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Legislações – ASA
Art. 3º - São atividades privativas dos Nutricionistas: Parágrafo único - É obrigatória a participação de nutricionista
em equipes multidisciplinares, criadas por entidades públicas
I- direção, coordenação e supervisão de cursos de graduação ou particulares e destinadas a planejar, coordenar,
em nutrição; supervisionar, implementar, executar e avaliar políticas,
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Capítulo Elaborado por Tânia Muzy
realizando-se a eleição 24 (vinte e quatro) horas após a
programas, cursos nos diversos níveis, pesquisas ou eventos sessão preliminar.
de qualquer natureza, direta ou indiretamente relacionados
com alimentação e nutrição, bem como elaborar e revisar Art. 5º Os membros dos Conselhos Regionais de
legislação e códigos próprios desta área. Nutricionistas e respectivos suplentes, com mandato de 3
(três) anos, serão eleitos pelo sistema de eleição direta,
Art. 5º A fiscalização do exercício da profissão de através de voto pessoal, secreto e obrigatório dos
Nutricionista compete aos Conselhos Federal e Regionais de profissionais registrados.
Nutricionistas, na forma da Lei Nº 6.583 de 20 de outubro de
1978 ressalvadas as atividades relacionadas ao ensino, Art. 6º - O exercício do mandato de membro do Conselho
adstritas legislação educacional própria. Federal e dos Conselhos Regionais de Nutricionistas, assim
como a respectiva eleição, mesmo na condição de suplente,
Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. ficará subordinado, além das exigências constantes do art.
530 da Consolidação das Leis do Trabalho e legislação
Art 7º Revogam-se as disposições em contrário, em especial complementar, ao preenchimento dos seguintes requisitos e
a Lei Nº 5.276, de 24 de abril de 1967. condições:
I - cidadania brasileira;
II - habilitação profissional na forma da legislação em vigor;
LEI Nº 6.583, DE 20 DE OUTUBRO DE 1978 III - pleno gozo dos direitos profissionais, civis e políticos.
Cria os Conselhos Federal e Regionais de Nutricionistas,
regula o seu funcionamento, e dá outras providências. Parágrafo único - Será permitida uma reeleição para os
membros dos Conselhos Federal e Regionais de
Nutricionistas.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA. Faço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 7º - O regulamento disporá sobre as eleições dos
Conselhos Federal e Regionais de Nutricionistas.
CAPÍTULO I
Art. 8º - A extinção ou perda de mandato de membro do
Dos Conselhos Federal e Regionais de Nutricionistas Conselho Federal ou dos Conselhos Regionais ocorrerá:
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Capítulo Elaborado por Tânia Muzy
IV - cumprir e fazer cumprir as disposições desta Lei, do
normalidade administrativa ou financeira ou à garantia da regulamento, do regimento, das resoluções e demais normas
efetividade do princípio da hierarquia institucional; baixadas pelo Conselho Federal;
V - elaborar seu regimento e submetê-lo à aprovação do V - funcionar como Tribunal Regional de Ética, conhecendo,
Ministério do Trabalho; processando e decidindo os casos que lhe forem submetidos;
VI - examinar os regimentos dos Conselhos Regionais, VI - elaborar a proposta de seu regimento, bem como as
modificando o que se fizer necessário para assegurar alterações, submetendo-as ao Conselho Federal, para
unidade de orientação e uniformidade de ação, submetendo- aprovação pelo Ministro do Trabalho;
os à aprovação do Ministro do Trabalho;
VII - propor ao Conselho Federal as medidas necessárias ao
VII - conhecer e dirimir dúvidas suscitadas pelos Conselhos aprimoramento dos serviços e do sistema de fiscalização do
Regionais e prestar-lhes assistência técnica permanente; exercício profissional;
VIII - apreciar e julgar os recursos de penalidades impostas VIII - aprovar a proposta orçamentária e autorizar a abertura
pelos Conselhos Regionais; de créditos adicionais e as operações referentes a mutações
patrimoniais;
IX - fixar valores das anuidades, taxas, emolumentos e
multas devidas pelos profissionais e empresas aos IX - autorizar o Presidente a adquirir, onerar ou alienar bens
Conselhos Regionais a que estejam jurisdicionados, nos imóveis;
termos em que dispuser o regulamento desta Lei;
X - arrecadar anuidades, multas, taxas e emolumentos e
X - aprovar sua proposta orçamentária e autorizar a abertura adotar todas as medidas destinadas à efetivação de sua
de créditos adicionais, bem como operações referentes a receita, destacando e entregando ao Conselho Federal as
mutações patrimoniais; importâncias correspondentes a sua participação legal;
XI - dispor sobre o Código de Ética Profissional, funcionando XI - promover, perante o juízo competente, a cobrança das
como o Tribunal de Ética Profissional; importâncias correspondentes a anuidades, taxas,
emolumentos e multas, esgotados os meios de cobrança
XII - estimular a exação no exercício da profissão, zelando amigável;
pelo prestígio e bom nome dos que a exercem;
XII - estimular a exação no exercício da profissão, zelando
XIII - instituir o modelo da Carteira de Identidade Profissional pelo prestígio e bom conceito dos que exercem;
e do Cartão de Identificação;
XIII - julgar as infrações e aplicar as penalidades previstas
XIV - autorizar o Presidente a adquirir, onerar ou alienar bens nesta Lei e em normas complementares do Conselho
imóveis; Federal;
XV - emitir parecer conclusivo sobre prestação de contas a XIV - emitir parecer conclusivo sobre prestação de contas a
que esteja obrigado; que esteja obrigado;
XVI - publicar, anualmente, seu orçamento e respectivos XV - publicar, anualmente, seu orçamento e respectivos
créditos adicionais ou balanços, a execução orçamentária e o créditos adicionais, os balanços, a execução orçamentária, o
relatório de suas atividades. relatório de suas atividades e a relação dos profissionais
registrados.
Art. 10 - Compete aos Conselhos Regionais:
Art. 11 - Aos Presidentes dos Conselhos Federal e Regionais
I - eleger, dentre os seus membros, o seu Presidente, o Vice- incumbe a administração e a representação legal dos
Presidente, o Secretário e o Tesoureiro; mesmos, facultando-se-lhes suspender o cumprimento de
qualquer deliberação de seu Plenário, que lhes pareça
II - expedir Carteira de Identidade Profissional e Cartão de inconveniente ou contrária aos interesses da instituição,
Identificação aos profissionais registrados; submetendo essa decisão à autoridade competente do
Ministério do Trabalho ou ao Conselho Federal.
