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1.1. Introdução
O presente estudo está inserido concretamente na análise das principais medidas de controlo de
infecções que os profissionais da lavandaria hospitalar estão expostos durante o exercício de
processamento das roupas provenientes das diversas unidades de serviços de saúde.
As lavandarias hospitalares são importantes para o controle de infecções hospitalares, porém, são
consideradas áreas críticas, pois oferecem riscos aos seus trabalhadores no processamento das
roupas.
(Fontoura, Gonçalves & Soares, 2011), pressupõem que, apesar da importância deste serviço no
controle de infecções hospitalares e no desenvolvimento das actividades de um hospital, a
preocupação com a saúde e a segurança dos trabalhadores é praticamente inexistente.
Trabalhadores da lavandaria hospitalar se submetem a elevadas cargas de trabalho e estão
expostos a diferentes situações de risco.
Portanto, devido a magnitude de riscos de infecção que este sector apresenta para os
profissionais, é de extrema relevância que sejam adoptadas medidas técnicas e administrativas de
modo a reduzir a ocorrência de infecções e favorecer a execução das actividades para melhoria
das condições de trabalho.
Conforme Siqueira (2005), o serviço de lavandaria hospitalar deve ser bem planejado. As
definições referentes a localização, aos fluxos, aos acessos, as dimensões devem ser feitas
obedecendo os princípios técnicos, garantindo desta forma, melhores condições de trabalho aos
profissionais contribuindo desta feita no controle de infecções no exercício das actividades.
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Estudante: Alberto César Chavana
Com relação à estrutura do estudo, serão abordados inicialmente o problema, em seguida, os seus
objectivos gerais e específicos, a justificativa, a relevância deste estudo, apresentando a
delimitação da pesquisa no primeiro capítulo. Posteriormente, no segundo capítulo, será feita
uma revisão teórica abordando os constructos que integram as medidas de controlo de infecções
implementadas na lavandaria hospitalar. Após a revisão teórica dos principais dados referentes a
salvaguarda da saúde do profissional da lavandaria hospitalar serão apresentados, no terceiro
capítulo, a metodologia utilizada na pesquisa. Na última parte, que compreendem o quarto e o
quinto capítulos serão apresentados os resultados da pesquisa e as conclusões do estudo.
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Estudante: Alberto César Chavana
1.2. Problematização
As infecções hospitalares constituem um importante problema de saúde pública no mundo.
Para Silva (2003) a infecção hospitalar alcança uma problemática de grande importância para a
saúde pública, a medida que interfere na eficácia da assistência, repercutindo em grandes custos.
(Fernandes, Ribeiro Filho & Barroso, 2000) sustentam que os factores intimamente relacionados
aos ambientes hospitalares facilitam o desencadeamento de infecções tais como: a desinfecção
inadequada, a disseminação dos microorganismos nos equipamentos hospitalares e a própria
inexistência de medidas de controlo de infecção.
A lavandaria hospitalar é um ambiente geralmente, quente e húmido, onde são lavadas roupas
infectadas com sangue, secreções e excreções e, além disso, são utilizados produtos químicos
para a desinfecção, faz-se esforço físico para pesar, dobrar e transportar roupas e operam-se
máquinas, tais como: lavadoras, centrífugas, secadoras, dentre outras. (FERNANDES,
FERRAZZA & FERNANDES, 2013)
Embora a actividade da lavandaria hospitalar seja fundamental para a melhoria da qualidade dos
demais serviços, têm-se levantado a possibilidade das roupas hospitalares serem prováveis fontes
de infecção para pacientes e profissionais.
Para Fountora, Gonçalves & Soares (2011) os ferimentos causados por agulhas e materiais
perfuro-cortantes em hospitais envolvem risco de infecção por patógenos sanguíneos e têm factor
agravante, porque em muitos casos não é possível identificar o paciente-fonte e a maioria desses
acidentes acontece com os trabalhadores da lavandaria hospitalar.
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Estudante: Alberto César Chavana
1.2.1. Questão Norteadora
Assim sendo, as dificuldades mencionadas, entre outras produzidas e reproduzidas pelos
hospitais e pelas condições de trabalho, exigem reflexões e intervenções visando a segurança e a
saúde desses profissionais.
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Estudante: Alberto César Chavana
1.3. Objectivos
1.3.1. Objectivo Geral
Analisar as medidas de controlo de infecção para melhoria da qualidade dos
serviços prestados na lavandaria hospitalar.
