarquia à prática de ato de improbidade na administração pública ou
federal, com personalidade jurídica de direito público e privada, em virtude de sentença transitada em julgado;
autonomia administrativa e financeira, vinculada ao Ministério V - por falta de decoro ou condulta incompatível com a
do Trabalho. dignidade do órgão;
VI - por ausência, sem motivo justificado, a 3 (três) sessões
Art. 3º - O Conselho Federal de Nutricionistas terá sede e foro consecutivas ou 6 (seis) intercaladas, durante o ano.
no Distrito Federal e jurisdição em todo o País e os
Conselhos Regionais terão sede na Capital do Estado ou de Art. 9º - Compete ao Conselho Federal:
um dos Estados ou Territórios da jurisdição, a critério do
Conselho Federal. I - eleger, dentre os seus membros, o seu Presidente, o Vice-
Presidente, o Secretário e o Tesoureiro;
Art. 4º - O Conselho Federal e os Conselhos Regionais de
Nutricionistas serão constituídos de 9 (nove) membros II - exercer função normativa, baixar atos necessários à
efetivos, com igual número de suplentes eleitos. interpretação e execução do disposto nesta Lei e à
fiscalização do exercício profissional, adotando providências
§ 1º - Os membros do Conselho Federal e respectivos indispensáveis à realização dos objetivos institucionais;
suplentes, com mandato de 3 (três) anos, serão eleitos por
um Colégio Eleitoral integrado por um representante de cada III - supervisionar a fiscalização do exercício profissional em
Conselho Regional, por este eleito em reunião especialmente todo o território nacional;
convocada.
IV - organizar, instalar, orientar e inspecionar os Conselhos
§ 2º - O Colégio Eleitoral convocado para a eleição do Regionais e examinar suas prestações de contas, neles
Conselho Federal reunir-se-á, preliminarmente, para exame, intervindo desde que indispensável ao restabelecimento da
discussão, aprovação e registro das chapas concorrentes,

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IV - cumprir e fazer cumprir as disposições desta Lei, do
normalidade administrativa ou financeira ou à garantia da regulamento, do regimento, das resoluções e demais normas
efetividade do princípio da hierarquia institucional; baixadas pelo Conselho Federal;

V - elaborar seu regimento e submetê-lo à aprovação do V - funcionar como Tribunal Regional de Ética, conhecendo,
Ministério do Trabalho; processando e decidindo os casos que lhe forem submetidos;

VI - examinar os regimentos dos Conselhos Regionais, VI - elaborar a proposta de seu regimento, bem como as
modificando o que se fizer necessário para assegurar alterações, submetendo-as ao Conselho Federal, para
unidade de orientação e uniformidade de ação, submetendo- aprovação pelo Ministro do Trabalho;
os à aprovação do Ministro do Trabalho;
VII - propor ao Conselho Federal as medidas necessárias ao
VII - conhecer e dirimir dúvidas suscitadas pelos Conselhos aprimoramento dos serviços e do sistema de fiscalização do
Regionais e prestar-lhes assistência técnica permanente; exercício profissional;

VIII - apreciar e julgar os recursos de penalidades impostas VIII - aprovar a proposta orçamentária e autorizar a abertura
pelos Conselhos Regionais; de créditos adicionais e as operações referentes a mutações
patrimoniais;
IX - fixar valores das anuidades, taxas, emolumentos e
multas devidas pelos profissionais e empresas aos IX - autorizar o Presidente a adquirir, onerar ou alienar bens
Conselhos Regionais a que estejam jurisdicionados, nos imóveis;
termos em que dispuser o regulamento desta Lei;
X - arrecadar anuidades, multas, taxas e emolumentos e
X - aprovar sua proposta orçamentária e autorizar a abertura adotar todas as medidas destinadas à efetivação de sua
de créditos adicionais, bem como operações referentes a receita, destacando e entregando ao Conselho Federal as
mutações patrimoniais; importâncias correspondentes a sua participação legal;

XI - dispor sobre o Código de Ética Profissional, funcionando XI - promover, perante o juízo competente, a cobrança das
como o Tribunal de Ética Profissional; importâncias correspondentes a anuidades, taxas,
emolumentos e multas, esgotados os meios de cobrança
XII - estimular a exação no exercício da profissão, zelando amigável;
pelo prestígio e bom nome dos que a exercem;
XII - estimular a exação no exercício da profissão, zelando
XIII - instituir o modelo da Carteira de Identidade Profissional pelo prestígio e bom conceito dos que exercem;
e do Cartão de Identificação;
XIII - julgar as infrações e aplicar as penalidades previstas
XIV - autorizar o Presidente a adquirir, onerar ou alienar bens nesta Lei e em normas complementares do Conselho
imóveis; Federal;

XV - emitir parecer conclusivo sobre prestação de contas a XIV - emitir parecer conclusivo sobre prestação de contas a
que esteja obrigado; que esteja obrigado;

XVI - publicar, anualmente, seu orçamento e respectivos XV - publicar, anualmente, seu orçamento e respectivos
créditos adicionais ou balanços, a execução orçamentária e o créditos adicionais, os balanços, a execução orçamentária, o
relatório de suas atividades. relatório de suas atividades e a relação dos profissionais
registrados.
Art. 10 - Compete aos Conselhos Regionais:
Art. 11 - Aos Presidentes dos Conselhos Federal e Regionais
I - eleger, dentre os seus membros, o seu Presidente, o Vice- incumbe a administração e a representação legal dos
Presidente, o Secretário e o Tesoureiro; mesmos, facultando-se-lhes suspender o cumprimento de
qualquer deliberação de seu Plenário, que lhes pareça
II - expedir Carteira de Identidade Profissional e Cartão de inconveniente ou contrária aos interesses da instituição,
Identificação aos profissionais registrados; submetendo essa decisão à autoridade competente do
Ministério do Trabalho ou ao Conselho Federal.
III - fiscalizar o exercício profissional na área de sua
jurisdição, representando às autoridade competentes sobre Art. 12 - Constitui renda do Conselho Federal:
os fatos que apurar e cuja solução ou repressão não seja de
sua alçada; I - 20% (vinte por cento) do produto da arrecadação de
anuidades, taxas, emolumentos e multas de cada Conselho
Regional;
II - legados, doações e subvenções;

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II - exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou
III - rendas patrimoniais. facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não inscritos
ou aos leigos;
Art. 13 - Constitui renda dos Conselhos Regionais:
III - violar sigilo profissional;
I - 80% (oitenta por cento) do produto da arrecadação de
anuidades, taxas, emolumentos e multas; IV - praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a
lei defina como crime ou contravenção;
II - legados, doações e subvenções;
V - revelar segredo que, em razão da profissão, lhe seja
III - rendas patrimoniais. confiado;

Art. 14 - A renda dos Conselhos Federal e Regionais só VI - não cumprir, no prazo assinalado, determinação
poderá ser aplicada na organização e funcionamento de emanada de órgão ou autoridade do Conselho Regional, em
serviços úteis à fiscalização do exercício profissional, bem matéria de competência deste, após regularmente notificado;
como em serviços de caráter assistencial, quando solicitados
por entidades sindicais. VII - deixar de pagar, pontualmente, ao Conselho Regional as
contribuições a que está obrigado;
CAPÍTULO II
Do Exercício Profissional VIII - faltar a qualquer dever profissional prescrito nesta Lei;

Art. 15 - O livre exercício da profissão de nutricionista, em IX - manter conduta incompatível com o exercício da
todo o território nacional, somente é permitido ao portador de profissão.
Carteira de Identidade Profissional expedida pelo Conselho
Regional competente. Parágrafo único - As faltas serão apuradas, levando-se em
conta a natureza do ato e as circunstâncias de cada caso.
Parágrafo único - É obrigatório o registro nos Conselhos
Regionais das empresas cujas finalidades estejam ligadas à Art. 20 - As penas disciplinares consistem em:
nutrição, na forma estabelecida em regulamento. I - advertência;
II - repreensão;
Art. 16 - Para o exercício da profissão na administração III - multa equivalente a até 10 (dez) vezes o valor da
pública ou exercício de cargo, função ou emprego em anuidade;
empresas públicas e privadas, de assessoramento, chefia ou IV - suspensão no exercício profissional pelo prazo de até 3
direção, será exigida, como condição essencial, a (três) anos;
apresentação da Carteira de Identidade Profissional de V - cancelamento da inscrição e proibição do exercício
Nutricionistas. profissional.

Parágrafo único - A inscrição em concurso público dependerá § 1º - Salvo os casos de gravidade manifesta ou reincidência,
de prévia apresentação da Carteira de Identidade Profissional a imposição das penalidades obedecerá à gradação deste
ou certidão do Conselho Regional de que o profissional está artigo, observadas as normas estabelecidas pelo Conselho
no exercício de seus direitos. Federal para disciplina do processo de julgamento das
infrações.
Art. 17 - O exercício simultâneo, temporário ou definitivo, da
profissão em área de jurisdição de dois ou mais Conselhos § 2º - Na fixação da pena serão considerados os
Regionais, submeterá o profissional de que trata esta Lei às antecedentes profissionais do infrator, o seu grau de culpa,
exigências e formalidades estabelecidas pelo Conselho as circunstâncias atenuantes e agravantes e as
Federal. consequências da infração.
CAPÍTULO III
Das Anuidades § 3º - As penas de advertência, repreensão e multa serão
comunicadas pelo Conselho Regional, em ofício reservado,
Art. 18 - O pagamento da anuidade ao Conselho Regional da não se fazendo constar dos assentamentos do profissional
respectiva jurisdição constitui condição de legitimidade para o punido, senão em caso de reincidência.
exercício da profissão ou para o funcionamento da empresa.
§ 4º - Da imposição de qualquer penalidade caberá recurso,
CAPÍTULO IV com efeito suspensivo, ao Conselho Federal:
Das Infrações e Penalidades
I - voluntário, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência
Art. 19 - Constitui infração disciplinar: da decisão;

I - transgredir preceito ou Código de Ética Profissional; II - ex-officio, nas hipóteses dos incisos IV e V deste artigo,
no prazo de 30 (trinta) dias a contar da decisão.

