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substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos,
que apresentam riscos à saúde do trabalhador; materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios na prestação de serviços de
IV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam à assistência à saúde da população;
saúde;
XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os
V - informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade níveis de assistência; e
sindical e às empresas sobre os riscos de acidentes de
trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar
resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e duplicidade de meios para fins idênticos.
exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão,
respeitados os preceitos da ética profissional; Organização, direção e gestão:
Art.8º - Ações e serviços --- organização (1) hierarquizada
VI - participação na normatização, fiscalização e controle e (2) regionalizada.
dos serviços de saúde do trabalhador nas instituições e
empresas públicas e privadas; Direção (Art.9º):
o União --- Ministério da Saúde;
VII - revisão periódica da listagem oficial de doenças o Estados --- Secretaria Estadual de Saúde;
originadas no processo de trabalho, tendo na sua o Municípios --- Secretaria Municipal de Saúde.
elaboração a colaboração das entidades sindicais; e
Art.10º - Os municípios poderão realizar consórcios para
VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer desenvolvimento de ações e serviços.
ao órgão competente a interdição de máquina, de setor de
serviço ou de todo ambiente de trabalho, quando houver Gestão:
exposição a risco iminente para a vida ou saúde dos
trabalhadores. Art.12º - Criação de Comissões Intersetoriais,
subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde, com
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os finalidade de políticas e programas de interesse à saúde,
serviços privados contratados ou conveniados que abrangendo (Art. 13º):
integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são o Alimentação e Nutrição;
desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. o Saneamento e meio ambiente;
198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos o Vigilância sanitária;
seguintes princípios: o Recursos humanos;
o Ciência e tecnologia;
I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em o Saúde do trabalhador.
todos os níveis de assistência;
Art. 14-A. As Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite
II - integralidade de assistência, entendida como conjunto são reconhecidas como foros de negociação e pactuação
articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e entre gestores, quanto aos aspectos operacionais do
curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso Sistema Único de Saúde (SUS). (Incluído pela Lei nº
em todos os níveis de complexidade do sistema; 12.466, de 2011).
III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de Parágrafo único. A atuação das Comissões Intergestores
sua integridade física e moral; Bipartite e Tripartite terá por objetivo: (Incluído pela Lei nº
12.466, de 2011).
IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos
ou privilégios de qualquer espécie; I - decidir sobre os aspectos operacionais, financeiros e
administrativos da gestão compartilhada do SUS, em
V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua conformidade com a definição da política consubstanciada
saúde; em planos de saúde, aprovados pelos conselhos de
saúde; (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).
VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos
serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário; II - definir diretrizes, de âmbito nacional, regional e
intermunicipal, a respeito da organização das redes de
VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de ações e serviços de saúde, principalmente no tocante à
prioridades, a alocação de recursos e a orientação sua governança institucional e à integração das ações e
programática; serviços dos entes federados; (Incluído pela Lei nº 12.466,
de 2011).
VIII - participação da comunidade;
III - fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, distrito
IX - descentralização político-administrativa, com direção sanitário, integração de territórios, referência e
única em cada esfera de governo: contrarreferência e demais aspectos vinculados à
integração das ações e serviços de saúde entre os entes
a) ênfase na descentralização dos serviços para os federados. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).
municípios;
Art. 14-B. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde
b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais
saúde; de Saúde (Conasems) são reconhecidos como entidades
representativas dos entes estaduais e municipais para
X - integração em nível executivo das ações de saúde, tratar de matérias referentes à saúde e declarados de
meio ambiente e saneamento básico; utilidade pública e de relevante função social, na forma do
regulamento. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).
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§ 1o O Conass e o Conasems receberão recursos do complementada pelos Estados, Distrito Federal e
orçamento geral da União por meio do Fundo Nacional de Municípios;
Saúde, para auxiliar no custeio de suas despesas
institucionais, podendo ainda celebrar convênios com a VIII - estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o
União. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011). controle da qualidade sanitária de produtos, substâncias e
serviços de consumo e uso humano;
§ 2o Os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde
(Cosems) são reconhecidos como entidades que IX - promover a articulação com os órgãos educacionais e
representam os entes municipais, no âmbito estadual, para de fiscalização do exercício profissional, bem como com
tratar de matérias referentes à saúde, desde que entidades representativas de formação de recursos
vinculados institucionalmente ao Conasems, na forma que humanos na área de saúde;
dispuserem seus estatutos. (Incluído pela Lei nº 12.466, de
2011). X - formular, avaliar, elaborar normas e participar na
execução da política nacional e produção de insumos e
Atribuições comuns (Art.15): equipamentos para a saúde, em articulação com os
- controle, avaliação e fiscalização das ações e serviços; demais órgãos governamentais;
- administração dos recursos orçamentários e financeiros;
- acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de XI - identificar os serviços estaduais e municipais de
saúde; referência nacional para o estabelecimento de padrões
- organização do SIS; técnicos de assistência à saúde;
- normas técnicas e parâmetros de qualidade;
- elaboração/atualização do plano de saúde; XII - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e
- formulação e execução da política de RH; substâncias de interesse para a saúde;
- proposta orçamentária;
- realização de operações externas autorizadas pelo XIII - prestar cooperação técnica e financeira aos Estados,
Senado; ao Distrito Federal e aos Municípios para o
- atendimento de necessidades urgentes e transitórias aperfeiçoamento da sua atuação institucional.
decorrentes de calamidades.
- propor celebração de convênios, acordos e protocolos; XIV - elaborar normas para regular as relações entre o
- articulação com órgãos de fiscalização do exercício Sistema Único de Saúde-SUS e os serviços privados
profissional; contratados de assistência à saúde;
- realizar pesquisas e estudos na área da saúde;
- fomentar, coordenar e executar programas e projetos XV - promover a descentralização, para as Unidades
estratégicos e de atendimento emergencial. Federadas e para os Municípios, dos serviços e ações de
saúde, respectivamente, de abrangência estadual e
municipal;
SEÇÃO II
Da Competência XVI - normatizar e coordenar nacionalmente o Sistema
Nacional de Sangue, Componentes e Derivados;
Art. 16. À direção nacional do Sistema Único de Saúde-
SUS compete: XVII - acompanhar, controlar e avaliar as ações e os
serviços de saúde, respeitadas as competências Estaduais
I - formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e e Municipais;
nutrição;
XVIII - elaborar o planejamento estratégico nacional no
II - participar na formulação e na implementação das âmbito do SUS em cooperação técnica com os Estados,
políticas: Municípios e Distrito Federal;
a) de controle das agressões ao meio ambiente;
b) de saneamento básico; e XIX - estabelecer o Sistema Nacional de Auditoria e
c) relativas às condições e aos ambientes de trabalho; coordenar a avaliação técnica e financeira do SUS, em
todo o território nacional, em cooperação técnica com os
III - definir e coordenar os sistemas: Estados, Municípios e Distrito Federal.
a) de redes integradas de assistência de alta
complexidade; Parágrafo único. A União poderá executar ações de
b) de rede de laboratórios de saúde pública; vigilância epidemiológica e sanitária em circunstâncias
c) de vigilância epidemiológica; e especiais, como na ocorrência de agravos inusitados à
d) de vigilância sanitária. saúde, que possam escapar do controle da direção
estadual do Sistema Único de Saúde-SUS ou que
IV - participar da definição de normas e mecanismos de representam risco de disseminação nacional.
controle, com órgãos afins, de agravos sobre o meio
ambiente, ou deles decorrentes, que tenham repercussão Art. 17. - À direção estadual do Sistema Único de
na saúde humana; Saúde-SUS compete:
V - participar da definição de normas, critérios e padrões I - promover a descentralização, para os Municípios, dos
para controle das condições e dos ambientes de trabalho e serviços e das ações de saúde;
coordenar a política de saúde do trabalhador;
II - acompanhar, controlar e avaliar as redes
VI - coordenar e participar na execução das ações de hierarquizadas do Sistema Único de Saúde- SUS.
vigilância epidemiológica;
VII - estabelecer normas e executar a vigilância sanitária III - prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e
de portos, aeroportos e fronteiras, podendo a execução ser executar supletivamente ações e serviços de saúde;
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IV - coordenar e, em caráter complementar, executar
ações e serviços: VIII - gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros;
a) de vigilância epidemiológica;
b) de vigilância sanitária; IX - colaborar com a União e com os Estados na execução
c) de alimentação e nutrição; e da vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras;
d) de saúde do trabalhador;
X - observado o disposto no artigo 26 desta lei, celebrar
V - participar, junto com órgãos afins, do controle dos contratos e convênios com entidades prestadoras de
agravos do meio ambiente que tenham repercussão na serviços privados de saúde, bem como controlar e avaliar
saúde humana; sua execução;
VII - participar das ações de controle e avaliação das XII - normatizar complementarmente as ações e serviços
condições e dos ambientes de trabalho; públicos de saúde no seu âmbito de atuação.
XI - estabelecer normas, em caráter suplementar, para o Art. 19-D. O SUS promoverá a articulação do Subsistema
controle e a avaliação das ações e serviços de saúde; instituído por esta Lei com os órgãos responsáveis pela
Política Indígena do País.
XII - formular normas estabelecer padrões, em caráter
suplementar, de procedimentos de controle de qualidade Art. 19-E. Os Estados, Municípios, outras instituições
para produtos e substâncias de consumo humano; governamentais e não-governamentais poderão atuar
complementarmente no custeio e execução das ações.
XIII - colaborar com a União na execução da vigilância
sanitária de portos, aeroportos e fronteiras; Art. 19-F. Dever-se-á obrigatoriamente levar em
consideração a realidade local e as especificidades da
XIV - acompanhar, avaliar e divulgar os indicadores de cultura dos povos indígenas e o modelo a ser adotado
morbidade e mortalidade no âmbito da unidade federada. para a atenção à saúde indígena, que se deve pautar por
uma abordagem diferenciada e global, contemplando os
Art. 18. À direção municipal do Sistema Único de aspectos de assistência à saúde, saneamento básico,
Saúde-SUS, compete: nutrição, habitação, meio ambiente, demarcação de terras,
educação sanitária e integração institucional.
I - planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os
serviços de saúde e gerir e executar os serviços públicos Art. 19-G. O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena
de saúde; deverá ser, como o SUS, descentralizado, hierarquizado e
regionalizado.
II - participar do planejamento, programação e organização
da rede regionalizada e hierarquizada do Sistema Único de § 1º O Subsistema de que trata o caput deste artigo terá
Saúde-SUS, em articulação com sua direção estadual; como base os Distritos Sanitários Especiais Indígenas.
III - participar da execução, controle e avaliação das ações § 2º O SUS servirá de retaguarda e referência ao
referentes às condições e aos ambientes de trabalho; Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, devendo, para
isso, ocorrer adaptações na estrutura e organização do
IV - executar serviços: SUS nas regiões onde residem as populações indígenas,
a) de vigilância epidemiológica; para propiciar essa integração e o atendimento necessário
b) de vigilância sanitária; em todos os níveis, sem discriminações.
c) de alimentação e nutrição;
d) de saneamento básico; e § 3º As populações indígenas devem ter acesso garantido
e) de saúde do trabalhador; ao SUS, em âmbito local, regional e de centros
especializados, de acordo com suas necessidades,
V - dar execução, no âmbito municipal, à política de compreendendo a atenção primária, secundária e terciária
insumos e equipamentos para a saúde; à saúde.
VI - colaborar na fiscalização das agressões ao meio Art. 19-H. As populações indígenas terão direito a
ambiente, que tenham repercussão sobre a saúde participar dos organismos colegiados de formulação,
humana, e atuar, junto aos órgãos municipais, estaduais e acompanhamento e avaliação das políticas de saúde, tais
federais competentes, para controlá-las; como o Conselho Nacional de Saúde e os Conselhos
Estaduais e Municipais de Saúde, quando for o caso.
VII - formar consórcios administrativos intermunicipais;
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SUBSISTEMA DE ATENDIMENTO E custo-efetividade para as diferentes fases evolutivas da
INTERNAÇÃO DOMICILIAR doença ou do agravo à saúde de que trata o protocolo.
(acrescentado pela Lei 10.424, 15/04/02)
Art. 19-P. Na falta de protocolo clínico ou de diretriz
terapêutica, a dispensação será realizada:
Art. 19-I. São estabelecidos, no âmbito do Sistema Único
de Saúde, o atendimento domiciliar e a internação I - com base nas relações de medicamentos instituídas
domiciliar. pelo gestor federal do SUS, observadas as competências
estabelecidas nesta Lei, e a responsabilidade pelo
§ 1º Na modalidade de assistência de atendimento e fornecimento será pactuada na Comissão Intergestores
Internação domiciliares incluem-se, principalmente, os Tripartite;
procedimentos médicos, de enfermagem, fisioterapêuticos,
psicológicos e de assistência social, entre outros II - no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de
necessários ao cuidado integral dos pacientes em seu forma suplementar, com base nas relações de
domicílio. medicamentos instituídas pelos gestores estaduais do
SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será
§ 2º O atendimento e a internação domiciliares serão pactuada na Comissão Intergestores Bipartite;
realizados por equipes multidisciplinares que atuarão nos
níveis da medicina preventiva, terapêutica e reabilitadora. III - no âmbito de cada Município, de forma suplementar,
com base nas relações de medicamentos instituídas pelos
§ 3º O atendimento e a internação domiciliares só poderão gestores municipais do SUS, e a responsabilidade pelo
ser realizados por indicação médica, com expressa fornecimento será pactuada no Conselho Municipal de
concordância do paciente e de sua família. Saúde.
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III - realização de consulta pública que inclua a divulgação Art. 30. As especializações na forma de treinamento em
do parecer emitido pela Comissão Nacional de serviço sob supervisão serão regulamentadas por
Incorporação de Tecnologias no SUS; Comissão Nacional, instituída de acordo com o art. 12
desta Lei, garantida a participação das entidades
IV - realização de audiência pública, antes da tomada de profissionais correspondentes.
decisão, se a relevância da matéria justificar o evento.
Art. 31. O orçamento da seguridade social destinará ao
Art. 19-T. São vedados, em todas as esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) de acordo com a receita
SUS: estimada, os recursos necessários à realização de suas
finalidades, previstos em proposta elaborada pela sua
I - o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de direção nacional, com a participação dos órgãos da
medicamento, produto e procedimento clínico ou cirúrgico Previdência Social e da Assistência Social, tendo em vista
experimental, ou de uso não autorizado pela Agência as metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes
Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA; Orçamentárias.
II - a dispensação, o pagamento, o ressarcimento ou o Art. 32. São considerados de outras fontes os recursos
reembolso de medicamento e produto, nacional ou provenientes de:
importado, sem registro na Anvisa.”
II - Serviços que possam ser prestados sem prejuízo da
Art. 19-U. A responsabilidade financeira pelo fornecimento assistência à saúde;
de medicamentos, produtos de interesse para a saúde ou
procedimentos de que trata este Capítulo será pactuada III - ajuda, contribuições, doações e donativos;
na Comissão Intergestores Tripartite.
IV - alienações patrimoniais e rendimentos de capital;
Art. 20: Serviços privados de Assistência à Saúde:
o Devem seguir as normas da direção do SUS- Art.21 - A V - taxas, multas, emolumentos e preços públicos
assistência à saúde é livre à iniciativa privada. arrecadados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS);
o A participação de empresas ou capitais estrangeiros é e
vedada, salvo através de doações de órgãos ligados à
ONU (Art. 23). VI - rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais.
o Deve ter autorização da direção do SUS (Art. 23 - § 1º);
o A iniciativa privada só participa quando as § 1° Ao Sistema Único de Saúde (SUS) caberá metade da
disponibilidades da rede assistencial foram insuficientes, receita de que trata o inciso I deste artigo, apurada
em forma de contrato ou convênios (Art.24), com mensalmente, a qual será destinada à recuperação de
preferência de escolha pelas entidades filantrópicas e as viciados.
sem fins lucrativos (Art.25).
o Proprietários, administrados ou gerentes de empresas § 2° As receitas geradas no âmbito do Sistema Único de
contratadas não podem assumir cargo de chefia ou Saúde (SUS) serão creditadas diretamente em contas
confiança no SUS (Art. 26 - § 4º). especiais, movimentadas pela sua direção, na esfera de
poder onde forem arrecadadas.
