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LIDERANÇA MILITAR

EM TEMPOS DE CRISE
Assunto: Apostila destinada a criação do Módulo do curso de ensino à
distância da Diretoria de Saúde da PMMG – tema de abordagem: “Liderança
Militar em Tempos de Crise”.

“LIDERANÇA É VISÃO. É MAIS DO QUE ISSO. É A


TENSÃO CRIADA PELO FOSSO ENTRE A SITUAÇÃO
PRESENTE E O SONHO. COMO TODA A TENSÃO
PROCURA RESOLUÇÃO, ELA É FONTE DE ENERGIA
QUE LEVA À CRIAÇÃO DE ALGO QUE NÃO EXISTIA.
E É ISSO QUE FAZEM OS LÍDERES”
PETER DRUCKER
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 05

1. INTRODUÇÃO................................................................................................................... 06

2. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE LIDERANÇA MILITAR........................................... 09

3. LIDERANÇA NA PMMG.................................................................................................... 11

4. AS COMPETÊNCIAS DA LIDERANÇA POLICIAL MILITAR............................................. 13

4.1. Competência profissional............................................................................................ 14

4.2. Inteligência Emocional................................................................................................. 14

4.3. Relacionamento saudável com os integrantes do seu grupo........................................ 16

4.4. Comunicação eficaz.................................................................................................... 17

5. OS ATRIBUTOS DA LIDERANÇA POLICIAL MILITAR...................................................... 19

6. NÍVEIS DE LIDERANÇA.................................................................................................... 23

7. LIDERANÇA E SUA RELAÇÃO COM A QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO (QVT).. 25

8. AÇÕES DO LÍDER MILITAR QUE CONTRIBUEM COM A QVT....................................... 28

9. CONCLUSÃO.................................................................................................................... 31

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................... 32
APRESENTAÇÃO

Ao final de 2019, o mundo foi surpreendido com o início da Pandemia do


COVID19. Iniciou-se a ruptura dos status quo em várias dimensões da vida
das pessoas, nos hábitos de lazer, vínculos profissionais, convivência, no ir
e vir, na perspectiva de futuro e ações no agora. Por mais rápida que seja
a adaptação humana, ela não é tão rápida quanto os prejuízos e limitações
que uma Pandemia impõe na vida das pessoas. Por esse e outros motivos,
desestruturam-se muitos alicerces, tais como: vínculos empregatícios, rotina
familiar, vida acadêmica e a saúde propriamente dita.

Diante das incertezas, as pessoas e os grupos necessitam de orientações,


de guias para se organizarem novamente. Nesse contexto, observa-se que
para o enfrentamento da crise vemos como recurso necessário o imperativo
da liderança. Algumas delas aparentemente menos expressivas, parecem
agora protagonizar de forma indispensável as rédeas da vida em sociedade.
A Saúde e a Segurança Pública assumem o púlpito e a cena na indelegável
missão de proteger e vida, a liberdade e a dignidade das pessoas.

Homens e mulheres incumbidos do senso de dever vão para o front


carregando competência e senso de cidadania, e certamente a força
mantenedora do trabalho vem do saber que não se está só num barco à
deriva, e que em meio à turbulência uma luz – OS LÍDERES - serve de guia
e inspiração para continuar.

Numa organização a liderança provoca e administra as mudanças, e também


posiciona-se para a superação de crises, diferentemente da gerência que
atua em cenários de estabilidade e previsibilidade.

A Polícia Militar de Minas Gerais e a Diretoria de Saúde vem cumprindo suas


missões nesse momento desafiador da Pandemia da COVID-19 e percebe
como oportuno e inadiável a elaboração deste curso EAD sobre Liderança
Militar em períodos de crise, na busca de melhorar a qualidade de vida dos
integrantes da Instituição e suas famílias.

Almeja-se encorajar cada vez mais uma cultura organizacional voltada


para o desenvolvimento de líderes e o despertar das pessoas para essa
forma de se comportar. Além de trazer um discurso e práticas acerca do
desenvolvimento da capacidade de liderar como um dos pressupostos para
o desenvolvimento organizacional e da promoção de saúde e qualidade de
vida no trabalho. ACOMPANHEM CONOSCO!

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LIDERANÇA MILITAR EM TEMPOS DE CRISE
1. INTRODUÇÃO
“Não há uma sociedade saudável sem a existência de uma estrutura
de valores, de normas de conduta enfim de uma ordem moral.
Quando o consenso amplo da sociedade se desintegra, ou perde a
força, a sociedade adoece.
Devemos esperar que nossos líderes nos ajudem a manter vivos os
valores que não são fáceis de se basear nas leis.
A desintegração da estrutura de valores está sempre em processo.
É dever do líder lutar para regenerá-la.” JOHN W GARDNER

A Liderança Militar é um tema amplamente debatido nos cursos de formação


da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). Algumas dessas habilidades
podem ser percebidas na prática diária antes mesmo que se dê a aquisição
do conhecimento teórico. Percebe-se também que boa parte das atitudes de
liderança desejáveis puderam ser potencializadas a partir dos conhecimentos
adquiridos nos diversos treinamentos oferecidos pela PMMG.

Considerando que a formação e o exercício da liderança reúnem uma


série de conhecimentos, habilidades e atitudes que necessitam de tempo
para serem absorvidos e exercidos (aprendidos), é que entendemos que
a abordagem do tema, precisa ser feita em diversas vertentes. Por isso,
pretende-se agregar valor ao conhecimento institucional já existente sobre o
tema, estimulando todos a refletirem e aprimorarem suas habilidades.

É nesse difícil cenário que as Forças Públicas Estaduais (Polícia Militar


e Corpo de Bombeiros Militares) se apresentam como Instituições
governamentais fortes, com potencial para minimizar a crise e redirecionar
esforços para diminuir seus efeitos.

Atuar em um cenário como esse, em prol da sociedade, não é missão fácil!


Principalmente porque a Instituição militar é composta por pessoas dessa
mesma sociedade e nesse contexto de Pandemia todos são afetados pela
desordem.

Mais que nunca é fundamental buscar o equilíbrio e cuidar de si para ter


condições de poder servir aos outros, seja no front das Unidades de Saúde
para prestar a devida assistência a quem irá precisar desses serviços, seja
para executar a função constitucional de que é investido o Policial Militar.

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Por tudo isso é preciso ter ATENÇÃO:

Você já pensou a qual Instituição vocês querem pertencer?


Uma Instituição competente, disciplinada, respeitada, corajosa e operacional,
ou a uma Instituição incompetente, indisciplinada, desmoralizada,
acovardada e inoperante?

A Policia Militar não será melhor que seus militares. Cada um de nós é a
própria Instituição!

Você está exercendo a seu potencial de liderança a fim de promover


mudanças benéficas para você e para os grupos nos quais você se insere
nesta crise (pandemia)?

Quais as diferenças entre vencedores e perdedores?