III - fiscalizar o exercício profissional na área de sua
jurisdição, representando às autoridade competentes sobre Art. 12 - Constitui renda do Conselho Federal:
os fatos que apurar e cuja solução ou repressão não seja de
sua alçada; I - 20% (vinte por cento) do produto da arrecadação de
anuidades, taxas, emolumentos e multas de cada Conselho
Regional;
II - legados, doações e subvenções;
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Capítulo Elaborado por Tânia Muzy
II - exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou
III - rendas patrimoniais. facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não inscritos
ou aos leigos;
Art. 13 - Constitui renda dos Conselhos Regionais:
III - violar sigilo profissional;
I - 80% (oitenta por cento) do produto da arrecadação de
anuidades, taxas, emolumentos e multas; IV - praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a
lei defina como crime ou contravenção;
II - legados, doações e subvenções;
V - revelar segredo que, em razão da profissão, lhe seja
III - rendas patrimoniais. confiado;
Art. 14 - A renda dos Conselhos Federal e Regionais só VI - não cumprir, no prazo assinalado, determinação
poderá ser aplicada na organização e funcionamento de emanada de órgão ou autoridade do Conselho Regional, em
serviços úteis à fiscalização do exercício profissional, bem matéria de competência deste, após regularmente notificado;
como em serviços de caráter assistencial, quando solicitados
por entidades sindicais. VII - deixar de pagar, pontualmente, ao Conselho Regional as
contribuições a que está obrigado;
CAPÍTULO II
Do Exercício Profissional VIII - faltar a qualquer dever profissional prescrito nesta Lei;
Art. 15 - O livre exercício da profissão de nutricionista, em IX - manter conduta incompatível com o exercício da
todo o território nacional, somente é permitido ao portador de profissão.
Carteira de Identidade Profissional expedida pelo Conselho
Regional competente. Parágrafo único - As faltas serão apuradas, levando-se em
conta a natureza do ato e as circunstâncias de cada caso.
Parágrafo único - É obrigatório o registro nos Conselhos
Regionais das empresas cujas finalidades estejam ligadas à Art. 20 - As penas disciplinares consistem em:
nutrição, na forma estabelecida em regulamento. I - advertência;
II - repreensão;
Art. 16 - Para o exercício da profissão na administração III - multa equivalente a até 10 (dez) vezes o valor da
pública ou exercício de cargo, função ou emprego em anuidade;
empresas públicas e privadas, de assessoramento, chefia ou IV - suspensão no exercício profissional pelo prazo de até 3
direção, será exigida, como condição essencial, a (três) anos;
apresentação da Carteira de Identidade Profissional de V - cancelamento da inscrição e proibição do exercício
Nutricionistas. profissional.
Parágrafo único - A inscrição em concurso público dependerá § 1º - Salvo os casos de gravidade manifesta ou reincidência,
de prévia apresentação da Carteira de Identidade Profissional a imposição das penalidades obedecerá à gradação deste
ou certidão do Conselho Regional de que o profissional está artigo, observadas as normas estabelecidas pelo Conselho
no exercício de seus direitos. Federal para disciplina do processo de julgamento das
infrações.
Art. 17 - O exercício simultâneo, temporário ou definitivo, da
profissão em área de jurisdição de dois ou mais Conselhos § 2º - Na fixação da pena serão considerados os
Regionais, submeterá o profissional de que trata esta Lei às antecedentes profissionais do infrator, o seu grau de culpa,
exigências e formalidades estabelecidas pelo Conselho as circunstâncias atenuantes e agravantes e as
Federal. consequências da infração.
CAPÍTULO III
Das Anuidades § 3º - As penas de advertência, repreensão e multa serão
comunicadas pelo Conselho Regional, em ofício reservado,
Art. 18 - O pagamento da anuidade ao Conselho Regional da não se fazendo constar dos assentamentos do profissional
respectiva jurisdição constitui condição de legitimidade para o punido, senão em caso de reincidência.
exercício da profissão ou para o funcionamento da empresa.
§ 4º - Da imposição de qualquer penalidade caberá recurso,
CAPÍTULO IV com efeito suspensivo, ao Conselho Federal:
Das Infrações e Penalidades
I - voluntário, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência
Art. 19 - Constitui infração disciplinar: da decisão;
I - transgredir preceito ou Código de Ética Profissional; II - ex-officio, nas hipóteses dos incisos IV e V deste artigo,
no prazo de 30 (trinta) dias a contar da decisão.
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Capítulo Elaborado por Tânia Muzy
Art. 26 - O primeiro Conselho Federal de Nutricionistas será
§ 5º - As denúncias somente serão recebidas quando constituído pelo Ministro do Trabalho.
assinadas, declinada a qualificação do denunciante e
acompanhada da indicação dos elementos comprobatórios Parágrafo único - Os primeiros Conselhos Regionais de
do alegado. Nutricionistas, após criados pelo Conselho Federal, serão
constituídos pelo Ministro do Trabalho, na forma em que
§ 6º - A suspensão por falta de pagamento de anuidades, dispuser o regulamento desta Lei.
taxas ou multas só cessará com a satisfação da dívida,
podendo ser cancelada a inscrição profissional, após Art. 27 - O Poder Executivo providenciará a expedição do
decorridos 3 (três) anos. regulamento desta Lei no prazo de 120 (cento e vinte) dias.
§ 7º - É lícito ao profissional punido requerer, à instância Art. 28 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
superior, revisão do processo, no prazo de 30 (trinta) dias
contados da ciência. Art. 29 - Revogam-se as disposições em contrário,
especialmente os arts. 7º e 10 da Lei nº 5.276, de 24 de abril
§ 8º - Das decisões do Conselho Federal ou de seu de 1967.
Presidente, por força de competência privativa, caberá
recurso, em 30 (trinta) dias, contados da ciência, para o
Ministro do Trabalho. (Revogado pela Lei nº 9.098, de 1995) PORTARIA 1428 DE 26 DE NOVEMBRO DE 1993 .