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Art. 26 - O primeiro Conselho Federal de Nutricionistas será
§ 5º - As denúncias somente serão recebidas quando constituído pelo Ministro do Trabalho.
assinadas, declinada a qualificação do denunciante e
acompanhada da indicação dos elementos comprobatórios Parágrafo único - Os primeiros Conselhos Regionais de
do alegado. Nutricionistas, após criados pelo Conselho Federal, serão
constituídos pelo Ministro do Trabalho, na forma em que
§ 6º - A suspensão por falta de pagamento de anuidades, dispuser o regulamento desta Lei.
taxas ou multas só cessará com a satisfação da dívida,
podendo ser cancelada a inscrição profissional, após Art. 27 - O Poder Executivo providenciará a expedição do
decorridos 3 (três) anos. regulamento desta Lei no prazo de 120 (cento e vinte) dias.

§ 7º - É lícito ao profissional punido requerer, à instância Art. 28 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
superior, revisão do processo, no prazo de 30 (trinta) dias
contados da ciência. Art. 29 - Revogam-se as disposições em contrário,
especialmente os arts. 7º e 10 da Lei nº 5.276, de 24 de abril
§ 8º - Das decisões do Conselho Federal ou de seu de 1967.
Presidente, por força de competência privativa, caberá
recurso, em 30 (trinta) dias, contados da ciência, para o
Ministro do Trabalho. (Revogado pela Lei nº 9.098, de 1995) PORTARIA 1428 DE 26 DE NOVEMBRO DE 1993 .
(ATENÇÃO – Esta lei é a mesma legislação já abordada
§ 9º - As instâncias recorridas poderão reconsiderar suas no tópico de Controle de Qualidade em UAN - Prof.
próprias decisões. Anderson)

§ 10 - A instância ministerial será última e definitiva, nos


assuntos relacionados com a profissão e seu O Ministro de Estado da Saúde, no uso de suas atribuições
exercício. (Revogado pela Lei nº 9.098, de 1995) legais e considerando:

Art. 21- O pagamento da anuidade fora do prazo sujeitará o • Lei nº 8.080, de 19.09.90, que institui SUS estabelece a
devedor à multa prevista no regulamento. melhoria da qualidade de vida decorrente da utilização
de bens, serviços e ambientes oferecidos à população na
CAPÍTULO V área de alimentos;
Disposições Gerais • Necessidade de redirecionamento das ações de
vigilância sanitária com descentralização;
Art. 22 - Aos servidores dos Conselhos Federal e Regionais • Lei nº 6.437, de 20.08.77 e o Decreto nº 77.052, de
de Nutricionistas aplica-se o regime jurídico da Consolidação 19.01.76 estabelecem a necessidade de
das Leis do Trabalho. responsabilidade técnica;
• Código de Defesa do Consumidor que responsabiliza os
Art. 23 - Os Conselhos Regionais de Nutricionistas prestadores de serviços e produtores pelo fato do
estimularão, por todos os meios, inclusive mediante produto e do serviço;
concessão de auxílio, segundo normas aprovadas pelo • Prática da fiscalização sanitária deve - integrar as ações
Conselho Federal, as realizações de natureza cultural de vigilância sanitária e as avaliações de risco
visando ao profissional e à classe. epidemiológico; utilizar a inspeção como instrumento da
fiscalização sanitária; objetivar a proteção e defesa da
CAPÍTULO VI saúde do consumidor, em caráter preventivo, através da
Disposições Transitórias prática da inspeção sanitária, resolve:

Art. 24 - Às pessoas físicas e jurídicas, que agirem em Art. 1º Aprovar, na forma dos textos anexos:
desacordo com o disposto nesta Lei, aplicar-se-á a pena de
multa, que variará de 1 (uma) a 10 (dez) vezes o valor de • Regulamento Técnico para Inspeção Sanitária de
referência previsto no art. 2º, parágrafo único, da Lei nº Alimentos;
6.205, de 29 de abril de 1975. • Diretrizes para o Estabelecimento de Boas Práticas de
Produção e de Prestação de Serviços na Área de
Parágrafo único - Qualquer interessado poderá promover, Alimentos;
perante os Conselhos Regionais de Nutricionistas, a
responsabilidade do faltoso, sendo a este facultada ampla
• Regulamento Técnico para o Estabelecimento de Padrão
defesa.
de Identidade e Qualidade (PIQ's) para Serviços e
Produtos na Área de Alimentos
Art. 25 - A Carteira de Identidade Profissional de que trata o
Capítulo II somente será exigível a partir de 180 (cento e
Art. 2º Determinar que os estabelecimentos relacionados à
oitenta) dias da instalação do respectivo Conselho Regional.
área de alimentos adotem, sob responsabilidade técnica, as
suas próprias Boas Práticas de Produção e/ou Prestação de
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Capítulo Elaborado por Tânia Muzy
Serviços, seus Programas de Qualidade, e atendam aos cadeia alimentar as Boas Práticas de Produção e/ou as
PIQ's para Produtos e Serviços na Área de Alimentos, em Boas Práticas de Prestação de Serviços com vistas ao
consonância com o estabelecido na presente Portaria. atingimento do Padrão de Identidade e Qualidade (PIQ)
estabelecido através da verificação do cumprimento dos
procedimentos previstos nos seus manuais , na
Art. 3º Utilizar os instrumentos de controle na área de utilização do Sistema de APPCC, e no atendimento à
alimentos, na forma estabelecida, com vistas à integração legislação sanitária. Orienta ainda a intervenção,
com os demais Órgãos e Entidades que atuam nessa área, objetivando a prevenção de agravos à saúde do
na defesa da saúde pública. consumidor no que se refere às questões sanitárias,
inclusive quanto ao teor nutricional.
Art. 4º A implementação da presente Portaria dar-se-á na
forma e nos prazos definidos no Cronograma apresentado. 3.2. Laudo de Inspeção: peça escrita fundamentada técnica
e/ou legalmente, no qual a autoridade sanitária que
Art. 5º Esta Portaria entrará em vigor na data de sua realizou a inspeção registra suas conclusões a partir da
publicação, revogadas as disposições em contrário. avaliação sobre o cumprimento da legislação em vigor e
de Projetos da Garantia da Qualidade considerando as
ANEXO Boas Práticas em função do Padrão de Identidade e
Qualidade, bem como as orientações e intervenções
REGULAMENTO TÉCNICO PARA INSPEÇÃO SANITÁRIA necessárias. A critério da autoridade sanitária, será
DE ALIMENTOS solicitada a análise laboratorial específica, cujo resultado
poderá contribuir para a conclusão do laudo de inspeção
1) OBJETIVO sanitária. Esse instrumento constituir-se-á no único
documento de que se valerão as partes, a todos os
1.1. OBJETIVO GERAL: efeitos posteriores que possam surgir.
Estabelecer as orientações necessárias que permitam
executar as atividades de inspeção sanitária, de forma a 3.3. Cadeia Alimentar: para efeito desta norma se entende
avaliar as Boas Práticas para a obtenção de padrões de cadeia alimentar como todas as atividades relacionadas
identidade e qualidade de produtos e serviços na área de à produção, beneficiamento, armazenamento,
alimentos com vistas à proteção da saúde da população. transporte, industrialização, embalagem, reembalagem,
comercialização, utilização e consumo de alimentos,
1.2. OBJETIVO ESPECÍFICO: considerando-se suas interações com o meio ambiente,
o homem e seu contexto sócio-econômico.
• Avaliar a eficácia e efetividade dos processos, meios e
instalações, assim como dos controles utilizados na 3.4. Sistema de Análise de Perigos em Pontos Críticos de
produção, armazenamento, transporte, distribuição, Controle APPCC: para efeito desta norma se entende
comercialização e consumo de alimentos através do como metodologia sistemática de identificação,
Sistema de Avaliação dos Perigos em Pontos Críticos de avaliação e controle de perigos de contaminação dos
Controle (APPCC) de forma a proteger a saúde o alimentos.
consumidor;