1. O Vencedor comete erros e diz: _ Eu estava errado. O perdedor diz: _Não


foi minha culpa.
2. O Vencedor dá créditos à sua boa sorte por ter vencido, mesmo quando
não se tratou de sorte. O perdedor dá créditos à sua falta de sorte, por ter
perdido.
3. O Vencedor trabalha mais arduamente que o perdedor e tem mais tempo.
O perdedor está sempre “muito ocupado”, talvez evitando o fracasso...
4. O vencedor transpõe o problema. O perdedor dá voltas ao redor do
problema.
5. O Vencedor desculpa-se por um erro ao repará-lo. O perdedor pede
desculpas mas faz a mesma coisa em uma próxima ocasião.
6. O Vencedor sabe por que lutar e quando transigir. O perdedor transige
quando não deveria e luta pelo que não vale a pena. Todo dia é uma batalha
de vida e é muito importante que estejamos lutando pelas coisas certas.
7. O Vencedor diz: - Sou bom, mas não tanto quanto deveria ser. O perdedor
diz:-Bem, eu não sou tão ruim quanto um bocado de gente.
8. O Vencedor respeita o caminho que está seguindo. O perdedor despreza
aqueles que ainda não atingiram a posição que tem.
9. O Vencedor respeita aqueles que lhe são superiores e tenta aprender
com eles. O perdedor ressente-se daqueles que lhe são superiores e tenta
achar defeitos neles.
10. O Vencedor é responsável por mais que seu trabalho. O perdedor diz: -
Eu apenas trabalho aqui.

Fonte: MARINS FILHO, 1995

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LIDERANÇA MILITAR EM TEMPOS DE CRISE
Assim, entende-se que o objetivo geral deste curso é capacitar o Policial
Militar na temática da liderança militar, reunindo algumas contribuições da
teoria das organizações, da psicologia, de monografias e manuais militares,
tendo em vista sua aplicação na PMMG e seu impacto na Qualidade de Vida
no Trabalho.

Os objetivos específicos são:

a) Possibilitar a identificação das competências e atributos da


liderança militar, sua aplicação na PMMG e seu impacto na Qualidade
de Vida no Trabalho (QVT);

b) Explicitar os conceitos que habilite os militares a atuar de forma


mais competente no exercício da liderança;

c) Proporcionar o reconhecimento da importância do desenvolvimento


da liderança militar para a melhoria da Qualidade de Vida no Trabalho;
d) Permitir que o militar adote na sua atuação profissional as
competências pessoais do líder militar, visando à qualidade de vida
no trabalho para todos.

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2. CONSIDERAÇÕES GERAIS
SOBRE LIDERANÇA MILITAR

“O mais importante preceito da liderança é que se pode apren-


der como ser líder.” GENERAL EDWARD M. FLANAGAN Jr.

Conceitualmente a liderança pode ser entendida, de forma genérica, como


a capacidade de influenciar pessoas para alcançar metas ou objetivos, en-
quanto o líder é a pessoa capaz de exercer essa influência.

Nesse sentido, TODO POLICIAL MILITAR É UM LIDER!!!

Uma vez que ele exerce influência sobre as pessoas para que elas alcan-
cem um dado objetivo ou meta, seja atuando junto aos seus subordinados,
pares ou junto à sociedade.

A liderança militar remete a uma relação mais específica, pois:

“consiste em um processo de influência interpessoal do


líder militar sobre seus liderados, na medida em que im-
plica o estabelecimento de vínculos afetivos entre os in-
divíduos, de modo a favorecer o logro dos objetivos da
organização militar em uma dada situação. (EXERCITO
BRASILEIRO, 2011, pg.23)”.

A liderança militar deve estar presente desde o nível mais básico e simples
até o mais alto e sofisticado, seja no nível operacional, tático ou estratégico.
É uma competência a ser desenvolvida por todos aqueles que ocupam
alguma posição de comando ou chefia militar, seja atuando junto à tropa ou
junto à sociedade.

Mas não se engane, a liderança não é exclusiva daqueles que possuem


precedência hierárquica. Ela é também atribuída aos que são vistos pela
sua competência e “autoridade” intelectual, dentre outros atributos pessoais
e/ou profissionais.

Isso porque uma questão central da liderança, extensiva à liderança mi-


litar, está no processo de influenciar pessoas em seus diversos níveis
hierárquicos, para além do comando ou chefia instituída, com vistas ao cum-
primento da missão específica da organização.

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LIDERANÇA MILITAR EM TEMPOS DE CRISE
A Liderança Policial Militar, espécie do gênero Liderança Militar, é definida
por Valadares (2011), como:

“a capacidade evidenciada por um indivíduo para


influenciar policiais militares, subordinados ou não, seja
em situação de normalidade na atividade operacional,
seja em situações de crise, antagonismos, perturbação da
ordem, etc, motivando-os a cumprir de forma adequada
suas missões específicas e a participar, de forma pró-ativa,
das atividades desenvolvidas pelo grupo a que pertencem.”

Algumas teorias se propõem a explicar o surgimento e o exercício da


liderança. Entre elas, é possível citar as teorias que investigam os traços
de personalidade dos líderes (Teorias dos Traços); os comportamentos
dos líderes (Teorias Comportamentais); as situações em que o líder
exerce sua influência (Teorias Situacionais ou de Interação); as ações de
transação ou troca direta entre líder e liderados (Teorias Transacionais) e
àquelas que buscam entender como a ação do líder possibilita transformar
(em si e nos liderados) princípios e valores em comportamento (Teorias
Transformacionais).

Neste breve curso, abordaremos a Liderança sob a perspectiva e bases


teóricas transformacionais, tendo em vista que ela é a mais aplicada nas
Organizações que implementam a qualidade total.

É importante dizer que independentemente da teoria que será aplicada,


não é adequado que se improvise a liderança, especialmente na atividade
policial militar. A execução da missão, não raras vezes, exige dos
profissionais preparo especial, como: atributos, conhecimentos, habilidades
e atitudes adequadas a cada situação; virtudes e valores elevados para
atuar em momentos de tranquilidade, mas principalmente em momentos de
turbulência. Por isso, é preciso que nos tornemos profissionais devidamente
preparados e capazes de conduzir a Organização e seus integrantes na
direção de um futuro promissor e edificante. O improviso além de poder
acarretar em consequências desfavoráveis ao evento, muitas vezes vem
acompanhado de alguma carga de estresse e ansiedade.