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Estudante: Alberto César Chavana
1.4. Justificativa
Justifica-se este trabalho devido ao aumento relativo à preocupação em garantir a qualidade dos
serviços de saúde e a segurança dos profissionais da área de Saúde.
Outro factor que impulsionou a realização da pesquisa foi a grande demanda de informações
sobre o assunto solicitadas pelos profissionais dos serviços de saúde e das lavandarias
hospitalares. Portanto, espera-se que este trabalho seja um importante instrumento de apoio a
todos os envolvidos nas actividades de processamento de roupas de serviços de saúde e,
principalmente, que fomente a prática voltada a prevenção e controle de infecções.
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Estudante: Alberto César Chavana
1.5. Relevância de estudo
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Estudante: Alberto César Chavana
1.6. Delimitação da Pesquisa
A delimitação da pesquisa, segundo Gil (1995, p. 70), “refere-se ao planeamento da mesma em
sua dimensão mais ampla”, ou seja, neste momento o investigador estabelece os meios técnicos
da investigação prevendo-se os instrumentos e procedimentos necessários utilizados para a
colecta de dados.
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Estudante: Alberto César Chavana
CAPÍTULO II: REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Infecção
Para Cabral & Silva (2013) “é uma invasão por microorganismos nocivos, que vão além da
capacidade de reacção do organismo afectado e após infecção irão se multiplicar afectando os
órgãos de acordo com a sua espécie e virulência”.
Portanto, pelos conceitos acima referidos pelos autores, percebe-se que a infecção é decorrente
da invasão do organismo por agentes infecciosos, que interagem imunologicamente e se
multiplicam criando instabilidade nos diferentes sistemas que constituem o corpo humano.
Esta instabilidade pode ser originada por diversos factores que culminam com a exposição do
indivíduo a diferentes situações de riscos.
No caso da infecção hospitalar, ainda Rabelo (2001) considera como tal, todo e qualquer tipo
adquirida após a entrada do paciente na unidade sanitária ou após a sua alta.
Por sua vez, (World Health Organization: WHO, 2016)define a infecção hospitalar como sendo
um evento adverso que mais mata nos serviços de Saúde em todo o mundo, sendo um risco
enorme para a segurança do utente, assim como do pessoal da Saúde.
A história das infecções hospitalares está fortemente vinculada a história da medicina, e a relação
entre os hospitais e as infecções acompanha a criação dos primeiros hospitais. (SPILK, 2010).
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Estudante: Alberto César Chavana
As Infecções Hospitalares (IHs) são decorrentes do desequilíbrio entre os mecanismos de defesa
imunológica do organismo relacionado a uma doença de base e da agressão terapêutica. Além
disso, Wenzel (1993) sustenta que a IH é responsável pelo prolongamento no tempo de
permanência dos pacientes no hospital, menor disponibilidade de leitos hospitalares, com o
consequente aumento do custo de tratamento.
Segundo Fernandes, Ferrazza& Fernandes (2013) definem a lavandaria hospitalar como sendo
um sector de apoio que tem como finalidade colectar, pesar, separar, processar, reparar e
distribuir roupas em condições de uso, higiene, quantidade, qualidade e conservação a todas as
unidades do serviço de saúde.
Na visão de Neto (1986) a lavandaria hospitalar é um dos serviços de apoio ao atendimento dos
pacientes, responsável pelo processamento da roupa e sua distribuição em perfeitas condições de
higiene e conservação, em quantidade adequada a todas às unidades do hospital.
(Lauro, 2001) defende que a função da lavagem das roupas é obter a completa higiene e a
preservação de contaminações.
Dá-nos a entender que a lavagem da roupa hospitalar tem por finalidades a remoção de sujidades
e cargas microbianas adquiridas durante o seu uso nas diferentes unidades dos serviços de Saúde,
propiciando boa aparência, conforto e bem-estar.
Destaca Silva (2006) que os profissionais da lavandaria são, também, submetidos a factores
ambientais que podem gerar diferentes problemas de saúde pelo não uso de equipamentos que
garantam a sua segurança e evitem problemas ergonómicos e posturais em função do espaço
físico de trabalho.
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Estudante: Alberto César Chavana
Observa-se com isto que, é de extrema importância que os profissionais de Saúde, afectos a
lavandaria hospitalar tenham consciência sobre os riscos de contaminação pessoal e das roupas
higienizadas, já que neste sector são processadas roupas contendo microorganismos altamente
infecciosos.