Art. 27. A política de recursos humanos na área da saúde
será formalizada e executada, articuladamente, pelas § 3º As ações de saneamento que venham a ser
diferentes esferas de governo, em cumprimento dos executadas supletivamente pelo Sistema Único de Saúde
seguintes objetivos: (SUS), serão financiadas por recursos tarifários específicos
e outros da União, Estados, Distrito Federal, Municípios e,
I - organização de um sistema de formação de recursos em particular, do Sistema Financeiro da Habitação (SFH).
humanos em todos os níveis de ensino, inclusive de pós-
graduação, além da elaboração de programas de § 5º As atividades de pesquisa e desenvolvimento
permanente aperfeiçoamento de pessoal; científico e tecnológico em saúde serão co-financiadas
pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pelas universidades
IV - valorização da dedicação exclusiva aos serviços do e pelo orçamento fiscal, além de recursos de instituições
Sistema Único de Saúde (SUS). de fomento e financiamento ou de origem externa e receita
própria das instituições executoras.
Parágrafo único. Os serviços públicos que integram o
Sistema Único de Saúde (SUS) constituem campo de CAPÍTULO II
prática para ensino e pesquisa, mediante normas Da Gestão Financeira
específicas, elaboradas conjuntamente com o sistema
educacional. Art. 33. Os recursos financeiros do Sistema Único de
Saúde (SUS) serão depositados em conta especial, em
Art. 28. Os cargos e funções de chefia, direção e cada esfera de sua atuação, e movimentados sob
assessoramento, no âmbito do Sistema Único de Saúde fiscalização dos respectivos Conselhos de Saúde.
(SUS), só poderão ser exercidas em regime de tempo
integral. § 1º Na esfera federal, os recursos financeiros, originários
do Orçamento da Seguridade Social, de outros
§ 1° Os servidores que legalmente acumulam dois cargos Orçamentos da União, além de outras fontes, serão
ou empregos poderão exercer suas atividades em mais de administrados pelo Ministério da Saúde, através do Fundo
um estabelecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Nacional de Saúde.
§ 2° O disposto no parágrafo anterior aplica-se também § 4º O Ministério da Saúde acompanhará, através de seu
aos servidores em regime de tempo integral, com exceção sistema de auditoria, a conformidade à programação
dos ocupantes de cargos ou função de chefia, direção ou aprovada da aplicação dos recursos repassados a Estados
assessoramento. e Municípios. Constatada a malversação, desvio ou não
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aplicação dos recursos, caberá ao Ministério da Saúde de Saúde (SUS), e seu financiamento será previsto na
aplicar as medidas previstas em lei. respectiva proposta orçamentária.
Art. 34. As autoridades responsáveis pela distribuição da § 2º É vedada a transferência de recursos para o
receita efetivamente arrecadada transferirão financiamento de ações não previstas nos planos de
automaticamente ao Fundo Nacional de Saúde (FNS), saúde, exceto em situações emergenciais ou de
observado o critério do parágrafo único deste artigo, os calamidade pública, na área de saúde.
recursos financeiros correspondentes às dotações
consignadas no Orçamento da Seguridade Social, a Art. 37. O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as
projetos e atividades a serem executados no âmbito do diretrizes a serem observadas na elaboração dos planos
Sistema Único de Saúde (SUS). de saúde, em função das características epidemiológicas e
da organização dos serviços em cada jurisdição
Parágrafo único. Na distribuição dos recursos financeiros administrativa.
da Seguridade Social será observada a mesma proporção
da despesa prevista de cada área, no Orçamento da Art. 38. Não será permitida a destinação de subvenções e
Seguridade Social. auxílios a instituições prestadoras de serviços de saúde
com finalidade lucrativa.
Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem
transferidos a Estados, Distrito Federal e Municípios, será DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
utilizada a combinação dos seguintes critérios, segundo
análise técnica de programas e projetos: Art. 39. § 5º A cessão de uso dos imóveis de propriedade
do Inamps para órgãos integrantes do Sistema Único de
I - perfil demográfico da região; Saúde (SUS) será feita de modo a preservá-los como
patrimônio da Seguridade Social.
II - perfil epidemiológico da população a ser coberta;
§ 6º Os imóveis de que trata o parágrafo anterior serão
III - características quantitativas e qualitativas da rede de inventariados com todos os seus acessórios,
saúde na área; equipamentos e outros bens móveis e ficarão disponíveis
para utilização pelo órgão de direção municipal do Sistema
IV - desempenho técnico, econômico e financeiro no Único de Saúde - SUS ou, eventualmente, pelo estadual,
período anterior; em cuja circunscrição administrativa se encontrem,
mediante simples termo de recebimento.
V - níveis de participação do setor saúde nos orçamentos
estaduais e municipais;
§ 8º O acesso aos serviços de informática e bases de
VI - previsão do plano qüinqüenal de investimentos da dados, mantidos pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério
rede; do Trabalho e da Previdência Social, será assegurado às
Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde ou órgãos
VII - ressarcimento do atendimento a serviços prestados congêneres, como suporte ao processo de gestão, de
para outras esferas de governo. forma a permitir a gerencia informatizada das contas e a
disseminação de estatísticas sanitárias e epidemiológicas
§ 1º Metade dos recursos destinados a Estados e médico-hospitalares.
Municípios será distribuída segundo o quociente de sua
divisão pelo número de habitantes, independentemente de Art. 41. As ações desenvolvidas pela Fundação das
qualquer procedimento prévio. (Revogado pela Lei Pioneiras Sociais e pelo Instituto Nacional do Câncer,
Complementar nº 141, de 2012) (Vide Lei nº 8.142, de supervisionadas pela direção nacional do Sistema Único
1990) de Saúde (SUS), permanecerão como referencial de
prestação de serviços, formação de recursos humanos e
§ 2º Nos casos de Estados e Municípios sujeitos a notório para transferência de tecnologia.
processo de migração, os critérios demográficos
mencionados nesta lei serão ponderados por outros Art. 43. A gratuidade das ações e serviços de saúde fica
indicadores de crescimento populacional, em especial o preservada nos serviços públicos contratados,
número de eleitores registrados. ressalvando-se as cláusulas dos contratos ou convênios
estabelecidos com as entidades privadas.
§ 6º O disposto no parágrafo anterior não prejudica a
atuação dos órgãos de controle interno e externo e nem a Art. 45. Os serviços de saúde dos hospitais universitários e
aplicação de penalidades previstas em lei, em caso de de ensino integram-se ao Sistema Único de Saúde (SUS),
irregularidades verificadas na gestão dos recursos mediante convênio, preservada a sua autonomia
transferidos. administrativa, em relação ao patrimônio, aos recursos
humanos e financeiros, ensino, pesquisa e extensão nos
CAPÍTULO III limites conferidos pelas instituições a que estejam
Do Planejamento e do Orçamento vinculados.
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se ao Sistema Único de Saúde (SUS), conforme se 5° As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde
dispuser em convênio que, para esse fim, for firmado. terão sua organização e normas de funcionamento
definidas em regimento próprio, aprovadas pelo respectivo
Art. 46. o Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecerá conselho.
mecanismos de incentivos à participação do setor privado
no investimento em ciência e tecnologia e estimulará a ------------------------------------------------------------------------------
transferência de tecnologia das universidades e institutos
de pesquisa aos serviços de saúde nos Estados, Distrito RESOLUÇÃO Nº 453, DE 10 DE MAIO DE 2012 - A
Federal e Municípios, e às empresas nacionais. ORGANIZAÇÃO DOS CONSELHOS DE SAÚDE
Art. 47. O Ministério da Saúde, em articulação com os
níveis estaduais e municipais do Sistema Único de Saúde A participação da sociedade organizada, garantida na
(SUS), organizará, no prazo de dois anos, um sistema legislação, torna os Conselhos de Saúde uma instância
nacional de informações em saúde, integrado em todo o privilegiada na proposição, discussão, acompanhamento,
território nacional, abrangendo questões epidemiológicas e deliberação, avaliação e fiscalização da implementação da
de prestação de serviços. Política de Saúde, inclusive nos seus aspectos
econômicos e financeiros.
Art. 50. Os convênios entre a União, os Estados e os
Municípios, celebrados para implantação dos Sistemas A legislação estabelece, ainda, a composição paritária de
Unificados e Descentralizados de Saúde, ficarão usuários em relação ao conjunto dos demais segmentos
rescindidos à proporção que seu objeto for sendo representados. O Conselho de Saúde será composto por
absorvido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). representantes de entidades, instituições e movimentos
representativos de usuários, de entidades representativas
de trabalhadores da área da saúde, do governo e de
Art. 52. Sem prejuízo de outras sanções cabíveis, constitui entidades representativas de prestadores de serviços de
crime de emprego irregular de verbas ou rendas públicas saúde, sendo o seu presidente eleito entre os membros do
(Código Penal, art. 315) a utilização de recursos Conselho, em reunião plenária. Nos Municípios onde não
financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS) em existem entidades, instituições e movimentos organizados
finalidades diversas das previstas nesta lei. em número suficiente para compor o Conselho, a eleição
da representação será realizada em plenária no Município,
LEI 8142/1990 promovida pelo Conselho Municipal de maneira ampla e
DISPÕE SOBRE A PARTICIPAÇÃO DA democrática.
COMUNIDADE E A TRANSFERÊNCIA DE
VALORES ENTRE GOVERNOS. I - O número de conselheiros será definido pelos
Conselhos de Saúde e constituído em lei.
Art. 1° O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a II - Mantendo o que propôs as Resoluções nos 33/92 e
Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, em 333/03 do CNS e consoante com as Recomendações da
cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do 10a e 11a Conferências Nacionais de Saúde, as vagas
Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas: deverão ser distribuídas da seguinte forma:
I - a Conferência de Saúde; e
a)50% de entidades e movimentos representativos de
II - o Conselho de Saúde.
usuários;
1° A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos
com a representação dos vários segmentos sociais, para b)25% de entidades representativas dos trabalhadores
avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a da área de saúde;
formulação da política de saúde nos níveis
correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, c)25% de representação de governo e prestadores de
extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde. serviços privados conveniados, ou sem fins lucrativos.
2° O Conselho de Saúde, em caráter permanente e
deliberativo, órgão colegiado composto por representantes III - A participação de órgãos, entidades e movimentos
do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde sociais terá como critério a representatividade, a
e usuários, atua na formulação de estratégias e no abrangência e a complementaridade do conjunto da
controle da execução da política de saúde na instância sociedade, no âmbito de atuação do Conselho de Saúde.
correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e De acordo com as especificidades locais, aplicando o
financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe princípio da paridade, serão contempladas, dentre outras,
do poder legalmente constituído em cada esfera do as seguintes representações:
governo.
a)associações de pessoas com patologias;
3° O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass)
e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de b)associações de pessoas com deficiências;
Saúde (Conasems) terão representação no Conselho
Nacional de Saúde.
c)entidades indígenas;
4° A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde
e Conferências será paritária em relação ao conjunto dos d)movimentos sociais e populares, organizados
demais segmentos. (movimento negro, LGBT...);
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f)entidades de aposentados e pensionistas; e composição do Conselho Municipal. O mesmo será
atribuído ao Conselho Nacional de Saúde, quando não
g)entidades congregadas de sindicatos, centrais sindicais, houver Conselho Estadual de Saúde constituído ou em
confederações e federações de trabalhadores urbanos e funcionamento.
rurais;
X - As funções, como membro do Conselho de Saúde, não
h)entidades de defesa do consumidor; serão remuneradas, considerando-se o seu exercício de
relevância pública e, portanto, garante a dispensa do
trabalho sem prejuízo para o conselheiro. Para fins de
i)organizações de moradores; justificativa junto aos órgãos, entidades competentes e
instituições, o Conselho de Saúde emitirá declaração de
j)entidades ambientalistas; participação de seus membros durante o período das
reuniões, representações, capacitações e outras
k)organizações religiosas; atividades específicas.
VI - A representação nos segmentos deve ser distinta e 1° Enquanto não for regulamentada a aplicação dos
autônoma em relação aos demais segmentos que critérios previstos no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de
compõem o Conselho, por isso, um profissional com cargo setembro de 1990, será utilizado, para o repasse de
de direção ou de confiança na gestão do SUS, ou como recursos, exclusivamente o critério estabelecido no § 1° do
prestador de serviços de saúde não pode ser mesmo artigo.
representante dos(as) Usuários(as) ou de
Trabalhadores(as). 2° Os recursos referidos neste artigo serão destinados,
pelo menos setenta por cento, aos Municípios, afetando-se
VII - A ocupação de funções na área da saúde que o restante aos Estados.
interfiram na autonomia representativa do Conselheiro(a)
deve ser avaliada como possível impedimento da Art. 4° Para receberem os recursos, de que trata o art. 3°
representação de Usuário(a) e Trabalhador(a), e, a juízo desta lei, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal
da entidade, indicativo de substituição do Conselheiro(a). deverão contar com:
I - Fundo de Saúde;
II - Conselho de Saúde, com composição paritária de
VIII - A participação dos membros eleitos do Poder acordo com o Decreto n° 99.438, de 7 de agosto de 1990;
Legislativo, representação do Poder Judiciário e do III - plano de saúde;
Ministério Público, como conselheiros, não é permitida nos IV - relatórios de gestão que permitam o controle de que
Conselhos de Saúde. trata o § 4° do art. 33 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro
de 1990;
IX - Quando não houver Conselho de Saúde constituído ou V - contrapartida de recursos para a saúde no respectivo
em atividade no Município, caberá ao Conselho Estadual orçamento;
de Saúde assumir, junto ao executivo municipal, a VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos
convocação e realização da Conferência Municipal de e Salários - PCCS, previsto o prazo de dois anos para sua
Saúde, que terá como um de seus objetivos a estruturação implantação.
10
controle clínico; e o acompanhamento e a verificação dos
Parágrafo único. O não atendimento pelos Municípios, ou resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores
pelos Estados, ou pelo Distrito Federal, dos requisitos do SUS.
estabelecidos neste artigo, implicará em que os recursos
concernentes sejam administrados, respectivamente, pelos Art. 3 O SUS é constituído pela conjugação das ações e
Estados ou pela União. serviços de promoção, proteção e recuperação da
saúde executados pelos entes federativos, de forma direta
ou indireta, mediante a participação complementar da
DECRETO Nº 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011 - iniciativa privada, sendo organizado de forma
Regulamenta a Lei no 8.080, de 19 de setembro regionalizada e hierarquizada.
de 1990, para dispor sobre a organização do
Seção I
Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento
da saúde, a assistência à saúde e a articulação Das Regiões de Saúde
interfederativa, e dá outras providências.
Art. 4 As Regiões de Saúde serão instituídas pelo Estado,
em articulação com os Municípios, respeitadas as
Art. 1 Este Decreto regulamenta a Lei no 8.080, de 19 de diretrizes gerais pactuadas na Comissão Intergestores
setembro de 1990, para dispor sobre a organização do Tripartite - CIT a que se refere o inciso I do art. 30.
Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde,
a assistência à saúde e a articulação interfederativa. § 1 Poderão ser instituídas Regiões de Saúde
interestaduais, compostas por Municípios limítrofes, por
Art. 2 Para efeito deste Decreto, considera-se: ato conjunto dos respectivos Estados em articulação com
os Municípios.
I - Região de Saúde - espaço geográfico contínuo
constituído por agrupamentos de Municípios limítrofes, § 2 A instituição de Regiões de Saúde situadas em
delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e áreas de fronteira com outros países deverá respeitar as
sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de normas que regem as relações internacionais.
transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a
organização, o planejamento e a execução de ações e Art. 5 Para ser instituída, a Região de Saúde deve
serviços de saúde; conter, no mínimo, ações e serviços de:
11
ações e serviços de saúde, considerando as Art. 22. O Ministério da Saúde disporá sobre a RENASES
características da Região de Saúde. em âmbito nacional, observadas as diretrizes pactuadas
pela CIT.