4) PRINCÍPIOS GERAIS:
• Avaliar os projetos da Qualidade das empresas
produtoras e prestadores de serviços quanto à garantia
A Inspeção Sanitária, atividade desenvolvida pela Autorizada
da qualidade dos alimentos oferecidos à população;
Sanitária devidamente credenciada pelo Serviço de Vigilância
NOTA: O Sistema de Avaliação por análise de Perigos
Sanitária, divide-se para efeito deste Regulamento em:
em Pontos Críticos de Controle (APPCC) adotado refere-
se à recomendação da Organização Mundial de Saúde
• Inspeção Programada: é aquela regular e sistemática
(OMS).
definida a partir de um planejamento conjunto do Serviço
de Vigilância Sanitária e laboratório com o objetivo de
2) ABRANGÊNCIA:
estabelecer prioridades quanto ao enfoque de risco
epidemiológico local e, conseqüentemente, o
Se aplica a todos os Órgãos de Vigilância Sanitária nos níveis
levantamento das necessidades financeiras, de pessoal,
federal, estadual e municipal, nas atividades primárias,
equipamentos e materiais, inclusive quanto ao apoio
secundárias e terciárias em toda a cadeia alimentar.
laboratorial, de forma a atender às demandas detectadas
pelo risco epidemiológico.
3) DEFINIÇÕES:

• Inspeção Especial: é aquela exigida por um


Para efeito deste Regulamento são adotados as seguintes
determinado evento que teve como conseqüência, um
definições:
agravo ao consumidor e/ou trabalhador com vistas a
3.1. Inspeção Sanitária: é o procedimento da fiscalização determinar e intervir na causa dos efeitos prejudiciais à
saúde humana.
efetuado pela autoridade sanitária que avalia em toda a

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Capítulo Elaborado por Tânia Muzy
Em vista da impossibilidade de sua programação, a Vigilância b) Boas Práticas X Sistema de Avaliação de Perigos em
Sanitária reserva em seu planejamento um percentual de Pontos Críticos de Controle (APPCC);
disponibilidades para atender esse tipo de ação. c) Padrão de Identidade e Qualidade de produto e/ou
serviço;
d) Manual de Inspeção;
 No estabelecimento das prioridades aqui definidas e) Legislação Sanitária;
considerar-se-á o diagnóstico epidemiológico local f) Código de Defesa do Consumidor.
contemplando o perfil sócio-econômico entre outros
aspectos da sua população, tais como, a produção 8) LAUDO DE INSPEÇÃO:
agropecuária, as principais atividades industriais e
mercantis, e a própria infra-estrutura dos Serviços de • O laudo de inspeção, enquanto instrumento legal, deve
Vigilância Sanitária. ser elaborado com apoio da legislação, por profissional
habilitado, com o necessário resguardo ético, desde que,
 Cada Serviço de Vigilância Sanitária deverá dispor das não acarrete prejuízo à saúde pública.
informações estabelecidas no item anterior, de forma a
organizar-se em termos de recursos humanos, • O laudo de inspeção deve ser mantido em triplicata. O
considerando os aspectos multi-disciplinares da área de original e uma cópia do documento ficarão em poder do
alimentos, a estrutura física (instalações, viatura, Serviço de Vigilância Sanitária que realizou a inspeção,
equipamentos e materiais em geral), infra-estrutura como acervo histórico do estabelecimento; a outra cópia
laboratorial necessária e um sistema de informações, e, será encaminhada ao responsável pelo estabelecimento
assim, estabelecer as bases para a programação de inspecionado.
suas ações preventivas.
• As informações que deverão constar do laudo de
 Caberá ao Serviço de Vigilância Sanitária, em resposta inspeção são as seguintes:
às reclamações dos consumidores, informações dos - Informações administrativas e legais do estabelecimento;
serviços de saúde ou de setor produtivo ou mercantil a - Motivo da Inspeção;
determinação do tipo de inspeção a ser adotado. - comprovação do cumprimento da legislação;
- Certificação para o comércio internacional;
5) PROCEDIMENTOS: - Denúncia ou suspeita quanto à qualidade de produto e/ou
serviços;
Os procedimentos da inspeção deverão obedecer ao "Manual - Avaliação de risco com as orientações e intervenções
de Inspeção". - pertinentes inclusive quanto às orientações ao consumidor.

6) ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS QUANTO A NOTA: O detalhamento das informações sobre


RECURSOS HUMANOS, EQUIPAMENTOS E procedimentos de inspeção será objeto do "Manual de
MATERIAIS PARA INSPEÇÃO: Inspeção".

 O Serviço de Vigilância Sanitária deverá possuir recursos DIRETRIZES PARA O ESTABELECIMENTO DE BOAS
humanos, em quantidade e qualidade, de forma a PRÁTICAS DE PRODUÇÃO E DE PRESTAÇÃO DE
atender às necessidades locais quanto ao risco SERVIÇOS NA ÁREA DE ALIMENTOS
epidemiológico.
I – CONCEITO
 O Serviço de Vigilância Sanitária deverá dispor de
instrumentos, ferramentas, equipamentos e meios de Boas Práticas são normas e procedimentos para atingir um
locomoção necessários ao atingimento dos objetivos da determinado padrão de identidade e qualidade de um produto
atividade. e/ou de um serviço na área de alimentos, cuja eficácia e
efetividade deve ser avaliada através da inspeção e/ou da
7) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: investigação. Aqui incluem-se também produtos tais como: as
bebidas, aditivos, embalagens, utensílios e materiais em
• A avaliação que objetivará a proteção da saúde do contato com alimentos.
consumidor usará como critério a identificação de fatores
de risco e, consequentemente, a prevenção através da
intervenção oportuna. II – ABRANGÊNCIA

• Os resultados dessa avaliação deverão constar em laudo Esta norma se aplica a todos os estabelecimentos produtores
de inspeção. e/ou prestadores de serviços na área de alimentos.
• Os critérios de avaliação serão baseados nas seguintes
referências: III - OBJETIVO GERAL

a) Informe epidemiológico ou Código Estadual ou Municipal Estabelecer as orientações necessárias para a elaboração
de Saúde; das Boas Práticas de Produção e Prestação de Serviços de

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forma a alcançar o Padrão de Identidade e Qualidade de 06. Tecnologia Empregada - compreende as informações
produtos e/ou serviços na área de alimentos. sobre a tecnologia usada para obtenção do padrão de
identidade e qualidade adotado.
IV - OBJETIVOS ESPECÍFICOS
07. Controle de Qualidade - compreende as informações
sobre os métodos e procedimentos utilizados no controle
- Definir parâmetros de qualidade e segurança ao longo da de todo o processo.
cadeia alimentar.
- Estabelecer procedimentos de obediência aos parâmetros 08. Garantia de Qualidade - compreende as informações
definidos. sobre a forma de organização, operacionalização e
avaliação do sistema de controle de qualidade do
V – DIRETRIZES estabelecimento.

- Informações aos órgãos de Vigilância Sanitária quanto às 09. Armazenagem - compreende as informações sobre a
práticas adotadas pelos estabelecimentos produtores e/ou forma de armazenamento dos produtos visando garantir
prestadores de serviços na área de alimentos. a sua qualidade e os respectivos controles sanitários.

- Avaliação das informações ao consumidor apresentadas 10. Transporte - compreende as informações referentes ao
pelos estabelecimentos produtores e/ou prestadores de tipo de condições de transporte dos produtos visando
serviços em relação aos aspectos da qualidade dos garantir a sua qualidade e os respectivos controles
alimentos, incluindo o controle do teor nutricional, e da higiênicos sanitários.
qualidade dos serviços quanto à proteção da sua saúde.
11. Informações ao Consumidor - compreende as
- Avaliação dos controles de situações de risco à saúde do informações a serem repassadas ao Consumidor
trabalhador. capazes de orientá-lo na forma de utilização do produto
e/ou do serviço.
- Avaliação dos controles de situações de risco a saúde
humana decorrente do ambiente. 12. Exposição/Comercialização - compreende as
informações sobre as normas de exposição do produto
VI - CONTEÚDO DO TRABALHO e/ou utilização no comércio e o necessário controle
higiênico sanitário.
- Consiste na apresentação de informações referentes aos
seguintes aspectos básicos: 13. Desinfecção/desinfestação - compreende o plano de
sanitização utilizado e a forma de seleção dos produtos
01. Padrão de Identidade e Qualidade - PIQ: compreende usados pelos estabelecimentos.
os padrões a serem adotados pelo estabelecimento.
VII - DISPOSIÇÕES GERAIS:
02. Condições Ambientais - compreende as informações
das condições internas e externas do ambiente, inclusive Quanto aos Órgãos Gestores de Vigilância Sanitária:
as condições de trabalho, de interesse da vigilância
sanitária, e os procedimentos para controle sanitário de • As propostas de Boas Práticas deverão ser
tais condições. apresentadas ao órgão de Vigilância Sanitária em
conjunto com as propostas de PIQ's de produtos e/ou
03. Instalações e Saneamento - compreende informações serviços correspondentes, em conformidade com o
sobre a planta baixa do estabelecimento, materiais de presente Regulamento, nos casos de qualquer
revestimento, instalações elétricas e hidráulicas, serviços solicitação referente a produtos e/ou serviços na área de
básicos de saneamento, e os respectivos controles alimentos.
sanitários.
• Sempre que achados clínicos ou o resultado de pesquisa
04. Equipamentos e Utensílios - compreende as ou estudos específicos, investigação epidemiológica
informações referentes aos equipamentos e utensílios demonstrarem a ocorrência de dano à saúde devido a
utilizados nos distintos processos tecnológicos, e os produtos, procedimentos, equipamentos, utensílios,
respectivos controles sanitários. deve-se intervir no sentido de proibir o
uso/comercialização imediata do produto, modificar os
05. Recursos Humanos - compreende as informações procedimentos e substituir equipamentos e utensílios, se
sobre o processo de seleção, capacitação e de for o caso, tendo a saúde do consumidor como
ocupação, bem como o controle da saúde do pessoal fundamento e a saúde do manipulado de alimentos como
envolvido com o processo de produção e/ou prestação fator limitante.
de serviços na área de alimentos e do responsável
técnico pela implementação da presente norma. • As Boas Práticas de Fabricação e/o Prestação de
Serviços, quanto aos aspectos técnicos, em relação do
Sistema APPCC e, legais, em relação às infrações à
27
Capítulo Elaborado por Tânia Muzy
Legislação Sanitária, serão avaliadas durante a 02. capacidade de identificação e localização de Pontos
realização da inspeção pela Autoridade Sanitária com a Críticos de Controles (PCCs) em fluxogramas de
consequente emissão do Laudo de Inspeção. processos;
03. capacidade de definir procedimentos, eficazes e efetivos,
• As Boas Práticas de Produção e de Prestação de para os controles dos PCCs;
Serviços na área de alimentos serão oferecidas pelo
estabelecimento, como instrumento principal de 04. conhecimento da ecologia de microrganismos
inspeção, à Autoridade Sanitária para o exercício dessa patogênicos e deterioradores;
ação.
05. conhecimento da toxicologia alimentar;
• Os Serviços de Vigilância Sanitária articular-se-ão com
as Associações Industriais e Comerciais que atuam na 06. capacidade para selecionar métodos apropriados para
área de alimentos, Ministério Público, Órgãos e monitorar (PCCs), incluindo estabelecimento de planos
Entidades de Defesa do Consumidor e outros órgãos de amostragem e especificações;
visando a implementação da Presente Portaria.
07. capacidade de recomendar o destino final de produtos
• Os Serviços de Vigilância Sanitária articular-se-ão com que não satisfaçam aos requisitos legais.
os Conselhos de Classe visando a implementação da
responsabilidade técnica de profissionais que atuam na 08. Os estabelecimentos deverão ter um responsável pelas
área de alimentos. técnicas utilizadas por local de prestação de serviço.