(ATENÇÃO – Esta lei é a mesma legislação já abordada
§ 9º - As instâncias recorridas poderão reconsiderar suas no tópico de Controle de Qualidade em UAN - Prof.
próprias decisões. Anderson)
Art. 21- O pagamento da anuidade fora do prazo sujeitará o • Lei nº 8.080, de 19.09.90, que institui SUS estabelece a
devedor à multa prevista no regulamento. melhoria da qualidade de vida decorrente da utilização
de bens, serviços e ambientes oferecidos à população na
CAPÍTULO V área de alimentos;
Disposições Gerais • Necessidade de redirecionamento das ações de
vigilância sanitária com descentralização;
Art. 22 - Aos servidores dos Conselhos Federal e Regionais • Lei nº 6.437, de 20.08.77 e o Decreto nº 77.052, de
de Nutricionistas aplica-se o regime jurídico da Consolidação 19.01.76 estabelecem a necessidade de
das Leis do Trabalho. responsabilidade técnica;
• Código de Defesa do Consumidor que responsabiliza os
Art. 23 - Os Conselhos Regionais de Nutricionistas prestadores de serviços e produtores pelo fato do
estimularão, por todos os meios, inclusive mediante produto e do serviço;
concessão de auxílio, segundo normas aprovadas pelo • Prática da fiscalização sanitária deve - integrar as ações
Conselho Federal, as realizações de natureza cultural de vigilância sanitária e as avaliações de risco
visando ao profissional e à classe. epidemiológico; utilizar a inspeção como instrumento da
fiscalização sanitária; objetivar a proteção e defesa da
CAPÍTULO VI saúde do consumidor, em caráter preventivo, através da
Disposições Transitórias prática da inspeção sanitária, resolve:
Art. 24 - Às pessoas físicas e jurídicas, que agirem em Art. 1º Aprovar, na forma dos textos anexos:
desacordo com o disposto nesta Lei, aplicar-se-á a pena de
multa, que variará de 1 (uma) a 10 (dez) vezes o valor de • Regulamento Técnico para Inspeção Sanitária de
referência previsto no art. 2º, parágrafo único, da Lei nº Alimentos;
6.205, de 29 de abril de 1975. • Diretrizes para o Estabelecimento de Boas Práticas de
Produção e de Prestação de Serviços na Área de
Parágrafo único - Qualquer interessado poderá promover, Alimentos;
perante os Conselhos Regionais de Nutricionistas, a
responsabilidade do faltoso, sendo a este facultada ampla
• Regulamento Técnico para o Estabelecimento de Padrão
defesa.
de Identidade e Qualidade (PIQ's) para Serviços e
Produtos na Área de Alimentos
Art. 25 - A Carteira de Identidade Profissional de que trata o
Capítulo II somente será exigível a partir de 180 (cento e
Art. 2º Determinar que os estabelecimentos relacionados à
oitenta) dias da instalação do respectivo Conselho Regional.
área de alimentos adotem, sob responsabilidade técnica, as
suas próprias Boas Práticas de Produção e/ou Prestação de
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Capítulo Elaborado por Tânia Muzy
Serviços, seus Programas de Qualidade, e atendam aos cadeia alimentar as Boas Práticas de Produção e/ou as
PIQ's para Produtos e Serviços na Área de Alimentos, em Boas Práticas de Prestação de Serviços com vistas ao
consonância com o estabelecido na presente Portaria. atingimento do Padrão de Identidade e Qualidade (PIQ)
estabelecido através da verificação do cumprimento dos
procedimentos previstos nos seus manuais , na
Art. 3º Utilizar os instrumentos de controle na área de utilização do Sistema de APPCC, e no atendimento à
alimentos, na forma estabelecida, com vistas à integração legislação sanitária. Orienta ainda a intervenção,
com os demais Órgãos e Entidades que atuam nessa área, objetivando a prevenção de agravos à saúde do
na defesa da saúde pública. consumidor no que se refere às questões sanitárias,
inclusive quanto ao teor nutricional.
Art. 4º A implementação da presente Portaria dar-se-á na
forma e nos prazos definidos no Cronograma apresentado. 3.2. Laudo de Inspeção: peça escrita fundamentada técnica
e/ou legalmente, no qual a autoridade sanitária que
Art. 5º Esta Portaria entrará em vigor na data de sua realizou a inspeção registra suas conclusões a partir da
publicação, revogadas as disposições em contrário. avaliação sobre o cumprimento da legislação em vigor e
de Projetos da Garantia da Qualidade considerando as
ANEXO Boas Práticas em função do Padrão de Identidade e
Qualidade, bem como as orientações e intervenções
REGULAMENTO TÉCNICO PARA INSPEÇÃO SANITÁRIA necessárias. A critério da autoridade sanitária, será
DE ALIMENTOS solicitada a análise laboratorial específica, cujo resultado
poderá contribuir para a conclusão do laudo de inspeção
1) OBJETIVO sanitária. Esse instrumento constituir-se-á no único
documento de que se valerão as partes, a todos os
1.1. OBJETIVO GERAL: efeitos posteriores que possam surgir.
Estabelecer as orientações necessárias que permitam
executar as atividades de inspeção sanitária, de forma a 3.3. Cadeia Alimentar: para efeito desta norma se entende
avaliar as Boas Práticas para a obtenção de padrões de cadeia alimentar como todas as atividades relacionadas
identidade e qualidade de produtos e serviços na área de à produção, beneficiamento, armazenamento,
alimentos com vistas à proteção da saúde da população. transporte, industrialização, embalagem, reembalagem,
comercialização, utilização e consumo de alimentos,
1.2. OBJETIVO ESPECÍFICO: considerando-se suas interações com o meio ambiente,
o homem e seu contexto sócio-econômico.
• Avaliar a eficácia e efetividade dos processos, meios e
instalações, assim como dos controles utilizados na 3.4. Sistema de Análise de Perigos em Pontos Críticos de
produção, armazenamento, transporte, distribuição, Controle APPCC: para efeito desta norma se entende
comercialização e consumo de alimentos através do como metodologia sistemática de identificação,
Sistema de Avaliação dos Perigos em Pontos Críticos de avaliação e controle de perigos de contaminação dos
Controle (APPCC) de forma a proteger a saúde o alimentos.
consumidor;
4) PRINCÍPIOS GERAIS:
• Avaliar os projetos da Qualidade das empresas
produtoras e prestadores de serviços quanto à garantia
A Inspeção Sanitária, atividade desenvolvida pela Autorizada
da qualidade dos alimentos oferecidos à população;
Sanitária devidamente credenciada pelo Serviço de Vigilância
NOTA: O Sistema de Avaliação por análise de Perigos
Sanitária, divide-se para efeito deste Regulamento em:
em Pontos Críticos de Controle (APPCC) adotado refere-
se à recomendação da Organização Mundial de Saúde
• Inspeção Programada: é aquela regular e sistemática
(OMS).
definida a partir de um planejamento conjunto do Serviço
de Vigilância Sanitária e laboratório com o objetivo de
2) ABRANGÊNCIA:
estabelecer prioridades quanto ao enfoque de risco
epidemiológico local e, conseqüentemente, o
Se aplica a todos os Órgãos de Vigilância Sanitária nos níveis
levantamento das necessidades financeiras, de pessoal,
federal, estadual e municipal, nas atividades primárias,
equipamentos e materiais, inclusive quanto ao apoio
secundárias e terciárias em toda a cadeia alimentar.
laboratorial, de forma a atender às demandas detectadas
pelo risco epidemiológico.