Art. 11. O acesso universal e igualitário às ações e aos
serviços de saúde será ordenado pela atenção primária Parágrafo único. A cada dois anos, o Ministério da Saúde
e deve ser fundado na avaliação da gravidade do risco consolidará e publicará as atualizações da RENASES.
individual e coletivo e no critério cronológico, observadas
as especificidades previstas para pessoas com proteção Art. 23. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
especial, conforme legislação vigente. Municípios pactuarão nas respectivas Comissões
Intergestores as suas responsabilidades em relação ao rol
Parágrafo único. A população indígena contará com de ações e serviços constantes da RENASES.
regramentos diferenciados de acesso, compatíveis com
suas especificidades e com a necessidade de assistência Art. 24. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
integral à sua saúde, de acordo com disposições do poderão adotar relações específicas e complementares de
Ministério da Saúde. ações e serviços de saúde, em consonância com a
RENASES, respeitadas as responsabilidades dos entes
CAPÍTULO III pelo seu financiamento, de acordo com o pactuado nas
Comissões Intergestores.
DO PLANEJAMENTO DA SAÚDE
Art. 16. No planejamento devem ser considerados os Parágrafo único. A cada dois anos, o Ministério da Saúde
serviços e as ações prestados pela iniciativa privada, de consolidará e publicará as atualizações da RENAME, do
forma complementar ou não ao SUS, os quais deverão respectivo FTN e dos Protocolos Clínicos e Diretrizes
compor os Mapas da Saúde regional, estadual e nacional. Terapêuticas.
Art. 17. O Mapa da Saúde será utilizado na identificação Art. 28. O acesso universal e igualitário à assistência
das necessidades de saúde e orientará o planejamento farmacêutica pressupõe, cumulativamente:
integrado dos entes federativos, contribuindo para o
estabelecimento de metas de saúde. I - estar o usuário assistido por ações e serviços de
saúde do SUS;
CAPÍTULO IV II - ter o medicamento sido prescrito por profissional
de saúde, no exercício regular de suas funções no
DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE SUS;
III - estar a prescrição em conformidade com a
Art. 20. A integralidade da assistência à saúde se RENAME e os Protocolos Clínicos e Diretrizes
inicia e se completa na Rede de Atenção à Saúde, Terapêuticas ou com a relação específica
mediante referenciamento do usuário na rede regional e complementar estadual, distrital ou municipal de
interestadual, conforme pactuado nas Comissões medicamentos; e
Intergestores. IV - ter a dispensação ocorrido em unidades indicadas
pela direção do SUS.
Seção I
§ 1o Os entes federativos poderão ampliar o acesso do
Da Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde - usuário à assistência farmacêutica, desde que questões de
RENASES saúde pública o justifiquem.
Art. 21. A Relação Nacional de Ações e Serviços de § 2o O Ministério da Saúde poderá estabelecer regras
Saúde - RENASES compreende todas as ações e serviços diferenciadas de acesso a medicamentos de caráter
que o SUS oferece ao usuário para atendimento da especializado.
integralidade da assistência à saúde.
Art. 29. A RENAME e a relação específica complementar
estadual, distrital ou municipal de medicamentos somente
12
poderão conter produtos com registro na Agência Nacional III - das diretrizes nacionais, do financiamento e das
de Vigilância Sanitária - ANVISA. questões operacionais das Regiões de Saúde situadas em
fronteiras com outros países, respeitadas, em todos os
CAPÍTULO V casos, as normas que regem as relações internacionais.
Art. 31. Nas Comissões Intergestores, os gestores Art. 35. O Contrato Organizativo de Ação Pública da
públicos de saúde poderão ser representados pelo Saúde definirá as responsabilidades individuais e
Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS, solidárias dos entes federativos com relação às ações
pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de e serviços de saúde, os indicadores e as metas de
Saúde - CONASEMS e pelo Conselho Estadual de saúde, os critérios de avaliação de desempenho, os
Secretarias Municipais de Saúde - COSEMS. recursos financeiros que serão disponibilizados, a forma
de controle e fiscalização da sua execução e demais
Art. 32. As Comissões Intergestores pactuarão: elementos necessários à implementação integrada das
ações e serviços de saúde.
I - aspectos operacionais, financeiros e administrativos da
gestão compartilhada do SUS, de acordo com a definição § 1o O Ministério da Saúde definirá indicadores
da política de saúde dos entes federativos, nacionais de garantia de acesso às ações e aos
consubstanciada nos seus planos de saúde, aprovados serviços de saúde no âmbito do SUS, a partir de
pelos respectivos conselhos de saúde; diretrizes estabelecidas pelo Plano Nacional de Saúde.
II - diretrizes gerais sobre Regiões de Saúde, integração § 2o O desempenho aferido a partir dos indicadores
de limites geográficos, referência e contrarreferência e nacionais de garantia de acesso servirá como parâmetro
demais aspectos vinculados à integração das ações e para avaliação do desempenho da prestação das ações e
serviços de saúde entre os entes federativos; dos serviços definidos no Contrato Organizativo de Ação
Pública de Saúde em todas as Regiões de Saúde,
III - diretrizes de âmbito nacional, estadual, regional e considerando-se as especificidades municipais, regionais e
interestadual, a respeito da organização das redes de estaduais.
atenção à saúde, principalmente no tocante à gestão
institucional e à integração das ações e serviços dos entes Art. 36. O Contrato Organizativo da Ação Pública de
federativos; Saúde conterá as seguintes disposições essenciais:
IV - responsabilidades dos entes federativos na Rede de I - identificação das necessidades de saúde locais e
Atenção à Saúde, de acordo com o seu porte demográfico regionais;
e seu desenvolvimento econômico-financeiro,
estabelecendo as responsabilidades individuais e as II - oferta de ações e serviços de vigilância em saúde,
solidárias; e promoção, proteção e recuperação da saúde em âmbito
regional e inter-regional;
V - referências das regiões intraestaduais e interestaduais
de atenção à saúde para o atendimento da integralidade III - responsabilidades assumidas pelos entes federativos
da assistência. perante a população no processo de regionalização, as
quais serão estabelecidas de forma individualizada, de
Parágrafo único. Serão de competência exclusiva da CIT acordo com o perfil, a organização e a capacidade de
a pactuação: prestação das ações e dos serviços de cada ente
federativo da Região de Saúde;
I - das diretrizes gerais para a composição da RENASES;
IV - indicadores e metas de saúde;
II - dos critérios para o planejamento integrado das ações
e serviços de saúde da Região de Saúde, em razão do V - estratégias para a melhoria das ações e serviços de
compartilhamento da gestão; e saúde;
13
VI - critérios de avaliação dos resultados e forma de
monitoramento permanente; III - a não aplicação, malversação ou desvio de recursos
financeiros; e
VII - adequação das ações e dos serviços dos entes
federativos em relação às atualizações realizadas na IV - outros atos de natureza ilícita de que tiver
RENASES; conhecimento.
VIII - investimentos na rede de serviços e as respectivas Art. 43. A primeira RENASES é a somatória de todas
responsabilidades; e as ações e serviços de saúde que na data da
publicação deste Decreto são ofertados pelo SUS à
IX - recursos financeiros que serão disponibilizados por população, por meio dos entes federados, de forma
cada um dos partícipes para sua execução. direta ou indireta.
Parágrafo único. O Ministério da Saúde poderá instituir Art. 44. O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as
formas de incentivo ao cumprimento das metas de saúde e diretrizes de que trata o § 3o do art. 15 no prazo de cento
à melhoria das ações e serviços de saúde. e oitenta dias a partir da publicação deste Decreto.
15
e o acesso a outros pontos de atenção nas condições e no Compete ao Ministério da Saúde:
tempo adequado, com equidade; e I - definir e rever periodicamente, de forma pactuada, na
Comissão Intergestores Tripartite, as diretrizes da Política
IV - Ordenar as redes: reconhecer as necessidades de Nacional de Atenção Básica;
saúde da população sob sua responsabilidade,
organizando as necessidades desta população em relação II - garantir fontes de recursos federais para compor o
aos outros pontos de atenção à saúde, contribuindo para financiamento da Atenção Básica;
que a programação dos serviços de saúde parta das
necessidades de saúde dos usuários. III - prestar apoio institucional aos gestores dos estados,
ao Distrito Federal e aos municípios no processo de
DAS RESPONSABILIDADES qualificação e de consolidação da Atenção Básica;
São responsabilidades comuns a todas as esferas de IV - definir, de forma tripartite, estratégias de articulação
governo: com as gestões estaduais e municipais do SUS com vistas
à institucionalização da avaliação e qualificação da
I - contribuir para a reorientação do modelo de atenção e Atenção Básica;
de gestão com base nos fundamentos e diretrizes
assinalados; V - estabelecer, de forma tripartite, diretrizes nacionais e
disponibilizar instrumentos técnicos e pedagógicos que
II - apoiar e estimular a adoção da estratégia Saúde da facilitem o processo de gestão, de formação e educação
Família pelos serviços municipais de saúde como permanente dos gestores e profissionais da Atenção
estratégia prioritária de expansão, consolidação e Básica;
qualificação da atenção básica à saúde;
VI - articular com o Ministério da Educação estratégias de
III - garantir a infraestrutura necessária ao funcionamento indução às mudanças curriculares nos cursos de
das Unidades Básicas de Saúde, de acordo com suas graduação e pós-graduação na área da saúde visando à
responsabilidades; formação de profissionais e gestores com perfil adequado
à Atenção Básica; e
IV - contribuir com o financiamento tripartite da Atenção
Básica; VII - apoiar a articulação de instituições, em parceria com
as Secretarias de Saúde Estaduais, Municipais e do
V - estabelecer, nos respectivos Planos de Saúde, Distrito Federal, para formação e garantia de educação
prioridades, estratégias e metas para a organização da permanente para os profissionais de saúde da Atenção
Atenção Básica; Básica.
VII - desenvolver, disponibilizar e implantar os sistemas de II - destinar recursos estaduais para compor o
informações da Atenção Básica de acordo com suas financiamento tripartite da Atenção Básica prevendo, entre
responsabilidades; outras, formas de repasse fundo a fundo para custeio e
investimento das ações e serviços;
VIII - planejar, apoiar, monitorar e avaliar a Atenção
Básica; III - ser co-responsável, pelo monitoramento da utilização
dos recursos federais da Atenção Básica transferidos aos
IX - estabelecer mecanismos de controle, regulação e municípios;
acompanhamento sistemático dos resultados alcançados
pelas ações da Atenção Básica, como parte do processo IV - submeter à CIB, para resolução acerca das
de planejamento e programação; irregularidades constatadas na execução dos recursos do
Bloco de Atenção Básica, conforme regulamentação
X - divulgar as informações e os resultados alcançados nacional, visando:
pela atenção básica; a) aprazamento para que o gestor municipal corrija as
irregularidades;
XI - promover o intercâmbio de experiências e estimular o b) comunicação ao Ministério da Saúde;
desenvolvimento de estudos e pesquisas que busquem o c) bloqueio do repasse de recursos ou demais
aperfeiçoamento e a disseminação de tecnologias e providências, conforme regulamentação nacional,
conhecimentos voltados à Atenção Básica; consideradas necessárias e devidamente oficializadas pela
CIB;
XII - viabilizar parcerias com organismos internacionais,
com organizações governamentais, não governamentais e V - analisar os dados de interesse estadual, gerados pelos
do setor privado, para fortalecimento da Atenção Básica e sistemas de informação, utilizá-los no planejamento e
da estratégia de saúde da família no País; e divulgar os resultados obtidos;
XIII - estimular a participação popular e o controle social. VI - verificar a qualidade e a consistência dos dados
enviados pelos municípios por meio dos sistemas
16
informatizados, retornando informações aos gestores IX - selecionar, contratar e remunerar os profissionais que
municipais; compõem as equipes multiprofissionais de Atenção
Básica, em conformidade com a legislação vigente;
VII - consolidar, analisar e transferir para o Ministério da
Saúde os arquivos dos sistemas de informação enviados X - garantir a estrutura física necessária para o
pelos municípios de acordo com os fluxos e prazos funcionamento das Unidades Básicas de Saúde e para a
estabelecidos para cada sistema; execução do conjunto de ações propostas, podendo contar
com apoio técnico e/ou financeiro das Secretarias de
VIII - prestar apoio institucional aos municípios no Estado da Saúde e do Ministério da Saúde;
processo de implantação, acompanhamento, e
qualificação da Atenção Básica e de ampliação e XI - garantir recursos materiais, equipamentos e insumos
consolidação da estratégia Saúde da Família; suficientes para o funcionamento das Unidades Básicas de
Saúde e para a execução do conjunto de ações propostas;
IX - definir estratégias de articulação com as gestões
municipais do SUS com vistas à institucionalização da XII - programar as ações da Atenção Básica a partir de sua
avaliação da Atenção Básica; base territorial e de acordo com as necessidades de saúde
das pessoas, utilizando instrumento de programação
X - disponibilizar aos municípios instrumentos técnicos e nacional ou correspondente local;
pedagógicos que facilitem o processo de formação e
educação permanente dos membros das equipes de XIII - Alimentar, analisar e verificar a qualidade e a
gestão e de atenção à saúde; consistência dos dados alimentados nos sistemas
nacionais de informação a serem enviados às outras
XI - articular instituições, em parceria com as Secretarias esferas de gestão, utilizá-los no planejamento e divulgar os
Municipais de Saúde, para formação e garantia de resultados obtidos;
educação permanente aos profissionais de saúde das
equipes de Atenção Básica e das equipes de saúde da XIV - Organizar o fluxo de usuários, visando à garantia das
família; e referências a serviços e ações de saúde fora do âmbito da
Atenção Básica e de acordo com as necessidades de
XII - promover o intercâmbio de experiências entre os saúde dos usuários;
diversos municípios, para disseminar tecnologias e
conhecimentos voltados à melhoria dos serviços da XV - manter atualizado o cadastro no sistema de Cadastro
Atenção Básica. Nacional vigente, dos profissionais, de serviços e de
estabelecimentos ambulatoriais, públicos e privados, sob
Compete às Secretarias Municipais de Saúde e ao Distrito sua gestão; e
Federal:
I - pactuar, com a Comissão Intergestores Bipartite, XVI - assegurar o cumprimento da carga horária integral
através do COSEMS, estratégias, diretrizes e normas de de todos os profissionais que compõe as equipes de
implementação da Atenção Básica no Estado, mantidos as atenção básica, de acordo com as jornadas de trabalho
diretrizes e os princípios gerais regulamentados nesta especificadas no SCNES e a modalidade de atenção.
Portaria;
Da infraestrutura e funcionamento da Atenção Básica São
II - destinar recursos municipais para compor o necessárias à realização das ações de Atenção Básica
financiamento tripartite da Atenção Básica; nos municípios e Distrito Federal:
III - ser co-responsável, junto ao Ministério da Saúde, e I - Unidades Básicas de Saúde (UBS) construídas de
Secretaria Estadual de Saúde pelo monitoramento da acordo com as normas sanitárias e tendo como referência
utilização dos recursos da Atenção Básica transferidos aos o manual de infra estrutura do Departamento de Atenção
município; Básica/SAS/ MS;
17
2.1.1. quanto à estrutura física mínima, devem dispor de:
consultório médico; consultório de enfermagem; ambiente Educação permanente das equipes de Atenção Básica:
para armazenamento e dispensação de medicamentos;
laboratório; sala de vacina; banheiro público; banheiro A consolidação e o aprimoramento da Atenção Básica
exclusivo para os funcionários; expurgo; cabines com como importante reorientadora do modelo de atenção à
leitos em número suficiente para toda a equipe; cozinha; saúde no Brasil requer um saber e um fazer em educação
sala de procedimentos; e, se forem compostas por permanente que sejam encarnados na prática concreta
profissionais de saúde bucal, será necessário consultório dos serviços de saúde. A educação permanente deve ser
odontológico com equipo odontológico completo; constitutiva, portanto, da qualificação das práticas de
cuidado, gestão e participação popular.
c) devem possuir identificação segundo padrões visuais do
SUS e da Atenção Básica pactuados nacionalmente; O redirecionamento do modelo de atenção impõe
claramente a necessidade de transformação permanente
d) recomenda-se que estas possuam do funcionamento dos serviços e do processo de trabalho
conselhos/colegiados, constituídos de gestores locais, das equipes exigindo de seus atores (trabalhadores,
profissionais de saúde e usuários, viabilizando a gestores e usuários) maior capacidade de análise,
participação social na gestão da Unidade Básica de intervenção e autonomia para o estabelecimento de
Saúde; práticas transformadoras, a gestão das mudanças e o
estreitamento dos elos entre concepção e execução do
III - manutenção regular da infraestrutura e dos trabalho.
equipamentos das Unidades Básicas de Saúde;
Nesse sentido, a educação permanente, além da sua
IV - existência e manutenção regular de estoque dos evidente dimensão pedagógica, deve ser encarada
insumos necessários para o funcionamento das unidades também como uma importante "estratégia de gestão", com
básicas de saúde, incluindo dispensação de grande potencial provocador de mudanças no cotidiano
medicamentos pactuados nacionalmente quando esta dos serviços, em sua micropolitica, bastante próximo dos
dispensação está prevista para serem realizadas naquela efeitos concretos das práticas de saúde na vida dos
UBS; usuários, e como um processo que se dá "no trabalho,
pelo trabalho e para o trabalho".