• Para que o responsável Técnico possa exercer a sua


Quanto aos Estabelecimentos Produtores e Prestadores
função ele deve contar com autoridade e competência
de Serviços de Alimentos.
para:
• Os Estabelecimentos Produtores e Prestadores de
01. elaborar as Boas Práticas de Fabricação e Boas Práticas
Serviços de Alimentos deverão elaborar e implementar
de Prestação de Serviços na área de alimentos;
as Boas Práticas de Fabricação e as Boas Práticas de
Prestação de Serviços de Alimentos de acordo com esta
02. responsabilizar pela aprovação ou rejeição de matérias-
Norma e apresentá-la às Autoridades Sanitárias para
primas, insumos, produtos semi-elaborados e produtos
que sirvam de guia nas Inspeções Sanitárias.
terminados, procedimentos, métodos ou técnicas,
equipamentos ou utensílios, de acordo com normas
• Na impossibilidade de a empresa atender uma ou mais
próprias estabelecidas nas Boas Práticas de Fabricação
dessas diretrizes, caberá à Vigilância Sanitária local
e Boas Práticas de Prestação de Serviços na área de
estabelecer as orientações necessárias justificando-as e
alimentos.
registrando-as. Tais orientações deverão ser
comunicadas as Órgão gestor competente dentro do
03. avaliar a qualquer tempo registros de produção,
SUS, com vistas a garantir a manutenção das normas
inspeção, controle e de prestação de serviços, para
sanitárias em vigor.
assegurar-se de que não foram cometidos erros, e se
esses ocorreram, que sejam devidamente corrigidos e
• Empresas públicas, fundações, administração direta ou
investigadas suas causas;
indireta, também estão sujeitas a estas normas.
04. supervisionar os procedimentos de fabricação para
• Os estabelecimentos prestadores de serviços na área de
certificar-se de que os métodos de produção e de
alimentos proporão PIQ's de acordo com suas
prestação de serviços, estabelecidos nas Boas Práticas
especificações, juntamente com as Boas Práticas
de Fabricação e Boas Práticas de Prestação de Serviços
correspondentes.
na Área de alimentos estão sendo seguidos;

Quanto a Responsabilidade Técnica


05. adotar métodos de controle de qualidade adequados,
• A Responsabilidade Técnica - RT é aqui entendida como bem como procedimentos a serem seguidos no ciclo de
a exercida por agentes definidos nos termos do Decreto produção e/ou serviço que garantam a identidade e
nº 77.052 de 19.01.76, observados os itens XIX, XXV e qualidade dos mesmos;
XXVI da Lei 6437, de 20.08.77.
06. adotar o método de APPCC - Avaliação de Perigos e
• O exercício da Responsabilidade Técnica deve ser feito Determinação de Pontos Críticos de Controle, para a
no sentido de atender às exigências legais a que se garantia de qualidade de produtos e serviços.
refere o item anterior, e, ainda, outros requisitos básicos
que norteiam o presente documento, tais como: Quanto aos Parâmetros de Segurança a Respectivos
Procedimentos.
01. compreensão dos componentes do Sistema APPCC;

28
Capítulo Elaborado por Tânia Muzy
- Os parâmetros de segurança e respectivos procedimentos complemento do alimento ou afetem suas
devem estar respaldados em referências técnicas e legais. características.

Embalagem: É o material que está em contato direto com


REGULAMENTO TÉCNICO PARA O ESTABELECIMENTO alimentos destinado a contê-los, desde sua produção até sua
DE PADRÕES DE IDENTIDADE E QUALIDADE (PIQ's) entrega ao consumidor, com a finalidade de protegê-los de
PARA PRODUTOS NA ÁREA DE ALIMENTOS agentes externos, de alterações e de contaminações, assim
como de adulterações.
I - CONCEITO
Conjunto de atributos que identifica e qualifica um produto na • Equipamentos: É aquele em contato direto com
área de alimentos. alimentos que se utiliza durante a elaboração,
funcionamento, armazenamento, comercialização e
II - OBJETIVO GERAL: consumo de alimentos. Estão incluídos nesta
denominação os recipientes, máquinas, correias
• Estabelecer a metodologia para elaboração de PIQ's. transportadoras, tubulações, aparelhagens, acessórios,
• Definir a estratégia para oficializar, após avaliação, as válvulas, utensílios e similares.
propostas de PIQ's encaminhadas pelos
estabelecimentos. VI - CONTEÚDO:

III - OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Os padrões de Identidade e Qualidade para Produtos na Área


de alimentos deverão conter:
Definir a forma de:
• avaliar o Padrão de Identidade e Qualidade do Produto a) Designação: é a denominação do produto e deverá
com vistas à proteção da saúde do consumidor; estar associada à classificação/categoria a qual
• avaliar as Normas de Boas Práticas de Produção em pertence.
relação ao PIQ;
• avaliar o Sistema de Garantia da Qualidade adotada pelo b) Classificação: compreende a diferenciação entre grupos
estabelecimento em relação as Boas Normas de de características idênticas em função das suas
Produção e o PIQ. particularidades, previamente definidas, com base em
conceitos técnicos ou comerciais.
Classificar os estabelecimentos produtores na área de
alimentos, em relação aos perigos à saúde do trabalhador, c) Descrição do processo tecnológico: compreende
usuário, consumidor e/ou possibilidade de contaminação do informações sobre a tecnologia empregada nas etapas
alimento. da cadeia alimentar destacando principalmente os
Pontos Críticos de Controle.
IV - DEFINIÇÕES:
d) Requisitos/Caracterização:
Para efeitos desta Portaria, são adotadas
complementarmente as seguintes definições:
Composição: indica a composição característica do produto.

• Produto: é qualquer alimento, aditivo, embalagens e Ingredientes obrigatórios: ingredientes que o produto
outras substâncias, equipamentos, utensílios e materiais obrigatoriamente deve conter.
destinados a entrar em contato com alimentos; Ingredientes opcionais: ingredientes que podem ser
opcionalmente adicionados ao produto sem descaracterizá-lo.
• Alimento: é qualquer substância, destinada ao consumo
humano, seja processada, semi-processada ou em seu Características sensoriais: características sensoriais
estado natural, incluídas as bebidas, goma de mascar e próprias do produto (aspecto, sabor, odor, textura, etc.).
qualquer outra substância utilizada em sua elaboração,
Características físico-químicas: especificação que o
preparo ou tratamento, excluídos os cosméticos, o
tabaco e as substâncias utilizadas unicamente como produto deve apresentar.
medicamentos. Acondicionamento: características que devem apresentar a
embalagem do produto para assegurar a devida proteção
• Aditivo Alimentar: é qualquer substância que não se
e integridade do alimento.
consome normalmente como alimento, nem que se usa
normalmente como ingrediente típico do alimento, com
ou sem valor nutritivo, cuja adição intencional ao e) Aditivos e Coadjuvantes de Tecnologia/Elaboração:
alimento com finalidade tecnológica (inclusive sensorial)
na fabricação, elaboração, embalagens, empacotamento, Aditivos: deverá ser indicado o tipo de aditivo, mencionada a
transporte ou armazenamento, leve, ou de certa forma, função, o nome e a quantidade máxima utilizada.
espera-se que possa levar (direta ou indiretamente), a
que ele mesmo o seus subprodutos cheguem a ser um
29
Capítulo Elaborado por Tânia Muzy
Coadjuvante de tecnologia/elaboração: deverão ser
indicados os coadjuvantes e a quantidade máxima tolerada o
NOTA: Toda informação ao consumidor, seja no rótulo,
propaganda etc., deverá ser previamente submetida ao
produto final mencionado o nome coadjuvante e a finalidade Serviço de Vigilância Sanitária, para avaliação e deliberação.
de uso. Nenhuma informação de rótulo, propaganda etc., pode ser
enganosa ao consumidor, nem ressaltar como vantagens
f) Contaminantes: propriedades intrínsecas ao produto.