Por isso, como policial militar, ao exercer a liderança, procure:

1. Dar bons exemplos de disciplina, respeito, iniciativa, decisão,


coragem e equilíbrio emocional;
2. Aprimorar a própria competência profissional;
3. Estabelecer uma comunicação eficaz;
4. Agir com justiça e lealdade;
5. Conduzir os trabalhos de seu grupo;
6. Manter-se bem informado para dirimir dúvidas;
7. Corrigir seu subordinado com Sereno Rigor;
8. Demonstrar compromisso com a Instituição.
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3. LIDERANÇA NA PMMG
“(...) sem liderança, entretanto, não há organização
consistente para cumprir a missão e alcançar o objetivo.
Sem liderança as nações fracassam, as organizações
naufragam e as instituições se esboroam.” CORONEL
KLINGER SOBREIRA DE ALMEIDA

A PMMG demonstra sua valorização e preocupação com o tema liderança


em muitos de seus documentos e normas que apesar de não terem o tema
como escopo principal, acabam por tratar do assunto. Em geral, quando
essas doutrinas e treinamentos abordam o tema liderança, elas não o fazem
de forma aprofundada, apenas tangenciando o conteúdo e apresentando
um inter-relação entre liderança e o seu conteúdo principal.

Entre as normas mais recentes e esclarecedoras, é possível destacar a


Diretriz Nº 4522, Diretriz para Excelência da Gestão da Polícia Militar de
Minas. DEG – PMMG, que estabelece a Liderança como o primeiro critério
a ser desenvolvido na gestão e apresenta a importância do papel de líder
ser exercido por todos os responsáveis que conduzem as diversas frentes
de trabalho da Instituição:

O Critério Liderança relaciona-se, primordialmente, com


o fundamento “LIDERANÇA TRANSFORMADORA” que
preconiza a atuação dos líderes de forma inspiradora,
exemplar e com constância de propósito, estimulando
as pessoas em torno de valores, princípios e objetivos
da organização, explorando as potencialidades das
culturas presentes, preparando líderes e interagindo
com as partes interessadas. Cabe ressaltar que o que
torna uma organização excelente é a existência de um
sistema de liderança “forte”, envolvendo todos os níveis
da organização, contrapondo à visão convencional de
relacionar a liderança à figura de um único líder. Desta
forma, todas as pessoas responsáveis por conduzirem
a força de trabalho, aos objetivos organizacionais,
fazem parte do sistema de liderança da PMMG e inclui
Comandantes, Assessores, Diretores, Chefes de Centros,
Presidentes, Gerentes, Chefes de Seções e Núcleos,
Comandantes de Setores etc. Este critério aborda os
processos gerenciais relativos à cultura organizacional e
desenvolvimento da gestão, exercício da liderança, análise
do desempenho da organização e governança, sendo
esta o sistema pela qual as organizações são dirigidas,
monitoradas e incentivadas. (MINAS GERAIS, 2016a)

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O desenvolvimento da Liderança Transformadora deve corroborar e
fortalecer os valores da Polícia Militar de Minas Gerais previstos no Plano
Tático 2020-2023 que são: Representatividade, Respeito, Lealdade,
Disciplina, Ética, Justiça e Hierarquia.

Esses valores, os quais devem ser evidenciados pelo líder militar, são
primordiais para que as práticas de liderança se tornem eficazes e produzam
cada vez mais resultados excelentes.

A sugestão para a adoção da Liderança Transformadora na PMMG,


preconizada na Diretriz de Excelência em Gestão da PMMG acima
referenciada mostra-se atual, tendo em vista que essa perspectiva de
liderança busca o constante aprimoramento do líder e do desenvolvimento
do liderado, uma vez que não se parte de um determinismo natural. Todos
podemos desenvolver habilidades e melhorar sempre. Líder e liderado.

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4. AS COMPETÊNCIAS DA
LIDERANÇA MILITAR
A liderança é inatingível, e assim nenhuma arma poderá vir
um dia a substituí-la”. GENERAL OMAR N. BRADLEY

É importante entendermos que a Liderança é uma relação. Portanto, não se


faz sozinha e nem da noite para o dia. É preciso haver o líder e o liderado.
Algumas condições são necessárias para o estabelecimento e duração
dessa relação.

Há diversos tipos de líder. Líder que se estabelece pelo carisma ou pela


autoridade intelectual, e até pela autoridade formal (do cargo que ocupa).
Mas em qualquer um dos casos a liderança só se sustenta em razão da
credibilidade que o líder consegue estabelecer e fazer perdurar com seus
liderados.

Credibilidade é a qualidade daquele em quem se acredita e surge a partir


da confiança. A partir dessa confiança conquistada, os vínculos possibilitam
o estabelecimento da liderança. Essa irá uni-lo aos seus liderados.

A chave da liderança é a credibilidade do líder!

A credibilidade surge à medida em que o líder se comunica, de maneira


verbal e não verbal com os liderados, por intermédio de mensagens claras
e bons exemplos, obtendo respeito e confiança. A credibilidade tende a
aumentar sempre que as pessoas observam no líder atributos favoráveis à
condução do grupo. Quando essa confiança é estabelecida o líder passa a
ter a capacidade para orientar, guiar e até modificar as atitudes dos liderados.

Para obter a confiança das pessoas, o líder militar deverá primar pelo
desenvolvimento contínuo de sua competência profissional, inteligência
emocional, relacionamento saudável com os integrantes do seu grupo
e comunicação eficaz.

É importante ressaltar que conquistar a liderança de um grupo não deve


ser um objetivo final em si mesmo, com vistas a nutrir a vaidade ou o ego
do líder. Ela é uma ferramenta de crescimento para todos e serve como
um catalisador das atitudes necessárias dos membros para que o grupo
alcance a eficiência no cumprimento de suas missões, projetos ou tarefas e
também possam transpor os momentos de adversidades.

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Portanto, a Liderança Policial Militar é um meio para o cumprimento da
missão principal da Instituição que é:
“Promover a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública, valorizando
as pessoas, contribuindo para a garantia de um ambiente seguro para se
viver, trabalhar e empreender em Minas Gerais.”

4.1. Competência profissional

Gerenciar não tem nenhuma relação com Liderar. A primeira


exige técnicas, a segunda está baseada em caráter. (...) Liderar
é uma escolha pessoal, não uma decisão organizacional”.
ALFREDO MARTINI JÚNIOR

A competência profissional é condição indispensável ao exercício da


liderança, pois esta é a primeira característica que se observa e se espera
de alguém que ocupe esse lugar.

Competência, pode ser entendida como a capacidade de mobilizar esforços


conhecimentos, habilidades, valores, atitudes e experiências, para decidir e
atuar de forma a obter resultados satisfatórios em situações diversas.

Ter disposição para liderar é também uma competência profissional


que precisa ser exercida e desenvolvida. Afinal, se é possível aprender
as competência e atributos da liderança, desenvolver essa habilidade
demonstra engajamento profissional do militar.

4.2. Inteligência Emocional

“O líder tem de gerenciar a si próprio; conhecer as suas forças


e colocá-las em benefício dos bons propósitos.
A liderança começa, não quando a pessoa estabelece regras
para os outros
mas quando ela traça regras muito exigentes para ele mesmo”.
PETER FERDINAND DRUCKER

A inteligência emocional (IE) refere-se às habilidades usadas para identificar,


compreender, controlar e avaliar as emoções de si e dos outros. É também
a capacidade de reconhecer e controlar as próprias emoções, ao mesmo
tempo em que as aproveita adequadamente para obter a melhor reação
possível, conforme as situações determinam. Também tem relação com a
consciência e a sensibilidade em relação às emoções dos outros.