V - equipes multiprofissionais compostas, conforme
modalidade das equipes, por médicos, enfermeiros, A Educação Permanente deve embasar-se num processo
cirurgiões-dentistas, auxiliar em saúde bucal ou técnico em pedagógico que contemple desde a aquisição/atualização
saúde bucal, auxiliar de enfermagem ou técnico de de conhecimentos e habilidades até o aprendizado que
enfermagem e Agentes Comunitários da Saúde, dentre parte dos problemas e desafios enfrentados no processo
outros profissionais em função da realidade de trabalho, envolvendo práticas que possam ser definidas
epidemiológica, institucional e das necessidades de saúde por múltiplos fatores (conhecimento, valores, relações de
da população; poder,
planejamento e organização do trabalho, etc.) e que
VI - cadastro atualizado dos profissionais que compõe a considerem elementos que façam sentido para os atores
equipe de atenção básica no sistema de Cadastro envolvidos (aprendizagem significativa).
Nacional vigente de acordo com as normas vigentes e com
as cargas horárias de trabalho informadas e exigidas para Outro pressuposto importante da educação permanente é
cada modalidade; o
planejamento/programação educativa ascendente, em
VII - garantia pela gestão municipal, de acesso ao apoio que, a partir da análise coletiva dos processos de trabalho,
diagnóstico e laboratorial necessário ao cuidado resolutivo identificam-se os nós crítico (de natureza diversa) a serem
da população; e enfrentados na atenção e/ou na gestão, possibilitando a
construção de estratégias contextualizadas que promovam
VIII - garantia pela gestão municipal, dos fluxos definidos o diálogo entre as políticas gerais e a singularidade dos
na Rede de Atenção à Saúde entre os diversos pontos de lugares e das pessoas, estimulando experiências
atenção de diferentes configurações tecnológicas, inovadoras na gestão do cuidado e dos serviços de saúde.
integrados por serviços de apoio logístico, técnico e de A vinculação dos processos de educação permanente a
gestão, para garantir a integralidade do cuidado. estratégia de apoio institucional pode potencializar
enormemente o desenvolvimento de competências de
Com o intuito de facilitar os princípios do acesso, do gestão e de cuidado na Atenção Básica, na medida em
vínculo, da continuidade do cuidado e da responsabilidade que aumenta as alternativas para o enfrentamento das
sanitária e reconhecendo que existem diversas realidades dificuldades vivenciadas pelos trabalhadores em seu
cotidiano.
sócio epidemiológicas, diferentes necessidades de saúde e
distintas maneiras de organização das UBS, recomenda-
Nessa mesma linha é importante diversificar este
se:
repertório de ações incorporando dispositivos de apoio e
I - para Unidade Básica de Saúde (UBS) sem Saúde da cooperação horizontal, tais como trocas de experiências e
Família em grandes centros urbanos, o parâmetro de uma discussão de situações entre trabalhadores, comunidades
UBS para no máximo 18 mil habitantes, localizada dentro de práticas, grupos de estudos, momentos de apoio
matricial, visitas e estudos sistemáticos de experiências
do território, garantindo os princípios e diretrizes da
Atenção Básica; e inovadoras, etc.
18
ofertas e processos mais gerais de uma política proposta unidade e município; visando à readequação do processo
para todas as equipes e para todo o município. É de trabalho e do planejamento frente às necessidades,
importante sintonizar e mediar as ofertas de realidade, dificuldades e possibilidades analisadas;
educação permanente pré-formatadas (cursos, por
exemplo) com o momento e contexto das equipes, para X - desenvolver ações intersetoriais, integrando projetos e
que façam mais sentido e tenham, por isso, maior valor de redes de apoio social, voltados para o desenvolvimento de
uso e efetividade. uma atenção integral;
De modo análogo é importante a articulação e apoio dos XI - apoiar as estratégias de fortalecimento da gestão local
governos estaduais e federal aos municípios buscando e do controle social; e
responder suas necessidades e fortalecer suas iniciativas.
A referência é mais de apoio, cooperação, qualificação e XII - realizar atenção domiciliar destinada a usuários que
oferta de diversas iniciativas para diferentes contextos que possuam problemas de saúde controlados/compensados e
a tentativa de regular, formatar e simplificar a diversidade com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até
de iniciativas. uma unidade de saúde, que necessitam de cuidados com
menor frequência e menor necessidade de recursos de
Do Processo de trabalho das equipes de Atenção Básica: saúde e realizar o cuidado compartilhado com as equipes
de atenção domiciliar nos demais casos.
São características do processo de trabalho das equipes
de Atenção Básica: Das Atribuições dos membros das equipes de Atenção
I - definição do território de atuação e de população sob Básica:
responsabilidade das UBS e das equipes;
As atribuições de cada um dos profissionais das equipes
II - programação e implementação das atividades de de atenção básica devem seguir as referidas disposições
atenção à saúde de acordo com as necessidades de legais que regulamentam o exercício de cada uma das
saúde da população, com a priorização de intervenções profissões.
clínicas e sanitárias nos problemas de saúde segundo
critérios de freqüência, risco, vulnerabilidade e resiliência. São atribuições comuns a todos os profissionais:
I - participar do processo de territorialização e
Inclui-se aqui o planejamento e organização da agenda de mapeamento da área de atuação da equipe, identificando
trabalho compartilhado de todos os profissionais e grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos e
recomenda-se evitar a divisão de agenda segundo critérios vulnerabilidades;
de problemas de saúde, ciclos de vida, sexo e patologias
dificultando o acesso dos usuários; II - manter atualizado o cadastramento das famílias e dos
indivíduos no sistema de informação indicado pelo gestor
III - desenvolver ações que priorizem os grupos de risco e municipal e utilizar, de forma sistemática, os dados para a
os fatores de risco clínico-comportamentais, alimentares análise da situação de saúde considerando as
e/ou ambientais, com a finalidade de prevenir o características sociais, econômicas, culturais,
aparecimento ou a persistência de doenças e danos demográficas e epidemiológicas do território, priorizando
evitáveis; as situações a serem acompanhadas no planejamento
local;
IV - realizar o acolhimento com escuta qualificada,
classificação de risco, avaliação de necessidade de saúde III - realizar o cuidado da saúde da população adscrita,
e análise de vulnerabilidade tendo em vista a prioritariamente no âmbito da unidade de saúde, e quando
responsabilidade da assistência resolutiva à demanda necessário no domicílio e nos demais espaços
espontânea e o primeiro atendimento às urgências; comunitários (escolas, associações, entre outros);
V - prover atenção integral, contínua e organizada à IV - realizar ações de atenção a saúde conforme a
população adscrita; necessidade de saúde da população local, bem como as
previstas nas prioridades e protocolos da gestão local;
VI - realizar atenção à saúde na Unidade Básica de Saúde,
no domicílio, em locais do território (salões comunitários, V - garantir da atenção a saúde buscando a integralidade
escolas, creches, praças, etc.) e outros espaços que por meio da realização de ações de promoção, proteção e
comportem a ação planejada; recuperação da saúde e prevenção de agravos; e da
garantia de atendimento da demanda espontânea, da
VII - desenvolver ações educativas que possam interferir realização das ações programáticas, coletivas e de
no processo de saúde-doença da população, no vigilância à saúde;
desenvolvimento de autonomia, individual e coletiva, e na
busca por qualidade de vida pelos usuários; VI - participar do acolhimento dos usuários realizando a
escuta qualificada das necessidades de saúde,
VIII - implementar diretrizes de qualificação dos modelos procedendo a primeira avaliação (classificação de risco,
de atenção e gestão tais como a participação coletiva nos avaliação de vulnerabilidade, coleta de informações e
processos de gestão, a valorização, fomento a autonomia sinais clínicos) e identificação das necessidades de
e protagonismo dos diferentes sujeitos implicados na intervenções de cuidado, proporcionando atendimento
produção de saúde, o compromisso com a ambiência e humanizado, se responsabilizando pela continuidade da
com as condições de trabalho e cuidado, a constituição de atenção e viabilizando o estabelecimento do vínculo;
vínculos
solidários, a identificação das necessidades sociais e VII - realizar busca ativa e notificar doenças e agravos de
organização do serviço em função delas, entre outras; notificação compulsória e de outros agravos e situações de
importância local;
IX - participar do planejamento local de saúde assim como
do monitoramento e a avaliação das ações na sua equipe,
19
VIII - responsabilizar-se pela população adscrita, VI - participar do gerenciamento dos insumos necessários
mantendo a coordenação do cuidado mesmo quando esta para o adequado funcionamento da UBS.
necessita de atenção em outros pontos de atenção do
sistema de saúde; Do Auxiliar e do Técnico de Enfermagem:
I - participar das atividades de atenção realizando
IX - praticar cuidado familiar e dirigido a coletividades e procedimentos regulamentados no exercício de sua
grupos sociais que visa propor intervenções que profissão na UBS e, quando indicado ou necessário, no
influenciem os processos de saúde doença dos indivíduos, domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas,
das famílias, coletividades e da própria comunidade; associações etc);
20
considerando as características e as finalidades do III - acompanhar, apoiar e desenvolver atividades
trabalho de acompanhamento de indivíduos e grupos referentes à saúde bucal com os demais membros da
sociais ou coletividade; equipe, buscando aproximar e integrar ações de saúde de
forma multidisciplinar;
VII - desenvolver atividades de promoção da saúde, de
prevenção das doenças e agravos e de vigilância à saúde, IV - apoiar as atividades dos ASB e dos ACS nas ações de
por meio de visitas domiciliares e de ações educativas prevenção e promoção da saúde bucal;
individuais e coletivas nos domicílios e na comunidade,
como por exemplo, combate à Dengue, malária, V - participar do gerenciamento dos insumos necessários
leishmaniose, entre outras, mantendo a equipe informada, para o adequado funcionamento da UBS;
principalmente a respeito das situações de risco; e
VI - participar do treinamento e capacitação de Auxiliar em
VIII - estar em contato permanente com as famílias, Saúde Bucal e de agentes multiplicadores das ações de
desenvolvendo ações educativas, visando à promoção da promoção à saúde;
saúde, à prevenção das doenças, e ao acompanhamento
das pessoas com problemas de saúde, bem como ao VII - participar das ações educativas atuando na promoção
acompanhamento das condicionalidades do Programa da saúde e na prevenção das doenças bucais;
Bolsa Família ou de qualquer outro programa similar de
transferência de renda e enfrentamento de VIII - participar na realização de levantamentos e estudos
vulnerabilidades implantado pelo Governo Federal, epidemiológicos, exceto na categoria de examinador;
estadual e municipal de acordo com o planejamento da
equipe. IX - realizar atividades programadas e de atenção à
demanda espontânea;
É permitido ao ACS desenvolver outras atividades nas
unidades básicas de saúde, desde que vinculadas às X - realizar o acolhimento do paciente nos serviços de
atribuições acima. saúde bucal;
21
família e de comunidade, bem como atividades de
VIII - processar filme radiográfico; educação permanente e apoio matricial.
22
A quantidade de Equipes de Saúde da Família na
Independente da modalidade adotado, recomenda-se que
modalidade transitória ficará condicionada aos
os profissionais de Saúde Bucal, estejam vinculados a
seguintes critérios:
uma ESF e compartilhem a gestão e o processo de
I - Município com até 20 mil habitantes e contando com trabalho da equipe tendo responsabilidade sanitária pela
mesma população e território que a ESF à qual integra, e
01 (uma) a 03 (duas) equipes de Saúde da Família,
com jornada de trabalho de 40 horas semanais para todos
poderá ter até 2 (duas) equipes na modalidade
os seus componentes.
transitória;
Cada Equipe de Saúde de Família que for implantada com
II - Município com até 20 mil habitantes e com mais de
os profissionais de saúde bucal ou quando se introduzir
03 (três) equipes poderá ter até 50% das equipes de
Saúde da Família na modalidade transitória; pela primeira vez os profissionais de saúde bucal numa
equipe já implantada, modalidade I ou II, o gestor receberá
do Ministério da Saúde os equipamentos odontológicos,
III - Municípios com população entre 20 e 50 mil
habitantes poderá ter até 30% (trinta por cento) das através de doação direta ou o repasse de recursos
equipes de Saúde da Família na modalidade transitória; necessários para
adquiri-los (equipo odontológico completo).
IV - Município com população entre 50 e 100 mil
habitantes poderá ter até 20% (vinte por cento) das Especificidades da Estratégia de Agentes Comunitários de
equipes de Saúde da Família na modalidade transitória; Saúde:
e
É prevista a implantação da estratégia de Agentes
V - Município com população acima de 100 mil Comunitários de Saúde nas Unidades Básicas de Saúde
como uma possibilidade para a reorganização inicial da
habitantes poderá ter até 10% (dez por cento) das
Atenção Básica com vistas à implantação gradual da
equipes de Saúde da Família na modalidade transitória.
estratégia de saúde da família ou como uma forma de
agregar os agentes comunitários a outras maneiras de
organização da atenção básica. São itens necessários à
Em todas as possibilidades de inserção do profissional implantaçãodesta estratégia:
médico descritas acima, considerando a importância de
manutenção do vínculo e da longitudinalidade do cuidado, I - a existência de uma Unidade Básica de Saúde, inscrita
este profissional deverá ter usuários adscritos de modo no sistema de Cadastro Nacional vigente que passa a ser
que cada usuário seja obrigatoriamente acompanhando a UBS de referência para a equipe de agentes
por 1 (um) ACS (Agente Comunitário de Saúde), 1 (um) comunitários de saúde;
auxiliar ou técnico de enfermagem, 01 (um) enfermeiro e
01(um) médico e preferencialmente por 1 (um) cirurgião- II - a existência de um enfermeiro para até no máximo 12
dentista, 1 (um) auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal, sem ACS e no mínimo 04, constituindo assim uma equipe de
que a carga horária diferente de trabalho comprometa o Agentes Comunitários de Saúde; e
cuidado e/ou processo de trabalho da equipe.
III - o cumprimento da carga horária integral de 40 horas
Todas as equipes deverão ter responsabilidade sanitária semanais por toda a equipe de agentes comunitários,
por um território de referência, sendo que nos casos composta por ACS e enfermeiro supervisor.
previstos nos itens b e c, poderão ser constituídas equipes
com número de profissionais e população adscrita Fica garantido o financiamento das equipes de agentes
equivalentes a 2 (duas) e 3 (três) equipes de saúde da comunitários de saúde já credenciadas em data anterior a
família, respectivamente. esta portaria que não estão adequadas ao parâmetro de
01 enfermeiro para no máximo 12 ACS, porém extinta a
As equipes de saúde da família devem estar devidamente possibilidade de implantação de novas equipes com esta
cadastradas no sistema de cadastro nacional vigente de configuração a partir da publicação desta Portaria.
acordo com conformação e modalidade de inserção do
profissional médico. Cada ACS deve realizar as ações previstas nesta portaria
e ter uma microárea sob sua responsabilidade, cuja
O processo de trabalho, a combinação das jornadas de população não ultrapasse750 pessoas.
trabalho dos profissionais das equipes e os horários e dias
de funcionamento das UBS devem ser organizados de O enfermeiro da Estratégia Agentes Comunitários de
modo que garantam o maior acesso possível, o vínculo Saúde, além das atribuições de atenção à saúde e de
entre usuários e profissionais, a continuidade, gestão, comuns a qualquer enfermeiro da atenção básica
coordenação e longitudinalidade do cuidado. descritas nesta portaria, a atribuição de planejar,
coordenar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS,
Especificidades dos profissionais de Saúde Bucal das comum aos enfermeiros da estratégia de saúde da família,
equipes de saúde da família: e deve ainda facilitar a relação entre os profissionais da
Unidade Básica de Saúde e os ACS contribuindo para a
Os profissionais de saúde bucal que compõem as equipes organização da atenção à saúde, qualificação do acesso,
de saúde da família podem se organizar nas seguintes acolhimento, vínculo, longitudinalidade do cuidado e
modalidades: orientação da atuação da equipe da UBS em função das
I - Cirurgião dentista generalista ou especialista em saúde prioridades definidas equanimemente conforme critérios de
da família e auxiliar em saúde bucal (ASB); necessidade de saúde, vulnerabilidade, risco, entre outros.