A lavagem reduz 99% dos microorganismos presentes nas roupas hospitalares e que além da
preocupação em desinfectar a roupa durante a lavagem é necessário que toda equipe de
profissionais esteja conscientizada da necessidade do uso de técnicas correctas na manipulação
durante o processamento das roupas até sua distribuição, de modo a evitar a ocorrência de
infecções (CASTRO & CHEQUER, 2001).
Assim, quando o serviço de processamento de roupas é feito com qualidade, torna-se de suma
importância para o hospital, sendo factor de redução de infecções hospitalares.
Portanto, fica claro que, quando o sector da lavandaria hospitalar é menosprezado por alguns
administradores hospitalares, este sector acaba se tornando um risco para a própria instituição,
pois um serviço de processamento de roupas ineficaz acaba contribuindo para o aumento de
infecções hospitalares.
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Estudante: Alberto César Chavana
2.2.1. Condições físicas da Lavandaria Hospitalar
Para Mezzono (1992) o planeamento físico da lavandaria hospitalar deve ser realizado
considerando a dimensão, distribuição, localização das instalações, circulação e fluxo do serviço.
Por essa razão, é necessário que o local de trabalho apresente uma racionalização do espaço com
um fluxo de circulação livre para não torna-se um espaço de propagação de microorganismos
infecciosos, causando transtorno aos profissionais do sector.
Uma lavandaria bem planejada para além de oferecer melhores condições de trabalho, aumento
da qualidade, pode diminuir significativamente os riscos de ocorrência de infecções por parte dos
profissionais no processamento das roupas (CÂNDIDO & VIEIRA, 2003).
(Castro &Chequer, 2001) dividem o sector de lavandaria hospitalar basicamente em área suja,
que é o sector de colecta, de separação e de lavagem da roupa e área limpa se divide em sector de
acabamento.
A principal medida introduzida na moderna lavandaria hospitalar, para o controlo das infecções,
foi a instalação da barreira de contaminação. Barreira esta que promove a separação das duas
áreas. Neste caso, torna-se necessário à utilização de lavadoras de barreira, isto é, com duas
portas de acesso, uma para cada área.
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Estudante: Alberto César Chavana
COLECTA
Área Suja ou
RECEPÇÃO
Sector de
Separação e
Lavagem SEPARAÇÃOO
LEGENDA:
O
PESAGEM BARREIRA:
IDENTIFICAÇÃO
FLUXO NORMAL:
FLUXO NÃO CONSTANTE: - - - - - - - -
BARREIRA
LAVAGEM
Área Limpa ou
Sector de CENTRIFUGAGEM
Acabamento
TRATAMENTO SELEÇÃO
SELEÇÃO
DOBRAGEM
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Manual de Lavanderia Hospitalar (Divisão de Serviços de Saúde Centro de Vigilância Sanitária, 1986).
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Estudante: Alberto César Chavana
2.2.1.1. Processamento da roupa na área suja2
Colecta: A colecta deve ser realizada em horário preestabelecido e a roupa suja deve
permanecer o menor tempo possível na lavandaria. Durante a operação de colecta, os
profissionais da lavandaria devem estar devidamente trajados de alguns equipamentos
que evitem qualquer tipo de contacto com microorganismos como luvas de borracha,
máscara e touca.
Recepção: na área de recepção, a roupa é retirada do carrinho de colecta, a fim de ser
separada e pesada.
Separação: na área de separação, os sacos de roupa suja são pesados e o resultado do
peso é registado em impresso próprio, para o controle de custos das diversas unidades.
Pesagem: após separação, já em lotes, fardos ou sacos identificados, a roupa é novamente
pesada, em balança bem nivelada, para controlo contábil operacional da lavandaria e da
capacidade das lavadoras.
Lavagem: é o processo que consiste na eliminação da sujidade fixada na roupa,
deixando-a com aspecto e odor agradáveis, nível bacteriológico reduzido ao mínimo e
confortável para o uso.
Após a conclusão das operações de recepção, separação, pesagem e lavagem, toda área suja deve
ser desinfectada e lavada de modo a se evitar a permanência de partículas infecciosas.
Área para centrifugação: Nesta área são instaladas centrífugas para extracção do
excesso de água das roupas já lavadas. Caso sejam utilizadas máquinas lavadoras
extractoras, essa área pode ser dispensada.