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É uma característica importante para qualquer pessoa em qualquer nível
de uma organização, mas é particularmente importante para aqueles que
ocupam cargos de liderança. A inteligência emocional de um líder pode
ter ampla influência sobre seus relacionamentos, como eles gerenciam
suas equipes e como eles interagem com os indivíduos no local de trabalho.

Veja cinco  comportamentos de um líder com baixo controle emocional.


Observe como alguns fatores atrapalham a sua gestão, e até influenciam no
comportamento e bem estar das pessoas que trabalham junto a ele:
a) Falta de autoconhecimento: estão sempre em dúvida e com
incertezas em relação às suas habilidades. Isso faz com que eles
acabem responsabilizando e culpando os demais por seus próprios
problemas. Geralmente hesitam muito em relação à tomada de
decisões. Bons líderes compreendem suas forças e fraquezas e
conseguem se comportar com humildade e lidar com problemas
sem deixar que as emoções atrapalhem o seu julgamento e
posicionamento.
b) Ausência de autocontrole: líderes sem autocontrole tomam
ações de maneira grosseira e, na maioria das vezes, sem medir as
consequências. Se comportam com o “bateu-levou”, muitas vezes se
orgulhando dessa característica. Esta é a principal indicadora da falta
de autocontrole (gerenciamento das emoções). Líderes precisam ser
capazes de manter a calma e o controle para não permitir que a
raiva fale mais alto em momentos de estresse e tensão. Além disso,
quando algo dá errado, é essencial admitir seus erros e assumir a
responsabilidade sem culpar a sua equipe.
c) Desmotivação: em situações que o líder possa vivenciar alguma
desmotivação, é essencial entender o que está por trás disso e buscar
soluções. Quanto mais tempo permanecer nesse estado, mais difícil
será retomar o ritmo das suas atividades. A desmotivação do líder
é rapidamente percebida pelos membros da sua equipe, podendo
afetá-los. As pessoas não querem seguir ou se dedicar a alguém que
parece não estar indo a lugar nenhum.
d) Falta de empatia: praticar a empatia e se colocar no lugar
das pessoas é fundamental para inspirar e motivar as equipes de
trabalho. Estabelecer conversas sinceras e  feedback  para tentar
entender diferentes pontos de vista e prestar atenção aos sinais de
descontentamento são algumas maneiras de ganhar o respeito e a
lealdade das pessoas. Essas conversas não devem ser usadas para
prejudicar as pessoas a partir do momento que elas confidenciam a

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você o que as incomoda. Se a equipe dá a você um voto de confiança
seja honesto também e procure ser justo. Se a queixa for exatamente
a forma como você tem conduzido o grupo, seja capaz de exercer o
controle emocional, sendo maduro e buscando melhorar também. Às
vezes acreditamos que o problema está na equipe, quando poderá
estar conosco ao liderar a equipe.
e) Dificuldade com as habilidades sociais: o líder que não as
domina dificilmente conseguirá se adaptar às mudanças ou gerenciar
conflitos. Provavelmente terá problemas em conquistar a ajuda dos
membros da equipe para entregar projetos ou alcançar metas. Bons
líderes estabelecem boa comunicação e bons relacionamentos. Isso
ajuda na resolução de conflitos, na valorização das equipes e na
otimização dos resultados.

4.3. Relacionamento saudável com os integrantes do seu grupo

“Há quem pense que um comando, para ser eficiente, basta


apoiar-se na força de sua autoridade.
Mas as relações entre Comandante e comandados não são tão
simples, sobretudo numa época de revolução social.
Passou a era do chefe autoritário. Com o advento do chefe
democrático condutor de seres humanos, com suas paixões,
ambições, que podem ser estimuladas, nervos que podem ser
abalados, orgulho que pode ser recalcado e esperanças que
podem ser realizadas.
Nos dias que correm, o chefe deve ser líder, cuja eficiência repousa
na disciplina, mas também na lei moral, na compreensão e na
motivação.”
GENERAL ALENCAR ARARIPE

Associado aos itens acima, das habilidades sociais e da empatia é a


capacidade em estabelecer relacionamentos saudáveis. Conhecer as
pessoas com quem você trabalha é um ponto chave para o desenvolvimento
da liderança. Saber qual a origem pessoal e profissional, quais as habilidades
e dificuldades, características mais marcantes de temperamento, por
exemplo, ajudam ao líder saber o que e como “extrair” das pessoas aquilo
que elas tem de melhor para oferecer ao cumprimento da missão.

Oferecer ajuda às pessoas, quando necessário, também contribui com o


desenvolvimento da liderança. Algumas pessoas da equipe se sentem mais
à vontade para relatar os seus problemas e até solicitarem ajuda quando o
líder se aproxima oferecendo um apoio.

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Sabemos que de modo geral, os militares apresentam pouco esse
comportamento. Acreditar que o melhor caminho ou o único é deixar as
pessoas da sua equipe “darem seus pulos” pode não ser tão frutífero quanto
se espera. Oferecer ajuda não significa fazer para o outro.

O importante é, acima de tudo, respeitar o próximo. Sem respeito não há


liderança e nem resultado satisfatório. Há apenas resistência imediata e
adoecimento a curto e médio prazo.

4.4. Comunicação eficaz

“[...] apesar da rápida mudança tecnológica, a natureza


humana dificilmente mudará. Assim, os líderes terão de
compreendê-la, saber apreciar a experiência humana
descrita segundo uma perspectiva histórica, possuir um
conhecimento multicultural de elevado nível e comunicar
com eficácia.” GENERAL BELCHIOR VIEIRA

Comunicação não é só transmissão de informação, é um  processo de


interação entre as pessoas. Comunicar significa tornar comum, para tanto
a escuta é tão importante quanto a fala. Falar com clareza é fundamental e
ser um bom ouvinte também.

Entre os principais problemas que podem acontecer pela falta de


comunicação entre o líder e a equipe, dois valem a pena ser citados porque
impactam toda a equipe:

a) O líder falar  sem segurança. Dessa forma não transmite a


confiança necessária para quem está ouvindo e uma equipe que não
confia no próprio líder se sente perdida. Quando isso acontece o
clima da equipe é automaticamente afetado.

b) A falta da comunicação clara e objetiva entre o time e a liderança.


A ausência de transparência cria ruídos e abre margem para
suposições, fantasias, especulações que só prejudicam o bom
relacionamento entre todos.

Líderes que se comunicam bem constatam maior engajamento


e aumento na produtividade da equipe

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Para desenvolvermos uma comunicação eficaz com nossos liderados
precisamos deixar as expectativas claras desde o primeiro momento.
Explicando o quê, porquê e como fazer. Assim eles saberão quais são os
resultados esperamos deles.