Resíduos de Agrotóxicos (praquicidas): Definições: Deverão ser definidos outros termos, se for o
Quando for o caso deverá ser fixada a quantidade máxima caso, que melhor permitam a total compreensão da proposta.
que poderá permanecer no produto final.
m) Projeto Industrial:
Resíduos de drogas veterinárias:
Quando for o caso deverá ser fixada a quantidade máxima SubProjeto da Qualidade:
que poderá permanecer no produto final.
- Sistema da Garantia de Qualidade.
Resíduos dos aditivos dos ingredientes: - Manual das Boas Práticas.
Deverão ser estabelecidas as quantidades permitidas de - Programa de Proteção à Saúde do Trabalhador.
aditivos que foram agregados aos ingredientes e -Sistema de armazenagem, transporte, utilização,
permanecem no produto final, mesmo sem terem sido comercialização, inclusive importação e exportação.
acionados aos mesmos. - Programa de atendimento ao consumidor.
- Sistema de seleção e qualificação profissional.
Contaminantes inorgânicos: - Sistema de avaliação e controle.
Deverão ser indicados os contaminantes inorgânicos e seus
limites máximos. NOTA: Deverão ser mantidos registros de controle sistêmico
dos pontos críticos, de forma a permitir a avaliação pela
Outros contaminantes: inspeção oficial, da eficácia e efetividade do sistema de
Deverão ser indicados outros contaminantes possíveis garantia da qualidade adotado pelo estabelecimento.
segundo o produto e seus limites máximos.
VII - DISPOSIÇÕES GERAIS:
g) Critérios macroscópios, microscópios e
microbiológicos: - As propostas de Padrão de Identidade e Qualidade para
Deverão ser cumpridas as normas específicas. produtos na área de alimentos, devidamente assinadas pelo
Responsável Técnico pela sua elaboração e/ou
h) Pesos e Medidas: Nota: deverão ser cumpridas as implementação deverão ser apresentadas, em conjunto com
normas específicas do Órgão competente (INMETRO). as propostas de boas práticas gentílicas, à Secretaria de
Vigilância Sanitária (SVS/MS), através dos Serviços de
i) Rotulagem: Deverão ser cumpridas as normas Vigilância Sanitária Estaduais, com vistas à sua divulgação,
específicas. através do Diário Oficial da União (D.O.U.) como proposta
provisória, sujeitas à avaliação no prazo previsto.
j) Métodos de Análise: Deverão ser indicados os métodos
de análises para a determinação dos parâmetros que - A avaliação das propostas de PIQ's a que se refere o item
permitam verificar as características físico-químicas, os anterior, possibilitará questionamentos, devidamente
parâmetros macroscópicos, microscópicos e fundamentados, por parte dos interessados. Caso não haja
microbiológicos do produto, baseados em métodos questionamento, e, sendo aprovada pela SVS / MS, o PIQ
internacionalmente aceitos. será considerado como Padrão Nacional para o produto
específico após decurso do prazo estabelecido.
k) Amostragem: Deverá ser indicado em cada norma, o
método de amostragem baseado em métodos - Nos casos em que a SVS/MS julgar a necessidade de
internacionalmente aceitos. pesquisas posteriores, estas serão solicitadas ao(s)
interessado(s) no sentido de desenvolver estudos junto a
l) Informação para o Consumidor: Deverão ser instituições de ensino e/ou pesquisas. As conclusões dos
apresentadas informações fundamentadas referentes a : trabalhos deverão ser apresentadas à SVS / MS para
• teor nutricional avaliação final e, caso atendidos os questionamentos,
• prazo de validade publicação em D.O.U..
• condições ideais de utilização e conservação
• cuidados na reutilização
• impropriedades para o consumo

30
Capítulo Elaborado por Tânia Muzy
- Garantia da Qualidade: É a comprovação da eficácia e da
efetividade do Sistema de Garantia da Qualidade adotado
REGULAMENTO TÉCNICO PARA O ESTABELECIMENTO pelo estabelecimento produtor e/ou prestador de serviços,
DE PADRÕES DE IDENTIDADE E QUALIDADE ( PIQ's ) quanto aos controles higiênico-sanitários e nutricional.
PARA SERVIÇOS NA ÁREA DEALIMENTOS
Esse sistema deve ser avaliado considerando, inclusive a sua
I - CONCEITO: forma de organização, operacionalização, e avaliação.

Conjunto de atributos que identifica e qualifica um serviço na VI - CONTEÚDO


área de alimentos. Os Padrões de identidade e qualidade para Serviços na área
de Alimentos deverão conter:
II - OBJETIVO GERAL:
a) DESIGNAÇÃO ( Denominação da Prestação de Serviços
• Estabelecer a metodologia para elaboração de PIQ's. ): É a denominação oficial do serviço constante nos
• Definir a estratégia para oficializar, após avaliação, as documentos legais da constituição da empresa.
propostas de Padrão encaminhadas pelos A designação deverá estar associada à classificação do
estabelecimentos. serviço.

III - OBJETIVOS ESPECÍFICOS: b) CLASSIFICAÇÃO: Compreende a diferenciação entre


grupos de características idênticas em função das suas
- Definir a forma de: avaliar o Padrão de Identidade e particularidades, previamente definidas, com base em
Qualidade do Serviço com vistas à proteção da saúde do conceitos técnicos ou comerciais.
usuário.
c) DESCRIÇÃO: Compreende informações sobre a
- Avaliar o Sistema de Garantia da Qualidade adotado pelo designação que caracteriza o serviço ou serviços e
estabelecimento em relação às Boas Normas de Prestação procedimentos conseqüentes.
de Serviços e o PIQ.
d) CARACTERIZAÇÃO: Indica a caracterização do serviço.
- Classificar os estabelecimentos prestadores de serviços na
área de alimentos em relação aos perigos à saúde do 1) Condições Obrigatórias: aquelas que o serviço
trabalhador, usuário, consumidor e/ou possibilidade de obrigatoriamente deve dispor para qualificá-la.
contaminação do alimento.
2) Condições opcionais: aquelas que o serviço dispõe
IV – ABRANGÊNCIA opcionalmente sem que o descaracterize.

Esta norma se aplica a todos os estabelecimentos 3) PROJETO INDUSTRIAL


prestadores de serviços na área de alimentos.
SUB PROJETO DA QUALIDADE:
V – DEFINIÇÕES - Sistema da Garantia da Qualidade em Saúde
- Manual das Boas Práticas
Para efeito desta Portaria, são adotadas complementarmente - Programa de Proteção ã Saúde do Trabalhador
as seguintes definições: - Sistema de armazenagem, transporte e utilização de
insumos
- Serviços: São atividades desenvolvidas em toda a cadeia - Programa de atendimento ao consumidor
alimentar, relacionadas, direta ou indiretamente, com a saúde - Sistema de seleção e qualificação profissional
através do alimento, matéria prima, alimentar, ou insumos
alimentares com um determinado objetivo de produção, 4) Definições: deverão ser definidos outros termos, se for o
conservação, transporte, armazenagens e fracionamento, caso, que melhor permitam a melhor compreensão da
transformação, utilização, distribuição, comercialização, proposta.
incluindo importação e exportação.
5) Sistema de Avaliação e Controle: deverão ser mantidos
- Serviços relacionados diretamente à saúde na Área de registros do controle sistêmico dos pontos críticos, de
Alimentos: forma a permitir a avaliação pela inspeção oficial na
eficácia e efetividade do sistema de Garantia da
São estabelecimentos que desenvolvem ações de promoção, qualidade adotado pelo estabelecimento.
proteção e recuperação da saúde humana, através do
alimento. VII - DISPOSIÇÕES GERAIS:

- Serviços relacionados indiretamente com a Saúde: São As propostas de padrão de Identidade e Qualidade para
estabelecimentos que desenvolvem ações de apoio nas serviços na área de alimentos serão previamente avaliadas
etapas intermediárias na cadeia alimentar. por instituições de ensino e/ou pesquisa, devidamente