II - Cirurgião dentista generalista ou especialista em saúde
da família, técnico em saúde bucal (TSB) e auxiliar em Equipes de atenção básica para populações específicas:
saúde bucal (ASB); e 1. Equipes do consultório na rua - A responsabilidade pela
III - Profissionais das modalidades I ou II que operam em atenção à saúde da população de rua, como de qualquer
Unidade Odontológica Móvel. outro cidadão, é de todo e qualquer profissional
23
do Sistema Único de Saúde com destaque especial para a Matogrossense Considerando as especificidades locais, os
atenção básica. Em situações específicas, com o objetivo municípios da Amazônia Legal e Mato Grosso do Sul
de ampliar o acesso destes usuários à rede de atenção e podem optar entre dois arranjos organizacionais para
ofertar de maneira mais oportuna a atenção integral à equipes Saúde da Família, além dos existentes para o
saúde, pode-se lançar mão das equipes dos consultórios restante do país:
na rua que são equipes da atenção básica, compostas por I - Equipe de Saúde da Família Ribeirinhas (ESFR):
profissionais de saúde com responsabilidade exclusiva de equipes que desempenham a maior parte de suas funções
articular e prestar atenção integral à saúde das pessoas em unidades básicas de saúde construídas/localizadas
em situação de rua. nas comunidades pertencentes à área adscrita e cujo
acesso se dá por meio fluvial; e
As equipes deverão realizar suas atividades, de forma
itinerante desenvolvendo ações na rua, em instalações II - Equipes de Saúde da Família Fluviais (ESFF): equipes
específicas, na unidade móvel e também nas instalações que desempenham suas funções em Unidades Básicas de
de Unidades Básicas de Saúde do território onde está Saúde Fluviais (UBSF).
atuando, sempre articuladas e desenvolvendo ações em
parceria com as demais equipes de atenção básica do As Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas e Fluviais
território (UBS e NASF), e dos Centros de Atenção deverão ser compostas, durante todo o período de
Psicossocial, da Rede de Urgência e dos serviços e atendimento à população por, no mínimo: um (01) Médico
instituições componentes do Sistema Único de Assistência generalista ou especialista em saúde da família, ou medico
Social entre outras instituições públicas e da sociedade de família e comunidade, um (01) Enfermeiro generalista
civil. ou especialista em saúde da família; um (1) Técnico ou
Auxiliar de Enfermagem e de Seis (06) a doze (12)
As equipes dos Consultórios na Rua deverão cumprir a Agentes Comunitários de Saúde.
carga horária mínima semanal de 30 horas. Porém seu
horário de funcionamento deverá ser adequado às As equipes de Saúde da Família Ribeirinhas devem contar
demandas das pessoas em situação de rua, podendo ainda com um (01) microscopista, nas regiões endêmicas.
ocorrer em período diurno e/ou noturno em todos os dias As equipes de Saúde da Família Fluviais devem contar
da semana. ainda com um (01) técnico de laboratório e/ou bioquímico.
Estas equipes poderão incluir na composição mínima os
As equipes dos Consultórios na Rua podem estar profissionais de saúde bucal, um (1) cirurgião dentista
vinculadas aos Núcleos de Apoio à Saúde da Família e, generalista ou especialista em saúde da família, e um (01)
respeitando os limites para vinculação, cada equipe será Técnico ou Auxiliar em Saúde Bucal, conforme
considerada como uma equipe de saúde da família para modalidades I e II descritas anteriormente.
vinculação ao NASF.
As Equipes de Saúde da Família Ribeirinha deverão
Em Municípios ou áreas que não tenham consultórios na prestar atendimento à população por, no mínimo, 14 dias
rua, o cuidado integral das pessoas em situação de rua mensais (carga horária equivalente à 8h/dia) e dois dias
deve seguir sendo de responsabilidade das equipes de para atividades de educação permanente, registro da
atenção básica, incluindo os profissionais de saúde bucal e produção e planejamento das ações. Os Agentes
os núcleos de apoio a saúde da família (NASF) do território Comunitários de Saúde deverão cumprir 40h/semanais de
onde estas pessoas estão concentradas. trabalho e residir na área de atuação. É recomendável as
mesmas condições para os auxiliares e técnicos de
Para cálculo do teto das equipes dos consultórios na rua enfermagem e saúde bucal.
de cada município, serão tomados como base os dados
dos censos populacionais relacionados à população em As Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF) devem:
situação de rua realizados por órgãos oficiais e I - funcionar, no mínimo, 20 dias/mês, com pelo menos
reconhecidos pelo Ministério da Saúde. uma equipe de saúde da família fluvial. O tempo de
funcionamento destas unidades deve compreender o
Caso seja necessário o transporte da equipe para a deslocamento fluvial até as comunidades e o atendimento
realização do cuidado in loco, nos sítios de atenção da direto à população ribeirinha.
população sem domicílio, o gestor poderá fazer a opção de
agregar ao incentivo financeiro mensal o componente de Em uma UBSF pode atuar mais de uma ESFF a fim de
custeio da Unidade Móvel. compartilhar o atendimento da população e dividir e reduzir
o tempo de navegação de cada equipe. O gestor municipal
O gestor local que fizer esta opção deverá viabilizar deve prever tempo em solo, na sede do município, para
veículo de transporte com capacidade de transportar os que as equipes possam fazer atividades de planejamento
profissionais da equipe, equipamentos, materiais e e educação permanente junto com outros profissionais e
insumos necessários para a realização das atividades equipes. Os Agentes Comunitários de Saúde deverão
propostas, além de permitir que alguns procedimentos cumprir 40h/semanais e residir na área de atuação. São
possam ser realizados no seu interior. Esta Unidade Móvel recomendáveis as mesmas condições para os auxiliares e
deverá estar adequada aos requisitos pactuados e técnicos de enfermagem e saúde bucal;
definidos nacionalmente, incluindo o padrão de
identificação visual. II - nas situações nas quais for demonstrada a
impossibilidade de funcionamento da Unidade Básica de
O Ministério da Saúde publicará Portaria Específica e Saúde Fluvial pelo mínimo de 20 dias devido às
Manual Técnico disciplinando composição das equipes, características e dimensões do território, deverá ser
valor do incentivo financeiro, diretrizes de funcionamento, construída justificativa e proposição alternativa de
monitoramento e acompanhamento das equipes de funcionamento, aprovada na Comissão Intergestores
consultório na rua entre outras disposições. Regional - CIR e na Comissão Intergestores Bipartite e
encaminhada ao Ministério da Saúde para avaliação e
2. Equipes de saúde da família para o atendimento da parecer redefinindo tempo mínimo de funcionamento e
População Ribeirinha da Amazônia Legal e Pantanal Sul adequação do financiamento, se for o caso;
24
III - adotar circuito de deslocamento que garanta o Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF foram
atendimento a todas as comunidades assistidas, ao menos criados com o objetivo de ampliar a abrangência e o
até 60 (sessenta) dias, para assegurar a execução das escopo das ações da atenção básica, bem como sua
ações de Atenção Básica pelas equipes visando resolubilidade.
minimamente a continuidade de pré-natal, puericultura e
cuidado continuado de usuários com condições crônicas Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF são
dentro dos padrões mínimos recomendados; constituídos por equipes compostas por profissionais de
diferentes áreas de conhecimento, que devem atuar de
IV - delimitar área de atuação com população adscrita, maneira integrada e apoiando os profissionais das Equipes
acompanhada por Agentes Comunitários de Saúde, Saúde da Família, das Equipes de atenção Básica para
compatível com sua capacidade de atuação e populações específicas (consultórios na rua, equipes
considerando a alínea II; ribeirinhas e fluviais, etc.) e academia da saúde,
compartilhando as práticas e saberes em saúde nos
V - as equipes que trabalharão nas UBSF deverão garantir territórios sob responsabilidade destas equipes, atuando
as informações referentes à sua área de abrangência. No diretamente no apoio matricial às equipes da(s) unidade(s)
caso de prestar serviços em mais de um na(s) qual(is) o NASF está vinculado e no território destas
município, cada município deverá garantir a alimentação equipes.
das informações de suas respectivas áreas de
abrangência. Os NASF fazem parte da atenção básica, mas não se
constituem como serviços com unidades físicas
As Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF) deverão independentes ou especiais, e não são de livre acesso
cumprir, cumulativamente, os seguintes requisitos: para
I - quanto à estrutura física mínima, devem dispor de: atendimento individual ou coletivo (estes, quando
Consultório médico; Consultório de enfermagem; necessários, devem ser regulados pelas equipes de
Consultório Odontológico; Ambiente para armazenamento atenção básica). Devem, a partir das demandas
e dispensação de medicamentos; Laboratório; Sala de identificadas no trabalho conjunto com as equipes e/ou
vacina; Banheiros; Expurgo; Cabines com leitos em Academia da saúde, atuar de forma integrada à Rede de
número suficiente para toda a equipe; Cozinha; Sala de Atenção à Saúde e seus serviços (ex.: CAPS, CEREST,
procedimentos; Identificação segundo padrões visuais da Ambulatórios Especializados etc.) além de outras redes
Saúde da Família, estabelecidos nacionalmente; e como SUAS, redes sociais e comunitárias.
II - quanto aos equipamentos, devem dispor, no mínimo, A responsabilização compartilhada entre a equipe do
de: Maca ginecológica; Balança Adulto; Balança NASF e as equipes de saúde da família/equipes de
Pediátrica; Geladeira para vacinas; Instrumentos básicos atenção básica para populações específicas prevê a
para o laboratório: macro e microcentrífuga e microscópio revisão da prática do encaminhamento com base nos
binocular, contador de células, espectrofotômetro e processos de referência e contrareferência, ampliando a
agitador de Kline, autoclave e instrumentais; para um processo de compartilhamento de casos e
Equipamentos diversos: sonar, esfignomanômetros, acompanhamento longitudinal de responsabilidade das
estetoscópios, termômetros, medidor de glicemia capilar, equipes de atenção básica, atuando no fortalecimento de
Equipo odontológico completo e instrumentais. seus princípios e no papel de coordenação do cuidado nas
redes de atenção à saúde.
O valor do repasse mensal dos recursos para o custeio
das Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas será Os NASF devem buscar contribuir para a integralidade do
publicado em portaria específica e poderá ser agregado de cuidado aos usuários do SUS principalmente por
um valor caso esta equipe necessite de transporte fluvial intermédio da ampliação da clínica, auxiliando no aumento
para a execução de suas atividades. O valor do o valor do da capacidade de análise e de intervenção sobre
incentivo mensal para custeio das Unidades Básicas de problemas e necessidades de saúde, tanto em termos
Saúde Fluviais será publicado em portaria específica, com clínicos quanto sanitários. São exemplos de ações de
uma modalidade sem profissionais de saúde bucal e outra apoio desenvolvidas pelos profissionais dos NASF:
com estes profissionais. discussão de casos, atendimento conjunto ou não,
interconsulta, construção conjunta de projetos
Devido à grande dispersão populacional, os municípios terapêuticos, educação permanente, intervenções no
poderão solicitar ampliação da composição mínima das território e na saúde de grupos populacionais e da
equipes de saúde da família fluviais e equipes de saúde da coletividade, ações intersetoriais, ações de prevenção e
família ribeirinhas conforme o quadro abaixo, fazendo jus a promoção da saúde, discussão do processo de trabalho
um incentivo para cada agregação a ser definido em das equipes e etc. Todas as atividades podem se
portaria específica: desenvolvidas nas unidades básicas de saúde, academias
da saúde ou em outros pontos do território.
25
informações e indicadores e saúde (bem como de eventos-
sentinela e casos-traçadores e analisadores), suporte à A organização do trabalho do NASF deve seguir as
organização do processo de trabalho (acolhimento, normas publicadas pelo Ministério da Saúde destacando
cuidado continuado/programado, ações coletivas, gestão os Cadernos de Atenção Básica/Primária que tratam do
das agendas, articulação com outros pontos de atenção da tema, descrevendo as diretrizes, o processo de trabalho,
rede, identificação de necessidades de educação as principais ferramentas e as ações de responsabilidade
permanente, utilização de dispositivos de gestão do de todos os profissionais dos NASF a serem
cuidado etc). desenvolvidas em conjunto com as equipes de Saúde da
Família, equipes de atenção básica para populações
Os NASF podem ser organizados em duas modalidades, específicas e/ou academia da saúde. Define-se que cada
NASF 1 e NASF 2. A implantação de mais de uma NASF 1 realize suas atividades vinculado a, no mínimo, 8
modalidade deforma concomitante nos municípios e no (oito) Equipes de Saúde da Família e no máximo 15
Distrito Federal não receberá incentivo financeiro federal. (quinze) equipes de Saúde da Família e/ou equipes de
O NASF 1 deverá ter uma equipe formada por uma atenção básica para populações específicas.
composição de profissionais de nível superior escolhidos Excepcionalmente, nos Municípios com menos de 100.000
dentre as ocupações listadas abaixo que reúnam as habitantes dos Estados da Amazônia Legal e Pantanal Sul
seguintes condições: Matogrossense, cada NASF 1 poderá realizar suas
I - a soma das cargas horárias semanais dos membros da atividades vinculado a, no mínimo, 5 (cinco) e no máximo 9
equipe deve acumular no mínimo 200 horas semanais; (nove) equipes.
II - nenhum profissional poderá ter carga horária semanal Define-se que cada NASF 2 realize suas atividades
menor que 20 horas; e vinculado a, no mínimo, 3 (três) equipes de Saúde da
Família e no máximo 7 (sete) equipes de saúde da família.
III - cada ocupação, considerada isoladamente, deve ter no
mínimo 20 horas e no máximo 80 horas de carga horária OS NASF 3, que são suprimidos por essa portaria, se
semanal. tornarão automaticamente NASF 2, para isso os
municípios com projetos de NASF 3 anteriormente
O NASF 2 deverá ter uma equipe formada por uma enviados ao Ministério da Saúde deverão enviar para CIB
composição de profissionais de nível superior escolhidos documento que informa as alterações ocorridas. Fica
dentre as ocupações listadas abaixo que reúnam as garantido o financiamento dos NASF intermunicipais já
seguintes condições: habilitados em data anterior, porém extinta a possibilidade
I - a soma das cargas horárias semanais dos membros da de implantação de novos a partir da publicação desta
equipe deve acumular no mínimo 120 horas semanais; portaria.