3) DEFINIÇÕES:
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Em vista da impossibilidade de sua programação, a Vigilância b) Boas Práticas X Sistema de Avaliação de Perigos em
Sanitária reserva em seu planejamento um percentual de Pontos Críticos de Controle (APPCC);
disponibilidades para atender esse tipo de ação. c) Padrão de Identidade e Qualidade de produto e/ou
serviço;
d) Manual de Inspeção;
No estabelecimento das prioridades aqui definidas e) Legislação Sanitária;
considerar-se-á o diagnóstico epidemiológico local f) Código de Defesa do Consumidor.
contemplando o perfil sócio-econômico entre outros
aspectos da sua população, tais como, a produção 8) LAUDO DE INSPEÇÃO:
agropecuária, as principais atividades industriais e
mercantis, e a própria infra-estrutura dos Serviços de • O laudo de inspeção, enquanto instrumento legal, deve
Vigilância Sanitária. ser elaborado com apoio da legislação, por profissional
habilitado, com o necessário resguardo ético, desde que,
Cada Serviço de Vigilância Sanitária deverá dispor das não acarrete prejuízo à saúde pública.
informações estabelecidas no item anterior, de forma a
organizar-se em termos de recursos humanos, • O laudo de inspeção deve ser mantido em triplicata. O
considerando os aspectos multi-disciplinares da área de original e uma cópia do documento ficarão em poder do
alimentos, a estrutura física (instalações, viatura, Serviço de Vigilância Sanitária que realizou a inspeção,
equipamentos e materiais em geral), infra-estrutura como acervo histórico do estabelecimento; a outra cópia
laboratorial necessária e um sistema de informações, e, será encaminhada ao responsável pelo estabelecimento
assim, estabelecer as bases para a programação de inspecionado.
suas ações preventivas.
• As informações que deverão constar do laudo de
Caberá ao Serviço de Vigilância Sanitária, em resposta inspeção são as seguintes:
às reclamações dos consumidores, informações dos - Informações administrativas e legais do estabelecimento;
serviços de saúde ou de setor produtivo ou mercantil a - Motivo da Inspeção;
determinação do tipo de inspeção a ser adotado. - comprovação do cumprimento da legislação;
- Certificação para o comércio internacional;
5) PROCEDIMENTOS: - Denúncia ou suspeita quanto à qualidade de produto e/ou
serviços;
Os procedimentos da inspeção deverão obedecer ao "Manual - Avaliação de risco com as orientações e intervenções
de Inspeção". - pertinentes inclusive quanto às orientações ao consumidor.
O Serviço de Vigilância Sanitária deverá possuir recursos DIRETRIZES PARA O ESTABELECIMENTO DE BOAS
humanos, em quantidade e qualidade, de forma a PRÁTICAS DE PRODUÇÃO E DE PRESTAÇÃO DE
atender às necessidades locais quanto ao risco SERVIÇOS NA ÁREA DE ALIMENTOS
epidemiológico.
I – CONCEITO
O Serviço de Vigilância Sanitária deverá dispor de
instrumentos, ferramentas, equipamentos e meios de Boas Práticas são normas e procedimentos para atingir um
locomoção necessários ao atingimento dos objetivos da determinado padrão de identidade e qualidade de um produto
atividade. e/ou de um serviço na área de alimentos, cuja eficácia e
efetividade deve ser avaliada através da inspeção e/ou da
7) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: investigação. Aqui incluem-se também produtos tais como: as
bebidas, aditivos, embalagens, utensílios e materiais em
• A avaliação que objetivará a proteção da saúde do contato com alimentos.
consumidor usará como critério a identificação de fatores
de risco e, consequentemente, a prevenção através da
intervenção oportuna. II – ABRANGÊNCIA
• Os resultados dessa avaliação deverão constar em laudo Esta norma se aplica a todos os estabelecimentos produtores
de inspeção. e/ou prestadores de serviços na área de alimentos.
• Os critérios de avaliação serão baseados nas seguintes
referências: III - OBJETIVO GERAL
a) Informe epidemiológico ou Código Estadual ou Municipal Estabelecer as orientações necessárias para a elaboração
de Saúde; das Boas Práticas de Produção e Prestação de Serviços de
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Capítulo Elaborado por Tânia Muzy
forma a alcançar o Padrão de Identidade e Qualidade de 06. Tecnologia Empregada - compreende as informações
produtos e/ou serviços na área de alimentos. sobre a tecnologia usada para obtenção do padrão de
identidade e qualidade adotado.
IV - OBJETIVOS ESPECÍFICOS
07. Controle de Qualidade - compreende as informações
sobre os métodos e procedimentos utilizados no controle
- Definir parâmetros de qualidade e segurança ao longo da de todo o processo.
cadeia alimentar.
- Estabelecer procedimentos de obediência aos parâmetros 08. Garantia de Qualidade - compreende as informações
definidos. sobre a forma de organização, operacionalização e
avaliação do sistema de controle de qualidade do
V – DIRETRIZES estabelecimento.
- Informações aos órgãos de Vigilância Sanitária quanto às 09. Armazenagem - compreende as informações sobre a
práticas adotadas pelos estabelecimentos produtores e/ou forma de armazenamento dos produtos visando garantir
prestadores de serviços na área de alimentos. a sua qualidade e os respectivos controles sanitários.
- Avaliação das informações ao consumidor apresentadas 10. Transporte - compreende as informações referentes ao
pelos estabelecimentos produtores e/ou prestadores de tipo de condições de transporte dos produtos visando
serviços em relação aos aspectos da qualidade dos garantir a sua qualidade e os respectivos controles
alimentos, incluindo o controle do teor nutricional, e da higiênicos sanitários.
qualidade dos serviços quanto à proteção da sua saúde.
11. Informações ao Consumidor - compreende as
- Avaliação dos controles de situações de risco à saúde do informações a serem repassadas ao Consumidor
trabalhador. capazes de orientá-lo na forma de utilização do produto
e/ou do serviço.
- Avaliação dos controles de situações de risco a saúde
humana decorrente do ambiente. 12. Exposição/Comercialização - compreende as
informações sobre as normas de exposição do produto
VI - CONTEÚDO DO TRABALHO e/ou utilização no comércio e o necessário controle
higiênico sanitário.
- Consiste na apresentação de informações referentes aos
seguintes aspectos básicos: 13. Desinfecção/desinfestação - compreende o plano de
sanitização utilizado e a forma de seleção dos produtos
01. Padrão de Identidade e Qualidade - PIQ: compreende usados pelos estabelecimentos.
os padrões a serem adotados pelo estabelecimento.