Área de para calandragem e prensagem: Essa área será determinada pelo tipo de
máquina a ser usada, usualmente são utilizadas calandras ou prensas.
Área de secagem: As máquinas secadoras devem ser instaladas, preferencialmente, junto
à parede externa, possibilitando que o motor das mesmas fique fora da área de trabalho e
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Manual de Lavanderia Hospitalar (Divisão de Serviços de Saúde Centro de Vigilância Sanitária, 1986).
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Estudante: Alberto César Chavana
evitando, desta forma, a propagação de calor gerado pelas secadoras para o ambiente
interno.
(Lisboa Torres, 1999) destacam que a área de lavagem e centrifugação, também chamadas de
área húmida, caracterizam-se pela fadiga nas tarefas, humidade expressiva e ruídos das
máquinas. Sendo que para prevenir acidentes nesta é necessário evitar acúmulo de água com a
utilização de área de escoamento das mesmas.
O controlo de infecções na área de saúde é um desafio para os gestores hospitalares. Uma forma
eficiente de evitar a ocorrência deste fenómeno no ambiente hospitalar é por meio de uso de
Equipamentos de Protecção, prática que engloba o conjunto de acções de biossegurança
hospitalar.
Para(Neves, Porto, Marinho, & Braga, 2007) “é o processo voltado para a segurança, o controlo
e a diminuição de riscos advindos da biotecnologia”.
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Estudante: Alberto César Chavana
necessários para garantia da protecção ideal para cada actividade baseando-se, sobretudo, em
dois critérios: a resistência química (permeabilidade) do material de protecção e sua resistência
física em situações de esforço.
(Peixoto, 2011), define equipamento de protecção como: “ todo e qualquer dispositivo individual
ou colectivo de fabricação em série ou desenvolvido especialmente para o caso, destinado a
proteger a saúde e a integridade física do trabalhador, projectado conforme os riscos levantados e
os tempos de exposição observados, instalado em campo por pessoal especializado, segundo as
peculiaridades do ambiente ou do trabalhador, que será treinado no correcto emprego do
dispositivo e terá seus resultados monitorados para averiguação da manutenção de sua eficácia”.
Para (Teodoro, 2019) são equipamentos que devemser fornecidos pelas entidades com o
objectivo de proteger os trabalhadores dos riscos fornecidos pelo ambiente de trabalho, de
maneira colectiva.
Em outras palavras, são equipamentos instalados para garantir a segurança do trabalho enquanto um
grupo de profissionais executam uma determinada actividade ou tarefa.
Portanto, sendo um sistema ou dispositivo de protecção, sua finalidade é zelar pela saúde e pela
integridade física dos colaboradores e pacientes.
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Estudante: Alberto César Chavana
O mesmo autor acima referido, destaca as seguintes funções dos EPCs:
(Zochio, 2009) destaca em sua obra, os seguintes tipos de EPC para protecção dos profissionais
contra infecções:
Chuveiros de emergência: dentro da LH, este EPCé utilizado em casos de exposição em que
haja projecção de grande quantidade de sangue, substâncias químicas ou outro material biológico
sobre o profissional.
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Estudante: Alberto César Chavana
O uso de EPCs nos estabelecimentos de saúde é de fundamental importância, pois reduzem
significativamente os acidentes de trabalho, contribuem com a prevenção de doenças, melhoram
as condições laborais, oferecem comodidade, promovem a eficácia e a eficiência na execução
das actividades e, ainda, representam baixo custo a longo prazo.
Segundo Nhantumbo (2017), equipamentos de protecção individual: “é todo aquele usado para a
protecção e segurança do trabalhador, a fim de prevenir o risco de acidentes ou efeitos
prejudiciais á saúde dos trabalhadores”.
Para Alves (2013), é todo produto utilizado como ferramenta de trabalho, de uso individual,
destinado a protecção do trabalhador, minimizando riscos que ameacem a sua segurança e a
saúde no trabalho.
(Silva, Marquini, Sabadini&Carletti, 2018) ao se referirem em torno do uso dos EPI, salientam
que o uso destes equipamentos está directamente relacionado com a segurança dos trabalhadores.
Portanto, para garantir que os profissionais da Lavandaria façam o uso destes equipamentos, não
basta apenas fornece-los estes equipamentos, mas deve se garantir que seja de fácil acesso,
prover treinamento regular sobre a higiene correcta e eficaz.