II - nenhum profissional poderá ter carga horária semanal Cada NASF poderá ser vinculado a no máximo 03 (três)
menor que 20 horas; e pólos do Programa Academia da Saúde em seu território
de abrangência, independente do tipo de NASF e da
III - cada ocupação, considerada isoladamente, deve ter no modalidade do polo implantado. Para cada pólo vinculado
mínimo 20 horas e no máximo 40 horas de carga horária à equipe do NASF deverá existir pelo menos 1 (um)
semanal. Poderão compor os NASF 1 e 2 as seguintes profissional de saúde de nível superior com carga horária
ocupações do Código Brasileiro de Ocupações - CBO: de
Médico Acupunturista; Assistente Social; 40 horas semanais ou 2 (dois) profissionais de saúde de
Profissional/Professor de Educação Física; Farmacêutico; nível superior com carga horária mínima de 20 horas
Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo; Médico semanais cada, que será(ao) responsável(is) pelas
Ginecologista/Obstetra; Médico Homeopata; Nutricionista; atividades do Programa Academia da Saúde. Este(s)
Médico Pediatra; Psicólogo; Médico Psiquiatra; Terapeuta profissional(is) deve(m) ter formação compatível e exercer
Ocupacional; Médico Geriatra; Médico Internista (clinica função relacionada às atividades da academia da saúde.
médica), Médico do Trabalho, Médico Veterinário,
profissional com formação em arte e educação (arte Quanto ao NASF, compete as Secretarias de Saúde dos
educador) e profissional de saúde sanitarista, ou seja, Municípios e do Distrito Federal:
profissional graduado na área de saúde com pós- I - definir o território de atuação de cada NASF de acordo
graduação em saúde pública ou coletiva ou graduado com as equipes de Saúde da Família e/ou equipes de
diretamente em uma dessas áreas. atenção básica para populações específicas às quais
estes NASF estiverem vinculados; propiciar o
A composição de cada um dos NASF será definida pelos planejamento das ações que serão realizadas pelos NASF,
gestores municipais, seguindo os critérios de prioridade de forma compartilhada entre os profissionais (Equipe
identificados a partir dos dados epidemiológicos e das NASF e Equipe SF e Equipes de atenção básica para
necessidades locais e das equipes de saúde que serão populações específicas);
apoiadas.
II - selecionar, contratar e remunerar os profissionais dos
Os NASF 1 e 2 devem funcionar em horário de trabalho NASF, em conformidade com a legislação vigente nos
coincidente com o das equipes de Saúde da Família e/ou municípios e Distrito Federal; e
equipes de atenção básica para populações específicas
que apóiam. III - disponibilizar espaço físico adequado nas UBS, e
garantir os recursos de custeio necessários ao
Os profissionais do NASF devem ser cadastrados em uma desenvolvimento das atividades mínimas descritas no
única unidade de saúde, localizada preferencialmente escopo de ações dos diferentes profissionais que
dentro do território de atuação das equipes de Saúde da comporão os NASF, não sendo recomendada estrutura
Família e/ou equipes de atenção básica para populações física específica para a equipe de NASF.
específicas, às quais estão vinculados, não recomendado
a existência de uma Unidade de Saúde ou serviço de Programa Saúde na Escola:
saúde específicos para a equipe de NASF.
26
O Programa Saúde na Escola - PSE, instituído pelo Para Implantação e Credenciamento das referidas equipes
Decreto Presidencial nº 6.286 de 5 de dezembro de 2007, as secretarias estaduais de saúde e o Distrito Federal
surgiu como uma política intersetorial entre os Ministérios deverão:
da Saúde e da Educação, na perspectiva da atenção
integral (promoção, prevenção, diagnóstico e recuperação I - analisar e encaminhar as propostas de implantação das
da saúde e formação) à saúde de crianças, equipes elaboradas pelos municípios e aprovadas pelos
adolescentes e jovens do ensino público básico, no âmbito Conselhos Municipais de à Comissão Intergestores
das escolas e unidades básicas de saúde, realizada pelas Bipartite (CIB) no prazo máximo de 30 dias, após a data do
equipes de saúde da atenção básica e educação de forma protocolo de entrada do processo na Secretaria Estadual
integrada, por meio de ações de: de Saúde ou na instância regional;
I - avaliação clínica e psicossocial que objetivam identificar
necessidades de saúde e garantir a atenção integral às II - após aprovação na CIB, cabe à Secretaria de Saúde
mesmas na rede de atenção à saúde; dos Estados e do Distrito Federal informar ao Ministério da
Saúde, até o dia 15 de cada mês, o número de equipes,
II - promoção e prevenção que articulem práticas de suas diferentes modalidades e composições de
formação, educativas e de saúde visando a promoção da profissionais com as respectivas cargas horárias, que
alimentação saudável, a promoção de práticas corporais e farão jus ao recebimento de incentivos financeiros da
atividades físicas nas escolas, a educação para a saúde atenção básica;
sexual e reprodutiva, a prevenção ao uso de álcool, tabaco
e outras drogas, a promoção da cultura de paz e III - submeter à CIB, para resolução, o fluxo de
prevenção das violências, a promoção da saúde ambiental acompanhamento do cadastramento dos profissionais das
e desenvolvimento sustentável; e equipes nos sistemas de informação nacionais, definidos
para esse fim;
III - educação permanente para qualificação da atuação
dos profissionais da educação e da saúde e formação de IV - submeter à CIB, para resolução, o fluxo de
jovens. A Gestão do PSE é centrada em ações descredenciamento e/ou o bloqueio de recursos diante de
compartilhadas e coresponsáveis. A articulação irregularidades constatadas na implantação e no
intersetorial das redes públicas de saúde, de educação e funcionamento das equipes a ser publicado como portaria
das demais redes sociais se dá por meio dos Grupos de de resolução da CIB, visando à regularização das equipes
Trabalho Intersetoriais (GTI) (Federal, Estadual e que atuam de forma inadequada; e
Municipal) que são responsáveis pela gestão do incentivo
financeiro e material, pelo apoio institucional às equipes de V - responsabilizar-se perante o Ministério da Saúde pelo
saúde e educação na implementação das ações, pelo monitoramento, o controle e a avaliação da utilização dos
planejamento, monitoramento e avaliação do Programa. recursos de incentivo destas equipes.
Sobre o processo de implantação, credenciamento, cálculo 2. Cálculo do Teto das equipes de atenção básica Para o
dos tetos das equipes de atenção básica, e do cálculo do teto máximo de equipes de saúde da família, de
financiamento do bloco de atenção básica: agentes comunitários de saúde, de equipes de saúde
bucal e dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família a fonte
1. Implantação e Credenciamento de dados populacionais utilizada será a mesma vigente
Para implantação e credenciamento das equipes de para cálculo do recurso per capita definida pelo IBGE e
atenção básica, descritas neste anexo, os municípios e o publicada pelo Ministério da Saúde.
Distrito Federal deverão:
I - realizar projeto(s) de implantação das equipes de saúde A) Saúde da Família com ou sem os profissionais de
da Família, com ou sem os profissionais de saúde bucal, saúde bucal: o número máximo de ESF com ou sem os
equipe de agentes comunitários de saúde, das equipes de profissionais de saúde bucal pelas quais o município e o
atenção básica para populações específicas e do NASF. Distrito Federal podem fazer jus ao recebimento de
Os itens que devem minimamente constar do projeto estão recursos financeiros específicos será calculado pela
descritos no anexo III desta portaria; fórmula: população/2400.
II - aprovar o projeto elaborado nos Conselhos de Saúde B) Agentes Comunitários de Saúde: o número máximo de
dos Municípios e encaminhá-lo à Secretaria Estadual de ACS pelos quais o município e o Distrito Federal podem
Saúde ou sua instância regional para análise. O Distrito fazer jus ao recebimento de recursos financeiros
Federal, após a aprovação por seu Conselho de Saúde, específicos será calculado pela fórmula: população /400.
deverá encaminhar sua proposta para o Ministério da Para municípios dos estados da Região Norte, Maranhão e
Saúde; Mato Grosso, a fórmula será: população da área
urbana/400 + população da área rural/280.
III - cadastrar os profissionais das equipes, previamente
credenciadas pelo estado conforme decisão da CIB, no C) NASF - Núcleo de Apoio de Saúde da Família: o
SCNES e alimentar os dados no sistema de informação número máximo de NASF 1 aos quais os municípios e o
que comprove o início de suas atividades; para passar a Distrito Federalpodem fazer jus para recebimento de
receber o incentivo correspondente às equipes recursos financeiros específicos será calculado pelas
efetivamente implantadas; e fórmulas:
I - para Municípios com menos de 100.000 habitantes de
IV - solicitar substituição, no SCNES, de categorias de Estados da Amazônia Legal = número de ESF do
profissionais colocados no projeto inicial caso exista a Município/5; e
necessidade de mudança, sendo necessário o envio de
um oficio comunicando sobre a necessidade desta II - para Municípios com 100.000 habitantes ou mais da
alteração ao Estado. Amazônia Legal e para Municípios das demais unidades
da Federação = número de ESF do Município/8.
27
O número máximo de NASF 2 aos quais o município pode III - demonstrativo detalhado das principais despesas; e
fazer jus para recebimento de recursos financeiros IV - relatório de gestão.
específicos será de 1 (um) NASF 2.
O Relatório de Gestão deverá demonstrar como a
D) O teto máximo de Equipes Saúde da Família Ribeirinha aplicação dos recursos financeiros resultou em ações de
e Fluvial e equipes de consultório na rua será avaliado saúde para a população, incluindo quantitativos mensais e
posteriormente, de acordo com cada projeto. anuais de produção de serviços de Atenção Básica.
28
HUMANIZASUS: POLÍTICA NACIONAL DE - Co-responsabilidade desses sujeitos nos processos de
HUMANIZAÇÃO: DOCUMENTO BASE PARA gestão e atenção;
GESTORES E TRABALHADORES DO SUS - Fortalecimento do controle social com caráter
2008 participativo em todas as instâncias gestoras do SUS;
- Compromisso com a democratização das relações de
trabalho e valorização dos profissionais de saúde,
A Humanização vista não como programa, mas como
estimulando processos de educação permanente.
política que atravessa as diferentes ações e instâncias
- Valorização da ambiência, com organização de espaços
gestoras do SUS, implica:
de trabalho saudáveis e acolhedores.
- Traduzir os princípios do SUS em modos de operar dos
A PNH se estrutura a partir de:
diferentes equipamentos e sujeitos da rede de saúde;
- Princípios;
- Construir trocas solidárias e comprometidas com a dupla
- Método;
tarefa de produção de saúde e produção de sujeitos;
- Diretrizes;
- Oferecer um eixo articulador das práticas em saúde,
destacando o aspecto subjetivo nelas presente; - Dispositivos.
- Contagiar por atitudes e ações humanizadoras a rede do
Princípios da PNH
SUS, incluindo gestores, trabalhadores da saúde e
Por princípio entende-se o que causa ou força a ação, ou
usuários.
que dispara um determinado movimento no plano das
políticas públicas. A PNH, como movimento de mudança
Assim, entendemos Humanização como:
dos modelos de atenção e gestão, possui três princípios a
Valorização dos diferentes sujeitos implicados no
partir dos quais se desdobra enquanto política pública de
processo de produção de saúde: usuários,
saúde:
trabalhadores e gestores;
Fomento da autonomia e do protagonismo desses Transversalidade
sujeitos;
- Aumento do grau de comunicação intra e intergrupos;
Aumento do grau de co-responsabilidade na produção - Transformação dos modos de relação e de comunicação
de saúde e desujeitos; entre os sujeitos implicados nos processos de produção de
Estabelecimento de vínculos solidários e de saúde, produzindo como efeito a desestabilização das
participação coletiva noprocesso de gestão; fronteiras dos saberes, dos territórios de poder e dos
Identificação das necessidades sociais de saúde; modos instituídos na constituição das relações de trabalho.
Mudança nos modelos de atenção e gestão dos
processos de trabalho tendo como foco as Indissociabilidade entre atenção e gestão
necessidades dos cidadãos e a produção de saúde; – Alteração dos modos de cuidar inseparável da alteração
Compromisso com a ambiência, melhoria das dos modos de gerir e se apropriar do trabalho;
condições de trabalho e de atendimento. - Inseparabilidade entre clínica e política, entre produção
de saúde e produção de sujeitos;
Para isso, a Humanização do SUS se operacionaliza com: - Integralidade do cuidado e integração dos processos de
A troca e a construção de saberes; trabalho
O trabalho em rede com equipes multiprofissionais;
A identificação das necessidades, desejos e interesses Protagonismo, co-responsabilidade e autonomia dos
dos diferentes sujeitos do campo da saúde; sujeitos e dos coletivos
O pacto entre os diferentes níveis de gestão do SUS - Trabalhar implica na produção de si e na produção do
(federal, estadual e municipal), entre as diferentes mundo, das diferentes realidades sociais, ou seja,
instâncias de efetivação das políticas públicas de econômicas, políticas, institucionais e culturais;
saúde (instâncias da gestão e da atenção), assim como - As mudanças na gestão e na atenção ganham maior
entre gestores, trabalhadores e usuários desta rede; efetividade quando produzidas pela afirmação da
O resgate dos fundamentos básicos que norteiam as autonomia dos sujeitos envolvidos, que contratam entre si
práticas de saúde no SUS, reconhecendo os gestores, responsabilidades compartilhadas nos processos de gerir
trabalhadores e usuários como sujeitos ativos e e de cuidar.
protagonistas das ações de saúde;
Construção de redes solidárias e interativas, O método da PNH
participativas e protagonistas do SUS. Por método entende-se a condução de um processo ou o
seu modo de caminhar (meta = fim; hodos = caminho). A
PNH caminha no sentido da inclusão, nos processos de
Destacamos, então, os princípios norteadores da política produção de saúde, dos diferentes agentes implicados
de humanização: nestes processos. Podemos falar de um “método de
- Valorização da dimensão subjetiva e social em todas as tríplice inclusão”:
práticas de atenção e gestão no SUS, fortalecendo o
compromisso com os direitos do cidadão, destacando-se o - inclusão dos diferentes sujeitos (gestores, trabalhadores
respeito às questões de gênero, etnia, raça, orientação e usuários) no sentido da produção de autonomia,
sexual e às populações específicas (índios, quilombolas, protagonismo e co-responsabilidade.
ribeirinhos, assentados, etc.);
- Fortalecimento de trabalho em equipe Modo de fazer: rodas;
multiprofissional,fomentando a transversalidade e a - inclusão dos analisadores sociais ou, mais
grupalidade; especificamente, inclusão dos fenômenos que
- Apoio à construção de redes cooperativas, solidárias e desestabilizam os modelos tradicionais de atenção e de
comprometidas com a produção de saúde e com a gestão, acolhendo e potencializando os processos de
produção de sujeitos; mudança. Modo de fazer: análise coletiva dos conflitos,
- Construção de autonomia e protagonismo dos sujeitos e entendida como potencialização da força crítica das crises.
coletivos implicados na rede do SUS; - inclusão do coletivo seja como movimento social
organizado, seja como experiência singular sensível
29
(mudança dos perceptos e dos afetos) dos trabalhadores - Consolidar e expandir Grupos de Trabalho de
de saúde quando em trabalho grupal. Modo de fazer; Humanização (GTH) no Ministério da Saúde (referência
fomento das redes. nacional das ações), nas SES (referência estadual das
ações), nas SMS (referência municipal das ações) e nos
Com a implementação da PNH, trabalhamos para alcançar serviços de saúde, inclusive prestadores e hospitais
resultados englobando as seguintes direções: filantrópicos (referência local das ações);
- Serão reduzidas as filas e o tempo de espera, com - Selecionar, apoiar e publicizar experiências na rede SUS
ampliação do acesso, e atendimento acolhedor e com função multiplicadora;
resolutivo, baseado em critérios de risco; - Garantir recursos necessários para a implementação da
- Todo usuário do SUS saberá quem são os profissionais PNH com participação dos três níveis do governo;
que cuidam de sua saúde e a rede de serviços que se - Instituir sistemática de acompanhamento e avaliação da
responsabilizará por sua referência territorial e atenção PNH articulada com outros processos de avaliação do MS
integral; (Programa de Avaliação de Serviços Hospitalares, Pactos
- As unidades de saúde garantirão os direitos dos de Atenção Básica, etc.);
usuários, orientando-se pelas conquistas já asseguradas - Articular programas e projetos do Ministério da Saúde
em lei e ampliando os mecanismos de sua participação (Hospital Amigo da Criança, Humanização do Parto, etc.) à
ativa, e de sua rede sociofamiliar, nas propostas de plano PNH, com vistas a diminuir a verticalização e implicando a
terapêutico, acompanhamento e cuidados em geral; co-responsabilidade dos gestores estaduais e municipais
- As unidades de saúde garantirão gestão participativa aos na implementação da PNH;
seus trabalhadores e usuários, com investimento na - Construção e revisão dos contratos/convênios, protocolos
educação permanente em saúde dos trabalhadores, na e fluxos assistenciais incorporando as diretrizes do PNH;
adequação de ambiência e espaços saudáveis e - Implementar campanha nacional da PNH.