VII - DISPOSIÇÕES GERAIS:
02. Condições Ambientais - compreende as informações
das condições internas e externas do ambiente, inclusive Quanto aos Órgãos Gestores de Vigilância Sanitária:
as condições de trabalho, de interesse da vigilância
sanitária, e os procedimentos para controle sanitário de • As propostas de Boas Práticas deverão ser
tais condições. apresentadas ao órgão de Vigilância Sanitária em
conjunto com as propostas de PIQ's de produtos e/ou
03. Instalações e Saneamento - compreende informações serviços correspondentes, em conformidade com o
sobre a planta baixa do estabelecimento, materiais de presente Regulamento, nos casos de qualquer
revestimento, instalações elétricas e hidráulicas, serviços solicitação referente a produtos e/ou serviços na área de
básicos de saneamento, e os respectivos controles alimentos.
sanitários.
• Sempre que achados clínicos ou o resultado de pesquisa
04. Equipamentos e Utensílios - compreende as ou estudos específicos, investigação epidemiológica
informações referentes aos equipamentos e utensílios demonstrarem a ocorrência de dano à saúde devido a
utilizados nos distintos processos tecnológicos, e os produtos, procedimentos, equipamentos, utensílios,
respectivos controles sanitários. deve-se intervir no sentido de proibir o
uso/comercialização imediata do produto, modificar os
05. Recursos Humanos - compreende as informações procedimentos e substituir equipamentos e utensílios, se
sobre o processo de seleção, capacitação e de for o caso, tendo a saúde do consumidor como
ocupação, bem como o controle da saúde do pessoal fundamento e a saúde do manipulado de alimentos como
envolvido com o processo de produção e/ou prestação fator limitante.
de serviços na área de alimentos e do responsável
técnico pela implementação da presente norma. • As Boas Práticas de Fabricação e/o Prestação de
Serviços, quanto aos aspectos técnicos, em relação do
Sistema APPCC e, legais, em relação às infrações à
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Capítulo Elaborado por Tânia Muzy
Legislação Sanitária, serão avaliadas durante a 02. capacidade de identificação e localização de Pontos
realização da inspeção pela Autoridade Sanitária com a Críticos de Controles (PCCs) em fluxogramas de
consequente emissão do Laudo de Inspeção. processos;
03. capacidade de definir procedimentos, eficazes e efetivos,
• As Boas Práticas de Produção e de Prestação de para os controles dos PCCs;
Serviços na área de alimentos serão oferecidas pelo
estabelecimento, como instrumento principal de 04. conhecimento da ecologia de microrganismos
inspeção, à Autoridade Sanitária para o exercício dessa patogênicos e deterioradores;
ação.
05. conhecimento da toxicologia alimentar;
• Os Serviços de Vigilância Sanitária articular-se-ão com
as Associações Industriais e Comerciais que atuam na 06. capacidade para selecionar métodos apropriados para
área de alimentos, Ministério Público, Órgãos e monitorar (PCCs), incluindo estabelecimento de planos
Entidades de Defesa do Consumidor e outros órgãos de amostragem e especificações;
visando a implementação da Presente Portaria.
07. capacidade de recomendar o destino final de produtos
• Os Serviços de Vigilância Sanitária articular-se-ão com que não satisfaçam aos requisitos legais.
os Conselhos de Classe visando a implementação da
responsabilidade técnica de profissionais que atuam na 08. Os estabelecimentos deverão ter um responsável pelas
área de alimentos. técnicas utilizadas por local de prestação de serviço.
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Capítulo Elaborado por Tânia Muzy
- Os parâmetros de segurança e respectivos procedimentos complemento do alimento ou afetem suas
devem estar respaldados em referências técnicas e legais. características.
• Produto: é qualquer alimento, aditivo, embalagens e Ingredientes obrigatórios: ingredientes que o produto
outras substâncias, equipamentos, utensílios e materiais obrigatoriamente deve conter.
destinados a entrar em contato com alimentos; Ingredientes opcionais: ingredientes que podem ser
opcionalmente adicionados ao produto sem descaracterizá-lo.
• Alimento: é qualquer substância, destinada ao consumo
humano, seja processada, semi-processada ou em seu Características sensoriais: características sensoriais
estado natural, incluídas as bebidas, goma de mascar e próprias do produto (aspecto, sabor, odor, textura, etc.).
qualquer outra substância utilizada em sua elaboração,
Características físico-químicas: especificação que o
preparo ou tratamento, excluídos os cosméticos, o
tabaco e as substâncias utilizadas unicamente como produto deve apresentar.
medicamentos. Acondicionamento: características que devem apresentar a
embalagem do produto para assegurar a devida proteção
• Aditivo Alimentar: é qualquer substância que não se
e integridade do alimento.
consome normalmente como alimento, nem que se usa
normalmente como ingrediente típico do alimento, com
ou sem valor nutritivo, cuja adição intencional ao e) Aditivos e Coadjuvantes de Tecnologia/Elaboração:
alimento com finalidade tecnológica (inclusive sensorial)
na fabricação, elaboração, embalagens, empacotamento, Aditivos: deverá ser indicado o tipo de aditivo, mencionada a
transporte ou armazenamento, leve, ou de certa forma, função, o nome e a quantidade máxima utilizada.
espera-se que possa levar (direta ou indiretamente), a
que ele mesmo o seus subprodutos cheguem a ser um
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Capítulo Elaborado por Tânia Muzy
Coadjuvante de tecnologia/elaboração: deverão ser
indicados os coadjuvantes e a quantidade máxima tolerada o
NOTA: Toda informação ao consumidor, seja no rótulo,
propaganda etc., deverá ser previamente submetida ao
produto final mencionado o nome coadjuvante e a finalidade Serviço de Vigilância Sanitária, para avaliação e deliberação.
de uso. Nenhuma informação de rótulo, propaganda etc., pode ser
enganosa ao consumidor, nem ressaltar como vantagens
f) Contaminantes: propriedades intrínsecas ao produto.
Resíduos de Agrotóxicos (praquicidas): Definições: Deverão ser definidos outros termos, se for o
Quando for o caso deverá ser fixada a quantidade máxima caso, que melhor permitam a total compreensão da proposta.
que poderá permanecer no produto final.
m) Projeto Industrial:
Resíduos de drogas veterinárias:
Quando for o caso deverá ser fixada a quantidade máxima SubProjeto da Qualidade:
que poderá permanecer no produto final.
- Sistema da Garantia de Qualidade.
Resíduos dos aditivos dos ingredientes: - Manual das Boas Práticas.