É muito importante apresentarmos as metas individuais, para que possam


compreender de que forma o seu trabalho contribui com os objetivos maiores da
organização. Acompanhar a evolução dessas metas periodicamente, em
reuniões individuais e de time, apresentando os resultados atingidos ajuda
muito a terem a dimensão das reais contribuições. Inclusive o que está bom
e o que está aquém na expectativa naquele momento.

Por fim, o feedback - tanto positivo, quanto negativo - é uma das ferramentas
de comunicação mais importantes dentro de uma equipe. Ele é uma forma
sistematizada de  reconhecer bons resultados e atitudes e realinhar as
expectativas quando algo não sai conforme o esperado.

Lembre-se: saber escutar e demonstrar interesse irá aumentar o


engajamento da sua equipe de trabalho.

Conforme a 2ª Pesquisa Nacional de Comunicação com a Média Liderança,


os dois pontos que melhor caracterizam um líder comunicador são a abertura
ao diálogo e disposição para escutar.

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MÓDULO DO CURSO DE ENSINO À DISTÂNCIA DA DIRETORIA DE SAÚDE DA PMMG
5. OS ATRIBUTOS DA
LIDERANÇA MILITAR
“O Comandante apresenta as virtudes da sabedoria,
justiça. Humanidade, coragem e austeridade.” SUN TZU

A liderança no meio militar é fundamentalmente reconhecida pela relação


de confiança existente entre superiores e subordinados. Quando o
componente da liderança na relação não existe o que se tem é tão somente
o funcionamento de uma Organização pautada na hierarquia, onde não
existirá a figura de um líder, mas sim de um chefe militar que, é obedecido
tão somente pela sua posição hierárquica.

Uma vez que nem todos os chefes são líderes, é importante criarmos meios
para desenvolvermos nos chefes militares atributos de liderança para que
exerçam suas funções em um nível desejável.

Muitos chefes militares pensam que são líderes, por possuírem uma patente ou
função de chefia. Outros são líderes, porém não desenvolveram plenamente
seu potencial. Outros ainda pensam que são líderes participativos ou
delegativos, mas na verdade podem ser autocráticos. É por situações como
essas que a liderança militar tem como fator primordial buscar desenvolver
atributos da área afetiva dos comandantes que contribuam para uma melhor
relação entre os militares na cadeia de comando e, como consequência, o
êxito dos objetivos propostos em cada situação.

Quando bem desenvolvidos e aplicados, além de nutrir a confiança dos


subordinados, os atributos da liderança ajudam ao policial militar a exercer
seu papel também pela força do exemplo.

O exemplo deve ser dado pela competência profissional demonstrada, pelos


exemplos de cidadania, de disposição para exercer a liderança e de cada
um dos atributos apresentados a seguir:

São atributos importantes para um Líder Militar, em qualquer nível:

Disciplina consciente ou autodisciplina – capacidade de proceder,


voluntariamente, conforme as normas, regulamentos e leis que regem a
Instituição e o Estado, bem como a capacidade de cumprir às ordens legais
expedidas pelos superiores hierárquicos.

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LIDERANÇA MILITAR EM TEMPOS DE CRISE
Honestidade – conduta que se caracteriza pelo respeito ao direito do outro
indivíduo, pela probidade e lisura na condução de pessoas e processos e
pela repulsa à fraude e à mentira.

Honra – é a consciência da própria integridade e dignidade, expressa em


uma vida pessoal e profissional honesta que torna a pessoa respeitada pelo
grupo ou comunidade com o qual convive.

Lealdade – é o cumprimento do que foi prometido, a atitude de fidelidade


às pessoas, grupos e instituições, em virtude dos ideais e valores que
defendem e representam.

Senso de justiça – justiça é o dever moral de dar a cada indivíduo o que


lhe é devido. Por isso, o Senso de Justiça pode ser entendido como a
consciência clara dos próprios direitos e deveres, além do respeito pelos
direitos das outras pessoas, bem como a exigência do cumprimento dos
deveres que a ela se impõe.

Respeito – capacidade tratar determinado indivíduo ou símbolo com


profunda deferência. É a demonstração da consideração os superiores
hierárquicos, os companheiros de farda e suas famílias (Família Militar), as
leis e os regulamentos, as autoridades legalmente constituídas, a pátria e
seus símbolos, bem como a sociedade em geral, sem levar em conta sua
origem social, raça ou religião.

Integridade de caráter ou probidade – o indivíduo que tem integridade de


caráter, desenvolveu em grande medida os seis atributos acima citados, que
são: honestidade, honra, justiça, lealdade, respeito e disciplina.

Patriotismo – atitude de respeito e consideração incondicionais à Pátria,


que se expressa através do civismo, entendido como a manifestação de
respeito às instituições e símbolos nacionais.

Camaradagem – capacidade de se relacionar de forma disciplinada, amistosa


e cooperativa com os superiores hierárquicos, pares e subordinados.

Firmeza ou firme autoridade – capacidade de manter sua opiniões


e decisões, com sólida argumentação, diante de idéias contrárias e
equivocadas; refere-se à maneira serena, porém enérgica, com que o
indivíduo emprega a autoridade da qual está investido.

Empatia – capacidade de compreender emocionalmente uma situação vivida


por outra pessoa. Dessa forma, busca-se compreender idéias, atitudes e
comportamentos, considerando a idade, a experiência de vida e a origem
social do outro, para melhor orientá-lo.

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MÓDULO DO CURSO DE ENSINO À DISTÂNCIA DA DIRETORIA DE SAÚDE DA PMMG
Paciência – capacidade de suportar dificuldades e dissabores e perseverar
na continuação da tarefa e/ou na capacidade de retornar muitas vezes ao
mesmo assunto, de forma que suas explicações e motivos fiquem claros aos
envolvidos.

Tato – Também conhecido como bom senso, pode ser entendido como a
habilidade e prudência de lidar com as pessoas sem ferir suscetibilidades;
capacidade de corrigir um indivíduo sem ofendê-lo.

Sereno rigor – Atitude que se caracteriza pela capacidade de empregar


simultaneamente a firme autoridade, a empatia, a paciência e o tato. O
comandante, em qualquer nível, terá maior sucesso na correção e orientação
aos seus subordinados se desenvolver esse atributo, pois manterá aberta
uma via de comunicação pela qual será possível obter o convencimento do
indivíduo.

Resiliência – Pode ser entendida como a capacidade de rápida recuperação


e também a habilidade de se ajustar apropriadamente às mudanças
ocorridas. Essa adaptabilidade é sempre muito necessária, mas mostra o
seu valor especialmente em momentos de crise.

Autoconfiança – capacidade de demonstrar convicção e segurança em suas


atitudes, nas mais diferentes circunstâncias. Normalmente é ela o alicerce
para o desenvolvimento da capacidade de decisão, coragem e iniciativa.