acolhedores de trabalho, propiciando maior integração de
trabalhadores e usuários em diferentes momentos Diretrizes Gerais para a Implementação da PNH:
(diferentes rodas e encontros);
- Serão implementadas atividades de valorização e - Ampliar o diálogo entre os profissionais, entre
cuidado aos trabalhadores da saúde. profissionais e população, entre profissionais e
administração, promovendo a gestão participativa;
A implementação da PNH pressupõe vários eixos de ação - Implantar, estimular e fortalecer Grupos de Trabalho de
que objetivam a institucionalização, difusão desta Humanização com plano de trabalho definido;
estratégia e, principalmente, a apropriação de seus - Estimular práticas resolutivas, racionalizar e adequar o
resultados pela sociedade. uso de medicamentos, eliminando ações intervencionistas
desnecessárias;
- No eixo das instituições do SUS, pretende-se que a PNH - Reforçar o conceito de clínica ampliada: compromisso
faça parte do Plano Nacional, dos Planos Estaduais e com o sujeito e seu coletivo, estímulo a diferentes práticas
Municipais dos vários governos, sendo pactuada na terapêuticas e corresponsabilidade de gestores,
agenda de saúde (agenda de compromissos) pelos trabalhadores e usuários no processo de produção de
gestores e pelo Conselho de Saúde correspondente; saúde;
- No eixo da gestão do trabalho, propõe-se a promoção de - Sensibilizar as equipes de saúde ao problema da
ações que assegurem a participação dos trabalhadores violência intrafamiliar (criança, mulher e idoso) e à questão
nos processos de discussão e decisão, fortalecendo e dos preconceitos (sexual, racial, religioso e outros) na hora
valorizando os trabalhadores, sua motivação, o da recepção e dos encaminhamentos;
autodesenvolvimento e o crescimento profissional; - Adequar os serviços ao ambiente e à cultura local,
- No eixo do financiamento, propõe-se a integração de respeitando a privacidade e promovendo a ambiência
recursos vinculados a programas específicos de acolhedora e confortável.
humanização e outros recursos de subsídio à atenção, - Viabilizar participação dos trabalhadores nas unidades de
unificando-os e repassando-os fundo a fundo mediante o saúde através de colegiados gestores;
compromisso dos gestores com a PNH; - Implementar sistema de comunicação e informação que
- No eixo da atenção, propõe-se uma política incentivadora promova o autodesenvolvimento e amplie o compromisso
do protagonismo dos sujeitos e da ampliação da atenção social dos trabalhadores de saúde;
integral à saúde, promovendo a intersetorialidade; - Promover ações de incentivo e valorização da jornada
- No eixo da educação permanente, indica-se que a PNH integral ao SUS, do trabalho em equipe e da participação
componha o conteúdo profissionalizante na graduação, em processos de educação permanente que qualifiquem
pós-graduação e extensão em saúde, vinculando-a aos sua ação e sua inserção na rede SUS.
Pólos de Educação Permanente e às instituições de
formação; Parâmetros para acompanhamento da implementação:
- No eixo da informação/comunicação, indica-se por meio
de ação de mídia e discurso social amplo a inclusão da Na Atenção Básica:
PNH no debate da saúde; - Elaboração de projetos de saúde individuais e coletivos
- No eixo da gestão da PNH, indica-se o acompanhamento para usuários e sua rede social, considerando as políticas
e avaliação sistemáticos das ações realizadas, intersetoriais e as necessidades de saúde;
estimulando a pesquisa relacionada às necessidades do - Incentivo às práticas promocionais da saúde;
SUS na perspectiva da humanização. - Formas de acolhimento e inclusão do usuário que
promovam a otimização dos serviços, o fim das filas, a
hierarquização de riscos e o acesso aos demais níveis do
sistema efetivadas.
Ações de Implantação:
Na Urgência e Emergência, nos Pronto-Socorros,
- Propor que os planos estaduais e municipais de saúde Pronto-Atendimentos, Assistência Pré-Hospitalar e outros:
contemplem as estratégias gerais da PNH (agenda de
compromissos);
30
- Demanda acolhida através de critérios de avaliação de - Plano de educação permanente para trabalhadores com
risco, garantido o acesso referenciado aos demais níveis temas de humanização, em implementação.
de assistência;
- Garantida a referência e contra-referência, resolução da PORTARIA Nº 2.446, DE 11 DE NOVEMBRO DE
urgência e emergência, provido o acesso à estrutura 2014
hospitalar e a transferência segura conforme a
necessidade dos usuários; Redefine a Política Nacional de Promoção da
- Definição de protocolos clínicos, garantindo a eliminação
de intervenções desnecessárias e respeitando a
Saúde (PNPS).
individualidade do sujeito.
Art. 1º Esta Portaria redefine a Política Nacional de
Na Atenção Especializada:
Promoção da Saúde (PNPS).
- Garantia de agenda extraordinária em função da análise
Art. 2º A PNPS traz em sua base o conceito ampliado de
de risco e das necessidades do usuário;
saúde e o referencial teórico da promoção da saúde como
- Critérios de acesso: identificados de forma pública,
um conjunto de estratégias e formas de produzir saúde, no
incluídos na rede assistencial, com efetivação de
protocolos de referência e contrareferência; âmbito individual e coletivo, caracterizando-se pela
- Otimização do atendimento ao usuário, articulando a articulação e cooperação intra e intersetorial, pela
formação da Rede de Atenção à Saude (RAS), buscando
agenda multiprofissional em ações diagnósticas,
articular suas ações com as demais redes de proteção
terapêuticas que impliquem diferentes saberes e
social, com ampla participação e controle social.
terapêuticas de reabilitação;
- Definição de protocolos clínicos, garantindo a eliminação
Art. 3º São valores fundantes no processo de efetivação da
de intervenções desnecessárias e respeitando a
individualidade do sujeito. PNPS:
31
as pessoas, de forma equânime e participativa, visando à IV - ampliação da governança no desenvolvimento de
redução das iniquidades. ações de promoção da saúde que sejam sustentáveis nas
dimensões política, social, cultural, econômica e ambiental;
Art. 4º A PNPS adota como princípios:
V - estimulo à pesquisa, à produção e à difusão de
I - a equidade, quando baseia as práticas e as ações de experiências, conhecimentos e evidências que apoiem a
promoção de saúde, na distribuição igualitária de tomada de decisão, a autonomia, o empoderamento
oportunidades, considerando as especificidades dos coletivo e a construção compartilhada de ações de
indivíduos e dos grupos; promoção da saúde;
VIII - a integralidade, quando as intervenções são II - contribuir para a adoção de práticas sociais e de saúde
pautadas no reconhecimento da complexidade, centradas na equidade, na participação e no controle
potencialidade e singularidade de indivíduos, grupos e social, visando reduzir as desigualdades sistemáticas,
coletivos, construindo processos de trabalho articulados e injustas e evitáveis, com respeito às diferenças de classe
integrais; e social, de gênero, de orientação sexual e identidade de
gênero, entre gerações, étnico-raciais, culturais, territoriais
IX - a territorialidade, que diz respeito à atuação que e relacionadas às pessoas com deficiências e
considera as singularidades e especificidades dos necessidades especiais;
diferentes territórios no planejamento e desenvolvimento
de ações intra e intersetoriais com impacto na situação, III - favorecer a mobilidade humana e a acessibilidade e o
nos condicionantes e nos determinantes da saúde neles desenvolvimento seguro, saudável e sustentável;
inseridos, de forma equânime.
IV - promover a cultura da paz em comunidades, territórios
Art. 5º São diretrizes da PNPS: I - o estímulo à cooperação e Municípios;
e à articulação intra e intersetorial para ampliar a atuação
sobre determinantes e condicionantes da saúde; V - apoiar o desenvolvimento de espaços de produção
social e ambientes saudáveis, favoráveis ao
II - o fomento ao planejamento de ações territorializadas desenvolvimento humano e ao bem-viver;
de promoção da saúde, com base no reconhecimento de
contextos locais e respeito às diversidades, para favorecer VI - valorizar os saberes populares e tradicionais e as
a construção de espaços de produção social, ambientes práticas integrativas e complementares;
saudáveis e a busca da equidade, da garantia dos direitos
humanos e da justiça social; VII - promover o empoderamento e a capacidade para
tomada de decisão e a autonomia de sujeitos e
III - incentivo à gestão democrática, participativa e coletividades por meio do desenvolvimento de habilidades
transparente, para fortalecer a participação, o controle pessoais e de competências em promoção e defesa da
social e a corresponsabilidade de sujeitos, coletividades, saúde e da vida;
instituições e esferas governamentais e sociedade civil;
32
VIII - promover processos de educação, formação V - vida no trabalho, que compreende a interrelação do
profissional e capacitação específicas em promoção da tema priorizado com o trabalho formal e não formal e com
saúde, de acordo com os princípios e valores expressos os setores primário, secundário e terciário da economia,
nesta Portaria, para trabalhadores, gestores e cidadãos; considerando os espaços urbano e rural, e identificando
oportunidades de operacionalização na lógica da
IX - estabelecer estratégias de comunicação social e mídia promoção da saúde para ações e atividades desenvolvidas
direcionadas ao fortalecimento dos princípios e ações em nos distintos locais, de maneira participativa e dialógica; e
promoção da saúde e à defesa de políticas públicas
saudáveis; VI - cultura da paz e direitos humanos, que consiste em
criar oportunidades de convivência, de solidariedade, de
X - estimular a pesquisa, produção e difusão de respeito à vida e de fortalecimento de vínculos,
conhecimentos e estratégias inovadoras no âmbito das desenvolvendo tecnologias sociais que favoreçam a
ações de promoção da saúde; mediação de conflitos diante de situações de tensão
social, garantindo os direitos humanos e as liberdades
XI - promover meios para a inclusão e qualificação do fundamentais, reduzindo as violências e construindo
registro de atividades de promoção da saúde e da práticas solidárias e da cultura de paz.
equidade nos sistemas de informação e inquéritos,
permitindo análise, monitoramento, avaliação e Art. 9º São Eixos Operacionais da PNPS, entendidos como
financiamento das ações; estratégias para concretizar ações de promoção da saúde,
respeitandose valores, princípios, diretrizes e objetivos:
XII - fomentar discussões sobre modos de consumo e
produção que estejam em conflito de interesses com os I - territorialização, enquanto estratégia operacional:
princípios e valores da promoção da saúde e que
aumentem vulnerabilidades e riscos à saúde; e a) reconhece a regionalização como diretriz do SUS e
como eixo estruturante para orientar a descentralização
XIII - contribuir para a articulação de políticas públicas inter das ações e serviços de saúde e para organizar a RAS;
e intrassetoriais com as agendas nacionais e
internacionais. b) considera a abrangência das regiões de saúde e sua
articulação com os equipamentos sociais nos territórios; e
Art. 8º São temas transversais da PNPS, entendidos como
referências para a formação de agendas de promoção da c) observa as pactuações interfederativas, a definição de
saúde, para adoção de estratégias e temas prioritários, parâmetros de escala e acesso e a execução de ações
operando em consonância com os princípios e valores do que identifiquem singularidades territoriais para o
SUS e da PNPS: desenvolvimento de políticas, programas e intervenções,
ampliando as ações de promoção à saúde e contribuindo
I - Determinantes Sociais da Saúde (DSS), equidade e para fortalecer identidades regionais;
respeito à diversidade, que significa identificar as
diferenças nas condições e nas oportunidades de vida, II - articulação e cooperação intra e intersetorial,
buscando alocar recursos e esforços para a redução das entendidas como compartilhamento de planos, metas,
desigualdades injustas e evitáveis, por meio do diálogo recursos e objetivos comuns entre os diferentes setores e
entre os saberes técnicos e populares; entre diferentes áreas do mesmo setor;
II - desenvolvimento sustentável, que se refere a dar III - RAS, enquanto estratégia operacional necessita:
visibilidade aos modos de consumo e produção
relacionados com o tema priorizado, mapeando a) transversalizar a promoção na RAS, favorecendo
possibilidades de intervir naqueles que sejam deletérios à práticas de cuidado humanizadas, pautadas nas
saúde, adequando tecnologias e potencialidades de necessidades locais, na integralidade do cuidado,
acordo com especificidades locais, sem comprometer as articulando com todos os equipamentos de produção da
necessidades futuras; saúde do território; e
III - produção de saúde e cuidado, que representa a b) articular com as demais redes de proteção social,
incorporação do tema na lógica de redes que favoreçam vinculando o tema a uma concepção de saúde ampliada,
práticas de cuidado humanizadas, pautadas nas considerando o papel e a organização dos diferentes
necessidades locais, que reforcem a ação comunitária, a setores e atores, que, de forma integrada e articulada por
participação e o controle social e que promovam o meio de objetivos comuns, atuem na promoção da saúde;
reconhecimento e o diálogo entre as diversas formas do
saber popular, tradicional e científico, construindo práticas IV - participação e controle social, que compreende a
pautadas na integralidade do cuidado e da saúde, ampliação da representação e da inclusão de sujeitos na
significando, também, a vinculação do tema a uma elaboração de políticas públicas e nas decisões relevantes
concepção de saúde ampliada, considerando o papel e a que afetam a vida dos indivíduos, da comunidade e dos
organização dos diferentes setores e atores que, de forma seus contextos;
integrada e articulada por meio de objetivos comuns,
atuem na promoção da saúde; V - gestão, entendida como a necessidade de priorizar os
processos democráticos e participativos de regulação e
IV - ambientes e territórios saudáveis, que significa controle, planejamento, monitoramento, avaliação,
relacionar o tema priorizado com os ambientes e os financiamento e comunicação;
territórios de vida e de trabalho das pessoas e das
coletividades, identificando oportunidades de inclusão da VI - educação e formação, enquanto incentivo à atitude
promoção da saúde nas ações e atividades desenvolvidas, permanente de aprendizagem sustentada em processos
de maneira participativa e dialógica; pedagógicos problematizadores, dialógicos, libertadores,
emancipatórios e críticos;
33
VII - vigilância, monitoramento e avaliação, enquanto uso na produção do cuidado e na redução da morbimortalidade
de múltiplas abordagens na geração e análise de decorrente do trânsito;
informações sobre as condições de saúde de sujeitos e
grupos populacionais, visando subsidiar decisões, b) orientar ações integradas e intersetoriais nos territórios,
intervenções e implantar políticas públicas de promoção da incluindo saúde, educação, trânsito, fiscalização, ambiente
saúde; e demais setores envolvidos, além da sociedade, visando
definir um planejamento integrado, parcerias, atribuições,
VIII - produção e disseminação de conhecimentos e responsabilidades e especificidades de cada setor para a
saberes, enquanto estímulo a uma atitude reflexiva e promoção da mobilidade segura; e
resolutiva sobre problemas, necessidades e
potencialidades dos coletivos em cogestão, c) avançar na promoção de ações educativas, legislativas,
compartilhando e divulgando os resultados de maneira econômicas, ambientais, culturais e sociais,
ampla com a coletividade; e fundamentadas em informação qualificada e em
planejamento integrado, que garantam o trânsito seguro, a
IX - comunicação social e mídia, enquanto uso das redução de morbimortalidade e a paz no trânsito;
diversas expressões comunicacionais, formais e
populares, para favorecer a escuta e a vocalização dos VII - promoção da cultura da paz e de direitos humanos,
distintos grupos envolvidos, contemplando informações que compreende promover, articular e mobilizar ações que
sobre o planejamento, execução, resultados, impactos, estimulem a convivência, a solidariedade, o respeito à vida
eficiência, eficácia, efetividade e benefícios das ações. e o fortalecimento de vínculos, para o desenvolvimento de
tecnologias sociais que favoreçam a mediação de
Art. 10. São temas prioritários da PNPS, evidenciados conflitos, o respeito às diversidades e diferenças de
pelas ações de promoção da saúde realizadas e gênero, de orientação sexual e identidade de gênero, entre
compatíveis com o Plano Nacional de Saúde, pactos gerações, étnico-raciais, culturais, territoriais, de classe
interfederativos e planejamento estratégico do Ministério social e relacionada às pessoas com deficiências e
da Saúde, bem como acordos internacionais firmados pelo necessidades especiais, garantindo os direitos humanos e
governo brasileiro, em permanente diálogo com as demais as liberdades fundamentais, articulando a RAS com as
políticas, com os outros setores e com as especificidades demais redes de proteção social, produzindo informação
sanitárias: qualificada e capaz de gerar intervenções individuais e
coletivas, contribuindo para a redução das violências e
I - formação e educação permanente, que compreende para a cultura de paz; e
mobilizar, sensibilizar e promover capacitações para
gestores, trabalhadores da saúde e de outros setores para VIII - promoção do desenvolvimento sustentável, que
o desenvolvimento de ações de educação em promoção compreende promover, mobilizar e articular ações
da saúde e incluí-la nos espaços de educação governamentais, não governamentais, incluindo o setor
permanente; privado e a sociedade civil, nos diferentes cenários, como
cidades, campo, floresta, águas, bairros, territórios,
II - alimentação adequada e saudável, que compreende comunidades, habitações, escolas, igrejas, empresas e
promover ações relativas à alimentação adequada e outros, permitindo a interação entre saúde, meio ambiente
saudável, visando à promoção da saúde e à segurança e desenvolvimento sustentável na produção social da
alimentar e nutricional, contribuindo com as ações e metas saúde em articulação com os demais temas prioritários.