31
Capítulo Elaborado por Tânia Muzy
Para Trabalhador
credenciadas para este fim, pelo Órgão de Vigilância - Melhoria de suas condições nutricionais e qualidade de
Sanitária. vida;
- Aumento de sua capacidade física;
- Aumento de resistência à fadiga;
Estas instituições emitirão laudo técnico, com enfoque de - Aumento de resistência a doenças;
risco à saúde, em toda a cadeia alimentar, que servirá de - Redução de riscos de acidentes de trabalho.
base ao estabelecimento das Boas Práticas.
Para Empresas
A avaliação das propostas de PIQ's , a que se refere o item - Aumento de produtividade;
anterior , será feita com o enfoque de risco à saúde, - Maior integração entre trabalhador e empresa;
- Redução do absenteísmo (atrasos e faltas);
considerando-se as seguintes características de propriedade:
- Redução da rotatividade;
- Isenção de encargos sociais sobre o valor da alimentação
• higiênico-sanitário fornecida;
• saúde do trabalhador - Incentivo fiscal (dedução de até quatro por cento no imposto
• condições ambientais de renda devido).
• conversão do valor nutricional do produto quando for
Para o Governo
o caso - Redução de despesas e investimentos na área da saúde;
• relação com o consumidor / usuário - Crescimento da atividade econômica;
- Bem-estar social.
Estas propostas deverão ser apresentadas ao Órgão de
Vigilância Sanitária, por ocasião do pedido de autorização de Modalidades de Serviços de Alimentação
funcionamento dos estabelecimentos prestadores de A empresa poderá optar pelas seguintes modalidades de
serviços, acompanhadas dos respectivos laudos da serviços:
Instituição credenciada, nos termos dos parágrafos
anteriores, bem como das respectivas propostas de Boas - Autogestão (serviço próprio)
Práticas.
A empresa beneficiária assume toda a responsabilidade pela
Os serviços de Vigilância Sanitária estaduais e municipais elaboração das refeições, desde a contratação de pessoal
estabelecerão normas necessárias ao cumprimento do até a distribuição aos usuários.
estabelecido nos itens anteriores. - Terceirização (Serviços de terceiros)

PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR O fornecimento das refeições é formalizado por intermédio de


http://portal.mte.gov.br/pat/ contrato firmado entre a empresa beneficiária e as
concessionárias.
• PAT foi instituído pela Lei nº 6.321, de 14 de abril de Quando a empresa beneficiária optar por utilizar serviço de
1976 e regulamentado pelo Decreto nº 5, de 14 de terceiros, deverá certificar-se de que os mesmos sejam
janeiro de 1991; registrados no PAT (Portaria MTb nº 87, de 28/01/97).

• Prioriza o atendimento aos trabalhadores de baixa renda, Esta modalidade dispõe das seguintes opções:
isto é, aqueles que ganham até cinco salários mínimos Refeição transportada:
mensais. A refeição é preparada em cozinha industrial e transportada
até o local de trabalho; Administração de cozinha e refeitório
• Estruturado na parceria entre Governo, empresa e A empresa beneficiária contrata os serviços de uma terceira,
trabalhador; que utiliza as instalações da primeira para o preparo e
distribuição das refeições;
• Tem como unidade gestora a Secretaria de Inspeção do
Trabalho / Departamento de Segurança e Saúde no Refeição convênio:
Trabalho; Os empregados da empresa beneficiária fazem suas
refeições em restaurantes conveniados com empresas
• A adesão ao PAT poderá ser efetuada a qualquer tempo operadoras de vales, tíquetes, cupons, cheques, etc;
e, uma vez realizada, terá validade por prazo
indeterminado, podendo ser cancelada por iniciativa da
Alimentação convênio:
beneficiária ou pelo Ministério do Trabalho e Emprego,
A empresa beneficiária fornece senhas, tíquetes, etc,
em razão da execução inadequada do Programa.
para aquisição de gêneros alimentícios em estabelecimentos
comerciais;
• Participação do trabalhador limitada a 20% do custo
Cesta de alimentos
direto da refeição.
A empresa beneficiária fornece os alimentos em embalagens
especiais, garantindo ao trabalhador ao menos uma refeição
Benefícios:
diária.

32
Capítulo Elaborado por Tânia Muzy
calculados com base nos seguintes valores diários de
Objetivo referência para macro e micronutrientes:

O PAT tem por objetivo melhorar as condições nutricionais


dos trabalhadores, com repercussões positivas para a
qualidade de vida, a redução de acidentes de trabalho e o
aumento da produtividade.

PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº. 66, DE 25 DE AGOSTO


DE 2006.
PUBLICADA NO D.O.U DE 28 DE AGOSTO DE 2006

Altera os parâmetros nutricionais do Programa de I - as refeições principais (almoço, jantar e ceia) deverão
Alimentação do Trabalhador - PAT. conter de seiscentas a oitocentas calorias, admitindo-se um
acréscimo de vinte por cento (quatrocentas calorias) em
OS MINISTROS DE ESTADO DO TRABALHO E EMPREGO, relação ao Valor Energético Total –VET de duas mil calorias
DA FAZENDA, DA SAÚDE, DA PREVIDÊNCIA SOCIAL E por dia e deverão corresponder a faixa de 30- 40% (trinta a
DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME, quarenta por cento) do VET diário;
no uso das atribuições que lhes conferem o art. 87, inciso II,
da Constituição, e no § 4º do art. 1º do Decreto nº 5, de 14 de II - as refeições menores (desjejum e lanche) deverão conter
janeiro de 1991, resolvem: de trezentas a quatrocentas calorias, admitindo-se um
acréscimo de vinte por cento (quatrocentas calorias) em
Art. 1º O art. 5º da Portaria Interministerial nº 5, de 30 de relação ao Valor Energético Total de duas mil calorias por dia
novembro de 1999, publicada no Diário Oficial da União de 3 e deverão corresponder a faixa de 15 - 20 % (quinze a vinte
de dezembro de 1999, passa a vigorar com a seguinte por cento) do VET diário;
redação:
III - as refeições principais e menores deverão seguir a
Portaria Interministerial nº 5 seguinte distribuição de macronutrientes, fibra e sódio:

• Baixa instruções sobre a execução do Programa de


Alimentação do Trabalhador (PAT)

• O Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho,


da Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do
Trabalho e Emprego, é o órgão gestor do Programa de
Alimentação do Trabalhador(PAT).

IV - o percentual protéico - calórico (NdPCal) das refeições


deverá ser de no mínimo 6% (seis por cento) e no máximo 10
% (dez por cento).
“Art. 5º Os programas de alimentação do trabalhador deverão
§ 4º Os estabelecimentos vinculados ao PAT deverão
propiciar condições de avaliação do teor nutritivo da
promover educação nutricional, inclusive mediante a
alimentação, conforme disposto no art. 3º do Decreto nº 5, de
disponibilização, em local visível ao público, de sugestão de
14 de janeiro de 1991”.
cardápio saudável aos trabalhadores, em conformidade com
o § 3° deste artigo.
§ 1º Entende-se por alimentação saudável, o direito humano
a um padrão alimentar adequado às necessidades biológicas
§ 5º A análise de outros nutrientes poderá ser realizada,
e sociais dos indivíduos, respeitando os princípios da
desde que não seja substituída a declaração dos nutrientes
variedade, da moderação e do equilíbrio, dando-se ênfase
solicitados como obrigatórios.
aos alimentos regionais e respeito ao seu significado
socioeconômico e cultural, no contexto da Segurança
§ 6º Independente da modalidade adotada para o provimento
Alimentar e Nutricional.
da refeição, a pessoa jurídica beneficiária poderá oferecer
aos seus trabalhadores uma ou mais refeições diárias.
§ 2º As pessoas jurídicas participantes do Programa de
Alimentação do Trabalhador - PAT, mediante prestação de
§ 7º O cálculo do VET será alterado, em cumprimento às
serviços próprios ou de terceiros, deverão assegurar
exigências laborais, em benefício da saúde do trabalhador,
qualidade e quantidade da alimentação fornecida aos
desde que baseado em estudos de diagnóstico nutricional.
trabalhadores, de acordo com esta Portaria, cabendo-lhes a
responsabilidade de fiscalizar o disposto neste artigo.
§ 8º Quando a distribuição de gêneros alimentícios constituir
benefício adicional àqueles referidos nos incisos I, II e III do §
§ 3º Os parâmetros nutricionais para a alimentação do
3º deste artigo, os índices de NdPCal e percentuais de macro
trabalhador estabelecidos nesta Portaria deverão ser
33
Capítulo Elaborado por Tânia Muzy
INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS NA PRODUÇÃO DE
e micronutrientes poderão deixar de obedecer aos CESTAS DE ALIMENTOS E SIMILARES
parâmetros determinados nesta Portaria, com exceção do
sódio e das gorduras saturadas. 1. Generalidades
1.1. Objetivo
§ 9º As empresas beneficiárias deverão fornecer aos Estabelecer normas e procedimentos para empresas que
trabalhadores portadores de doenças relacionadas à empacotem produtos alimentícios de origem animal e vegetal
alimentação e nutrição, devidamente diagnosticadas, na forma de Cestas de Alimentos e Similares, visando
refeições adequadas e condições amoldadas ao PAT, para assegurar que os produtos cheguem aos consumidores
tratamento de suas patologias, devendo ser realizada atendendo os requisitos exigidos por lei.
avaliação nutricional periódica destes trabalhadores.
1.2. Âmbito de Aplicação
§ 10º Os cardápios deverão oferecer, pelo menos, uma Empresas produtoras de Cestas de Alimentos e Similares
porção de frutas e uma porção de legumes ou verduras, nas destinadas ao consumo no mercado nacional ou internacional
refeições principais (almoço, jantar e ceia) e pelo menos uma e organismos designados pelo Instituto Nacional de
porção de frutas nas refeições menores (desjejum e lanche). Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO,
para atuarem no programa de avaliação da conformidade que
§ 11º As empresas fornecedoras e prestadoras de serviços será estabelecido para constatação da conformidade das
de alimentação coletiva do PAT, bem como as pessoas Cestas de Alimentos e Similares.
jurídicas beneficiárias na modalidade autogestão deverão
possuir responsável técnico pela execução do programa. 1.3. Condições Gerais

§ 12º “O responsável técnico do PAT é o profissional 1.3.1. Solicitação de Relacionamento


legalmente habilitado em Nutrição, que tem por compromisso A empresa interessada deverá encaminhar à Delegacia
a correta execução das atividades nutricionais do programa, Federal da Agricultura (DFA), solicitação para relacionamento
visando à promoção da alimentação saudável ao de estabelecimento junto ao Ministério da Agricultura,
trabalhador.” (NR). Pecuária e Abastecimento (MAPA) e a devida documentação
prescrita na legislação vigente (Título IV, Capítulo I, do
Art. 2º Esta Portaria entra em vigor no prazo de noventa dias Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos
a contar de sua publicação. de Origem Animal RIISPOA e legislações complementares).