Autocrítica - capacidade de avaliar seus próprios atos, considerando


principalmente os erros que eventualmente tenha cometido e suas
perspectivas de correção e aprimoramento. Esse atributo esta diretamente
ligado ao autoconhecimento uma vez que é preciso conhecer verdadeiramente
nossas virtudes e limitações para buscar um verdadeiro aprimoramento.

Coerência – capacidade de agir em conformidade com as idéias, valores


e normas que se prega e se exige das demais pessoas. Este é o atributo
do indivíduo que age sempre em consonância com os princípios que
estabeleceu para si próprio.

Cooperação – capacidade de contribuir para a realização do trabalho


do outro ou de um grupo. O lider que não coopera com os trabalhos de
seus liderados e não os ajuda nas dificuldades encontradas, não adquire
credibilidade.

Coragem – capacidade para agir de forma firme e destemida diante


de situações emocionais ou morais difíceis. A pessoa verdadeiramente
corajosa não se arrisca ou se expõe ao perigo desnecessariamente. Elas
sentem medo, o que é saudável e natural e age de maneira conveniente
para cumprir a missão arriscada que se apresenta.

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LIDERANÇA MILITAR EM TEMPOS DE CRISE
Criatividade – capacidade de produzir novas ideias, em busca de soluções
inovadoras para os problemas e situações que se apresentam.

Decisão – capacidade de escolher, oportunamente, uma alternativa viável


que resolva a questão que se apresenta. A oportunidade e a viabilidade
da decisão são características fundamentais para que ela seja validada e
efetivada por superiores e subordinados.

Dedicação – capacidade de cumprir, espontaneamente e com empenho, as


tarefas rotineiras e outras extraordinárias que se apresentem.
Equilíbrio emocional – capacidade de controlar as próprias reações
para continuar a agir de modo apropriado diante de situações de crise, de
conflito e de perigo. Nas condições normais, sem pressões, é relativamente
fácil comandar. No entanto, nas situações de crise e nas dificuldades, ou
quando o trabalho que se realiza é posto à prova, há os que não conseguem
apresentar a correta resposta emocional, demonstrando nervosismo, raiva
ou mesmo apatia e, assim, não conseguem liderar a equipe.

Fé na missão policial e bombeiro militar – É a paixão, a fé, o entusiasmo


com que o policial militar se dedica à sua organização, à pátria e à missão
em virtude da grandeza e importância de seu trabalho para a sociedade,
para manutenção da ordem e para garantia da lei. Está intimamente ligada
a uma verdadeira vocação e à satisfação por exercer a essência operacional
dessa nobre profissão.

Iniciativa – capacidade para agir de forma adequada e oportuna sem


depender de ordens ou decisões superiores. Um militar de iniciativa tem
disposição para assumir as responsabilidades que suas ações e decisões
trazem.

Persistência – capacidade de manter-se em ação continuadamente, a fim


de executar uma tarefa difícil, mesmo que seja necessário repeti-la inúmeras
vezes, até terminá-la. A falta de persistência pode facilmente impedir o
cumprimento de uma missão.

Responsabilidade – capacidade de cumprir suas atribuições, assumindo e


enfrentando as consequências de suas atitudes e decisões.

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MÓDULO DO CURSO DE ENSINO À DISTÂNCIA DA DIRETORIA DE SAÚDE DA PMMG
6. NÍVEIS DE LIDERANÇA

“A grandeza de uma função está talvez, antes de tudo, em


unir os homens” ANTOINE DE SAINT-EXUPÉRY

Chegando a este ponto do curso, agora mais instruído com alguns conceitos
e sugestões para melhorar sua performance como líder militar junto ao seu
grupo de trabalho, acreditamos que você esteja mais encorajado a ser uma
pessoa e um comandante melhor para seus colegas e subordinados.

Tudo começa pela intenção positiva!

Você poderá avançar nos níveis de liderança a partir do momento em que


se dedicar a essa tarefa. Tendo em vista que você já ocupa esse lugar hoje,
já que de alguma forma possui militares sob seu comando seja na condição
de chefia, seja pela simples precedência hierárquica, observe o esquema
desenvolvido por Jonh C. Maxwell, que consta no livro: “Os 5 níveis da
liderança”, Maxwell (2011). Veja em qual desses níveis você se percebe
hoje:

NÍVEL 1 – Posição
O primeiro nível está atrelado à posição ocupada pelo Líder, ou aos direitos
adquiridos pelo cargo de trabalho que ocupa. Neste nível, os subordinados
o seguem porque são obrigados, sendo o controle exercido por normas e
regras.

NÍVEL 2 – Permissão
O segundo nível está relacionado à capacidade de relacionamento entre
líder e subordinados, pois, nesse caso, o foco de atuação do líder é criar
ambientes agradáveis de trabalho, conhecer as pessoas e desenvolver
relações duradouras baseadas em confiança. Dessa maneira, as pessoas o
seguem porque querem, e não pelo cargo que ocupam.

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LIDERANÇA MILITAR EM TEMPOS DE CRISE
NÍVEL 3 – Produção
O terceiro nível de liderança é o da “produção”. O líder deste nível evoluiu,
adquirindo características dos dois primeiros níveis e agora está em busca
do alcance de resultados organizacionais. Desta forma, seus subordinados
que inicialmente o seguiam por uma obrigação normativa e posteriormente
por sua própria vontade, agora o seguem por causa do que ele faz pela
organização. Neste nível, os líderes ganham credibilidade e grande
influência.

NÍVEL 4 – Desenvolvimento de pessoas


O “desenvolvimento de pessoas” é o foco da atuação do líder neste nível.
Sua influência não está baseada no poder, mas no alto investimento
que ele faz em capacitar seus subordinados para se tornarem líderes;
reproduzir é o resultado. Como o líder ajuda a melhorar o desempenho de
seus subordinados, o trabalho em equipe atinge alto nível e a lealdade é
reforçada. O líder neste nível é seguido pelo que ele fez pessoalmente pelos
seus liderados.

NÍVEL 5 – Pináculo ou auge


O nível de liderança mais alto e mais difícil é o “pináculo ou auge”. Seu
foco é desenvolver líderes de nível 4. Pela reputação positiva que ganha e
por sua atuação transcender sua posição, deixa legado. Ele é seguido por
causa de quem é e do que representa.

Depois de conhecer os cinco níveis de liderança proposto, é preciso fazer


uma auto-avaliação para entender em qual deles cada um se encontra e
principalmente, quais atributos precisam ser desenvolvidos para se atingir o
próximo nível.

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MÓDULO DO CURSO DE ENSINO À DISTÂNCIA DA DIRETORIA DE SAÚDE DA PMMG
7. LIDERANÇA E SUA RELAÇÃO
COM A QUALIDADE DE VIDA NO
TRABALHO (QVT)
“O líder é o sustentáculo do grupo: se for forte em todos os
aspectos, o grupo será forte; se está defeituoso, o grupo
será fraco.” SUN TZU

A Qualidade de Vida no Trabalho é uma condição fundamental para o estado


de saúde tanto do militar como da corporação. Vários são os quesitos que
fazem com que o funcionário perceba seu local de trabalho como saudável
ou insalubre.