de redução da pobreza, com a inclusão social e com a
garantia do direito humano à alimentação adequada e Art. 11. Compete às esferas federal, estaduais, do Distrito
saudável; Federal e municipais do SUS:
III - práticas corporais e atividades físicas, que I - divulgar a PNPS, fortalecendo seus valores e princípios;
compreende promover ações, aconselhamento e
divulgação de práticas corporais e atividades físicas, II - estabelecer parcerias, promovendo a articulação
incentivando a melhoria das condições dos espaços intersetorial e intrassetorial;
públicos, considerando a cultura local e incorporando
brincadeiras, jogos, danças populares, dentre outras III - contribuir para a reorientação do modelo de atenção à
práticas; saúde com base nos valores, princípios e diretrizes da
PNPS;
IV - enfrentamento do uso do tabaco e seus derivados, que
compreende promover, articular e mobilizar ações para IV - fomentar normas e regulamentos para o
redução e controle do uso do tabaco, incluindo ações desenvolvimento seguro, saudável e sustentável em
educativas, legislativas, econômicas, ambientais, culturais ambientes, comunidades, Municípios e territórios;
e sociais;
V - fortalecer a participação e o controle social e as
V - enfrentamento do uso abusivo de álcool e outras instâncias de gestão democrática e participativa, enquanto
drogas, que compreende promover, articular e mobilizar mecanismo de implementação da PNPS;
ações para redução do consumo abusivo de álcool e
outras drogas, com a corresponsabilização e autonomia da VI - construir mecanismos de identificação das
população, incluindo ações educativas, legislativas, potencialidades e das vulnerabilidades para subsidiar o
econômicas, ambientais, culturais e sociais; fortalecimento da equidade;
VI - promoção da mobilidade segura, que compreende: VII - definir prioridades, objetivos, estratégias e metas nas
instâncias colegiadas e intergestores para implementação
a) buscar avançar na articulação intersetorial e de programas, planos, projetos e ações de promoção da
intrasetorial, envolvendo a vigilância em saúde, a atenção saúde;
básica e as redes de urgência e emergência do território
34
VIII - estabelecer instrumentos e indicadores de gestão,
planejamento, monitoramento e avaliação; I - promover a articulação com os Municípios para apoio à
implantação e implementação da PNPS;
IX - promover a alocação de recursos orçamentários e
financeiros para a implementação da PNPS; II - pactuar nas Comissões Intergestores Bipartite (CIB) e
Regionais (CIR) as estratégias, diretrizes, metas, temas
X - promover o intercâmbio de experiências e o prioritários e financiamento das ações de implantação e
desenvolvimento de estudos e pesquisas que visem o implementação da PNPS;
aperfeiçoamento e a disseminação de tecnologias e
conhecimentos voltados para a promoção da saúde; III - implantar e implementar a PNPS na RAS, no âmbito
de seu território, respeitando suas diretrizes e promovendo
XI - desenvolver estratégias e mecanismos adequações às especificidades locorregionais;
organizacionais de qualificação e valorização da força de
trabalho da saúde, estimulando processos de formação e IV - apresentar no Conselho Estadual de Saúde
educação permanente voltados para a efetivação da estratégias, programas, planos e projetos de promoção da
PNPS; saúde;
XII - estimular as iniciativas e ações de promoção de V - incorporar ações de Promoção da Saúde nos Planos
saúde, bem como a produção de dados e divulgação de Plurianual e Estadual de Saúde;
informações;
VI - alocar recursos orçamentários e financeiros para a
XIII - incluir a promoção da saúde nos Planos de Saúde e implantação e implementação da PNPS;
nas Programações Anuais de Saúde em conformidade
com os instrumentos de planejamento e gestão do SUS, VII - realizar apoio institucional às Secretarias Municipais e
para implementação da PNPS, considerando as regiões de saúde no processo de implantação,
especificidades locorregionais; implementação e consolidação da PNPS;
XIV - articular a inserção das ações voltadas à promoção VIII - realizar o monitoramento e avaliação de programas,
da saúde nos sistemas de informação do SUS e outros; e projetos e ações de promoção da saúde no âmbito
estadual e distrital;
XV - viabilizar parcerias com organismos internacionais,
com organizações governamentais, não governamentais, IX - apoiar e elaborar materiais de divulgação visando à
incluindo o setor privado e sociedade civil, para o socialização da informação e à divulgação de programas,
fortalecimento da promoção da saúde no país. planos, projetos e ações de promoção da saúde;
Art. 12. Compete ao Ministério da Saúde: X - promover cooperação, espaços de discussão e trocas
de experiências e conhecimentos sobre a promoção da
I - promover a articulação com os Estados e Municípios saúde; e
para apoio à implantação e implementação da PNPS;
XI - apoiar e promover a execução de programas, planos,
II - pactuar na Comissão Intergestores Tripartite (CIT) os projetos e ações relacionadas com a promoção da saúde,
temas prioritários e o financiamento da PNPS; considerando o perfil epidemiológico e as necessidades do
seu território.
III - apoiar a implementação da PNPS, considerando o
perfil epidemiológico e as necessidades em saúde; Art. 14. Compete às Secretarias Municipais de Saúde:
IV - viabilizar mecanismos para cofinanciamento de I - promover a articulação intra e intersetorial para apoio à
planos, projetos e programas de promoção da saúde; implantação e implementação da PNPS no âmbito de sua
competência;
V - incorporar ações de Promoção da Saúde aos Planos
Plurianual e Nacional de Saúde; II - implantar e implementar a PNPS no âmbito do seu
território, respeitando as especificidades locorregionais;
VI - apresentar no Conselho Nacional de Saúde
estratégias, programas, planos e projetos de promoção da III - pactuar nas Comissões Intergestores Bipartite (CIB) e
saúde; Regionais (CIR) as estratégias, diretrizes, metas, temas
prioritários e financiamento das ações de implantação e
VII - institucionalizar e manter em funcionamento o Comitê implementação da PNPS;
da PNPS, em conformidade com os seus princípios e
diretrizes; IV - apresentar no Conselho Municipal de Saúde
estratégias, programas, planos e projetos de promoção da
VIII - realizar apoio institucional às Secretarias de Saúde saúde;
Estaduais, do Distrito Federal e Municipais, visando à
implantação, implementação e consolidação da PNPS; V - incorporar ações de Promoção da Saúde aos Planos
Plurianual e Municipal de Saúde;
IX - apoiar e produzir a elaboração de materiais de
divulgação, visando socializar informações e ações de VI - destinar recursos orçamentários e financeiros para
promoção da saúde; e realização das ações de promoção da saúde;
X - estimular, monitorar e avaliar os processos, programas, VII - prestar apoio institucional aos gestores e
projetos e ações de promoção da saúde. trabalhadores no processo de implantação,
implementação, qualificação e consolidação da PNPS;
Art. 13. Compete às Secretarias Estaduais de Saúde:
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VIII - promover e realizar a educação permanente dos
trabalhadores do sistema local de saúde para desenvolver
as ações de promoção da saúde;
36
EXERCÍCIOS
8) (PM Campo de Brito) A Lei 8080 de 19/09/1990 dispõe
1) (PM Guaíra) Todos os itens abaixo se referem à que:
competência de direção municipal do SUS, excetuando-se: (A) Haja exclusão do setor público do atendimento às
(A) Dar execução no âmbito municipal, à política de emergências.
insumos e equipamentos para a saúde. (B) O nível de prestação de serviços está atrelado ao
(B) Colaborar na fiscalização das agressões ao meio nível de renda do paciente.
ambiente que tenham repercussão sobre a saúde humana. (C) O lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais,
(C) Formar consórcios administrativos e intermunicipais. não são fatores determinantes e condicionantes da saúde.
(D) Gerir laboratórios privados de saúde e hemocentros (D) O dever do Estado não exclui o das pessoas, da
particulares. família, das empresas e da sociedade.
2) (PM Guaíra) A lei federal nº. 8080/90 assim se expressa 9) (PM Campo de Brito) Dentro do Sistema de Vigilância
sobre a influência dos níveis de saúde da população: Epidemiológica, recomenda-se que a notificação
(A) A organização social do país. compulsória de doenças transmissíveis seja feita ao órgão
(B) A organização econômica do país. sanitário competente por:
(C) O desenvolvimento mundial. (A) Médico Sanitarista
(D) As alternativas A e B estão corretas. (B) Qualquer médico da localidade.
(C) Médico especialista, com impresso adequado.
3) (Estado do Piauí) Pela lei federal nº. 8080/90 as ações e (D) Qualquer pessoa, pelo meio de comunicação mais
serviços de saúde são regulados e executados: rápido.
I. Sempre, conjuntamente.
II. Por pessoas naturais e jurídicas exclusivamente de 10) (PM Tobias Barreto) Analise as propostas abaixo sobre
Direito Público. a divisão de competências nas matérias dispostas na Lei
III. Em caráter permanente ou eventual. Orgânica de Saúde:
Está(ão) correta(s) apenas a(s) alternativa(s): I.Executar serviços de Vigilância Epidemiológica.
(A) I II.Identificar estabelecimentos hospitalares de
(B) II referência.
(C) I e II III.Definir e coordenar os sistemas de rede integradas de
(D) III assistência de alta complexidade.
IV.Planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os
4) (PM Cataguases) É verdadeiro afirmar, quanto ao artigo serviços de saúde e gerir e executar os serviços públicos
3º da Lei Federal nº. 8142/90: de saúde.
(A) As conferências de Saúde serão anuais.
(B) Os Conselhos de Saúde, necessariamente não serão Compete à esfera Municipal apenas as alternativas:
paritários. (A) I e II
(C) O CONASS (Conselho Nacional de Secretários de (B) III e IV
Saúde) e o CONASEMS (Conselho Nacional de (C) I e IV
Secretários Municipais de Saúde), terão representação no (D) I, II e III
Conselho Nacional de Saúde. (E) Todas as alternativas
(D) Os recursos FNS (Fundo Nacional de Saúde) não
poderão ser alocados como despesas de custeio.
11) (PM Tobias Barreto) A Constituição Federal de 1988
5) (PM Guiricema) Para receberem os recursos de que se apresenta a saúde como:
trata o art. 3º. Da lei 8142, os Municípios, Estados e (A) o conceito da OMS
Municípios além do Distrito Federal deverão contar com, (B) um bem a ser adquirido pelo indivíduo do mercado
exceto: (C) um dever do cidadão de buscar a ausência de doença
(A) Fundo de saúde; (D) um direito do cidadão garantido por políticas sociais e
(B) Conselho de saúde; econômicas
(C) Plano de saúde;
(D) Doações. 12) (PM Tobias Barreto) O Plano de Saúde consolida, em
cada esfera, o processo de planejamento na área da
6) (PM Tiradentes) A Lei nº 8.142 de 28/12/1990 saúde, sendo um instrumento de:
estabelece alguns prazos para realização de eventos (A) universalidade
importantes, tais como: (B) integralidade
1. Conferência de Saúde – a cada quatro anos. (C) territorialização
2. Conselho de Saúde – caráter permanente. (D) equidade
3. Conselho Nacional de Secretários de Saúde –
(CONASS) a cada dois anos. 13) O Sistema Único de Saúde – SUS é formado pelo
Está(ão) correta(s) apenas a(s) alternativa(s): conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por
(A) 2 órgãos e instituições públicas federais, estaduais e
(B) 1 e 3 municipais, da administração direta e indireta e das
(C) 3 fundações mantidas pelo Poder Público. São atribuições
(D) 1 e 2 do SUS, dentre outras:
I. a execução de ações de vigilância sanitária;
7) (PM Tiradentes) Nos termos da Lei Federal nº II. A execução de ações epidemiológicas;
8080/1990, a relação da iniciativa privada na saúde com o III. A proteção do meio ambiente, com exceção do
Sistema Único de Saúde (SUS), deve ser: ambiente de trabalho;
(A) Competitiva IV. A ordenação da formação de recursos humanos na
(B) Complementar área de saúde;
(C) Minoritária V. a vigilância nutricional e orientação alimentar.
(D) Obrigatória
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Qual alternativa abaixo contém somente atribuições (D) As despesas da saúde são relacionadas a outras
verdadeiras do SUS? políticas públicas essenciais à saúde como educação,
(A) I, II, IV e V. saneamento e combate à violência urbana.
(B) II, III, IV e V.
(C) I, III, IV e V. 19) Analise as afirmativas abaixo baseadas na
(D) I, II, III e IV. Constituição Federal de 1988, Título II, Capítulo II, Seção
II, que trata da saúde:
14) Não se enquadra como competência da direção I. A assistência à saúde é de livre concorrência, não
municipal do SUS, executar-se serviços: havendo restrições à participação direta ou indireta de
(A) da vigilância sanitária e epidemiológica empresa com fim lucrativo ou capital estrangeiro.
(B) de alimentação e nutrição II. É vedada a destinação de recursos públicos para
(C) de saneamento e habitação auxílios ou subvenções às instituições com fins lucrativos.
(D) de saúde do trabalhador III. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
IV. As instituições privadas poderão participar de forma
15) Não são considerados de outras fontes os recursos do complementar do Sistema Único de Saúde.
orçamento do SUS provenientes de: São CORRETAS as afirmativas:
(A) alienações patrimoniais e rendimentos de capital (A) I, II, III e IV.
(B) taxas e emolumentos (B) I, II e IV, somente.
(C) rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais (C) I, III e IV, somente.
(D) multas por infrações de trânsito (D) II, III e IV, somente.
16) No Sistema Único de Saúde (SUS), é competência do 20) Segundo o Art. 37 da Constituição da República
Gestor Estadual: Federativa do Brasil de 1988, a administração pública
(A) Promover a regionalização dos serviços e das ações direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
de saúde. Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá
(B) Prestar apoio técnico aos municípios e financiar 100% aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
das ações de saúde. publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(C) Acompanhar, controlar e avaliar a produção das I – o prazo de validade do concurso público será de até
equipes de saúde da família. cinco anos, prorrogável uma vez, por igual período;
(D) Executar ações de vigilância sanitária, epidemiológica II – é garantido ao servidor público civil o direito à livre
e controle das zoonoses. associação sindical;
III – o direito de greve será exercido nos termos e nos
17) A Comissão Intergestores Bipartite (CIB) é formada por limites definidos em lei específica.
gestores:
(A) De dois estados. Quais afirmativas acima estão corretas?
(B) De dois municípios. (A) apenas I e II
(C) Municipal e federal. (B) apenas I e III
(D) Estadual e municipal. (C) apenas II e III
(D) todas as afirmativas acima
18) Sobre os limites mínimos de aplicação financeira nas
ações de saúde pública, definidos na Emenda GABARITO
Constitucional nº 29 / 2000, é correto afirmar, EXCETO:
(A) As despesas no âmbito do SUS são de
responsabilidade da União, dos estados e dos municípios. 1–D 2–D 3–C 4–C 5–D
(B) É prevista a participação da comunidade na 6–D 7–B 8–D 9–D 10 – C
fiscalização dos gastos na saúde por intermédio dos 11 – D 12 – D 13 – A 14 – C 15 – D
Conselhos de Saúde. 16 – A 17 – D 18 - D 19 - D 20 – C
(C) O repasse do recurso financeiro da União é realizado
através do Fundo Nacional de Saúde para o Fundo
Municipal de Saúde.
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