INSTRUÇÃO NORMATIVA SDA Nº 51, DE 14 DE AGOSTO Documentação necessária para formalização de Processo:
DE 2002.
- requerimento dirigido ao Delegado da DFA solicitando
O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA - relacionamento;
SUBSTITUTO, DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, - termo de compromisso de acatamento da Legislação
PECUÁRIA E DO ABASTECIMENTO, no uso da atribuição pertinente;
que lhe confere o art. 83, inciso IV, do Regimento Interno da - contrato Social registrado na Junta Comercial;
Secretaria, aprovado pela Portaria Ministerial nº 574, de 8 de - cartão do Cadastro Nacional Pessoa Jurídica (CNPJ);
dezembro de 1998, e o que consta do Processo nº - alvará de funcionamento da Prefeitura;
21000.007786/2000-74, resolve: - projeto arquitetônico;
- planta baixa do estabelecimento, escala (1:100);
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico que estabelece os - planta de situação, escala (1:500);
Requisitos Mínimos Operacionais das Instalações e - cortes e fechadas, escala (1:50);
Equipamentos na Produção de Cestas de Alimentos e - memorial descritivo da construção;
Similares, anexo a esta Instrução Normativa. - memorial econômico/sanitário;
- fluxograma operacional detalhado;
Art. 2º Estabelecer o prazo até 31 de dezembro de 2002, para - declaração de responsabilidade técnica (RT), com o devido
as indústrias se adequarem ao novo Regulamento Técnico. registro no órgão competente;
- análise físico-química e microbiológica da água de
Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de abastecimento.
sua publicação.
1.3.2. Análise da documentação
Art. 4º Revogar a Instrução Normativa nº 31, de 10 de julho Recebida a documentação, faz-se uma análise da mesma e,
de 2001, e a Instrução Normativa nº 33, de 23 de maio de estando em conformidade, será encaminhada para
2002. formalização de processo.

ANEXO 1.3.3. Laudo de Vistoria


O Serviço de Inspeção de Produto Animal (SIPA) programará
REGULAMENTO TÉCNICO QUE ESTABELECE OS junto ao solicitante a realização de uma vistoria “in loco”, para
REQUISITOS MÍNIMOS OPERACIONAIS DAS

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Capítulo Elaborado por Tânia Muzy
e) não possuam embalagens abertas e/ou violadas ou com
comprovar as informações contidas no Memorial Descritivo qualquer tipo de alteração, quando comparada com a
do Estabelecimento. condição original;
Estando em conformidade, será emitido Laudo de Vistoria
favorável à emissão do Título de Relacionamento. f) possam ser mantidos nas condições estabelecidas pelo
fabricante;
Havendo não conformidade, será dada ciência ao cliente.
Sanadas as pendências, realizar-se-á outra vistoria “in loco” g) atendam a legislação metrológica do Instituto Nacional
para emissão de Laudo de Vistoria favorável ao respectivo de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
Título de Relacionamento. (INMETRO).

1.3.4. As empresas produtoras de Cestas de Alimentos e


Nota: Eventualmente poderão ser utilizados produtos de
Similares deverão:
higiene pessoal e de limpeza, desde que devidamente
registrados nos órgãos competentes. Quando contidos no
a) ter seus estabelecimentos relacionados no Ministério da
interior das Cestas de Alimentos e Similares, deverão ser
Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
acondicionados de forma a não transmitir sabor, odor e cor
aos gêneros alimentícios.
b) implantar sistemas de controle e ferramentas de garantia
da qualidade, a exemplo do desenvolvido com base nos
2.2. Embalagem das Cestas de Alimentos e Similares
princípios do Sistema de Análise de Perigos e Pontos
Críticos de Controle (APPCC), de acordo com a portaria
2.2.1. Deverão ser feitas de materiais que garantam a
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
integridade da embalagem e do conteúdo dos componentes
das Cestas e permitam o empilhamento adequado para
c) apresentar o Manual de Boas Práticas, específico para a
armazenamento e transporte, conforme critérios
atividade desenvolvida, de acordo com portaria do
estabelecidos pela empresa produtora das Cestas de
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Alimentos e Similares, sendo vedada à reutilização de
embalagens.
1.4.Definições
2.2.2. As embalagens no mercado interno deverão ser
Para efeitos de aplicação deste Regulamento Técnico, são rotuladas em caracteres nítidos de forma indelével, no idioma
adotadas as seguintes definições: português, facilmente legível, contendo as seguintes
informações:
1.4.1. Cestas de Alimentos e Similares: - razão social;
Conjunto de componentes alimentícios devidamente - cadastro nacional pessoa jurídica;
empacotados. - data de produção (dia/mês/ano);
- prazo recomendado para abertura (1);
1.4.2. Componentes das Cestas de Alimentos: - serviço de atendimento ao consumidor;
Produtos devidamente embalados registrados nos órgãos - instruções de conservação;
competentes, de acordo com legislação vigente. - no caso de produção de Cestas de Alimentos e Similares
destinadas ao comércio varejista, das embalagens deverão
1.4.3. Produtor: constar, ainda, a relação dos componentes com suas
Estabelecimento que monta Cesta de Alimentos e Similares. especificações.

2. Critérios Técnicos - (1) O prazo máximo recomendado para abertura deve ser
2.1. Componentes das Cestas de Alimentos e Similares. aquele que contemple o prazo de menor validade dos
2.1.1. Somente poderão ser utilizados componentes que: componentes da cesta.

a) estejam devidamente registrados nos órgãos oficiais 2.3. Edificação


competentes;
2.3.1. As áreas externas devem ser pavimentadas e mantidas
b) sujeitos à classificação vegetal, deverão comprovar em livres de entulho, sucatas e materiais fora de uso.
nota fiscal e na embalagem este procedimento;
2.3.2. Devem apresentar projeto de construção que permita
c) tenham sido produzidos e embalados por estabelecimentos as operações de limpeza e manutenção, evitem
devidamente licenciados para funcionamento; contaminações e a entrada de roedores, pássaros, insetos e
demais pragas ou qualquer tipo de animal.
d) tenham sido rotulados de acordo com a legislação
vigente; 2.3.3. A cobertura deve ser isenta de vazamento e goteiras.

2.3.4. O espaço deve ser suficiente para a instalação de


equipamentos, estocagem de produtos e outros materiais
35
Capítulo Elaborado por Tânia Muzy
montadas com componentes, que não comprometam seu
auxiliares e propiciar espaços para montagem das Cestas de consumo, quando entregue ao cliente final.
Alimentos e Similares, limpeza, manutenção e controle de
pragas. 2.4.4. Os componentes devem ser armazenados de forma a
não receber luz solar direta.
2.3.5. Os sanitários e vestiários não devem ter comunicação
direta com áreas de produção. 2.4.5. As condições de armazenagem devem ser compatíveis
com as recomendações dos fabricantes dos componentes.
2.3.6. Paredes e coberturas devem ser laváveis,
impermeáveis, construídas e acabadas de modo a impedir 2.4.6. As embalagens que acondicionam os componentes
acúmulo de poeira e desenvolvimento de mofo. As paredes não devem ser arremessadas ou arrastadas, devendo ser
devem ter ângulos arredondados no contato com o piso. armazenadas e empilhadas seguindo as recomendações do
fabricante dos componentes. O empilhamento deverá ser
2.3.7. Entre as paredes e a cobertura não devem existir alinhado em blocos regulares possuindo sua identificação.
aberturas que propiciem a entrada de pragas, bem como
bordas que facilitem a retenção de sujidades. 2.4.7. Cada bloco de componentes deverá possuir
identificação que demonstre nome do componente, com as
2.3.8. O piso deve apresentar características antiderrapantes, respectivas datas de validade.
impermeável, lavável e permitir o tráfego sem danos.
2.4.8. Produtos químicos, de higiene, de limpeza devem ser
2.3.9. Os ralos devem ser evitados, mas quando presentes, armazenados em separado dos gêneros alimentícios.
devem permitir livre acesso para limpeza e serem dotados de
sistemas de fechamento e sifonados. 2.4.9. Os componentes devem ser colocados sobre estrados
limpos, secos e em bom estado de conservação e jamais
2.3.10. Janelas devem ser projetadas, preferivelmente, para depositados diretamente sobre o piso.
iluminação, quando utilizadas para ventilação devem ser
dotadas de telas facilmente removidas para limpeza. 2.4.10. Os blocos devem ser mantidos afastados, no mínimo,
50 cm das paredes, para evitar umidade e facilitar a limpeza,
Nota: Quaisquer tipos de aberturas que permitam amostragem, movimentação e controle de pragas.
comunicação ao meio externo, também deverão ser dotadas
de telas facilmente removidas para limpeza. 2.4.11. Os componentes destinados à devolução ou à
inutilização devem ser segregados, acondicionados e
2.3.11. As lâmpadas devem possuir sistema de segurança agrupados por fabricante.
contra explosão e quedas acidentais e não devem ser
instaladas sobre as linhas de produção. 2.5. Armazenamento das Cestas de Alimentos e Similares

2.3.12. As áreas de guarda de lixo devem ser isoladas e 2.5.1. As áreas de armazenamento devem ser mantidas livres
específicas para esse fim, com pisos e paredes laváveis. de resíduos e sujeiras para evitar a presença de insetos e
roedores.
2.3.13. As portas e acessos, enquanto não em uso, devem
ser mantidos fechados e com abertura máxima de 1,0 cm do 2.5.2. As embalagens devem ser armazenadas sobre
piso. Se necessário, devem ser instaladas cortinas de ar ou estrados limpos em bom estado de conservação e nunca em
cortinas plásticas para evitar a entrada de pragas. contato com o piso.