Faz parte da saúde desse ambiente que o funcionário também esteja bem,
para que ele não seja um dos causadores do desequilíbrio. Esses elementos
serão abordados oportunamente no módulo sobre Qualidade de Vida e
Saúde mental.

Aqui está sendo abordada essa temática, para demonstrar a sua correlação
com o tema liderança, visto que essa pode contribuir para a qualidade ou
falta de qualidade no trabalho, como já é do nosso conhecimento.

Como recurso para estudarmos e compreendermos melhor o quanto uma


liderança pode estar interferindo na qualidade e saúde mental da tropa a ela
subordinada temos, dentre alguns outros recursos, os indicadores.

Indicadores são variáveis definidas para medir um conceito abstrato


com a intenção de orientar decisões sobre determinado fenômeno de
interesse. Podemos dizer que funcionam como “termômetros” do ambiente
organizacional. Além disso, quando trabalhados e cruzados com outras
informações, podem proporcionar um bom Diagnóstico Organizacional
e, consequentemente, ações de prevenção e promoção em saúde mais
adequadas a cada realidade. O diagnóstico é a base de qualquer processo
de mudança organizacional (Puente-Palacios, 2015).

Abaixo, listamos importantes variáveis a serem monitoradas ao discutirmos


QVT e Saúde Mental na PMMG:

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LIDERANÇA MILITAR EM TEMPOS DE CRISE
a) Absenteísmo
De forma simplificada, podemos dizer que absenteísmo é uma expressão
utilizada para designar as faltas ao trabalho, na maioria das vezes atreladas
à uma licença médica. Considerando nosso tema de discussão, ressalta-
se que as licenças médicas em decorrência de transtornos psiquiátricos
ocupam posição de destaque em nossas estatísticas de saúde. Tais licenças,
embora relacionadas a uma complexidade de fatores, também podem
expressar, quando analisadas coletivamente, a forma como os policiais têm
lidado com suas atividades profissionais. Como discute Chiavenato (2002),
“nem sempre as causas do absenteísmo estão no próprio empregado, mas
na organização, na supervisão deficiente, no empobrecimento das tarefas,
na falta de motivação e estímulo, nas condições desagradáveis de trabalho,
na precária integração do empregado à organização e nos impactos
psicológicos de uma direção deficiente”.

b) Clima Organizacional
De acordo com Toro (2001) apud Siqueira & cols. (2008), Clima Organizacional
“consiste em percepções compartilhadas que os membros desenvolvem
através das suas relações com as políticas, as práticas e os procedimentos
organizacionais tanto formais quanto informais”. Estas percepções podem
ser mensuradas em pesquisas metodologicamente estruturadas (Pesquisa
de Clima Organizacional e Escalas de Satisfação no Trabalho), assim como
podem ser obtidas informalmente em reuniões de trabalho, instruções junto
à tropa e no dia a dia organizacional.

A criação de canais de comunicação entre líderes e liderados e o acesso


facilitado ao primeiro, possibilita que o gestor, coletando informações
provenientes de posições diversas, avalie a condição geral de seus
subordinados.

Repetição de certos discursos, nível motivacional de equipes, relacionamento


interpessoal entre os integrantes da organização e grau de cooperação
no trabalho rotineiro são alguns dos elementos a serem investigados na
definição do Clima Organizacional de cada unidade. Segundo Martins
(2004) apud Siqueira & cols. (2008) “um melhor conhecimento do clima
organizacional pode colaborar para a melhoria da qualidade de vida do
homem no trabalho, para a otimização do desempenho das organizações
e para o esclarecimento das relações entre esta e outras variáveis do
comportamento organizacional”.

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MÓDULO DO CURSO DE ENSINO À DISTÂNCIA DA DIRETORIA DE SAÚDE DA PMMG
c) Produtividade
A Qualidade de Vida no Trabalho possui uma relação direta com a
questão da produtividade. Ambientes equilibrados e que proporcionam
o desenvolvimento do potencial de trabalho dos indivíduos favorecem o
aspecto motivacional para o alcance das metas estipuladas. O contrário
também acontece. Espaços em que as relações estão deterioradas e nos
quais as pessoas não observam um real propósito para o seu trabalho
podem levar a problemas na obtenção dos objetivos organizacionais.

Neste ponto, não podemos estabelecer uma associação exclusiva entre


bem estar no trabalho e produtividade. Existem outros fatores presentes
nesta equação: questões logísticas, mudanças no ambiente externo,
dimensionamento do efetivo e outros. No entanto, tal variação numérica
deve ser analisada também a partir da dimensão motivacional da tropa,
principalmente quando outros elementos não estão atuando na realidade
organizacional.

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LIDERANÇA MILITAR EM TEMPOS DE CRISE
8. AÇÕES DO LÍDER MILITAR
QUE CONTRIBUEM COM A QVT
“Nosso século caracteriza-se por ardente procura de
líderes em todos os setores das atividades humanas.”
CORONEL KLINGER SOBREIRA DE ALMEIDA

A construção da chamada Qualidade de Vida no Trabalho também


acontece em situações rotineiras, em pequenas decisões que podem afetar
positivamente a saúde mental dos integrantes de uma unidade.

A seguir, foram elencadas algumas ferramentas de gestão que contribuem


com a promoção e o cuidado com a saúde.

a) Construção de uma cultura organizacional que valorize os cuidados


em saúde e o respeito aos valores Institucionais.

a.1. Incentivo à atividade física: como visto no módulo sobre Qualidade de


Vida e Saúde Mental, o exercício físico funciona como elemento importante
no equilíbrio do corpo e da mente, seja pela liberação de hormônios
provocadores do estado de bem estar, seja pela possibilidade de socialização
atrelada às práticas esportivas. Muitas vezes caberá ao gestor, a partir de
suas ações de comando, estimular a participação de todos os componentes
nestas ações.

a.2. Orientação quanto ao uso correto de Equipamentos Operacionais,


Armamentos e Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s): a pandemia do
COVID-19 nos mostrou a importância de algumas atitudes preventivas em
saúde. O álcool em gel e as máscaras tornaram-se recursos fundamentais
no combate à doença. Em um ambiente organizacional, o líder tem papel
essencial na disseminação do uso correto de equipamentos e armamentos,
seja pelo compartilhamento responsável de informações referentes ao uso
preconizado pela Instituição, seja pelos cuidados em saúde, seja pela força
do exemplo cotidiano.

a.3. Parceria e engajamento nas políticas Institucionais e àquelas propostas


pela equipe de saúde de referência: ao corroborar as ações propostas pela
Instituição e pelos profissionais de saúde, o líder aponta para o valor da
Qualidade de Vida em seu comando, trazendo os integrantes da organização
para uma participação ativa nas discussões. Principalmente quando
tratamos de debates relacionados à saúde mental dos policiais militares,
a participação efetiva do gestor na validação de propostas permite quebrar