Os profissionais de lavandaria estão submetidos a riscos que podem comprometer sua saúde.
Silva (2006) relaciona as doenças pulmonares, do sistema músculo-esquelético, fadiga ocular,
lacrimejamento à ausência de equipamentos de protecção individual.
Como forma de garantir melhoria da qualidade e redução de ocorrência de infecções por parte
dos profissionais da Lavandaria Hospitalar no exercício das actividades; Bahia (2012) defende
que o pessoal da área da lavandaria deve possuir alguns equipamentos de protecção individual.
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Estudante: Alberto César Chavana
2.5.1.2. Principais funções dos EPI
Segundo (FERNANDES et al., 2000; HINRICHSEN et al., 2004; APECIH, 2007) , os EPI
utilizados na Lavandaria Hospitalar são:
Máscara e protecção ocular: o uso destes equipamentos é indicado em situações que houver
possibilidades de contaminação de mucosas (nariz, boca ou olhos) com sangue ou fluidos
corporais.
Avental: utilizado para protecção individual nas situações onde houver risco de contaminação
com sangue, fluidos corporais ou outros líquidos. No caso da área suja da unidade de
processamento deve-se utilizar avental impermeável e de manga longa, principalmente na
selecção e classificação da roupa suja. Se o avental não for descartável, deve ser lavado
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Estudante: Alberto César Chavana
diariamente. Na área limpa, quando existir a necessidade de centrifugação após a lavagem em
máquinas não extractoras deve-se também fazer uso de aventais impermeáveis.
Botas impermeáveis: o uso de botas é obrigatório na área suja e na área limpa quando não
houver lavadora extractora. São de uso individual, devendo ser lavadas no final de cada plantão.
A bota utilizada na área suja não deve ser usada na área limpa sem antes ser devidamente
higienizada.
Por conseguinte, estes equipamentos devem ser higienizados e guardados correctamente para
assegurar maior vida útil e eficiência.
Fazendo o uso correcto dos EPI, os profissionais da Lavandaria garantem a sua segurança porque
estes permitem conforto no exercício das suas actividades, mesmo se usado sobre a roupa de
trabalho e fornecem uma barreira com resistência a água e alguns produtos químicos.
Passam uma imagem de credibilidade e compromisso com a higiene e com o cumprimento das
normas de controlo de infecções estabelecidas pelo Hospital.
….
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Estudante: Alberto César Chavana
Este estudo refere-se a uma pesquisa do tipo exploratório-descritiva, que aborda uma análise em
torno das medidas de controlo de infecção na lavandaria hospitalar.
As pesquisas exploratórias, segundo Gil (2010, p. 27) “visam proporcionar proximidade com um
determinado fato, com vistas a torná-lo explícito, podendo envolver levantamento bibliográfico e
entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado”.
De acordo com Minayo (2010), a pesquisa qualitativa consiste em um estudo para compreender
as relações de crenças, percepções, opiniões e interpretações dos homens referentes à sua forma
de se posicionar, pensar, sentir e viver, ou seja, é um universo de significados, que corresponde a
processos e fenómenos mais complexos que não podem ser reduzidos.
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Estudante: Alberto César Chavana
As técnicas de colecta de dados são um conjunto de regras ou processos utilizados por uma
ciência, ou seja, corresponde à parte prática da colecta de dados (LAKATOS & MARCONI,
1995).
3.4.1. Observação
Segundo Cervo &Bervian (2002, p. 27) “observar é aplicar atentamente os sentidos físicos a um
amplo objecto, para dele adquirir um conhecimento claro e preciso”.
Observação sistemática: Para Marconi &Lakatos (1996) a observação sistemática também pode
ser denominada observação estruturada, planejada e controlada. Essa técnica se utiliza de
instrumentos para colecta de dados.
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Estudante: Alberto César Chavana
3.5.1. Análise de conteúdo
O método de análise dos dados utilizados foi a análise de conteúdo, que segundo Bardin (1977,
p. 42) consiste em um conjunto de técnicas de análise das comunicações, buscando obter através
de procedimentos sistemáticos e objectivos quanto a descrição do conteúdo de mensagens,
aspectos que permitam inferência de conhecimentos relativos as condições de produção ou
recepção dessas mensagens. Tomando por base, o que coloca Bardin, este método de análise
permite uma infinidade de investigações
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Estudante: Alberto César Chavana
4.1. Condições arquitectónicas da Lavandaria Hospitalar para a prevenção e controle de
infecções
Na tabela abaixo estão descritas as principais obras usadas para a discussão dos resultados da
presente pesquisa na qual está descrita a fonte e ideia principal do autor.