2.3.14. As empresas que também realizem beneficiamento 2.5.3. Devem ser armazenadas de forma a não receber luz
e/ou fracionamento de alimentos de origem vegetal deverão solar direta.
fazê-lo em área distinta daquela de produção das Cestas de
Alimentos e Similares. 2.5.4. Devem ser armazenadas, no mínimo, 50 cm distantes
da parede para permitir: limpeza, arejamento, inspeção e
2.4. Armazenagem dos Componentes das Cestas de operação de controle de pragas.
Alimentos e Similares
2.5.5. Não devem ser arremessadas ou arrastadas, devendo
2.4.1. Só podem ser armazenados os produtos que tenham ser empilhadas de acordo com os critérios estabelecidos pela
passado por inspeção de recebimento. empresa. O empilhamento deverá ser alinhado e em blocos
regulares.
2.4.2. As áreas de armazenamento devem ser mantidas livres
de resíduos e sujeiras para evitar a presença de insetos e 2.5.6. As embalagens deverão ser inspecionadas visualmente
roedores. antes do embarque, para verificação de irregularidades.

2.4.3. Devem ser adotados sistemas de operacionalização


dos componentes, que garantam, que as Cestas sejam

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Capítulo Elaborado por Tânia Muzy
b) evidência de liderança e comprometimento da alta
2.5.7. As embalagens de retorno e avariadas deverão ser administração com o Sistema de Gestão da Qualidade,
armazenadas em áreas demarcadas e identificadas, nunca
sendo indispensável que seja definido um representante,
com o estoque normal.
com a responsabilidade de desenvolver, implantar e
2.6. Pessoal aperfeiçoar continuamente este Sistema;
c) definição da forma pela qual a Política da Qualidade é de
Todos os funcionários, operacionais ou não, deverão receber
treinamento técnico, operacional e higiênico sanitário no ato conhecimento e é compreendida por todos na empresa;
da contratação e, sempre que se fizer necessário, d) definição da filosofia pela qual a empresa se relaciona
treinamentos específicos para a sua atividade. Estes
com seus fornecedores, profissionais e clientes.
treinamentos deverão ser registrados e os registros
assinados pelos participantes e ministrantes dos cursos.
3.2. Procedimentos de Execução
2.7. Responsabilidade Técnica A empresa deve elaborar e implantar procedimentos escritos
que definam a forma especificada de executar as seguintes
As empresas produtoras de Cestas de Alimentos e Similares atividades:
devem possuir um responsável técnico, legalmente habilitado
e regularmente inscrito no respectivo conselho de classe. a) seleção dos fornecedores dos produtos que compõem as
cestas de alimentos;
2.8. Avaliação dos Fornecedores
Os fornecedores deverão ser qualificados de acordo com b) elaboração, aprovação, revisão e arquivo dos
critérios e procedimentos adotados pela empresa produtora documentos que compõem o Sistema de Gestão da
de Cestas de Alimentos e Similares. Qualidade;

2.9. Inspeção de Recebimento dos Componentes c) seleção dos produtos que comporão as cestas de
A empresa produtora de Cestas de Alimentos e Similares alimentos;
deve executar inspeção de recebimento de acordo com o
plano da qualidade e o procedimento documentado, d) inspeções efetuadas no recebimento, no empacotamento
mantendo registros apropriados para comprovar a evidência dos produtos e nos produtos retalhados, bem como nas
da conformidade aos requisitos especificados para os cestas de alimentos, ao final do empacotamento e
componentes. imediatamente antes da expedição, definindo os itens a
avaliar e os critérios de aceitação ou rejeição, bem como
2.10. Controle Integrado de Pragas a forma de registro dos resultados das inspeções;
Devem ser implantados procedimentos de boas práticas, de
modo a prevenir ou minimizar a presença de insetos e e) identificação e rastreabilidade dos produtos recebidos e
roedores. A aplicação de pesticidas só deve ser realizada armazenados, bem como das cestas de alimentos,
quando adotadas todas as medidas de prevenção, só desde o empacotamento até o recebimento pelo cliente;
podendo ser utilizados produtos registrados nos órgãos
oficiais competentes e aplicados por empresas legalmente f) manuseio e empacotamento dos produtos nas cestas,
habilitadas. Devem ser mantidos registros apropriados. contemplando, ainda, a expedição das cestas de
alimentos.
2.11. Controle de Água
A água utilizada para consumo direto ou na limpeza das g) armazenamento dos:
instalações deve ser tratada e controlada por meio de - produtos liberados que comporão as cestas de alimentos,
análises laboratoriais periódicas, sendo obrigatória a evidenciando o controle dos prazos de validade e o uso, em
existência de reservatório isento de rachaduras, sempre primeiro lugar dos que terão os prazos de validade expirados
tampado, devendo ser limpo e desinfetado, quando instalado mais cedo;
e a cada seis meses, ou quando da ocorrência de acidentes - produtos recebidos e ainda não inspecionados, deixando
que possam contaminar a água. Devem ser mantidos claro sua segregação dos já liberados;
registros apropriados. - das cestas de alimentos, evidenciando o controle dos
prazos de validade da cesta e de seu conteúdo e
3. Parâmetros do Sistema de Gestão da Qualidade assegurando as condições de consumo ao cliente final;
- dos produtos e das cestas de alimentos rejeitados nas
3.1. Política da Qualidade inspeções.
A empresa deve dispor de uma Política da Qualidade,
assinada por sua alta administração, contemplando pelo h) relacionamento com os clientes, contemplando:
menos os seguintes tópicos: - seus dados cadastrais;
- a forma de identificação de suas expectativas;
a) descrição resumida da razão de ser ou da visão de - a forma de avaliação do grau de satisfação dos clientes.
futuro, apropriada ao propósito da empresa;

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Capítulo Elaborado por Tânia Muzy
c) responsabilidades;
3.3. Planos de Trabalho d) análise crítica dos resultados;
e) forma de identificação e segregação dos produtos e cestas
A empresa deve elaborar e implantar os seguintes Planos de
Trabalho, com conteúdos discriminados abaixo: não conformes.

3.3.1. Seleção e Treinamento de Pessoal 3.4. Registros

a) descrição das competências necessárias para o pessoal; A empresa deve dispor de registros, prontamente
b) forma de identificação e avaliação do pessoal; identificáveis e recuperáveis, em prazo por ela estipulado,
para os seguintes documentos:
c) forma de identificação das necessidades de treinamento;
d) programação anual de treinamento; a) procedimentos de Execução;
b) plano de Trabalho;
c) pedidos e Contratos com os Clientes;
e) conteúdo programático dos cursos típicos da empresa, em d) certificados de Análises Laboratoriais Periódicos da Água;
particular dos de hábitos higiênicosanitários; e) certificados de Aferição e Calibração dos Aparelhos e
f) registros de treinamento. Instrumentos de Medir;
f) registros dos Resultados das Inspeções, Auditorias Internas
3.3.2 Atribuições e Responsabilidades:
e Análises Críticas.
a) do membro da direção responsável pelo Sistema de
Gestão da Qualidade;
b) do responsável técnico;
c) do supervisor da produção; BOM ESTUDO!!
d) do inspetor da qualidade, que não pode superpor com o
supervisor da produção.

3.3.3. Auditorias Internas e Reuniões de Análise Crítica:

a) periodicidade das auditorias internas e das reuniões de


análise crítica;
b) programação anual das auditorias internas e das reuniões
de análise crítica;
c) seleção e treinamento dos auditores;
d) tratamento dos resultados das auditorias e das reuniões de
análise crítica.

3.3.4. Aferição e calibração dos aparelhos e instrumentos de


medir:
a) relação e identificação dos aparelhos e instrumentos de
medir;
b) periodicidade das aferições e calibrações dos aparelhos e
instrumentos de medir;
c) laboratórios da Rede Brasileira de Calibração onde as
aferições e calibrações são realizadas;
d) arquivo dos certificados de aferição e calibração, rastreável
aos aparelhos e instrumentos.

3.3.5. Tratamento de Não Conformidades:

a) modelo de relatório de não conformidades;


b) processo de tratamento das não conformidades;
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