Deverão ser estabelecidas as quantidades permitidas de - Programa de Proteção à Saúde do Trabalhador.
aditivos que foram agregados aos ingredientes e -Sistema de armazenagem, transporte, utilização,
permanecem no produto final, mesmo sem terem sido comercialização, inclusive importação e exportação.
acionados aos mesmos. - Programa de atendimento ao consumidor.
- Sistema de seleção e qualificação profissional.
Contaminantes inorgânicos: - Sistema de avaliação e controle.
Deverão ser indicados os contaminantes inorgânicos e seus
limites máximos. NOTA: Deverão ser mantidos registros de controle sistêmico
dos pontos críticos, de forma a permitir a avaliação pela
Outros contaminantes: inspeção oficial, da eficácia e efetividade do sistema de
Deverão ser indicados outros contaminantes possíveis garantia da qualidade adotado pelo estabelecimento.
segundo o produto e seus limites máximos.
VII - DISPOSIÇÕES GERAIS:
g) Critérios macroscópios, microscópios e
microbiológicos: - As propostas de Padrão de Identidade e Qualidade para
Deverão ser cumpridas as normas específicas. produtos na área de alimentos, devidamente assinadas pelo
Responsável Técnico pela sua elaboração e/ou
h) Pesos e Medidas: Nota: deverão ser cumpridas as implementação deverão ser apresentadas, em conjunto com
normas específicas do Órgão competente (INMETRO). as propostas de boas práticas gentílicas, à Secretaria de
Vigilância Sanitária (SVS/MS), através dos Serviços de
i) Rotulagem: Deverão ser cumpridas as normas Vigilância Sanitária Estaduais, com vistas à sua divulgação,
específicas. através do Diário Oficial da União (D.O.U.) como proposta
provisória, sujeitas à avaliação no prazo previsto.
j) Métodos de Análise: Deverão ser indicados os métodos
de análises para a determinação dos parâmetros que - A avaliação das propostas de PIQ's a que se refere o item
permitam verificar as características físico-químicas, os anterior, possibilitará questionamentos, devidamente
parâmetros macroscópicos, microscópicos e fundamentados, por parte dos interessados. Caso não haja
microbiológicos do produto, baseados em métodos questionamento, e, sendo aprovada pela SVS / MS, o PIQ
internacionalmente aceitos. será considerado como Padrão Nacional para o produto
específico após decurso do prazo estabelecido.
k) Amostragem: Deverá ser indicado em cada norma, o
método de amostragem baseado em métodos - Nos casos em que a SVS/MS julgar a necessidade de
internacionalmente aceitos. pesquisas posteriores, estas serão solicitadas ao(s)
interessado(s) no sentido de desenvolver estudos junto a
l) Informação para o Consumidor: Deverão ser instituições de ensino e/ou pesquisas. As conclusões dos
apresentadas informações fundamentadas referentes a : trabalhos deverão ser apresentadas à SVS / MS para
• teor nutricional avaliação final e, caso atendidos os questionamentos,
• prazo de validade publicação em D.O.U..
• condições ideais de utilização e conservação
• cuidados na reutilização
• impropriedades para o consumo
30
Capítulo Elaborado por Tânia Muzy
- Garantia da Qualidade: É a comprovação da eficácia e da
efetividade do Sistema de Garantia da Qualidade adotado
REGULAMENTO TÉCNICO PARA O ESTABELECIMENTO pelo estabelecimento produtor e/ou prestador de serviços,
DE PADRÕES DE IDENTIDADE E QUALIDADE ( PIQ's ) quanto aos controles higiênico-sanitários e nutricional.
PARA SERVIÇOS NA ÁREA DEALIMENTOS
Esse sistema deve ser avaliado considerando, inclusive a sua
I - CONCEITO: forma de organização, operacionalização, e avaliação.
- Serviços relacionados indiretamente com a Saúde: São As propostas de padrão de Identidade e Qualidade para
estabelecimentos que desenvolvem ações de apoio nas serviços na área de alimentos serão previamente avaliadas
etapas intermediárias na cadeia alimentar. por instituições de ensino e/ou pesquisa, devidamente
31
Capítulo Elaborado por Tânia Muzy
Para Trabalhador
credenciadas para este fim, pelo Órgão de Vigilância - Melhoria de suas condições nutricionais e qualidade de
Sanitária. vida;
- Aumento de sua capacidade física;
- Aumento de resistência à fadiga;
Estas instituições emitirão laudo técnico, com enfoque de - Aumento de resistência a doenças;
risco à saúde, em toda a cadeia alimentar, que servirá de - Redução de riscos de acidentes de trabalho.
base ao estabelecimento das Boas Práticas.
Para Empresas
A avaliação das propostas de PIQ's , a que se refere o item - Aumento de produtividade;
anterior , será feita com o enfoque de risco à saúde, - Maior integração entre trabalhador e empresa;
- Redução do absenteísmo (atrasos e faltas);
considerando-se as seguintes características de propriedade:
- Redução da rotatividade;
- Isenção de encargos sociais sobre o valor da alimentação
• higiênico-sanitário fornecida;
• saúde do trabalhador - Incentivo fiscal (dedução de até quatro por cento no imposto
• condições ambientais de renda devido).
• conversão do valor nutricional do produto quando for
Para o Governo
o caso - Redução de despesas e investimentos na área da saúde;
• relação com o consumidor / usuário - Crescimento da atividade econômica;
- Bem-estar social.
Estas propostas deverão ser apresentadas ao Órgão de
Vigilância Sanitária, por ocasião do pedido de autorização de Modalidades de Serviços de Alimentação
funcionamento dos estabelecimentos prestadores de A empresa poderá optar pelas seguintes modalidades de
serviços, acompanhadas dos respectivos laudos da serviços:
Instituição credenciada, nos termos dos parágrafos
anteriores, bem como das respectivas propostas de Boas - Autogestão (serviço próprio)
Práticas.