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MÓDULO DO CURSO DE ENSINO À DISTÂNCIA DA DIRETORIA DE SAÚDE DA PMMG
estigmas e preconceitos relacionados aos distúrbios psicológicos. Assim,
a criação de uma cultura organizacional que valoriza a saúde da tropa e,
implicitamente, a QVT, depende diretamente do envolvimento das lideranças
nos projetos apresentados pelos profissionais de saúde da corporação.

b) Criação de canais de comunicação entre o comandante e os


integrantes da unidade
A comunicação fluida entre líderes e liderados muitas vezes permite aos
primeiros avaliar o chamado clima organizacional. Ao mesmo tempo, a
possibilidade de ser ouvido traz aos liderados a percepção de sua importância
no ambiente de trabalho. A criação de espaços de escuta pelo líder policial
militar torna-se importante ferramenta no manejo da QVT. Neste aspecto,
vale ressaltar, não se trata de responsabilizar o líder na identificação e
diagnóstico de possíveis transtornos de saúde mental dos subordinados.
Para tal, contamos com equipe técnica (médicos e psicólogos) preparados
e cientes da melhor forma de conduzir cada caso. O importante é que o líder
policial militar consiga criar situações para que seus comandados estejam
à vontade para trazer questões que digam respeito às suas dificuldades –
pessoais e profissionais - e que, muitas vezes, repercutem negativamente
em sua produtividade. Ainda, ressalta-se que os espaços propícios para
esse diálogo não têm necessariamente um caráter formal, institucional. A
comunicação pode acontecer tanto em uma instrução à tropa e reuniões de
equipe até em momentos informais, como em um “cafezinho” ou no horário
de uma atividade física.

c) Atenção à adaptação (e readaptação) funcional de seus comandados


Sabemos que um trabalho dotado de propósito e afinado às experiências e
interesses de um profissional é capaz de gerar a tão sonhada motivação no
ambiente laboral. Ao falarmos sobre Qualidade de Vida no Trabalho e Saúde
Mental devemos sempre considerar a existência de aspectos singulares no
processo.

O encontro de atividades compatíveis com a trajetória de cada policial


pode ser a grande mola propulsora da satisfação no trabalho e,
consequentemente, da produtividade e alcance de metas traçadas.

Assim, uma das ações de liderança reside na reflexão e obtenção de funções


favoráveis ao desenvolvimento do potencial de cada comandado. Esta tarefa
é válida seja para o militar no exercício regular de suas atividades, seja para
aquele policial que, em decorrência de problemas de saúde, encontra-se
dispensado de algumas atividades. Nesta última situação, a tarefa torna-
se ainda mais importante, visto que muitas vezes o militar dispensado
encontra-se fragilizado e impossibilitado de exercer atividades que até então
faziam parte de seu cotidiano. Encontrar (ou reencontrar) tarefas dotadas
de sentido e propósito nestes casos é fundamental para a harmonia do

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LIDERANÇA MILITAR EM TEMPOS DE CRISE
ambiente de trabalho. Lembrando que para enfrentar este desafio o líder
policial militar deve buscar a assessoria de seus profissionais de saúde de
referência, assim como de sua equipe de Recursos Humanos, conforme
legislação própria.

d) Liderar pelo exemplo


Uma Cultura Organizacional de valorização da saúde é fortalecida quan-
do os próprios gestores demonstram preocupação em relação à própria
condição física e emocional. Partindo do pressuposto que assumir funções
de comando e nelas tomar decisões de alta complexidade exige equilíbrio
psicológico, faz-se necessário que este gestor esteja atento ao seu estado
emocional. Líderes atentos à questão estarão em melhores condições para
auxiliar seus comandados, a partir de suas decisões. Além disso, a obser-
vação pela tropa das atitudes dos comandantes em relação à própria saúde
provocará uma sensibilização comportamental, muitas vezes quebrando es-
tigmas e preconceitos em relação ao tema saúde mental.

O equilíbrio emocional cria condições para que o líder tenha mais cria-
tividade, resiliência e segurança para construir alternativas em cená-
rios que nem sempre são positivos.

e) Desenvolvimento de habilidades voltadas para o Feedback e corre-


ção de atitudes.
Avaliar o trabalho dos subordinados e comunicar os resultados são tare-
fas essenciais de um comandante em qualquer nível hierárquico dentro da
instituição. Ao oferecer o feedback aos comandados, inúmeras variáveis
podem favorecer ou prejudicar a condição do ouvinte: a postura e clareza
do avaliador, a sensação de exposição ou privacidade em relação a outras
pessoas, os critérios priorizados na avaliação, entre outros. Líderes capa-
zes de desenvolver Empatia e dotados da chamada Inteligência Emocional
estão mais propensos a usar o feedback como momento de orientação e
aprendizagem, obtendo melhores resultados nas mudanças atitudinais dos
subordinados.

f) Conhecer os programas institucionais de Promoção de Saúde:


Em nossa rotina, já contamos com importantes iniciativas voltadas para a
saúde da tropa: Programa Pró-Apoio, Programa de Preparação para a Re-
serva (PPR), Programa de Saúde Ocupacional da Polícia Militar (PSOPM),
entre outros. Embora a execução de alguns desses programas seja de res-
ponsabilidade das equipes de saúde, conhecê-los permite ao líder orientar
institucionalmente seus subordinados em suas demandas específicas.

Assim, entendemos que, ao apropriar-se destas ações, o líder policial


militar amplia seu exercício de liderança, pois pode desenvolver um
olhar sistêmico sobre o funcionamento organizacional, conduzindo
seu grupo.
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MÓDULO DO CURSO DE ENSINO À DISTÂNCIA DA DIRETORIA DE SAÚDE DA PMMG
9. CONCLUSÃO

“Sem liderança, as nações fracassam.


Só os líderes conduzem as nações – ou os povos –
às culminâncias das realizações coletivas.
Só os líderes conseguem empolgar
as massas nas adversidades.
Só os líderes atravessam as turbulências.
A história nos assevera.”
CORONEL KLINGER SOBREIRA DE ALMEIDA

O líder, muitas vezes, é o autor não apenas de seu próprio destino, mas de
toda uma equipe, uma coletividade, um povo. Quanto maior os desafios no
mundo, maior ainda nas instituições públicas e governos a necessidade de
líderes. Seja no sentido de galvanizar o verdadeiro espírito público, moral e
ético nos seus integrantes, de justificar a própria existência institucional ao
propósito do bem comum, ou pela produtividade ou competitividade organi-
zacional e eficiência que são marcas de um mundo globalizado (VALADA-
RES, 2011).

Nesse sentido, o estudo da Liderança em tempos de desafios tão expres-


sivos na Saúde e na Segurança Pública e Defesa Social se mostra tão im-
portante. Especialmente na PMMG e CBMMG, Corporações revestidas de
aspectos singulares decorrentes de sua missão constitucional.

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LIDERANÇA MILITAR EM TEMPOS DE CRISE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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