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Estudante: Alberto César Chavana
A análise por categorias realizada por Fontoura (2011) permitiu identificar múltiplos factores que
podem comprometer a sua saúde física e mental dos profissionais da lavandaria hospitalar. Sendo
definidas em duas categorias:
Categorias Subcategorias
1ͣ: Riscos de infecção no Riscos ergonómicos, riscos
trabalho diário físicos e riscos biológicos.
2ͣ: Organização do trabalho Carga de trabalho desgastante
e controlo sobre os devido a exigência de
trabalhadores produtividade.
Fonte: Fontoura (2011)
Como é evidenciado na tabela 2 acima, pode se dizer que a primeira categoria refere-se a
percepção dos trabalhadores em relação aos riscos de aquisição de infecções. Considera-se que o
adoecimento no trabalho da lavandaria pode estar relacionado as condições inadequadas de
trabalho, principalmente a sobrecarga física exigida e ao excesso do ruído do ambiente.
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Estudante: Alberto César Chavana
E oportunamente deve se ter em conta que actividades que exigem sobrecarga muscular,
estática ou dinâmica do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores devem
ter pausas extras para o descanso.
Diariamente, os profissionais que manuseiam grandes quantidades de roupa suja, tem contacto
intenso e directo com os mais diversos tipos de secreção, excreção, sangue e outros fluidos
corporais, além dos odores desagradáveis exalados pelas roupas sujas.
Portanto, com base na literatura científica, evidencia-se os efeitos dessas condições. Análises
realizadas na área de microbiologia revelam que muitas bactérias se dispersam no ar durante a
separação da roupa suja, contaminando o ambiente, e ao mesmo tempo, os equipamentos, as
mãos dos profissionais da lavandaria.
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Estudante: Alberto César Chavana
de EPI e EPC, incluindo procedimentos seguros para o descarte de materiais potencialmente
infectados.
O controlo rígido adoptado na lavandaria hospitalar sobre os trabalhadores pode ser a maior
causa de ocorrência de infecções, classificando-os como o controlo excessivo, incluindo ritmo,
quantificação, e pausa no trabalho, podendo trazer repercussões sobre a saúde dos profissionais,
causando sofrimento psíquico, doenças mentais e físicas. (GODOY etal, 2004)
Portanto, as atitudes e o comportamento dos líderes causam efeito profundo sobre o clima e a
cultura da organização, pois são responsáveis por promover um contacto de trabalho
emocionalmente saudável e seguro.
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Estudante: Alberto César Chavana
CAPÍTULO V: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
5.1. Conclusões
Aponta-se igualmente que a organização do trabalho pode repercutir negativamente na rotina dos
profissionais da lavandaria hospitalar, propiciando desta forma o desgaste dos profissionais e
consequentemente no aumento de risco de ocorrência de infecções.
Portanto, dada a escassez de estudos que abordam em torno das medidas de controlo de
infecções, aliadas as condições de trabalho na lavandaria hospitalar em Moçambique, entende-se
que a pesquisa pode contribuir de forma significativa no campo de conhecimento em torno das
medidas de controlo de infecções decorrentes das actividades de processamento das roupas
hospitalares executadas pelos profissionais do sector.
5.2. Recomendações
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Estudante: Alberto César Chavana
Deve-se ter o costume de informar os riscos aos profissionais directa e indirectamente
envolvidos nos sectores de Lavandaria.
Os profissionais devem ser comunicados, de forma clara, que o material com o qual
trabalha pode prejudicar sua saúde e que isso implica na sua capacidade de trabalhar.
Não se esconder dos profissionais os riscos ao qual estão sujeitos. Assim, tornando-os
colaboradores responsáveis, consciente e participativos.
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Estudante: Alberto César Chavana
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Estudante: Alberto César Chavana
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[25] Peixoto, H. (2011). Segurança do Trabalho. Santa Maria: Rede e-Tec. Brasil
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Estudante: Alberto César Chavana
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[29] Silva, F., Marquini, L., Sabadini, O., Carletti, E.(2018). A importância da utilização dos
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Estudante: Alberto César Chavana