A empresa beneficiária assume toda a responsabilidade pela
Os serviços de Vigilância Sanitária estaduais e municipais elaboração das refeições, desde a contratação de pessoal
estabelecerão normas necessárias ao cumprimento do até a distribuição aos usuários.
estabelecido nos itens anteriores. - Terceirização (Serviços de terceiros)
• Prioriza o atendimento aos trabalhadores de baixa renda, Esta modalidade dispõe das seguintes opções:
isto é, aqueles que ganham até cinco salários mínimos Refeição transportada:
mensais. A refeição é preparada em cozinha industrial e transportada
até o local de trabalho; Administração de cozinha e refeitório
• Estruturado na parceria entre Governo, empresa e A empresa beneficiária contrata os serviços de uma terceira,
trabalhador; que utiliza as instalações da primeira para o preparo e
distribuição das refeições;
• Tem como unidade gestora a Secretaria de Inspeção do
Trabalho / Departamento de Segurança e Saúde no Refeição convênio:
Trabalho; Os empregados da empresa beneficiária fazem suas
refeições em restaurantes conveniados com empresas
• A adesão ao PAT poderá ser efetuada a qualquer tempo operadoras de vales, tíquetes, cupons, cheques, etc;
e, uma vez realizada, terá validade por prazo
indeterminado, podendo ser cancelada por iniciativa da
Alimentação convênio:
beneficiária ou pelo Ministério do Trabalho e Emprego,
A empresa beneficiária fornece senhas, tíquetes, etc,
em razão da execução inadequada do Programa.
para aquisição de gêneros alimentícios em estabelecimentos
comerciais;
• Participação do trabalhador limitada a 20% do custo
Cesta de alimentos
direto da refeição.
A empresa beneficiária fornece os alimentos em embalagens
especiais, garantindo ao trabalhador ao menos uma refeição
Benefícios:
diária.
32
Capítulo Elaborado por Tânia Muzy
calculados com base nos seguintes valores diários de
Objetivo referência para macro e micronutrientes:
Altera os parâmetros nutricionais do Programa de I - as refeições principais (almoço, jantar e ceia) deverão
Alimentação do Trabalhador - PAT. conter de seiscentas a oitocentas calorias, admitindo-se um
acréscimo de vinte por cento (quatrocentas calorias) em
OS MINISTROS DE ESTADO DO TRABALHO E EMPREGO, relação ao Valor Energético Total –VET de duas mil calorias
DA FAZENDA, DA SAÚDE, DA PREVIDÊNCIA SOCIAL E por dia e deverão corresponder a faixa de 30- 40% (trinta a
DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME, quarenta por cento) do VET diário;
no uso das atribuições que lhes conferem o art. 87, inciso II,
da Constituição, e no § 4º do art. 1º do Decreto nº 5, de 14 de II - as refeições menores (desjejum e lanche) deverão conter
janeiro de 1991, resolvem: de trezentas a quatrocentas calorias, admitindo-se um
acréscimo de vinte por cento (quatrocentas calorias) em
Art. 1º O art. 5º da Portaria Interministerial nº 5, de 30 de relação ao Valor Energético Total de duas mil calorias por dia
novembro de 1999, publicada no Diário Oficial da União de 3 e deverão corresponder a faixa de 15 - 20 % (quinze a vinte
de dezembro de 1999, passa a vigorar com a seguinte por cento) do VET diário;
redação:
III - as refeições principais e menores deverão seguir a
Portaria Interministerial nº 5 seguinte distribuição de macronutrientes, fibra e sódio:
INSTRUÇÃO NORMATIVA SDA Nº 51, DE 14 DE AGOSTO Documentação necessária para formalização de Processo:
DE 2002.
- requerimento dirigido ao Delegado da DFA solicitando
O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA - relacionamento;
SUBSTITUTO, DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, - termo de compromisso de acatamento da Legislação
PECUÁRIA E DO ABASTECIMENTO, no uso da atribuição pertinente;
que lhe confere o art. 83, inciso IV, do Regimento Interno da - contrato Social registrado na Junta Comercial;
Secretaria, aprovado pela Portaria Ministerial nº 574, de 8 de - cartão do Cadastro Nacional Pessoa Jurídica (CNPJ);
dezembro de 1998, e o que consta do Processo nº - alvará de funcionamento da Prefeitura;
21000.007786/2000-74, resolve: - projeto arquitetônico;
- planta baixa do estabelecimento, escala (1:100);
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico que estabelece os - planta de situação, escala (1:500);
Requisitos Mínimos Operacionais das Instalações e - cortes e fechadas, escala (1:50);
Equipamentos na Produção de Cestas de Alimentos e - memorial descritivo da construção;
Similares, anexo a esta Instrução Normativa. - memorial econômico/sanitário;
- fluxograma operacional detalhado;
Art. 2º Estabelecer o prazo até 31 de dezembro de 2002, para - declaração de responsabilidade técnica (RT), com o devido
as indústrias se adequarem ao novo Regulamento Técnico. registro no órgão competente;
- análise físico-química e microbiológica da água de
Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de abastecimento.
sua publicação.
1.3.2. Análise da documentação
Art. 4º Revogar a Instrução Normativa nº 31, de 10 de julho Recebida a documentação, faz-se uma análise da mesma e,
de 2001, e a Instrução Normativa nº 33, de 23 de maio de estando em conformidade, será encaminhada para
2002. formalização de processo.
34
Capítulo Elaborado por Tânia Muzy
e) não possuam embalagens abertas e/ou violadas ou com
comprovar as informações contidas no Memorial Descritivo qualquer tipo de alteração, quando comparada com a
do Estabelecimento. condição original;
Estando em conformidade, será emitido Laudo de Vistoria
favorável à emissão do Título de Relacionamento. f) possam ser mantidos nas condições estabelecidas pelo
fabricante;
Havendo não conformidade, será dada ciência ao cliente.
Sanadas as pendências, realizar-se-á outra vistoria “in loco” g) atendam a legislação metrológica do Instituto Nacional
para emissão de Laudo de Vistoria favorável ao respectivo de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
Título de Relacionamento. (INMETRO).
2. Critérios Técnicos - (1) O prazo máximo recomendado para abertura deve ser
2.1. Componentes das Cestas de Alimentos e Similares. aquele que contemple o prazo de menor validade dos
2.1.1. Somente poderão ser utilizados componentes que: componentes da cesta.
2.3.12. As áreas de guarda de lixo devem ser isoladas e 2.5.1. As áreas de armazenamento devem ser mantidas livres
específicas para esse fim, com pisos e paredes laváveis. de resíduos e sujeiras para evitar a presença de insetos e
roedores.
2.3.13. As portas e acessos, enquanto não em uso, devem
ser mantidos fechados e com abertura máxima de 1,0 cm do 2.5.2. As embalagens devem ser armazenadas sobre
piso. Se necessário, devem ser instaladas cortinas de ar ou estrados limpos em bom estado de conservação e nunca em
cortinas plásticas para evitar a entrada de pragas. contato com o piso.
2.3.14. As empresas que também realizem beneficiamento 2.5.3. Devem ser armazenadas de forma a não receber luz
e/ou fracionamento de alimentos de origem vegetal deverão solar direta.
fazê-lo em área distinta daquela de produção das Cestas de
Alimentos e Similares. 2.5.4. Devem ser armazenadas, no mínimo, 50 cm distantes
da parede para permitir: limpeza, arejamento, inspeção e
2.4. Armazenagem dos Componentes das Cestas de operação de controle de pragas.
Alimentos e Similares
2.5.5. Não devem ser arremessadas ou arrastadas, devendo
2.4.1. Só podem ser armazenados os produtos que tenham ser empilhadas de acordo com os critérios estabelecidos pela
passado por inspeção de recebimento. empresa. O empilhamento deverá ser alinhado e em blocos
regulares.
2.4.2. As áreas de armazenamento devem ser mantidas livres
de resíduos e sujeiras para evitar a presença de insetos e 2.5.6. As embalagens deverão ser inspecionadas visualmente
roedores. antes do embarque, para verificação de irregularidades.
36
Capítulo Elaborado por Tânia Muzy
b) evidência de liderança e comprometimento da alta
2.5.7. As embalagens de retorno e avariadas deverão ser administração com o Sistema de Gestão da Qualidade,
armazenadas em áreas demarcadas e identificadas, nunca
sendo indispensável que seja definido um representante,
com o estoque normal.
com a responsabilidade de desenvolver, implantar e
2.6. Pessoal aperfeiçoar continuamente este Sistema;
c) definição da forma pela qual a Política da Qualidade é de
Todos os funcionários, operacionais ou não, deverão receber
treinamento técnico, operacional e higiênico sanitário no ato conhecimento e é compreendida por todos na empresa;
da contratação e, sempre que se fizer necessário, d) definição da filosofia pela qual a empresa se relaciona
treinamentos específicos para a sua atividade. Estes
com seus fornecedores, profissionais e clientes.
treinamentos deverão ser registrados e os registros
assinados pelos participantes e ministrantes dos cursos.
3.2. Procedimentos de Execução
2.7. Responsabilidade Técnica A empresa deve elaborar e implantar procedimentos escritos
que definam a forma especificada de executar as seguintes
As empresas produtoras de Cestas de Alimentos e Similares atividades:
devem possuir um responsável técnico, legalmente habilitado
e regularmente inscrito no respectivo conselho de classe. a) seleção dos fornecedores dos produtos que compõem as
cestas de alimentos;
2.8. Avaliação dos Fornecedores
Os fornecedores deverão ser qualificados de acordo com b) elaboração, aprovação, revisão e arquivo dos
critérios e procedimentos adotados pela empresa produtora documentos que compõem o Sistema de Gestão da
de Cestas de Alimentos e Similares. Qualidade;
2.9. Inspeção de Recebimento dos Componentes c) seleção dos produtos que comporão as cestas de
A empresa produtora de Cestas de Alimentos e Similares alimentos;
deve executar inspeção de recebimento de acordo com o
plano da qualidade e o procedimento documentado, d) inspeções efetuadas no recebimento, no empacotamento
mantendo registros apropriados para comprovar a evidência dos produtos e nos produtos retalhados, bem como nas
da conformidade aos requisitos especificados para os cestas de alimentos, ao final do empacotamento e
componentes. imediatamente antes da expedição, definindo os itens a
avaliar e os critérios de aceitação ou rejeição, bem como
2.10. Controle Integrado de Pragas a forma de registro dos resultados das inspeções;
Devem ser implantados procedimentos de boas práticas, de
modo a prevenir ou minimizar a presença de insetos e e) identificação e rastreabilidade dos produtos recebidos e
roedores. A aplicação de pesticidas só deve ser realizada armazenados, bem como das cestas de alimentos,
quando adotadas todas as medidas de prevenção, só desde o empacotamento até o recebimento pelo cliente;
podendo ser utilizados produtos registrados nos órgãos
oficiais competentes e aplicados por empresas legalmente f) manuseio e empacotamento dos produtos nas cestas,
habilitadas. Devem ser mantidos registros apropriados. contemplando, ainda, a expedição das cestas de
alimentos.
2.11. Controle de Água
A água utilizada para consumo direto ou na limpeza das g) armazenamento dos:
instalações deve ser tratada e controlada por meio de - produtos liberados que comporão as cestas de alimentos,
análises laboratoriais periódicas, sendo obrigatória a evidenciando o controle dos prazos de validade e o uso, em
existência de reservatório isento de rachaduras, sempre primeiro lugar dos que terão os prazos de validade expirados
tampado, devendo ser limpo e desinfetado, quando instalado mais cedo;
e a cada seis meses, ou quando da ocorrência de acidentes - produtos recebidos e ainda não inspecionados, deixando
que possam contaminar a água. Devem ser mantidos claro sua segregação dos já liberados;
registros apropriados. - das cestas de alimentos, evidenciando o controle dos
prazos de validade da cesta e de seu conteúdo e
3. Parâmetros do Sistema de Gestão da Qualidade assegurando as condições de consumo ao cliente final;
- dos produtos e das cestas de alimentos rejeitados nas
3.1. Política da Qualidade inspeções.
A empresa deve dispor de uma Política da Qualidade,
assinada por sua alta administração, contemplando pelo h) relacionamento com os clientes, contemplando:
menos os seguintes tópicos: - seus dados cadastrais;
- a forma de identificação de suas expectativas;
a) descrição resumida da razão de ser ou da visão de - a forma de avaliação do grau de satisfação dos clientes.
futuro, apropriada ao propósito da empresa;
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Capítulo Elaborado por Tânia Muzy
c) responsabilidades;
3.3. Planos de Trabalho d) análise crítica dos resultados;
e) forma de identificação e segregação dos produtos e cestas
A empresa deve elaborar e implantar os seguintes Planos de
Trabalho, com conteúdos discriminados abaixo: não conformes.
a) descrição das competências necessárias para o pessoal; A empresa deve dispor de registros, prontamente
b) forma de identificação e avaliação do pessoal; identificáveis e recuperáveis, em prazo por ela estipulado,
para os seguintes documentos:
c) forma de identificação das necessidades de treinamento;
d) programação anual de treinamento; a) procedimentos de Execução;
b) plano de Trabalho;
c) pedidos e Contratos com os Clientes;
e) conteúdo programático dos cursos típicos da empresa, em d) certificados de Análises Laboratoriais Periódicos da Água;
particular dos de hábitos higiênicosanitários; e) certificados de Aferição e Calibração dos Aparelhos e
f) registros de treinamento. Instrumentos de Medir;
f) registros dos Resultados das Inspeções, Auditorias Internas
3.3.2 Atribuições e Responsabilidades:
e Análises Críticas.
a) do membro da direção responsável pelo Sistema de
Gestão da Qualidade;
b) do responsável técnico;
c) do supervisor da produção; BOM ESTUDO!!
d) do inspetor da qualidade, que não pode superpor com o
supervisor da produção.